XXV CONGRESSO DO CONPEDI -
CURITIBA
DIREITO, INOVAÇÃO, PROPRIEDADE
INTELECTUAL E CONCORRÊNCIA
EDUARDO AUGUSTO SALOMÃO CAMBI
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D598
Direito, inovação, propriedade intelectual e concorrência [Recurso eletrônico on-line]organizaçãoCONPEDI/ UNICURITIBA;
Coordenadores: Eduardo Augusto Salomão Cambi, João Marcelo de Lima Assafim –Florianópolis: CONPEDI,
2016.
1.Direito – Estudo e ensino (Pós-graduação) – Brasil –Congressos. 2. Inovação. 3. Propriedade Intelectual.
4. Concorrência. I. Congresso Nacional do CONPEDI (25. : 2016 : Curitiba, PR).
CDU: 34 _________________________________________________________________________________________________
Florianópolis – Santa Catarina – SC www.conpedi.org.br
Profa. Dra. Monica Herman Salem Caggiano – USP Prof. Dr. Valter Moura do Carmo – UNIMAR
Profa. Dra. Viviane Coêlho de Séllos Knoerr – UNICURITIBA Comunicação–Prof. Dr. Matheus Felipe de Castro – UNOESC
Inclui bibliografia ISBN: 978-85-5505-339-9
Modo de acesso: www.conpedi.org.br em publicações
XXV CONGRESSO DO CONPEDI - CURITIBA
DIREITO, INOVAÇÃO, PROPRIEDADE INTELECTUAL E CONCORRÊNCIA
Apresentação
Esta produção é parte do Grupo de Trabalho Direito, Inovação, Propriedade Intelectual e
Concorrência, realizado no Congresso do Conselho Nacional de Pesquisa em Direito,
CONPEDI, entre os dias 7 e 10 de dezembro de 2016, na cidade de Curitiba, no Paraná.
Trata-se de um Grupo de Trabalho desafiador, na medida em que se tornou interdisciplinar.
Os estudos sobre direito, que partem da inovação, com vistas ao Desenvolvimento, e, por que
não mencionar, desenvolvimento sustentável surgem a partir de outras disciplinas. Não me
refiro, tão somente, aos ramos do direito, mas, também, das outras áreas do conhecimento
humano como a economia, a engenharia, a biologia, a química, a física, a matemática, a
medicina, etc. Este evento mostra não só a capilaridade da Área do Direito, como, também, a
importância da propriedade intelectual para a gestão da inovação e, por conseguinte, para as
demais áreas do conhecimento abrigadas pela CAPES.
Por isso, o grupo de trabalho foi divido em blocos, com vistas a permitir o debate entre
pesquisadores com interesses afins em matéria de pesquisa cientifica. Assim, pelo dialogo,
mediante a visão poliédrica dos fenômenos investigados, podem ser estressados por um
público integrado por docentes e discentes dos PPGDs de todo o País.
Os blocos são: direito de autor (bloco I), inovação (bloco II), patentes (bloco III), nome de
domínio, marcas e nome comercial (bloco IV), transferência de tecnologia (bloco V) e defesa
da livre concorrência (bloco VI).
O bloco I, em matéria de direito de autor, foi integrado por quatro artigos, sendo eles:
1. Oliveira, Jordan Vinícius de., Feres, Marcos Vinício. Todos os direitos reservados? A
proteção jurídica dos periódicos brasileiros de livre acesso.
2. Bahia, Carolina Medeiros., Medeiros, Heloísa Gomes. Proteção do Patrimônio Cultural
Ambiental Brasileiro: os instrumentos do sistema nacional de cultura e os direitos autorais.
4. Oliveira, Matheus Andrade., Barros, Carolina Geissler Miranda de. Gestão Coletiva de
Direitos Autorais nas Plataformas de “Streaming”.
Bloco II - Inovação. 6 artigos.
5. Lacs, Débora Sichel. Uma Introdução à reorganização sistêmica produzida pela inovação
tecnológica.
6. Silva, Fernanda Pereira da. Investimento em pesquisa e inovação, fontes indutoras do
desenvolvimento econômico.
7. Correia, Lenilton Duran Pinto., Marinho, Bruno Costa Marinho. A instituição cientifica e
tecnologia (ICT) publicação federal e a cessão de direitos de propriedade intelectual.
8. Diniz, Davi Monteiro., Neves, Rubia Carneiro. Da recente legislação sobre inovação e
seus efeitos para as universidades federais.
9. Pereira, Reginaldo., Migosky, Felipe. O papel dos núcleos de inovação tecnológica (NITS)
na promoção da inovação sustentável a partir do novo marco legal de ciência, tecnologia e
inovação do Brasil.
10. Campanilli Filho, João Carlos., Oliveira, Anderson Nogueira. Os parques tecnológicos
como meio de produção dos direitos fundamentais da tecnologia e inovação.
Bloco III - Patente
11. Rohrmann, Carlos Alberto. O estranho caso da patente americana nº 9.430.468 de Double
Blind Peer Review de 30 de agosto de 2016.
12. Aires, Marcos Antônio Pontes., Gregori, Isabel Christine Silva de. As implicações do
sistema de patentes e a evolução tecnológica a biotecnologia como instrumento impactante
na normatização da propriedade intelectual.
13. Silva, Marcos Vinícius Viana da., Silva, José Everton da. A organização mundial da
propriedade intelectual e a necessidade de adoção transnacional de medida para promoção
das patentes verdes.
14. Fernandes, Almir Garcia. O domínio de internet e a sua relação com a propriedade
intelectual.
Bloco V. Transferência de Tecnologia.
15. Guimarães e Waldman. Objetivos do desenvolvimento sustentável. Objetivo 17.
Comércio internacional - DPIs e TT. Agenda 2030. Agrupamento de patentes. Fundo de
impacto climático.
16. Nogueira, Wallace Leite., Velázquez, Victor Hugo Tejerina. A função social da
propriedade e o licenciamento compulsório de medicamentos no Brasil
Bloco VI Defesa da Concorrência.
17. Silva, Raphael Andrade. Defesas de eficiência em atos de concentração: breves notas e
subsídios para reflexão.
18. Guimarães, Renan Eschiletti Machado., Waldman, Ricardo Libel. Objetivos do
desenvolvimento sustentável e propriedade intelectual: estratégias para a transferência de
tecnologias ambientalmente corretas e a promoção dos direitos humanos em um contexto de
mudanças climáticas.
19. Almeida Junior, José Roberto de. Marcas não visuais: a proteção de marcas não visuais
no Brasil.
Trata-se de um uma coletânea muito interessante e atual. Será muito útil aos estudiosos do
Direito da Inovação, Propriedade Intelectual e Concorrência.
Tenham uma boa leitura!
Prof. Dr. João Marcelo de Lima Assafim – UCAM / UFRJ
1 Doutora em Sociologia pelo IUPERJ, mestre em Direito pela UNESA e bacharel em ciências jurídicas e
sociais pela UFRJ. Professora adjunta de Direito Empresarial da UNIRIO
1
UMA INTRODUÇÃO A REORGANIZAÇÃO SISTÊMICA PRODUZIDA PELA INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
AN INTRODUCTION TO SYSTEMIC REORGANIZATION PRODUCED BY TECHNOLOGICAL INNOVATION
Debora Lacs Sichel 1
Resumo
O presente artigo aborda aspectos jurídicos decorrentes do processo de inovação tecnológica.
Leva em considerações a forma com que o Estado se depara com esta questão, inclusive no
que se refere aos diversos atores sociais envolvidos.
Palavras-chave: Tecnologia, Processo inovador, Estado, Impactos jurídicos, Atores sociais
Abstract/Resumen/Résumé
This paper discusses legal aspects arising from the process of technological innovation . It
takes into consideration the way the State faces this issue , including in relation to the various
social players involved
Keywords/Palabras-claves/Mots-clés: Technology, Innovation process, State, Legal
aspects, Social players
Uma introdução a reorganização sistêmica produzida pela inovação tecnológica
1. Introdução
A inovação tecnológica contribui para o desenvolvimento social não obstante os
diversos e variados questionamentos daí decorrentes. A absorção da inovação pela
sociedade é pautada de questionamentos e cada campo científico aborda-o em suas
particularidades. A sua gestão é um dos elementos intrínsecos e necessários à
estabilização da convivência. A confirmar este fato estaríamos a pressupor um eterno
conflito de interesses entre os indivíduos e coletividade. A negação das sucessivas
inovações que afetam o progresso, comprometem a competição nas suas diferentes
formas, neste estudo em especial, o tecnológico.
Ainda que a criatividade não possua uma nacionalidade, é muito interessante
observar como nossa cultura e nosso ambiente corporativo influenciam os
comportamentos em relação a inovação. Assim, esse estudo pretende compreender de
que maneira os temas de inovação tecnológica reorganiza sistêmicamente a sociedade e
reproduz a lógica da relação de dominação econômica.
Para tanto é necessário identificar, segundo Pierre Bourdieu (2011, p. 4), as
razões que levam a tratar as práticas enquanto fatos simbólicos de obras prontas, em
outras palavras decifrar a preferência em tratá-las como obras prontas e não como
prática. A condição primeira deste discurso é a linguagem em suas vertentes dando
conta tanto de sua produção como das possibilidades abertas a seu deciframento. Via de
regra isto supõe a competência que o agente mobiliza em seu discurso e em sua prática,
bem como a competência mobilizada pelo observador em sua percepção do discurso ou
da prática.
Para o desenvolvimento da pesquisa convém conhecer os aparelhos desta
produção simbólica onde se constituem suas linguagens e representações e sobretudo
por meio dos quais ela ganha uma realidade própria. Assim como, as condições
materiais e institucionais reveladas que presidem à criação e à transformação de
aparelhos de produção simbólica, cujos bens deixam de ser vistos como meros
instrumentos de comunicação e de conhecimento, e instaura cumplicidade entre
observador e informante.
O Poder Judiciário, do ângulo da reprodução acolhe o enfoque dos sistemas
simbólicos como se produzisse linguagens dotadas de uma lógica própria. A concepção
de um campo simbólico dotado de autonomia relativa envolve a regionalização da
realidade social cujos fundamentos derivam tanto de um processo histórico singular
quanto de categorias aí produzidas que passam a informar e justificar essa
caracterização. Esse sistema simbólico possui uma realidade própria e portanto é como
se reconhecesse o sistema de poder.
Os temas de inovação tecnológica abordados no Poder Judiciário podem ser
classificados. Esta classificação para Sergio Miceli (Bourdieu 2011, p. IX), é uma
operação lógica que consiste em hierarquizar as coisas do mundo em grupos e gêneros
cuja delimitação apresenta um caráter arbitrário, assim o sistema classificatório cumpre
funções não-lógicas. No caso da estrutura de dominação simbólica sua organização e
seu sentido do próprio derivam de um sistema classificatório. Desta forma o sistema
classificatório aparece como o produto de um pensamento coletivo e capaz de conferir
às práticas um conteúdo derivado do sistema. E mais, ainda segundo o mesmo autor,
neste movimento, o sistema de classificação pode alcançar margem elevada de
autonomia pois, muitas vezes, obedece a um ritmo singular infenso às mudanças no
plano da organização social.
Múltiplos são os agentes sociais que se socorrem do Poder Judiciário para
dirimir seus conflitos. As posições que esses grupos ocupam configuram um campo de
batalha de interesses e ideias que se equacionam perante os órgãos de Estado. A
dinâmica depende das transformações por que passa a estrutura social, seja pelo
surgimento de novos grupos com interesses determinados, seja pela ruptura ou crise do
sistema de dominação, seja pelas novas alianças entre os grupos ou frações que detém o
papel hegemônico.
Este processo, decorrente do ajuste social, deve estar centrado na ética do
discurso, tendo por fundamento o princípio ético-discursivo, que encontra em Harbemas
Uma ética do Discurso sustenta-se ou cai por terra, com as duas
suposições seguintes: (a) que as pretensões de validez normativas tenham
um sentido cognitivo e possam ser tratadas como pretensões de verdade;
(b) que a fundamentação de normas e mandamentos exija a efetuação de
um Discurso real e não seja possível monologicamente, sob a forma de
uma argumentação hipotética desenvolvida em pensamento.
Desta forma, tem-se que o impacto social da tecnologia, deve ter aplicação boa
para os favorecidos, levando em conta o “respeito moralmente obrigatório pela
autonomia da vontade de todos os concernidos que torna necessária a exigência de um
acordo”. (Habermas, 1989, pág. 3)
Diante do exposto fica reconhecida a intenção de uma reorganização sistêmica
social gerado pela inovação tecnológica. O fenômeno da inovação do objeto
tecnológico é tratado mais como prática social do que como processo para o alcance do
bem estar social. Assim, vamos estabelecer uma abordagem da ciência jurídica que se
afasta de maneira substancial das tradições existentes do pensamento jurídico para
conceituar inovação e tecnologia.
2. Inovação
Por inovação podemos entender as estratégias desenvolvidas nos diversos
campos da sociedade onde se definem normas e condutas que consideram os impactos
sociais, econômicos e, hoje em dia, até ecológicos de suas atividades. O
comprometimento voluntário social com valores e práticas que visariam ao “bem
comum”. No ambiente corporativo de cultura de inovação observamos a construção de
relacionamentos de confiança.
O conceito de bem comum não leva em conta os impactos, aparentemente
negativos sobre algum grupo, do ponto de vista individualizado, mas sim a sua
repercussão, como um todo, no tecido social e os campos envolvidos, na sua
implementação. Este debate deve levar em conta a sua eticidade, como levantado em
tese de doutorado, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Vera Simone
Schaefer Kalsing, (2010, p. 89) que analisando a abordagem cognitivista da ética aduz:
Com sua teoria da ação comunicativa, o autor pretende demonstrar que as
ações morais devem estar assentadas no domínio da comunicação e da
razão. Em outras palavras, ele adota uma perspectiva, segundo a qual é
possível afirmar que certas proposições ligadas à moral são verdadeiras
ou falsas
Desta forma, a busca do bem comum, calcado nos princípios de convivência
social, constitui num dos pontos basilares da política do Estado, a que os norte
americanos denominam de “policy”, num verdadeiro contraponto a objetivos mais
curtos, constituindo-se numa autêntica estratégia de Estado e não de Governo. Esta
procura incessante, levando em conta fatores que influenciam a sociedade como um
todo, quando pautado pela ética, assume relevância e não sintetiza uma busca
injustificada da dissuasão, buscando lograr êxito que não repercute favoravelmente na
sociedade.
A reorganização sistêmica produzida pela inovação compreende transformações
nos processos de redefinição do papel do Estado, do trabalho e de produção, na estrutura
do ambiente corporativo, bem como na desregulamentação das relações entre capital e
trabalho. Neste contexto, inovação corresponde a uma ação primeira e revolucionária,
produto de comportamento pautado por um conjunto de normas e padrões imperantes
em dada época.
Por seu turno Leandro Raizer observou (2011, p. 19):
Transferências profundas e aceleradas marcam as sociedades
contemporâneas. O trabalho, a ciência, a religião, as instituições
políticas e a própria cultura estão passando por significativas mudanças
que, pelo seu teor qualitativo e dada a velocidade com que ocorrem,
constituem fenômenos diferentes dos já conhecidos e estus pelas ciências
sociais. A compreensão de tais mudanças impõe-se como um
elaboração de políticas públicas que tenham impacto efetivo na melhoria
de vida das populações, com garantia de preservação do meio ambiente.
Esse processo de inovação que tem seu início no final do século XIX, com a
Revolução Industrial, acabou por impactar diretamente no acirramento do conflito
social, quando do surgimento dos primeiros sindicatos na Grã-Bretanha. Este conflito é
analisado por Hobsbawm (1981, p. 44):
pela primeira vez na história da humanidade, foram retirados os grilhões
do poder produtivo das sociedades humanas, que daí em diante se
tornaram capazes da multiplicação rápida, constante e até o presente
ilimitada, de homens, mercadorias e serviços. Este fato é hoje
tecnicamente conhecido pelos economistas como a "partida para o
crescimento auto-sustentável". Nenhuma sociedade anterior tinha sido
capaz de transpor o teto que uma estrutura social pré-industrial, uma
tecnologia e uma ciência deficientes, e consequentemente o colapso, a
fome e a morte periódicas, impunham a produção
Destarte, este conflito social, impulsionado pelos movimentos sociais do século
XX nortearam o processo inovador da humanidade, buscando e almejando atingir um
patamar de satisfação do indivíduo, em determinadas épocas, ou do coletivo, em
detrimento deste individual, o que fez com que esta temática não tivesse uma evolução
constante e igual em todas sociedades.
O ambiente corporativo tem seu próprio ritmo e as novas sugestões com
frequência encontram resistência. Esses ambientes sabem que precisam assumir alguns
riscos e tentar fazer as coisas de maneira diferente. No entanto as instituições estão
praticamente condicionadas a repetir sucessos e diminuir riscos.
Esta contextualização acaba por estabelecer os elementos que norteiam a Nova
Sociologia Econômica. Esta sociologia econômica tem seu marco inicial nas obras de
Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber, tendo, porém ressurgido no final do século
XX, buscando evidenciar que o fenômeno econômico não pode ser entendido sem a sua
base social como observa Mauricio Serva.
Neste ponto aborda Cécile Raud (2012, vol 19, n. 2, p. 8 ):
De acordo com Steiner (2005), a sociologia econômica proposta por
Bourdieu, de maneira semelhante a Comte e Durkheim, caracteriza-se
por levar em conta três dimensões esquecidas pela ciência econômica:
histórica, social e política. De fato, no quadro do estruturalismo genético,
Bourdieu afirma a necessidade de reconstruir a gênese das disposições
econômicas do agente econômico, assim como a gênese do próprio
campo econômico: “[...] tudo o que a ortodoxia econômica considera
como um puro dado, a oferta, a demanda, o mercado, é produto de uma
construção social, é um tipo de arte-fato histórico, do qual somente a
história pode dar conta” (Bourdieu, 2005, p. 17). A respeito da dimensão
social, podemos citar a preocupação com a análise das condições
econômicas e sociais das disposições econômicas, ou, como diz Bourdieu
(2000), da “gênese social dos sistemas de preferências”. Finalmente, a
dimensão política encontra-se presente nas reflexões a respeito das
relações entre o campo econômico e o Estado, assim como na ênfase na
questão da dominação e do poder. Além dessas dimensões, Steiner
(2005) defende a idéia de que uma das características da sociologia
econômica de Durkheim e de Bourdieu reside na sua sociologia do
conhecimento econômico, por meio da análise das crenças econômicas.
A sociologia econômica age, desta maneira, no reconhecimento de que o fator
econômico, o avanço decorrente da inovação, não pode ser compreendido de forma
independente do fenômeno social, dos conflitos dele resultantes, que tem, em um Estado
Democrático de Direito, sua solução no âmbito do Poder Judiciário.
2.1 O papel desestabilizador conferido à inovação dentro da ordem social.
A atividade inventiva é responsável pela recorrente prosperidade e recessão que
atinge o campo econômico da sociedade. A primeira em virtude das revoluções
promovidas pela inovação, não rotineira e por isso, desafiadora das condições sociais
desestabilizadores implicados pela própria inovação. A função inovadora se torna
obsoleta e despersonalizada em virtude da rotinização da mesma ou de práticas
monopolizadoras. Observamos assim quatro estágios da adoção da inovação no campo
social, a saber: a invenção, a acumulação, a difusão e o ajuste.
Desta maneira a inovação faz parte da realidade social e sustenta uma
formulação idealista que existe dentro de seu próprio discurso. Este aspecto linguístico
na teoria social é acentuada por Laclau e Mouffes que ao construírem sua teoria
combinaram e modificaram duas grandes tradições teóricas, marxismo e estruturalismo.
Eles fundiram essas tradições em uma teoria pos-estruturalismo na qual todo o campo
social é entendido como uma teia de processos aonde o significado é criado.
Porém a inovação também tem o condão de alterar a forma com que os
integrantes de um determinado grupo social observam a sua importância como parte
integrante de um todo. Uzzi (2004, vol 61, p. 675) observa que o empreendimento
econômico, como integrante de uma organização social, exige processos, produtos e
relações estáveis, principalmente quando inseridos em ambientes não estáveis em
constante alteração dos parâmetros tecnológicos.
There is a growing need to understand how social structure assits or
impedes economic performance. In particular, the success of
organization networks has spawned new conjectures about the
competitive advantage of social forms of organization relative do
market-based exchange systems (Powell 1990; Inzerilli 1991; Perrow
1992). Central to these conjectures is the “embeddedness” argument,
which offers a potential link between sociological and economic accounts
of business behavior. Embeddedness refers to the process by which
social relations shape economic action in ways that some main-stream
economic schemes overlook or misspecify when they assume that social
ties affect economic behavior only minimally or, in some stringent
accounts, reduce the efficiency of price system (Granovetter 1985,
Crosby and Stephens 1987)
Este estudo, analisado por Branislav Kontic (2007, p. 113), em tese de doutorado
observa que o “empreendimento econômico como organização social exige um mínimo
de relação estáveis de modo sustentar o processo produtivo com rotinas e prática
previsíveis.”
Esta previsibilidade, através de um conjunto de normas estáveis, acaba sendo
elemento de fomento da inovação. A garantia desta estabilidade depende, em grande
parte, da celeridade e credibilidade dos agentes sociais através do Poder Judiciário e
Executivo onde o impacto de suas decisões no tecido social é relevante, uma vez que
suas decisões devem levar em conta os fins sociais da mesma e o bem comum.
3. Tecnologia
Pode-se definir tecnologia como atividade socialmente organizada, baseada em
planos e de caráter essencialmente prático. Compreende, portanto, conjuntos de
conhecimentos e informações utilizados na produção de bens e serviços, provenientes
de fontes diversas, como descobertas científicas e invenções, obtidas por meio de
distintos métodos, a partir de objetivos definidos e com finalidades práticas. Maira
Baumgarten (2014, p. 36) conceitua a interface da tecnologia com o social, ao definir
tecnologia social:
Tecnologias Sociais (TS) são aquelas técnicas, materiais e procedimentos
metodológicos testados, validados e com impacto social comprovado,
criados a partir de necessidades sociais, com o fim de solucionar um
problema social. Uma tecnologia social sempre considera as realidades
sociais locais e está, de forma geral, associada a formas de organização
coletiva, representando soluções para a inclusão social e melhoria da
qualidade de vida (Lassance Jr.; Pedreira, 2004). O conceito de
tecnologia social compreende, assim, produtos, técnicas ou metodologias
reaplicáveis, desenvolvidas na interação com uma coletividade e que
representem efetivas soluções de transformação social. É um conceito
que remete para uma proposta inovadora de desenvolvimento,
considerando a participação coletiva no processo de organização,
soluções para problemas voltados a demandas e carências concretas tais
como: resolução de problemas de alimentação, educação, energia,
habitação, renda, recursos hídricos, saúde, meio ambiente, dentre outras.
As tecnologias sociais podem aliar saber popular, organização social e
conhecimento técnico-científico. Importa essencialmente que sejam
efetivas e reaplicáveis, propiciando desenvolvimento social em escala.
Dentro deste conceito de tecnologia, que envolve os mais elementares atos e
condutas no âmbito social tem-se uma modalidade que pode ser denominada de
consumo e que a partir do fim do século XVIII sofre um profundo processo de mutação
que no dizer de Norbert Elias (2011, p. 110), jamais foi visto anteriormente. O processo
tecnológico não surge, nem consegue se desenvolver desconsiderando o conjunto dos
anseios sociais, que acabam por influenciar as expectativas inclusive no âmbito
econômico. Essas técnicas objeto de estudos da escola de Mannheim foram objeto de
novas ponderações por Maira Baumgarten (2014, p. 36):
Ao buscar as raízes do termo TS encontra-se, de forma bastante central,
o conceito de técnicas sociais de Mannheim: “As práticas e operações
cujo objetivo último é modelar o comportamento humano e as relações
sociais serão por nós definidas como técnicas sociais”(1982, p. 21),
articulado à perspectiva de planejamento:
“...o planejamento sob o controle comunitário, incorporando as
salvaguardas da nova liberdade, é a única solução possível no atual
estágio da técnica social” (Mannheim, 1982, p.199). Segundo Tavares
dos Santos (2001) o planejamento significava para Mannheim, em uma
visão de progresso linear, o grau máximo de garantia de liberdade. As
idéias de “sociologia aplicada” e de “sociologia concreta” propostas por
Florestan Fernandes entre os anos 1960 e 1980 estão, de acordo com
Tavares dos Santos (2001), relacionadas à perspectiva acima, operando
com a idéia de planejamento no sentido de intervenção racional no
controle de situações em que emergem socialmente “efeitos disnômicos
da vida social”
Todos esses impactos sociais, passando pela evolução do termo cortes para
civilizado, buscam um reagrupamento do quadro social este reagrupamento cria o que
Norbert Elias (2011, pg 83) classificou como “intelligentsia” burguesa cujos membros
ao se desprender do sistema anterior acabam viabilizando a alteração de condutas, o que
impactou diretamente na construção de novos modelos tecnológicos.
Desta forma, não podemos entender o conceito de tecnologia sem desconsiderar
sua influência sobre o ser humano, enquanto integrante de organismo coletivo – a
sociedade. Assim, o Estado surge como elemento que deve pautar metas e políticas
voltadas para o aprimoramento desta tecnologia. Os conflitos resultantes deste processo
dinâmico de tecnologia serão, em grande parte, elididos perante o Poder Judiciário.
Igualmente podem ser solucionados nos embates parlamentares onde grupos de
interesse promovem ou tentam influenciar na alteração de normas vigentes.
A tecnologia está articulada com a inovação, que é indissociavelmente técnica e
social. A inovação é o modo de evolução do objeto técnico e, como tal, está presente
em qualquer campo, desde a alta tecnologia até processos tecnológicos simples. Na
produção das condições materiais de vida em qualquer sociedade encontram-se
presentes a criação, a apropriação e a manipulação de técnicas – que carregam em si
elementos culturais, políticos, religiosos e econômicos, constituintes da própria
existência social. Na sociedade capitalista, tecnologia se caracteriza por ser um tipo
especifico de conhecimento, com propriedades que o tornam apto a, uma vez aplicado
ao capital, imprimir determinado ritmo a sua valorização.
A tecnologia, assim entendida, deve ser pensada no contexto das relações socais
e dentro de seu desenvolvimento histórico, como toda a produção humana. A busca pelo
conhecimento tem sido uma constante na história da humanidade. Subjacente à vontade
de conhecer, está o desejo de dominação do objeto: conhecer para ter controle. A
procura por conhecimento integra a própria estratégia de sobrevivência da espécie
humana. No entanto, esse conhecer será condicionado pela situação concreta de cada
sociedade, pelo seu estado da arte, pela sua prática de vida, sua cultura, suas técnicas e
suas ideologias. Tecnologia é pois, o conhecimento científico transformado em técnica,
que, por sua vez, irá ampliar a possibilidade de produção de novos conhecimentos
a afirmação prática do desejo de controle subjacente ao se fazer ciência, pressupondo
ação e transformação. Essas transformações se articulam e se combinam de modo
particular em cada contexto histórico, traduzindo o poder de negociação dos agentes
sociais, políticos e econômicos envolvidos no processo.
Enquanto uma variável social, a tecnologia pressupõe formas de aplicação
diversas a partir de condicionantes que presidem sua introdução, podendo gerar efeitos
bastante diferenciados. Dependendo destes fatores como os regimes políticos dos
países onde se insiram as empresas, as tradições culturais, o desempenho econômico e
as formas de organização, o reflexo traduz repercussões distintas no tecido social.
A inovação tecnológica tem papel relevante neste processo de reestruturação
produtiva. As tecnologias informacionais de comunicação, em especial, viabilizam a
desconcentração produtiva, possibilitando o deslocamento de plantas industriais para
regiões nas quais as condições da força de trabalho e do apoio de governos tornam-se
mais promissores para os interesses do capital. Este conjunto de transformações e suas
implicações sociais como nas regras de negociação coletiva, nas intervenções do
Estado, nas políticas econômicas tem suscitado diversas opiniões caminhando para um
novo modelo de organização social, com implicações sobre as relações industriais, a
distribuição de renda e a competição.
A tecnologia tem um impacto e é medida de caráter social relevante, em especial
quando referente as questões de interesse global, como a temática da sustentabilidade.
Esta preocupação, inexistente em tempos anteriores, passou a mente dos atores
envolvidos ante aos impactos provocados e os danos a qualidade de vida da população.
Tecnologia se torna uma ferramenta de impacto decorrente da ação humana, sendo
definida por Denis Borges Barbosa (1998,pag. 2):
A definição de tecnologia é a seguinte:
"Technology is defined for this project as all the knowledge
necessary for the productive functioning of an enterprise. The
term can embrace hardware, such as factories, machines,
products, and infrastructures (laboratories, roads, water
distribution systems, storage facilities) and software, including
non-material ingredient such as know how, experience,
organizational forms, knowledge, and education. It is a dynamic,
continuing, sequential, and complex process."
O processo tecnológico, portanto decorre do processo de conhecimento e
depende não somente da capacidade dos inventores, mas também da sua habilidade em
utilizar as novas ferramentas. (Rosenberg, 2015). O processo tecnológico se constitui
em um processo inclusivo, na medida em que fomenta o desenvolvimento econômico e
este, por seu turno, impacta na qualidade de vida da sociedade, gerando um ciclo
virtuoso, na busca da melhor distribuição de recursos, baseada no aumento da riqueza.
O processo tecnológico envolve, igualmente, o acesso a informação. O
conhecimento teórico de uma determinada formulação, não garante a habilidade de
produzí-la e pode impossibilitar, inclusive, desvendar sua constituição, mesmo que
utilizando procedimentos de engenharia reversa. O estabelecimento de metas de
desenvolvimento tecnológico, fixando objetivos de longo prazo, leva em conta a
importância da temática, a capacidade instalada de uma determinada sociedade, bem
como a qualificação de sua mão-de-obra, formatando princípios e estruturando os
meios para a sua implementação. Não se tratam de processos que surgem sem o devido
elemento de participação estatal, como indutor do crescimento, seja no caso da
Alemanha, onde metas de 10 anos foram estabelecidas (Alemanha, 2010), como no caso
da Coréia do Sul onde se deu mecanismos para o aprendizado de novas tecnologias de
forma a garantir a competitividade. Da mesma forma é exposto o processo tecnológico
em Taiwan (Erikkson, 2005, p. 27), baseado na construção de meios favoráveis, desde a
qualificação da mão-de-obra, como a aquisição de tecnologia no mercado internacional,
de forma a se estabelecer o espaço adequado para a geração de nova tecnologia, baseada
no incremento em pesquisa e desenvolvimento (P&D). Estas políticas levaram a
criação de 1 milhão de pequenas e médias empresas, decorrentes de fundos de capital de
risco para a formação de novas startups. Estas empresas são focadas na sua capacidade
de geração de novas tecnologias.
Portanto, o processo de fomento de novas tecnologias não pode ser
compreendido como um elemento isolado, mas como um elemento gerador de novas
e não o imediatismo e que dá fundamento sólido para a promoção do crescimento
econômico. Em documento de 9 de julho de 2015, o Governo dos Estados Unidos da
América asseverou que o processo tecnológico é elemento chave para o crescimento
econômico, na medida em que gera novos empregos, busca alternativas mais limpas
para a geração de energia, o que implicará em uma qualidade melhor da saúde pública.
(2015). Desta forma, não é mais compreensível entender-se o processo tecnológico
como um elemento independentemente sem a devida interação com os demais atores
sociais e propiciando um movimento concatenado de desenvolvimento da sociedade.
4. CONCLUSÃO
Desta forma, examinar o conflito da inovação, sem conceber a importância
sociológica dos Poderes de Estado é desconhecer o seu funcionamento e as formas com
que este tenta elidir o conflito. A equação deste conflito não é sempre uma questão de
justo ou injusto, mas sim de adequação do fato social aos ditames da lei, uma vez que se
busca, através da jurisdição com a utilização de marcos regulatórios claros e estáveis, a
estabilidade dos mais diversos relacionamentos sociais.
O conflito jurisdicional traduz uma forma equilibrada e conforme aos ditames do
Estado Democrático de Direito na busca de uma solução que espelhe os anseios da
sociedade, na qual haja, por parte do Estado, a devida reprimenda social.
O combate para inovação inicia-se no ambiente de trabalho e percorre seu
caminho até alcançar o mercado. O ambiente de trabalho determinado pela cultura
organizacional da empresa aliada às políticas publicas sugeridas pelos governos
constroem um ambiente favorável a inovação tecnológica.
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