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Newsletter da Sociedade Israelita da Bahia - Ano 05 - N 194, 18 de Adar /03/2010. Palavra do Presidente

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Newsletter da Sociedade Israelita da Bahia - Ano 05 - N°194, 18 de Adar 5770 - 04/03/2010

Palavra do Presidente

EVENTOS COMUNITÁRIOS

Foi com muita satisfação que contamos com mais de 130 pessoas no Purim! Esforçamo-nos para fazer um evento diferente e alegre. A Diretoria tem se esforçado para manter uma boa freqüência e variedade de atividades comunitárias que atraia os mais diversos interesses:

religião, cultura, entretenimento, etc. Peço que todos enviem sugestões de eventos ligados ao judaísmo para serem promovidos pela SIB.

Neste Sábado, temos o Coral Juniata. Dia 18/03, o evento com os atores de Caras e Bocas na Saraiva. Venham e tragam os amigos. O sucesso destes encontros fortalece nossos vínculos. Já estamos organizando o próximo Judaísmo é massa e o Pessach comunitário se aproxima!

Shalom,

Mauricio Szporer

Presidente

PARASHÁ DA SEMANA

B”H

;"Errar é humano, perdoar também

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Esta semana leremos em nossas Sagradas Escrituras sobre o primeiro censo, onde cada homem apto para a guerra deveria contribuir com meio Shekel.

Por sua vez começa o trabalho no tabernáculo, que devia culminar-se quando começava o Shabat.

Alguns capítulos mais adiante, a Torá nos relata aquele ocorrido em que Moshé desce do Monte Sinai com as Tábuas da Lei e encontra o povo adorando um bezerro de ouro. A razão deste acontecimento, Moshé se enfurece e quebra as tábuas e o bezerro. Logo volta a subir ao Monte, pedindo a D-us que perdoe o povo, e Este o ordena que construa novas Tábuas, prometendo-lhe que acompanhará o Povo até a Terra Prometida.

Até aqui temos um resumo da Parashá. Mesmo assim, podemos ver uma grande quantidade de ensinamentos que a Torá quer nos quer obsequiar neste Shabat Kodesh, das quais, creio que a mais a mais importante seja a capacidade de poder perdoar.

É claro que o povo havia errado o caminho. Que terem pedido à Aharão que lhes construísse um bezerro de ouro para adorá-lo, não havia sido a decisão mais feliz que puderam tomar.

Por outro lado, também se poderia pensar e "calçar os sapatos" do Povo, a quem logo se veem sem a presença de Moshé, que se demorava a regressar da Montanha e não se sabia sequer se o faria.

Ainda assim, a história nos relata que Moshé regressou, com as Tábuas, e foi a ira que sentiu que quebrou as mesmas e também assim o fez com o ídolo construído. Logo a história é conhecida, volta a subir ao Monte Sinai para trazer novas Tábuas.

Agora vejam bem, a pergunta que me surge é como pode ser que ,depois de tal acontecimento, D-us perdoou ao povo? Acaso não foi um feito horrível, que mereceria que lhes virasse as costas?

A Torá nos narra acerca do pedido de Moshé de misericórdia ante o povo. Pedido que fala de uma humildade total, que permitiu a Moshé realizar tal súplica.

E, obviamente, como bem conhecemos o relato, D-us aceita este pedido, outorgando uma segunda oportunidade ao povo.

O grandioso que vemos aqui é algo que em nossos dias está perdido e é justamente ter a capacidade, não somente de pedir perdão, mas o de perdoar.

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É realmente incrível que algo tão sensível como é arrepender-se quando um está equivocado, hoje em dia podemos ver que não é uma prática que se realize muito frequentemente. E, obviamente, dentro da mesma dificuldade, encontramos que a capacidade de perdoar aqueles que se equivocam. O porque? Não sei. O que sim sei, é que seria o mundo muito diferente se compreendêssemos que cometer erros é normal, porque somos todos seres humanos e NÃO SOMOS PERFEITOS, e sim justamente o contrário, dia a dia aprendemos algo novo, e crescemos a partir de cada obstáculo sorteado, permitindo-nos desta forma lograr melhorar o mundo em que vivemos.

Assim mesmo, se tomarmos a

Entretanto, se consideramos o fato de que cremos que somos perfeitos, jamais cresceremos e não contribuiremos em nada para a humanidade;

E por outro lado, saber que nos equivocamos, será o pontapé inicial para compreender que não vivemos sós no mundo, e que aqueles que nos rodeiam também cometem erros, pela qual, assim como nós agrada que nos perdoem, também merecem ser perdoados, outorgando-lhes outra oportunidade para reparar o acontecido.

Claro, a pergunta seguinte a esta é: E o que acontece se sempre se equivocam? Até onde tenho que perdoar?

A resposta que deram nossos sábios, de bendita memória, foi que sempre que uma pessoa faça uma Tshuvah de forma sincera, deve ser perdoado. Já Rambam, explica (Mishne Torá, Hilchot Teshuvah 2:2) que uma pessoa que no mesmo instante em que previu sua morte, se arrepende sinceramente, será perdoado e terá um lugar no Mundo Vindouro. Então, se D-us pode perdoar, nós não podemos?

Como bem sabemos, D-us havia querido destruir o povo depois do que aconteceu com o bezerro de outro, mas, graças a intervenção de Moshé Rabeino, o povo foi perdoado.

Seria muito lindo se pudéssemos assemelharmos, mesmo que um pouquinho à atitude que tomaram tanto D-us quando Moshé. Devemos aprender a dar uma segunda oportunidade, e também a interceder para aquele que necessita que lhe dê a mão.

Se lograrmos que todas as pessoas ajam desta forma... seguramente outra seria a história.

Queira D-us que neste Shabat Kodesh possamos todos aprender com nossos antepassados, que entenderam que é factível que nos equivoquemos, e que sie reflexionarmos e nos arrependermos, podemos desculpar-nos e assim conseguir outra oportunidade para remediar o erro.Que seja um Shabat de reflexão, de Ahavat Achim, e acima de tudo, que possamos concretizar aquele tão acalentado desejo que persegue este Povo do Livro, que é Shalom, Paz no mais profundo de nosso ser e em nossa querida Medinat Israel

Shabat Shalom Umeborach.

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Editorial A comunidade não para

Dizem que como bons baianos o ano só começa depois do carnaval e, se isso for realmente verdade, este ano a SIB - a NOSSA SIB - começou com tudo.

A festa de Purim foi um sucesso total com mais de 130 pessoas fazendo uma festa digna das maiores comunidades do país.

Poucos dias depois, mais um sucesso que foi a abertura da Exposição "Israel: Momentos e Emoções", que contou com a presença, mais uma vez, de vários membros da comunidade, além da visita do Sr.

Rafael Singer, conselheiro da Embaixada e do Sr. Leonel Neto, representando o Sr.

Prefeito João Henrique.

Para não perder o pique, já neste sábado, dia 06 de março, uma apresentação especial para a comunidade do Coral Juniata, diretamente da Pensilvânia, nos Estados Unidos, regido pelo Sr. Maestro Cícero Alvez - que já conhecemos pelo incrível trabalho realizado com o coral Vozes do Holocausto daqui da Bahia que chegou a ser conhecido

internacionalmente.

E, como se isso não fosse o suficiente, temos mais um encontro marcado no dia 18 deste mês, no Espaço Glauber Rocha na Livraria Saraiva do Shopping Iguatemi, com os atores Theodoro Cochrane e Julia Lund que participaram do chamado núcleo judaico da novela Caras & Bocas da Rede Globo e, a convite da Embaixada de Israel, foram conferir in loco o que nossa Medinat Israel tem a oferecer.

s

empre com a intenção de melhorar a troca de informações com todos os membros da comunidade, foi criado o álbum virtual oficial do Sib e-News onde serão publicadas todas as fotos dos eventos realizados pela SIB ou da qual participemos.

O álbum se encontra no site Flickr e pode ser acessado através deste link ( clique ou copie e cole este endereço na barra do seu navegador:

http://www.flickr.com/photos/sibenews )

Ficaremos sempre honrados em receber colaborações dos nossos leitores para nosso álbum e aproveitamos para agradecer as colaborações de Reveca Pikelaizen e Rosinha Cardonsky pelas imagens enviadas.

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Como prometido, as novidades não ficam por aí e em breve estaremos lançando nossa primeira pesquisa de opinião sobre o formato atual do Sib e-News.

Ainda assim, lembramos que estamos sempre abertos para receber críticas e sugestões através do nosso e-mail ( sib.e.news@gmail.com ).

Logo abaixo, na seção "Notícias da Comunidade" vocês tem acesso aos links diretos para cada um dos álbuns dos últimos dois eventos realizados: A festa de Purim e a Exposição

"Israel: Momentos e emoções".

Como disse, no título, seja no dia-a-dia, em eventos ou virtualmente, a Sociedade Israelita da Bahia não para.

Agora só falta vocês.

Participem, prestigiem, incentivem, tragam amigos, familiares, aqueles parentes que andam afastados, enfim: Todos.

Shabat Shalom Roberto Camara Jr.

Editor

Notícias da comunidade

EXPOSIÇÃO “ISRAEL: MOMENTOS E EMOÇÕES”

Celebrando os 60 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Israel, A Embaixada de Israel e a Sociedade Israelita da Bahia, com o apoio da Fundação Jacobi e da Escola de Belas Artes da UFBA, traz para Salvador a exposição Israel: momentos e emoções.

Esta exibição retrata, através de uma série de fotografias, momentos marcantes das seis décadas de Israel. Nela os visitantes podem ver momentos importantes desde a criação do Estado de Israel até os dias atuais.

Esta exposição apresenta através de fotografias tiradas por renomados fotógrafos

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de Israel nestes 60 anos de existência.

O Brasil foi escolhido para inaugurar esta exposição devido a grande amizade entre nossos países e a Bahia mereceu o carinho de estrear esta exposição. Da terra Santa para a terra da diversidade.

Local: Galeria Canizares da UFBA (Escola de Belas Artes - Rua Araújo Pinho, 16-202, Canela)

Visitação: 02 a 18 de março

Horário: 2ª a 6ª feira, das 08h às 17h.

Fotos do Coquetel de Abertura da Exposição

Para visitar o Álbum virtual com as Fotos do Coquetel, clique aquiou copie e cole este endereço no seu navegador:

http://www.flickr.com/photos/sibenews/4403604950/in/set-72157623545613584/

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JUNIATA CONCERT CHOIR

06/03/10 (SÁBADO), ÀS 19HS NA SIB

OJuniata Concert Choir (Coral Juniata) pertence á Universidade Juniata College de Huntingdon, Pensilvânia, Estados Unidos da América ( www.juniata.edu), fundada em 1876 e que desde então tem a tradição deexpressar através do canto coral,amúsica norte- americana daquela região.

O Coral Juniata é formado por jovens universitários entre 18 e 23 anos e tem percorrido o mundo mostrando um repertório musical que busca conciliar a tradição norte americanae o canto coral de outros povos. Em 2005 o coral fez a sua primeira viagem ao Brasil, realizando concertos em São Paulo e Salvador, tendo metade do seu repertório dedicado à música brasileira, principalmente a composta na Bahia. Para isso convocou o maestro baiano Cícero Alvespara trabalhar com o grupo por um período, no inverno de 2004, lá no próprio Juniata College.

O Coral Juniata já excursionou para países como a Inglaterra, Espanha, Brasil, Alemanha, França, México, Itália, Bulgária, Holanda, Eslováquia, Finlândia, Trinidad e Tobago, dentre outros.

Nessa excursão a Salvador, o coral se apresentará na Sociedade Israelita da Bahia, no Mosteiro de São Bento, no Teatro do Isba, no Teatro do UEC, na Reitoria da UFBa, na FAZAG eno Centro de Cultura da cidade de Valença.

O grupo é composto de 57 integrantes ( 53 cantores,2 maestros e um médico). O grupo se apresentará sem acompanhamento instrumental. O repertório desses concertos é composto de canções norte americanas, francesas e brasileiras, destacando-se Maracangalha de Dorival Caymmi.

O maestro novaiorquino Dr. Russell Shelley (o mesmo do Vozes do Holocausto)é há 17 anos, o regente titular do Coral Juniata.

Alguns links da apresentação do coral em 2005, no Teatro Castro Alves:

http://www.youtube.com/watch?v=0u7mzcLgOKU http://www.youtube.com/watch?v=yOmGNQmGhVA

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Fotos da Festa de Purim

Para acessar o Álbum da Festa de Purim, clique aqui ou copie e cole este endereço no seu Navegador: http://www.flickr.com/photos/sibenews/sets/72157623545677426/

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Os Seminovos na festa de Purim

Os membros do Grupo Seminovos, atendeu ao convite e com ou sem fantasia, trouxeram sua alegria para compartilharem da festa de Purim da nossa comunidade.

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No Brasil e no Mundo

Terremoto no Chile

O Movimento Marsoti Mundial está arrecandando doações para as vítimas do terremoto que ocorreu no Chile nesta semana e deixou mais de 700 mortos.

A doações podem ser feitas no site oficial do movimento clicando aqui ou copiando e colocando o seguinte endereço em seu navegador

https://npo.networkforgood.org/Donate/Donate.aspx?

npoSubscriptionId=1002391&uniqueID=633984480739958570

Mossad 'vira moda' em Israel depois de assassinato em Dubai

JERUSALÉM - Depois do assassinato em Dubai do líder do Hamas Mahmoud Al-Mabhouh, atribuído ao serviço secreto de Israel, o Mossad, aumentou em Israel a procura de jovens por trabalho na organização, indicando que o serviço secreto "virou moda" no país.

De acordo com o jornal de maior tiragem em Israel, o "Yediot Ahronot", desde a

publicação do incidente em janeiro e a ampla divulgação de fotos e informações sobre supostos agentes do Mossad, cresceu o número de israelenses que enviou seu currículo para o site de vagas no serviço secreto.

A cobertura extensa do incidente, tanto na imprensa local como na internacional, acendeu a imaginação de jovens que procuram um trabalho "interessante, inusitado e desafiador", de acordo com o jornal.

O jornal cita jovens que, depois de lerem as informações sobre o assassinato, "correram para o computador" para se registrar no departamento de recursos humanos do serviço de espionagem.

O Mossad costuma publicar anúncios de empregos em seu site na internet, procurando

"pessoas criativas e amantes de desafios, que procuram um trabalho não rotineiro e dinâmico", com preferência para ex-oficiais do Exército, com "passado de combatente".

Os candidatos também devem saber fluentemente pelo menos uma língua estrangeira e estarem dispostos a viajar para o exterior.

Camisetas

Nas últimas semanas, desde o assassinato do líder do Hamas, o Mossad se tornou "moda"

até em camisetas.

Eran Davidov, dono de uma empresa que produz as peças, soube aproveitar a nova moda e produziu rapidamente camisetas glorificando o Mossad.

Davidov disse ao canal 10 da TV israelense que nos últimos dias "não está dando conta" de

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fornecer o número crescente de encomendas, tanto por lojas locais como por clientes no exterior.

De acordo com o empresário a camiseta com a frase "não se meta com o Mossad" é a mais procurada.

Nesta sexta-feira Israel comemora a festa de Purim, considerado o carnaval judaico, no qual as pessoas costumam se fantasiar.

Neste Purim muitos israelenses - tanto adultos como crianças - resolveram se fantasiar de agentes do Mossad.

Fonte: O Globo

Comitiva israelense tenta convencer Brasília a apoiar sanções a programa nuclear do Irã

BRASÍLIA - Às vésperas da primeira visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Israel, prevista para 14 de março, o governo israelense enviou uma missão a Brasília para

entender os motivos de o Brasil se manter contrário à aplicação de novas sanções contra o Irã - defendidas por vários países diante do impasse nas negociações quanto ao programa nuclear de Teerã. A comitiva é chefiada pelo vice-diretor-geral do Ministério das

Relações Exteriores de Israel, Rafael Barak.

Ele discutiu o tema com o secretário-geral do Itamaraty, Antonio Patriota, e membros de sua equipe numa tentativa de convencer os colegas diplomatas de que o regime do Irã tem sido um desestabilizador no Oriente Médio. Entre os argumentos usados está o de que um Irã nuclearizado pode desencadear uma corrida armamentista na região, pondo em risco o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP). Ele também destacou o

"risco elevadíssimo" de transferência de tecnologia para grupos terroristas.

- Acreditamos nas boas intenções do governo brasileiro, que se refletem no diálogo que o Brasil tenta promover na Palestina e em outros pontos do Oriente Médio - disse Barak.

O Brasil defende o direito iraniano de manter um programa nuclear, desde que para fins pacíficos. Além disso, discorda das sanções por acreditar que, a exemplo do que houve no Iraque, afetam principalmente a população civil.

Barak garantiu que seu país respeita a posição brasileira e que a aproximação de Lula com o presidente Mahmoud Ahmadinejad "não causa mal-estar". Sobre um possível papel na mediação do conflito israelense-palestino, ele demonstrou menos receptividade do que a mostrada no ano passado, na visita do chanceler israelense, Avigdor Lieberman ao Brasil.

- O presidente Lula é uma pessoa muito respeitada em todo o mundo. Apreciamos muito seus esforços e conhecemos sua boa vontade. No entanto, o diálogo entre israelenses e palestinos será construído por israelenses e palestinos - pontuou Barak.

Na terça-feira, um documento obtido pela agência Associated Press revelou que o

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para o exterior, desde que a entrega seja feita em solo iraniano - numa condição que desagradou ao Ocidente

Fonte: O Globo

CIAM é escolhido como “porta de entrada” para

o trabalho de ONG dos EUA na América do Sul

Voluntários americanos passarão uma semana atuando em programa inédito para deficientes intelectuais

No dia 5 de março, um grupo de universitários dos Estados Unidos chega ao Brasil para passar uma semana, prestando serviços voluntários nos programas desenvolvidos pelo Centro Israelita de Apoio Multidisciplinar (CIAM), com ênfase na Aldeia da Esperança, onde pessoas com deficiência intelectual ou distúrbios psiquiátricos participam do programa inédito de moradia assistida vitalícia.

O grupo, que elegeu o CIAM como “porta de entrada” para um trabalho na América do Sul, pertence à Fundação Seven Hills, cujo objetivo é apoiar os esforços humanitários nas áreas de saúde, educação.

Durante uma semana, 13 universitários da Universidade de Massachusetts e quatro funcionários da ONG, pretendem adquirir conhecimento com o trabalho desenvolvido no CIAM com seus educandos e residentes, para depois compartilhar e atuar nos EUA.

Segundo Monica Moura, da Seven Hills, a criação de uma parceria entre a Fundação e o CIAM, será muito positiva. “Todos poderão trocar conhecimentos e recursos para ajudar as pessoas assistidas por nosso trabalho em comum”, afirma. E complementa: “O Brasil foi escolhido como uma porta de entrada para a nossa Organização trabalhar na América do Sul. Estou certa de que o CIAM reconhecerá os nossos esforços globais em ajudar pessoas que são deficientes, como eles já fazem”.

Neste período, os jovens americanos participarão de palestras e atividades com os profissionais das unidades do CIAM, incluindo uma programação especial no Centro de Reabilitação e Hidroterapia, que fica na Aldeia da Esperança, junto aos alunos da UNICID, reuniões com a ASHOKA, e também estarão envolvidos nas tarefas do dia-a-dia do Centro de Estimulação Essencial e no de Educação e Desenvolvimento, bem como na Aldeia da Esperança.

Esta não é a primeira vez que o CIAM recebe jovens voluntários do Exterior, lembrando que grupos da Alemanha já estiveram na Aldeia da Esperança trabalhando com os residentes nas mais diversas áreas.

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SOBRE O CIAM (www.ciam.org.br): Entidade sem fins lucrativos, que há 50 anos vem trabalhando e lutando pela inclusão social de crianças e adultos com deficiência intelectual.

SOBRE A SEVEN HILLS (www.sevenhills.org): Organização sem fins lucrativos que busca melhorar a vida de pessoas com deficiências, desde 1951. A fundação possui 3000 funcionários e ajuda 27 mil pessoas no estado de Massachusetts e Rhode Island, EUA.

Israel suspende serviços do correio após encontrar carta-bomba

JERUSALÉM (Reuters) - Israel suspendeu as entregas postais em todo o país na segunda- feira, depois que uma carta-bomba foi encontrada em uma agência dos correios, informaram autoridades policiais e dos correios.

O motivo por trás da correspondência com explosivos não estava claro imediatamente após o incidente, disse um porta-voz da polícia, e um tribunal impôs uma ordem de sigilo sobre a investigação.

A carta-bomba foi encontrada numa agência da cidade de Migdal Haemek, no norte de Israel, onde uma mulher viu fios e pilhas dentro de um envelope que havia acabado de recolher.

Um porta-voz da polícia afirmou que os policiais investigavam se o incidente era um ato de terrorismo ou um crime local. Israelenses foram alvos de cartas-bombas com frequência nos anos 1970 e 1980, em ações atribuídas ou reivindicadas por militantes palestinos.

Após a descoberta, as autoridades israelenses tomaram a rara iniciativa de parar o serviço de correios nacionalmente, para fazer uma busca pelas correspondências nos principais centros de distribuição postal do país, onde elas são separadas para a entrega, afirmaram autoridades.

"Não estamos distribuindo nenhum correio no momento nem aceitando nenhuma carta porque queremos proteger a segurança pública", afirmou à Rádio do Exército o diretor dos Serviços Postais de Israel, Avi Hochman.

(Fonte: O Globo)

Recorde de ataques antissemitas no Reino Unido:

Recentes pesquisas apontam para 924 atos contra judeus ao longo de 2009 - um recorde total, desde que se começaram a coletar os dados, em 1984. A gravidade dos ataques varia entre violência física, graffiti racista e ameaças pelo correio. O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, que considerou os

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antigas formas de ódio, reinventa-se e adapta-se aos tempos modernos, e requer cada vez mais vigilância por parte de todos os que querem defender a tolerância e a verdade”.

Israelenses criam método de ensino de inglês pelo telefone

A empresa israelense La Mark desenvolveu um novo método para o ensino do inglês. Por meio do telefone celular, o aluno tem acesso a exercícios

interativos, arquivos de áudio e vocabulário com mais de mil palavras.

Também pode participar de comunidade de relacionamento e de jogos em inglês. Um dos diferenciais do serviço é a possibilidade do estudante praticar a fala, a leitura e a escrita em inglês por meio de sessões curtas em qualquer horário e local. No Brasil, o método já está disponível pela operadora Vivo. O Kantoo English é cobrado semanalmente, ao custo de R$ 3,99. Para estimular o uso da plataforma, o usuário é isento do custo com downloads e tráfego desses dados.

Senado quer explicações de Amorim sobre apoio ao Irã

O Senado quer explicações do governo sobre o eventual apoio e participação no programa nuclear do Irã. A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional aprovou nesta quinta-feira o convite para o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, prestar esclarecimentos sobre o assunto. O tema é considerado polêmico e ganhou novos elementos depois que o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, informou que haverá enriquecimento de até 20% do urânio.

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A iniciativa para que Amorim compareça ao Senado foi do senador Heráclito Fortes (DEM- PI), vice-líder da oposição na Casa. O senador pediu ainda a aprovação de um voto de pesar da Casa à família do oposicionista cubano Orlando Zapata - que morreu na quarta- feira, depois de 85 dias de greve de fome. A morte foi confirmada no mesmo dia em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitava Cuba.

Os partidos de oposição querem saber em detalhes qual a posição do governo brasileiro sobre o programa nuclear do Irã. Em várias ocasiões, Amorim afirmou que o governo é favorável ao desenvolvimento de um programa para fins pacíficos e que defende o

desarmamento. Porém, um grupo de países liderado pelos Estados Unidos levanta dúvidas sobre o programa iraniano.

Para os governos dos Estados Unidos, Alemanha, França, Inglaterra e Rússia, o anúncio de Ahmadinejad de que as usinas iranianas enriquecerão o urânio a 20% foram interpretadas como uma ameaça. Para algumas autoridades estrangeiras, o governo do Irã poderia ter no seu programa nuclear projetos para a construção de armas e bombas.

O presidente Ahmadinejad nega as acusações. Amorim reitera que é necessário buscar o diálogo entre as Nações Unidas e o governo do Irã. Em novembro de 2009, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu o presidente iraniano, em Brasília. O encontro foi criticado por vários setores da sociedade brasileira e no exterior.

Além da aprovação do convite a Amorim, os senadores querem ainda um encontro com a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, na próxima quarta-feira, quando ela estará em Brasília. A solicitação será feita pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores, Eduardo Azeredo (PSDB-MG), à Embaixada dos Estados Unidos no Brasil. O pedido foi encaminhado pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF).

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A HISTÓRIA DA RAINHA ESTER EM MINISSÉRIE NA TV

Nova minissérie da Record, com estréia prevista para 03 de março, A História de Ester, conta a trajetória de uma mulher audaciosa e determinada que se tornou referência da cultura judaica e de toda a História. A trama, adaptada por Vivian de Oliveira, e dirigida por João Camargo, se passa por volta de 400 a.C., na antiga Pérsia, onde hoje é o Irã.

Hadassa, órfã, judia, adota o nome Ester para se defender da perseguição dos amalequitas aos judeus. Sem revelar sua verdadeira origem, Ester conquista o amor de Assuero (rei da Pérsia), se torna rainha e provoca mudanças na personalidade do monarca, que logo são notadas por todo o reino. Mas influenciado pelo Primeiro Ministro, que é amalequita, Assuero decide aniquilar o povo judeu da Pérsia. É quando Ester, após 3 dias e 3 noites de orações e jejum de seu povo, se enche de fé e decide revelar sua verdadeira origem ao rei, implorando pelos judeus e por sua própria vida.

Por Lorena Forti

Assuero decreta a permissão para que o povo judeu prepare a sua defesa. E no dia 13 de Adar ocorre o grande duelo, donde os judeus saem vitoriosos. A vitória é comemorada até hoje pelos judeus de todo o mundo com a festa de Purim. A minissérie de 10 capítulos tem como casal protagonista os jovens talentos: Marcos Pitombo (como Assuero) e

Gabriela Durlo (como Ester). No elenco, outros nomes, alguns já consagrados na

teledramaturgia brasileira: Ewerton de Castro (como Mordecai, pai adotivo de Ester),

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Paulo Gorgulho (como Hamã,o primeiro ministro amalequita), Paulo Figueiredo (como Memucã, nobre persa conselheiro do rei), Roberto Pirillo (como Escriba) e Giuseppe Oristanio (como Joel). Outros, da nova geração, firmam suas carreiras na TV: Vanessa Gerbelli, Juan Alba, Paulo Nigro, Cássia Linhares, Gabriel Gracindo, Rocco Pitanga, Daniela Galli, André Di Mauro, Letícia Colin, Maria Ceiça, Eliece Cigarini, Márcio Kieling, Maurício Ribeiro, Felipe Martins, Lana Rodes e Vitor Hugo.

Muhammad Ali testará tratamento contra o Parkinson em Israel

Lenda do boxe, o norte-americano Muhammad Ali se submeterá a um novo tratamento contra o mal de Parkinson doença que vem debilitando sua saúde com o passar dos últimos anos. A iniciativa é de uma empresa de Israel, especializada em biotecnologia. “Rashida Ali, a filha do ex-pugilista, contatou-nos após ouvir falar do nosso trabalho com células tronco adultas e assegurou que seu pai gostaria de fazer parte dos testes que faremos”, afirmou à AFP um porta-voz da companhia Brainstorm. O tratamento inicialmente será usado para um tipo de esclerose, mas se os testes foram conclusivos positivamente, poderia-se ampliar o uso para pacientes do mal de Parkinson, como o norte-americano.

Ali com o ex-presidente Clinton.

Segundo a Brainstorm, os testes realizados com ratos para esse tipo de doença, incluindo o Parkinson, tiveram sucesso. O próximo passo é provar sua eficácia em seres humanos.

Um dos maiores pugilistas de todos os tempos, Muhammad Ali encerrou sua carreira de campeão dos pesos pesados em 1981. Três anos mais tarde, teve diagnosticada a doença, que afeta gravemente sua capacidade de comunicação. Rumores dão conta que os golpes

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comprovado cientificamente. Outros ex-pugilistas apresentam o mal, como Freddie Roach, hoje técnico de Manny Pacquiao.

Curtas

- Continuam os distúrbios entre palestinos e tropas israelenses na cidade de Hebron onde o primeiro-ministro Fayyad orou hoje na Tumba dos Patriarcas.

- Mahmoud A-Zahar, negociador sênior do Hamas para a troca de prisioneiros palestinos pelo soldado israelense Shalit, retirou-se das negociações alegando impasse na lista de terroristas que Israel não admite libertar.

- Hillary Clinton intervém para suspender o embargo ao

embarque de peixe carpas asiático de uma peixaria americana destinado a Israel para a festa de PESSACH.

- Polícia de Dubai procura colaboração internacional para localizar 26 suspeitos de participarem das ações contra militante do Hamas.

- Cresce a popularidade internacional do Mossad com aumento nas vendas de objetos com seu emblema.

Colaboração dos leitores

O QUE É ECO-KASHER?

Arthur Waskow

Serão kasher os tomates plantados em terras encharcadas de agrotóxicos? Podemos comê-

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los numa festa de casamento na sinagoga?

É kasher o papel de jornal produzido pela derrubada de uma floresta antiga e in- substituível? Podemos usá-lo num jornal judaico?

Um banco que investe dinheiro de seus depositantes numa companhia que polui os mares é um lugar kasher para uma organização judaica depositar seu dinheiro?

Se ao dizer kasher nos referimos a um sentido mais amplo de boa prática, que se nutre na fonte de tradição e sabedoria judaica acerca da relação entre seres humanos e a terra, então talvez a resposta é que nenhuma dessas formas de agir é eco-kasher.

Quem diz isto? E de onde vem esta estranha palavra eco-kasher?

Para responder, precisamos ir ao início de tudo. Bem ao início.

Há milhares de anos os judeus acreditam que comer importa. Importa de verdade, para D'us, para o cosmos, para a terra e para a história.

Desde o início. De acordo com o mito judaico da criação, a própria história humana começa quando os seres humanos violam uma ordem divina sobre o comer.

D'us disse que havia um fruto no Éden que não era kasher. Adão e Eva comeram-no assim mesmo - desta forma destruíram o Jardim das Delícias primordial. O que se seguiu foi a luta entre Adão e Adamá, entre o homem e a terra, entre os seres humanos e o humo. Com dor e suor as pessoas trabalhavam para produzir seu alimento, e o humo, com hostilidade, produzia espinhos e cardos.

Comer - e não o ato de matar, fazer fogo ou sexo - era a metáfora judaica para criar problemas. Note que criar problemas para D'us acaba significando Ter problemas com a terra.

No âmago desta lenda está a afirmação de que, sendo o comer uma conexão fundamental entre os seres humanos e a terra, um defeito no processo alimentar - consumir de forma incorreta o que provém da terra - só pode resultar em problemas entre a terra e os humanos.

Tão profunda era a percepção desta conexão entre formas corretas de se alimentar e o frutificar da terra, que todo o ciclo de celebrações sagradas se centrava na comida.

Primeiro, algumas comidas eram vistas como sagradas e outras como proibidas; e, segundo, o povo recolhia os produtos da terra num só lugar, no Templo em Jerusalém - lá, os grãos e a carne, o pão e o vinho, o azeite e a água eram consagrados.

Ao mesmo tempo, à terra e às pessoas deveria ser dado um descanso sagrado a cada sete dias, a cada sete anos, e um ano após o sétimo ano, isto é, a cada cinqüenta anos.

Assim, tanto a terra como as pessoas poderiam saborear no presente um gostinho de paraíso passado e futuro; do Éden passado, quando a terra e os humanos viviam em paz; e da Era Messiânica que está por vir, quando a terra e os humanos não mais estarão em guerra.

A destruição do Templo e a dispersão do povo judeu fora da Terra de Israel rompeu a relação direta entre alimento e terra, e tornou necessária uma nova forma de santificar a comida. O Talmud, então, definiu a mesa de jantar de cada família como um altar sagrado, e elaborou o conceito de kashrut muito além de sua simplicidade bíblica.

Sem uma terra produtiva para distingui-los, os judeus usaram a kashrut para tronar suas

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mesas na diáspora tão diferentes, que a cada refeição sua identidade como povo se

reafirmava. Isso funcionou durante quase dois mil anos; os judeus levavam sua terra de país em país na forma de kahsrut, seu altar na forma da mesa de refeições, e sua relação serena com a terra na forma do descanso semanal (mas não o de cada sete ou cin-üenta anos) do Shabat.

Mas na nossa geração isto se rompeu. Agora a terra toda produz alimento para todos os povos. Para produzir mais alimentos e outros produtos de consumo, a raça humana subjugou a terra - submeteu-a à poluição e à destruição. E a terra está respondendo a esta

exploração com ameaças de degradação atmosférica, desertificações, secas, inundações, fome e extinção de espécies. Praticamente desapareceu a noção de comida como algo sagrado. E também quase desapareceu a noção de um descanso sabático rítmico para a terra e seus habitantes.

Nós mesmos estamos revivendo o Éden - de certa forma mais fértil; de outra, mais

desastrosa. Durante os últimos trinta anos, nós, seres humanos, filhos de Adão, consumimos alguns frutos do planeta Terra, frutos da Árvore do Conhecimento, que tinham estado ocultos durante toda a história da humanidade: combustíveis fósseis, energia nuclear. E o resultado deste nosso consumo tem sido um grande acúmulo de riqueza, mas também um novo tipo de guerra com a terra. Comemos com tanto descuido que poluímos a terra, e ela responde nos envenenando.

Nesta situação, o que aconteceu com a idéia e a prática de kashrut?

Alguns judeus passaram a tratar toda a terra como sagrada e rejeitam a kashrut justamente por ser uma bandeira da diferenciação com outras culturas. Eles podem sentir-se bem com o vegetarianismo ou a macrobiótica; mas sentem-se bem menos à vontade com a idéia de uma dieta especificamente judia.

Outros judeus continuam a manter kashrut, porque assim é ordenado na Torá, ou para afirmar sua identidade judia - mas raramente vêem alguma conexão com a proteção da terra.

Existe alguma forma de repensar estas questões para conseguirmos um todo coerente, sanando nossas vidas como parte da terra enquanto afirmamos e fortificamos nossas vidas como judeus?

Alguns judeus vêm tentando fazer isto nos últimos anos, religando a idéia de kashrut - o que nós nos permitimos comer - com alguns valores e obrigações mais amplos em relação à terra oriundos da tradição judaica. Eles se inspiram em alusões a preocupações éticas com a terra e seus habitantes, que alguns dizem estar subjacentes ao kashrut tradicional. Por exemplo:

alguns estudiosos sugerem que a proibição de certas carnes foi a concessão relutante de uma ética profundamente vegetariana com uma comunidade de carnívoros inveterados. Alguns dizem que os métodos de abate ritual têm sua origem na preocupação com os animais, e teriam a intenção de minimizar sua dor.

Mas os judeus que estão investigando novos sentidos para a kashrut estão olhando além das definições tradicionais (sem contudo rejeitá-las). É desta investigação mais profunda que

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surge o conceito de eco-kasher.

No começo de 1990, um grupo denominado Instituto de Renovação Judaica começou a circular um artigo sobre uma nova compreensão de kashrut. Motivados por este artigo, líderes dos quatro maiores movimentos religiosos dentro do judaísmo e também ativistas preocupados com as questões do consumo e do meio ambiente se reuniram. Seu objetivo era refletir sobre alguns dos valores e éticas judaicos que pudessem estar conectados com aquilo que comemos. Na medida em que empreenderam esta tarefa, descortinou-se uma gama imensa de novas possibilidades. Algumas delas diziam respeito à própria comida.

Outras questões surgiram quando começaram a examinar outras formas de comer - consumo de energia, papel, máquinas, investimentos de dinheiro.

Seriam suficientemente próximas do conceito de comer para que se justificasse a aplicação sobre elas das diretrizes kasher ou treif? Estudaram, então, com maiores detalhes as noções de sim/não, conectado/desconectado, kasher/treif - distinções absolutas - que são parte essencial do conceito de kashrut tradicional.

Quanto à comida, este comitê verificou categorias éticas do judaísmo tradicional que se preocupassem com a relação entre os seres humanos e as demais criaturas de D'us. Algumas delas foram:

Tassar baalei chaim - literalmente "sofrimento daqueles que possuem vida", e

tradicionalmente compreendido como uma forma de respeito para com os animais.

Alguns membros sugeriram que se poderia estender proibições sobre o consumo de animais criados em "fazendas-fábricas" de super produtividade. Talvez pudesse ser até mesmo estendido para o que concerne às plantas - por exemplo, restringindo o mal-uso de pesticidas e recombinações genéticas e proibindo o consumo deste tipo de produto.

Baal tashchit - literalmente "não arruinando" a terra. Esta norma se iniciou em tempos bíblicos, com a proibição de cortarem-se árvores do inimigo. Foi então estendida para a proteção, todo tipo de árvore e outros aspectos da natureza. Entre estes incluía-se até mesmo a proibição do desperdício de móveis ou outros objetos nos quais houvesse misturado o labor humano a produtos da terra. Ao refletir sobre este conceito, o comitê sugeriu a possibilidade de que fosse incluído o envenenamento da terra com pesticidas químicos para a produção de alimentos, favorecendo técnicas orgânicas e naturais.

Shmirat haguf - a proteção do corpo. Poderia ser compreendido como excluindo o consumo de produtos que contivessem carcinógeno e/ou hormônios. Se estenderia a outros itens quase-alimentos, como o tabaco e doses excessivos de álcool. Esta categoria também envolveria as questões de anorexia e glutonice, que podem levar a grandes sofrimentos físicos e psicológicos.

Tsedaká - compartilhando comida com os famintos. Poderia gerar a proibição do consumo de qualquer alimento ou da participação em qualquer refeição comunal, ao menos que uma proporção de seu custo se destinasse à aquisição de comida para os desprovidos.

Berachá e Kedushá - a idéia tradicional de que ao comer-se devemos afirmar

conscientemente o senso de sagrado e de bênção. O comitê apontou para a possibilidade de incluir-se a conscientização de que, no atual estado, precisamos matar plantas e animais e

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que o que hoje nos mantém está conectado com o desfalcar da terra. A simples menção cotidiana poderia ter um impacto sobre nosso autocontrole, influenciando um problema que é também de comportamento.

No que diz respeito a outras formas de comer, de relação entre o ser humano e a criação, os membros do comitê chamaram a atenção para o fato de que na era bíblica os judeus também se interessaram por outras conexões entre o ser humano e a terra. Apesar de não terem criado regulamentos tão detalhados como para a comida, consideravam como parte de seu interesse.

A chuva, por exemplo, era vista como uma conexão crucial com a terra. Sem sua presença, nenhuma comida poderia ser produzida; e em Israel, em particular, esta era uma questão sensível. Uma das preocupações maiores da liturgia judaica é justamente com a chuva, o Talmud mesmo especifica uma série de jejuns e orações para momentos de seca.

As vestimentas eram mais um destes conectores com a terra, e a Torá aponta para uma kashrut de roupas - não misturar-se linho com lã. A tradição rabínica não se interessou em elaborar muito sobre esse conceito.

A energia foi outra interface. Madeira ou óleo de oliva eram as fontes de energia da época para obter-se luz e calor. Para o óleo de oliva conferiu-se uma aura de santidade - era usado para ungir sacrifícios no Templo, ungir reis e deu o nome ao rei dos reis, o mashiach (o ungido). Quanto à madeira é em relação a seu recolhimento que as proibições de

trabalho no Shabat são inauguradas.

A partir desta reflexão, o comitê considerou autêntica a busca de diretrizes judaicas para lidar com estes outros vínculos entre os seres humanos e seu meio ambiente. Nossa água e ar são constantemente poluídos, nossa mais importante fonte de energia - fósseis que não podem ser repostos ou renovados a não ser através de milhões de anos e radiação - apresentam-se como grandes perigos à rede de vida sobre a Terra. O comitê, então, se perguntou:

- Como podemos desenvolver regulamentos de kashrut que se apliquem a este tipo de produtos que não se encaixam na categoria de alimentos, e como faríamos para que estes viessem a ser cumpridos?

Assim surgiu o Projeto Eco-Kasher, que poderia ser resumido da seguinte forma: judeus que reconhecem na kashrut tradicional um importante vínculo com a Torá e com o judaísmo, mas que desejam, juntamente com sua observância, acrescentar a observância da eco- kashrut.

O projeto se propõe a tornar público, periodicamente, listas de produtos e marcas que vão desde bastante recomendados até evite o mais que puder. O comitê e o projeto servem de base para estudo desta nova fronteira que talvez, um dia, possa ser normativa a todos os judeus.

Na verdade, se olhamos com mais distância percebemos as profundas implicações de um projeto como o Eco-Kasher e vemos que aponta para uma nova função do povo judeu.

E estas implicações dizem respeito a que o povo judeu como um todo, e não apenas o

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indivíduo, estaria conscientemente envolvido com Tikun Olam - a cura do mundo.

Pelo menos desde que o Império Romano arrasou a comunidade judaica da Terra de Israel, o povo judeu se sentiu enfraquecido a tal ponto de conceber-se como incapaz de alterar ou afetar a história.

Em apenas cinqüenta anos o povo judeu ergueu-se da mais terrível devastação e obteve o mais extraordinário sucesso econômico e político de sua história. O desafio agora é colocar- nos numa posição de podermos contribuir e ajudar na cura, no sarar do planeta.

Surge algo novo. Nossa escolha sempre foi entre preservar nossa própria especificidade ou abandonar o judaísmo e sair pelo mundo bancando lutas mais universais. O que o projeto de eco-kashrut representa é que podemos fortificar nossa distinção enquanto judeus e

trabalhar para sanar ao mesmo tempo as necessidades e feridas da terra; podemos lutar para curar-nos a nós mesmos através da colaboração na e pela cura da terra, curar-nos a nós mesmos. Podemos assim afirmar nosso judaísmo colaborando não apenas com todos os demais povos mas também com todas as demais espécies. Ao fazermos isto, estamos escolhendo vida num tempo de tanta crise.

* Arthur Waskow é escritor e membro fundador do ALEF - Institute for Jewish Renewal.

Texto enviado por Dania Schnitman

Filho de fundador do Hamas era informante de Israel, diz jornal fevereiro 24th, 2010

Folha Online com France Press

Mosab Hassan Yousef, filho de um dos fundadores do movimento islâmico palestino Hamas, trabalhou por anos como informante do Shin Bet, o serviço de segurança interna de Israel, informa nesta quarta-feira o jornal israelense “Haaretz”.

A denúncia vem em meio à tensão causada pelo assassinato, em Dubai, de um dos fundadores do braço armado do Hamas Mahmoud Al Mabhouh. A polícia de Dubai diz ter certeza que a morte foi trabalho do serviço secreto israelense, o Mossad. Israel, contudo, mantém silêncio sobre o caso.

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Mosab Hassan Yousef, filho de líder do Hamas: "Os israelenses se preocupam mais com os palestinos do que a liderança do Hamas ou do Fatah".

Segundo o “Haaretz”, Mosab, 32, filho de Sheikh Hassan Yousef, fundador do Hamas e um de seus líderes na Cisjordânia, ajudou o Shin Bet a prender ativistas e a impedir dezenas de atentados contra Israel durante a segunda Intifada palestina.

Yousef era considerado a mais confiável fonte do Shin Bet no alto escalão do Hamas e ganhou o codinome “príncipe verde” — verde pela cor da bandeira do Hamas e príncipe por ser filho de um dos fundadores do grupo.

Seu primeiro contato com o Shin Bet foi em 1996, quando agentes o prenderam em busca de um informante no alto escalão do grupo. No ano seguinte, ele foi libertado como fonte de informações para os agentes.

Segundo o jornal, que adianta trechos de uma reportagem a ser publicada na sexta-feira (26), as informações fornecidas por Yousef ajudaram nas detenções de Ibrahim Hamid, um chefe militar do Hamas na Cisjordânia, de Marwan Barghuthi, o secretário-geral do partido Fatah no mesmo território, e de Abdallah Barghuthi, comandante militar do Hamas e responsável por vários ataques com bombas.

“Eu queria estar em Gaza agora”, disse Yousef ao jornal. “Eu colocaria um uniforme militar e me juntaria às forças especiais de Israel para libertar Gilad Shalit”, disse, em referência ao soldado israelense capturado por milícias palestinas em junho de 2006.

“Se eu estivesse lá, eu poderia ajudar. Nós desperdiçamos tantos anos em investigações e prisões para capturar os mesmos terroristas que agora eles querem soltar em troca de Shalit. Isto não pode ser feito”, disse Yousef. Apesar dos termos do acordo não serem divulgados oficialmente, a imprensa israelense relata que o acordo para a libertação do soldado incluiria a soltura de mil prisioneiros palestinos.

Refugiado na Califórnia desde 2007, Yousef se converteu ao cristianismo há dez anos e escreveu um livro com Ron Bracki, “Filho do Hamas”, que será lançado na próxima semana nos Estados Unidos.

No livro, Yousef relata os anos como informante do Shin Bet. Ele cita o agente que o

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prendeu, identificado como capitão Loai.

“Tantas pessoas devem a ele suas vidas e nem ao menos sabem disso. Pessoas que fizeram muito menos ganharam o prêmio de segurança de Israel. Ele com certeza merece”, disse o capitão.

Com seu livro de memórias, Yousef diz esperar enviar uma mensagem de paz a Israel. Mas tem poucas esperanças de que um acordo será assinado com a Autoridade Nacional Palestina.

“Eu digo a você com certeza que os israelenses se preocupam mais com os palestinos do que a liderança do Hamas ou do Fatah’, disse Yousef.

Enviado por Marcia Pikelhaizen Camara

Sociais

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PARASHAT HASHAVUA: Ki Tissá ACENDIMENTO DAS VELAS: 17:30 KABALAT SHABAT: 19:00

SHACHARIT: 8:00 MINCHÁ: 17:00

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TÉRMINO DO SHABAT: 18:16

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