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FACULDADE ASSIS GURGACZ CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO BRUNO SAMPAIO DE OLIVEIRA PENITENCIÁRIA FEMININA PARA A CIDADE DE CASCAVEL

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Academic year: 2022

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(1)

FACULDADE ASSIS GURGACZ CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

BRUNO SAMPAIO DE OLIVEIRA

PENITENCIÁRIA FEMININA PARA A CIDADE DE CASCAVEL

CASCAVEL 2010

(2)

BRUNO SAMPAIO DE OLIVEIRA

PENITENCIÁRIA FEMININA PARA A CIDADE DE CASCAVEL

Trabalho de Conclusão do Curso de Arquitetura e Urbanismo, da FAG, apresentado na modalidade Projetual, como requisito parcial para a aprovação na disciplina: ARQ001 Trabalho Final de Graduação.

Orientador: Arquiteto Heitor Othelo Jorge Filho – Esp.

Cascavel 2010

(3)

BRUNO SAMPAIO DE OLIVEIRA

PENITENCIÁRIA FEMININA PARA A CIDADE DE CASCAVEL

DECLARAÇÃO

Declaro, de acordo com item II do Artigo 38 do Manual de TCC do Curso de Arquitetura e Urbanismo – FAG, que realizei em novembro de 2010 a revisão lingüistico-textual, ortográfica e gramatical da monografia de Trabalho de Conclusão de Curso denominado: PENITENCIÁRIA FEMININA PARA A CIDADE DE CASCAVEL, de autoria de BRUNO SAMPAIO DE OLIVEIRA, discente do Curso de Arquitetura e Urbanismo - FAG.

Tal declaração contará das encadernações e arquivo magnético da versão final do TC acima identificado.

Cascavel, 12 de novembro de 2010.

Amadeos Boscardin

Licenciatura plena em Letras/Faculdade Santo Tómas de Aquino: Ciências e letras - Uberaba/1952

RG nº (992085-4, SSPPR)

(4)

FACULDADE ASSIS GURGACZ CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

BRUNO SAMPAIO DE OLIVEIRA

PENITENCIÁRIA FEMININA PARA A CIDADE DE CASCAVEL

Trabalho apresentado no Curso de Arquitetura e Urbanismo da FAG, como requisito básico para obtenção do titulo de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo, sob a orientação do arquiteto professor Heitor Othelo Jorge Filho - Arquiteto e Urbanista.

BANCA EXAMINADORA

Arquiteto Orientador Faculdade Assis Gurgacz - FAG

Heitor Othelo Jorge Filho Especialista

Arquiteto Avaliador Faculdade Assis Gurgacz - FAG

Roni Marcos Frantiozi Especialista

Arquiteto Avaliador Banca Externa

ELAINE CRISTINA MONICH Arquiteta

Cascavel, 12 de Novembro de 2010

(5)

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais, que não mediram esforços para que pudesse alcançar essa conquista e por sempre estarem presente em minha vida.

(6)

AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus por ter me dado forças, persistência e coragem para alcançar o meu objetivo.

Ao meu orientador Heitor por mostrar o caminho correto e ajudar nas decisões necessárias.

À minha namorada Maria que foi muito companheira e sempre esteve presente, apoiando-me e incentivando-me nessa caminhada.

Aos colegas de turmas que juntos vencemos essa jornada E à minha família que, mais uma vez, esteve do meu lado apoiando e dando forças para alcançar meu objetivo.

(7)

RESUMO

O objetivo do presente trabalho é desenvolver um referencial teórico e posteriormente o projeto arquitetônico de um estabelecimento prisional para mulheres. Cascavel, situada no oeste do Paraná, é a cidade escolhida para abrigar tamanho empreendimento, pois está num lugar geograficamente privilegiado. A penitenciária é o destino da condenada à pena de reclusão em regime fechado. A partir do pressuposto de que o objetivo da reclusão da indivídua é reinserção social da detenta, o trabalho consiste em analisar o espaço penitenciário do ponto de vista da recuperação da interna oferecendo a ela uma nova oportunidade, oferecendo as atividades dentro do próprio estabelecimento, fazendo com que ela diminua sua pena e ao mesmo tempo fique apta ao mercado de trabalho fora da prisão, mas para isso serão necessárias condições mínimas de dignidade humana. O objetivo geral é analisar a configuração atual do sistema carcerário, considerando-se sua função social, para que possamos compreender o que o espaço penitenciário representa para a sociedade, a fim de conceituar o espaço para que cumpra seu real dever:

ressocializar e punir. O trabalho será elaborado por meio de pesquisa bibliográfica.

Para o desenvolvimento do projeto arquitetônico, foi feito uma visita técnica à Penitenciária Industrial de Cascavel – PIC, na cidade de Cascavel/PR, que é um estabelecimento penal destinado a 240 detentos do sexo masculino e de regime fechado. Ao final da pesquisa, analisando todo o conteúdo exposto percebe-se que o espaço prisional, de fato, é uma das condicionantes mais importantes para a reinserção das presas na sociedade, haja vista ser esse o objetivo legal da prisão, na qual oferecemos à condenada meios para sua reintegração. Com o presente trabalho, fica claro que ele é um dos fatores mais importantes no processo de ressocialização das presas, assim deixando-as preparadas para voltar a conviver no mundo fora das penitenciarias.

Palavras chave: penitenciária, arquitetura, ressocializar.

(8)

ABSTRACT

The objective of this assignment is to develop a theoretical reference and subsequently the architectural project of a female correctional facility. Cascavel, located in the west of Paraná, is the chosen city to shelter such an undertaking, due its geographically privileged place. The prison is the destination of all the women sentenced for imprisonment. From the idea that the objective of the imprisonment is the social reintegration of the detained woman, this assignment analyses the prison space from the point of view where the aim is the recovery of the person, offering a new opportunity and activities inside the facility, therefore reducing her penalty and being able to join the job market outside the prison. However, to accomplish those factors, it will be necessary minimum conditions of human dignity. The general objective is to analyze the current aspect of the jail system, taking into account its social function, hence we are able to understand what the correctional facility represents to the society and characterize it to do what it is suppose to (reintegration and punishment). The assignment will be based on bibliographic research. For the development of the architectural project, it has been done a technical visit to the Penitenciária Industrial de Cascavel – PIC, in the city of Cascavel/PR, that is a correctional facility for 240 male prisoners in sentence for imprisonment. In the end of the research, by analyzing the content its possible to see that the correctional facility is, in fact, one of the main sustainers for the reintegration of the prisoners in the society, having in mind that this is the legal objective of the prison. The assignment makes it clear that the work done inside the prison is one of the most important factors in the process of reintegration of prisoners, thus letting them prepared to live in a world outside the prison again.

Key-words: prison, architecture, social reintegration.

(9)

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Pg.

FIGURA 01:Sexta microrregião do estado e seus limites com municípios vizinhos

19

FIGURA 02: Planta do Panótico de Benthan. 24

FIGURA 03: Projeto de Penitenciária de N. Harou-Romain, 1840. 25

FIGURA 04:Interior da Penitenciária de Stateville 26

FIGURA 05: Prisão de Petite Roquete (Sistema Panótico) 27

FIGURA 06: Fachada principal – PIC 32

FIGURA 07: Interior das celas. 33

FIGURA 08: Confecções bolas e sacolas. 34

FIGURA 09: Foto aérea - PIC 34

FIGURA 10: Patio Central - PIC 35

FIGURA 11: Patio de Sol – PIC 35

FIGURA 12: Sala de revista e corredor de acesso. 36

FIGURA 13: Sala monitoramento 37

FIGURA 14: Foto aérea PEF. 38

FIGURA 15: Galeria das celas PEF 39

FIGURA 16: Penitenciária Federal de Catanduvas 40

FIGURA 17: Foto aérea do terreno 41

FIGURA 18: Foto aérea do terreno, mostrando acesso pela BR - 277 42

(10)

LISTA DE TABELAS

Pg.

TABELA 01: Caracterização dos municípios e da microrregião de Cascavel – Paraná.

15

TABELA 02: Classificação de espécies de estabelecimentos penais. 27

(11)

LISTA DE ABREVIATURAS

CDR CNPCP DEPEN FAG LEP PEF PIC PPA

Centro de Detenção e Ressocialização

Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária Departamento Penitenciário

Faculdade Assis Gurgacz.

Lei de Execução Penal

Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu Penitenciária Industrial de Cascavel Plano Plurianual

(12)

11 SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ... 12

1.1.TEMA ... 13

1.2. JUSTIFICATIVA ... 14

1.3. PROBLEMA ... 15

1.4. HIPÓTESE ... 16

1.5. OBJETIVO ... 17

1.5.1. Objetivo Geral ... 17

1.5.2. Objetivos Específicos ... 17

1.6. METODOLOGIA ... 18

2 HISTÓRICO DA CIDADE ... 19

2.1. MICRORREGIÃO DE CASCAVEL ... 19

2.2.CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO ... 21

3 DELIMITAÇÕES DO TEMA ... 22

3.1. PENITENCIÁRIA ... 22

3.2 MODELO PANÓTICO ... 24

3.3. HISTÓRIA DA PENITENCIÁRIA FEMININA ... 27

3.3.1. COMPETÊNCIAS ... 29

3.4 SISTEMA CARCERÁRIO BRASILEIRO ... 30

3.4.1 CONCEITUAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS PENAIS ... 31

4 OBRAS CORRELATAS... 32

4.1 PIC – PENITENCIÁRIA INDUSTRIAL DE CASCAVEL ... 32

4.2 PEF – PENITENCIÁRIA ESTADUAL DE FOZ DO IGUAÇU ... 38

4.3 PENITENCIÁRIA FEDERAL DE SEGURANÇA MÁXIMA DE CATANDUVAS 39 5 PROPOSTA - DIRETRIZES PROJETUAIS ... 41

5.1 JUSTIFICATIVA DO TERRENO ... 41

5.2 PROGRAMA DE NECESSIDADE ... 43

5.2.1 CARACTERIZAÇÂO DOS SETORES ... 44

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 48

7 BIBLIOGRAFIA ... 49 ANEXOS

ANEXO A – PRANCHAS DE ESTUDO PRELIMINAR

(13)

1. INTRODUÇÃO

O objetivo do presente trabalho é desenvolver um referencial teórico e posteriormente o projeto arquitetônico de um estabelecimento prisional para mulheres.

Cascavel, situada no oeste do Paraná, é a cidade escolhida para abrigar tamanho empreendimento, pois está num lugar geograficamente privilegiado.

A penitenciária é o destino da condenada à pena de reclusão em regime fechado. A conceituação geral de ambientes confinados nos remete à noção de limite de demarcação.

A partir do pressuposto de que o objetivo da reclusão da indivídua é reinserção social da detenta, o trabalho consiste em analisar o espaço penitenciário do ponto de vista da recuperação da interna oferecendo a ela uma nova oportunidade, oferecendo-lhe atividades dentro do próprio estabelecimento, fazendo com que ela diminua sua pena e ao mesmo tempo fique apta ao mercado de trabalho ao sair da prisão, mas para isso serão necessárias condições mínimas de dignidade humana.

Estudos mostraram que até 1940, as mulheres eram mantidas em celas, áreas ou alas separadas dos homens, apenas se assim determinassem as autoridades, pois não havia nenhuma legislação a acerca do assunto. Não existiam estabelecimentos prisionais destinados somente a esse fim, uma vez que o número de mulheres encarceradas era relativamente menor do que dos homens.

Somente em 1940 foi decretado um novo Código Penal e com ele foi estabelecida a primeira diretriz legislativa para a separação física de homens e mulheres no interior do complexo prisional brasileiro. Tal código determinou, pelo Art. 29º, em seu 2º Parágrafo, que: “As mulheres cumpram pena em

(14)

estabelecimento especial, ou, à falta, em secção adequada de penitenciária ou prisão comum”. Dois anos mais tarde, foi inaugurado o primeiro presídio para mulheres, na cidade de São Paulo.

O objetivo geral é analisar a configuração atual do sistema carcerário, considerando-se sua função social, para que possamos compreender o que o espaço penitenciário representa para a sociedade, a fim de conceituar o espaço para que cumpra seu real dever (ressocializar e punir), definindo os espaços prisionais conforme sua locação, objetivos específicos, configurações visuais e sensações que se pretende que os mesmos propiciem à reeducanda.

1.1. TEMA

A proposta a ser apresentada neste trabalho tem como tema, o projeto de uma penitenciária feminina. Os estabelecimentos penitenciários são todos aqueles utilizados pela Justiça com a finalidade de alojar presos, tanto provisoriamente quanto permanentemente, ou ainda aqueles que estejam submetidos à medida de segurança.

Há diferentes tipos de regime para o sistema penitenciário. Lei de Execução Penal – LEP – define os tipos de regime obedecendo à progressão da pena, os quais são definidos como fechado, semi-aberto, e aberto1. Como regime fechado, aplica-se às penitenciárias, centros de observação, presídios e cadeias, ou seja, aqueles que apresentam celas individuais; O regime semi-aberto aplica-se às colônias agrícolas e industriais, podendo apresentar celas coletivas; O regime aberto, que se aplica à casa do albergado, que como característica exige a permanência do preso apenas durante o período noturno.

1LEI 7.210/84, capítulo II, art. 87 a 90, Lei de Execução Penal.

(15)

A intenção é procurar desenvolver o projeto de uma penitenciária atendendo às condições climáticas, ventilação, conforto térmico, iluminação natural e área útil mínima, promovendo acomodações saudáveis ao confinamento, além de satisfazer a sua função que é punir as detentas, privando-as da liberdade, mas mantendo uma finalidade social, que consiste em oferecer a elas meios para sua reintegração social.

1.2. JUSTIFICATIVA

As condenadas por narcotráfico são a maioria nas penitenciárias femininas, e quase sempre são meras transportadoras. 2 O projeto deverá ser implantado na cidade de Cascavel, essa por estar situada perto de um dos maiores portões de entrada do tráfico de drogas no Brasil (Fronteira Brasil/Paraguai). A cidade de Cascavel é considerada um dos polos regionais do Estado do Paraná. O fato de não ter nenhuma instituição destinada exclusivamente para mulheres na cidade e região, teve fundamental importância para a escolha da cidade.

Os estabelecimentos penitenciários do passado eram considerados “inferno sobre a terra”. Não se conhecia a pena como privação de liberdade. Precisava-se de locais de custodias para aqueles que seriam submetidos a castigos. Esses locais eram descritos como lugares horríveis, geralmente imundos e com aspectos funcionais de crueldade.

Segundo Lemos Brito (1943), que foi o primeiro a idealizar prisões femininas no Brasil, constatou a exclusão das mulheres por parte do Poder Público e pela própria sociedade, com isso percebeu a necessidade de existir um outro tratamento

2SILVA, Ari Batista da. Palestra para acadêmicos de Arquitetura e Urbanismo; Diretor CDR, Cascavel - PR. FAG, 2010, 9° período.

(16)

para as mulheres dentro das prisões, separou as mulheres dos homens dentro do cárcere, prevenindo assim o estímulo sexual por parte dos homens e consequentemente dando a elas um tratamento mais humanitário.

Tal constatação se faz imprescindível para a reflexão da função social do espaço penitenciário, haja vista ser um ambiente pouco explorado, e por este motivo, desconhecido da maior parte dos arquitetos, bem como da grande parte da sociedade. Fez surgir a necessidade de apresentar uma pesquisa sobre o tema.

1.3. PROBLEMA

Analisando a arquitetura prisional, observa-se que a prisão não veio de um projeto arquitetônico mas sim da necessidade de um lugar para o cumprimento da pena.

“A questão da punição passou por um processo evolutivo/involutivo da tortura corporal para a tortura da alma, num espaço inadequado, com penas inadequadas à reinserção social, colocando em questão as normas penais em detrimento dos seus objetivos teóricos, instigando à investigação do espaço como adequado ou inadequado ao seu verdadeiro fim”.3

No Brasil é comum encontrar penitenciárias com diversas formas, porém a maior parte dos estabelecimentos penais conta com uma estrutura física deteriorada, algumas com más condições de ventilação ou de iluminação.

Além da superlotação, o estado em que se encontram algumas penitenciárias é precário e algumas de forma bastante grave, pois além da

3FOUCAULT, Michael. Vigiar e Punir: nascimento da prisão; tradução Raquel Ramalhete. Petrópolis:

Ed. Vozes, 1987.

(17)

decadência da estrutura física existem problemas como: canos e fios elétricos descobertos, causando risco de incêndio ou acidente.

1.4. HIPÓTESE

A penitenciária a ser desenvolvida, será para mulheres e se localizará no Município de Cascavel/PR em um terreno na área rural do município, garantindo tanto a segurança do ponto de vista da sociedade quanto o bem estar das mesmas.

Sabendo das precariedades que se encontram alguns prédios penitenciários, o presente trabalho propõe identificar os equívocos que ocorrem frequentemente nos projetos arquitetônicos, capazes de prejudicar a implementação da função recuperadora da pena.

“Art. 1º A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado.” 4

A partir dessa hipótese será feito um estudo detalhado do local escolhido para situar-se a penitenciária, no caso, o Município de Cascavel. A edificação terá capacidade para 150 mulheres infratoras. Terá como objetivo a reinserção das mesmas na sociedade. Elaborando assim um projeto arquitetônico adequado, assegurando a elas os direitos garantidos pela LEP5.

4 Lei 7.210/84, capítulo II, art. 87 a 90, Lei de Execução Penal

5 Lei de Execução Penal, n° 7.210 de 11 de julho de 1984.

(18)

1.5. OBJETIVO

1.5.1. Objetivo Geral

Apresentar um projeto arquitetônico de uma penitenciária feminina, mostrando os equívocos que se repetem no planejamento arquitetônico e, consequentemente, fazendo a definição da função dos espaços penitenciários.

1.5.2. Objetivos Específicos

O objetivo consiste em mostrar a história da penitenciária feminina no Brasil, pesquisando o espaço penitenciário sob o prisma da função social.

Analisando os fatores determinantes para a elaboração do projeto arquitetônico, com a finalidade de compreender o que o espaço penitenciário representa para a sociedade, para os detentos e para os cidadãos que ali trabalham.

- Apresentar uma proposta de penitenciária para a cidade de Cascavel.

- Avaliar projetos de penitenciárias já existentes.

- Definir qual a verdadeira função do espaço penitenciário.

- Projetar ambientes ventilados.

- Fazer um projeto adequado com as necessidades femininas.

- Criar ambientes onde as detentas possam realizar trabalhos, oficinas,

ajudando-as assim com a ressocialização dentro da sociedade.

- Adequar os ambientes de acordo com a LEP, criando condições

mínimas de saúde.

- Prever área de lazer para as detentas.

- Projetar ambientes adequados para que elas possam realizar o papel de mãe. Ex. Berçário.

(19)

- Usar a arquitetura para deixar o ambiente prisional mais seguro.

1.6. METODOLOGIA

O trabalho será elaborado por meio de pesquisa bibliográfica, com encontros semanais do discente pesquisador com o docente orientador. O pesquisador realizará pesquisas através de bibliografias, artigos disponíveis na internet, livros e correlatos relacionados com o tema.

Para o desenvolvimento do projeto arquitetônico, foi feito uma visita técnica à Penitenciária Industrial de Cascavel – PIC, na cidade de Cascavel/PR, que é um estabelecimento penal destinado a 240 detentos do sexo masculino e de regime fechado.

Após visitas técnicas e análises do referencial teórico, foi feito o plano de necessidade e a proposta arquitetônica da penitenciária.

(20)

2 HISTÓRICO DA CIDADE

2.1. MICRORREGIÃO DE CASCAVEL

De acordo com o PPA (2007), a microrregião de Cascavel encontra-se na porção oeste do Paraná que, na divisão territorial do IBGE6, corresponde à microrregião Geográfica n.° 06 (figura n.° 01). Pel a sua localização geográfica, Cascavel é considerada o vértice dos vetores para Foz do Iguaçu e para Marechal Cândido Rondon.

Figura 01 – Sexta microrregião do estado e seus limites com municípios vizinhos.

Fonte: Cascavel, 2010.

Observa-se a microrregião de Cascavel, sua espacialidade, bem como de cada município que a compõe. Cascavel se destaca como o centro e o município de

6Prefeitura Municipal de Cascavel – Perfil Município.

(21)

maior dimensão, possuindo uma área de 2.065,85 km², praticamente um quarto da área total da microrregião que é 8.515.230km² (fonte IBGE) 7.

Segundo estudo do IBGE (2010), a divisão do Estado em mesorregiões é feita com a finalidade de congregar os diversos municípios de uma área geográfica com similaridades econômicas e sociais. É possível analisar na figura 01 a caracterização dos municípios que compõem a microrregião de Cascavel.

Tabele. 01 – Caracterização dos municípios e da microrregião de Cascavel – Paraná.

Área (km²)

População Habitantes

(2007)

PIB per capita (2007)

Taxa de pobreza

% (2000)

IDH-M (2000)

Densidade Demográfica

(hab/km²) (2009)

Grau de Urbanização

% (2000)

Anahy 102,331 2.868 15.758 39,02 0,725 28,59 54,47

Boa Vista da Aparecida

256,162 7.818 6.307 39,99 0,697 30,91 54,2

Braganey 342,758 6.044 14.180 48,72 0,704 18,11 44,9

Cafelândia 271,527 13.065 24.742 16,02 0,787 51,69 76,74 Campo

Bonito

429,306 4.426 14.609 48,08 0,687 10,21 44,07

Cap.Leônidas Marques

274,892 13.616 40.741 33,18 0,751 50,46 67,84 Cascavel 2.091,40 285.784 14.003 17,03 0,81 141,65 93,2 Catanduvas 589,604 9.578 11.879 43,05 0,717 16,41 47,44

Corbélia 528,715 15.428 15.626 24,04 0,767 29,98 79,36

Diamante do Sul

345,981 3.665 5.491 48,85 0,675 10,96 30,47

Guaraniaçu 1.240,06 15.959 9.418 34,92 0,728 13,03 47,24

Ibema 150,039 5.927 9.729 40,96 0,721 40,95 75,58

Iguatu 107,465 2.286 12.620 39,54 0,701 22,07 54,41

Lindoeste 360,991 5.446 8.916 43,32 0,715 15,01 38,27

Nova Aurora 472,214 11.753 13.704 22,77 0,771 24,64 66,42 Santa Lucia 117,504 3.725 8.686 37,15 0,725 31,85 52,93 Santa Tereza

do Oeste

327,325 9.378 10.636 24,56 0,735 28,47 70,06

Três Barras do Paraná

506,959 11.718 8.197 40,89 0,720 23,84 41,71

MRG de Cascavel

8.515,23 428.484 13.625 35,67 0,730 32,71 57,74 Fonte: Autor, adaptado Ipardes, 2010

7Idem .

(22)

2.2.CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

O território onde se localiza a atual cidade de Cascavel obteve sua descoberta através de bandeirantes, em 1558, que exerciam o comércio de índios na região antes mesmo dos portugueses que não possuíam interesse pelo local8.

No começo do século XX, através de imigrantes argentinos e paraguaios que

vieram até a região, em busca do extrativismo da erva-mate, no local chamado de “A Encruzilhada” (nome dado à Cascavel devido ao grande número de vias que passavam por ali). Tinha por função, ser um ponto de parada para aqueles que se direcionavam para as cidades ribeiras ao Rio Paraná e às cidades do Leste, como Guarapuava, Lapa. Curitiba, entre outras9.

Muitos moradores da região com diferentes necessidades viabilizaram os negócios dos pousos que eram pontos de alimentação e descanso dos tropeiros e seus animais. Num desses pousos à margem do riacho, encontraram uma grande quantidade de ninhos de Cascavéis, por esse motivo o riacho ficou conhecido como Rio Cascavel.

Em 14 de dezembro de 1952, Cascavel tornou-se Município, no auge do ciclo da madeira e das empresas colonizadores. A partir daí, se desenvolveu até se tornar um dos municípios mais importantes do Paraná.

Hoje o município de Cascavel tornou-se polo da região devido à infra- estrutura que possui, existe um número considerável de faculdades. A área médica é outro atrativo, pois é considerada uma das melhores do Estado, com equipamentos modernos e ampla área de especialização.

8 DIAS, Caio Smolarek; FEIBER, Fúlvio Natércio; MUKAI, Hitomi; Dias, Solange Irene Smolarek.

Cascavel: um espaço no tempo. A história do planejamento urbano. pág. 55-56

9 Idem. pág. 57-58.

(23)

3 DELIMITAÇÕES DO TEMA

3.1. PENITENCIÁRIA

Ao buscar a origem da prisão, é possível constatar que antigamente, o ato de prender, não tinha como sanção penal, onde o aprisionado pagasse sua pena, mas e ao mesmo tempo, pudesse ter condições dignas de se ressocializar com a sociedade.

Existia um descaso com os apenados, pois as penas corporais e a de morte que prevaleciam na antiguidade, mesmo porque não existia nenhum código de execução penal. A prisão constituía meio para encarcerar os acusados somente até o julgamento ou execução, mantendo assim o domínio físico dos acusados.

Naquela época, não existia um local certo com instalações prisionais definidas para recolher os encarcerados, os quais ficavam em calabouços, fortalezas reais, enfim, qualquer lugar com caráter carcerário que preservasse o acusado até o dia da execução.

Na Idade Média, foi a Igreja que inovou o modelo de prisão. Existiam celas localizadas em alas próprias do mosteiro, onde, os monges rebeldes ou infratores eram levados para o recolhimento e oração, conhecida como prisão canônica.10

A Idade Média, também foi marcada com penas através do sofrimento físico imposto aos acusados através de suplícios, por exemplo, forca, guilhotina e fogueira.

Foi no século XVI que aconteceu o aumento das prisões, com a crise no sistema feudal. Pessoas que estavam no campo migravam para a cidade, que começou a apresentar um índice alto de pobreza e consequentemente, o aumento da criminalidade, assim fazendo com que o número de construções prisionais

10LEAL, César Barros. Prisão: Crepúsculos de uma era. pág. 33

(24)

aumentassem. Essas prisões recolhiam prostitutas, mendigos, delinquentes, e pessoas de comportamento imoral. Não se tinha o cuidado de separá-los por sexo e idade. O único objetivo era recrutá-los por um período, não dando importância para integridade física nem moral dos presos.11

Observa-se que, efetivamente não existia uma política onde os direitos dos presos fossem estabelecidos. Fica claro que a prisão surgiu para separar os mendigos, prostitutas e vagabundos do resto da sociedade.

A prisão tornou-se um tipo de pena autônoma. Os primeiros estabelecimentos que se têm notícias foram implantados na Europa. Eram as chamadas casas de forças. Esses estabelecimentos não obedeciam a nenhum princípio penitenciário, normas de higiene e moral. Eram geralmente subterrânias, com problemas de iluminação, infectos e repelentes. Os condenados eram ali abandonados e devido a falta de higiene, faziam com que doenças infecciosas se propagavam em seu interior. Além de se propagarem pelos cárceres, também eram transmitidas para fora, causando verdadeiros danos à sociedade.

O regime prisional da época foi revolucionado por John Howard, que organizou na Inglaterra, um movimento para humanizar o regime prisional, em que estabelecia o recolhimento dos presos em celas, trabalho diário, e reforma moral pela religião, condições de higiene e alimentação. Com seu esforço Howard conseguiu que seu projeto saisse do papel em 1775. Dois estabelecimentos penitenciários foram construidos dentro dos moldes por ele preconizado.12

11GARBELINI, Sandra Mara. Arquitetura prisional, a construção de penitenciárias e a devida execução penal. pág. 45.

12Idem. pág. 48.

(25)

3.2 MODELO PANÓTICO

Surge então no começo do século XIX, Jeremias Bentham (1748 – 1832), e seu modelo arquitetônico panóptico (ótico= ver + pan= tudo). A técnica era conhecida como quadriculamento do indivíduo. Com o surgimento da peste e o controle sobre a população utilizou-se o processo de individualização para os excluidos: o asilo psiquiátrico, a penitenciária, a casa de correção, o estabelecimento de educação vigiada, com técnicas para medir, controlar e corrigir os anormais. 13

O modelo consistia, na periferia, uma construção radial, com uma torre no centro e um só vigilante. Essa torre era vazada e possuia largas janelas que se abriam sobre a face interna do anel. A construção periférica é divida em celas, cada uma atravessando toda a espessura da construção. Elas têm duas janelas, uma para o interior, correspondendo às janelas da torre, outra para o exterior, permitindo que a luz atravesse a cela.

Figura 2 – Planta do Panóptico de Benthan.

Fonte: FOUCAULT, Michael. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. pág. 32

13FOUCAULT, Michael. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. pág. 165

(26)

O panóptico consiste em um modelo, no qual o prisioneiro nunca podia saber quando estava, de fato, sendo vigiado, mas deveria ter certeza de que sempre poderia sê-lo, o que lhe causava grande apreensão.

Na visão de Foucault, o panóptico apareceu como jaula cruel e sábia, vez que abandonou as torturas, os castigos pelo poder da observação. Um puro sistema arquitetural, óptico e polivalente em suas aplicações: servia para emendar os prisioneiros e também para cuidar dos doentes, instruir os escolares, guardar os loucos, fiscalizar os operários, fazer trabalhar os mendigos e ociosos, seria um tipo de implantação de corpos no espaço.14

Figura 3 – Projeto de Penitenciária de N. Harou-Romain, 1840. Sistema panóptico: detento reza em sua cela, diante da torre de vigilância central.

Fonte: FOUCAULT, Michael. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. pág. 33

14 FOUCAULT, Michael. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. pág. 172.

(27)

A prisão generalizou como castigo legal e continuou sendo a peça essencial da punição, visando a transformação da pessoa pelo poder disciplinar.

O edifício concebido por Bentham teve uma enorme receptividade em diversos países, sendo possível encontrá-lo até hoje.

Figura 4 – Interior da Penitenciária de Stateville, EUA, século XX.

Fonte: FOUCAULT, Michael. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. pág. 32.

A penitenciária de Stateville, no estado de Illinois, EUA, é um exemplo, tanto que, paises adotaram o modelo panóptico.

Outro exemplo é a penitenciária de Petite Roquete na França, onde em 1844 foi organizado, pela primeira vez, o encarceramento celular do indivíduo.

(28)

Figura 5 – Prisão de Petite Roquete (Sistema Panóptico)

Fonte: FOUCAULT, Michael. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. pág. 33.

3.3. HISTÓRIA DA PENITENCIÁRIA FEMININA

No relatório do conselho penitenciário de 1870, constam as primeiras prisões de mulheres no Brasil. Segundo (Soares e Ilgenfritz, 2002):

... a prisão para escravos que nessa época funcionava junto com a casa de Correção da Corte. Consta que, entre 1869 e 1870, passaram por lá 187 mulheres escravas, das quais 169 sairam, 2 faleceram e 16 “ficaram existindo”.15

Até o ano de 1940 não havia nenhuma lei que regulamentasse a existência de uma instituição para o cárcere feminino, a mesma recebia um tratamento específico por parte do sistema penitenciário. 16

15 Soares e Ilgenfritz. Prisioneiras: Vida e Violência atrás das grades (2002). Pág. 52

16 Idem. Pág. 53

(29)

Assim, as mulheres eram separadas dos homens de acordo com a autoridade que estivesse no poder no ato da consumição da prisão. Durante todo o período que antecede a construção da primeira penitenciária feminina, as mulheres sempre foram acomodadas com os homens nas prisões, ficando conforme as possibilidades desses estabelecimentos, em “alas” ou “pavilhões” ou em celas separadas, ou até mesmo nas mesmas celas dos homens, sem nenhum tratamento penitenciário especial. 17

As obras da primeira penitenciária feminina foram iniciadas em 1960, porém, sendo concluidas somente em 1970. Desde a criação da penitenciária em 1909, as mulheres ficavam em alas separadas dos homens.

Após a inauguração, foram transferidas para o novo presídio várias mulheres detentas, as quais viviam em condições precárias, isoladas em uma enfermaria da Penitenciária Central do Estado, por falta de acomodações. 18

Atualmente, a edificação caracteriza-se por um estabelecimento penal de segurança máxima, destinada a custódia de presas condenadas, 95 % da mão de obra carcerária são ocupadas em oitos canteiros de trabalho, em atividade de artesanato, manutenção, confecção de roupas, cartões de natal, entre outras atividades. 19

“Uma conclusão importante é que o trabalho prisional reduziu a reincidência média de 80% para 5% entre os presos que trabalham. Isto é um fator decisivo na política de melhoria da qualidade de vida dos internos, visto que a superlotação comum no sistema penitenciário do Brasil é crônica.” 20

17 LIMA, Elça Mendonça. Origens da Prisão Feminina no Rio de Janeiro. O Período das Freiras (1942-1955). Rio de Janeiro, OAB, 1983. Pág. 48.

18FONTE: DEPEN.

19Idem.

20COSTA, A. M. 1999, p.92.

(30)

Segundo (SILVA, 2001) na execução penal, as principais diferenças da mulher em relação ao homem se referem ao exercício da maternidade e os cuidados com a saúde. A constituição assegura à mulher o direito de permanecer com seu filho dentro da prisão durante o período da amamentação; devido a isso os estabelecimentos prisionais devem conter instalações adequadas para a amamentação. Isto não acontece em todos eles.

Se acontecer a condenação da detenta ultrapassar a dois anos de reclusão, consecutivamente, suspenderá o pátrio poder para os filhos de menor idade. Após o cumprimento da pena, a mãe retoma a guarda dos filhos.

Em 30% das famílias, a mãe é a principal responsável pelo sustento dos filho;

já na população prisional esse percentual sobe para 50%, sendo que cerca de 85%

das mulheres presas são mães. Em consequência disso, percebe-se que a prisão da mulher gera problemas sociais bastante graves, portanto, o trabalho para a detenta não assume apenas uma terapia ocupacional, muitas usam a renda auferida no trabalho prisional para manter seus lares fora da prisão. 21

3.3.1. COMPETÊNCIAS

O espaço penitenciário feminino tem como dever manter a segurança e a custódia das detentas, que se encontram regime fechado por determinação judicial ou aquelas que estão sujeitas à efetivação da sentença de pena.

A promoção da reinserção social das internas e o zelo pelo seu bem-estar, através da profissionalização, educação, prestação de assistência jurídica, psicológica, social, médica, odontológica, religiosa e material. 22

21 SILVA, Roberto. O que as empresas podem fazer pela reabilitação do preso. Pág. 30.

22FONTE: DEPEN.

(31)

A prestação de assistência à gestante, e aos menores de até seis anos, filhos das internas desamparadas. 23

3.4 SISTEMA CARCERÁRIO BRASILEIRO

Desde o início, a história do sistema penitenciário brasileiro, revela que, a prisão foi local de exclusão social, onde os detentos eram esquecidos pelas políticas públicas e pela própria sociedade, onde os mesmos eram esquecidos dentro de edificações inadequadas dos edifícios penitenciários e na maioria das vezes, improvisados.

Segundo (GARBELINI, 2004), A Carta Régia de 1769 menciona a instalação da primeira prisão brasileira, onde a mesma mandou estabelecer uma Casa de Correção no Rio de Janeiro. Registrou-se também, a Cadeia construida em São Paulo em 1784. Era um grande casarão assombrado, onde funcionava também a Câmara Municipal.

Como não havia uma lei que regesse a elaboração de projetos para estabelecimentos penais, eram frequentemente utilizados prédios que estivessem abandonados, ou até mesmo de baixo dos edifícios públicos.

Segundo (BARBOSA, 1993) A partir de 1824, ficou estabelecido no art. 179, que as prisões deveriam ser seguras, limpas e que o réu fosse separado de acordo com o crime cometido pelo mesmo. Já em 1830, o código penal estabeleceu a prisão para uma maior variedade de crimes, implicando na construção de Casas de Correção, com celas individuais, e oficinas de trabalho com uma arquitetura própria.

23Lei 7210/84, art. 89, e parágrafo único da Lei Estadual nº 9304, 19/06/90.

(32)

Somente em 1890, ficaram estabelecidas novas modalidades de penas: prisão celular, banimento, reclusão, prisão com trabalho obrigatório, prisão disciplinar. 24

A prisão celular foi a grande novidade em 1890. Foi considerada punição moderna, base arquitetural de todas as penitenciárias. 25

[...] dada à insuficiência das prisões municipais onde se acumulam, entre paredes e grades, homens de todas as condições sociais, e até menores, mulheres e loucos. E o que mais chocante é, muitas delas de fachadas modernizadas, por exigências de urbanismo, mas cujo interior vale por um excárneo e por um contraste desalentador do que se mostra fora.26

Com o aumento da população carcerária, a prisão celular individual começou a apresentar problemas, pois os presos eram mais do que os espaços disponíveis, inviabilizando assim a cela individual. Com essa problemática, o agrupamento de indivíduos, por celas, começou a ser admitido.

Essa retrospectiva do sistema carcerário brasileiro é de suma importância para o entendimento do espaço penitenciário atualmente.

3.4.1 CONCEITUAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS PENAIS Com fim de uniformizar os estabelecimentos penais, em 2004, o ministério da Justiça, estabeleceu diretrizes para que as penitenciarias pudessem manter uma mesma concepção prisional.

Foram estabelecidas algumas diferenças básicas entre diversas categorias de unidades prisionais – presídios, penitenciárias, estabelecimentos médico - penais, colônia agro-industrial, casa do albergado e centro de observação.

24BARBOSA, Licínio, Direito penal e execução penal. Artigos citados.

25BRITO, J. G. Lemos. Os sistemas penitenciários do Brasil. pág. 438

26Idem. pág. 442

(33)

TIPO DE REGIME

NÍVEIS DE SEGURANÇA

Segurança Máxima Segurança Média Segurança Mínima PROVISÓRIO • Presídio • Presídio

FECHADO • Penitenciária

• Unidades Médico-penais

• Centro de observação

• Penitenciária

• Unidades Médico-penais

SEMI- ABERTO

• Penitenciária

• Colônia Agro- industrial

• Penitenciária

• Colônia Agro- industrial

ABERTO • Albergue

• Assistencias

Tabela 1: Classificação de espécies de estabelecimentos penais.

Fonte: Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça.

4 OBRAS CORRELATAS

4.1 PIC – PENITENCIÁRIA INDUSTRIAL DE CASCAVEL

Figura 6 – Fachada principal da Penitenciária Industrial de Cascavel – PIC

A PIC está localizada na cidade de Cascavel, a aproximadamente 10km da cidade. É um estabelecimento penal destinado a presos condenados do sexo masculino, em regime fechado. Possui uma área de terreno de 120.999.65 m², com um total construído de 7.177,00m².

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Tem capacidade para suportar 360 presos. São no total 120 celas distribuidas em 5 galerias, cada uma comporta 3 detentos. Nelas, existem uma treliche, uma espécie de balcão, em concreto, para guardar seus pertences e o assento sanitário. Suas dependências estão em boa condição de uso, tudo muito bem conservado e limpo, com a ajuda dos próprios presos.

Figura 7 – Interior das celas.

Durante o dia, as celas ficam vazias, os presos são encaminhados a atividades que são designadas a cada um, após uma entrevista com uma psicóloga.

Lá, eles têm a oportunidade de aprender uma profissão, além de poder terminar o ensino médio. As atividades oferecidas são: camisaria, confecção de bolas, de sacolas plásticas, grampos de roupa, faxina, lavanderia, cozinha e limpeza em geral.

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Figura 8 – Foto dos detentos exercendo as atividades. (confecção de bolas e de sacolas).

Todos recebem remuneração (75% do salário-mínimo) e o benefício da remição de pena. (Cada 3 dias trabalhos, menos 1 dia na pena).

Os canteiros de trabalho funcionam em 3 turnos de 6 horas, possibilitando que todo o tratamento penal (atendimento jurídico, psicológico, médico, serviço social, odontológico, escola, atividade recreativa) seja executado no horário em que o interno não está trabalhando.

Figura 9 – Foto aérea da Penitenciária.

Além das 5 galerias, onde ficam as celas, o complexo tem barracão, que é onde são feitas as atividades que exigem maior espaço, um bloco onde se encontra a cozinha, o refeitório, a lavanderia, e as salinhas para confecção de artesanato e

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outro bloco, onde ficam algumas salas de aulas, ambulatório, consultório odontológico e psiquiátrico. O bloco da administração encontra-se mais a frente, a partir dali, todo e qualquer acesso aos outros blocos, são feitos com portões automatizados.

Figura 10 – Foto tirada do pátio central.

No centro de tudo isso, encontra-se um pátio, onde são realizadas as visitas e a prática de esportes. É nesse pátio que aos domingos, os detentos recebem seus familiares, e na falta deles, os amigos. Os pátios de sol, onde os detentos divididos em grupos de no máximo 50, têm direito de passar uma hora por dia. Ficam ao lado de cada galeria, totalizando cinco.

Figura 11 – Pátio de sol da galeria 1

Para entrarem no estabelecimento, as pessoas têm que passar pela revista, que se encontra ainda no bloco da administração. Porém, só é permitida a visita de

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pessoas credenciadas. Pai, mãe, esposa ou filhos, caso o preso não tenha nenhum parente, é liberada a entrada de amigos.

Para a visita íntima, é necessário que a mulher seja esposa ou amásia do detento, porém, na segunda opção, só será permitida a entrada, caso tenham algum vínculo sanguíneo, ou seja, um filho. Se não houver, a visita íntima só será permitida após seis meses de visitas normais.

Figura 12 – Sala de revista e corredor de acesso aos demais blocos, onde os presos transitam.

A Unidade foi construída objetivando o cumprimento das metas de ressocialização do interno e a interiorização das Unidades Penais (preso próximo da família e local de origem), política esta adotada peloGoverno do Estado do Paraná, que busca oferecer novas alternativas para os apenados, proporcionando-lhes trabalho e profissionalização, viabilizando, além de melhores condições para sua reintegração à sociedade, o benefício da redução da pena.

A segurança interna é efetuada pelos Agentes de Disciplina. Os presos são monitorados 24 horas por dia, através de 24 câmeras espalhadas por todo o prédio, além de Portões automatizados; Sistema de alarme e som (sirenes eletrônicas);

Detectores de metais (fixo e móvel); Rádio transreceptores e Portas de segurança das celas.

(38)

Figura 13 – Sala de monitoramento. As imagens de cima são fixas, as debaixo, tem rotatividade de 360° e captam qualquer movimento.

Estrutura Física

• Área do terreno: 120.999,65m²

• Área Construida: 7.177,00m²

• Capacidade para 360 presos

• Galerias: 5

• Celas: 120 unidades

• Refeitórios: 2

• Pátios: 5

• Visita íntima: 12 quartos

• Consultório Médico: 1

• Consultório Odontológico: 1

• Salas de Aulas: 3

• Salas para atendimento técnico: 6

• Lavanderia: 1

(39)

• Biblioteca: 1

• Cozinha: 1

• Canteiros de trabalho: 5

4.2 PEF – PENITENCIÁRIA ESTADUAL DE FOZ DO IGUAÇU

Figura 14 – Foto aérea da Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu – PEF

Inaugurada em 2002, a PEF foi construida nos moldes de uma prisão americana. Destina-se a presos do sexo masculino que cumprem pena em regime fechado. Tem capacidade para 496 detentos, distribuidos em 124 celas com 7,41m² de área cada uma.

As celas são pré-moldadas, construídas com uma estrutura de concreto de alta resistência, extremamente seguras, não permitindo a abertura de túneis, diminuindo o risco de fugas.

(40)

Figura 15 – Galeria das celas com dois pavimentos.

A penitenciária possui modernos painéis de controle de segurança, onde todas as portas são automatizadas e de onde é possível controlar a segurança até de fora do prédio de carceragem. Se o painel que fica dentro da Penitenciária for desligado numa rebelião, o externo é imediatamente acionado e é impossível que alguém fuja do local.

Estrutura Física

• Área do terreno: 33.840m²

• Área construida: 5.800m²

• Capacidade de: 496 presos

• Celas: 124 unidades

Na proposta a ser elaborada, o sistema de segurança da PEF será copiado, onde todas as portas são automatizadas, aumentando a segurança das detentas e de quem trabalha no recinto.

4.3 PENITENCIÁRIA FEDERAL DE SEGURANÇA MÁXIMA DE CATANDUVAS Numa concepção praticamente inexistente no Brasil, com celas individuais para os presos, vigilância eletrônica 24 horas e toda a tecnologia para controlar a

(41)

entrada e o uso de celulares, armas e drogas, a Penitenciária Federal de Catanduvas, abriga os bandidos mais perigosos do país. Eles são isolados, em regime diferenciado e não mantém contato com os agentes penitenciários, exceto no banho de sol diário, em grupos de no máximo dez pessoas. O projeto tem capacidade para 200 detentos, são 200 celas individuais, com 7,00m² de área e 12.600,00m² de área construida, lembra o sistema panóptico abordado anteriormente.

Figura 16 – Foto da Penitenciária Federal de Catanduvas.

A concepção arquitetônica da Penitenciária Federal de Catanduvas foge do modelo tradicional do sistema penitenciário brasileiro, do conceito das antigas e gigantescas unidades, como o histórico Carandiru, em São Paulo, a Penitenciária Central do Estado (PCE), em Piraquara, e o centenário presídio do Ahú, em Curitiba.

Catanduvas é considerada uma réplica das unidades norte-americanas de segurança máxima.

Na proposta não será usado a tecnologia construtiva que foi usada na Penitenciaria Federal de Catanduvas por se tratar de uma penitenciária feminina.

Tamanha segurança não é preciso, devido às detentas do sexo feminino serem mais calmas que os do sexo masculino. 27

27SILVA, Ari Batista da. Palestra para acadêmicos de Arquitetura e Urbanismo; Diretor CDR, Cascavel - PR. FAG, 2010, 9° período.

(42)

5 PROPOSTA - DIRETRIZES PROJETUAIS

5.1 JUSTIFICATIVA DO TERRENO

Figura 17 – Foto aérea do terreno.

Fonte: Imagem satélite – google earth.

A LEP28 determina que os centros penitenciários devam ser construidos distantes do centro urbano, em locais periféricos da cidade, mas em suas proximidades, evitando desta forma, constrangimento dos moradores vizinhos e garantido-lhes maior segurança.

28 Lei de Execução Penal, n° 7.210 de 11 de julho de 1984.

(43)

Umas das condicionantes para a escolha do terreno, é que no local já existem duas penitenciárias, ambas para o sexo masculino e por se tratar de uma área rural, as legislações que as regem, são mais flexíveis. Além disso, facilitaria a criação de um complexo prisional evitando a dispersão de empreendimentos do gênero pela cidade.

O terreno esta localizado aproximadamente 10km da cidade, porém esta excluido da malha urbana. Ele está localizado as margens da Br 277, possui toda a infra-estrutura necessária e transporte coletivo, facilitando o acesso dos funcionários e das famílias dos detentos.

Figura 18 – Foto aérea do terreno, mostrando acesso BR - 277 Fonte: Imagem satélite – google eart.

(44)

5.2 PROGRAMA DE NECESSIDADE

A penitenciária será projetada para acomodar em regime fechado 150 detentas.

Os estabelecimentos prisionais possuem três setores distintos (DEPEN), composto por: Setor Interno, Setor Intermediário e Setor Externo.

No setor interno: Módulo de vivência coletiva, Módulo de vivência individual, Solário e Módulo de triagem.

No Intermediário: Módulo polivalente, Módulo de serviços, Módulo de ensinos, Módulo de trabalho, Módulo de tratamento penal e Módulo de visitas.

Setor Externo: Módulo de guarda externa militar, Módulo de agentes penitenciários, Módulo de administração.

As metragem dos ambientes de cada módulo, estão de acordo com as medidas mínimas para que possa proporcionar para as detentas, uma edificação digna onde possam começar o tratamento de reinserção social.

• Instalações de administração;

• Assistência religiosa e culto (salão para múltiplas atividades, capela ecumênica / auditório);

• Salas de aula e biblioteca;

• Prática de esportes e lazer;

• Celas

• Solitárias

• Canteiros de Trabalho;

• Pátios

(45)

• Cozinha;

• Lavanderia;

• Enfermaria;

• Creche

• Parlatório;

• Visitas reservadas aos familiares;

• Assistência jurídica;

• Assistência social;

• Alojamento para agentes;

• Assistência médica / odontológica / ginecológica;

• Almoxarifado;

• Alojamento para guarda externa;

• Solário;

• Visitas íntimas; e

• Berçário.

É aconselhável a destinação da mesma dependência para mais de uma finalidade ou uso, desde que haja compatibilidade como é o caso, por exemplo, da capela ecumênica, que poderá servir como área de múltiplo uso (festas, reuniões, palestras, visitas, etc.).

5.2.1 CARACTERIZAÇÃO DOS SETORES

O programa deve ser elaborado, levando-se em conta, a utilização, fluxo ordenado de pessoas e de veículos. Para isso, são definidos setores, são eles: 29

29 Resolução CNPCP nº 3, de 23 de setembro de 2005 – Ministério da Justiça.

(46)

Setor externo, onde o fluxo se componha de pessoas estranhas ao estabelecimento (visitas), guarda externa e pessoal administrativo;

Setor intermediário, onde possam vir a circular pessoas dos setores externo e interno; e

Setor interno, onde o uso é exclusivamente de pessoas em cárcere e funcionários.

- SETOR EXTERNO

Módulo de Agentes Penitenciários

Programa discriminado Áreas mín. (m²)

− Copa 10,00

− Sala de armas 5,00

− Estar Funcionários 20,00

− Instalação sanitária 2,00

− Refeitório 20,00

− Alojamento da guarda 25,00

− Depósito/Apoio 10,00

− Vestiário 12,00

− Circulações De acordo com o

projeto.

Módulo de Recepção e Triagem

Programa discriminado Áreas mín. (m²)

− Revista de pessoas presas 3,00

− Instalações sanitárias 2,00

− Sala de identificação 6,00

− Cela de espera 5,00

− Setor de revista 3,00

− Parlatório 15,00

− Observatório 4,00

− Reconhecimento 8,00

− Sala de espera (visitantes) 13,00

− Guarda Pertences 4,00

(47)

Módulo de Administração

Programa discriminado Áreas mín. (m²)

− Hall de entrada De acordo com o

projeto.

− Sala para o diretor com mesa para reunião 20,00

− Instalação sanitária diretor 2,50

− Sala secretaria / recepção 20,00

− Sala para o vice-diretor 15,00

− Sala para telefonia 4,00

− Acervo Documentação 30,00

− Sala para apoio administrativo 30,00

− Sala de reuniões 15,00

− Instalação sanitária masc./fem. 30,00

− Copa 10,00

− Central de Monitoramento 15,00

- SETOR INTERMEDIÁRIO

Módulo de Assistência à Saúde

Programa discriminado Áreas mín. (m²)

− Consultório ginecológico 7,50

− Consultório médico 7,50

− Consultório odontologico 7,50

− Sala de curativos, suturas e posto de enfermagem 12,00

− Cela de observação 9,00

− Sanitário para pacientes 1,60

− Farmácia 1,50

− DML – depósito de materiais de limpeza 2,00

− Sanitários masc./fem. para a equipe de saúde 2,00 (cada)

− Creche (crianças ate 3 anos) 25,00

Lembrando que as creches dentro das penitenciárias femininas servem apenas às crianças ainda muito pequenas e que mamam, as leis em vigor recomendam que a criança seja transferia para uma instituição assim que possível, a fim de não causar nenhum problema psicológico. A idéia é que a criança é inocente de qualquer que seja o delito realizado pela mãe e, portanto não deve ser privada da liberdade.

(48)

Módulo de Visitas Íntimas

Programa discriminado Áreas mín. (m²)

− Revista Intima Fem/Masc. 4,00

− Apartamentos / suites (2 unidades p/ cada 100 presos) 7,00/suíte

− Rouparia 3,00

− DML – depósito de materiais de limpeza 3,00

- SETOR INTERNO

Módulo Polivalente

Programa discriminado Áreas mín. (m²)

− Área coberta 1,50 por preso

− Área descoberta 4,50 por preso

− Instalações sanitárias feminina 16,00

Módulo de Ensino

Programa discriminado Áreas mín. (m²)

− Biblioteca / sala de múltiplo uso 50,00

− Salas de aula 30,00

− Instalação sanitária (presas) 10,00

− Circulações De acordo com o

projeto.

− Informática 30,00

Módulo de Vivência Coletiva

Programa discriminado Áreas mín. (m²)

− Instalação sanitária 2,00

− Ala de celas Conforme normas

− Área coberta (multiuso, etc.) 65,00

− Pátio de sol 6,00 p/ preso

− Circulações De acordo com o

projeto.

Módulo de Vivencia Individual

Programa discriminado Áreas mín. (m²)

− Instalação sanitária 2,00

− Área de celas Conforme normas

− Área coberta (multiuso, etc.) 45,00

− Pátio de sol 6,00 p/ preso

(49)

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao final da pesquisa, analisando todo o conteudo exposto percebe-se que o espaço prisional, de fato, é uma das condicionantes mais importantes para a reinserção das presas na sociedade, haja vista ser esse o objetivo legal da prisão, no qual oferecemos à condenada meios para sua reintegração.

Levando em consideração que temos uma lei (Lei de Execução Penal), moderna onde a mesma não é aplicada na maioria dos estabelecimentos prisionais, é hipocrisia falar que o sistema penitenciário se encontra em crise.

Realmente, ainda existe penitenciárias onde a dignidade dos condenados seja do sexo masculino ou feminino, deixa a desejar, onde os mesmos muitas vezes estão esquecidos dentro de prisões superlotadas.

Com a presente pesquisa, fica claro que o trabalho dentro da prisão é um dos fatores mais importantes no processo de ressocialização dos presos. Esse processo da inserção de canteiros de trabalho dentro das unidades penais é uma forma de melhorar as condições de dignidade humana dentro das penitenciárias, assim deixando o indivíduo preparado para voltar a conviver no mundo, fora das grades.

A tecnologia de construção penitenciária pode transformar os ambientes prisionais em instalações mais seguras, tanto para a sociedade quanto para quem precisa viver dentro delas. Assim, fica claro que a arquitetura nos espaços penitenciários é importante, pois além de ajudar a punir o preso com o verdadeiro sentindo da prisão (ressocializar o indivíduo na sociedade), o ambiente prisional fica mais adequado para os que trabalham ali e para a sociedade.

(50)

7 BIBLIOGRAFIA

BARBOSA, Licínio. Direito penal e direito de execução penal. Brasília: Zamenhof, 1993.

BRITO, J.G. Lemos. Os sistemas penitenciários no Brasil. Rio de Janeiro:

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<http://www.cascavel.pr.gov.br/secretarias/seplan/pagina.php?id=202>. Acesso em:

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(51)

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ANEXOS

Referências

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