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HIBRIDO DA CULTIVAR DE CAFÉ IBAIRI COM RESISTÊNCIA À FERRUGEM J.B. Matiello, S.R. Almeida, Iran B. Ferreira e Roque A. Ferreira

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Academic year: 2022

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HIBRIDO DA CULTIVAR DE CAFÉ IBAIRI COM RESISTÊNCIA À FERRUGEM

J.B. Matiello, S.R. Almeida, Iran B. Ferreira e Roque A. Ferreira – Engs Agrs e Técnicos Fundação Procafé e MAPA;

Na Fazenda Experimental do Procafé em Varginha, Sul de Minas, vem sendo desenvolvido um novo híbrido de cafeeiros Ibairi, com característica de resistência à ferrugem.

O material genético de café denominado Ibairi é derivado do cruzamento da variedade mokka com a cultivar Bourbon Vermelho.

Ibairi significa fruto doce, portanto apresenta características especiais em sua bebida. No IAC foi registrada a cultivar Ibairi IAC 4761 , cujos cafeeiros apresentam porte médio; copa ramificada e compacta, folhas novas de coloração bronze; folhas adultas pequenas e estreitas; frutos vermelhos, arredondados, pequenos e de maturação precoce edo sementes menores que a cultivar Bourbon Vermelho. Apresenta baixa produtividade e é suscetível à ferrugem.

Em tupi-guarani a palavra Ibairi significa fruta doce e pequena. A cultivar Ibairi apresenta bebida de excelente qualidade, com aroma e sabor intensos, por isso sendo indicada para mercados especiais.

A cultivar Ibairi praticamente não é cultivada comercialmente, devido à baixa produção e ao tamanho reduzido de seus grãos, em parte, ainda, pela sua alta susceptibilidade à ferrugem. A transferência do alelo Mokka para outros materiais genéticos, visando incorporar produtividade, porte baixo, resistência e melhor tamanho de frutos, tem sido objeto de pesquisas mas a herança da característica Mokka é mais complicada que um fator genético simples.

O hubrido de Ibairi, agora estudado, é resultado de cruzamento natural em uma população de cafeeiros Ibairi, do Banco de Germoplasma da FEX Varginha. Ao serem plantadas mudas de sementes dali oriundas, em um campo de observação novo, depois da 3ª safra e nas 2 seguintes, verificou-se que, do total de 30 plantas do campo, duas se mostravam com fenótipos diferentes das demais, ambas sendo resistentes à ferrugem. Uma apresentava folhas maiores, normais, e outra, aqui em destaque, apresentava folhas pequenas e características de mokka, porem, como já dito, sempre se mostrou resistente à ferrugem e os frutos apresentam um tamanho maior do que os normais de Ibairi.

Isto indica que o cruzamento provável foi com material resistente à ferrugem existente em diversos ensaios na FEX Varginha.

A produtividade dessa planta híbrida tem sido boa, assim como seu vigor, parecendo ser mais resistente à seca, se mostrando sempre bem enfolhada e com folhas de coloração bem verde. As plantas se encontram, hoje, com 8 anos de idade e até o m omento não apresentaram nenhuma infecção por ferrugem.

No IAC, em Campinas, pesquisas realizadas já derivaram híbridos de Ibairi, embora ainda sem resultados de uso comercial.

O hibrido de Ibairi em Varginha, pelas suas boas características, apresenta potencial para atender ao seu plantio em escala, visando à produção de cafés especiais. Sua nova geração se encontra, agora, em plantio, visando à observação da reprodutibilidade dessas características por via de sementes e, ainda, vai ser clonado, para testagem em experimentos de produtividade.

Referências

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