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Oscilador 1D: um pacote algébrico para o oscilador harmônico unidimensional amortecido e forçado

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Oscilador 1D: um pacote alg´ebrico para o oscilador harmˆonico unidimensional amortecido e for¸cado

E. S. Bernardes

L.I.A. – Laborat´ orio de Instrumentac ¸˜ ao Alg´ ebrica Departamento de F´ısica e Ciˆencia dos Materiais

Instituto de F´ısica de S˜ao Carlos Universidade de S˜ao Paulo

Av. do Trabalhador S˜ao-carlense, 400 CP 369 13560.970 S˜ao Carlos, SP

Brasil

20 de Novembro de 2004

Resumo

V´arias rotinas em computa¸c˜ao alg´ebrica foram desenvolvidas para auxiliarem nos estudos das principais caracter´ısticas f´ısicas de um oscilador harmˆonico amortecido e for¸cado, com destaque para os fenˆomenos de ressonˆancia e batimento. Energias e o espa¸co de fase desses sistemas tamb´em s˜ao discutidos em detalhes. Estas rotinas tamb´em est˜ao dispon´ıveis para que possam ser utilizadas `a distˆancia.

Conte´ udo

1 Introdu¸c˜ao 2

2 Oscilador harmˆonico livre 3

3 Oscilador harmˆonico amortecido 5

3.1 Amortecimento sub-cr´ıtico . . . 5

3.2 Amortecimento cr´ıtico . . . 6

3.3 Amortecimento super-cr´ıtico. . . 6

4 Oscilador harmˆonico amortecido e for¸cado 6 4.1 Amortecimento sub-cr´ıtico . . . 7

4.2 Amortecimento cr´ıtico . . . 8

4.3 Amortecimento super-cr´ıtico. . . 9

5 Rotinas alg´ebricas 9 6 Simula¸c˜oes 9 6.1 Oscilador harmˆonico livre . . . 9

6.2 Oscilador harmˆonico amortecido . . . 10

6.3 Oscilador harmˆonico amortecido e for¸cado . . . 10

6.3.1 Amortecimento sub-cr´ıtico. . . 10

6.3.2 Amortecimentos cr´ıtico e super-cr´ıtico . . . 12

email: sousa@if.sc.usp.br

(2)

7 Exerc´ıcios 12 7.1 Oscilador livre . . . 12 7.2 Oscilador amortecido . . . 13 7.3 Oscilador amortecido e for¸cado . . . 13

8 Conclus˜oes 14

A Equivalˆencia entre osciladores horizantais e verticais 14

B Figuras 15

1 Introdu¸c˜ ao

E de conhecimento geral que o oscilador harmˆonico tem um papel fundamental em todas as for-´ mas das ciˆencias exatas. Todo objeto, seja ele microsc´opico ou macrosc´opico, ´e capaz de oscilar de alguma maneira. Os ´atomos oscilam em torno de suas posi¸c˜oes de equil´ıbrio numa mol´ecula;

para pequenas oscila¸c˜oes, elas s˜ao harmˆonicas. Amortecedores de autom´oveis, m´aquinas de lavar roupas, pontes, rel´ogios de pˆendulos, para citar apenas alguns exemplos do nosso cotidiano, tamb´em apresentam oscila¸c˜oes. Em F´ısica, um sistema massa-mola ´e ideal para introduzirmos o conceito de energia potencial, bem como o conceito de conserva¸c˜ao da energia mecˆanica, espa¸co de fase, e outros igualmente importantes. Desta forma, estudos detalhados de um oscilador harmˆonico ´e indis- pens´avel. A forma mais simples, nem por isso menos ilustrativa e instrutiva, de iniciar estes estudos

´e considerando um oscilador harmˆonico unidimensional livre. Em seguida, podemos adicionar pelo menos duas situa¸c˜oes novas. Primeiro, podemos considerar o efeito de uma for¸ca dissipativa. Esta situa¸c˜ao nos permite, em princ´ıpio, a constru¸c˜ao de um amortecedor, por exemplo. Depois, podemos considerar ainda o efeito de uma for¸ca externa n˜ao-dissipativa, como uma for¸ca oscilante no tempo, por exemplo. Esta for¸ca injeta energia no sistema. Esta situa¸c˜ao nos permite entender, por exemplo, os cuidados que devem ser tomadas durante o projeto de uma ponte pˆensil, ou de uma m´aquina de lavar roupas, devido ao aparecimento do efeito de ressonˆancia que pode estar presente em um oscilador harmˆonico amortecido e for¸cado.

Neste trabalho, iremos usar um ambiente de computa¸c˜ao alg´ebrica (ou simb´olica) para desen- volvermos ferramentas computacionais que servir˜ao para manipularmos e visualizarmos as equa¸c˜oes hor´arias pertinentes numa forma poss´ıvel apenas em um ambiente computacional. Estas ferramentas alg´ebricas, em primeiro lugar, encurtar˜ao enormemente o tempo de esfor¸co manual numa abordagem tradicional, al´em de oferecerem uma oportunidade ´unica de revelar detalhes sobre o comportamento transiente instantaneamente, anima¸c˜oes do movimento completo, estudos detalhados sobre as diver- sas formas de energias (cin´etica, potencial, dissipada e absorvida), visualiza¸c˜ao do espa¸co de fase (posi¸c˜ao versus velocidade). Naturalmente, temos nenhuma inten¸c˜ao de substituir qualquer livro texto [1, 2, 3] contendo estes t´opicos, mas apenas proporcionar uma compreens˜ao dos mesmos de forma mais detalhada e com um esfor¸co manual m´ınimo, permitindo assim que o esfor¸co intelec- tual predomine nestes estudos. Em segundo lugar, estas rotinas alg´ebricas podem servir como base para um aprendizado sobre computa¸c˜ao alg´ebrica, a qual ´e indispens´avel tanto no ensino quanto na pesquisa. Al´em disto, o manuseio destas rotinas servir˜ao como uma oportunidade excelente para a elabora¸c˜ao de novas rotinas destinadas a outros problemas. Em terceiro lugar, este mesmo am- biente de computa¸c˜ao alg´ebrica nos permitir´a criar recursos de multim´ıdia, os quais possibilitar˜ao que estes estudos tamb´em sejam feitos `a distˆancia. Escolhemos, neste trabalho, a plataforma de computa¸c˜ao alg´ebrica Maple (www.maplesoft.com), por comodidade. No entanto, todas as rotinas constru´ıdas por n´os s˜ao simples o suficiente para serem implementadas em outras plataformas, como o Mathematica (www.wulfram.com), sem dificuldades.

Este trabalho ´e parte integrante do Laborat´orio de Instrumenta¸c˜ao Alg´ebrica – LIA, o qual tem por finalidade de servir como uma biblioteca virtual de ferramentas alg´ebricas destinadas ao ensino e pesquisa em ciˆencia, com textos em portuguˆes, e que proporcionem oportunidades de ensino `a distˆancia. Para maiores informa¸c˜oes, consulte o portalwww.lia.br.

(3)

Este trabalho est´a organizado da seguinte maneira: o oscilador harmˆonico livre ´e estudo na Se¸c˜ao2; o oscilador harmˆonico na presen¸ca de uma for¸ca dissipativa (ou amortecedora) ´e estudado na Se¸c˜ao 3; uma for¸ca oscilat´oria ´e adicionada na Se¸c˜ao 4. As principais rotinas alg´ebricas s˜ao apresentadas na Se¸c˜ao5. A Se¸c˜ao6apresenta v´arias simula¸c˜oes feitas a partir das equa¸c˜oes hor´arias completas bem como v´arios outros casos de estudos. A Se¸c˜ao7 cont´em v´arios exerc´ıcios referentes

`as passagens que n˜ao est˜ao expl´ıcitas no texto. Finalmente, chamamos a aten¸c˜ao para diversos aspectos que foram explorados em grande parte devido `as ferramentas computacionais desenvolvidas aqui. Recomendamos que a leitura deste texto seja acompanhada, paralelamente, pelas atividades computacionais contidas no arquivo “oscilador.mws”, o qual deve ser aberto pelo Maple (vers˜ao 7 ou superior).

2 Oscilador harmˆ onico livre

Na ausˆencia de qualquer for¸ca dissipativa ou externa, a equa¸c˜ao de movimento de um sistema constituido por uma mola e uma massa ´e obtida atrav´es da segunda lei de Newton [1,2],FR=ma.

Duas hip´oteses s˜ao necess´arias: que a mola tenha massa desprez´ıvel e que obede¸ca `a lei de Hooke, isto

´e, que a intensidade da for¸ca el´astica seja linear na posi¸c˜ao e que seja restauradora (esta propriedade

´e caracterizada pelo sinal negativo na express˜ao seguinte), F = −k x, onde k ´e uma constante caracter´ıstica da mola (constante de mola) exmede a deforma¸c˜ao da mola. Esta deforma¸c˜ao deve ser medida a partir de comprimento natural da mola, se ela estiver na horizontal, ou a partir de sua posi¸c˜ao de equil´ıbrio, se ela estiver na vertical (veja a equivalˆencia destas duas situa¸c˜oes no ApˆendiceA). Apliquemos ent˜ao a segunda lei de Newton,

FR=−k x=m a=m¨x, x¨= d2

dt2x(t). (1)

Esta ´e uma equa¸c˜ao diferencial ordin´aria de segunda ordem e linear emx(t). Esta equa¸c˜ao diferencial admite uma solu¸c˜ao anal´ıtica ´unica se duas condi¸c˜oes iniciais, por exemplo,x(0) =x0 e ˙x(0) =v0, forem conhecidas. Por comodidade, ´e melhor dividirmos (1) pela massam,

¨

x+ω21x= 0, x(0) =x0, x(0) =˙ v0, ω12= k

m. (2)

Podemos notar imediatamente nesta equa¸c˜ao que a constante novaω1tem dimens˜ao de inverso do tempo (freq¨uˆencia). Assim, ela ser´a denominada de freq¨uˆencia natural deste sistema. A equa¸c˜ao hor´ariax(t) que satisfaz a equa¸c˜ao diferencial (2) ´e expressa em termos de fun¸c˜oes harmˆonicas (senos e cossenos) com a mesma freq¨uˆenciaω1,

x(t) =x0cos(ω1t) + v0

ω1sin(ω1t). (3)

Embora esta solu¸c˜ao seja absolutamente geral, ela pode ser re-escrita numa forma mais tradicional, mais adequada a ser manuseada,

x(t) =Acos(ω1t+φ), A2=x20v0

ω1

¢2

, tanφ= v0

ω1x0. (4)

Estas duas constantes novas,A eφ, s˜ao conhecidas por amplitude e constante de fase, respectiva- mente. A fase ´eθ(t) = ω1t+φ. A presen¸ca destas fun¸c˜oes harmˆonicas na equa¸c˜ao hor´aria deste sistema, confere a ele o adjetivo de oscilador harmˆonico. Podemos ver claramente em (4) que esta equa¸c˜ao hor´aria oscila, com freq¨uˆencia ω1, entre os valores constantes ±A. Uma simula¸c˜ao deste movimento ´e feita na Se¸c˜ao6.1. O per´ıodo T deste movimento ´e 2π/ω1,

x(t+T) =x(t)⇒T = 2π ω1

. (5)

Isto significa queω1 = 2πf, onde f = 1/T ´e freq¨uˆencia. Assim, devemos chamar ω1 de freq¨uˆencia angular (expressa em radianos por segundo). No entanto, quando n˜ao houver possibilidade de confus˜ao, continuaremos chamandoω1 simplesmente de freq¨uˆencia.

(4)

Para completar, precisamos fazer algumas considera¸c˜oes sobre energia neste sistema. Podemos ver facilmente, devido a (4), que a energia mecˆanica (cin´etica + potencial) deste sistema ´e constante,

E=T+V =1

2mx˙2+1

2kx2=1

2kA2=1

212A2. (6)

Portanto, a energia mecˆanica m´edia,

hEi= 1 t

Z t

0

Edt, (7)

tamb´em ´e constante no tempo. Naturalmente, para que esta energia mecˆanica permane¸ca constante, deve haver uma troca harmˆonica entre energia cin´etica e potencial. Isto significa que, mesmo embora n˜ao haja qualquer troca de energia entre este sistema (massa–mola) e o meio (n˜ao h´a for¸cas externas e nem dissipa¸c˜oes), h´a uma troca de energia internamente entre a massa m e a mola k. ´E muito interessante ver esta troca de energia na forma de potˆencia cin´etica instantˆanea (varia¸c˜ao de energia cin´etica no tempo),

P(t) = dT

dt =F(t)v(t) =1

2k ω1A2sin(2ω1t+ 2φ). (8) Note que o per´ıodo desta express˜ao ´e a metade do per´ıodo da equa¸c˜ao hor´aria (4). Naturalmente, a energia cin´etica ´e a integral da potˆencia instantˆanea (8),

T = Z t

0

P(t)dt= 1

2mx˙2. (9)

Energias e potˆencias, instantˆaneas integrais e m´edias, est˜ao comentadas com mais detalhes na Se¸c˜ao6.1.

Em mecˆanica, o estado de um sistema ´e caracterizado pelas suas grandezas cinem´aticas, posi¸c˜ao, velocidade e acelera¸c˜ao. ´E muito instrutivo desenharmos uma curva tridimensionalγ(t) = (x,x,˙ ¨x), parametrizada pelo tempot, tendo a posi¸c˜aox(t), a velocidade ˙x(t) e a acelera¸c˜ao ¨x(t) como eixos cartesianosXY Z, respectivamente. Esta curvaγ´e conhecida como espa¸co de configura¸c˜ao. Em cada instante de tempo, um ponto nesta curva representa um poss´ıvel estado para o sistema. A medida que o tempo transcorre, podemos acompanhar a evolu¸c˜ao temporal do sistema observando a forma desta curva γ. Portanto, o espa¸co de configura¸c˜oes ´e um retrato da dinˆamica de um determinado sistema. Este espa¸co de configura¸c˜oes cont´em muitas informa¸c˜oes relevantes sobre a dinˆamica de um sistema [4,5,6]. Muitas delas est˜ao comentadas na Se¸c˜ao6.1.

Quando o sistema ´e unidimensional como o oscilador harmˆonico que estamos considerando aqui, a proje¸c˜ao do espa¸co de configura¸c˜oes no planox− −vtamb´em pode ser denominado (informalmente) de espa¸co de fase. O espa¸co de fase de um sistema unidimensional, como o oscilador massa-mola que estamos estudando, ´e uma curva plana parametrizada pelo tempo, onde a ordenada ´e a velocidade

˙

x(ou o momentum linear mx˙ =p, para ser mais preciso) e a abscissa ´e a posi¸c˜aox. Em geral, a an´alise destas curvas produz muitas informa¸c˜oes relevantes sobre o sistema f´ısico em quest˜ao. Para o caso do oscilador livre, podemos ver que tal curva no espa¸co de fase ´e uma elipse. Este resultado decorre da express˜ao (6) para a energia mecˆanica. Dividindo aquela express˜ao pela massam, temos, ap´os alguns re-arranjos,

x2

A2 + x˙2

1A)2 = 1. (10)

Esta ´e uma e´ıpse com o semi-eixo horizontal a = A (amplitude) e o semi-eixo vertical b = ω1A.

Note que a raz˜aob/a=ω1´e exatamente a freq¨uˆencia natural do oscilador livre. Os semi-eixos da trajet´oria (10) tamb´em podem ser esxpressos em termos da energia mecˆanica por unidade de massa, 2E/m= (ω1A)2,

x2 E/ω12 +x˙2

E = 1, E= 2E

m = (ω1A)2. (11)

O espa¸co de fase do oscilador harmˆonico livre est´a comentado tamb´em na Se¸c˜ao6.1.

(5)

3 Oscilador harmˆ onico amortecido

Suponha que a massamdo sistema massa–mola anterior esteja imersa em um determinado l´ıquido, como ´agua ou algum tipo de ´oleo. Neste caso, haver´a tamb´em uma for¸ca dissipativa neste sistema, pois o l´ıquido proporcionar´a um amortecimento ao movimento da massa m. Numa aproxima¸c˜ao de primeira ordem, esta for¸ca dissipativa pode ser feita proporcional `a velocidade, −bx, onde˙ b

´e a constante de amortecimento. Desta forma, a segunda lei de Newton para este oscilador com amortecimento ´e

FR=−k x−bx˙ =m¨x. (12)

Dividindo esta equa¸c˜ao pela massam, introduzindo as constantes apropriadas, teremos de resolver a equa¸c˜ao diferencial

¨

x+ 2ω2x˙+ω12x= 0, x(0) =x0, x(0) =˙ v0, ω12= k

m, ω2= b

2m, (13)

para determinarmos a equa¸c˜ao hor´ariax(t) deste sistema. Note que a constanteb/mtem dimens˜ao de freq¨uˆencia. O fator dois foi introduzido por comodidade. A solu¸c˜ao geral da equa¸c˜ao diferencial (13) ´e

x(t) = e−ω2t¡

C+e+Ω12t+Ce−Ω12t¢

,12= q

ω22−ω21, (14) ondeC± s˜ao as duas constantes arbitr´arias, as quais devem ser determinadas atrav´es das condi¸c˜oes iniciaisx(0) =x0 e ˙x(0) =v0,

C± = 1 2Ω12

£(Ω12±ω2)x0±v0

¤. (15)

Devido `a forma de Ω12em (14), devemos considerar trˆes casos separadamente: (1) Ω12<0 (amorteci- mento sub-cr´ıtico), (2) Ω12= 0 (amortecimento cr´ıtico) e (3) Ω12>0 (amortecimento super-cr´ıtico).

3.1 Amortecimento sub-cr´ıtico

Neste caso,ω1> ω2. Assim ´e melhor redefinirmos a constante Ω12

212=ω12−ω22. (16)

Ap´os um pouco de simplifica¸c˜oes na express˜ao (14), levando em considera¸c˜ao que Ω12>0, a equa¸c˜ao hor´aria deste caso pode ser escrita numa forma estendida,

x(t) = e−ω2t

·

x0cos(Ω12t) +ω2x0+v0

12 sin(Ω12t)

¸

, (17)

ou numa forma compacta,

x(t) =Asin(Ω12t+φ), A=

pω12x20+ 2ω2x0v0+v02

12 e−ω2t, tanφ= x012

ω2x0+v0. (18) Portanto, esta solu¸c˜ao ´e harmˆonica, com freq¨uˆencia angular Ω12, e amplitude exponencialmente decrescente no tempo. Gra¸cas ao limite fundamental,

lim12→0

sin(12t)

12

=t, (19)

podemos ver que a equa¸c˜ao hor´aria (17) ´e cont´ınua emω2=ω1, lim

ω2→ω1 x(t) = lim

ω2→ω+1 x(t) = e−ω1t£

x0+ (ω1x0+v0)t¤

. (20)

E importante observarmos que energia potencial el´astica ´e definida atrav´es do trabalho da for¸ca´ el´astica, a qual ´e conservativa. No presente caso, temos tamb´em uma for¸ca dissipativa. Assim,

(6)

continuaremos calculando a energia mecˆanica como sendo a soma das energias cin´etica e potencial el´astica, como no caso do oscilador livre, (6). No entanto, aqui a amplitude depende do tempo e h´a dois termos adicionais, tamb´em dependentes do tempo,

E=T+V =1

2mx˙2+1

2kx2= 1 2mA2£

ω12−ω22cos2(Ω12t+φ)−ω212sin2(Ω12, t+φ)¤

. (21) Podemos ver claramente que esta energia mecˆanica n˜ao tem uma m´edia, definida em (7), constante, mas exponencialmente decrescente no tempo. A potˆencia dissipada pela for¸ca amortecedora −bx,˙ instantaneamente, ´e dada pelo produto desta for¸ca pela velocidade ˙x,

Pd=−bx˙2=−2mω2x˙2. (22) Naturalmente, a potˆencia dissipada integral ´e a energia dissipada pela for¸ca amortecedora,

Ed= Z t

0

Pddt. (23)

Energias e potˆencias, instantˆaneas integrais e m´edias, est˜ao comentadas com mais detalhes na Se¸c˜ao6.2, bem como o espa¸co de fase deste sistema.

3.2 Amortecimento cr´ıtico

O amortecimento ´e cr´ıtico quando ω2 =ω1. Tomando o cuidado de calcular o limite ω2 ω1 na (14), como indicado em (24), podemos ver que desta vez a massamn˜ao oscila,

ω2lim→ω1

x(t) = e−ω1t£

x0+ (ω1x0+v0)t¤

. (24)

Simula¸c˜oes da equa¸c˜ao de movimento deste caso, bem como o espa¸co de fase, mais energias e potˆencias, instantˆaneas integrais e m´edias, est˜ao comentadas com mais detalhes na Se¸c˜ao6.2.

3.3 Amortecimento super-cr´ıtico

O amortecimento ´e super-cr´ıtico quandoω2> ω1. Levando esta condi¸c˜ao na equa¸c˜ao hor´aria geral (14), podemos ver que neste caso a massamtamb´em n˜ao oscila. A express˜ao (14), a qual ´e a equa¸c˜ao hor´aria deste caso, tamb´em fornece o mesmo limite encontrado nas duas situa¸c˜oes anteriores para ω2→ω1.

Simula¸c˜oes da equa¸c˜ao de movimento deste caso, bem como o espa¸co de fase, mais energias e potˆencias, instantˆaneas integrais e m´edias, est˜ao comentadas com mais detalhes na Se¸c˜ao6.2.

4 Oscilador harmˆ onico amortecido e for¸cado

Em muitas situa¸c˜oes reais, al´em da for¸ca de amortecimento, h´a a presen¸ca de uma for¸ca externa.

Fenˆomenos interessantes surgem quando a intensidade desta for¸ca externa varia no tempo. Vejamos agora o efeito de uma for¸ca externa cuja intensidade Fecosω3t varia harmonicamente no tempo, com freq¨uˆenciaω3. Neste caso, a equa¸c˜ao do oscilador amortecido (13) ´e alterada para

¨

x+ 2ω2x˙+ω12x=αcosω3t, ω12= k

m, ω2= b

2m, α= Fe

m. (25)

Esta equa¸c˜ao diferencial n˜ao-homogˆenea admite uma solu¸c˜ao da forma x(t) = e−ω2t¡

C+e+Ω12t+Ce−Ω12t¢

+Ω2cosω3t+ 2ω2ω3sinω3t

4+ (2ω2ω3)2 α, (26) onde fizemos

212=−(ω21−ω22), Ω2±= +(ω21±ω32). (27)

(7)

Como no caso anterior (sem a for¸ca externa), as constantes C± s˜ao determinadas atrav´es das condi¸c˜oes iniciais x(0) = x0 e ˙x(0) = v0. No entanto, neste caso, devido `a presen¸ca da for¸ca externa, estas constantes exibem uma forma ligeiramente mais complicada que aquela exibida em (15). Assim, ´e melhor escrevˆe-las explicitamente para cada um dos trˆes casos poss´ıveis considerados a seguir.

O primeiro termo na solu¸c˜ao (26), contendo a exponencial decrescente no tempo, ´e denominado de parte transiente. Ele ´e a solu¸c˜ao da equa¸c˜ao diferencial homogˆenea (13), como visto na se¸c˜ao anterior. O segundo termo em (26) ´e denominado de parte estacion´aria da solu¸c˜ao. Note que esta parte estacion´aria ´e harmˆonica, com uma freq¨uˆencia angular igual `a freq¨uˆencia angular da for¸ca externa.

4.1 Amortecimento sub-cr´ıtico

Neste caso, ´e melhor redefinirmos a constante Ω12,

212= +(ω12−ω22), (28)

poisω1> ω2. ´E conveniente dividirmos a solu¸c˜ao geral (26) em duas partes: uma parte transiente e uma parte estacion´aria. A parte transiente da solu¸c˜ao (26), a qual satisfaz a equa¸c˜ao diferencial homogˆenea (13), pode ser escrita na forma expl´ıcita

xT(t) = e−ω2t

½·

x0 αΩ24+ (2ω2ω3)2

¸

cos Ω12t+

·

x0ω2+v0 αω22+4+ (2ω2ω3)2

¸sin Ω12t12

¾ , (29) ap´os a condi¸c˜ao Ω12>0 ter sido usada. As constantes Ω± s˜ao as mesmas definidas em (27). Como esperado, esta solu¸c˜ao transiente oscila no tempo com a freq¨uˆencia Ω12, definida em (28), mas com uma amplitude decrescente no tempo, com um tempo de meia vida inversamente proporcional

`a intensidade do amortecimento, ω2. Note que se fizermos α = 0 (for¸ca externa nula) em (29), recuperaremos a solu¸c˜ao (17). Esta solu¸c˜ao ´e cont´ınua emω2=ω1.

Como a amplitude da solu¸c˜ao transiente decai exponencialmente no tempo, ent˜ao a solu¸c˜ao geral (26) ´e dominada rapidamente pela parte estacion´aria,

xO(t) =α2cosω3t+ 2ω2ω3sinω3t

4+ (2ω2ω3)2 , (30)

a qual ´e oscilat´oria, com freq¨uˆencia igual `a freq¨uˆenciaω3da for¸ca externa e com amplitude constante,

xO(t) =Acos(ω3t+φ). (31)

A freq¨uˆencia Ω est´a definida em (27). No entanto devemos tomar muito cuidado com a forma compacta (31), pois a forma estendida (30) tem um limite bem definido emω3=ω1

lim

ω3→ω1xO(t) = lim

ω3→ω1+xO(t) = α1ω2

sinω1t. (32)

Para que a parte estacion´aria (31) seja cont´ınua emω3=ω1, devemos escolher a faseφe a amplitude A, respectivamente, como:

φ=





ϕseω3< ω1

π2 seω3=ω1

ϕ+πseω3> ω1

, tanϕ=2ω3

ω21−ω32 (33)

e

A= α

p(ω12−ω32)2+ (2ω2ω3)2. (34) Tomando estes cuidados, a forma compacta (31) apresenta os mesmos limites encontrados em (32).

Caso estes cuidados n˜ao fossem tomados, a fase φ em (33) apresentaria uma descontinuidade em ω3=ω1.

(8)

A amplitude exibe um efeito muito interessante na regi˜ao em torno de ω3 = ω1: para um determinado valor do amortecimentoω2, ela passa por um m´aximo, o qual pode ser v´arias vezes o valor da amplitude nas demais regi˜oes. Este efeito ´e denominado de ressonˆancia. Ele ´e um refor¸co da amplitude que ocorre quando a freq¨uˆencia ω3 da for¸ca externa iguala `a freq¨uˆencia natural ω1. Este refor¸co pode tornar-se realmente muito grande para amortecimentos pequenos. Este efeito foi o respons´avel pelo desabamento de uma ponte pˆensil nos Estados Unidos, bem como algumas oscila¸c˜oes realmente preocupantes na ponte Rio-Niter´oi. No entanto, este efeito de ressonˆancia desaparece para um amortecimentoω2 ≥ω1/√

2. Esta condi¸c˜ao pode ser inferida do denominador da amplitude em (31), o qual tem de ser o menos positivo poss´ıvel no ponto de m´aximo (pico da amplitude). Sumariando: para haver o efeito de ressonˆancia, as duas condi¸c˜oes seguintes devem ser satisfeitas,

ω2 ω1

2, ω3=ω1. (35) O balan¸co de energia deste caso leva em considera¸c˜ao tamb´em a energia que est´a sendo injetada no sistema massa-mola pela for¸ca externa,

Ei= Z t

0

Pidt, Pi=Fex˙cosω3t. (36) O efeito de ressonˆancia, energias e potˆencias, instantˆaneas, integrais e m´edias, est˜ao comentadas com mais detalhes na Se¸c˜ao 6.3. Nesta mesma Se¸c˜ao 6.3 apresentamos tamb´em um outro efeito muito interessante, conhecido como batimentos. H´a tamb´em detalhes sobre o espa¸co de fase deste sistema.

4.2 Amortecimento cr´ıtico

Neste caso, temos ω2 =ω1. A equa¸c˜ao hor´aria completa deste caso pode ser obtida diretamente da equa¸c˜ao hor´aria geral (26) ou da equa¸c˜ao hor´aria com amortecimento sub-cr´ıtico (29)–(30).

Procedendo como anteriormente, vamos separar a equa¸c˜ao hor´aria deste caso tamb´em numa parte transiente,

xT(t) = e−ω1t

·

x0(1 +ω1t) +v0t−α2+ω1t+ Ω24+

¸

,2± =ω21±ω23, (37) e uma parte estacion´aria (oscilat´oria),

xO(t) =α2cosω3t+ 2ω1ω3sinω3t

4+ . (38)

Esta parte oscilat´oria ´e cont´ınua emω3=ω1 para qualquer valor do tempo, lim

ω3→ω1 xO(t) = lim

ω3→ω+1 xO(t) = α

21sinω1t. (39)

Portanto, devemos tomar os mesmos cuidados anteriores quando quisermos re-escrever a parte osci- lat´oria numa forma compacta,

xO(t) =Acos(ω3t+φ), (40)

onde

φ=





ϕseω3< ω1

π2 seω3=ω1

ϕ+πseω3> ω1

, tanϕ=1ω3

ω21−ω32, A= α

ω12+ω32. (41) Tomando estes cuidados, a forma compacta (40) apresenta os mesmos limites encontrados em (39).

Como a segunda condi¸c˜ao em (35) n˜ao ´e satisfeita neste caso, poisω2 =ω1, ent˜ao n˜ao h´a res- sonˆancia. Pelo mesmo motivo, tamb´em n˜ao haver´a batimentos. Estudos sobre energias e potˆencias, bem como o espa¸co de fase, est˜ao feitos na Se¸c˜ao6.3.

(9)

4.3 Amortecimento super-cr´ıtico

Neste caso, temosω2> ω1. A equa¸c˜ao hor´aria completa deste caso deve ser obtida diretamente da equa¸c˜ao hor´aria geral (26). Vejamos primeiro a parte transiente,

xT(t) =¡

C+e+Ω12t+Ce−Ω12t¢

e−ω2t, (42)

onde C±= 1

2Ω12

·

(Ω12±ω2)x0±v0+α12∓ω2

223+ Ω212212

¸

,212=ω22−ω21,223=ω22+ω32. (43) Observe que podemos obter (15) fazendoα= 0 em (43), como era esperado. Tamb´em podemos ver claramente que esta solu¸c˜ao transiente n˜ao ´e oscilat´oria.

A parte estacion´aria ´e oscilat´oria e ´e idˆentica `a parte estacion´aria (30) do caso com amortecimento sub-cr´ıtico. A diferen¸ca est´a na condi¸c˜ao ω2 > ω1, a qual impede o surgimento de ressonˆancia e batimentos.

Simula¸c˜oes da equa¸c˜ao de movimento deste caso, bem como o espa¸co de fase, mais energias e potˆencias, instantˆaneas integrais e m´edias, est˜ao comentadas com mais detalhes na Se¸c˜ao6.3.

5 Rotinas alg´ ebricas 6 Simula¸c˜ oes

Em todas as simula¸c˜oes e casos de estudos apresentados a seguir, usaremos sempre unidades MKS:

metro (m) para comprimentos, kilograma (Kg) para massas e segundo (s) para tempos. Energias estar˜ao expressas em Joules (J) e potˆencias em Watts (W). Todas as figuras est˜ao no final do texto, dispostas pela ordem com que foram referenciadas.

6.1 Oscilador harmˆ onico livre

Como vimos na Se¸c˜ao 2, a equa¸c˜ao hor´aria de um oscilador livre, constitu´ıdo por uma massa me uma mola ideal de constantek, ´e escrita puramente em termos de fun¸c˜oes harmˆonicas, (3) ou (4). A Figura1 mostra um gr´afico desta equa¸c˜ao hor´aria correspondente a uma posi¸c˜ao inicialx0= 1 m, a uma velocidade inicialv0= 0 m/s (repouso) e a uma freq¨uˆencia angularω1=p

k/m= 2πrad/s.

Note que n˜ao estamos usando valores espec´ıficos para a massa m e a constante de mola k. Isto significa que h´a uma quantidade inifinita de poss´ıveis massas e molas com esta freq¨uˆencia. Podemos ver claramente na Figura1que a distˆancia (temporal) entre dois m´aximos (m´ınimos) ´e exatamente um per´ıodoT = 1 s, como previsto em (5).

O gr´afico na Figura2mostra a anergia mecˆanica por unidade de massa, a qual ´e constante para o oscilador livre, conforme podemos ver de (6),

E m = 1

2(ω1A)2 (44)

Nesta mesma figura, podemos ver tamb´em a energia cin´etica (9) por unidade massa, calculada ex- plicitamente como a integral da potˆencia instantˆanea (8). Podemos ver claramente que a energia cin´etica ´e igual `a energia mecˆanica sempre que a equa¸c˜ao hor´aria passa pelo eixo temporal, corres- pondendo a uma deforma¸c˜ao nula da mola, implicando numa energia potencial el´astica nula. Os pontos de m´aximos e de m´ınimos s˜ao os pontos de retorno, onde a deforma¸c˜ao da mola ´e m´axima e velocidade ´e nula, implicando numa energia cin´etica nula. Desta forma, a energia mec´anica (cin´etica + potencial) ´e conservada.

A Figura3mostra o espa¸co de fase para duas condi¸c˜oes iniciais distintas. A primeira observa¸c˜ao

´e sobre a unicidade da equa¸c˜ao hor´aria (3) para uma determinada condi¸c˜ao inicial. Esta unicidade ´e evidenciada pelo n˜ao-cruzamento das duas curvas mostradas na Figura3. Estas curvas s˜ao as elipses (10)–(11), conforme podemos verificar facilmente com uma r´egua e com a amplitude calculada em

(10)

(4). O fato ser uma elipse indica que este movimento ´e peri´odico. Outra observa¸c˜ao muito importante

´e que estas curvas s˜ao fechadas. Isto ´e uma caracter´ıstica de um sistema exibindo conserva¸c˜ao de energia e um movimento peri´odico o qual est´a confinado em uma regi˜ao fechada. Podemos ver na Figura3que o oscilador livre est´a confinado no intervalo [−1,+1], onde os extremos±1 s˜ao os pontos de retorno (velocidade nula). Conforme indicado em (11), cada curva corresponde a uma energia mecˆanica. A Figura 4mostra o respectivo espa¸co de configura¸c˜oes. Note que podemos extrair dele as mesmas informa¸c˜oes que obtivemos do espa¸co de fase na Figura3.

6.2 Oscilador harmˆ onico amortecido

A Figura 5 exibe uma equa¸c˜ao hor´aria t´ıpica para cada uma das trˆes situa¸c˜oes poss´ıveis. Para o amortecimento sub-cr´ıtico (ω1 > ω2), com a equa¸c˜ao hor´aria (17), escolhemos ω1 =

65π/4 e ω2=π/4 (ambas em rad/s). Esta escolha faz com que a freq¨uˆencia de oscila¸c˜ao (16) seja exatamente 2π, como pode ser visto na Figura5. Para o amortecimento cr´ıtico, com a equa¸c˜ao hor´aria (24), mantivemosω1=ω2=

65π/4 e para o amortecimento super-cr´ıtico, com a equa¸c˜ao hor´aria (14), mantivemosω1=

65π/4 e escolhemosω2= 3π. As condi¸c˜oes iniciais foram as mesmas para os trˆes casos, conforme indicado na Figura 5. As linhas tracejadas na Figura 5 correspondem aos valores positivos e negativos da amplitude encontrada em (18). Tamb´em est´a indicado na mesma figura a posi¸c˜ao relativa dos tempos de meia vida (tempoτque a amplitude leva para diminuir por um fator igual 1/e = 0.36788), os quais s˜aoτ= 0.3389 s para o amortecimento cr´ıtico eτ= 0.4751 s para o amortecimento super-cr´ıtico. Note que o tempo de meia vida do caso cr´ıtico ´e sempre menor que o tempo de meia vida do caso super-cr´ıtico. O tempo de meia vida para o caso sub-cr´ıtico pode ser calculado de duas formas. O tempo de meia vida para a amplitudeAem (18) ´eτ = 1/ω2= 1.2732 s.

Levando em considera¸c˜ao a equa¸c˜ao hor´aria completa em (17), o tempo de meia vida ´eτ= 0.1996 s.

A Figura 6 mostra a energia mecˆanica, a energia cin´etica e a energia dissipada (23), com a potˆencia de dissipa¸c˜ao (22), todas por unidade de massa, para o amortecimento sub-cr´ıtico. Podemos ver que neste caso n˜ao h´a pontos de retorno e que o movimento terminar´a ap´os um r´apido intervalo de tempo, evidenciado pela invers˜ao de pap´eis entre a energia mecˆanica e a energia dissipada. A Figura7mostra as mesmas energias para os outros casos: com amortecimento cr´ıtico e super-cr´ıtico.

Em todos os casos, utilizamos as mesmas freq¨uˆencias usadas para a constru¸c˜ao das equa¸c˜oes hor´arias apresentadas na Figura5.

As Figuras 8–9mostram, respectivamente, o espa¸co de fase e o espa¸co de configura¸c˜oes na pre- sen¸ca dos trˆes tipos de amortecimento. A primeira observa¸c˜ao que podemos fazer imediatamente

´e que, ao contr´ario do oscilador livre (Figuras3–4), a presen¸ca de uma dissipa¸c˜ao faz com que as trajet´orias no espa¸co de fase e no espa¸co de configura¸c˜oes sejam abertas, terminando, necessaria- mente, no repouso. Note a diferen¸ca entre o caso sub-cr´ıtico, o qual tem uma aparˆencia espiralada, e os outros dois casos, cr´ıtico e super-cr´ıtico. Outra conclus˜ao importante que podemos tirar, ap´os alguns experimentos onde as condi¸c˜oes iniciais s˜ao modificadas, ´e que tamb´em n˜ao h´a o cruzamento destas trajet´orias no espa¸co de fase (ou de configura¸c˜oes) quando mantemos as freq¨uˆencias fixas.

6.3 Oscilador harmˆ onico amortecido e for¸cado

6.3.1 Amortecimento sub-cr´ıtico

Apontamos na Se¸c˜ao4que a presen¸ca de uma for¸ca externa com uma intensidade oscilando harmo- nicamente no tempo produz efeitos novos na dinˆamica de um oscilador amortecido. Talvez o mais marcante entre eles seja o efeito de ressonˆancia apresentado na Figura 10, exibido pela amplitude (34) para o caso com amortecimento sub-cr´ıtico. Podemos ver nitidamente na Figura 10 que as condi¸c˜oes (35) devem ser satisfeitas para que haja ressonˆancia.

A Figura 11 mostra duas situa¸c˜oes t´ıpicas de um oscilador for¸cado com amortecimento sub- cr´ıtico,ω2πeω2=π/10. Para este caso, a equa¸c˜ao hor´aria ´e a soma da parte transiente (29) com a parte estacion´aria (30). Escolhemos na Figura11uma equa¸c˜ao hor´aria sem o efeito de ressonˆancia, ω3 =πe outra com o efeito de ressonˆancia ω3= 2π. Naturalmente, o refor¸co na amplitude para o caso com ressonˆancia ´e vis´ıvel ap´os terminado a predomin´acia inicial da parte transiente (a partir de seis segundos, aproximadamente). Note que usamosω3< ω1para a equa¸c˜ao hor´aria sem ressonˆancia

(11)

na Figura11. Caso tiv´essemos usadoω3> ω1, ter´ıamos uma situa¸c˜ao semelhante `a Figura11, com uma equa¸c˜ao hor´aria intermedi´aria `as outras duas. ´E muito interessante vermos nas Figuras 12 como as energias correspondentes se comportam. Note a diferen¸ca gritante entre os casos sem e com ressonˆancia. Podemos ver claramente na Figura12(b)que as energias dissipadas e absorvidas possuem a mesma taxa de varia¸c˜ao no tempo (potˆencia) quando h´a o efeito de ressonˆancia. No entanto, estas potˆencias tornam-se praticamente constantes apenas ap´os o sistema ter absorvido uma quantidade de energia mecˆanica suficiente para manter o movimento harmˆonico no regime estacion´ario.

A Figura 13(a) mostra o espa¸co de “fase”, no intervalo 0–20 s, correspondente ao caso sem ressonˆancia, discutido anteriormente. Podemos observar dois comportamentos nesta trajet´oria da Figura13: (1) uma trajet´oria aberta na forma de espiral no intervalo 0–12 s, t´ıpica de um movimento com dissipa¸c˜ao de energia; (2) uma trajet´oria tentando ser fechada a partir dos 12 s, como podemos ver na Figura13(b). Este ´ultimo comportamento est´a de acordo com o balan¸co de energia mostrado na Figura 12(a). No entanto, h´a v´arios cruzamentos nesta ´ultima parte da trajet´oria, os quais n˜ao havi´amos visto at´e ent˜ao. Ainda mais, estes cruzamentos n˜ao s˜ao admiss´ıveis, pois a equa¸c˜ao hor´aria foi determinada de uma equa¸c˜ao diferencial de segunda ordem e duas condi¸c˜oes iniciais (x0 e v0). Isto significa que esta solu¸c˜ao ´e ´unica. De fato, este espa¸co de “fase”, posi¸c˜ao versus velocidade, n˜ao passa de uma proje¸c˜ao do espa¸co de configura¸c˜oes no plano x−v, como podemos ver na Figura 14. Apesar de continuarmos com a sensa¸c˜ao de estarmos vendo cruzamentos nesta figura, eles n˜ao existem. A Figura 15(a)exibe a trajet´oria no espa¸co de configura¸c˜oes no intervalo 12–16 s, a qual nos mostra claramente que esta trajet´oria n˜ao ´e uma curva plana. Esta observa¸c˜ao ´e refor¸cada pela Figura15(b), exibindo a trajet´oria no intervalo 14.7–15.3 s. Isto significa que, sendo a trajet´oria no espa¸co de configura¸c˜oes uma curva n˜ao-plana, a sua proje¸c˜ao no planox−v pode apresentar cruzamentos.

A Figura 16 mostra o espa¸co de fase correspondente ao caso com ressonˆancia. O espa¸co de configura¸c˜oes est´a exibido na Figura17. Semelhantemente as trajet´orias exibidas nas Figuras4e9, esta trajet´oria no espa¸co de configura¸c˜oes tamb´em ´e plana. Podemos ver claramente que a trajet´oria mostrada na Figura16´e uma soma de um movimento oscilat´orio amortecido, evidenciado pela parte espiralada, como na Figura8, e um movimento oscilat´orio puramente harm´onico, evidenciado pela parte elipsoidal em torno da origem, como na Figura3. Esta parte elipsoidal (trajet´orias fechadas) inicia ap´os 8 s, aproximadamente. ´E neste instante em que o balan¸co energ´etico ´e estabilizado, con- forme podemos ver na Figura12(b). Assim, na ressonˆancia, as trajet´orias no espa¸co de configura¸c˜oes s˜ao muito mais simples que nos demais casos sem ressonˆancia.

Outro efeito importante que surge em um oscilador for¸cado ´e conhecido por batimentos. As Figuras 18 ilustram este efeito em duas situa¸c˜oes: uma sem a presen¸ca de dissipa¸c˜ao (ω2 = 0) e outra na presen¸ca de dissipa¸c˜ao (ω2 6= 0). Quando n˜ao h´a dissipa¸c˜ao, o efeito de batimentos permanece inalterado no tempo, como evidenciado na Figura 18(a). No entanto, na presen¸ca de dissipa¸c˜ao, por menor que seja, o efeito de batimentos desaparece ap´os um certo tempo. Este

´

ultimo caso est´a mostrado na Figura 18(b). Podemos entender o efeito de batimentos numa forma quantitativa considerando a situa¸c˜ao mais simples onde a for¸ca dissipativa ´e nula,ω2= 0. Tamb´em vamos simplificar as condi¸c˜oes iniciais, deixando o sistema massa-mola no repouso no intante inicial, x0=v0= 0. Nestas condi¸c˜oes, a equa¸c˜ao hor´aria para o caso sub-cr´ıtico, a qual ´e a soma da parte transiente (29) com a parte estacion´aria (30), se reduz a

x(t) = α ω12−ω12

¡cosω3t−cosω1t¢

. (45)

Esta equa¸c˜ao hor´aria ´e a soma de duas fun¸c˜oes harmˆonicas, portanto dois osciladores livres, com freq¨uˆencias diferentes. Ela pode ser re-escrita na forma de uma ´unica fun¸c˜ao harmˆonica com uma amplitude dependente do tempo, tamb´em harmonicamente,

x(t) =−A(t) sin Ω+t, A(t) =

ω21−ω21sin Ωt,±= ω1±ω3

2 . (46)

A freq¨uˆencia Ω ´e conhecida como freq¨uˆencia de batimento. Usamos ω1 = 2π e ω3 = 1.6π nas Figuras18. Ent˜ao a freq¨uˆencia de batimento ´e Ω = 2π/10, a qual implica em um per´ıodo igual a

(12)

10 s, como podemos verificar na Figura 18(a), observando a curva que envolve a equa¸c˜ao hor´aria.

Este efeito de batimentos ´e muito utilizado para a afina¸c˜ao de instrumentos musicais. Quando a freq¨uˆencia externa iguala `a freq¨uˆencia natural, ω3 = ω1, ent˜ao o efeito de batimentos desaparece, cedendo lugar a uma onda harmˆonica com uma amplitude crescente no tempo,

ω3lim→ω1

x(t) = α t1

sinω1t. (47)

Este refor¸co na amplitude da freq¨uˆenciaω1 ´e o sinal de que dois instrumentos est˜ao afinados. Isto tamb´em explique como algumas lou¸cas e cristais podem ser danificados por ondas sonoras. Natu- ralmente, h´a amortecimento em um instrumento musical real. Este amortecimento faz com que o comportamento linear no tempo da amplitude em (47) se altere para uma forma de uma raiz de um polinˆomio no tempo. As energias correspondentes aos dois tipos de batimentos apresentados na Figura18est˜ao na mostradas na Figura 19. Na Figura 19(a), a energia mecˆanica ´e exatamente igual `a energia absorvida, pois n˜ao h´a dissipa¸c˜ao. Podemos observar na Figura 19(b)que o efeito de batimento cessar´a ap´os algum tempo, permanecendo o sistema em um movimento harmˆonico for¸cado, caracterizado pelo valor nulo da potˆencia mecˆanica m´edia (a energia mecˆanica m´edia ser´a uma reta horizontal). A Figura20mostra o espa¸co de configura¸c˜oes correspondente aos batimentos exibidos na Figura18(a)para meio per´ıodo (5 s, neste caso). Como n˜ao h´a dissipa¸c˜ao, a trajet´oria

´e fechada, per´ıodica, mas ela n˜ao ´e plana. Observe tamb´em a forma sim´etrica, harmoniosa, desta trajet´oria. Quando h´a dissipa¸c˜ao, esta trajet´oria ´e distorcida e n˜ao mais fechada.

6.3.2 Amortecimentos cr´ıtico e super-cr´ıtico

A Figura 21 mostra as equa¸c˜oes hor´arias para osciladores for¸cados com amortecimentos cr´ıtico e super-cr´ıtico. Em ambos os casos a freq¨uˆencia da for¸ca externa ´e menor que a freq¨uˆencia natural.

As respectivas energias e potencias podem ser vistas nas Figuras22e23, respectivamente. Podemos ver que energia mecˆanica (ou energia armazenada) ´e ligeiramente maior no caso cr´ıtico. Tamb´em podemos ver que o per´ıodo transiente ´e menor para o caso cr´ıtico (5 s). A figura 24 mostra os respectivos espa¸cos de configura¸c˜oes.

7 Exerc´ıcios

Muitos exerc´ıcios desta se¸c˜ao podem ser resolvidos facilmente mesmo sem o aux´ılio de um computa- dor. No entanto, ´e muito instrutivo resolvˆe-los tamb´em via computa¸c˜ao alg´ebrica, quando poss´ıvel.

Existem alguns que poder˜ao tomar um tempo muito grande quando efetuados manualmente. Neste caso, o uso de computa¸c˜ao alg´ebrica ´e indispens´avel. Muitos destes exerc´ıcios est˜ao resolvido, embora isto n˜ao esteja de forma expl´ıcita, na se¸c˜ao “Simula¸c˜oes – Passo a passo” do arquivo “oscilador.mws”, o qual deve ser aberto pelo Maple (vers˜ao 7 ou superior).

7.1 Oscilador livre

Exerc´ıcio 1

Prove que as constantes ω1 e ω2, definidas em (2) e (13), respectivamente, possuem, de fato, di- mens˜oes de freq¨uˆencia (inverso do tempo).

Exerc´ıcio 2

Mostre, por substitui¸c˜ao direta, que as equa¸c˜oes hor´arias (3) e (4) s˜ao de fato solu¸c˜oes da equa¸c˜ao diferencial (2) para o oscilador harmˆonico livre.

Exerc´ıcio 3

Determine explicitamente a amplitudeAe a constante de faseφapresentadas em (4).

Exerc´ıcio 4

Determine explicitamente a rela¸c˜ao entre o per´ıodoT e a freq¨uˆencia angularω1apresentada em (5).

(13)

Exerc´ıcio 5

Determine explicitamente a energia mecˆanica apresentada em (6).

Exerc´ıcio 6

(1) Prove que a potˆencia cin´etica instantˆanea ´e igual ao produto da for¸ca pela velocidade, como apresentado em (8); (2) Determine explicitamente a potˆencia cin´etica instantˆanea apresentada em (8); (3) Determine o per´ıodo desta potˆencia cin´etica instantˆanea.

Exerc´ıcio 7

Deduza as express˜oes (10) e (11). (6).

Exerc´ıcio 8

Experimente a vontade modificando as condi¸c˜oes iniciais e a freq¨uˆencia angular na simula¸c˜ao da equa¸c˜ao hor´aria exibida na Figura1. Veja as mudan¸cas correspondentes nas energias na Figura2.

Refa¸ca tamb´em o espa¸co de fase exibido na Figura3. Tire suas conclus˜oes.

Exerc´ıcio 9

Use uma r´egua para mostrar que os semi-eixos das elipses na Figura 3 s˜ao iguais `as respectivas quantidade mencionadas nas equa¸c˜oes (10)–(11). A amplitude est´a dada em (4).

7.2 Oscilador amortecido

Exerc´ıcio 10

Verifique que a equa¸c˜ao hor´aria geral (14) ´e solu¸c˜ao da equa¸c˜ao diferencial (13).

Exerc´ıcio 11

Deduza as equa¸c˜oes hor´arias (17) e (18).

Exerc´ıcio 12

Efetue os limites (20) explicitamente.

Exerc´ıcio 13

Calcule a energia mecˆanica (21) explicitamente. Calcule tamb´em o valor m´edia dela em um per´ıodo (medido como se o oscilador estivesse livre).

Exerc´ıcio 14

(1) Calcule o limite (24) diretamente da equa¸c˜ao hor´aria geral (17). (2) Calcule a energia mecˆanica e a energia dissipada para equa¸c˜ao hor´aria (24).

fig:AmortecidoEC Exerc´ıcio 15

Modifique as condi¸c˜oes iniciais para um mesmo oscilador amortecido, isto ´e, mantenha os mesmos valores para as freq¨uˆencias, e verifique que o espa¸co de fase (Figura 8), bem como o espa¸co de configura¸c˜oes (Figura9), n˜ao admite cruzamento entre suas trajet´orias.

7.3 Oscilador amortecido e for¸cado

Exerc´ıcio 16

(1) Verifique que o primeiro termo (transiente) da solu¸c˜ao (26) satisfaz apenas a parte homogˆenea da equa¸c˜ao diferencial (25). (2) Verifique que o segundo termo da solu¸c˜ao (26) ´e uma solu¸c˜ao particular da equa¸c˜ao diferencial (25) completa.

Exerc´ıcio 17

Mostre que a solu¸c˜ao transiente (29) ´e cont´ınua emω2=ω1.

(14)

Exerc´ıcio 18

Efetue os limites (32) explicitamente.

Exerc´ıcio 19

Prove que as condi¸c˜oes (35) s˜ao necess´arias para haver o efeito de ressonˆancia.

Exerc´ıcio 20

Efetue o limiteω2→ω1nas equa¸c˜oes hor´arias (29)–(30), com amortecimento sub-cr´ıtico, para obter a equa¸c˜oes hor´arias (37)–(38), com amortecimento cr´ıtico.

Exerc´ıcio 21

Refa¸ca a Figura11acrescentando tamb´em uma equa¸c˜ao hor´aria sem ressonˆancia mas com a freq¨uˆencia externaω3acima da freq¨uˆencia naturalω1. Fa¸ca o gr´afico das energias deste caso e compare-o com as Figuras12. Refa¸ca tamb´em os gr´aficos do espa¸co de fase e do espa¸co de configura¸c˜oes para incluir o casoω3> ω1.

8 Conclus˜ oes

A Equivalˆ encia entre osciladores horizantais e verticais

(15)

B Figuras

-1 -0.5 0 0.5 1

0 1 2 3 4 5

x(t)

t

ω1= 2π, x0= 1, v0= 0 T = 1

Figura 1: Equa¸c˜ao hor´aria (3) para um oscilador livre. Todas as quantidades est˜ao em unidades MKS.

-10 -5 0 5 10 15 20 25 30

0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4

t ω1= 2π, x0= 1, v0= 0

10x(t) T /mE/m

Figura 2: Energia mecˆanica (cin´etica + potencial) por unidade de massa, E/m, (44) e energia cin´etica por unidade de massa,T /m, (9) para um oscilador livre. A equa¸c˜ao hor´ariax(t) est´a com a amplitude multiplicada por um fator 10. Todas as quantidades est˜ao em unidades MKS.

(16)

-8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8

-1 -0.8 -0.6 -0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1

v

x

ω1= 2π, v0= 0 x0= 1

x0= 1/2

Figura 3: Espa¸co de fase de um oscilador livre para duas condi¸c˜oes iniciais distintas. As curvas s˜ao elipses, cujos semi-eixos est˜ao dados em (10)–(11). Todas as quantidades est˜ao em unidades MKS.

-1 -0.5

0 0.5

1 -4

0

4 -20

0 20

x

v a

Figura 4: Espa¸co de configura¸c˜oes de um oscilador livre para a condi¸c˜ao inicial x0 = 1 e v0 = 0 durante um per´ıodo T = 1 com a freq¨uˆencia angular ω1 = 2π. Todas as quantidades est˜ao em unidades MKS.

(17)

-1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5

0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4

t 0.3679

x0= 1, v0= 0

Sub-cr´ıtico Cr´ıtico Super-cr´ıtico Meia vida

Figura 5: Trˆes equa¸c˜oes hor´arias t´ıpicas para um oscilador amortecido com as condi¸c˜ao iniciais x0 = 1 e v0 = 0. Nos trˆes casos, a freq¨uˆencia natural foi mantida em ω1 =

65π/4. No caso super-cr´ıtico, a freq¨uˆencia do amortecimento foiω2= 3π. Todas as quantidades est˜ao em unidades MKS.

-10 -5 0 5 10 15 20 25

0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4

t x0= 1, v0= 0

10x(t) Ed/m E/mT /m

Figura 6: Energia mecˆanica (cin´etica + potencial) por unidade de massa,E/m, energia cin´etica por unidade de massa,T /m, e energia dissipada por unidade de massa, Ed/m, para um oscilador com amortecimento sub-cr´ıtico (ω1=

65π/4 eω2=π/4). A equa¸c˜ao hor´ariax(t) est´a com a amplitude multiplicada por um fator 10. Todas as quantidades est˜ao em unidades MKS.

(18)

0 5 10 15 20 25

0 0.5 1 1.5 2

t x0= 1, v0= 0

10x(t) Ed/m Cr´ıtico:

(

E/mT /m 10x(t) Ed/m Super-cr´ıtico:

(

E/mT /m

Figura 7: Energia mecˆanica (cin´etica + potencial) por unidade de massa,E/m, energia cin´etica por unidade de massa,T /m, e energia dissipada por unidade de massa, Ed/m, para um oscilador com amortecimentos cr´ıtico (linha cheia, ω1 =

65π/4) e super-cr´ıtico (linha tracejada,ω1= 65π/4 eω2 = 3π). A equa¸c˜ao hor´ariax(t) est´a com a amplitude multiplicada por um fator 10. Todas as quantidades est˜ao em unidades MKS.

-6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4

-0.5 0 0.5 1

v

x

Sub-cr´ıtico (1) Sub-cr´ıtico (2) Super-cr´ıtico Cr´ıtico

Figura 8: Espa¸co de fase (posi¸c˜aox ×velocidade v) de um oscilador amortecido. As freq¨uencias utilizadas foram: ω1 =

65π/4 eω2 =π/4 para o amortecimento sub-cr´ıtico, ω1 =

65π/4 para o amortecimento cr´ıtico e ω1 =

65π/4 e ω2 = 3π para o amortecimento super-cr´ıtico. O caso sub-cr´ıtico (2) tem x0 = 0.95 e v0 = 0.1 como condi¸c˜oes iniciais; os demais casos tˆem x0 = 1 e v0= 0. O intervalo de tempo foi de 6 s. Todas as quantidades est˜ao em unidades MKS.

(19)

-0.5 0

0.5 1

-3 0 3 -40

-20 0 20

x

v a

Sub-cr´ıtico Cr´ıtico Super-cr´ıtico

Figura 9: Espa¸co de configura¸c˜oes (posi¸c˜ao velocidade v × acelera¸c˜ao a) para um oscilador amortecido. As freq¨uencias utilizadas foram: ω1=

65π/4 eω2=π/4 para o amortecimento sub- cr´ıtico,ω1=

65π/4 para o amortecimento cr´ıtico eω1=

65π/4 eω2= 3πpara o amortecimento super-cr´ıtico. Os trˆes casos tˆemx0= 1 ev0= 0 como condi¸c˜oes iniciais. O intervalo de tempo foi de 6 s. As proje¸c˜oes destas curvas no planox−vest˜ao na Figura8. Todas as quantidades est˜ao em unidades MKS.

0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6

0 0.5 1 1.5 2

A

ω3

ω1= 2π, α= 1 ω2=π/20 ω2=π/10 ω2=π√2 ω2=π/5

Figura 10: Efeito de ressonˆancia para um oscilador for¸cado com amortecimentos sub-cr´ıticos. Nas quatro situa¸c˜oes usamosω1= 2πeα= 1. Todas as quantidades est˜ao em unidades MKS.

(20)

-1 -0.8 -0.6 -0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1

0 2 4 6 8 10

x(t)

t x0= 1, v0= 0

ω1= 2π, ω2=π/10, α= 1 ω3=π ω3= 2π

Figura 11: Equa¸c˜oes hor´arias para um oscilador for¸cado com amortecimentos sub-cr´ıticos. Em uma delas h´a o efeito de ressonˆancia. Todas as quantidades est˜ao em unidades MKS.

(21)

-20 -15 -10 -5 0 5 10 15 20

0 5 10 15 20

t x0= 1, v0= 0

ω1= 2π, ω2=π/10, ω3=π, α= 1

20x(t) Ed/m Ea/m E/m

(a) Sem ressonˆancia.

-20 -15 -10 -5 0 5 10 15 20 25 30 35

0 5 10 15 20

t x0= 1, v0= 0

ω1= 2π, ω2=π/10, ω3=π, α= 1

20x(t) Ed/m Ea/m E/m

(b) Com ressonˆancia.

Figura 12: Energias por unidade de massa (mecˆanica,E/m, dissipada,Ed/m, e absorvida,Ea/m) para um oscilador for¸cado com amortecimento sub-cr´ıtico, sem o efeito de ressonˆancia, Figura12(a), e com o efeito de ressonˆancia, Figura12(b). Todas as quantidades est˜ao em unidades MKS.

(22)

-6 -4 -2 0 2 4 6

-1 -0.8 -0.6 -0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1

v

x

ω1= 2π, ω2=π/10, ω3=π, x0= 1, v0= 0

(a) Intervalo 0–20 s.

-0.25 -0.20 -0.15 -0.10 -0.05 0 0.05 0.10 0.15 0.20

-0.04 -0.03 -0.02 -0.01 0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 v

x

ω1= 2π, ω2=π/10, ω3=π, x0= 1, v0= 0

(b) Intervalo 12–30 s.

Figura 13: Espa¸co de fase (posi¸c˜aovelocidadev) para um oscilador for¸cado com amortecimento sub-cr´ıtico e sem ressonˆancia. O espa¸co de configura¸c˜oes correspondente est´a na Figura14. Todas as quantidades est˜ao em unidades MKS.

(23)

-1

-0.5 0

0.5

1-6 -4

-2 0

2 4

6 -40

-20 0 20 40

a

x

v

Figura 14: Espa¸co de configura¸c˜oes (posi¸c˜ao velocidadev ×acelera¸c˜ao a) para um oscilador for¸cado com amortecimento sub-cr´ıtico e sem ressonˆancia no intervalo 0–20 s. Os parˆametros utili- zados s˜ao ω1 = 2π, ω2=π/10, ω3 =π, x0 = 1, e v0 = 0. A proje¸c˜ao desta curva no plano x−v est´a na Figura13(a). Outros detalhes desta curva est˜ao na Figura15. Todas as quantidades est˜ao em unidades MKS.

(24)

-0.04 0.04 0

0.08 -0.4

-0.2 0

0.2 -1.6

-1.2 -0.8 -0.4 0 0.4 0.8

a

x v

(a) Intervalo 12–16 s.

-0.026

-0.025

-0.024

-0.023 -0.02

0

0.02 0.04 -0.1

0 0.1 0.2 0.3 0.4 a

x

v

(b) Intervalo 14.7–15.3 s.

Figura 15: Detalhes mostrando que a trajet´oria no espa¸co de configura¸c˜oes exibido na Figura 14 n˜ao ´e uma curva plana. Os parˆametros utilizados s˜ao ω1 = 2π, ω2 = π/10 e ω3 = π. Todas as quantidades est˜ao em unidades MKS.

(25)

-6 -4 -2 0 2 4 6

-1 -0.8 -0.6 -0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1

v

x

ω1= 2π, ω2=π/10, ω3= 2π, x0= 1, v0= 0

Figura 16: Espa¸co de fase (posi¸c˜aovelocidadev) para um oscilador for¸cado com amortecimento sub-cr´ıtico e com ressonˆancia no intervalo 0–20 s. Todas as quantidades est˜ao em unidades MKS.

-1.2 -0.8

-0.4 0 0.4

0.8 -8

-4

0

4

8 -40

-20 0 20 40

x v

a

Figura 17: Espa¸co de configura¸c˜oes (posi¸c˜ao velocidadev ×acelera¸c˜ao a) para um oscilador for¸cado com amortecimento sub-cr´ıtico e com ressonˆancia no intervalo 0–20 s. Os parˆametros utili- zados s˜aoω1 =ω3 = 2π, ω2=π/10,x0= 1, ev0= 0. A proje¸c˜ao desta curva no planox−v est´a na Figura16. Todas as quantidades est˜ao em unidades MKS.

(26)

-0.15 -0.10 -0.05 0 0.05 0.10 0.15 0.20

0 2 4 6 8 10 12 14 16

t

x0=v0= 0, ω1= 2π, ω2= 0, ω3= 1.6π x(t) A(t)

(a) Batimentos sem dissipa¸c˜ao.

-0.15 -0.10 -0.05 0 0.05 0.10 0.15 0.20

0 2 4 6 8 10 12 14 16

t

x0=v0= 0, ω1= 2π, ω2= 0.1, ω3= 1.6π x(t) A(t)

(b) Batimentos com dissipa¸c˜ao.

Figura 18: Efeitos de batimentos sem e com dissipa¸c˜ao. Sem dissipa¸c˜ao, os batimentos continuam indefinidamente sem qualquer altera¸c˜ao. A curva tracejada ´e a amplitude A(t) definida em (46).

Em ambos os casos, a freq¨uˆencia de batimento ´e 2π/10. Todas as quantidades est˜ao em unidades MKS.

(27)

-0.2 -0.1 0 0.1 0.2 0.3 0.4

0 2 4 6 8 10 12 14 16

t

x0=v0= 0, ω1= 2π, ω2= 0, ω3= 1.6π 0.5x(t)

E/m

(a) Energias para os batimentos sem dissipa¸c˜ao.

-0.1 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6

0 5 10 15 20 25 30

t

x0=v0= 0, ω1= 2π, ω2= 0.1, ω3= 1.6π

0.5x(t) Ed/m Ea/m E/m

(b) Energias para os batimentos com dissipa¸c˜ao.

Figura 19: Energias para os efeitos de batimentos sem e com dissipa¸c˜ao. Sem dissipa¸c˜ao, os batimentos continuam indefinidamente sem qualquer altera¸c˜ao. Neste caso, a energia absorvida ´e exatamente igual `a energia mecˆanica. Em ambos os casos, a freq¨uˆencia de batimento ´e 2π/10. Todas as quantidades est˜ao em unidades MKS.

Referências

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