Funções dos Bancos Públicos:
missões sociais e ações comerciais
Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP
http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/
2
Estrutura da apresentação
Visão Desenvolvimentista dos Bancos Públicos
Banco do Brasil:
financiamento agrícola
Visão Desenvolvimentista dos
Bancos Públicos
4
Argumentação clássica latino-americana
• Argumentação da CEPAL:
1. desenvolvimento espontâneo de seus intermediários financeiros = atraso histórico (“capitalismo tardio”) 2. criadas instituições financeiras ‘desenvolvimentistas’
sob controle do setor público para
resolver os problemas de transferência espacial ou intersetorial de recursos:
– para regiões ou setores mais atrasados;
– para novos setores.
• Em termos contemporâneos: os bancos públicos
existem para corrigir as falhas do mercado e executar
planejamento indicativo da estratégia governamental.
5
Instituição de Políticas Públicas
• Não seria de esperar que coubesse à Instituição de Mercado (privada) a responsabilidade de:
1. corrigir determinado padrão de desenvolvimento, 2. modificar a distribuição setorial dos recursos, e
3. fomentar a elevação da taxa de investimento contra-ciclo.
• Caberia à Instituição de Políticas Públicas, àquela que não vise, primordialmente, a maximização de seu lucro, o papel de contribuir para o fomento do desenvolvimento.
• Com a funcionalidade “ desenvolvimentista ” , os bancos públicos cumprem papel ativo (não neutro) na distribuição de recursos, sendo direcionados para fins sociais e
econômicos qualificados como prioritários pela política
pública, e não por critério de rentabilidade privada.
• Usar fundos sociais ou parafiscais,
evitando
lucros privados com dinheiro público.
•Executar políticas públicas, como correspondentes
bancários, crédito consignado, contas simplificadas,
programas de habitação de interesse social,
programa de apoio à agricultura familiar, etc.
• Compensar
eventuais perdas no cumprimento de missão social com ganhos na
ação comercial.
• Virtudes dos bancos
públicos Corrigir falhas de mercado: realocar recursos para regiões
(Norte/Nordeste) e/ou setores (agricultura, habitação,
infra-estrutura) prioritários, mas não
tão lucrativos para iniciativas particulares.
Captar recursos de terceiros no
mercado, complementando
recursos fiscais escassos.
Obter lucros para pagar dividendos
ao Tesouro Nacional, elevando
o superávit primário.
Carregar títulos de dívida pública, dando ao governo
certa autonomia em relação aos bancos privados.
6
•
Há solução para o problema de interferência política.
• A Lei da Licitação provoca a “síndrome do TCU”, levando à diluição das responsabilidades em inúmeros comitês e pareceres e provocando a morosidade das decisões.
• A exigência de concursos públicos provoca a
dificuldade de contratar especialistas com nível de excelência e qualificação profissional da
concorrência.
• Problemas nos bancos
públicos Corporativismo, quando há a defesa exclusiva dos próprios interesses profissionais
por parte da categoria funcional: espírito de
corpo ou de grupo e não espírito público.
Apadrinhamento político, isto é, o favorecimento ou a proteção de alguns
servidores ou a indicação de dirigentes
por nomenclatura partidária.
Excesso de
“ mercadologia ” , isto é, ideologia mimética
em relação aos concorrentes privados,
inclusive gastando excessivamente em marketing convencional.
Ineficiência, embora não seja problema
exclusivo, não conseguem o melhor
rendimento com o mínimo de erros e/ou
de dispêndio de energia, tempo,
dinheiro, etc.
7
8 Governo de coalizão
partidária exige a partilha de cargos
no governo federal.
O critério técnico de
mérito e/ou reputação profissionalé substituído
pelo de “laços afetivos (e efetivos)” com caciques de partidos.
Em muitos casos, basta simples diploma de
curso superior para justificar a “competência”
para o cargo.
A fragilidade parlamentar do presidencialismo- parlamentarista com fragmentação partidária.
A ausência de quadros
técnicos bem formados eestáveis, na burocracia
estatal, para se blindar contra o assalto dos
parlamentares ao butim. O presidencialismo- parlamentarista soma
os defeitos de ambos
os regimes.
Talvez a solução para o problema de
interferência política na escolha de dirigentes nos bancos públicos, inclusive para os do
Banco Central do Brasil, fosse a exigência, para todos os candidatos, de formação em Escola Superior de Administração Bancária, ou seja, criar pós-graduação de excelência à semelhança do Instituto Rio Branco do Itamaraty ou da ESAF – Escola Superior de Administração Fazendária.
Se tanto servidores públicos concursados, quanto profissionais interessados na carreira, fossem obrigados a ter cumprido essa
obrigação, previamente a qualquer indicação governamental, a qualificação seria superior.
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Evolução real do crédito: atuação
anticíclica dos Bancos Públicos Federais
Fonte: Fernanda Feil e Andrej Slivnik. CEF e BB: Evolução Patrimonial Recente.
Associação Brasileira de Desenvolvimento – ABDE. XXII ENEP, junho 2017.
Reestruturação patrimonial +
EMGEA Retomada do crescimento do
crédito
Queda do crédito privado e atuação anticíclica do crédito público
Fim da “Cruzada
da Dilma” contra
juros elevados
mar2000/
set2003
set2003/
jun2008
jun2008/
set2009
set2009/
set2010
set2010/
set2011
set2011/
jun2013
jun2013/
dez2015
BNDES 2,3 1,1 8,8 7,0 1,8 3,5 2,3
Banco do Brasil 3,0 4,2 7,4 5,4 2,8 3,7 1,3
Caixa -7,3 3,6 10,0 9,3 7,2 7,9 3,4
Banco do Nordeste -4,5 0,0 9,5 4,5 1,6 -0,7 0,3
Banco da Amazônia 2,9 5,4 5,3 -0,9 3,8 -0,4 4,3
Bancos Públicos Federais -0,8 3,0 8,3 6,7 3,7 4,8 2,3
SFN - Bancos Públicos -2,8 3,8 1,2 4,4 4,5 1,5 0,2
SFN 0,4 3,5 3,9 5,3 4,2 3,0 1,2
Fonte: 50 maiores e IF.data. Banco Central do Brasil - BCB.
* Dados inflacionados pelo IPCA, para valores de dezembro de 2015
Tabela 1 - Taxas médias trimestrais de crescimento real do Saldo de Operações de Crédito (%)
Fonte: Fernanda Feil e Andrej Slivnik. CEF e BB: Evolução Patrimonial Recente.
Associação Brasileira de Desenvolvimento – ABDE. XXII ENEP, junho 2017.
Evolução real do crédito: atuação
anticíclica dos Bancos Públicos Federais
Fim da “Cruzada da Dilma” contra juros elevados
12 Junho 2013
Junho 2003 Set. 2008
Retomada do crescimento do
crédito
Queda do crédito privado e atuação anticíclica do crédito público
Reestruturação patrimonial +
EMGEA
13
Recuperação do market- share dos bancos públicos pré ajuste de 2001
na Era Neoliberal.
14
Os grandes bancos públicos do país têm R$ 92 bilhões a receber da Petrobras, sendo que o volume de empréstimos que o BNDES tem concedido ao "sistema Petrobras" pode ser estimado em R$ 55 bilhões, o que equivale a mais de 50% do patrimônio de referência do banco, o dobro do limite prudencial que o Banco
Central (BC) aplica como regra geral para a relação de bancos com clientes.
Além dos bancos públicos, os bancos privados Itaú́ e Bradesco também possuem créditos contra a Petrobras - R$ 2,7 bilhões e R$ 10,39 bilhões, respectivamente.
No total, os cinco bancos - BNDES, BB, Caixa, Bradesco e Itaú Unibanco -, tinham R$ 104,8 bilhões em empréstimos a receber da estatal no fim do primeiro
trimestre. A despeito de a liberação do CMN de 2008 ser válida para todo sistema financeiro nacional, Bradesco e, especialmente, Itaú Unibanco não acompanharam seus pares estatais no financiamento aos mega-projetos.
52 15 %
% 20
%
15
16
É possível a melhora nos indicadores de
eficiência e de expectativa de ganho em áreas como gestão de fundos e seguros.
Porém, priorizando só
as áreas comercialmente
lucrativas, adeus missão
social!
A questão-chave, seja vista como ideológica, seja vista como jurídica,
em relação à hipótese de abertura de capital
da Caixa é:
cabe extrair lucro
privado, diretamente, de
dinheiro público?
17
Seria possível separar, sem perder a essência de sua natureza, a atividade bancária propriamente
comercial e as ações de políticas públicas promovidas na Caixa?
Acionistas minoritários descobririam que com as taxas mais reduzidas que cobra em empréstimos e serviços a Caixa
não dá tanto lucro como banco privado
e exigiriam ela agir enquanto tal?
É muito difícil separar, precisamente, as “ações de Robin Hood” da Caixa: transferir ganhos com “os ricos”
(ações comerciais) para subsidiar os pobres (ações sociais).
18
Bancos públicos compensam suas menores Rendas de Tarifas Bancárias, Rendas de Cartão de Crédito e Rendas
de Administração de Fundos de Investimentos com Rendas de Administração de Fundos, Programas Sociais e Loterias e Rendas de Serviços
de Arrecadações e Convênios.
Muito do que a Caixa ganha, aplicando dinheiro que é patrimônio dos trabalhadores (FGTS) ou dos que
reivindicam justiça (depósitos judiciais), é revertido para os necessitados de subsídios sociais para
aquisição de Habitações de Interesse Social.
Entre 2003 e 2007, os ganhos em Tesouraria permitiam o oferecimento de
“produtos sociais” no ponto-de-equilíbrio, pagando todas as despesas e
remunerando o controlador, porém sem a maximização do lucro como sempre
buscam os bancos comerciais privados
Banco do Brasil:
financiamento agrícola
19
20
padrão do crédito rural
• O padrão do crédito rural sofreu grandes transformações ao longo das últimas décadas.
• Com o intuito de aumento da produtividade agrícola, foi instituído, em 1965, o Sistema Nacional de Crédito Rural – SNCR,
cuja finalidade era fornecer créditos para investimento, custeio e comercialização da produção rural.
• Até meados da década de 80,
esses empréstimos eram realizados a taxas de juros nominais fixas.
• O Governo Federal, através do Banco do Brasil,
provia a maior parte dos recursos destinados ao campo.
• O restante advinha de aplicações compulsórias
a que os bancos comerciais ficaram sujeitos.
21
Conta de Movimento
• Os empréstimos do Banco do Brasil ao setor rural eram financiados em grande parte por emissão de moeda, graças à Conta de Movimento
que a instituição mantinha com o Banco Central.
• Através dessa Conta de Movimento, a diferença entre 1. os fluxos correntes de aplicações e
2. os de retornos (amortização mais juros) de empréstimos para o setor rural era
automaticamente coberta pelo Banco Central.
• Os recursos alocados ao crédito agrícola cresceram,
continuamente, até 1980, a taxas expressivamente superiores às
taxas de crescimento do produto agrícola.
22
subsídio implícito
• Até 1985, o sistema caracterizava-se por
grande demanda de natureza especulativa,
atraída por ganhos financeiros diante das taxas de juros reais negativas então praticadas.
• Na prática, havia forte subsídio implícito aos tomadores.
• Estes podiam aplicar os recursos do crédito rural
diretamente no mercado financeiro a taxas muito mais elevadas, realizando substanciais ganhos financeiros.
• O aumento do crédito agrícola foi também,
em boa medida, canalizado para a aquisição de terras,
reforçando a forte concentração fundiária já existente.
23
fim da Conta de Movimento
• O ônus desse sistema era absorvido, diretamente,
pelo Governo Federal, através do financiamento monetário dessas operações.
• Nesse período, o Tesouro Nacional chegou a responder por quase 2/3 das fontes de recursos do SNCR –
precisamente, 64,9%, em 1986.
• A partir de 1986, com
1. o fim da Conta de Movimento,
2. a introdução de correção monetária e 3. a criação da poupança rural,
houve redução na demanda por esse tipo de crédito,
associada à mudança nas fontes de recursos.
24
Queda do crédito agrícola nos últimos 20 anos
• O volume de recursos liberado para o setor agrícola no Brasil caiu à metade entre 1986 e 2004.
• Em cifras padronizadas aos valores reais de 2004,
o crédito rural passou de R$ 81,4 bi para R$ 40,4 bilhões, contração de 49,7%, revela estudo do BNDES.
• Contraditoriamente, o PIB do setor agrícola cresceu, nas duas últimas décadas, 3,6% ao ano, acima do
crescimento econômico total, que ficou em apenas 2,1% ao ano.
• Basicamente, houve mudança na estrutura do crédito, que deixou de ser subsídio usado por ruralistas
para especular com terras e no mercado financeiro,
para se destinar de fato à produção agrícola.
25
Crédito rural e PIB agrícola
1969-2005
26
nova transformação do SNCR
• Após atingir seu valor real mais baixo em 1996, o crédito rural voltou a apresentar
trajetória de crescimento, desta vez, porém,
associada ao crescimento da produção agrícola.
• Na fase atual, a principal fonte deriva dos
recursos provenientes do crédito direcionado:
1. aplicações obrigatórias dos bancos comerciais, 2. fundos parafiscais (FAT, Fundos Constitucionais) e 3. BNDES.
• É de se destacar o papel crescente do BNDES
no crédito rural, possibilitando forte aumento da
produtividade agrícola com seus financiamentos à
compra de máquinas e equipamentos agrícolas.
27
Financiamento a produtores rurais por fontes de recursos
em anos selecionados
28
experiência recente do
financiamento agrícola brasileiro
• Segundo os “ desenvolvimentistas ” , essa experiência recente mostra a relevância que os instrumentos de crédito direcionado têm em economias em desenvolvimento, como a brasileira.
• A despeito das transformações ‘ produtivistas ’ ocorridas na economia rural nos últimos anos, os bancos privados ainda se mostram reticentes a financiar, voluntariamente, o setor.
• Por esse motivo, respondem pela quase totalidade do financiamento da atividade corrente e de investimento do setor rural:
1. os mecanismos parafiscais, 2. os bancos públicos e
3. os recursos de aplicação compulsória
dos bancos comerciais.
29
recorrentes demandas de renegociação das dívidas dos agricultores
• Planos de estabilização inflacionária: correções
das dívidas dos produtores rurais e dos preços agrícolas
por indexadores distintos levou-os à fragilidade financeira.
• Plano Real: houve descasamento e mais dívida escritural:
1. as dívidas foram corrigidas pela TR e quase dobraram em um ano, enquanto 2. os preços agrícolas foram controlados, em nome do combate à inflação ( “ ancora verde do Real ” ).
• A essas crises se somaram:
1. a abertura comercial plena, que expôs
os produtos agrícolas, deixando-os sem nenhuma proteção contra os concorrentes subsidiados dos países ricos;
2. a própria estabilização interna da moeda,
exigindo muito mais eficiência na gestão rural.
30
reconhecimento de dívidas
• A partir de 1999, com o regime de flexibilização cambial, o governo iniciou programa de renegociação
das dívidas agrícolas, reconhecendo que
elas eram, em grande parte, responsabilidade dos planos para acabar com a inflação.
• Houve aumento na capitalização,
inclusive com programas governamentais como:
1. a oferta de mais recursos para crédito de custeio com taxas prefixadas;
2. a criação do Moderfrota, crédito especial para
investimentos em máquinas, tratores, colhedeiras e equipamentos mecanizados;
3. o câmbio favorável;
4. os bons preços internacionais.
31
reversão de expectativas
• O resultado foi excelente: de 1998 a 2007, a área plantada com grãos aumentou 25%
enquanto a produção cresceu 59%.
• Todos produtores rurais passaram a comprar a crédito, inclusive com a sinalização dos juros básicos em queda, entre junho de 2003 e setembro de 2004.
• De repente, houve a reversão de expectativas:
1. os preços começaram a despencar, 2. veio uma seca brutal,
3. apareceu a aftosa,
4. os mercados se fecharam,
5. o câmbio tirou 30% da renda rural em quatro anos.
32
renegociação
• Sem renda,
as dívidas ficaram insolúveis e,
a partir de então,
os produtores não viam outra saída:
só mesmo outra renegociação.
• Para evitar essa renegociação,
no futuro, é preciso implementar
política de renda,
de orçamento e/ou
de seguros?
33
risco agrícola
• A atividade agropecuária é
diferente da realizada em outros setores, em função dos riscos envolvidos,
pois trabalha com produtos biológicos.
• Além disso, ela exige ciclos de produção relativamente mais longos.
• São períodos de safras e entressafras
em que se sujeita à volatilidade do clima
e dos preços de mercado.
34
seguro rural
• Em todo o mundo, o seguro rural é um dos mais importantes instrumentos de política agrícola.
• O produtor protege-se contra perdas decorrentes, principalmente, de fenômenos climáticos adversos.
• Surpreende até que a excelência do estado atual do agronegócio brasileiro tenha sido alcançada,
praticamente, sem adoção desse tipo de seguro.
35
subsídio agrícola no Brasil
• O subsídio agrícola no Brasil é relativamente diminuto face às experiências de outros países, sendo apenas equivalente de 3 a 4%
da renda agrícola.
• Nos Estados Unidos, atinge 18%.
• Na Europa, chega a 34% dessa renda.
36
subsídio no crédito agrícola
• No Brasil, o subsídio está, basicamente, no crédito agrícola.
• Este possui taxa de juros não só
abaixo da taxa de referência do mercado de dinheiro, como também chega a ser
inferior às variações do índice geral de preços.
• Dessa forma, há a tradição histórica dos produtores adotarem a “ regra do terço ” em seus financiamentos:
– 1/3 com recursos próprios, – 1/3 em crédito comercial
dos fornecedores de insumos e maquinarias e
– 1/3 em crédito bancário.
37
política preventiva
• A adoção de política preventiva,
seja via seguro rural, seja via instrumentos de hedge no mercado de derivativos, seria o caminho.
• Em dezembro de 2003, foi implantada nova legislação referente a esse seguro,
cujo objetivo principal é garantir 70% da renda em caso de sinistro climático.
• O Banco do Brasil já condiciona
o financiamento de custeio à aquisição do seguro.
38
subsídio do prêmio de seguro
• Na Itália, Austrália, Canadá e Estados Unidos, por exemplo, o Estado chega a subsidiar até 90%
do prêmio do seguro.
• O governo brasileiro pretende adotar mecanismos capazes de assegurar a convergência entre:
– o valor do prêmio que o produtor pode pagar e – o que a seguradora julga economicamente viável.
• Estimava-se o governo federal entrar com 50%
e o estadual com 25% do valor.
39
transição histórica
• Logo, os riscos climáticos e sanitários seriam mitigados com o seguro rural e
os riscos de mercado, com o mercado formal de derivativos agropecuários em operações de hedge.
• As transações com derivativos envolveriam
instrumentos contratuais de venda antecipada e proteção contra variações cambiais.
• Tratar-se-ia de transição histórica:
da economia de endividamento, via BB,
para economia de mercado de capitais,
via seguradoras ou BM&F.
40
exigências da proteção
• Entretanto, proteger contra riscos futuros custa caro, exige:
1. profissionalização, 2. formalização,
3. normatização,
4. cumprimento das regras contratuais, 5. banco de dados acessível e confiável.
• Exige até mudança cultural nos produtores rurais brasileiros: no período de “ vacas gordas ”
(com bons preços) fazer a capitalização necessária
para suportar o “ período de vacas magras ” .
41
subsídio agrícola único
• Isto porque, nesse cenário futuro,
o subsídio ao prêmio de seguro deverá ser
o único subsídio público para a agropecuária no Brasil.
• Os benefícios futuros
– da maior credibilidade de contratos e – dos menores gastos públicos
• superarão os custos atuais com as periódicas
– equalizações de juros do crédito rural oficial, – securitizações e
– renegociações da dívida rural.
Fonte: Fernanda Feil e Andrej Slivnik. CEF e BB: Evolução Patrimonial Recente.
Associação Brasileira de Desenvolvimento – ABDE. XXII ENEP, junho 2017.
Fonte: Fernanda Feil e Andrej Slivnik. CEF e BB: Evolução Patrimonial Recente.
Associação Brasileira de Desenvolvimento – ABDE. XXII ENEP, junho 2017.
0 100 200 300 400 500 600 700
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
R$ Bilhões
Gráfico 14 - Saldo de Operações de crédito - Banco do Brasil
Emp. e Tit. Descontados Financiamentos Fin. Rurais e Agroindustriais
Fin. Imob Fin. de Infra e Desenv Fin. de TVM
Fonte: BCB
Fonte: Fernanda Feil e Andrej Slivnik. CEF e BB: Evolução Patrimonial Recente.
Associação Brasileira de Desenvolvimento – ABDE. XXII ENEP, junho 2017.
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Gráfico 15 - Operações de Crédito, por nível de risco - Banco do Brasil
AA A B a D E a H
Fonte: BCB
%
Fonte: Fernanda Feil e Andrej Slivnik. CEF e BB: Evolução Patrimonial Recente.
Associação Brasileira de Desenvolvimento – ABDE. XXII ENEP, junho 2017.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Gráfico 16 - Composição dos depositos - Banco do Brasil
OUTROS DEPOSITOS DEPOSITOS EM MOEDAS ESTRANGEIRAS
OBRIGACOES P/DEPOS ESPEC E DE FUNDOS E PROGRAMAS DEPOSITOS INTERFINANCEIROS
DEPOSITOS A VISTA DEPOSITOS DE POUPANCA
DEPOSITOS A PRAZO Fonte: BCB
%
Fonte: Fernanda Feil e Andrej Slivnik. CEF e BB: Evolução Patrimonial Recente.
Associação Brasileira de Desenvolvimento – ABDE. XXII ENEP, junho 2017.
0 10 20 30 40 50 60
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Gráfico 17 – Participação dos depósitos no Passivo Exigível, por modalidade - Banco do Brasil
OBRIGACOES P/DEPOS ESPEC E DE FUNDOS E PROGRAMAS DEPOSITOS A PRAZO DEPOSITOS INTERFINANCEIROS DEPOSITOS DE POUPANCA DEPOSITOS A VISTA
Fonte: BCB
%
Fonte: Fernanda Feil e Andrej Slivnik. CEF e BB: Evolução Patrimonial Recente.
Associação Brasileira de Desenvolvimento – ABDE. XXII ENEP, junho 2017.
0 5 10 15 20 25 30 35
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Gráfico 18 – Participação dos depósitos a prazo no Passivo Exigível, por tipo - Banco do Brasil
Moeda Nacional Judiciais
Moedas estrangeiras Depósitos a prazo de reaplicação automática
Outros Obrigações por depósitos especiais e de fundos e programas
Fonte: Relatórios De Administração - Banco do Brasil (2001 a 2015)
%
Fonte: Fernanda Feil e Andrej Slivnik. CEF e BB: Evolução Patrimonial Recente.
Associação Brasileira de Desenvolvimento – ABDE. XXII ENEP, junho 2017.
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5
0 5 10 15 20 25
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
R$ Milhões de dez/2015
Gráfico 19 – Recursos do FCO e participação no total do passivo exigível - Banco do Brasil
Recursos do FCO - IPCA Participação do FCO no Passivo Exigível
Fonte: Relatórios De Administração - Banco do Brasil (2003 a 2015). Valores inflacionados pelo IPCA
%
Fonte: Fernanda Feil e Andrej Slivnik. CEF e BB: Evolução Patrimonial Recente.
Associação Brasileira de Desenvolvimento – ABDE. XXII ENEP, junho 2017.
0 2 4 6 8 10 12 14
2010 2011 2012 2013 2014 2015
Gráfico 20 - Participação dos Recursos Aceites Cambiais, Letras imobiliárias e Hipotecárias, Debentures e Similares no
Passivo Exigível, por tipo - Banco do Brasil
Letras de Crédito do Agronegócio Letras de Crédito Imobiliário
Letras Financeiras Captação por certificados de operações estruturadas
Fonte: Relatórios De Administração - Banco do Brasil (2011 a 2015) e BCB
%
Fonte: Fernanda Feil e Andrej Slivnik. CEF e BB: Evolução Patrimonial Recente.
Associação Brasileira de Desenvolvimento – ABDE. XXII ENEP, junho 2017.
0 1 2 3 4 5 6 7 8
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Gráfico 21 - Participação do Repasse de Instituições Oficiais, no total do Passivo Exigível, por instituição - Banco do Brasil
BNDES FINAME CEF Tesouro Nacional Outras instituições
Fonte: Relatórios De Administração - Banco do Brasil (2001 a 2015)
%