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RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO

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Academic year: 2019

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RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO

UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA

Faculdade de Ciências Médicas

Liliana Mendonça da Silva

Nº 2009440 – 6º ano – turma 4

Mestrado Integrado em Medicina

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ÍNDICE

1. Introdução

1

2. Actividades Desenvolvidas

1

2.1 Estágio Parcelar de Cirurgia

2

2.2 Estágio Parcelar de Medicina Interna

2

2.3 Estágio Parcelar de Ginecologia e Obstetrícia

3

2.4 Estágio Parcelar de Saúde Mental

4

2.5 Estágio Parcelar de Medicina Geral e Familiar

5

2.6 Estágio Parcelar de Pediatria

6

2.7 Outras Actividades

6

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  1  

1. Introdução

Este relatório pretende descrever, de forma sucinta e crítica, o conjunto de actividades realizadas durante o estágio clínico profissionalizante, que corresponde ao 6º ano do Mestrado Integrado em Medicina (MIM), da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa (FCM – UNL), cuja duração total foi de 34 semanas, com início no dia 16 de Setembro de 2013 e término no dia 6 de Junho de 2014.

O relatório encontra-se organizado em três secções: introdução (com descrição da estrutura do relatório e objectivos gerais preconizados para o estágio clínico do 6º ano); corpo do trabalho (com uma revisão das actividades desenvolvidas em cada estágio parcelar e, ainda, uma referência a outras actividades curriculares e extra-curriculares); e reflexão crítica final (com o balanço dos objectivos propostos e atingidos, bem como a crítica construtiva aos aspectos positivos e negativos, face às minhas necessidades e expectativas).

O grande objectivo do 6º ano é, de facto, preparar-nos para o exercício profissional dessa arte “mui nobre” que é a Medicina. Pelo que, propus-me a: consolidar a componente teórica previamente adquirida, não esquecendo as particularidades de cada especialidade do estágio, no que diz respeito à anamnese, raciocínio clínico que orienta a formulação de hipóteses diagnósticas e tomada de decisões clínicas; trabalhar a relação médico-doente, pilar da nossa actuação; abordar o doente como um todo e em todas as fases da vida, procurando atender às suas necessidades, abrangendo desde a promoção da saúde e prevenção da doença até ao diagnóstico, tratamento e acompanhamento de situações agudas e/ou crónicas; e adquirir competências e autonomia na prática de gestos semiológicos e terapêuticos inerentes à profissão médica (que serão especificados em cada um dos estágios parcelares).

2. Actividades Desenvolvidas

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2.1 Estágio Parcelar de Cirurgia

O estágio parcelar de Cirurgia decorreu no serviço de Cirurgia Geral do Hospital Beatriz Ângelo, dirigido pelo Professor Doutor Rui Maio, entre os dias 16 de Setembro e 8 de Novembro de 2013, sob regência do mesmo e orientação da Dra. Rita Garrido. Durante as primeiras seis semanas acompanhei a minha tutora nas actividades diárias, que englobaram: o Bloco Operatório (BO), onde adquiri novas competências como anestesia local, excisão de quistos sebáceos e lipomas e sutura de ferida cirúrgica simples; a Enfermaria, onde me foi dada autonomia no seguimento pós-cirúrgico de alguns doentes, auxiliando a minha tutora na elaboração dos diários clínicos; o Serviço de Urgência (SU), que permitiu treinar a colheita de história clínica e exame objectivo dirigidos; a Consulta Externa de Cirurgia Geral, com destaque para avaliação de hérnias inguinais e umbilicais e realização de toque rectal. Nas duas últimas semanas acompanhei a Dra. Sara Ramos, da Anestesiologia, desde o BO onde realço o privilégio de me ter permitido realizar entubação oro-traqueal e naso-gástrica, ao SU com observação de várias técnicas de bloqueio.

Em termos formativos, assisti aos Seminários teóricos e teórico-práticos estipulados, ao longo das duas primeiras semanas de estágio e no último dia de estágio apresentei, juntamente com duas colegas, uma comunicação sobre “Carcinoma gástrico – o inimigo escondido”, no Mini-Congresso de Cirurgia para os alunos. Ainda, durante este estágio, participei no congresso “iMed 5.0”, organizado pela Associação de Estudantes da FCM – UNL.

2.2 Estágio Parcelar de Medicina Interna

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  3  

patologia, como também condições psicossociais, avaliando-os diariamente com registo em diário clínico, o que me permitiu desenvolver um método de trabalho contínuo e ganhar confiança na minha actuação, sobretudo em determinados aspectos, como na colheita da história clínica, realização de exame objectivo e procedimentos técnicos, como punções venosas e arteriais, discussão das hipóteses diagnósticas e adaptação do esquema terapêutico, face às co-morbilidades do doente e ocorrências diárias. Destaco também a possibilidade de desenvolver competências a nível da relação médico-doente e das relações de cooperação entre os diferentes profissionais de Saúde. Através do Dr. Augusto Ribeirinho conheci a Unidade de Neurocríticos do Hospital de São José do CHLC, no contexto do SU, observando alguns casos e dispositivos/técnicas muito particulares. Assisti às Sessões Clínicas do serviço (2ª e 3ª feiras), que versavam alternativamente sobre técnicas/exames ou doenças auto-imunes e apresentei dois temas: “Normas de utilização de antibióticos” e “Diagnóstico diferencial de coma”, para os colegas, tendo sido o primeiro também apresentado no contexto das Sessões Clínicas do serviço. Os Seminários (4ª feiras), organizados pelo Prof. Doutor Pedro Póvoa foram extremamente úteis pela sua componente prática.

2.3 Estágio Parcelar de Ginecologia e Obstetrícia

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acompanhamento do Dr. Gonçalo Dias na observação de doentes em contexto de Consulta de Diagnóstico Pré-Natal, Consulta de Referenciação por Patologia Materno-Fetal e Consulta de Referência a partir da 36ª semana de gestação, e da Dra. Fernanda Matos na Consulta de Grávidas com Doenças Auto-imunes e Hipertensão Arterial, que reforçaram a importância da vigilância da gravidez e reconhecimento das indicações para a sua referenciação hospitalar. Para além disso, assisti a várias Ecografias Obstétricas e, pontualmente, a amniocénteses e biópsia de vilosidades coriónicas, pela Dra. Ana Paula Ferreira, bem como pude realizar o exame objectivo sumário das puérperas, no Internamento de Obstetrícia. Ao longo do estágio integrei a equipa de Urgência dos meus tutores, tendo observado diversas situações agudas (obstétricas e ginecológicas) e ecografias urgentes. Assisti também a vários partos, eutócicos e distócicos. No término do estágio, apresentei um artigo de revisão acerca da “Antibioterapia Profilática no Parto” da American Journal of Obstetrics and Gynecology, elaborado juntamente com um colega.

2.4 Estágio Parcelar de Saúde Mental

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termos de patologia psiquiátrica, como também em termos de idade, diferenciação e experiências de vida. Acompanhei os meus tutores no SU (Urgência Metropolitana de Lisboa e Hospital São Francisco Xavier do CHLO), onde fui confrontada com variadíssimas situações, desde síndromes confusionais agudos a doentes psiquiátricos crónicos com descompensações, que obrigam à prática duma entrevista clínica focada, em que a comunicação nem sempre é fácil, procurando estabelecer o diagnóstico agudo e tratá-lo, quer farmacologicamente, quer psicologicamente através dum discurso incisivo, encaminhando para o acompanhamento em ambulatório ou decidindo pelo internamento. Na última semana de estágio apresentei, juntamente com o meu colega de grupo, um artigo original intitulado “Effectiveness and costs of acute day hospital treatment compared with conventional in-patient care”, do British Journal of Psychiatry.

2.5 Estágio Parcelar de Medicina Geral e Familiar

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prevenção ou diagnóstico e tratamento, para o qual é fundamental o seu envolvimento, com toda a sua dimensão familiar e social. Foi ainda interessante constatar as especificidades de abordagem duma população mais rural versus urbana.

2.6 Estágio Parcelar de Pediatria

O estágio parcelar de Pediatria decorreu na Unidade Funcional de Pediatria e Neonatologia do Hospital Cuf Descobertas, dirigido pela Prof. Doutora Ana Serrão Neto, entre os dias 28 de Abril e 23 de Maio de 2014, sob regência do Prof. Doutor Luís Varandas e orientação da Dra. Helena Neves. As actividades desenvolvidas decorreram na Enfermaria, onde fui totalmente integrada na equipa médica, com autonomia para a realização de algumas tarefas, tendo elaborado uma história clínica sobre “Meningite”; Atendimento Permanente/Urgência, onde fui confrontada com a diversidade de apresentações clínicas das doenças e sujeita à dificuldade de discernir o sintoma/sinal major da criança, ao mesmo tempo que temos de tranquilizar e guiar os pais, para que o exame objectivo fosse feito de forma concisa e rápida, tendo adquirido competências na prescrição terapêutica e recomendações gerais; Unidade de Neonatologia, que me permitiu fazer de forma sistemática o exame objectivo dos recém-nascidos; Consultas Externas de Pediatria Médica, Ortopedia e Cirurgia Pediátricas; e Aula de Cardiologia Pediátrica. Durante as quatro semanas decorreram três sessões clínicas, das quais destaco a sessão sobre “Doenças do Comportamento Alimentar”, pela Dra. Dulce Bouça, e na última semana apresentei, juntamente com uma colega, um trabalho intitulado “Intoxicação Alcoólica Aguda em Adolescentes e Jovens” (baseado na Norma de Orientação Clínica da Direcção Geral de Saúde número 035/2012, de 30/12/2012).

2.7 Outras Actividades

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grande casuística, desde cancro da mama, uro-genital, colo-rectal, sarcomas e melanomas, e familiarizar-me com os principais protocolos de quimioterapia e de produtos biológicos, em função do estadio da doença e resposta do doente.

Relativamente a actividades extra-curriculares, desenvolvo desde o 1º ano do MIM actividades de investigação pré-clínica em murganhos na área da angiogénese tumoral, na Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Lisboa, estando actualmente a frequentar o programa doutoral em Ciências Veterinárias, Especialidade Ciências Biológias e Biomédicas.

3. Reflexão Crítica Final

Depois da reforma curricular do ensino médico em 1992 e Processo de Bologna em 1999, em articulação posterior com o Projecto Tunning, o estágio profissionalizante do 6º do MIM assumiu-se como um elemento crucial na formação pós-graduada, já que permitiu uma uniformização da formação médica, actualmente assente num modelo educacional de objectivos orientados para as necessidades da prática clínica, com integração nas equipas médicas, procurando dominar valências gerais nas especialidades citadas neste relatório, desafiando à autonomia e responsabilidade, e estimulando à investigação e comunicação científica.

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internos e a discussão dos quadros clínicos com o assistente foi extraordinariamente motivador. A confiança depositada pela Dra. Helena Febra, em Medicina Geral e Familiar, na minha capacidade de observação dos doentes, ou o excelente trabalho multi-disciplinar que se faz no Hospital de Dia de Psiquiatria do HEM – CHLO foram agradáveis descobertas. Mas não posso esquecer o papel primordial do SU, já que, é aí que somos verdadeiramente confrontados com as nossas limitações, mas também astúcia na colheita duma história clínica e exame objectivo concisos, ponderando os prováveis diagnósticos diferenciais e agindo em conformidade na solicitação de exames complementares de diagnóstico e decisão terapêutica, com vista à estabilização do doente. Devo ainda congratular os Professores Doutores Rui Maio, Pedro Póvoa, António Castro e Miguel Xavier pela organização e qualidade pedagógica dos Seminários e Sessões Clínicas. Por outro lado, o desafio à realização de trabalhos de revisão e de artigos originais, em praticamente todos os estágios, foi extremamente enriquecedor, quer em termos de conhecimento, quer em termos de treino na exposição científica.

As unidades curriculares integradora e opcional, apesar de não constituírem uma componente do estágio profissionalizante, foram muito úteis. A primeira, na compreensão da necessidade de integração dos conhecimentos das várias especialidades quando abordamos um caso clínico. A segunda, na articulação dos conhecimentos adquiridos em biologia molecular do cancro com a fisiopatologia e clínica do doente, bem como, a sensatez na abordagem destes doentes e ética inerente aos ensaios clínicos. Em termos de aspectos menos positivos, tenho apenas a apontar o carácter ainda tendencialmente observacional de alguns estágios parcelares, o que implica uma melhor definição e comunicação entre as entidades do estatuto do aluno de 6º ano.

Referências

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