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PREVALÊNCIA DE MORTALIDADE POR QUEDAS EM IDOSOS NA REGIÃO NORDESTE

DO BRASIL

Marilia de Andrade Fonseca*

RESUMO

O avanço da proporção de idosos na população brasileira traz à tona a discussão a respeito de eventos incapacitantes nessa faixa etária, entre eles ocorrência de quedas. Diante disso, o objetivo deste estudo foi verificar a tendência da mortalidade por queda em idosos na região Nordeste do Brasil, entre o período de 2000 a 2015. Trata-se de um estudo ecológico de séries temporais, realizado por meio do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), da base de dados do DATASUS/Ministério da Saúde. Foram inclusos idosos com faixa etária superior a 60 anos, residentes da Região Nordeste e classificado nos códigos do Capítulo XX (Causas externas de morbidade e de mortalidade) da CID10, de acordo com a codificação de quedas (W00 a W19). E exclusos os casos de óbitos que não se enquadravam nos critérios de inclusão. Verificou-se que na Região Nordeste, durante o período analisado, os coeficientes de mortalidade por quedas mantiveram-se crescente, com coeficiente bruto ultrapassando 27 óbitos por 100.000 habitantes. O grupo etário de 80 anos ou mais, apresentou coeficientes, tanto bruto quanto ajustado, com maiores ascensões. Ações de políticas públicas de prevenção de quedas e o cumprimento de compromissos estabelecidos nas políticas de saúde nacionais direcionadas aos idosos tornam-se necessárias para a minimizar a ocorrência de quedas, principalmente no grupo etário de 80 anos ou mais.

Docente adjunta da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Fisioterapeuta graduada pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia- UESB. Doutora em Medicina e Saúde Humana pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Mestrado em Ciência da Motricidade Humana pela Universidade Castelo Branco (RJ), Especialização em Fisioterapia Pneumofuncional pela Universidade Castelo Branco (RJ)

Palavras chave: acidentes por quedas; mortalidade; idoso.

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Prevalência de mortalidade por quedas em idosos na região nordeste do brasil

1 INTRODUÇÃO

O envelhecimento

populacional configura-se como um fenômeno crescente e mundial. Indicadores da Organização Mundial de Saúde (OMS) informam que o Brasil em 2025 será o sexto país do mundo em número de idosos, totalizando 30 milhões de pessoas. A qualidade de vida dos idosos tem relação direta com a capacidade adaptativa, vivida nas dimensões emocionais, cognitivas e comportamentais. Estas adaptações norteiam a capacidade da pessoa idosa de entender e lidar com as mudanças fisiológicas inerentes do processo de senescência. (MOCHIZUK et al., 2009). A capacidade funcional sofre influência de fatores intrínsecos e extrínsecos, podendo ser ambientais, físicos, emocionais e culturais, interferindo na funcionalidade do indivíduo. Nesta perspectiva, a ocorrência de quedas em idosos estão entre os maiores e mais importantes fatores de incapacidade funcional. Segundo o Ministério da Saúde cerca de 30% dos idosos caem pelo menos uma vez por ano, impactando diretamente na qualidade de vida do idoso. (KAWASAKI; DIOGO, 2016).

Estes eventos têm impacto direto na mortalidade de pessoas

idosas. Segundo dados preliminares do Departamento de Informática do SUS (DATASUS), no ano de 2008 no Brasil, ocorreram 5.142 mortes de pessoas com 60 anos ou mais, cerca de 25,3% em decorrência de quedas, ocupando o segundo lugar na mortalidade de idosos por causas externas, (OLIVEIRA, et al., 2014).

Desta forma, compreender que o estudo da mortalidade por quedas, configura-se numa problemática social e de saúde pública, diante dos prejuízos multifacetados decorrentes do evento queda. O monitoramento da mortalidade na população idosa da Região Nordeste, é de extrema relevância para o aprofundamento desta temática, uma vez que estudos epidemiológicos sobre condições e determinantes da saúde das diversas populações são fundamentais para subsidiar políticas públicas de saúde.

Diante do exposto, o presente estudo objetiva verificar a tendência da mortalidade por quedas em idosos na região Nordeste do Brasil, entre o período de 2000 a 2010.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

Estudo ecológico de séries temporais. Tipo de estudo definido como uma sequência de dados obtidos

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Marilia de Andrade Fonseca

em intervalos regulares de tempo durante um período específico (SILVA, GUIMARÃES; TAVARES, 2008). O local de estudo foi a Região Nordeste. Território formado por nove estados litorâneos, que ocupa uma área de 1.554.291.607 km2, o equivalente a 18,27% do território brasileiro, com população residente de 53.081.950 habitantes, segundo dados do Censo Demográfico de 2010.

Estiveram inclusos ao presente estudo, os casos de óbitos em idosos com 60 anos de idade ou mais, residentes na Região Nordeste e inteirados na 10ª revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-10), entre os códigos W00 a W19 (Quedas) do capítulo XX (Causas externas de morbidade e de mortalidade). E, excluídos aqueles que não se enquadravam nos critérios antecedentes.

Referente as variáveis estudadas, as variáveis dependentes foram óbitos por quedas residentes na Região Nordeste e faixa etária e as variáveis independentes foram o ano de ocorrência dos óbitos e sexo. Como fonte de dados foram utilizados o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), da base de dados do DATASUS/Ministério da Saúde, visando a obtenção dos dados sobre os

óbitos e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para a quantificação populacional, anualmente.

A mensuração tanto de óbito quanto de população residente, foram exportados para o Microsoft Excel® 2003, após, foram calculados os coeficientes anuais de mortalidade específicas por quedas, brutas e ajustadas, para estimar as tendências de mortalidade. Os coeficientes de mortalidade específicos por quedas foram calculados utilizando-se o número de óbitos por queda entre idosos da área de interesse no ano específico, dividido pela população total com 60 anos ou mais, na mesma área e ano, multiplicado por 100.000. Também foram calculadas as taxas específicas de mortalidade por quedas para as faixas etárias de 60 a 69 anos, 70 a 79 anos e 80 ou mais anos de idade.

Em seguida, as taxas específicas de mortalidade por quedas foram padronizadas por idade pelo método direto, no qual se utilizou a população padrão mundial de 2000 como referência. As taxas ajustadas por idade calculadas foram usadas na análise da tendência da mortalidade para Região Nordeste, por meio da estimativa de modelos de regressão.

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Prevalência de mortalidade por quedas em idosos na região nordeste do brasil

Para suavizar a série histórica, em função da oscilação dos pontos, proveniente do pequeno número de casos em determinados estratos, foi calculada a média móvel centrada em cinco termos. Desta forma, a série temporal apresentada consta dos anos de 2002 a 2013, ainda que utilize dados 2000 a 2015.

Foi utilizado o programa Joinpoint, versão 3.5.4, para o cálculo da variação anual da mortalidade no período de 2000 a 2015. O uso do método Joinpoint permite a descrição das tendências, identifica as mudanças ocorridas no tempo e executa a regressão linear segmentada para estimar a variação anual percentual e identificar pontos em que há modificação da tendência (GOMES, 2016).

A partir da inclinação estimada para cada segmento de reta é calculada a variação anual em porcentagem e sua significância estatística, estimada pelo método dos mínimos quadrados por um modelo linear generalizado. Assim, assume-se que as taxas seguem uma distribuição de Poisson, e que a variação dessas é crescente ao longo do período

analisado. Para a coleta de dados, análise e divulgação dos resultados, não foi necessária aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa por se tratar de dados de domínio público.

3 RESULTADOS

No período de 2000 a 2015 foram notificados 11.292 casos de óbitos em idosos com 60 anos de idade ou mais, residentes na Região Nordeste. Deste total, 5.405 foram óbitos do sexo masculino (54,0%) e 5.887 do sexo feminino (56,0%). Os coeficientes de mortalidade por quedas, brutos e ajustados, encontram-se na Tabela 1. Esencontram-ses coeficientes apresentaram variações entre o período analisado (2002 a 2013). Notou-se que na Região Nordeste o coeficiente bruto superou 27 óbitos por quedas por 100.000 habitantes. As tendências destes coeficientes, sem estratificação por grupos etários, apresentaram elevações entre os períodos, visto que na Região Nordeste ocorreram três variações de tendência. (Tabela 1).

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Tabela 1. Coeficientes de mortalidade (CM) específicos por quedas em idosos* (por 100.000 habitantes) na Região Nordeste, BR.

Região Nordeste Anos 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Coeficiente Bruto 11,28 13,73 14,82 19,03 20,56 20,61 19,54 19,51 22,12 25,12 27,31 27,96 Coeficiente Ajustado 1,13 1,37 1,48 1,90 2,05 2,06 1,95 1,95 2,21 2,51 2,73 2,80 Fonte: SIM/DATASUS E IBGE.

Ao estratificar a população por grupos etários, averiguou-se que entre os idosos com 60 a 69 anos, a variação anual percentual do coeficiente de mortalidade por queda entre o período de 2002 a 2005 foi de 9,9% de óbitos por 100.000 habitantes, 2,2% de óbitos por 100.000 habitantes para os anos de 2005 a 2008 e 7,4% de óbitos por 100.000 habitantes entre os anos de 2008 a 2015. Entre os idosos com 70 a 79 anos, a variação anual percentual do coeficiente de mortalidade por queda

foi de 10,5% de óbitos por 100.000 mil habitantes, para os anos de 2002 a 2005, 1,9% de óbitos por 100.000 habitantes para 2005 a 2008 e 7,13% de óbitos por 100.000 habitantes para os anos de 2008 a 2013. Quanto aos idosos com 80 anos ou mais, a variação anual percentual do coeficiente de mortalidade por queda foi de 15,2% de óbitos por 100.000 habitantes entre os anos de 2002 a 2005, 5,7% entre 2005 a 2008 e 10,1% nos anos de 2008 a 2013 conforme Tabela 2.

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Prevalência de mortalidade por quedas em idosos na região nordeste do brasil

Tabela 2. Distribuição da variação anual percentual geral e por grupo etário, na Região Nordeste, BR. Período Variação Geral 2002-2005 2005-2008 2008-2013 60 a 69 anos 2002-2006 2006-2010 2010-2013 70 a 79 anos 2002-2005 2005-2008 2008-2013 80 anos ou mais 2002-2005 2005-2008 2008-2013 13,0* (11,8;14,2) 4,7* (4,0;5,4) 8,6* (7,5;9,8) 9,9* (7,3;12,6) 2,2 (-1,6;6,1) 7,4* (3,4;11,5) 10,5* (7,8;13,2) 1,9 (-3,0;7,0) 7,1* (6,0;8,3) 15,2* (13,5;16,9) 5,7* (4,8;6,7) 10,1* (8,5;11,7)

Fonte: SIM/DATASUS E IBGE.

*Valor de p< 0.05.

Apesar do avançar dos coeficientes no decorrer dos períodos, a variação durante o período total não foi significativa estatisticamente, visto que entre os períodos de 2005 a 2008 o valor de p foi superior a 0.05, sendo p=0.2 (Figura 1).

Figura 1. Variação anual do coeficiente de mortalidade por quedas da faixa etária de

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Ainda que os coeficientes ao longo dos períodos analisados, mantiveram-se em ascensão, a variação durante o período total não foi significativa estatisticamente, pois o valor de p foi superior a 0.05, sendo p=0.4. (Figura 2).

Figura 2. Variação anual do coeficiente de mortalidade por quedas da faixa etária de

70 a 79 anos, na Região Nordeste, BR.

A variação anual percentual do coeficiente de mortalidade por queda obteve acréscimo e foi significativo estatisticamente. Pois, o valor de p foi igual a 0.0 durante todo o período analisado. (Figura 3).

Figura 3. Variação anual do coeficiente de mortalidade por quedas da faixa etária de

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Ao serem analisados os coeficientes de mortalidade por quedas ajustados por 100.000 habitantes para cada grupo etário, é possível observar que os coeficientes aumentaram conforme o avançar da idade. (Figura 4).

Figura 4. Análise dos coeficientes de mortalidade por quedas, sem estratificação por

grupo etário, na Região Nordeste, BR.

4 DISCUSSÃO

O presente estudo verificou aumento do número no percentual de óbitos por queda na população de idosos nos anos estudados, e, consequentemente, nos coeficientes de mortalidade específicos por queda. Quanto aos coeficientes de mortalidade por queda estratificados por faixas etárias, pode-se comprovar que idosos mais velhos possuem maior chance de morrer vítima do evento queda.

Tal resultado corrobora a associação do avançar da idade, quando o envelhecimento se traduz em uma maior redução de força, potência e

massa muscular. Desta forma, agravando a incapacidade, afetando a funcionalidade e propiciando uma maior ocorrência de quedas. Freitas et al. (2008). Segundo Siqueira (2007), o processo de envelhecimento acarreta alterações estruturais e funcionais que se acumulam de forma progressiva com o avançar da idade, comprometendo o desempenho de atividades motoras e contribuindo para a ocorrência de queda.

Estudo de Perracini e Ramos (2002), reforça o achado deste trabalho, confirmando através de seus resultados que os maiores coeficientes de mortalidade por quedas em idosos

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estão atribuídos a uma idade superior a 80 anos, mostrando que estes idosos são 14 vezes mais propensos a cair do que idosos com idade inferior.

Corroborando com o estudo de Rosa (2015) os mais elevados coeficientes de mortalidade por quedas também se mantém presentes em idosos com 80 anos ou mais. Averiguando em seu estudo 133% de mais chance de ocorrência de óbito para esta faixa etária em relação a de 60 a 69 anos. Como variáveis de risco para queda, detectou-se maior oscilação da marcha, fragilidade e incapacidade funcional.

Em contrapartida, em estudo realizado por Gonçalves et al., (2009), foi identificado que dentre as variáveis relacionadas ao cair, estavam presentes o gênero feminino, presença de doenças crônicas degenerativas, frequência de sintomas depressivos, problemas de audição e baixa qualidade de vida para o aspecto emocional.

Para Tinetti (2010), as doenças crônicas e as deficiências físicas presentes nos idosos, exemplo a doença cardíaca, a diabetes mellitus e a artrite, apresentam mecanismos biológicos que contribuem para a ocorrência de quedas. Esta autora também relata que o risco de queda

aumenta linearmente com o número de anormalidades existentes.

De acordo com Gazalle et al., (2004), entre os diversos transtornos cognitivos que afetam idosos, a depressão merece a atenção especial, uma vez que apresenta frequência elevada e consequências negativas na vida dos indivíduos acometidos. Considerado por um fator predisponente à queda bastante conhecido. Prata et al., (2011), analisaram em seu estudo que idosos com depressão tem 2,2 vezes mais probabilidade de caírem se comparados a idosos que não tem depressão.

Conforme os estudos de Deandrea et al. (2012) os fatores de risco mais associados a cair, foram história regressas de quedas, oscilações na marcha, uso de dispositivo de auxílio para caminhar, vertigem, doença de Parkinson e uso de antiepiléptico. Em geral, as quedas ocasionais foram atribuídas principalmente a fatores extrínsecos.

De acordo com Lima (2017), a atividade física diária e o exercício, principalmente no grupo etário de 80 anos ou mais, contribuem para a prevenção de quedas, pois um programa de exercícios que aumente a força, mantenha o peso corporal

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eficientes para a locomoção, e que também melhore o equilíbrio, pode diminuir o evento de quedas, principalmente neste grupo.

A descrição dos coeficientes de mortalidade por queda em idosos, referentes a alguns estudos aqui apresentados, revela a importância de novos modelos assistenciais capazes de melhorar a reflexão para a busca de estratégias de prevenção e detecção precoce para o tratamento das morbidades associadas à ocorrência de quedas.

5 CONCLUSÃO

Os coeficientes de mortalidade por quedas, mesmo não havendo tendência estatisticamente significante durante todo o período analisado, permanecem em ascensão entre os idosos residentes na Região Nordeste. Quanto maior a visão social de que os óbitos na velhice são inevitáveis, mesmo os ocorridos por causas externas, esforços para modificação deste cenário, na maioria dos eventos podem ser previsíveis e prevenidos.

É preciso exercer os compromissos estabelecidos nas políticas de saúde e outras políticas nacionais direcionadas aos idosos. Os estudos epidemiológicos acerca do

fator causal de mortalidade, queda, na população idosa devem ser estimulados e mais aprofundados a fim de desvelar o conhecimento nas diversas esferas que contemplam o estatuto do idoso, pois ainda são incipientes estudos com abordagens multifacetadas nas políticas nacionais do idoso, principalmente na Região Nordeste. Tal persistência, assim como a tendência crescente de mortes por quedas nos idosos acima de 80 anos sinalizam a carência e observância de políticas públicas de prevenção para quedas, voltadas para esta faixa etária em eminente ascensão.

Apesar de estudos indicarem a necessidade de adaptações das famílias, sociedade e Estado para ofertar segurança e qualidade de vida aos idosos, que aumentam em número e em proporção em todo o país, ainda assim, carece de estratégias para políticas públicas mais efetivas e planejadas, antes de chegarmos a números elevados e ascendentes de óbitos na população mais idosa. Isso permitirá intervenções concretas, capazes de promover a melhoraria da qualidade da assistência à saúde, em especial aos de 80 anos ou mais, aumentando a sobrevida e qualidade de vida desta população.

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Prevalência de mortalidade por quedas em idosos na região nordeste do brasil

PREVALENCE OF MORTALITY BY FALLS IN ELDERLY PEOPLE IN THE NORTHEAST REGION OF BRAZIL

ABSTRAC

The advancement of the proportion of the elderly in the Brazilian population brings to the fore the discussion about incapacitating events in this age group, among them occurrence of falls. Therefore, the objective of this study was to verify the trend of mortality due to falls in the elderly in the Northeast region of Brazil, between the period from 2000 to 2015. This is an ecological study of time series, carried out through the Information System on Mortality (SIM), from the DATASUS/Ministry of Health database. Elderly people aged over 60 years, resident in the Northeast Region and classified in the codes of Chapter XX (External causes of morbidity and mortality) of ICD10, in accordance with the coding of falls (W00 to W19). Excluding cases of deaths that did not fit the inclusion criteria. It was verified that in the Northeast Region, during the analyzed period, the mortality coefficients for falls remained increasing, with gross coefficient exceeding 27 deaths per 100,000 inhabitants. The age group of 80 years and older presented coefficients, both gross and adjusted, with higher ascensions. Public policy actions to prevent falls and the fulfillment of commitments established in national health policies directed to the elderly are necessary to minimize the occurrence of falls, especially in the age group of 80 years or more.

Keywords: fall accidents; mortality; old man.

Artigo recebido em 04/04/2018 e aceito para publicação em 04/04/2018.

REFERÊNCIAS

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