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Aula 00. Contabilidade Pública e Orçamento Teoria e Exercícios Analista esp. Administração Senado Aula 00 - Aula Demonstrativa Prof.

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Aula 00

Contabilidade Pública e Orçamento Aula Demonstrativa

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Olá amigo e amiga estudante!

Grande prazer em estarmos juntos nesta jornada de estudos para o concurso de Analista Legislativo especialidade Administração – Senado Federal.

Com esta aula demonstrativa você terá a oportunidade de conhecer melhor a metodologia de estudo e qualidade adotados pelo Ponto dos Concursos. E ainda, poderá se familiarizar com a didática do professor, com a forma de explicar e apresentar a matéria.

O nosso objetivo é fazer você alcançar sua meta: o sonho do cargo público.

Nas aulas constarão resumos, quadros demonstrativos, chamamentos para as principais pegadinhas de concurso, como também para os temas mais exigidos em provas.

Disponibilizaremos trechos de normas legais, para que você possa rever e memorizar tal conteúdo, como também questões recentes selecionadas das seguintes bancas examinadoras: FGV, FCC, CESPE/CEBRASPE e ESAF.

Dessa forma, você irá treinar e exercitar seus conhecimentos em uma quantidade suficiente de questões.

Assim, ao final de nossas notas de aula sempre haverá uma bateria de questões de concursos, cuidadosamente selecionadas e comentadas e, logo em seguida, disponibilizarei a mesma lista de exercícios sem resolução.

Esta segunda lista é feita para que o aluno, a seu critério, possa resolvê-las antes de ver o gabarito e ler os comentários correspondentes (caso queira testar seus conhecimentos).

Muito importante! Utilize o fórum para fazer perguntas e esclarecer dúvidas, quaisquer que sejam. Estamos aqui para auxiliá-lo a concretizar sua meta do desejado cargo público.

Animado com o nosso curso?! Mantenha-se motivado durante nossa jornada de estudos, pois a conquista de uma das vagas depende apenas de você.

Pois bem, eis minha apresentação resumida e obras publicadas.

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Marcio Ceccato

Bacharel em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Espírito Santo. Pós-Graduado em Gestão Industrial pela FDV/FINDES.

Desde o ano de 2009 ocupa o cargo de Analista Judiciário — especialidade Contabilidade — do TRT-17a Região (aprovado em 1º lugar no concurso), onde atualmente desempenha a função de Supervisor da Seção de Liquidação / Coordenadoria de Orçamento e Finanças, no acompanhamento e controle da execução da despesa e supervisão da fiscalização de contratos.

Membro da Comissão de Implantação das Normas Contábeis no âmbito do TRT-17a Região, equipe de estudo e introdução das novas regras de Contabilidade Pública, em virtude da convergência com as normas contábeis internacionais.

Atuou de 2004 a 2009 na Superintendência Regional do Departamento de Polícia Federal no Estado do Espírito Santo, no Núcleo de Planejamento do Setor de Administração e Logística Policial.

Na iniciativa privada trabalhou por dez anos na área de Finanças Corporativas. Professor em Orçamento e Contabilidade Pública pela Escola de Administração e Treinamento – Esafi e no Ponto dos Concursos – www.pontodosconcursos.com.br.

Obras publicadas

Manual Completo de Contabilidade Pública

Editora Impetus, 3ª edição (2015)

Revista e atualizada conforme 6ª ed. do MCASP/STN.

Contem 950 questões de concursos (CESPE, ESAF e FCC), todas resolvidas e comentadas.

Contabilidade Pública – Questões FCC

Série Questões – Editora Elsevier Campus, 1ª ed./2014.

340 questões resolvidas e comentadas, selecionadas e organizadas por tema.

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcio Ceccato 4 Administração Financeira e Orçamentária – Questões FCC

Série Questões – Editora Elsevier Campus, 1ª ed./2014.

320 questões resolvidas e comentadas, selecionadas e organizadas por tema.

Contabilidade Pública – Questões CESPE

Série Questões – Editora Elsevier Campus, 1ª ed./2014.

750 questões resolvidas e comentadas, selecionadas e organizadas por tema.

Administração Financeira e Orçamentária – Questões CESPE Série Questões – Editora Elsevier Campus, 1ª ed./2014.

700 questões resolvidas e comentadas, selecionadas e organizadas por tema.

O conteúdo e a forma com que temos elaborado nossas aulas têm sido mais do que suficientes para o candidato realizar ótimas provas. Portanto, estude todo o material fornecido com disciplina e dedicação e você certamente conquistará excelentes resultados.

Vamos condensar e detalhar um vasto material em nossas aulas, abordando e chamando sua atenção para os principais tópicos, de forma que você, amigo concursando, ao final do curso, esteja em perfeitas condições de disputar uma das vagas.

Forneceremos conteúdo atualizado, conforme as novas regras de Contabilidade Pública em vigor, em virtude da convergência com as noras internacionais, de acordo inclusive com as portarias e manuais da STN e outros instrumentos normativos do MPOG e CFC.

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Contabilidade Pública e Orçamento Público

Aula Conteúdo Programático

01

Contabilidade Pública: Conceito, Objeto, Objetivo, Regime e Campo de Aplicação.

Princípios de Contabilidade sob a Perspectiva do Setor Público.

A Nova Contabilidade Pública no Brasil. Aspectos Orçamentário, Patrimonial e Fiscal.

02

Orçamento Público: Conceito. Funções Fiscais. Princípios Orçamentários. Instrumentos de Planejamento Orçamentário: LOA, LDO e PPA.

Criação das Leis de Orçamento. Ciclo Orçamentário.

03

Receita: Conceito e Classificações.

Receita sob o enfoque Orçamentário e Patrimonial

Receita Intraorçamentária. Codificação da Natureza da Receita. Estágios da Receita. Fonte e destinação de recursos.

Deduções e restituição de receitas. Renúncia de Receita.

04

Despesa: Conceito e Classificações.

Despesa sob o enfoque Orçamentário e Patrimonial. Natureza da Despesa.

Classificação Institucional, Funcional e Estrutura Programática. Estágios da Despesa. Tipos de empenho.

Restos a Pagar. Despesas de exercícios anteriores.

05 Dívida Ativa.

Créditos Orçamentários Adicionais.

06 Regime de Adiantamento ou Suprimento de Fundos.

Conta Única.

07

Plano de Contas Aplicado ao Setor Público: conceito, estrutura, subsistemas contábeis e natureza da informação.

Contas contábeis: classificação e teoria das contas. Escrituração e lançamentos.

SIAFI: conceito, objetivos, principais documentos contábeis.

08 Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público.

Balanço Orçamentário.

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10 Balanço Patrimonial.

11 Variações Patrimoniais.

Demonstração das Variações Patrimoniais.

12 Notas Explicativas. Balancete. Consolidação das Contas Públicas.

13 Convênio e Contrato de Repasse

Luz e sorte em sua jornada! Bons estudos.

Prof. Marcio Ceccato

Estar decidido, acima de qualquer coisa, é o segredo do êxito.

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcio Ceccato 7 Tópicos da Aula

1. Despesa Pública – Conceito 8

2. Despesa sob o Enfoque Patrimonial 9

3. Despesa sob o Enfoque Orçamentário 10

4. Classificação Econômica da Despesa 12

4.1. Despesa Corrente 19

4.2. Despesa de Capital 23

5. Etapas de Execução da Despesa (Empenho, Liquidação e Pagamento) 29

6. Questões de Concursos Públicos

6.1. Questões de Concurso COM Resolução 6.2. Questões de Concurso SEM Resolução

38 38 47

Esta é uma aula demonstrativa. Nela constam apenas trechos e fragmentos de tópicos que veremos novamente, de forma detalhada, ao longo de nosso curso. Inclusive, por ser apenas demonstrativa, observo que disponibilizamos uma quantidade bastante reduzida de questões.

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1. Despesa Pública – Conceito

Para fins de Administração Financeira e Orçamentária, o Estado almeja a arrecadação de recursos financeiros para satisfação de seus objetivos de realização dos programas de governo. Assim, faz-se necessária a arrecadação de receitas para que possam ser executadas as despesas.

Despesa pública é o dispêndio realizado pelo ente estatal para a concretização das ações governamentais e prestação de serviços à população.

Perspectiva das Ciências Contábeis

O Conselho Federal de Contabilidade define “despesa” no item 4.25 da Resolução CFC no 1.374/2011 (NBC TG Estrutura Conceitual):

Despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma da saída de recursos ou da redução de ativos ou assunção de passivos, que resultam em decréscimo do patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com distribuições aos detentores dos instrumentos patrimoniais.

Somente ocorre despesa sob a ótica contábil, para fins de estudo do patrimônio, quando o fato administrativo acarreta decréscimo no patrimônio líquido, excluídos os eventuais decréscimos que estejam relacionados com as distribuições aos “detentores dos instrumentos patrimoniais”, ou seja, operações, tais como, distribuição de lucros ou dividendos aos proprietários ou acionistas da entidade.

Registros efetuados pela Contabilidade Pública

A Contabilidade Pública analisa não apenas o seu objeto, o patrimônio público, mas se constitui também em uma imprescindível ferramenta para fins de acompanhamento e controle da execução do orçamento (Lei Orçamentária Anual – LOA), conforme previsto na legislação brasileira.

Diante dessa atribuição mais abrangente em relação à contabilidade privada, considerando que irá prestar informações não apenas sob o enfoque patrimonial, mas também sob o enfoque orçamentário, a Contabilidade Pública necessita classificar e registrar os fatos administrativos de forma específica e diferenciada.

Assim, considerando as análises variadas que poderão ser alcançadas com os dados registrados e informações prestadas, e ainda, o rigoroso controle necessário sobre o erário, a Contabilidade Pública irá classificar e denominar

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de “despesa” em seus registros quaisquer desembolsos financeiros, independente se modifique negativamente o patrimônio líquido.

Exemplo: Compra à vista de um imóvel por R$ 800 mil:

• Para a contabilidade privada essa compra não gerou despesa, pois não acarretou qualquer decréscimo no saldo patrimonial. Saiu R$ 800 mil de disponibilidades no ativo e ingressou o mesmo valor em imóveis, também no ativo. Trata-se de um fato permutativo.

• Para a Contabilidade Pública os R$ 800 mil de recursos financeiros que saem do patrimônio público são denominados de despesa pública. É uma despesa orçamentária de capital.

Observa-se que, apesar de a Contabilidade Pública classificar os R$ 800 mil de recursos financeiros que saem como despesas públicas, há o registro concomitante do ingresso do imóvel. Dessa forma, não ocorreu qualquer alteração no patrimônio líquido, assim como foi na contabilidade privada. Portanto, analisando a transação sob o enfoque patrimonial (ativo – passivo = patrimônio líquido), não ocorreu despesa patrimonial.

2. Despesa sob o Enfoque Patrimonial

A despesa patrimonial somente ocorrerá caso a transação acarrete decréscimo no patrimônio líquido. Para fins de estudo do patrimônio, a despesa surge apenas quando o fato administrativo proporciona tal diminuição.

Conforme claramente informa o CFC, despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma da saída de recursos ou da redução de ativos ou assunção de passivos, que resultam em decréscimo do patrimônio líquido e que não estejam relacionados com distribuições aos detentores dos instrumentos patrimoniais.

Os decrésimos no patrimônio líquido provenientes de distribuições de riqueza aos detentores dos instrumentos patrimoniais (ou seja, grosso modo, aos proprietários) não deve ser considerada uma despesa patrimonial.

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A Contabilidade Pública, para fins de estudo de seu objeto, o patrimônio público, reconhece as receitas e despesas pelo regime de competência.

Exemplo: a utilização do serviço de manutenção de aparelhos de ar condicionado é o fato gerador da despesa patrimonial, é o momento em que a despesa (sob o enfoque patrimonial) deve ser reconhecida, registrando-se a obrigação a pagar no passivo e a respectiva variação negativa nas contas de resultado, que culminarão no patrimônio líquido.

Despesa sob o enfoque patrimonial, para fins de análise e estudo do patrimônio, ocorre quando o fato administrativo provoca decréscimo de valor do patrimônio líquido, excluído os que estejam relacionados com distribuições aos detentores dos instrumentos patrimoniais.

3. Despesa sob o Enfoque Orçamentário

A Contabilidade Pública classifica como despesa pública qualquer desembolso de recurso financeiro, mesmo que seja mera restituição de recursos de terceiros. Todavia, para fins de controle e execução do orçamento há necessidade de saber não apenas se ocorreu o desembolso financeiro, mas se este dispêndio comprometeu a realização de outras atividades e projetos do Estado.

Sob o enfoque orçamentário, para fins de administração financeira e orçamentária, acompanhamento da arrecadação das receitas e autorização para execução de despesas e liberação de recursos financeiros, o administrador público deve observar as despesas empenhadas, conforme determinado na Lei no 4.320/1964.

Lei nº 4.320/64:

Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro: I - as receitas nele arrecadadas;

II - as despesas nele legalmente empenhadas.

Empenho é a primeira fase de execução da despesa pública (as etapas da despesa pública serão estudadas detalhadamente ao longo do curso).

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O empenho é o momento em que o Estado reserva recursos orçamentários, prevendo a necessidade futura de se concretizar o pagamento, quando então são necessários recursos financeiros.

Tal regra objetiva evitar que a execução das despesas orçamentárias ultrapasse a arrecadação efetiva. Assim, a despesa sob o enfoque orçamentário ocorre quando há utilização de créditos orçamentários.

Despesa pelo enfoque orçamentário ocorre com a utilização de crédito que consta disponível e consignado no orçamento da entidade (podendo ou não diminuir a situação líquida patrimonial).

Ou seja, é toda transação que depende de autorização legislativa, na forma de consignação de dotação orçamentária, para ser efetivada.

Não confundir recursos orçamentários com recursos financeiros.

Antes de se efetuar o pagamento, para o qual são necessários recursos financeiros (dinheiro), são reservados recursos orçamentários, que são autorizações para que sejam executadas as despesas públicas.

Funciona da seguinte forma! Exemplo:

A União programou em seu orçamento (Lei Orçamentária Anual – LOA) o reaparelhamento parcial das universidades federais, incluindo uma dotação orçamentária para compra de novos computadores e equipamentos científicos. O Poder Executivo planejou e o Legislativo autorizou tal gasto através da LOA. Durante o exercício financeiro o Ministério da Educação irá receber o crédito orçamentário, que é a autorização para que se possa efetuar a compra dos computadores e demais equipamentos.

Tendo recebido o crédito orçamentário necessário, o Ministério da Educação irá adotar os procedimentos administrativos para a licitação.

Depois de finalizado e homologado o certame, será emitido o empenho, momento este em que o recurso orçamentário é reservado especificamente para o vencedor da licitação.

Somente depois de empenhada a despesa é que o Ministério da Educação irá receber os recursos financeiros do Tesouro Nacional, que serão utilizados para pagamento ao fornecedor.

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Portanto, a despesa pelo enfoque orçamentário ocorre com a utilização do crédito orçamentário, ou seja, com o empenho da despesa. No momento em que é emitida a nota de empenho o recurso orçamentário é reservado especificamente para aquele determinado fornecedor do ente estatal, indicando que em breve serão necessários recursos financeiros para pagamento dos bens adquiridos ou dos serviços consumidos.

Despesa Pública para a Contabilidade Pública, para fins de registro das transações, ocorre quando há desembolso de recurso financeiro, qualquer que seja.

Despesa sob o Enfoque Patrimonial, ou seja, para fins de análise e estudo do patrimônio, ocorre quando o fato administrativo provoca decréscimo de valor no patrimônio líquido, excluídos os que estejam relacionados com distribuições aos detentores dos instrumentos patrimoniais.

Despesa sob o Enfoque Orçamentário, ou seja, para fins de controle e execução do orçamento público, ocorre quando crédito orçamentário é utilizado. Portanto, no momento do empenho da despesa.

4. Classificação Econômica da Despesa

Assim como ocorre com as receitas, a classificação econômica divide as despesas em dois principais grupos, DESPESAS CORRENTES e DESPESAS DE CAPITAL, conforme previsão na Lei no 4.320/1964. Observe!

Lei no 4.320/1964:

CAPÍTULO III Da Despesa

Art. 12. A despesa será classificada nas seguintes categorias econômicas: DESPESAS CORRENTES Despesas de Custeio Transferências Correntes DESPESAS DE CAPITAL Investimentos Inversões Financeiras

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Transferências de Capital

§ 1º Classificam-se como Despesas de Custeio as dotações para manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis.

§ 2º Classificam-se como Transferências Correntes as dotações para despesas as quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender à manifestação de outras entidades de direito público ou privado.

§ 3º Consideram-se subvenções, para os efeitos desta lei, as transferências destinadas a cobrir despesas de custeio das entidades beneficiadas, distinguindo-se como:

I - subvenções sociais, as que se destinem a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa;

II - subvenções econômicas, as que se destinem a empresas públicas ou privadas de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril.

§ 4º Classificam-se como investimentos as dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, bem como para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material permanente e constituição ou aumento do capital de empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro.

§ 5º Classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destinadas a: I - aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização;

II - aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital;

III - constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros. § 6º São Transferências de Capital as dotações para investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou contribuições, segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especialmente anterior, bem como as dotações para amortização da dívida pública.

Art. 13. Observadas as categorias econômicas do art. 12, a discriminação ou especificação da despesa por elementos, em cada unidade administrativa ou órgão de governo, obedecerá ao seguinte esquema:

DESPESAS CORRENTES Despesas de Custeio Pessoa Civil Pessoal Militar Material de Consumo Serviços de Terceiros

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Marcio Ceccato 14 Encargos Diversos Transferências Correntes Subvenções Sociais Subvenções Econômicas Inativos Pensionistas

Salário Família e Abono Familiar

Juros da Dívida Pública

Contribuições de Previdência Social Diversas Transferências Correntes.

DESPESAS DE CAPITAL Investimentos Obras Públicas

Serviços em Regime de Programação Especial Equipamentos e Instalações

Material Permanente

Participação em Constituição ou Aumento de Capital de Empresas ou Entidades Industriais ou Agrícolas

Inversões Financeiras Aquisição de Imóveis

Participação em Constituição ou Aumento de Capital de Empresas ou Entidades Comerciais ou Financeiras

Aquisição de Títulos Representativos de Capital de Empresa em Funcionamento Constituição de Fundos Rotativos

Concessão de Empréstimos Diversas Inversões Financeiras

Transferências de Capital Amortização da Dívida Pública

Auxílios para Obras Públicas

Auxílios para Equipamentos e Instalações Auxílios para Inversões Financeiras

Outras Contribuições.

A classificação da despesa em categorias econômicas tem por finalidade identificar o efeito econômico da realização da despesa, ou seja, evidencia como os gastos foram realizados, se o Governo realizou investimentos, construiu bens públicos, despesas de custeio, pagamento de juros etc.

As despesas de capital auxiliam na formação ou aquisição de um bem de capital, diferentemente das despesas correntes, cujos recursos são aplicados em outras finalidades.

Essa é a característica principal que diferencia esses grupos de despesa: o fato do dispêndio contribuir (ou não) para a formação ou aquisição de um bem de capital.

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Repetindo! Tanto as receitas quanto as despesas são divididas nas mesmas categorias econômicas, conforme informa a Lei no 4.320/1964: Receitas e Despesas Correntes, Receitas e Despesas de Capital.

RECEITAS DESPESAS

Correntes de Capital

Correntes de Capital

As atuais subdivisões das Despesas Correntes e de Capital NÃO são as mesmas previstas na Lei no 4.320/1964.

Lei no 4.320/1964:

DESPESAS CORRENTES DESPESAS DE CAPITAL

Despesas de Custeio Transferências Correntes

Investimentos

Inversões Financeiras Transferências de Capital

Todavia, a Secretaria do Tesouro Nacional, na qualidade de órgão central de contabilidade e integrante da estrutura do Ministério da Fazenda, bem como a Secretaria de Orçamento Federal, órgão do Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão, estabeleceram em suas portarias uma classificação mais moderna e obrigatória para todos os entes da Federação, cujo objetivo é uniformizar procedimentos para fins de consolidação nacional das contas públicas, observe abaixo.

Atual classificação:

DESPESAS CORRENTES DESPESAS DE CAPITAL

Pessoal e Encargos Sociais Juros e Encargos da Dívida Outras Despesas Correntes

Investimentos

Inversões Financeiras Amortização da Dívida RESERVAS

Reserva do Regime Próprio de Previdência do Servidor Reserva de Contingência

As reservas foram instituídas após 1964, motivo pelo qual elas não estão inseridas na Lei no 4.320/1964.

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Atualmente todos os entes da Federação, para fins contábeis, devem utilizar as classificações da despesa informadas pela STN, e não aquelas da Lei nº 4.320/1964.

Já para as receitas não foram procedidas modificações, portanto, para as receitas são utilizadas as mesmas subdivisões previstas na citada lei.

As divisões da despesa previstas na Lei no 4.320/1964 estavam defasadas e não eram mais suficientes para atender à realidade da demanda de informações dos entes públicos, assim, foram necessárias tais modificações pelos órgãos federais competentes.

Importante destacar que as despesas correntes e de capital encontra-se apenas subdivididas de maneira diferente daquela prevista pela Lei no 4.320/1964, todavia, continuam englobando os mesmos tipos de despesa.

Por vezes as questões de concurso costumam exigir exata e expressamente conforme o texto da Lei no 4.320/1964.

Veja esta questão da FGV!

(FGV – Contador/Pref.Cuiabá – 2014) De acordo com a Lei nº 4.320/64, são classificadas como investimentos as dotações destinadas

(A) à aquisição de títulos representativos do capital de entidade já constituída, sem aumento de capital.

(B) à constituição de entidade com objetivos comerciais. (C) à constituição de entidade com objetivos financeiros.

(D) à aquisição de instalações, equipamentos e material permanente. (E) à aquisição de imóveis em utilização.

Resolução

A atual definição de despesas com investimentos encontra-se no Manual Técnico de Orçamento, elaborado pela Secretaria de Orçamento Federal/MPOG. (MTO-2016):

Investimentos:

Despesas orçamentárias com softwares e com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente.

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Todavia, a banca examinadora questão exigiu especificamente de “acordo com a Lei nº 4.320/64”.

Lei nº 4.320/64, art. 12:

§ 4º Classificam-se como investimentos as dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, bem como para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material permanente e constituição ou aumento do capital de empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro.

Perceba, por exemplo, que despesas com software estão contidas em investimentos segundo o MTO-2016, mas não na Lei nº 4.320/64.

Dica! A FGV costuma sempre elaborar questões em suas provas com base na Lei nº 4.320/64. Portanto, você precisa dominar o conteúdo desta lei.

Pois bem, dentre as opções, resta claro que a resposta correta está na letra D. Todas as outras opções são classificadas como inversões financeiras segundo a Lei nº 4.320/64, art. 12:

§ 5º Classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destinadas a: I - aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização;

II - aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital;

III - constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros.

Resposta correta: letra D.

Veja agora como a FCC “homenageou” o texto da Lei no 4.320/64!!!

(FCC – Auditor/TCE-SP – 2013) De acordo com a classificação adotada pela Lei nº 4.320/64, a despesa decorrente do pagamento de juros da dívida pública se caracteriza como despesa

(A) corrente de custeio.

(B) de capital decorrente de inversões financeiras. (C) de capital decorrente de transferência de capital. (D) de capital decorrente de investimentos.

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Resolução

Atualmente o desembolso financeiro provocado pelo pagamento de juros da dívida pública é classificado como:

Despesa Corrente – Juros e Encargos da Dívida.

Todavia, observe que a FCC exigiu “a classificação adotada pela Lei nº 4.320/64”. Essa lei informa explicitamente, no seu artigo 13, que os juros da dívida pública são classificados como:

Despesa Corrente – Transferências Correntes (vide o texto legal). Portanto, opção correta: letra E.

Mais um exemplo. Agora uma questão da ESAF! (ESAF – AFC/CGU – 2012) Tendo por base as regras definidas pela Lei no 4.320/64, assinale a opção cuja operação, do ponto de vista econômico, não é classificada como realização de despesa corrente.

a) Pagamento da despesa com pessoal efetivo da instituição. b) Pagamento de juros da dívida pública.

c) Contribuições à previdência social. d) Subvenções sociais.

e) Aumento da participação no capital de empresas industriais ou agrícolas. Resolução

A questão pediu uma Despesa de Capital “Tendo por base as regras definidas pela Lei nº 4.320/64”. Seja através da classificação contida nessa lei ou a especificação atualmente utilizada, as quatro primeiras opções informam Despesas Correntes e a última uma Despesa de Capital.

Todavia, observa-se apenas que a resposta correta traz, de fato, o texto quase idêntico contido no art. 13 da Lei nº 4.320/64 (vide o trecho destacado em amarelo no texto legal anteriormente disponibilizado).

Letra E.

Portanto, amigo estudante, estude a atual classificação da despesa, conforme será detalhadamente exposta a seguir, porém, domine também o conteúdo do texto legal.

Ao longo dos anos a STN editou diversas portarias tratando sobre esse tema, muitas delas inclusive em conjunto com a SOF/MPOG (Secretaria de Orçamento Federal), órgão este especializado incumbido do orçamento da União.

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Todas as normatizações da STN devem ser obrigatoriamente seguidas por todos os entes da Federação (União, estados, Distrito Federal e municípios).

Essa abrangência nacional objetiva padronizar a classificação das despesas para fins da consolidação nacional das contas públicas, a qual se encontra prevista na Lei de Responsabilidade Fiscal (LC. 101/2000, art. 51).

4.1. Despesa Corrente

Conforme informam os manuais da STN, “classificam-se nessa categoria todas as despesas que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital.”.

Pode-se dizer que são despesas necessárias para movimentar a máquina administrativa do estado, quais sejam: pagamento do funcionalismo público, contratação de serviços, aquisição de materiais de consumo, pagamento de juros, entre outras.

Perceba que as despesas correntes são dispêndios objetivando o consumo, diferentemente das despesas de capital, que são geradas em virtude da formação ou aquisição de bens de capital.

Dada tal característica predominante, as despesas correntes quase sempre NÃO serão ativadas (lançadas no Ativo).

Portanto, em geral (não é regra) as despesas correntes irão impactar negativamente no patrimônio líquido, ou seja, serão despesas efetivas: fatos modificativos diminutivos.

Despesas Correntes quase sempre (não é regra) são Despesas Efetivas, pois normalmente provocam diminuição do patrimônio líquido.

Despesas de Capital quase sempre (não é regra) são Despesas Não Efetivas, pois normalmente não provocam alteração no patrimônio líquido.

Exemplo 1 (Despesa Corrente Efetiva): Contratação de serviço terceirizado de limpeza.

O serviço de limpeza será utilizado/consumido pela entidade pública a fim de manter suas instalações em condições salubres para o trabalho e atendimento ao público. A despesa irá impactar negativamente no patrimônio líquido.

Exemplo 2 (Despesa Corrente Não Efetiva): aquisição de papel A4.

Tais materiais são de consumo, todavia, quando adquiridos, irão para estoque, serão “ativados” (lançados no ativo). Assim, ocorrerá um fato permutativo, pois sai disponibilidades no ativo e entra o mesmo valor em almoxarifado, também no ativo.

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A despesa pública orçamentária gerada para aquisição desse bem de consumo não irá impactar negativamente no patrimônio líquido, será uma despesa não efetiva. Somente quando o papel for consumido que ocorrerá o fato permutativo diminutivo, a despesa sob o enfoque patrimonial.

Exemplo 3 (Despesa Corrente Não Efetiva): adiantamento de valores relativos a despesas correntes.

Os eventuais pagamentos efetuados antecipadamente não irão impactar negativamente no patrimônio líquido. Sai disponibilidades no ativo e entra o crédito ou direito, também no ativo.

Despesas Correntes: são aquelas que NÃO contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital. Normalmente (não é sempre) a despesa corrente coincide com a despesa efetiva, entretanto, também existem despesas correntes não efetivas.

A STN subdivide a despesa corrente em três grupos:

a. Pessoal e Encargos Sociais. b. Juros e Encargos da Dívida. c. Outras Despesas Correntes.

A. Pessoal e Encargos Sociais

Despesas orçamentárias com pessoal ativo, inativo e pensionistas, relativas a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência, conforme estabelece o caput do art. 18 da Lei Complementar no 101, de 2000.

Importante destacar que as verbas indenizatórias NÃO devem ser consideradas como despesa com pessoal, pois possuem a característica compensar dano ou ressarcir gasto do servidor público, em função do seu ofício, além também dos benefícios assistenciais. Tais despesas são classificadas como “Outras Despesas Correntes” e NÃO em “Pessoal e Encargos Sociais”.

Exemplos de verbas indenizatórias: ajuda de custo, auxílio alimentação, auxílio creche/escola, vale transporte, reembolso de despesas médicas etc.

Em “Pessoal e Encargos Sociais” devem ser incluídas as despesas de caráter remuneratório.

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Exemplos de verbas remuneratórias: subsídios, adicional de periculosidade, adicional de insalubridade, aposentadorias, pensões, férias, décimo terceiro salário etc.

O grupo de despesa “Pessoal e Encargos Sociais” NÃO abrange as despesas com terceirização de mão de obra que se referem à SUBSTITUIÇÃO de servidores e empregados públicos.

As despesas decorrentes de contratação de serviços terceirizados (vigilância armada, limpeza e conservação, telefonista etc.) devem ser classificadas no grupo “Outras Despesas Correntes”.

Entretanto, há um detalhe: a Lei de Responsabilidade Fiscal informa que, quando a terceirização de mão de obra referir-se à SUBSTITUIÇÃO de servidores e empregados públicos, tal despesa será, na verdade, uma despesa de pessoal.

A identificação das despesas com pagamento de pessoal é importantíssima, pois a LRF (Lei Complementar no 101/2000) impõe limites e restrições para gastos com pessoal.

Os arts. 19 e 20 da Lei de Responsabilidade Fiscal informam limites de despesa total com pessoal para os entes da Federação, como também para os respectivos poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e o Ministério Público, e o art. 18 conceitua o que é despesa total com pessoal.

LRF (LC no 101/2000):

Art. 18. Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como despesa total com pessoal: o somatório dos gastos do ente da Federação com os ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência. § 1o Os valores dos contratos de terceirização de mão-de-obra que se referem à substituição de servidores e empregados públicos serão contabilizados como "Outras Despesas de Pessoal".

§ 2o A despesa total com pessoal será apurada somando-se a realizada no mês em referência com as dos onze imediatamente anteriores, adotando-se o regime de competência.

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Para fins de classificação orçamentária, TODAS as despesas decorrentes de contratação de serviços terceirizados, mesmo que sejam para SUBSTITUIÇÃO de servidores e empregados públicos, devem ser classificadas no grupo “Outras Despesas Correntes”.

Entretanto, apesar dessa classificação orçamentária, quando a terceirização de mão de obra for para SUBSTITUIÇÃO de servidores e empregados públicos, deve esta despesa ser computada na “despesa total com pessoal” para fins de apuração e verificação dos limites estabelecidos pela LRF.

Normalmente os serviços de terceiros que NÃO são considerados substituição de servidores abrangem atividades acessórias, instrumentais ou complementares aos assuntos que constituem área de competência legal do órgão ou entidade, por exemplo, segurança, vigilância, limpeza, ascensorista, telefonista, recepção, manutenção predial etc.

B. Juros e Encargos da Dívida

Despesas orçamentárias com o pagamento de juros, comissões e outros encargos de operações de crédito internas e externas contratadas, bem como da dívida pública mobiliária.

Pegadinha de concurso! É importante observar que apenas a parcela dos juros e demais encargos cobrados no empréstimo são classificados como Despesas Correntes – Juros e Encargos da Dívida.

O valor pago referente à amortização do empréstimo (pagamento do principal) e a respectiva correção monetária são Despesas de Capital – Amortização da Dívida. Veja no quadro a seguir!

PAGAMENTO DA DÍVIDA CLASSIFICAÇÃO

Juros e

Demais valores decorrentes

Despesa Corrente – Juros e Encargos da Dívida

Amortização e

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C. Outras Despesas Correntes

Despesas orçamentárias com aquisição de material de consumo, pagamento de diárias, contribuições, subvenções, auxílio-alimentação, auxílio-transporte, além de outras despesas da categoria econômica “Despesas Correntes” não classificáveis nos demais grupos de natureza de despesa.

Lembre-se! As verbas indenizatórias recebidas pelos funcionários públicos (auxílio alimentação, vale-transporte, reembolso de despesas médicas etc.) são classificadas como Outras Despesas Correntes e não em Pessoal e Encargos Sociais. Neste último grupo são incluídas as despesas de caráter remuneratório. TODAS as despesas com contratação de serviços de terceiros atualmente devem ser classificadas no grupo Outras Despesas Correntes.

4.2. Despesa de Capital

Conforme informam os manuais da STN, “classificam-se nessa categoria aquelas despesas que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital”.

Pode-se dizer que são despesas geradas pelo incremento do patrimônio permanente ou pela amortização de dívidas, quais sejam: construção de escolas, rodovias, pontes, aquisição de materiais permanentes, pagamento do principal da dívida (amortização), aquisição de imóveis, aquisição de ações, entre outras.

As despesas de capital possuem como contrapartida o incremento no patrimônio permanente ou a amortização de dívidas, motivo pelo qual tais despesas normalmente acarretam fatos permutativos, ou seja, entrada de ativo (bem ou direito) e concomitante saída de ativo (recurso financeiro) no mesmo valor, ou saída de ativo (recurso financeiro) e concomitante baixa de passivo (obrigação) no mesmo valor.

Portanto, em geral (não é regra) as despesas de capital não irão impactar negativamente no patrimônio líquido, ou seja, serão despesas não efetivas (não serão despesas sob o enfoque patrimonial). Todavia, excepcionalmente as despesas de capital também poderão provocar diminuição no patrimônio líquido.

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Despesas Correntes quase sempre (não é regra) são Despesas Efetivas, pois normalmente provocam diminuição do patrimônio líquido.

Despesas de Capital quase sempre (não é regra) são Despesas Não Efetivas, pois normalmente não provocam alteração no patrimônio líquido.

Assim como as receitas de capital, as despesas de capital também são, em geral (não é regra), por mutação patrimonial.

Tais despesas NÃO provocam decréscimo no patrimônio líquido, só ocorrendo uma troca de elementos patrimoniais.

Há uma variação patrimonial aumentativa pelo ingresso do bem ou pela baixa da obrigação e uma correspondente variação patrimonial diminutiva, pela saída do recurso financeiro.

Exemplo 1 (despesa de capital não efetiva): Construção de uma praça. O recurso utilizado nessa construção será ativado, lançado no ativo não circulante. Será um fato permutativo: o valor que sai de disponibilidades no ativo circulante ingressa no imobilizado, também no ativo. Não houve variação negativa (nem positiva) no patrimônio líquido, portanto, não ocorreu a despesa sob o enfoque patrimonial.

Lembre-se! A Contabilidade Pública classifica contabilmente como despesa qualquer desembolso financeiro. Todavia, os dados registrados e as consequentes informações geradas serão suficientes para verificar se de fato ocorreu a despesa sob o enfoque patrimonial.

Despesa sob enfoque Patrimonial, ou seja, para fins de análise e estudo do patrimônio, ocorre quando o fato administrativo provoca decréscimo de valor no patrimônio líquido, excluídos os que estejam relacionados com distribuições aos detentores dos instrumentos patrimoniais.

Exemplo 2 (despesa de capital efetiva): Transferência de recursos a serem aplicados em Despesas de Capital.

Aquele que recebe o recurso classifica como Receita de Capital e o que envia como Despesa de Capital. A saída desses recursos financeiros do patrimônio irá gerar um fato modificativo diminutivo, uma despesa de capital efetiva.

Despesas de Capital: são aquelas que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital. Normalmente (não é sempre), a despesa de capital coincide com a despesa não efetiva, entretanto, também há despesa de capital efetiva.

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As despesas de capital demandam o registro de incorporação de ativo imobilizado, intangível ou investimento (Investimentos e Inversões Financeiras) ou o registro de desincorporação de um passivo (Amortização da Dívida).

A STN subdivide a despesa de capital em três grupos:

a. Investimentos;

b. Inversões Financeiras; c. Amortização da Dívida.

A. Investimentos

Despesas orçamentárias com softwares e com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente.

A partir do Manual Técnico de Orçamento de 2011 (MTO-2011), elaborado pela Secretaria de Orçamento Federal – SOF/MPOG, despesas com softwares passaram a ser classificadas como Investimentos.

Recorda-se ainda que o atual conceito de Investimentos, propagado pela SOF e STN, não é idêntico ao informado pela Lei no 4.320/1964.

Lei nº 4.320/64, art. 12:

§ 4º Classificam-se como investimentos as dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, bem como para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material permanente e constituição ou aumento do capital de empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro.

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Manual Técnico de Orçamento (MTO-2016):

Investimentos: Despesas orçamentárias com softwares e com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente.

Lembre-se! Por vezes as bancas examinadoras exigem em suas provas exatamente o que informa o texto da Lei no 4.320/1964.

B. Inversões Financeiras

Despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização; aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; e com a constituição ou aumento do capital de empresas, além de outras despesas classificáveis neste grupo.

Observe que, como regra, tem-se que a despesa com aquisição de imóvel é classificada como Inversão Financeira, porém, se o imóvel foi adquirido por ser necessário para a execução de uma obra, será essa despesa classificada como Investimento.

Importante destacar que, assim como ocorre com Investimentos, o atual conceito de Inversões Financeiras, propagado pela SOF e STN, não é idêntico ao informado pela Lei no 4.320/1964.

Lei nº 4.320/64, art. 12:

§ 5º Classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destinadas a: I - aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização;

II - aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital;

III - constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros.

Manual Técnico de Orçamento (MTO-2016):

Inversões Financeiras: Despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização; aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; e com a constituição ou aumento do capital de empresas, além de outras despesas classificáveis neste grupo.

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Resumindo! Para que você tenha uma perfeita compreensão e diferenciação entre Investimentos e Inversões Financeiras, eis um quadro resumo.

Quadro resumo – INVESTIMENTOS x INVERSÕES FINANCEIRAS:

Investimentos

• Obras Públicas (planejamento e execução, inclusive imóveis necessários à sua realização);

• Serviços em Regime de Programação Especial; • Equipamentos e Instalações;

• Material Permanente; • Softwares.

Inversões Financeiras

• Aquisição de Imóveis ou bens de capital já em utilização (exceto os adquiridos especificamente para a realização de obras públicas);

• Aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital;

• Constituição ou aumento do capital de empresas de qualquer espécie;

• Constituição de Fundos Rotativos (art. 13, Lei no 4.320/1964);

• Concessão de Empréstimos e Financiamentos (art. 13, Lei no

4.320/1964, c/c MTO).

Observação 1: São consideradas Inversões Financeiras a aquisição de:

• Imóveis; OU

• Bens de capital já em utilização.

Observação 2:

No caso de terrenos (ou outros imóveis), quando eles forem necessários à realização de uma obra, mesmo se já estiverem em utilização, serão classificados como Investimento.

Exemplo: Para a construção de uma usina hidroelétrica determinado ente da Federação poderá ser obrigado a arcar com as despesas da obra e mais a aquisição de imóveis (partes de terrenos) considerados necessários à realização da usina. Todas essas despesas são classificadas como investimento, mesmo que os imóveis já estejam sob a posse e utilização do ente.

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Observação 3: Representam Inversões Financeiras:

• A constituição do capital de empresas de qualquer espécie.

Exemplo: Recursos utilizados para a criação de uma nova empresa estatal, a (hipotética) Empresa Brasileira de Reflorestamento.

• O aumento do capital de empresas de qualquer espécie. Exemplo: Aumento do capital da PETROBRAS.

• Aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie.

Exemplo: Aquisição de ações (ordinárias ou preferenciais) de quaisquer empresas.

Observação 4:

Investimentos e Inversões Financeiras são classificações da Despesa de Capital.

Conceito de fundo rotativo: É um sistema de descentralização financeira, estabelecido por lei específica, para viabilizar, com maior agilidade, o repasse de recursos às Unidades Orçamentárias, visando dar melhor dinamismo à realização de despesas com manutenção e outras atividades relacionadas ao serviço público.

Exemplo: Fundo de Amparo do Trabalhador – FAT.

C. Amortização da Dívida

Despesas orçamentárias com o pagamento e/ou refinanciamento do principal e da atualização monetária ou cambial da dívida pública interna e externa, contratual ou mobiliária.

Refinanciar o principal da dívida significa contrair uma nova dívida para pagar o valor principal, mais a atualização monetária ou cambial. Portanto, como o próprio nome claramente informa, refinanciar é financiar a dívida novamente. Assim, serão classificadas em Amortização da Dívida as despesas orçamentárias com o pagamento e/ou refinanciamento do principal e da atualização monetária ou cambial da dívida pública interna e externa, contratual ou mobiliária.

Os juros e outros demais encargos cobrados serão Despesas Correntes – Juros e Encargos da Dívida. Apenas o pagamento do principal da dívida (o valor obtido no empréstimo) e a atualização monetária ou cambial serão despesas de capital.

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Fique atento! Este é um questionamento bastante exigido em concursos.

PAGAMENTO DA DÍVIDA CLASSIFICAÇÃO Juros e

Demais valores decorrentes

Despesa Corrente – Juros e Encargos da Dívida

Amortização e

Atualização monetária ou cambial Despesa de Capital – Amortização da Dívida

A atualização monetária refere-se à correção do poder econômico, normalmente mediante a aplicação de um determinado índice ou indicador econômico previamente estipulado.

Exemplo: Será pago pelo empréstimo juros de 10% ao ano mais atualização monetária pelo IPG-M.

A atualização cambial também corrige o poder econômico, contudo, indica que a atualização se dará pela diferença do poder econômico de uma moeda comparativamente com outra, entre duas datas distintas (data da obtenção do empréstimo e a data do pagamento).

Exemplo: Obtido empréstimo, de credor estrangeiro, no valor de US$ 10 milhões, cujo pagamento também será realizado em dólar. A diferença cambial (dólar x real) entre a data do empréstimo e a data do pagamento refere-se à atualização cambial da dívida. Assim, se na data de obtenção do empréstimo o câmbio estiver US$ 1,00 = R$ 1,00 (preciso de R$ 1 pra comprar US$ 1) e no pagamento US$ 1,00 = R$ 1,10 (preciso de R$ 1,10 pra comprar US$ 1,00), esses R$ 0,10 pagos a mais por dólar, são relativos a atualização cambial, contabilizados como Despesas de Capital – Amortização da Dívida.

Não se esqueça! As despesas de capital demandam o registro de incorporação de ativo imobilizado, intangível ou investimento (Investimentos e Inversões Financeiras) ou o registro de desincorporação de um passivo (Amortização da Dívida).

5. Etapas de Execução da Despesa (Empenho, Liquidação e

Pagamento)

Dica! Estágios da despesa é matéria frequente em provas de concurso e, normalmente, as questões tratam apenas sobre a execução da despesa (empenho, liquidação e pagamento).

Portanto, fique atento a este conteúdo!

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A Lei nº 4.320/64 informa os estágios de execução: 1. Empenho;

2. Liquidação; 3. Pagamento.

As fases de execução da despesa orçamentária são imprescindíveis e devem sempre ocorrer necessariamente nesta ordem: empenho, liquidação e pagamento.

EMPENHO

O empenho é exatamente o momento em que o Estado utiliza os recursos orçamentários recebidos, para contratar bens ou serviços com terceiros, devendo indicar nesta fase quem será o favorecido do futuro pagamento.

Empenho: ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição.

Lei no 4.320/1964:

Art. 58. O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição.

Art. 59. O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos.

(...)

Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.

§1o. Em casos especiais previstos na legislação específica será dispensada a emissão da nota de empenho.

O trecho “obrigação de pagamento” utilizado no texto legal não se refere a um valor que já conste no passivo para pagamento.

Para que o valor a pagar passe a constar no passivo exigível deverá o fornecedor entregar o objeto contratado, ter sido verificado o denominado IMPLEMENTO DE CONDIÇÃO, ou seja, implementada alguma condição prevista em lei etc., assim, deverá ter ocorrida a situação que efetivamente crie a obrigação de pagamento (passivo exigível).

A “obrigação de pagamento” constante no texto da Lei no 4.320/1964 refere-se ao comprometimento de recursos financeiros, que serão necessários em breve para concretizar o pagamento.

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No exato momento do empenho são utilizados os recursos orçamentários, indicando assim a necessidade futura de recursos financeiros para adimplir a obrigação de pagamento que irá se concretizar.

Portanto, com o empenho da despesa não há registro de obrigação de pagamento no passivo.

Essa obrigação somente constará no passivo quando o fornecedor entregar o objeto contratado (bem ou serviço), ou ter sido verificada ou implementada alguma condição prevista em lei que crie obrigação de pagamento para outrem.

Observações importantes!

1. Não poderá ser empenhada despesa com valor acima do crédito orçamentário disponibilizado.

2. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.

3. Para cada despesa empenhada, será extraí-do um documento denominado “nota de empenho”, que indicará o nome do credor e a importância da despesa a ser paga.

4. Em casos especiais previstos na legislação específica será dispensada a

emissão da nota de empenho.

Todas as despesas passam pelo empenho, sem exceção.

Entretanto, a nota de empenho, que é apenas a materialização da fase do empenho, pode ter sua emissão dispensada, mas apenas em situações previstas na legislação.

Na fase do empenho ocorre a despesa pelo enfoque orçamentário.

Despesa pelo enfoque orçamentário ocorre com a utilização de crédito que consta disponível e consignado no orçamento da entidade (podendo ou não diminuir a situação líquida patrimonial). Ou seja, é toda transação que depende de autorização legislativa, na forma de consignação de dotação orçamentária, para ser efetivada.

Lei no 4.320/1964:

Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro: I - as receitas nele arrecadadas;

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O conteúdo do art. 35 da Lei no 4.320/1964 é conhecido como “Regime Orçamentário”.

Assim, sob o enfoque orçamentário, para fins de administração financeira e orçamentária, acompanhamento da arrecadação das receitas e autorização para execução de despesas e liberação de recursos financeiros, o gestor público deve observar as despesas empenhadas.

Os empenhos são emitidos para execução de despesas planejadas para ocorrerem dentro do exercício financeiro, não abrangendo despesas que, por competência, pertencerão ao exercício seguinte.

Decreto no 93.872/1986 (grifei):

Art. 27. As despesas relativas a contratos, convênios, acordos ou ajustes de vigência plurianual, serão empenhadas em cada exercício financeiro pela parte nele a ser executada.

Caso a ação governamental esteja prevista para execução por mais de um ano, deverá ser emitido um empenho no início de cada exercício financeiro, exclusivamente relativo à parcela do projeto a ser executado naquele ano.

Exemplo: Construção de um Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia:

A obra de construção dessa escola/instituto foi planejada para durar dois anos (24 meses). Homologada a licitação, o contrato para construção foi assinado e as obras tiveram início em 1º/maio/2014. Assim, o primeiro empenho emitido foi referente às despesas a serem executadas exclusivamente no exercício financeiro de 2014, conforme cronograma inicial de execução da obra.

No início do ano de 2015, como também no de 2016, será emitido um empenho da mesma forma, abrangendo exclusivamente as despesas planejadas para serem executadas dentro do exercício financeiro, tendo por base o cronograma de execução da obra.

Os investimentos cuja execução ultrapasse um exercício financeiro deverão estar previstos no Plano Plurianual – PPA.

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Existem três tipos de empenho:

MODALIDADES OU TIPOS DE EMPENHO

ORDINÁRIO

• despesas de valor previamente conhecido; • pagamento ocorrerá de uma só vez.

Exemplo: aquisição de mobiliário, aquisição de ambulância.

ESTIMATIVO

• despesas de valor não previamente conhecido (valor estimado); • em geral os pagamentos são parcelados, mas poderão ocorrer pagamentos de uma só vez.

Exemplo: água, energia elétrica, telefone.

GLOBAL

• despesas de valor previamente conhecido; • pagamentos serão parcelados.

Exemplo: locação de imóvel, obras públicas.

Uma vez emitido o empenho, ele poderá ser alterado através de REFORÇO ou ANULAÇÃO.

Reforço de Empenho:

Reforçar o empenho é aumentar o valor inicialmente empenhado para determinado credor.

Tal operação é necessária quando o valor empenhado é insuficiente para atender à despesa que demanda ser realizada.

Exemplo: empenho estimativo para telefone, sendo o valor inicialmente empenhado insuficiente.

Anulação de Empenho:

Constatada a impossibilidade de utilização do saldo de empenho, este deverá ser anulado, parcial ou totalmente.

Se não houver nenhum valor de despesa executada o empenho será totalmente anulado.

Se houver algum valor de despesa executada, desde que menor que o valor empenhado, haverá uma anulação parcial.

A anulação do empenho, no mesmo exercício, apenas reverte o saldo não utilizado para o crédito respectivo.

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Portanto, disponibiliza o recurso orçamentário anteriormente comprometido no empenho, todavia, não deverá ser registrada como uma nova receita orçamentária que ingressa aos cofres públicos.

Lei no 4.320/1964:

Art. 38. Reverte à dotação a importância de despesa anulada no exercício; quando a anulação ocorrer após o encerramento deste considerar-se-á receita do ano em que se efetivar.

A importância correspondente ao saldo de empenho anulado, quando no mesmo exercício, retorna à disponibilidade do crédito respectivo, podendo ser novamente empenhada dentro do mesmo exercício financeiro.

A nota de empenho será anulada, total ou parcialmente, quando: • tiver sido inadequada ou indevidamente emitida;

• o valor empenhado for superior à despesa de fato realizada;

• não forem cumpridas as condições de fornecimento ou prestação de serviços ou execução da obra, previamente estabelecidas.

LIQUIDAÇÃO

A liquidação se caracteriza como o momento em que o fornecedor cumpre com sua obrigação (prestando o serviço, entregando ou construindo o bem para o qual foi contratado), ou quando se verifica implementada alguma condição prevista em lei, criando assim a obrigação para o Estado de efetuar o pagamento para terceiros.

Liquidação da despesa: consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito.

Lei no 4.320/1964:

Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito.

§ 1o. Essa verificação tem por fim apurar:

I – a origem e o objeto do que se deve pagar; II – a importância exata a pagar;

III – a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação.

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por base:

I – o contrato, ajuste ou acordo respectivo; II – a nota de empenho;

III – os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva do serviço.

Essa verificação objetiva constatar se o pagamento deverá ser concretizado (quanto se deve pagar, para quem, em virtude de quê), de forma que a entidade possa adimplir com sua obrigação.

Liquidar despesa objetiva verificar:

• se o fornecedor cumpriu adequadamente com sua obrigação; ou,

• se foi implementada alguma condição prevista em lei que autorize o pagamento para terceiros.

Caso positivo, o contratado terá direito de receber o valor empenhado.

Assim, com a liquidação de despesa é inserida a obrigação de pagamento no passivo exigível.

Por vezes (não é regra), com a liquidação da despesa orçamentária ocorre a despesa sob o enfoque patrimonial, em virtude do reconhecimento da obrigação de pagamento no Passivo.

Todavia, observa-se que a liquidação é uma fase de execução do orçamento público e, para fins de estudo do patrimônio público, a Contabilidade Pública efetua registro não apenas de atos e fatos relacionados com orçamento, mas também daqueles independentes da execução orçamentária.

Dessa forma, a despesa sob o enfoque patrimonial poderá ocorrer a qualquer momento, podendo ser oriunda ou não da execução do orçamento público. Exemplo 1: compra de mobiliário.

A liquidação da despesa orçamentária ocorre com a entrega dos móveis. Neste momento haverá o registro do ingresso desses bens no ativo e a respectiva obrigação de pagamento no passivo. Portanto, não ocorreu despesa pelo enfoque patrimonial com a liquidação.

Exemplo 2: serviço de limpeza da fachada do edifício-sede do órgão.

A liquidação da despesa orçamentária ocorre com a conclusão do serviço. Neste momento haverá registro da obrigação de pagamento no passivo, acarretando assim a despesa pelo enfoque patrimonial, pois não há ingresso de bens ou direitos no ativo.

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Exemplo 3: registro de passivos sem disponibilidade orçamentária.

Para execução da despesa orçamentária faz-se necessário que ela seja autorizada pelo Legislativo. Entretanto, a Contabilidade Pública deve registrar todos os fatos no momento em que ocorrerem, em virtude do fato gerador, tendo como fundamento os princípios da Competência e da Oportunidade.

Mesmo pendente de autorização legislativa, deve haver o reconhecimento da obrigação a pagar, por vezes na forma de provisão, e da respectiva variação patrimonial passiva, ocasionando assim a despesa pelo enfoque patrimonial. Tal situação poderá ocorrer, por exemplo, no caso de decisões judiciais.

PAGAMENTO

O pagamento é terceiro e último estágio da execução da despesa.

Depois de liquidada a despesa, faz-se necessário que a entidade pública satisfaça sua parte: efetue o pagamento.

Lei no 4.320/1964:

Art. 62. O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação.

(...)

Art. 64. A ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade competente, determinando que a despesa seja paga.

Parágrafo único. A ordem de pagamento só poderá ser exarada em documentos processados pelos serviços de contabilidade.

Decreto do Executivo Federal no 93.872/1986:

Art. 42. O pagamento da despesa só poderá ser efetuado quando ordenado após sua regular liquidação (Lei no 4.320/1964, art. 62).

Art. 43. A ordem de pagamento será dada em documento próprio, assinado pelo ordenador da despesa e pelo agente responsável pelo setor financeiro.

§ 1o. A competência para autorizar pagamento decorre da lei ou de atos regimentais, podendo ser delegada.

§ 2o. A descentralização de crédito e a fixação de limite de saques a Unidade Gestora importa mandato para a ordenação do pagamento, observadas as normas legais pertinentes.

Art. 44. O pagamento de despesa será feito mediante saque contra o agente financeiro, para crédito em conta bancária do credor, no banco por ele indicado, podendo o agente financeiro fazer o pagamento em espécie, quando autorizado.

Referências

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