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A LOGÍSTICA REVERSA DAS LÂMPADAS FLUORESCENTES

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A LOGÍSTICA REVERSA DAS LÂMPADAS FLUORESCENTES

MARINA MANDELLI FIGUEIREDO RAMOS (UFSC) nina.mandelli@grad.ufsc.br EUGENIO CARLOS VENTURA NUNES DA SILVA (UFSC) eugenio.ventura@grad.ufsc.br

MÔNICA MARIA MENDES LUNA (UFSC) monica.luna@ufsc.br

THIAGO CARRANO DE ALBUQUERQUE BERNARDES (UFSC) thiago.carrano@grad.ufsc.br

Resumo: A iluminação artificial teve seu início no século XIX e, desde a invenção da primeira lâmpada elétrica, as tecnologias empregadas evoluíram bastante. Hoje, as lâmpadas fluorescentes têm eficiência luminosa até seis vezes superior às suas predecessoras incandescentes, vida útil mais longa e podem gerar uma redução de até 80% no consumo de energia, entretanto, apesar de minimizarem os impactos provocados pelo excessivo consumo de energia, possuem muitos componentes tóxicos, com destaque para o mercúrio. Quando não são descartadas adequadamente, os rejeitos tóxicos contaminam o solo e o lençol freático, trazendo danos irreparáveis para o meio ambiente. Desde a aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), em 2010, tem surgido uma pressão para que a taxa de reciclagem das lâmpadas fluorescentes se eleve. Nos últimos anos, empresas de reciclagem, com tecnologias de separação de materiais que amenizam os impactos causados pelos componentes, passaram a realizar as atividades de logística reversa. O presente artigo analisa a cadeia de suprimentos e a cadeia reversa das lâmpadas fluorescentes, identificando organizações que fazem parte desses canais e fornecendo um panorama da reciclagem destes produtos no país.

Palavras-chave: Lâmpadas Fluorescentes; Logística reversa; Reciclagem; Canais reversos.

1. Introdução

Os elevados volumes de resíduos sólidos descartados inadequadamente vêm gerando, nos últimos anos, sérios problemas ambientais. Pressões da sociedade para que os impactos ambientais sejam mitigados, aliadas a pressões econômicas e legais têm feito com que a reciclagem torne-se uma necessidade. Como resposta a este cenário, a estrutura das cadeias de suprimentos e cadeias reversas, bem como a função dos seus vários membros, se alteram visando viabilizar a logística reversa dos resíduos gerados após o consumo dos produtos.

De acordo com Leite (2009), logística reversa é “a área da logística empresarial que planeja, opera e controla o fluxo, e as informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens pós-venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, por meio dos canais de distribuição reversos, agregando-lhes valor de diversas naturezas: econômico, ecológico, legal, logístico, de imagem corporativa, entre outros”. Hoje, a logística reversa é reconhecida e cada vez mais aplicada pelas organizações, inclusive porque a evolução das tecnologias tem permitido a recuperação dos produtos pós-consumo e a recuperação de seu valor.

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O sistema tradicional de extrair, produzir, consumir e descartar os produtos deixa de ser viável para alguns produtos e passa, paulatinamente, a ser substituído por outro que considera o retorno dos produtos ao ciclo produtivo. Esta mudança é decorrente tanto do aumento dos preços das matérias-primas quanto dos custos associados à disposição final dos resíduos. Ellen MacArthur Foundation (2012) ainda destaca que o modelo linear de consumo tem se tornado cada vez mais vulnerável, na medida em que as empresas estão pressionadas, de um lado, por um mercado de recursos caracterizado por preços crescentes e menos previsíveis e, de outro, estas empresas, de diversos setores, atuam em mercados com competição mais acirrada e demanda estagnada.

O custo da disposição dos resíduos também é citado como outra limitação do modelo linear, pois há hoje menor disponibilidade de áreas para aterros e o custo destas áreas aumenta. Além disso, a pressão relacionada às questões ambientais tem contribuído para a adoção de conceitos como a reutilização, a reciclagem e formas mais adequadas de dispor os resíduos não reutilizáveis e não recicláveis (Xavier e Correa, 2013). Os avanços tecnológicos dos projetos de produtos e do processo de reciclagem, bem como a melhoria da logística reversa também tem fomentado a adoção de um modelo que considera a reutilização de resíduos.

As lâmpadas fluorescentes constituem exemplos de produtos modernos considerados, até pouco tempo, não recicláveis e cuja destinação inadequada gera impactos indesejáveis. Como resultado de pressões de agentes externos, aliado ao desenvolvimento tecnológico no processo de reciclagem e a melhorias nos processos de logística reversa, cresce um novo mercado voltado ao processamento das lâmpadas pós-consumo que permite a transformação dos resíduos em matéria-prima secundária, usada na cadeia produtiva de novos produtos.

O presente artigo aborda este tema apresentando a estrutura da cadeia de suprimentos e cadeia reversa das lâmpadas fluorescentes, identificando os membros dos canais de distribuição e dos canais reversos, que participam das atividades relacionadas aos fluxos de lâmpadas fluorescentes. A descrição dos canais reversos e das principais empresas que participam destes é apresentada neste artigo. As atividades nos canais de retorno e a reciclagem das lâmpadas fluorescentes são discutidas visando fornecer um panorama da logística reversa destes produtos no Brasil.

2. Lâmpadas Fluorescentes

A sociedade atual é extremamente dependente da iluminação artificial, a qual é necessária à realização das atividades desenvolvidas no ambiente de trabalho ou nas residências. No Brasil, as lâmpadas mais comercializadas são as fluorescentes e as incandescentes. No entanto, a exemplo de países como Alemanha, o governo brasileiro deixou de incentivar a fabricação e importação das lâmpadas incandescentes devido à sua baixa eficiência luminosa (ABILUMI, 2014), visto que dado que 95% da energia produzida por estas é dissipada em forma de calor. As lâmpadas fluorescentes, por sua vez, convertem 15% de sua energia em luz e 85% em calor e ainda são capazes de produzir mais lúmens com muito menos potência - uma lâmpada fluorescente que consome 10W gera a mesma iluminação que uma incandescente de 50W. Outras vantagens da lâmpada fluorescente frente a incandescente são: o consumo de energia é até 80% menor e a vida útil das primeiras pode

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chegar a 8 mil horas, enquanto que as incandescentes duram em média mil horas (ABILUX, 2014).

Apesar de todas estas vantagens, as lâmpadas fluorescentes quando descartadas em lixões liberam mercúrio que, junto com o chorume, atinge o lençol freático contaminando rios, lavouras, animais e seres humanos. A intoxicação por mercúrio causa problemas respiratórios, neurológicos, gastrintestinais e pode levar à morte (LAMPCARE, 2006). O mercúrio, em contato com água, interage transformando-se em metil-mercúrio. Essa metilação faz com que o metal tóxico entre na cadeia alimentar de diversos organismos aquáticos que são bioconcentradores de mercúrio, os quais, posteriormente, irão intoxicar seus predadores (JUNIOR, WINDMOLLER, 2014).

Com a popularização das lâmpadas fluorescentes e o desconhecimento da população sobre os perigos associados à contaminação por mercúrio, há necessidade de adotar ações para garantir a destinação adequada destes produtos após o consumo. A gestão dos fluxos reversos deste produto, incluindo todas as atividades logísticas que garantam o retorno dos resíduos à cadeia produtiva ou a disposição final dos resíduos de lâmpadas, ganha importância neste cenário.

3. A Logística Reversa e as Lâmpadas Fluorescentes

Na cadeia de suprimentos, a parte que planeja, opera e controla o fluxo e informações relativas ao retorno dos materiais após o consumo é a Logística Reversa (LR). Esse fluxo de retorno, do consumidor final para a indústria, seja para reuso, remanufatura ou reciclagem, acontece por meio dos vários membros que compõem os canais reversos. Com a reciclagem, os materiais podem ser utilizados tanto como matéria-prima no processo de produção do mesmo produto como podem servir de matéria-prima para outras indústrias. Em ambos os casos, torna-se indispensável à estruturação dos canais reversos a fim de garantir a continuidade do suprimento desta matéria-prima secundária a um mais baixo custo logístico.

Hoje, muitas indústrias brasileiras utilizam materiais reciclados na manufatura de seus produtos, inclusive aqueles provenientes da reciclagem das lâmpadas. Existem processos que recuperam os componentes das lâmpadas com a possibilidade de reaproveitamento de até 98% da matéria-prima. Apesar disso, atualmente, apenas 4% das lâmpadas fluorescentes produzidas são recicladas no Brasil (ABILUX, 2014) e, a maior parte destas provém de empresas que, por força da legislação ou de programas de gestão ambiental, como a certificação da ISO 14001, são obrigadas a dar a destinação correta às lâmpadas utilizadas (NAINE, GARCIA, 2014).

A cadeia reversa das lâmpadas, tanto no Brasil como no exterior, inclui várias empresas recicladoras que prestam serviços de logística e de manufatura reversa, responsabilizando-se pela destinação ambientalmente adequada dos resíduos. Normalmente, a empresa realiza a coleta, o transporte e o tratamento dos materiais sendo remunerada pelas empresas ou usuários, o que depende da estrutura da cadeia de distribuição e da legislação do país.

3.1. A Logística Reversa das Lâmpadas fluorescentes na Europa e EUA

Na Europa e nos Estados Unidos, é proibido o descarte de lâmpadas fluorescentes no lixo comum e esse material deve ser coletado separadamente (STOCK, 1998). A legislação

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europeia prescreve que os resíduos de mercúrio metálico devem ser armazenados por até cinco anos e, após este período, devem ser recuperados e reconvertidos para outros usos. Existe, inclusive, um modelo implantado para o manejo do mercúrio reaproveitado. A legislação também proíbe a exportação e importação de mercúrio na União Europeia, visando eliminar o comércio destes resíduos através das fronteiras. (ABILUMI, 2014).

São inúmeras as empresas que trabalham com reciclagem de produtos na Europa. Segundo Vitasek (2010), houve uma proliferação de empresas de reciclagem de lâmpadas, em resposta à demanda das empresas produtoras para atender a nova legislação. Com a visão de responsabilidade estendida, as empresas fabricantes gerenciam os fluxos do produto ao longo de todo seu ciclo de vida e após o consumo. Como destaca Xavier e Correa (2013), em resposta a legislação, as organizações produtivas mobilizaram-se no sentido de desenvolver e implementar sistemas operacionais eficientes e em consonância com a regulamentação vigente. A exemplo disso, a Philips, na Europa, conta com uma rede de empresas de reciclagem que realiza as atividades logísticas para recuperação dos resíduos das lâmpadas ao final do seu ciclo de vida.

No Brasil, a legislação que trata dos resíduos sólidos é mais recente e tem diferenças significativas em relação a diretriz europeia, 2002/95/CE, aprovada em janeiro 2003, como destacam Xavier e Correa (2013): “alguns países como o Brasil, optaram pela responsabilidade compartilhada, segundo a qual todos os agentes da cadeia são corresponsáveis pela gestão ambientalmente adequada dos resíduos”.

3.2. A logística reversa das lâmpadas fluorescentes e a legislação brasileira

Embora não haja uma legislação especifica para o descarte de lâmpadas fluorescentes, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Lei Federal 12.305 de 2 de agosto de 2010, estabelece os princípios, objetivos e instrumentos para se trabalhar na gestão integrada dos resíduos sólidos na busca de soluções para os principais problemas ambientais, sociais e econômicos decorrentes do manejo inadequado desses resíduos.

Os componentes das lâmpadas fluorescentes são considerados resíduos perigosos, segundo a NBR 10.004 da ABNT, como explica Durão Júnior e Windmöller (2008): com relação aos resíduos gerados pelas lâmpadas fluorescentes, o bulbo de vidro de uma lâmpada apresenta 70% da massa total de uma lâmpada de vapor de mercúrio, o chumbo, presente no vidro, excede os limites estabelecidos pela norma da ABNT, sendo classificado como perigoso (resíduo de classe I) e o pó de fósforo, que representa 2% da massa total de uma lâmpada fluorescente, contém mercúrio e cádmio. Os autores ainda destacam que a quantidade de mercúrio em uma lâmpada fluorescente varia em função do tipo de lâmpada, do fabricante e do ano de fabricação e esta quantidade vem diminuindo significativamente com o decorrer dos anos.

Por conta dos resíduos perigosos das lâmpadas, a cadeia deste produto está incluída entre os grupos prioritários da PNRS juntamente com pilhas e baterias, óleos lubrificantes e produtos eletroeletrônicos. A priorização dessas cadeias foi definida pelo Comitê Orientador responsável pela implementação da Logística Reversa, de acordo com o Decreto no 7.404, de 2010, considerando a obrigatoriedade de implantação da Logística Reversa da Lei no 12.305, de 2010 e dos impactos ambientais e de saúde pública que tais cadeias possuem. Além disso,

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dentre as diversas determinações da PNRS, várias tem relação direta com a logística reversa de lâmpadas fluorescentes, tais como:

• o fechamento de lixões até 2014 e a substituição por aterros sanitários, os quais são impermeabilizados a fim de evitar contaminação de lençóis freáticos por produtos perigosos; • os rejeitos só poderão ser encaminhados aos aterros depois de esgotadas todas as possibilidades de reuso e reciclagem do resíduo sólido e, no caso de lâmpadas fluorescentes, apenas 6% dos resíduos sólidos são considerados rejeitos, ou seja, subprodutos, como o vidro, o alumínio e outros componentes metálicos, o pó de fosfato, o mercúrio são considerados resíduos e, portanto, obrigatoriamente devem ser tratados e reciclados.

A legislação brasileira adota o princípio da responsabilidade compartilhada, que envolve todos os setores da sociedade no tratamento dos resíduos sólidos, desde o fabricante até o consumidor final, englobando o poder público.

4. Procedimentos Metodológicos

O presente estudo busca identificar as organizações que compõem a cadeia de suprimentos das lâmpadas fluorescentes, tanto aquelas envolvidas na produção e distribuição dos produtos quanto nas atividades voltadas a reciclagem das lâmpadas fluorescentes. O destaque é dado para a análise dos fluxos reversos, com identificação dos vários membros que fazem parte dos canais reversos. Ainda é caracterizado o tipo de processo usado no tratamento dos resíduos e os custos associados a estes, apresentando um panorama do setor de reciclagem de lâmpadas fluorescentes no Brasil.

Assim, do ponto de vista de seus objetivos, esta trabalho pode ser caracterizada como de cunho exploratório. No que se refere aos procedimentos técnicos adotados no trabalho, optou-se pela pesquisa bibliográfica. Esta consiste em pesquisa feita a partir de material já publicado como: livros, artigos de periódicos, assim como material online.

4.1. Caracterização da cadeia de suprimentos e dos canais reversos das lâmpadas fluorescentes

Na cadeia de suprimentos das lâmpadas fluorescentes, como mostra a figura 1, os fornecedores de matéria-prima e a indústria de lâmpadas constituem os primeiros elos. Os produtos acabados, cerca de 300 milhões de lâmpadas a cada ano, são comercializados tanto por canais de distribuição voltados ao setor industrial quanto comercial, que atende as organizações públicas e consumidores em geral. Os principais fabricantes de lâmpadas no Brasil são a Osram, a Philips, a Empalux, a Golden, a FLC e a GE, dentre outras. Vale lembrar que 40% das lâmpadas fluorescentes presentes no mercado nacional são importadas, em especial da China (ABILUMI, 2014).

Ao fim do seu ciclo de vida, grande parte das lâmpadas fluorescentes vão para lixões e aterros. Aproximadamente 4% é descartada, ou seja, encaminhada para um processo que possibilite o reaproveitamento dos resíduos. Neste caso, os resíduos iniciam seu caminho pelo sistema de logística reversa, do qual participam diversas empresas especializadas na reciclagem. O recolhimento deste produto é feito, em geral, pelas empresas recicladoras tanto nos pontos de consumo, a pedido de clientes, quanto no varejista, nos casos em que o consumidor leva o produto usado até os pontos de coleta disponibilizados por estes membros que fazem, ao mesmo tempo, do canal de distribuição e do canal reverso.

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Nas empresas de reciclagem, as lâmpadas são desmontadas e seus componentes separados por meio de processos que visam à descontaminação dos materiais, os quais variam basicamente, em função do método de separação do mercúrio. Via de regra, separam-se os terminais (componentes de alumínio, soquetes plásticos, e estruturas metálicas/eletrônicas), o vidro (em forma de tubo, cilindro ou outro formato), o fósforo em pó (pó branco contido no interior da lâmpada) e, principalmente o mercúrio, que na maioria das vezes é possível de ser extraído e recuperado em seu estado líquido elementar. Estes processos são realizados em ambiente controlado, a fim de evitar fuga de vapores e consequentemente contaminação do ambiente.

FIGURA 1 – Representação esquemática da cadeia de suprimento e reversa da lâmpada fluorescente. Fonte: os autores.

Os resíduos recuperados - alumínio, vidro, fósforo em pó e mercúrio, este último como produto de maior valor agregado, podem ser reaproveitados. Os resíduos das lâmpadas fluorescentes provenientes das recicladoras, diferentemente de outros produtos, raramente voltam para o mesmo processo de fabricação. O vidro servirá para fabricação de revestimentos cerâmicos, a indústria de equipamentos médico-hospitalares utiliza o mercúrio na fabricação de termômetros, o pó de fosfato é usado pela indústria de tintas e o alumínio é destinado aos centros de reciclagem deste material (POLANCO, 2007).

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Os processos de recuperação dos resíduos de lâmpadas fluorescentes não são tão simples e requerem cuidados que elevam os custos de reciclagem. Além disso, como ressalta Atiyel (2014), as lâmpadas são materiais frágeis e perigosos e os cuidados no transporte e armazenagem aumentam o custo da logística reversa. Estes fatores contribuem para que o sistema de logística reversa das lâmpadas fluorescentes não seja viável apenas com estas operações de mercado (MOURÃO, 2012), diferentemente das cadeias reversas do papel para embalagens, vidro e alumínio.

Além do custo alto de reciclagem de lâmpadas, o custo de produção de uma lâmpada fluorescente a partir de resíduos de lâmpadas se equiparando àquele da produção do produto com matérias-primas virgens, poucas empresas fabricantes se envolvem na recuperação de resíduos. A empresa Philips é uma das poucas empresas que coordena o sistema de logística reversa de lâmpadas fluorescentes em diversos países e no Brasil.

4.2. A logística reversa das lâmpadas fluorescentes e a legislação brasileira

Atualmente, no Brasil, destacam-se oito empresas especializadas na reciclagem de lâmpadas fluorescentes: três no estado São Paulo, duas em Minas Gerais, três em Santa Catarina e uma no Paraná e no Rio Grande do Sul, sendo elas respectivamente, Apliquim, Naturalis Brasil, Tramppo, HG Descontaminações, Recitec, Brasil Recicle, Sílex e Mega Reciclagem. Todas estas empresas são sugeridas, por fabricantes, como a Osram, para realizar a reciclagem das lâmpadas. Além destas, há uma rede de empresas que utilizam o sistema Bullbox de destruição de lâmpadas. Um breve relato da operação de cada uma dessas empresas é feito a seguir, com base em dados obtidos por meio de pesquisa bibliográfica e informações disponibilizadas em seus endereços eletrônicos.

A Apliquim está localizada na cidade de Paulínia, São Paulo, e trabalha com tratamento de resíduos de mercúrio, entre eles, as lâmpadas. Entre 1993 e 2001, a empresa recuperou resíduos de 7.500.000 de lâmpadas (APLIQUIM, 2014) usando um processo caracterizado por duas etapas principais: a primeira que ocorre a desmontagem da lâmpada e, a segunda, com objetivo de recuperar o mercúrio usando processo térmico. Hoje a empresa recicla, em média, 150.000 lâmpadas por mês (APLIQUIM, 2014b).

Também em São Paulo, a Naturalis Brasil em Jundiaí utiliza um sistema denominado “Bulb eater” ou máquina Papa-Lâmpada. O equipamento consiste em uma unidade móvel, com um triturador montado sobre o tambor metálico de 200 litros com capacidade para fragmentar aproximadamente 900 lâmpadas tubulares. Com três sistemas de filtragem – um para poeira de fósforo, um para as micro-partículas de vidro e outra para retenção do mercúrio – os resíduos do tambor são transportados para Naturalis Brasil, onde são separados (vidro e alumínio) e o mercúrio é encapsulado e destinado a aterro classe 1 – aterro com estrutura de impermeabilização do solo e proteção contra chuva para recepção de resíduos perigosos, seguindo o que dispõe a norma NBR 10.004 de 09/1987 (NATURALIS BRASIL, 2014).

A Tramppo desenvolveu um sistema que recupera componentes das lâmpadas fluorescentes tubulares. O equipamento possui tecnologia similar à existente na Suécia, conhecida como tratamento de sopro, mas foi desenvolvido integralmente pela própria empresa e patenteado no mesmo ano (TRAMPPO, 2014). O equipamento tem capacidade para reciclar 120.000 lâmpadas por mês, sendo totalmente automatizado, computadorizado e com monitoramento automático para detecção de mercúrio. O processo é composto por três

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fases: sopro, trituração do vidro tubular e sublimação do mercúrio.

A HG Descontaminações está instalada no município de Nova Lima, Minas Gerais. O processo utilizado pela HG para separação dos materiais é químico. O processo se inicia com a moagem das lâmpadas, seguida do peneiramento e lavagem dos fragmentos, por isso é também chamado processo por via úmida. Este processo gera iodo contaminado que será disposto em aterro classe 1 juntamente com o mercúrio. A água residual do processo de lavagem é tratada em operações subsequentes com sulfito de sódio (Na2SO3), bissulfeto de sódio (NaHSO3) ou produtos equivalentes, filtrada e retorna ao processo (LACERDA, 2004). Também no estado de Minas, a Recitec iniciou suas atividades em 2002, no município de Pedro Leopoldo e tem capacidade de reciclar 200.000 lâmpadas por mês. A empresa coleta cerca de 17.000 lâmpadas e utiliza um processo de separação via seca, fechado e opera à pressão negativa (RECITEC, 2014).

A Brasil Recicle, de Santa Catarina, iniciou suas atividades em 2000 no município de Indaial. A capacidade atual de reciclagem da empresa é de 160.000 lâmpadas fluorescentes por mês. O processo utilizado por ela consiste no corte dos terminais e limpeza interna do tubo de vidro com escova giratória. Durante o corte, é aplicado um jato de ar em uma extremidade do tubo e exaustão no lado oposto. Nessa fase, os terminais metálicos são separados do tubo e armazenados em bobonas para posterior trituração e separação. Os tubos de vidro após o corte e limpeza, são armazenados ou triturados. O processo permite a recuperação de vidro e sucata metálica (BRASIL RECICLE, 2014).

A segunda empresa de Santa Catarina é a Sílex que opera no munícipio de Morro da Fumaça. Seus equipamentos foram dimensionados para reciclar lâmpadas fluorescentes tubulares e compactas, lâmpadas de vapor mercúrio e/ou sódio e lâmpadas incandescentes tradicionais. A capacidade operacional da empresa é 720 lâmpadas fluorescentes de média potência (40 W) por hora ou 144.000 lâmpadas/mês, considerando a produção efetiva de seus equipamentos (SÍLEX, 2014).

A Mega reciclagem situada em Curitiba iniciou suas atividades de descontaminação de lâmpadas fluorescentes em 1998. A empresa faz descontaminação de lâmpadas fluorescentes, de vapor de Mercúrio, de vapor de sódio e de luz mista (MEGA RECICLAGEM, 2014). As lâmpadas são quebradas em meio líquido e os materiais contendo mercúrio são separados do vidro e dos metais com adição de reagentes químicos. O processo é denominado via úmida e os produtos gerados são encaminhados para empresas de reciclagem, com exceção do mercúrio que é encaminhado para aterro classe 1 (ZANICHELLI et al., 2004).

O sistema de tambor para separação dos componentes das lâmpadas desenvolvido pela Bullbox é usado por empresas em 8 estados, sendo eles: Ceará, Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O processo é semelhante ao desenvolvido pela empresa Naturalis, que usa um tambor metálico de 200 litros com um sistema interno de aspiração e filtragem em três fases.

4.3. Custo da reciclagem de lâmpadas no Brasil

O custo da reciclagem de lâmpadas fluorescentes levantados na pesquisa varia entre R$ 0,45 e R$ 0,75 para lâmpada inteiras ou de R$ 2,56 a R$ 4,00 por quilo de lâmpadas danificadas. Além do custo deste processo devem ser acrescidos os custos de transporte e armazenagem do produto. Via de regra as empresas de reciclagem não exigem quantidade mínima para reciclagem, mas os custos para pequenas quantidades são muito elevados

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fazendo com que a geradora do resíduo armazene provisoriamente as lâmpadas usadas para consolidar um volume razoável antes de enviar à recicladora. A tabela 2 apresenta dados dos custos apresentados por algumas das empresas identificadas neste trabalho.

TABELA 2- Dados comparativos dos processos e custos de reciclagem no Brasil

Empresa UF Processo Custo da reciclagem (R$) Capacidade (lâmpadas/ mês) Por unidade de lâmpada Por quilo de lâmpadas danificada

Apliquim SP Fragmentação seca +

recuperação térmica de Hg 0,70 - 400.000

Brasil Recicle SC

Corte de terminais + separação de componentes e futura implantação recuperação térmica de Hg 0,45 2,56 160.000 HG Descontami-nação MG

Trituração e separação química e Hg encaminhado a aterro de resíduos Classe 1.

0,50 - -

Mega

Reciclagem PR

Trituração e separação química e Hg encaminhado a aterro de resíduos Classe 1.

0,45 a 0,58 2,95 150.000

Naturalis SP

Trituração no próprio cliente e disposição dos filtros contaminados em aterro de resíduos Classe 1.

0,60 - 38.000

Recitec MG Fragmentação seca +

recuperação térmica de Hg 0,75 4,00 200.000 Sílex SC Fragmentação seca + recuperação térmica Hg, no próprio cliente 0,55 a 0,60 3,60 a 3,70 144.000

Tramppo SP Sopro + recuperação térmica

Hg 0,50 - 120.000

Capacidade total estimada (lâmpadas/ mês) 1.212.000

5. Análise e discussão dos resultados

Apesar da reciclagem ou remanufatura de lâmpadas ainda não ser economicamente interessante para as empresas fabricantes, a PNRS, de 2 de agosto de 2010 indica a necessidade de mudança na forma como os resíduos de lâmpadas são dispostos atualmente, uma vez que apenas 4% das lâmpadas fluorescentes pós-consumo é reciclada. Caso se utilize a capacidade de processamento total das empresas de reciclagem analisadas no presente trabalho, para inferir o volume reciclado, este valor ficaria em torno de 4,8%.

A opção no Brasil por uma legislação onde a responsabilidade pela gestão dos resíduos é compartilhada, ao invés da responsabilidade estendida, pressupõe ações coordenadas entre as empresas fabricantes, empresas de reciclagem, governo e a sociedade para tornar mais eficiente a reciclagem das lâmpadas fluorescentes no país. Ao analisar a estrutura da cadeia reversa, observa-se que algumas ações vêm sendo tomadas por fabricantes. A Philips, por exemplo, estabeleceu uma parceria com uma empresa recicladora Oxil para organizar a logística reversa dos seus produtos; a Osram disponibiliza informações sobre

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empresas que podem fazer a reciclagem dos seus produtos. No entanto, ainda não há um engajamento dos municípios e da sociedade neste processo.

Não há campanhas para incentivar a coleta de lâmpadas e, poucas empresas varejistas se envolvem neste processo. A Leroy Merlin e algumas empresas especializadas recebem estes materiais mas diferentemente da reciclagem de produtos que interessa aos fabricantes – como é o caso do papel para embalagem e o alumínio, onde o uso da matéria-prima secundária reduz significativamente os custos de produção – a reciclagem das lâmpadas fluorescentes não é rentável para as empresas produtoras. A própria constatação que os resíduos são, em geral, usados por outras indústrias, que não as fabricantes de lâmpadas, ratifica esta observação. Isso faz com que grande parte das empresas recicladoras adotem processos com custos mais baixos, como aqueles que se caracterizam pelo encapsulamento do mercúrio e encaminhamento deste aos aterros sanitários. Em outras palavras, a forma como se estrutura a cadeia reversa mostra que a reciclagem tem o objetivo de atender o que prescreve a legislação ao menor custo possível.

6. Conclusões

A cadeia das lâmpadas fluorescentes está incluída entre os grupos prioritários de produtos da PNRS, tendo em vista os danos que seus resíduos podem causar ao meio ambiente. Esta pressão legal parece ser necessária para incentivar a organização de um sistema de logística reversa do produto, dado que a reutilização dos resíduos não é economicamente interessante para as organizações produtivas. Este desinteresse nos resíduos faz com que, ao contrário de produtos como papel para embalagem e alumínio, que alcançam altas taxas de reciclagem, a taxa de reciclagem de lâmpadas fluorescentes não chegue a 5%. Por outro lado, países da Europa reciclam até 90% destes produtos, como resultado, principalmente, de uma política de resíduos mais rigorosa.

Embora a quantidade de produtos perigosos usados nas lâmpadas venha sendo reduzida com o desenvolvimento de novas tecnologias, ao se levar em consideração o volume de lâmpadas comercializadas no país, cerca de 300 milhões de lâmpadas por ano, o problema do descarte destas toma proporções alarmantes. Por outro lado, como o custo da reciclagem é elevado para o gerador de resíduo – se comparado ao fato de não haver uma penalidade para quem descarta incorretamente esse material – as perspectivas de se elevar as taxas de reciclagem no curto prazo não parecem realistas.

A assinatura do acordo setorial para a instrumentalização dos planos de logística reversa, com a definição de metas a serem alcançadas em relação a quantidade de material reciclado e a estruturação da cadeia de logística reversa deste produto, podem contribuir para o envolvimento efetivo dos fabricantes e distribuidores destes produtos.

Vale ressaltar, no entanto, que não é suficiente a formalização de acordos com as empresas industrias e comerciais. Da mesma forma que campanhas para incentivar a reciclagem de outros produtos foram feitas no país com resultados positivos, os municípios devem promover a reciclagem das lâmpadas fluorescentes visando tanto alertar para os perigos associados a contaminação pelos materiais perigosos presentes nas lâmpadas quanto envolver a população no processo de descarte adequado deste material. Com a melhoria do processo de logística reversa os custos de reciclagem podem ser reduzidos.

Os resultados apresentados neste trabalho fornecem uma visão geral da logística reversa de lâmpadas fluorescentes no Brasil. Um estudo de múltiplos casos em empresas que

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façam parte dos canais reversos poderia permitir que dificuldades nas atividades de logística reversa das lâmpadas fossem identificadas, sendo aqui sugerido como trabalho futuro.

Referências

ABILUMI. Reciclagem de lâmpadas fluorescentes no Brasil é dificultada por rigidez na legislação sobre transporte do produto. Disponível em: <http://www.bulbox.com.br/news_rel_25_06_08.html> Acesso em: 14 Nov. 2014.

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Referências

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