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CURSO DE FORMAÇÃO PASTORAL

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Academic year: 2021

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CURSO DE FORMAÇÃO PASTORAL

Central de Atendimento: Telefones: (xx11) 3229-9277 - nosso site: www.institutouniverse.com.br Rua Brigadeiro Tobias nº 247 - Cj. 1219 –- bairro Santa Efigênia - São Paulo-SP CEP 01032-000

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CURSO DE FORMAÇÃO PASTORAL

MÓDULO I

Sumário

DISCIPLINAS/UNIDADES

UNIDADE 1: TEOLOGIA GERAL I 4

UNIDADE 2: TEOLOGIA GERAL II 13

UNIDADE 3: TEOLOGIA GERAL III 22

UNIDADE 4: TEOLOGIA PASTORAL I 47

UNIDADE 5: TEOLOGIA PASTORAL II 64

UNIDADE 6: TEOLOGIA PASTORAL III 79

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DICAS PARA UM BOM APRENDIZADO DURANTE O CURSO

Organizem seus horários de estudos, procurando variar seu planejamento do programa, alternando entre ler, escrever, resolver atividades. O ideal seria dedicar 2 (duas) horas diárias ao seu estudo. Sabemos, porém,

Que em determinados dias à disponibilidade de tempo será pequena e, em outros, será bem maior, havendo uma compensação natural;

Estabeleça um tempo de reserva, pois imprevistos podem ocorrer.

O planejamento só é racional se os períodos de estudos corresponderem ao seu ritmo de vida e forem previstos pausas e tempo livre para descanso.

Melhore sua concentração através de um programa de treinamento pessoal, observando os seguintes pontos:

· Estude uma coisa de cada vez;

· Separe as fases de trabalho das de descanso;

· Sempre que possível, estabeleça horário para estudar;

· Avalie suas capacidades e estabeleça metas possíveis de atingir.

Lembre-se que você não está sozinho, ou sozinha colocamos a sua disposição para tirar suas dúvidas em relação aos conteúdos, atividades, e exercícios no decorrer do curso.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

(4)

Unidade

TEOLOGIA GERAL I

1

O que é Teologia?

O termo teologia vem do grego theós “deus”, e logos, “estudo”, “discurso”, “raciocínio”. Assim, essa palavra indica o estudo das coisas relativas a Deus, à sua natureza, obras e relações com os homens, etc. Uma definição léxica diz: “um corpo de doutrinas acerca de Deus. E por outra definição que é a mais usada podemos dizer que”:

Teologia é a Ciência e das coisas divinas.

Na teologia estudamos muitas matérias, mas todas são sub pontos da teologia. Estudamos na teologia as matérias de Angelologia, Escatologia, Cristologia, Geografia Bíblica, Filosofia da Religião, Religiões Comparadas, etc...

A teologia estuda vários ramos conforme destacamos a seguir:

a) A teologia exegética: procura descobrir o verdadeiro significado das escrituras.

b) A teologia histórica: traça a história do desenvolvimento da interpretação doutrinária e envolve o estudo da história da igreja.

c) A teologia dogmática: é o estudo das verdades fundamentais da fé, como se nos apresentam nos credos da Igreja.

d) A teologia bíblica: traça o progresso da verdade através de diversos livros da Bíblia, e descreve a maneira de cada escritor em apresentar as doutrinas importantes.

e) A teologia sistemática: neste ramo de estudo, os ensinos bíblicos concernentes a Deus e aos homens, são agrupados em tópicos.

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A necessidade das Escrituras

De que fontes se extrairão a verdade inerente acerca de Deus? A natureza, na verdade, revela a existência, o poder e sabedoria de Deus. Mas não expõe o caminho do perdão, e nenhum meio prevê de escapar ao pecado e às suas conseqüências.

Qual a razão de aceitarem as opiniões bíblicas como sendo a pura verdade? A resposta a tal pergunta leva-nos ao estudo da natureza das Escrituras, a sua inspiração, precisão e confiança.

Quem destruísse um livro, como já tentaram fazer os inimigos da felicidade humana, nos deixaria profundamente desconhecedores do nosso Criador, da criação do mundo que habitamos, da origem e dos progenitores da raça, como também do nosso futuro destino, e nos subordinaria para sempre ao domínio do capricho, das dúvidas e da concepção visionária. A destruição deste Livro nos privaria da religião cristã, como todos os seus confortos espirituais, esperanças e perspectivas animadoras, e no lugar destes, nada nos deixaria, a não ser a penumbra triste da infidelidade, as monstruosas sombras do paganismo.

Enfim, a destruição deste livro nos roubaria, de uma vez, tudo quanto evita que a nossa existência se torne a maior das maldiçoes; cobriria o sol; secaria o oceano e removeria a atmosfera do mundo moral, e degradaria o homem a ponto de ele ter ciúmes da posição dos próprios animais.

A EXISTÊNCIA DE DEUS.

Vivemos num Universo cuja imensidão pressupõe um Criador Poderoso, universo cuja beleza, desenho e ordem apontam um sábio Legislador. Mas quem fez o Criador? Podemos recuar no tempo, indo da causa para o efeito, mas não podemos continuar nesse processo de recuo: reconhecer um ser supremo.

Aquele ser eterno é Deus, o Eterno, a Causa, a Origem por criação de todas as coisas boas que existem.

Se as Escrituras não oferecem nenhuma demonstração racional da existência de Deus, por não vamos fazer esta tentativa? Pelas seguintes razões:

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Primeiramente, para convencer os que genuinamente buscam a Deus, isto é, pessoas cuja fé tem sido ofuscada por alguma dificuldade, e que dizem: “Eu quero crer em Deus; mostra-me que seja razoável crer nele”. Mas evidencia nenhuma convencerá a pessoa que, por desejar continuar no pecado e no egoísmo, diz: “Desafio -te a provar que Deus existe” a fé me questão moral e não intelectual. Se a pessoa não está disposta aceitar, ela porá de lado todas e quaisquer evidências. (Lucas 6:31).

OS ANJOS.

Ao nosso redor há um mundo de espíritos, muito mais populoso, mais poderoso e de maiores recursos do que no nosso mundo visível de seres humanos. Bons e maus espíritos dirigem os passos em nosso meio. Os de Deus acampam ao redor dos crentes e inocentes e os livram e os maus dominam o homem ímpio e iníquo.

Passam de um lugar para outro, com a rapidez de um relâmpago e com movimentos imperceptíveis. Eles habitam os espaços ao redor de nós. Sabemos que alguns deles se interessam pelo nosso bem-estar; outros, porém, estão empenhados em fazer-nos mal. Os escritores inspirados fazem-nos descortinar uma visão desse mundo invisível, a fim de que possamos ser, tanto confortados, como admoestados.

Sua natureza – Os Anjos são:

a) Criaturas, sito é, seres criados. Foram feitos do nada pelo poder de Deus. Não conhecemos a época exata de sua criação, porém sabemos que antes que aparecesse o homem, já eles existiam, havia muito tempo, e que a rebelião daqueles sob Satanás já se havia registrado, deixando duas classes – os anjos bons e os anjos maus. Sendo eles criaturas, recusam a adoração (Apoc. 19:11;22:8,9) e ao homem, por sua parte, é proibido adorá-los. (Col. 2:18).

b) Espíritos. Os anjos são descritos como espíritos, por que, diferentes dos homens, eles não estão limitados às condições naturais e físicas.

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d) Em Lucas 20:34-36. Jesus explica, aos saduceus que os santos ressuscitados serão como os anjos, no sentido que não podem mais morrer.

e) Numerosos. As Escrituras nos ensinam que o seu número é muito grande. “Milhares e milhares os serviram, milhões e milhões” (Dan 7:10). Portanto, seu Criador e Mestre é descrito como o “Senhor dos Exércitos”.

f) Sem sexo. Os anjos sempre são descritos como varões, porém na realidade não têm sexo; não propagam e sua espécie. (Lucas 20:34,35).

O HOMEM

Somente Deus pode verdadeiramente revelar Deus. Esta revelação de si mesmo, tão necessária à salvação, encontra-se nas Escrituras. Da mesma fonte deriva a opinião de Deus sobre o homem, que é a opinião verdadeira, pois quem melhor pode conhecer o homem do que o seu Criador?

Neste dias, quando as falsas filosofias teológicas e antropológicas representam de forma errada a natureza humana, é de grande importância que conhecemos a verdade. Assim, melhor poderemos compreender também as doutrinas sobre o pecado, o juízo e a salvação, as quais baseiam no ponto de vista bíblico da natureza do homem.

A tri-unidade humana.

Segundo Gênesis 2:7, o homem se compõe de duas substâncias – a substância imaterial, chamada corpo, e a substância imaterial, chamada alma. A alma é a vida do corpo, e quando a alma se retira, o corpo morre.

Mas, segundo 1 Tess. 5:23 e Heb. 4:12, o homem se compõe de três substancia – espírito, alma e corpo; alguns estudantes da Bíblia defendem essa opinião de três partes da constituição humana versus doutrina de duas partes apenas, adotada por outros.

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O espírito e a alma representam os dois lados da substância não-física do homem; ou, em outras palavras, o espírito e a lama representam os dois lados da natureza espiritual. Embora distintos. O espírito e alma são inseparáveis, são entrosados uns no outro. Por estarem ligadas, as palavras “espírito” e “alma” muitas vezes se confundem (Ecl. 12:7; Apoc. 6:9); de maneira que, em um trecho, a substância espiritual do homem se descreve como alma (Mat. 10:28) e, em outra passagem, como espírito (Tiago 2:26).

Alma e espírito.

A alma do homem o distingue dos animais. Estes possuem alma, mas é alma terrena, enquanto dura o corpo (Elc. 3:21). A alma do homem é qualidade diferente, sendo vivificada pelo espírito humano. Como “toda carne não é a mesma carne”, assim sucede com a alma; existe alma humana e existe alma dos irracionais.

O espírito foi formado por Deus na parte interna da natureza do homem, capaz de renovação e desenvolvimento. (Sal. 51:10). Esse espírito é o centro da vida humana; o espírito é aquilo que faz o homem diferente dos outros seres vivos. É dotado de vida humana e inteligência (prov. 20:27; Jô 32:8).

Os irracionais têm alma (Gen. 1:20, no original), mas não têm espírito.

O PECADO

Está escrito por Deus, ao completar a obra da criação, declarou que tudo era “muito bom”. Observamos as coisas, mesmo ligeiramente, chegamos à convicção de que muitas coisas que agora existem, não são boas – o mal, a impiedade a opressão, a luta, a guerra, a morte, e o sofrimento.

E natural surge à pergunta:

- Como entrou o mal no mundo? – pergunta que têm deixado perplexos muitos pensadores. A bíblia oferece a resposta de Deus; ainda mais, informa-nos o que o pecado realmente é; melhor ainda, apresenta-nos o remédio para o pecado.

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O novo Testamento descreve o pecado como:

a) Errar o alvo, como um arqueiro que atira, mas erra, do mesmo modo, o homem erra o alvo final da vida. Ser achado em falta, ao ser passado na balança de Deus.

b) Dívida. (Mat. 6:12.) O homem deve a Deus a guarda de seus mandamentos: todo pecado cometido é contração de uma dívida. Incapaz de pagá-la, a única esperança do homem é ser perdoado, ou obter a remissão da dívida.

O SENHOR JESUS CRISTO

A pergunta “Quem é o Cristo?” Tem sua melhor reposta na declaração e explicações dos nomes e títulos pelos quais ele é conhecido.

Da mesma forma, como “filho do homem” significa um nascimento do homem, assim também “Filho de Deus” significa um nascido de Deus. Por isso, dizemos que esse título proclama a deidade de Cristo. Jesus nunca é chamado um Filho de Deus, como os homens e os anjos são chamados filhos de Deus. (Jô 2:1). Ele é o Filho de Deus. Jesus é descrito mantendo uma relação para com Deus não participada por nenhuma pessoa no universo. Então ele é Deus Filho.

SALVAÇAO.

O senhor Jesus Cristo, pela sua morte expiatória, comprou a salvação para os homens. Como Deus a aplica e como é ela recebida pelos homens para que se torne uma realidade experimental?. As verdades relacionadas com a aplicação da salvação agrupam-se sob três títulos: JUSTIFICAÇÃO, RENEGAÇÃO e SANTIFICAÇÃO.

A conversão, segundo a definição amais simples, é abandonar o pecado e aproximar-se de Deus. (Atos 3:19). O termo é usado para exprimir tanto o período crítico, em que o pecador volta aos caminhos da justiça, como também para expressar o arrependimento de alguma transgressão por parte de quem já se encontra nos caminhos da justiça. (Mat. 18:3; Luc. 22:32; Tiago 5:20).

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O ESPÍRITO SANTO.

A doutrina do Espírito Santo, a julgar pelo que ocupa nas Escrituras, está em primeiro lugar entre as verdades redentoras. Como exceção das Epístolas 2 e 3 de João, todos os livros do Novo Testamento contêm referências à obra do Espírito; todos os Evangelhos começam com uma promessa do derramamento do Espírito Santo. No entanto, é reconhecida como a doutrina mais negligenciada. O formalismo e um medo indevido do fanatismo têm produzido uma reação contra a ênfase à obra do Espírito na experiência pessoal.

Naturalmente, este fato resultou em decadência espiritual, pois não pode haver Cristianismo sem o Espírito. Somente ele pode fazer real o que a obra de Cristo possibilitou.

Nomes do Espírito Santo:

a) Espírito de Deus – Lucas 11:20. b) Espírito de Cristo – Romanos 8:9. c) O consolador – João 14 á 17.

d) Espírito da Promessa – Lucas 24:49; Gálatas 3:14. e) Espírito da Graça – Hebreus 10:29; Zacarias 12:10. f) Espírito da Vida – Romanos 8:2; Apoc. 11:11. g) Espírito de Adoção –Romanos 8:15.

A IGERJA.

Jesus projetou, claramente, a existência duma sociedade de seus seguidores, que diria aos homens seu Evangelho e ministraria a humanidade no seu Espírito, e que trabalharia pelo aumento do reino de Deus, como ele o fez. Ele não modelou nenhuma organização e nenhum plano de governo para essa sociedade... Ele fez algo mais grandioso que lhe dar organização ele lhe concedeu vida. Jesus formou essa sociedade de seus seguidores, chamando-os a unir-se a Ele, comunicando-lhes, durante o tempo em que esteve no mundo, tanto quanto fosunir-se possível, de sua própria vida, de seu Espírito e de seu propósito. Ele prometeu continuar até ao fim do mundo concedendo sua vida à sua sociedade, à sua Igreja.

(11)

Podemos dizer que seu dom á igreja foi ele mesmo. A obra da Igreja:

Pregar a salvação. A obra da igreja é pregar o Evangelho a toda criatura (Mat. 28:19,20) e explanar o plano da salvação, tal qual é ensinado nas escrituras. Cristo tornou acessível a salvação, por provê-la; a Igreja deve torná-la real, por proclamá-a.

AS ÚLTIMAS COISAS.

“Assim diz o Senhor...Eu sou o primeiro, e sou o último....” (Isaias 44:6). Deus já escreveu, tanto o último como o primeiro capítulo da história de todas as coisas. No livro de Gênese, lemos a respeito da origem de todas as coisas. Nas escrituras proféticas, muito especiais no livro do Apocalipse, revela-se como estas coisas alcançarão seu alvo máximo e consumação.

O fato da vida de Cristo é mencionado mais de 300 vezes no Novo Testamento. Paulo refere-se ao evento umas cinqüenta vezes. Há interpretações que procuram evitar a opinião de que a vida de Cristo seja literal e pessoal. Alguns ensinam que a morte é a segunda vinda de Cristo. Mas a bíblia mostra que a segunda vinda é o contrário da morte, pois os mortos em Cristo ressuscitarão nessa ocasião. Com a morte iremos para Cristo, mas na sua vinda Ele virá para nos buscar.

SINAIS DA SUA VINDA:

As Escrituras ensinam que à aparição de Cristo inaugurando a idade Milenial será precedida por um tempo agitado de transição, no qual haverá distúrbios físicos, guerras, crises econômicas, declínio moral, apostasia religiosa, infidelidade, pânico geral e perplexidade.

Contudo, primeiro ocorrerá o Arrebatamento e a última parte desse período transitório chama-se “A Tribulação”, durante a qual o mundo inteiro estará sob o domínio dum governo contra Deus e anticristão, e os poucos desviados ou naturais que confessarem Deus, serão brutalmente perseguidos durante a terceira guerra mundial.

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Vencidas as ramificações como noções especificas, tem-se que Teologia Sistemática no geral é o estudo lógico de Deus, ciência que estuda Deus e as coisas divinas e suas relações com o ser humano. Theos = Deus (no Grego) e lógis = Estudo Lógico.

Abrange: Exegética, que estuda o significado das Escrituras, enquanto que a Bibliologia analisam as suas doutrinas.

História – Traça a história do desenvolvimento da interpretação doutrinária, envolvendo a análise da vida cronológica da Igreja. Já pelo lado doutrinário, a Eclesiologia é responsável pelos dogmas e fundamentos da fé e suas variadas formas de apresentação na Igreja.

Bíblia – Acompanha e analisa a evolução do encaixe da trama da bíblia em seus variados livros, levando em consideração a cultura de cada povo, bem como a localização geográfica e época de cada escrito e escritor.

Sistemática – Divide-se por sistemas, métodos e agrupamentos dos ensinos e ciência de Deus e seus efeitos criativos.

O termo teologia, segundo seus aspectos etimológicos, é composto de duas palavras gregas: Theos (Deus) e logos (palavra, fala, expressão).

Tanto Cristo, a Palavra Viva, como a Bíblia, a Palavra Escrita, são o Logos de Deus. Eles são para Deus o que a expressão é para o pensamento e o que a fala é para a razão.

A teologia é, portanto, uma Theo-loga, isto é, uma palavra, uma fala ou expressão sobre Deus; uma doutrina sobre Deus. É o estudo lógico sobre a revelação de Deus, que é a expressão dos Seus pensamentos e, logo, é também, o estudo sobre sua própria Pessoa. Portanto, teologia é o estudo sobre Deus, sua obra e sua revelação.

Embora não encontremos nas Escrituras a palavra teologia, ela é bíblica em seu caráter . Rm. 3:2 encontramos ta logia tou Theou 9os oráculos de DEUS); EM 1ª Pe. 4:11 encontramos logia Theou (Oráculos de Deus), e em Lc.8:21 temos ton Logon tou Theou (a Palavra de Deus).

(13)

Unidade

TEOLOGIA GERAL II

2

1. Pentateuco

Para se começar um bom curso de Teologia, depois das noções gerais, deve ser pelo começo da Bíblia. Penta = cinco os cincos primeiros livros: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Escritos por Moisés, declaradamente a lei de Moisés (Ed. 6:18, 7:6; Ne. 8:11). É a Lei de Deus (2 Cr. 34:14). Os hebraicos denominaram o Pentateuco de “Torá” e para eles a Bíblia começa e termina aí. Formando um só pergaminho indivisível. Já quando traduzido, nos “Setenta”, apareceu dividido em cinco livros, com os atuais títulos.

Sempre foi traduzido para outras línguas e dialetos, exemplo do Pentateuco Samaritano, traduzido para Samaria, que ocupou o lugar das tribos do norte de Israel, bem depois das invasões da Síria e da Babilônia.

Moisés pode ter começado a escrever o Pentateuco no Egito e terminado no deserto do Sinai. Do século XV ao XIV a.C., Deus revelou diretamente a ele o segredo da criação e a história da civilização (Caim, Enoque, Noé e Abraão) até então. Ou por ordem de Deus, pode ter recolhido fragmentos da história, que veio repassado nos baús de Sem, Abraão e outros. As palavras originais eram em hebraico. Depois foram traduzidas para a Grécia, Roma e Samaria. Hoje, geralmente, ocorrem várias divergências de traduções. A Grécia a traduziu em 270 a.C., obtendo o nome de “Septuaginta”, especialmente para os Judeus que residiam em Alexandria e falava com mais freqüência o grego (esta também foi usada por Cristo e seus discípulos). Outros poliglotas gregos, a partir do 2º século, também apresentaram as suas traduções:

Áquilo, Teodócio e Simaco.

O Pentateuco, em conjunto com os demais livros bíblicos, percorreu o mundo. A versão africana circulava no norte da África, de 150 a 200 d.C., nesta versão pesquisaram Tertualiano, Cipriano e Agostinho, foi revisada e chegou na Itália, precedida por Jerônimo (331 a 420 d.C.).

A Síria, por meio dos Judeus cristãos, efetuou a tradição também do Velho Testamento, no primeiro século, e do Novo Testamento, no segundo século. Até para os Judeus deportados para a Babilônia, no ano 604 a.C., retornaram a Israel, tiveram o privilégio da versão caldaica.

Livros do Pentateuco

Primeiro livro da Bíblia. Narra acontecimentos, desde a criação do mundo, na perspectiva judaica (o chamado "relato do Génesis"), passando pelos Patriarcas hebreus, até à fixação deste povo no Egito, depois da história de José. Génesis é o inicio´, é o principio da criação dos céus, da terra, da humanidades e de tudo quando existe vida, todos os seres. Escrito por Moisés.

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Êxodo

O livro conta a história da saída do povo de Israel do Egito, onde foram escravos durante 400 anos. Narra o nascimento, a vida e o ministério de Moisés diante do povo de Israel, bem como o estabelecimento da Lei e a construção do Tabernáculo. Mostra o início de um relacionamento entre o povo recém-saído do Egito e Deus através de uma aliança proposta pelo próprio Deus. É a organização do judaísmo.

Levítico

Basicamente é um livro teocrático, isto é, tem caráter legislativo; apresenta em seu texto o ritual dos sacrifícios, as normas que diferenciam o puro do impuro, a lei da santidade e o calendário religioso entre outras normas e legislações que regulariam a religião. Mostra como o povo se aproxima de Deus por meio do sangue. Abrange acontecimentos de 39 anos no deserto.

Números

Este livro é de interesse histórico, pois fornece detalhes acerca da rota dos israelitas no deserto e de seus principais acampamentos. O título é da versão dos setenta, porque narra dois recenseamentos. Primeiro, quando da chegada dos hebreus no Sinai, no segundo ano depois da travessia do Mar Vermelho. O segundo, na travessia do Jordão, no final dos 40 anos de peregrinação. Tinham 603.550 guerreiros acima de 20 anos no começo e, 601.730 no final, perfazendo um universo total de 3 milhões de hebreus no final, que atravessaram o Jordão. Dos primeiros recenseados, apenas Josué e Calebe foram contados novamente. Numero é serviço e ordem. É certa que dos 40 anos peregrinando, 37 foram fixos ao sul de Canaã, zona de Neguebe, perto de Cadesbarnéia, onde o tabernáculo era o ponto central da vida civil e religiosa exercida por Moisés.

Deuteronômio

Contém os discursos de Moisés ao povo, no deserto, durante seu êxodo do Egito à Terra Prometida por Deus. Os discursos contidos nesse livro, em geral, reforçam a idéia de que servir a Deus não é apenas seguir sua Lei. O título provém do grego e quer dizer: Segunda

Lei, ou melhor, Repetição da Lei. Em êxodo, Levítico e Números, as leis foram dadas,

conforme a necessidade da ocasião, a um povo acampado no deserto. Em Deuteronômio, essas leis foram repetidas a uma geração que, dentro em breve, moraria nas casas vilas e cidades da terra prometida.

Em Gêneses encontra-se toda a doutrina Deus, homem, pecado e da salvação. É dividido em: origem do mundo e do ser humano e os patriarcas. Da criação do dilúvio foram 1656 anos, e de Noé a Abraão, foram em torno de 2630. assim, de 4.430 a 1800 a.C., também ficou em evidência a 1ª Babilônia, em 2200 (não a de Nabucodonosor, mas a de Hamurab, do olho por olho e....); a civilização do Egito, em 3300 (pirâmides) e a Suméria em 4200, após o dilúvio. O Pentateuco deu origem ao Antigo e ao Novo Testamento, que é composto de obras de autores diversos, como Moisés, que foi um príncipe e legislador, Josué, um general; Davi e Salomão reis e poetas; estadista e profeta; Daniel, primeiro ministro; Zacarias e Jeremias, sacerdotes e profetas; Amós, homem do campo.

A Bíblia toda (66 livros) teve cerca de 40 escritores, por um período de 16 séculos aproximadamente, os quais não se conheceram; pertenciam a diversas classes, de continentes diferentes, muitas vezes sem ter conhecimento do que os outros haviam escrito.

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A perfeita unidade da Bíblia, quando lemos, inspira-nos a glorificar a Deus, porque em meio a alegrias e tristezas, o produto final apresenta uma só mensagem e uma salvação completa: JESUS!

Inicialmente, os escritos da Bíblia não eram divididos em capítulos e versículos; a divisão em capítulos só veio a acontecer no ano de 1250 d.C., pelo Cardeal Hugo de Sancto Caro, monge dominicano, que dele se serviu a sua concordância com a Vulgata.

Alguns pesquisadores atribuem essa divisão também a Sephen Langton, falecido em 1228. no ano de 1551, Robert Stephen fez a divisão em versículos, publicando a primeira Bíblia, assim dividida em 1555, a Vulgata.

Em 1525, Jacob Bem Haim, na Bíblia Bomberg, em Veneza, também havia dividido o Antigo Testamento em versículos.

O Antigo Testamento se encerra, citando a palavra maldição.

O Novo Testamento se encerra, citando graça do Senhor Jesus Cristo. - Há 8.000 vezes a palavra “Senhor”.

- A volta de Jesus é citada 1.845 vezes. - O autor da Bíblia é Deus.

- O Intérprete da Bíblia é o Espírito Santo. - O assunto central da Bíblia é Jesus Cristo.

- A Bíblia é o livro mais editado e vendido do mundo. - A Bíblia é o mais lido do mundo.

Existem, aproximadamente, 2.800 línguas e 3.000 dialetos, mas a Bíblia já foi vertida, em parte, em 1.500 línguas e dialetos. A Bíblia inteira só está traduzida em cerca de 300 línguas.

A Bíblia contém 66 livros, 1.189 capítulos, 31.278 versículos, dos quais mais de 5.000 são promessas (alguns autores falam de cerca de 32.000 promessas, o que daria a média de maus de uma promessa por versículo) e cerca de 3 milhões de letras, assim distribuídos: Antigo Testamento: 39 livros; 929 capítulos; 23.328 versículos; cerca de 31 autores; escrito em hebraico (com porções em aramaico). Novo Testamento: 27 livros; 260 capítulos; 7.950 versículos; cerca de 9 autores; escrito em grego.

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2. Livros Históricos

São 16 livros em que é contada a historia de Israel a parti da conquista da Terra Santa, a Palestina. São eles: Josué, Juízes, Rute, I e II Samuel, I e II Reis, I e II Crônicas, Esdras, Neemias, Tobias, Judite, Ester, I e II Macabeus. Destes, veremos 8 a seguir:

JOSUÉ

Após a libertação do povo da escravidão dos egípcios, Moisés organizou-os na península do Sinai e o conduziu até as margens do Jordão (Rio). Para continuar a mesma missão de Moisés, sucedeu-lhe Josué, tinha à sua frente duas tarefas: ocupar as terras de Canaã, expulsando os antigos habitantes e dividir o país entre as várias tribos de Israel. O livro é a narração, ora detalhada, ora resumida, desta grande empresa.Este livro é formado por longo e complexo processo de confecção. Os crentes, tanto judeus como cristãos, já o consideraram como fruto da inspiração.

JUÍZES

Este livro tira seu título dos doze heróis de Israel, cujos feitos registra. Não eram eles magistrados, mas chefes militares enviados por Deus para ajudar e socorrer seu povo em tempo de perigo externo.

Exerceram suas atividades no intervalo de tempo entre a morte de Josué e a instituição da monarquia em Israel.

Seis deles : Otoniel, Aod, Barac, Gedeão, Jefté e Sansão, são tratados com mais detalhes e em conseqüência são chamados os Juizes Maiores.

Os outros seis, as atividades são registradas de maneira mais resumida, são chamados de Juizes menores. O propósito do livro é mostrar que a sorte de Israel dependia da obediência ou desobediência do povo à lei de Deus. Sempre que se rebelavam contra ele, era oprimido pelas nações pagãs, quando se arrependiam Deus suscitava os juízes para liberta-los.

RUTE

O livro de Rute tem este nome por causa da mulher Moabita que se uniu ao povo Israelita por seu casamento com o ilustre Booz de Belém. Rute contem um belo exemplo de piedade filial, tão apreciada pelos hebreus. Seu espírito de auto sacrifício,

sua piedade, sua integridade moral foram realçados por Deus com o dom da fé e um casamento ilustre, ao qual se tornou ancestral de Davi e de Cristo.

Vem após o livro dos Juízes pois esta intimamente ligado por causa do tempo de ação , pode se caracterizar este livro como uma forma literária dramática, pois cerca de dois terços dele tem a forma de dialogo, contudo há probalidade que contenha História real, não existe certeza quanto ao autor do livro, foi escrito muito tempo depois dos acontecimentos narrados.

SAMUEL

Esta obra sagrada compreende assim a História de cerca de um século, descrevendo o fim da era dos juizes e o começo da monarquia em Israel, sob Saul e Davi. Não é uma História contínua, nem relato sistemático, mas uma série de episódios, desenrolados em torno As figuras de Samuel, Saul e Davi, as principais personagens no estabelecimento da real dinastia (pertencentes à uma só família) de Davi.

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REIS

Como no livro de Samuel,estendem a história consecutiva de Israel do nascimento até à destruição de Jerusalém, em 687 a. c, este trabalho é delineado como história religiosa, por isto o templo, que é lugar escolhido para o culto de Javé, ocupa em reis, o centro da atenção. O primeiro livro de Reis, traz a história de Israel dos últimos dias e morte de Davi, até a ascenção ,na Samaria, de Acóssias, filho de acab, quase fim do reinado de Josafá, rei de Judá.

Devemos notar os dois grande ciclos de tradições que se desenvolveram em torno das grandes figuras proféticas de Elias e Eliseu, um no primeiro e outro no segundo livro de Reis. O ciclo de Elias é mais importante porque salienta a difícil luta de Israel com a religião de Canaã.

I CRÔNICAS

O Título grego significa “coisas omitidas ou ignoradas” em

Samuel e Reis. Os livros de crônicas, registram com certa minúcia o extenso período entre o reinado de Saul e a volta do Exílio.

O cronista propôs-se a definir e defender as legítimas reivindicações da monarquia Davídica na história de Israel e exaltar o lugar de Jerusalém e do culto no templo determinado por Deus como o centro da vida religiosa para a comunidade judaica de então.

Do ponto de vista do cronista o reinado de Davi era o ideal a que todo subseqüente governo de Judá deveria aspirar.

O cronista estava muito mais interessado na influencia religiosa e litúrgica de Davi, do que em seu poder político. Ou seria um povo sujeito a Deus ou nada.

II CRÔNICAS.

Começa com o relato do reinado de Salomão, de acordo com o ponto de vista pessoal do cronista. A figura de Salomão é exaltada: só é inferior à de Davi. A grande obra de construção do templo e a magnificência da corte de Salomão são descritas com minúcias, ao passo que os graves defeitos desse reinado são omitidos.

Tudo isso está de acordo com a intenção do cronista de realçar a suprema importância do templo e seu culto.

Ele deseja convencer seus leitores do esplendor da morada de Deus e a magnificiencia da Liturgia do sacrifício, oração e louvor que ali são ofertados.A comunidade restaurada teria de se adaptar a esse ideal de um povo unido no culto de um só e verdadeiro Deus no templo de Jerusalém fundado por Davi e Salomão.

ESTER

Este livro relata a libertação do cativeiro do povo hebreu, no império persa, por ação da judia Éster, escolhida para a rainha, entre as outras mulheres do harém, em substituição à decaída Vasti, que se recusara à comparecer num banquete organizado por Assuero, transcrição hebraica de Xerxes I.

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O Objetivo do livro é didático: glorificação do povo judeu e explicação da origem.

A Obra foi concebida como meio de consolação para Israel, uma lembrança de que a providencia divina vela constantemente pelo seu povo, nunca o abandonando quando a serve fielmente ou a ele se dirige com sincero arrependimento.

Os Livros históricos do Antigo Testamento da Bíblia cristã são:

• Josué, • Juízes, • Rute, • I Samuel, • II Samuel, • I Reis, • II Reis, • I Crônicas, • II Crônicas, • Esdras, • Neemias e • Ester.

BIBLIA: Livros históricos. Na Bíblia cristã, esses livros estão agrupados em quatro blocos:

(1) Josué, Juízes, Rute, Samuel e Reis; (2) Crônicas, Esdras e Neemias; (3) Tobias, Judite e Ester; (4) Macabeus. Na Bíblia hebraica, Josué, Juízes, Samuel e Reis são chamados profetas anteriores, para distingui-los de Isaías, Jeremias, Ezequiel e os 12 profetas menores, que são os posteriores. Chamam-se históricos porque têm como tema principal as relações de Israel com Iavé, nome pelo qual os israelitas designam Deus. Primeiro bloco. O Deuteronômio, último livro do Pentateuco, relata em seu capítulo final que, após a morte de Moisés, "Josué, filho de Nun, estava cheio do espírito de sabedoria, porquanto Moisés lhe impusera as mãos." Eis por que Josué é o primeiro dos livros históricos, pois seu relato dá imediata continuidade ao Deuteronômio. Mostra como o povo eleito instalou-se na terra prometida, Canaã, depois de atravessar o Jordão. Por meio da conquista de Jericó, os israelitas, comandados por Josué, apropriam-se da nova terra, cuja posse vai ser mantida enquanto houver obediência à lei.

É feita a divisão da terra entre as tribos transjordânicas e cisjordânicas, que testemunham sua unidade pelo altar comum dedicado a Iavé. Com a morte de Josué, os filhos de Israel consultam Iavé sobre quem os dirigirá doravante, e recebem como resposta o destaque da

tribo de Judá.

Assim começa o segundo livro histórico, Juízes, cujo nome se refere aos heróis da libertação, chefes escolhidos por Deus para governar seu povo, no período entre a morte de Josué e a entronização de Saul, primeiro rei de Israel.

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Rute, o terceiro livro histórico, narra a conversão da moabita Rute, seu casamento com Booz e o nascimento de seu filho, Obed, que será o avô de Davi. É um livro de genealogia judaica, de Farés até o rei Davi.

Os dois livros de Samuel, que na Bíblia hebraica constituem um só, relata o início do período monárquico. Foi Samuel, chefe religioso dos israelenses, quem ungiu o primeiro rei, Saul, seu sucessor, Davi, e quem os repreendeu por seus pecados. Os dois livros dos Reis, quinto dos históricos, formam, como os de Samuel uma só obra na Bíblia hebraica. Seu relato abrange um longo período, que vai de Samuel até à queda de Jerusalém, e o cativeiro na Babilônia. Segundo bloco. Crônicas, Esdras e Neemias formam um segundo grupo de livros históricos, que repetem e prolongam os relatos constantes dos livros anteriores.

As Crônicas, tanto na Bíblia hebraica quanto na edição da Vulgata, recebem o nome de Paralipômenos, ou seja, livros que relatam as coisas omissas. Referem-se à época em que o povo judeu, que perdera a independência política, lutava por viver segundo as normas de sua lei religiosa. Contêm as listas genealógicas das tribos israelitas, desde Adão até Davi, um relato sobre o governo deste último e sobre o governo de Salomão -- com ênfase na construção do templo -- e a história do reino de Judá, até sua destruição.

Esdras e Neemias narram a volta dos judeus da Babilônia e a reconstituição de Jerusalém. Terceiro bloco. O terceiro grupo dos livros históricos compõe-se de Tobias, Judite e Ester. Os dois primeiros não foram admitidos nem pela Bíblia hebraica nem pelos protestantes. Para a Igreja Católica, são deuterocanônicos, admitidos depois do sínodo romano do ano 382.

Os três livros são cheios de inconsistências históricas, misturam datas e lugares e apresentam omissões. No entanto, são extremamente bem escritos, de leitura agradável e absorvente, e inspira-se em relatos patriarcais do Gênesis. Tobias é uma história edificante, em que se ressaltam a caridade, os deveres para com os mortos e o sentimento familiar. Judite conta a vitória do povo eleito contra seus inimigos, graças à coragem de uma mulher. O mesmo enredo é o tema de Ester, em que se evidencia a hostilidade que os judeus provocavam no mundo antigo, devido à singularidade de sua vida.

3. Geografia Bíblica.

3.1 Consideração sobre o tema Geografia Bíblica: O pastor evangélico é um cientista da religião, ou seja, alguém capaz de enxergar o mundo e o homem através de seu caráter histórico, social e antropológico. Sendo assim, em nosso curso de formação de pastor não poderíamos de deixar de abordar essa matéria tecendo conhecimento historicamente Bíblico.

A Bíblia começou a ser escrita no deserto do Sinai, no Oriente Médio, ao norte da África e do Egito; ao sul da Rússia, do Mar Negro, da Turquia e da Grécia; ao leste do Mar Mediterrâneo e ao oeste da Jordânia e Síria; ao sul do Líbano e Europa (sul). Moisés iniciou a escrever a Santa Bíblia em 1400 a 1445 e foi terminada em 96 d.c., POR João, o Apóstolo do Amor, depois que saiu do exílio da ilha de Patmos; cerca de 40 escritores usados por Deus gastaram cerca de pouco mais de 1500 anos em um raio de mais de 5 mil (quilômetros.

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Moisés escreveu fatos globais e universais, relatando toda a criação efetuada por Deus. Falou sobre o Jardim do Éden na Mesopotâmia, para o ano zero. Aobrw a arca de Noé, que pairou em Ararat, na Armênia, no ano 1656 da criação. Falou sobre Ur dos Caldeus, de onde veio Abraão do Kuwait (do petróleo de fogo de Sedam) em torno do ano 1900. escreveu também algo referente à Síria, Egito e de todo Israel, que no tempo era Canaã, de Jeru e de Salém (centro da terra), nos anos 1800 a 1500. Israel, inicialmente, foi muito próspero no reinado de Salomão, que comercializava com Tiro, índia, Etiópia. A história secular afirma que Salomão amasiou-se com a rainha etíope, razão de ter vários judeus negros, inclusive, em 1994, tive a oportunidade de ver vários deles refugiados em Jerusalém, e outros, Salomão implantou a siderurgia do alumínio e cobre e aumentou os impostos, levando afinal o povo à miséria. Provocando cisma ou separação, sob o reinado de Roboão, separando as 10 tribos do norte das duas tribos do sul.

As tribos do norte foram invadidas pela Assíria, em 722 a.C., e as do sul pela Babilônia em 604 a.C. Das tribos do norte, poucos retornaram e se espalharam pelo mundo até o dia de hoje, e as de Judá, a maioria, e não todos retornaram após Daniel, o que registra Esdras. Surgindo daí com período interbíblico no ano 438, até que ocorreu o início dos evangélicos; foram 438 anos sem história inspirada e, conseqüentemente, sem geografia. Hebreus vinham de todos os países do mundo para as festas anuais em Israel, especialmente Páscoa e Pentecostes, Jesus, sendo um bom judeu e cumpridor da Lei e dos costumes, também participava das festas todos os anos (a partir de 10 anos quando retornou do Egito). A Bíblia fez história no Egito, mas não fez escrita. Como a história geral registra fatos sumerianos em torno do ano 4 mil e fatos do Egito do ano 3300 (pirâmides), então nós, da teologia, não podemos ignorar o que está historicamente e cientificamente comprovado; assim, alguns comnetaristas menos esclarecidos, estão errados ao afirmarem que o dilúvio de Noé ocorreu no ano de 2200 e que a criação de Adão e Eva ocorreu no ano de 3500, como querem afirmar vários comentários bíblicos (a data e comentários que as editoras colocam no começo de cada livro ou no dicionário bíblico, não são inspirados, por isso varia muito). Daniel fez história na Babilônia no século 5 e 6 a.c., no meio de um povo que pensava que a vida dependia dos astros e de sonhos (embora o calendário romano, com 12 meses e 365 dias, usado hoje em 90% dos países, inclusive o Brasil, foi criado pela primeira Babilônia em 2200 e aperfeiçoado pela segunda Babilônia dos anos 600 a.C.)

O ponto central da Bíblia é Cristo (nascimento, morto e ressurreição) e, conseqüentemente, o ponto central da geografia é Belém e Jerusalém. Cristo pregou apenas em Israel e seus apóstolos e discípulos, até os confins da terra. São Paulo pregava em grego, nos países do Oriente. São Pedro também fez várias viagens missionárias e ambos faleceram durante o governo romano de Nero. Foram maltratados e vários cristãos eram atirados ás arenas, para alimento das feras famintas, sob aplausos da multidão do circo romano.

A Geografia localizada se encontra no final de qualquer Bíblia; todo seminarista deve manusear para ampliar e ter um conhecimento específico das tribos, bem como das Cidades. O Jordão era a fonte de vida para Israel, nasce ao norte origina-se das geleiras noturnas de zero grau do monte Hermom, e com o calor de 45 graus do dia, degela, desce e forma oi lago (mas falam de mar) da Galiléia (lago de 10 km por 10 km), termina no Mar Morto, ao sul do Israel, sem peixes e sem vida e com dezenas de minérios, o que faz de Israel o país mais rico do mundo (uma das razões por que irá dominar o mundo, na terceira guerra). Resíduos de Sodoma e Gomorra.

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Hoje, as dezenas de rios que desaguavam no Jordão, se tornaram apenas valas desérticas e ondulações de rochas e areias (a pouca agricultura e pastagem de Israel é por meio de irrigação oriunda do Jordão e do Mar Mediterrâneo, esta última depois de fazer o processo de retirada do sal).

Então, o Jordão de hoje não é mais aquele, hoje ele é estreito, porque dele se extrai estas dezenas de irrigações e abastecimentos às cidades, além do que é poluído. O Mar Morto está diminuindo, hoje 5 por 20 km, com vários hotéis turísticos de judeus americanos ás suas margens. Hoje, a Cisjordânia ocupa o espaço que era das tribos de: Rubem, Gade e Manasses (Israel errou em devolver um assentamento aos palestinos em 2005, mas m breve será retomando, é uma daquelas sábias armadilhas enigmas dos judeus contra os inimigos, o cadeião); a Síria, o espaço da tribo de Dã, e o Líbano, a tribo de Aser, e dentro de pouco tempo, tudo isso voltará a ser de Israel também, (a Síria, em 2005, retirou o seu exército de 20 mil soldados do Líbano, limpando caminho para Israel retomar).

Jerusalém é a capital interna onde ficam o parlamento e sede nacional, e Tel-Aviv, a capital internacional, onde ficam as embaixadas (e nesse começo de milênio já se estuda a possibilidade de tudo ficar unificado em Jerusalém). Jerusalém é a capital das religiões: Cristianismo, Judaísmo e Islamismo, onde peregrinam milhares de fiéis por dia, do que sobrevivem economicamente 80% da economia de Israel. Israel vive em constante guerra, fria ou declarada, a Israel Oriental, judeus americanos mantém constante ajuda, a Israel americana situa-se na colônia de dois milhões de judeus, em Nova Iorque, que é muito mais rica e poderosa que a soma dos judeus Orientais. As constantes guerras e conflitos entre judeus e palestinos afugentam os turistas, que receiam a bomba perdida e a crise permeia a nação.

São Paulo viajou e escreveram em vários pontos da Ásia, Capadócia, Síria, Acaia, Macedônia, Sicília e Itália, além dos Mares: Mediterrâneo, Adriático, Tirreno e Egeu.

Naquele tempo bíblico, apenas índio (ou selvagens) existiam no Brasil, vieram as maiores partes da Europa, a partir do século 25 a.C., em dezenas de caravanas e embarcações anuais para as Américas (Norte, Central e Sul), não tiveram condições de retorno e se perderam pelas matas adentro, perdendo a cultura e a civilização. Salvo os incas, Maias e Astecas, mas que também depois pereceram.

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Unidade

TEOLOGIA GERAL III

3

1. RELIGÕES E SEITAS

Religiões, teologicamente falando, são denominações cristãs genuínas que seguem Cristo e a bíblia. Já seitas são as religiões heréticas e que seguem ensinamentos do homem (filosofias e culturas). O mundo possui hoje cerca de 7 bilhões de pessoas e, agora, nesse começo do terceiro milênio, é que os povos estão-se universalizando; assim, em cada região ou continente impera uma religião predominante. Por falta de um meio de comunicação mais eficiente, via satélite ou Internet, os povos ainda sentem-se distantes, principalmente entre os continentes. Por essa razão, as grandes religiões e seitas ficaram estagnadas durante séculos, em uma mesma região geográfica. Portugal e Espanha descobriram as Américas Central e Sul trouxeram o catolicismo Já a América do Norte foi colonizada pela Inglaterra, que implantou o protestantismo ali. Os usos e costumes das nações orientais são também diferentes das nações ocidentais, não deixando de ser obstáculo.

DEFINIÇÃO DOS TERMOS

O termo adquiriu definição mais precisa e sociológica com os estudos de Ernst Troeltsch, Reinhold Niebuhr e Liston Pope: seita é todo grupo cismático nascido no interior de uma igreja organizada e em oposição a ela. Em obediência a uma autoridade carismática, a seita regula-se por uma interpretação literal ou extremamente alegórico dos textos sagrados, com ênfaregula-se nas doutrinas desprezadas pela igreja à qual pertencia, e é fortemente mística, missionária, messiânica e escatológica. Sua oposição alcança igualmente os valores culturais e, não raro, os costumes vigentes, em protesto contra a ordem estabelecida.

O que significam as palavras seita e heresia? Ambas derivam da palavra grega háiresis, que significa escolha, partido tomado, corrente de pensamento, divisão, escola etc. A palavra heresia é adaptação de háiresis. Quando passada para o latim, háiresis virou seita. Foi do latim que veio a palavra seita.

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Originalmente, a palavra não tinha sentido pejorativo. Quando o Cristianismo foi chamado de seita (At 24.5), não foi em sentido depreciativo. Os lideres judaicos viam os cristãos como mais um grupo, uma facção dentro do Judaísmo. Com o tempo, háiresis também assumiu conotação negativa, como em 1 Co 11.19; Gl 5.20; 1 Pd 1.1-2.

Em termos teológicos, podemos dizer que seita refere-se a um grupo de pessoas e que heresia indica as doutrinas antibíblicas defendidas pelo grupo. Baseando-se nessa explicação, podemos dizer que um cristão imaturo pode estar ensinando alguma heresia, sem, contudo, fazer parte de uma seita.

Há ainda outras definições sobre o que é seita:

Neste termo encontramos as mais variadas associações tais como: corrente de pensamento, separação, facção, dissidência, partido, heterodoxia entre outras.

Qual o significado da palavra seita na opinião de alguns apologistas da fé cristã atual? 1ª "Um grupo de indivíduos reunidos em torno de uma interpretação errônea da Bíblia, feita por uma ou mais pessoas" – Dr. Walter Martin.

2ª "É uma perversão, uma distorção do Cristianismo bíblico e/ou a rejeição dos ensinos históricos da Igreja cristã" – Josh McDoweell e Don Stewart.

3ª "Qualquer religião tida por heterodoxa ou mesmo espúria" – J.K. Van Baalen. 4º "Uma seita é alguma perversão religiosa. É a crença e a prática, dentro do mundo religioso, que requer a devoção das pessoas a algum ponto de vista religioso ou para algum líder, estribados em alguma doutrina falsa. Uma seita é uma heresia organizada." – Dave Breese. Façamos um breve comentário sobre o que é doutrina. A palavra significa ensino. Vem do latim doutrina, que significa ensino. Referindo-se a qualquer tipo de ensino ou a algum ensino específico.

6 Existem três formas de doutrina:

a) Doutrina de Deus – At 13.12; 1.42; Tt 2.10. b) Doutrina de homens – Mt 15.9; 16.12; Cl 2.22. c) Doutrina de demônios – 1 Tm 4.1.

A primeira é boa, as duas últimas são danosas. É preciso distinguir a primeira das últimas, senão os prejuízos podem ser fatais. O contraste entre a verdade e a mentira é mais nítido que o contraste entre a verdade e a falsidade.

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Religiões e seitas pagãs podem ser analisadas facilmente. Contudo, uma religião ou seita que se apresente como cristã, mas tem uma doutrina contrária às Escrituras, merece toda nossa atenção. Para tanto, devemos conhecer os meios adequados para se identificar uma seita.

As Seitas estão em todos os lugares

As Seitas estão em todos os lugares. Algumas são populares e amplamente aceitas. Outras são isolacionistas e procuram se esconder, para evitar um exame de suas ações. Elas estão crescendo e florescendo a cada dia. Algumas seitas causam grande sofrimento aos seus seguidores, enquanto outras até parecem muito úteis e benéficas.

Em 1978, o então missionário norte-americano Jim Jones, foi responsável pela morte de 900 seguidores, na Guiana Francesa, todos envenenados após Ter anunciado a eles o fim do mundo. Um fato interessante desse trágico acontecimento foi o depoimento de um dos militares americanos responsáveis pela remoção dos corpos. Ele disse que, após vasculhar todo o acampamento, não foi encontrado um só exemplar da Bíblia. Jim Jones substituiu a Bíblia por suas próprias palavras.

Em 1993, o líder religioso David Koresh, que se intitulava a reencarnação do Senhor Jesus, promoveu um verdadeiro inferno no rancho de madeira, onde ficava a seita Branch Davidian. Seduzindo os seguidores com a filosofia de que deveria morrer para depois ressuscitar das cinzas, derramou combustível no rancho e ateou fogo, matando 80 pessoas, incluindo 18 crianças.

Em 1997, outra seita denominada Heaven’s Gate (Portão do Céu), que misturava ocultismo com fanatismo religioso, levou 40 seguidores ao suicídio. Na ocasião, essas pessoas acreditavam que seriam conduzidas para outra dimensão em uma nave que surgiria na cauda do cometa Halley Bop.

No Brasil também existem muitas seitas e denominações que se reforçam em profecias do Apocalipse. Uma das mais conhecidas, devido ao destaque dado pela mídia, são as Borboletas Azuis, da Paraíba, que em 1980 anunciou um dilúvio para aquele ano.

Em Brasília, encontra-se o Vale do Amanhecer, que conta com aproximadamente 36.000 adeptos. No Paraná, um homem de nome Iuri Thais, se auto-intitula como o próprio Senhor Jesus reencarnado. Fundador da seita Suprema Ordem Universal da Santíssima Trindade, ele parece ter decorado a Bíblia de capa a capa e, com isso, tem enganado a muitos.

Muitas das seitas são conhecidas dos cristãos brasileiros, a saber: Mormonismo, Testemunhas de Jeová, etc. Mas muitas novas seitas pseudo-cristãs estão chegando ao Brasil e são pouco conhecidas: Igreja Internacional de Cristo/Boston (Igreja de Cristo, no Brasil), Ciência Cristã,

Escola Unida do Cristianismo, Meninos de Jesus etc.

Quase todas essas seitas refutam a Trindade (com a conseqüente diminuição do Senhor Jesus Cristo), a ressurreição, a salvação pela Graça e contrariam outros princípios bíblicos.

Aspectos comuns

1. As seitas subestimam o valor do Senhor Jesus ou colocam-no numa posição secundária, tirando-lhe a divindade e os atributos divinos como conseqüência.

2.Crêem apenas em determinadas partes da Bíblia e admitem como "inspirados" escritos de seus fundadores ou de pessoas que repartem com eles boa parte daquilo que crêem;

1.Dizem ser os únicos certos;

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3.Ensinam o homem a desenvolver sua própria salvação, muitas vezes, sob um conceito totalmente naturalista;

4. Costumam buscar suas presas em outras religiões, conseguindo desencaminhar para o seu meio, inclusive, muitos bons cristãos.

SEITAS E HERESIAS O surgimento da religiosidade

Gn 4:3-7

A palavra "religião" vem do latim religião, que significa "religar". O conceito implícito nessa palavra é o de uma tentativa do homem de "religar-se" a Deus, reatando uma comunhão rompida. Esse sentimento "religioso" é comum a todos os homens, não importando sua origem social ou geográfica.

A religião surgiu no vácuo provocado pela ausência da comunhão autêntica com Deus. O homem foi feito para viver em comunhão com Deus, e na falta dessa comunhão ele experimenta, ainda que inconscientemente, um sentimento de profunda frustração. Esse anseio (e não o "medo do desconhecido", como muitos sustentaram no passado) é que originou na humanidade a busca religiosa.

O mesmo espírito religioso que está por detrás de cultos como o islamismo, o animismo (adoração de espíritos, englobando todas as formas de umbanda), o espiritismo e outras manifestações religiosas, está também por detrás de todas as seitas e heresias que surgiram no meio da Igreja no decorrer da história. Na verdade, o diabo é especialista em variar suas armas no ataque contra a Igreja. A diferença entre o paganismo e o cristianismo é fácil de ser detectada, mas o mesmo não acontece entre o cristianismo verdadeiro e alguns movimentos heréticos.

Heresias

A palavra "heresia" vem do termo grego "hairesis". Essa palavra é empregada no Novo Testamento com dois sentidos principais: (1) seita, no sentido de facção ou partido, um corpo de partidários de determinadas doutrinas (veja At 5:17; 15:5; 24:5; 26:5; 28:22); e (2) opinião contrária à doutrina prevalecente, de cujo ponto de vista é considerada heresia (veja 2 Pe 2:1).

1 Co 11:19; Gl 5:20 Nestes dois textos, o termo haireseis procura definir a atividade facciosa

ou partidária. No primeiro, o sentido negativo do termo "partidos" é esclarecido pelo contexto: os aprovados são aqueles que não tomam parte nos "partidos". No segundo, é traduzido como "facções".

1 Co 1:10; 11:18 Em ambos os textos, a palavra traduzida "divisões", no grego, é schismata,

que significa literalmente "rasgões em pano". Alguns estudiosos sustentam que essa palavra indica divisões em torno de personalidades, e não em torno de ensinos. Segundo esse ponto de vista, divisões em torno de personalidades seriam um "mal menor", não tão grave quanto as "heresias" (negações de verdades da fé). O texto de 1 Co 11:19, no entanto, parece relacionar as divisões aos partidos (haireseis).

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Conclusão "heresia" = Ensinos que, de alguma maneira, contrariam alguma verdade da fé

cristã.

OBS.: A heresia não pode ser confundida com a apostasia. O apóstata é alguém que rejeitou

completamente a fé cristã; o herege continua vinculando-se à fé, excetuando-se os pontos em que seu sistema nega a fé cristã.

1 Co 15:12; Cl 2:8,16,20-22; 2 Ts 2:2; 1 Tm 4:1-3,7; 1 Jo 2:18,19,22; 4:2,3 Estes textos

exemplificam diversas ocorrências de heresias, ainda no período da Igreja primitiva Seitas

Em seu sentido mais genérico, seita é "devoção a uma pessoa ou coisa particular, dedicada por uma corporação de adeptos". Esta definição está na raiz de termos como "sectarismo", e por esse ângulo tanto um partido político como uma torcida organizada de futebol poderiam ser classificados como "seita". Em nosso estudo, no entanto, estamos interessados em estudá-las de uma perspectiva cristã e, nesse prisma, as seitas aparecem invariavelmente como falsificações da fé cristã.

Podemos dizer que as seitas, em sua maior parte, são o produto final das heresias, ou seja, o resultado da fermentação herética na massa da igreja. Nem toda heresia culmina na formação de uma seita, mas toda seita possui em seu sistema elementos heréticos.

1 - Semelhança com o cristianismo.

Virtualmente todas as seitas possuem forte semelhança com a fé cristã legítima, e é justamente essa semelhança que se constitui na principal estratégia do diabo com relação a elas (veja 2

Co 11:13-15).

2 - Adeptos sinceros.

veja Rm 10:2

3 - A questão da origem.

Todas as seitas, praticamente, reivindicam como sua fonte inicial alguma nova revelação da parte de Deus. Mas os Testemunhas de Jeová, por exemplo (que tem em Ário um "precursor" de seu fundador, C. T. Russell) constantemente reivindicam revelações adicionais como base para seus ensinos

4 - Reconhecimento de autoridade adicional às Escrituras.

As seitas sempre reconhecem uma autoridade adicional às Escrituras, que acaba sobrepujando a Bíblia e se torna sua base para doutrina e governo. O Mormonismo tem O Livro de Mórmon, a Pérola de Grande Valor e Doutrinas e Alianças; a Ciência Cristã tem o livro Ciência e

Saúde, escrito pela fundadora, Mary Baker Eddy; os Adventistas do Sétimo Dia têm os escritos

de Ellen G. White; e etc.

5 - Negação de verdades essenciais à fé cristã.

As seitas negam aspectos essenciais da fé cristã, em geral seus ensinos discordam da verdade bíblica em áreas tão centrais quanto a Pessoa de Jesus (Testemunhas de Jeová), a Pessoa

do Espírito Santo (Testemunhas de Jeová) a obra expiatória de Jesus (Adventistas do

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Jeová), o ensino das Escrituras sobre o pecado (Pensamento Positivo) a ressurreição e ascensão físicas do corpo de Jesus (Testemunhas de Jeová), entre outros.

6 - Rejeição do espírito de oração.

Em sua quase totalidade elas desvalorizam a oração. A oração é uma atividade que não oferece atrativos, exceto para aqueles que são filhos de Deus. Como pode haver um legítimo espírito de oração numa seita que, por exemplo, nega o conceito de pecado, repudia a obra redentora de Jesus e rejeita o Espírito Santo como Pessoa.

7 - Ênfase numa "fórmula" particular.

Todas as seitas enfatizam geralmente uma "fórmula" específica, muitas vezes um esquema rígido que deve ser seguido a fim de que determinados resultados sejam obtidos.

8 - Pretensão de exclusividade.

Esta é uma característica invariável das seitas: consideram-se a única expressão válida do cristianismo. O caso do Adventismo do Sétimo Dia é típico: para ministrar o batismo, esse grupo exige do "catecúmeno" uma confissão de que "a Igreja Adventista do Sétimo Dia é a Igreja remanescente", o que exclui todos os demais grupos cristãos.

A título de conclusão, poderíamos ilustrar da seguinte maneira a diferença entre "heresia" e "seita": heresia é como um câncer num ser humano; começa lento, insidioso, mas tende a crescer e a dominar todo o sistema do indivíduo. Já a seita, é como um "homem artificial", uma imitação do ser humano.

Ef 6:11,12 Podemos e devemos estudar acerca das seitas, a fim de que possamos

principalmente instruir pessoas que estão ou estiveram aprisionadas por elas e desejam ser libertas; nunca, porém, para debatermos com seus seguidores

HANY POTTER

Em inglês potter é oleiro - Isaías 64:8

Harry Potter, é um fenômeno editorial mundial que possui como tema a saga de um menino feiticeiro, cujos pais foram mortos por um bruxo muito poderoso, e que mora numa casa onde é maltratado por todos.

Ele é apresentado como um simpático menino de óculos e com um raio estampado na testa. Vejam a seguir uma breve definição esotérica do que significa raio: "de longa data o raio é considerado um instrumento e arma divinos; e é o símbolo da atividade celeste, da ação transformadora do céu sobre a terra.

Como se pode ver, nada é ao acaso. Até o raio estampado na testa de Harry Potter, tem um forte simbolismo esotérico. A temática de Harry Potter é profundamente mística e inteiramente comprometida com bruxaria, feitiçaria e esoterismo, e é apresentada como literatura mimetizada em contos pueris, quando na realidade é perversa e advinda do inferno.

Uma reportagem na revista Veja edição 1671 ano 33 número 42 de 18 de outubro de 2000,.sobre O efeito Potter - Pequeno bruxo cativa os adultos e leva crianças a novos autores traz informações preciosas, dentre elas que a Editora Rocco, que publica os títulos no Brasil, recebe cerca de 1 000 e-mails por mês sobre Harry

Potter. Destes e-mails, cerca de 20% são de adultos que aguardam ansiosos pelos próximos números ou surpresos com a reação de seus filhos.

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Os demais e-mails são das próprias crianças, que já tendo lido os dois primeiros livros da série lançados em português, elogiam as publicações e pedem sugestões e dicas de livros parecidos.

São crianças pedindo sugestões de livros com o mesmo assunto de Harry Potter, ou seja: iniciando-se nas artes da bruxaria e da feitiçaria. Temos crianças, que em vez de estarem brincando ou aprendendo coisas sadias, estão mergulhando de cabeça em práticas místicas e profundamente comprometidas espiritualmente, sob o olhar complacente de pais e mães, a exemplo do que acontece com o halloween.

Pasmo absoluto!

Goeebels, o ideólogo da propaganda nazista dizia que uma mentira repetida reiteradas vezes toma ares de verdade. A mentira aqui é fazer pensar que Harry, o oleiro de mentira, representado numa literatura malígna e perniciosa pode substituir Deus o Oleiro verdadeiro na vida da humanidade.

Viram, que não há nada casual?

A série de três livros atingiu a estrondosa marca de 30 milhões de exemplares vendidos no mundo todo. Uma milionária e estrondosa campanha de marketing fomenta a venda dos livros, que virarão filmes para crianças em 2001.

Segundo a imprensa americana, Harry Potter reativou uma antiga tradição: famílias inteiras se reúnem para ler as histórias do menino-bruxo em voz alta.

No Brasil, foram lançados dois títulos "Harry Potter e a Pedra Filosofal", e "Harry Potter e a Câmara Secreta", e há a previsão de que seja lançado o terceiro volume no mês de dezembro

O QUE A BÍBLIA DIZ ÀCERCA DO OCULTO

A Bíblia é o único livro que tem autoridade para esclarecer este assunto, porque é a Palavra de Deus.

Muitas pessoas têm os seus pontos de vista àcerca do oculto e acham muitas coisas. Mas vamos ver o que a Bíblia diz.

Deus criou todas as coisas e entregou tudo nas mãos do homem. Satanás enganou o homem, que de sua livre vontade virou as costas a Deus e fez-se a si mesmo escravo do pecado,

dominado por satanás.

Deus decidiu ajudar a humanidade enviando ao mundo o Seu único Filho, Jesus Cristo.

Jesus já fez tudo o que era preciso para nós sermos salvos. E a própria Bíblia dá testemunho disto:

Actos 4:12 - "E não há salvação em nenhum outro, pois não há debaixo do céu qualquer outro nome dado aos ho-mens que nos possa salvar".

Mais uma vez, veio satanás, para voltar a enganar o homem com religiões, filosofias, avareza, sinais sobrenaturais ligados com bruxaria e espiritismo, etc. Leva as pessoas a acreditar piamente que estão a servir a Deus, e que vão pelo caminho verdadeiro, "porque todas as

religiões vão dar a Deus".

Ao homem foi dada uma vontade própria. Não está nas mãos de Deus, nem de satanás, decidir o rumo da vida do homem. Antes, cabe a ele escolher: seguir Jesus, ou seguir satanás.

1 – Como satanás engana o homem

O ser humano é curioso por natureza e gosta de se envolver com coisas do oculto. O

propósito do oculto é manifestar o poder sobrenatural para atrair a atenção das pessoas.

As obras do oculto são o assunto mais reprovado pelas Escrituras quer no Velho Testamento como no Novo Testamento.

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O Velho Testamento (Deuteronómio 7:25-26) fala-nos das abominações e de como Deus rejeita essas coisas.

"Queimarás no fogo as imagens dos seus deuses. Não cederás à tentação de ficares com a prata e com o ouro que as cobre, porque isso origina a tua ruína, e são uma abominação para o Senhor teu Deus... Detestá-la-ás e afastá-la-ás com horror".

"Maldito o homem que faz uma estátua esculpida ou fundida, objecto abominável ao Senhor "

(Deuteronómio 27:15)

Satanás opera por detrás de toda a idolatria, para enganar as pessoas e afastá-las, cada vez mais, do verdadeiro caminho, que é Jesus.

"... nada disto compreendem os que conduzem em procissão o seu ídolo de madeira e dirigem as suas orações a um deus que não pode salvar" (Isaías 45:20).

Deus declara que o culto a imagens é culto a demónios.

"... a carne sacrificada aos ídolos é alguma coisa? Ou o ídolo é alguma coi-sa? Pelo contrário, digo-vos que os que sacrificam, sacrificam aos demónios e não a Deus, e Eu não quero que vós tenhais parte com demónios" (I Corínti-os 10: 19-20).

2 – As obras do oculto

Hoje já não é como nos tempos em que a Bíblia foi escrita. Naquele tempo chamavam-se bruxas, astrólogos, feiticeiros, videntes etc. Hoje são poucos os que têm estes nomes, mas por detrás da camuflagem de Professor, Doutor Ervanário e outros, as suas obras continuam a ser as mesmas. Mas a Bíblia continua a chamar tais pessoas de: bruxos, feiticeiros e mágicos. Pensando que servem a Deus (alguns), têm comunhão com demónios.

A Bíblia exorta-nos a não crermos em toda a gente, mas para vermos se o espírito é de Deus. Há um ditado que diz: "nem tudo o que luz é ouro". A questão é: "como é que eu posso provar

os espíritos, saber se são de Deus ou não"?

I João 4-1: "Amados, não creais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus;

porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo".

A resposta é simples, pela Palavra de Deus. A Palavra de Deus é o guia, a chave, a solução. É por ela que nós vamos saber. Há muita gente que diz coisas em Nome de Deus e quando vamos à Bíblia, não encontramos lá nada disso que proferem.

Como é que nós devemos saber se isto que está aqui é verdadeiro ou falso? Se estamos a falar verdade ou mentira?

Quando as pessoas não fazem o que a Bíblia diz, não se vê nada de Deus acontecer nas suas vidas. Elas teimam em afirmar que falam ou fazem práticas a favor e em nome de Deus! Decerto, se passa algo de errado com elas. A Bíblia ensina-nos: "pelos seus frutos os

conhecereis".

Mas eis a solução de tudo: Se estivermos numa Igreja onde os bêbados se convertem, deixam os vícios e começam a viver condignamente; as prostitutas se convertem e se transformam em pessoas decentes; os drogados se convertem e são libertos pelo Poder de Deus; as pessoas são libertas de demônios ou os doentes são curados, essa é a Igreja de Jesus ( Pelos seus frutos os conhecereis ).

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A CONSULTA AOS MORTOS No Velho Testamento

No espiritismo ensinam a comunicar com os mortos, com os espíritos e sobre a reencarnação. Vamos ver o que a Bíblia diz em Deuteronómio 18: 9-12:

- "Quando chegarem à terra prometida, tomem cuidado! Não vão ficar corrompidos pelos horríveis costumes dos povos que vivem atualmente lá!

Não haja ninguém no meio de ti que faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha; ou se dê à prática de encantamentos, ou se entregue à leitura dos astros, à adivinhação ou à magia, ao feiticismo, ao espiritismo, aos sortilégios ou à evocação dos mortos. Porque o Senhor abomina aqueles que se entregam a semelhantes práticas".

Em II Crónicas 10:13, 14 (Bíblia Viva), podemos ler que Deus irritou-se com o rei Saúl, por ele ter ido consultar uma adivinhadora. Deus proíbe o espiritismo, pelos frutos que dele conhecemos.

"Saúl morreu porque tinha desobedecido ao Senhor e porque tinha consultado um médium, em vez de pedir a orientação de Deus."

A idolatria, a feitiçaria, o espiritismo e os adivinhadores irritam a Deus.

FEITIÇARIA E MAGIA

II Reis 23: 4-5

No Novo Testamento

I João 4-1 "Amados, não creais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus;

porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo".

Mateus 7:13-15 Mateus 7:16-18

Como vimos em Mateus 7:13, são muitos os caminhos que os homens apresentam para se chegar ao céu, mas Deus o Pai, preparou apenas UM CAMINHO, o Seu Filho Jesus Cristo.

ÀCERCA DA REENCARNAÇÃO.

Algumas pessoas pensam que uma pessoa, depois de morrer, volta várias vezes ao mundo e que se purifica cada vez que cá vem. Olhe para o mundo lá fora e veja como é que ele está! Cada vez pior! Cada vez se faz mais mal uns aos outros! Se esta doutrina fosse verdadeira, o mundo estaria a caminhar para melhor. A consumação da reencarnação não existe. O diabo sabe imitar vozes. Ele é o imitador. Veja Hebreus 9:27:

Referências

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