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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2011

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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO – 2011

Desenvolvimentos do Ano

O ano de 2011 foi marcado pela retomada e aceleração do nosso crescimento nos principais segmentos com foco no mercado de cuidados para saúde. A consolidação e amadurecimento de nossas diretrizes e iniciativas estratégicas, principalmente nas áreas de fortalecimento da marca, relacionamento com clientes e gestão de categorias, combinado com o avanço no processo de integração e captura dos resultados de nossas parcerias estratégicas, aquisições e compra de ativos, levaram a Cremer para um novo patamar de receita e desempenho operacional.

No início do ano fortalecemos nossa parceria estratégica com a Lemgruber, consolidando nossa posição de liderança no mercado nacional de luvas de procedimento. Em abril, completamos a aquisição da P.Simon, referência no mercado de coletores e extensores plásticos, reforçando nossa plataforma de produtos médicos hospitalares com base plástica. A gradual captura dos benefícios da parceria estratégica com a Lemgruber, a integração e incorporação societária da P.Simon, e o avanço na parceria comercial com a Embramed, contribuíram de forma importante no crescimento em 2011 de 36,7% da receita líquida e 78,7% do desempenho operacional da unidade de negócios hospitalar.

Na nossa unidade de negócios varejo, ganhamos espaço e avançamos de forma importante nas nossas diretrizes estratégicas. Com o amadurecimento do processo de revisão do

go-to-market, implementação das iniciativas da Onda Laranja, e aquisição dos ativos e linha de

produtos Topz, ganhamos presença, aumentamos nossa relevância, expandimos nossa linha de produtos e iniciamos uma nova fase na unidade de negócios varejo. No ano, excluindo o desempenho dos produtos descontinuados e da categoria de fraldas de pano, obtivemos um crescimento de receita de 30,0%, 64,9% somente no 4T11.

Do lado operacional, continuamos avançando na modernização de nossas plantas e na expansão da nossa capacidade produtiva, principalmente nos processos de algodão hidrófilo e hastes flexíveis. Para suportar nosso crescimento de vendas, inauguramos um novo centro de distribuição em SP e começamos as operações do nosso novo centro de distribuição na região de Blumenau, mais do que dobrando nossa capacidade de armazenagem e movimentação de produtos na região. Enfrentamos também desafios operacionais significativos, particularmente no mês de setembro em função da pior enchente dos últimos 27 anos na região de Blumenau.

Do lado financeiro, concluímos nossa 3ª emissão de debêntures no valor de R$ 200 milhões e assinamos um contrato de empréstimo com o BNDES de R$ 31,5 milhões. Em função das operações de aquisição e parcerias estratégicas, acabamos alavancando a Companhia acima do nosso objetivo de endividamento líquido de 1,5x EBITDA. No final de 2011, atingimos um patamar de dívida líquida de 2,69x EBITDA e por isso, reduzimos nossas distribuições de dividendos e JCP.

Em 2012, daremos continuidade ao movimento de crescimento com rentabilidade, investindo em iniciativas de marketing e inovação, mas com foco em: i) consolidar a integração das aquisições e parcerias estratégicas; ii) consolidar nossa plataforma operacional de suporte ao crescimento; e iii) desalavancar a Companhia.

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Resultados Consolidados

Receita Líquida

No ano a receita líquida atingiu R$ 457,8 milhões, um crescimento de 21,9% versus 2010, puxado principalmente pelos segmentos hospitalar e varejo.

Segmento Hospitalar

No segmento hospitalar, tivemos uma receita de R$ 270,3 milhões em 2011, um crescimento 36,7% versus 2010, onde destacamos:

(i) Continuamos observando um crescimento robusto em todas as categorias de produtos da nossa plataforma de

produtos com base têxtil, que representou 43,3% em

2011, com crescimento de 29,1% comparado com 2010; (ii) A plataforma de produtos com base látex representou

28,8% das vendas do segmento em 2011, e cresceu 17,7% vs 2010. Observamos um preço de luva estável no 4T11, mas enfraquecendo no final de 2011. Em linha com o movimento do preço do látex no mercado mundial, a nossa expectativa é de queda acentuada no preço das luvas até meados do 2T12;

(iii) A plataforma de produtos plásticos, que engloba principalmente os produtos da linha P.Simon, Embramed e agulhas e seringas continua a ganhar espaço significativo em todo o segmento Hospitalar. No ano, a plataforma representou 17,2% da receita do segmento vs 6,4% em 2010;

(iv) A receita líquida com a linha de produtos P.Simon e Embramed totalizou R$ 42,3 milhões em 2011, versus uma receita de R$ 4,7 milhões em 2010.

Segmento Varejo

O segmento varejo, que representou 21,4% da receita total em 2011, teve um crescimento de 19,1% versus 2010. Destacamos o início das vendas dos produtos Topz a partir de novembro, mas somente em dezembro conseguimos capturar um mês inteiro de receitas. A receita líquida dos produtos Topz, que se dividem nas plataformas têxtil, adesivos e cuidados pessoais, somaram R$ 7,7 milhões no último trimestre. Destacamos ainda:

(i) Os produtos da plataforma têxtil, como algodão, gaze e ataduras, que representaram 57,5% da receita do segmento em 2011, cresceram 19,8% versus 2010. Observamos uma aceleração do crescimento dessa plataforma de produtos no final do ano em função do início das vendas da linha de produtos Topz e dos resultados dos nossos esforços da Onda Laranja. A categoria fraldas de pano representou 16,1% da receita do segmento em

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2011 e tivemos uma queda de 1,0% na receita líquida dessa categoria quando comparada a 2010;

(ii) Continuamos a verificar uma aceleração do crescimento em nossa plataforma de adesivos, composta pelos curativos, esparadrapos e microporosas, que representou 26,5% da receita do segmento em 2011. Esta plataforma de produtos cresceu 23,4% no ano;

(iii) A linha de produtos Topz contribui não só para a plataforma têxtil, mas também para a plataforma de

cuidados pessoais, que incluem produtos de higiene

pessoal e a linha baby como shampoos e condicionadores, sabonetes íntimos, entre outros. Essa plataforma representou no 4T11 10,7% da receita líquida e era praticamente inexistente em 2010.

Segmento Odonto

O segmento odonto, registrou uma queda de 8,3% da receita em 2011 comparada a 2010. Com a entrada de um novo gestor e a revisão das nossas estratégias operacionais, comerciais e de marketing, estamos em processo de implementação de uma nova estrutura organizacional e operacional do segmento. Nesse sentido, esperamos completar até meados de 2012 a separação total das estruturas operacionais do segmento, para ganharmos foco e agilidade e retomarmos o crescimento com rentabilidade no segmento.

Demais Segmentos Saúde

Nos demais segmentos para a saúde, representado principalmente por nossas exportações, obtivemos em 2011 uma receita líquida praticamente em linha com 2010. Esse resultado reflete uma melhora marginal no cenário para o segmento de exportação nos últimos trimestres do ano em função da desvalorização cambial verificada no período. Esperamos que gradualmente os produtos plásticos para saúde, produzidos na nossa fábrica de plásticos em Blumenau, e que crescem junto com o crescimento da plataforma de produtos plásticos no segmento hospitalar, passem a ocupar posição de maior destaque e relevância.

Segmentos Industriais

Nos segmentos industriais verificamos variações negativas nas comparações com os resultados obtidos em 2010. O desaquecimento dos mercados industriais e principalmente dos clientes têxteis e produtores calçadistas impactaram negativamente o segmento. Destacamos ainda que, de acordo com a nossa estratégia, estamos progressivamente migrando a capacidade de nossas fábricas para produtos para a saúde, em detrimento de produtos industriais.

Lucro Bruto e Margens Brutas

O lucro bruto cresceu 26,5%, atingindo R$ 150,8 milhões com uma margem bruta de 32,9%, 1,2 p.p. acima de 2010.

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(i) A partir de setembro/11 tivemos o impacto do dissídio anual de 7,4% em nossa folha salarial; custo com folha representa cerca de 14,6% do CPV total da Companhia; (ii) De forma geral, nossas margens brutas foram

positivamente afetadas a partir do 3T11 pelo menor custo do algodão dado a queda do preço da commodity e pela estabilidade do mercado de luvas de procedimento; (iii) Nos segmentos industriais observamos aumentos

expressivos nos custos das matérias primas, como a resina, e tivemos dificuldades em repassá-los para nossos clientes.

Despesas Operacionais

As despesas operacionais, que incluem despesas com vendas, administrativas, financeiras e outras operacionais, atingiram R$ 125,6 milhões em 2011, 59,8% acima de 2010.

Despesas com vendas

As despesas com vendas atingiram R$ 72,1 milhões em 2011, 26,4% acima de 2010. Como percentual da receita líquida, as despesas com vendas atingiram 15,8% em 2011, 0,6 p.p. acima de 2010.

Foram dois os principais motivos para o aumento da despesa com vendas e consequente desalavancagem operacional:

(i) Com o aumento do nosso volume de vendas, atingimos o máximo da capacidade em nossos principais centros de distribuição e durante o 2S11, principalmente no 4T11, iniciamos o processo de mudança e expansão dos nossos dois maiores CD´s: Blumenau e São Paulo, resultando em despesas dobradas relacionadas a aluguel, frete e pessoal;

(ii) Iniciamos em outubro/11 a transferência dos ativos da Topz para a Cremer, conforme comentamos anteriormente, capturamos apenas uma parcela da receita referente aos produtos da linha Topz, contudo, tivemos todas as despesas relacionadas à estrutura de venda desses produtos como novos vendedores, representantes,

trade marketing, entre outros. Despesas administrativas

As despesas administrativas totalizaram 39,8 milhões, 78,5% acima de 2010, onde destacamos:

(i) Despesas não recorrentes relacionadas à serviço de consultoria estratégica de R$ 3,7 milhões;

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(ii) Aumento na provisão do programa de stock options, totalizando R$ 2,8 milhões versus R$ 0,8 milhões em 2010;

(iii) Depreciação de R$ 5,8 milhões, um aumento de R$ 3,9 milhões versus 2010, devido à amortização do intangível referente às parcerias com Embramed e Lemgruber que totalizam R$ 4,5 milhões;

(iv) Despesas com consultorias e advogados relacionados às atividades de M&A somaram R$ 4,9 milhões em 2011, versus R$ 1,7 milhões em 2010;

(v) Impacto do dissídio de 7,4% em nossas despesas com pessoal administrativo.

Resultado financeiro

Tivemos uma despesa financeira líquida de R$ 20,7 milhões em 2011, versus R$ 3,0 milhões em 2010. Esse resultado reflete a redução significativa na posição de caixa e aumento do nosso endividamento líquido, consequência direta do financiamento de nossas aquisições, compras de ativos e parcerias e nosso programa de investimentos.

Lucro Líquido e Remuneração dos Acionistas

No ano geramos um lucro líquido de R$ 18,6 milhões, 42,1% abaixo do registrado em 2010. Visando uma melhor base de comparação, incluímos o conceito de lucro líquido caixa, que é o lucro líquido ajustado pelos efeitos não caixa, especificamente depreciação e amortização, assim como despesas com stock options. Em 2011, atingimos um lucro líquido caixa de R$ 38,3 milhões, 13,1% abaixo do registrado em 2010.

A queda no lucro líquido caixa em 2011 é basicamente resultado de despesas financeiras maiores e de uma taxa efetiva de IR mais alta.

Sob a ótica disciplinada de nosso planejamento financeiro, visando no tempo manter um índice da alavancagem de 1,5x EBTIDA, mas também buscando as eficiências fiscais adequadas, foi deliberado durante o ano de 2011 o pagamento de JCP aos acionistas no valor de R$ 6,2 milhões. Esse valor deverá ser efetivado até o final do 1T12.

EBITDA

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Desempenho Operacional por Segmento

Internamente, utilizamos a medida gerencial de desempenho operacional (“DO”) como um indicador para acompanhar o desempenho dos nossos segmentos de negócios e categorias de produtos. O DO é o EBITDA descontado de alguns efeitos extraordinários e de caráter não operacional, como o plano de opções e provisões extraordinárias. O principal objetivo do DO é ser um balizador interno da organização quanto ao seu resultado operacional global e por segmento.

Em 2011 o DO foi de R$ 70,2 milhões, 29,4% acima de 2010.

Destacamos novamente o DO do segmento hospitalar, com um crescimento de 78,7% no ano, impactado positivamente pela consolidação das aquisições e parcerias estratégicas.

No varejo, além do impacto das operações logísticas e das despesas com a transferência dos ativos da Topz, a queda de MDO observada ao longo do ano resulta de um aumento menor do que esperado nas margens brutas e crescimento nas despesas com vendas, em função de uma maior estrutura comercial e investimentos em marketing.

No odonto, historicamente temos o 4T com desempenho mais fraco que os outros trimestres, e o baixo volume de vendas afetou na diluição de nossas despesas fixas. No ano, apesar do aumento de margem bruta, o segmento foi bastante impactado pelo crescimento das despesas com operações logísticas. Esperamos equacionar essas despesas com a separação total da operação logística do segmento, que deve ocorrer até o final do 2T12.

Endividamento

Ao final de 2011, a nossa alavancagem financeira, medida pela dívida líquida sobre o valor do EBITDA dos últimos doze meses, aumentou de 2,40x para 2,69x. Nossa dívida líquida era de R$ 176,4 milhões no final de 2011, versus R$ 63,0 milhões em 2010 um aumento de R$ 113,3 milhões, consequência dos seguintes fatores:

(i) Pagamento dos ativos adquiridos da TOPZ no valor de R$ 72,8 milhões;

(ii) Investimentos no período de R$ 27,1 milhões;

(iii) Pagamento de aditivo de contrato à Lemgruber no valor de R$ 20 milhões;

(iv) Pagamento inicial da aquisição da P.Simon no montante de R$ 15 milhões;

(v) Maior consumo de capital de giro em função do crescimento das vendas, aumento nas vendas de produtos da linha Embramed e incorporação dos ativos e início das vendas dos produtos Topz.

A qualidade deste endividamento continua sustentada em sua maior parte por instrumentos de longo prazo, tanto através dos saldos de nossas duas emissões de debêntures assim como pelo programa de financiamento FINEP e BNDES.

Assinamos em outubro/11 um contrato de financiamento com o BNDES de R$ 31,5 milhões, inaugurando nosso relacionamento com o banco. Em dezembro/11 recebemos a primeira

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parcela do financiamento no valor de R$ 16,5 milhões e em fevereiro/12 recebemos uma segunda parcela no valor de R$ 5,4 milhões.

Destacamos ainda que compramos ao longo do 1T12 todas as debêntures da 2ª emissão no montante de R$ 41,1 milhões, essas debêntures estão em processo de cancelamento.

Investimentos

Em 2011, acumulamos investimentos em ativo imobilizado no valor de R$ 27,1 milhões. Desse montante, R$ 3,3 milhões são referentes à compra de máquinas e equipamentos da Topz. Destacamos os investimentos relacionados à infraestrutura de nossos novos CD´s. Já em 2011, os maiores investimentos se concentraram na modernização de nossas fábricas e ampliação da nossa capacidade de produção de algodão. No ano, ficamos atrás do planejado no processo de captura dos benefícios e ganhos de capacidade e produtividade que os investimentos deveriam trazer ao negócio.

Instrução CVM 381/03

Em atendimento a Instrução CVM nº 381/03, informamos que a Ernst & Young Terco Auditores Independentes S.S., em adição aos serviços de auditoria das demonstrações financeiras, prestou os seguintes serviços à Companhia referente a consultoria no montante de R$ 694 mil no ano de 2011. A Administração da Companhia e nossos Auditores entendem que tais serviços não implicam perda de independência e não afetam a objetividade necessária ao desempenho dos serviços de auditoria externa, tendo em vista que: (i) são realizados por equipes independentes, (ii) referem-se, basicamente à trabalhos de due-diligence e de revisão quanto à aderência dos procedimentos adotados pela Companhia em relação à legislação fiscal, sendo que a decisão de implementação das recomendações apresentadas cabe inteiramente à Cremer S.A. e (iii) não resultam em assunção por parte dos consultores das funções ou prerrogativas da gerência da Companhia, bem como em orientações de natureza contábil.

Esses montantes equivalem a 408% dos honorários do serviço de auditoria para o ano de 2011.

Declaração da Diretoria

Em observação às disposições constantes da Instrução CVM nº 480/09, a Diretoria declara que discutiu, reviu e concordou com as opiniões expressas no parecer dos auditores independentes e com as demonstrações financeiras relativas ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2011.

Aderência à Câmara de Arbitragem

A Companhia, seus Acionistas, Administradores e os membros do Conselho Fiscal obrigam-se a resolver, por meio de arbitragem, toda e qualquer disputa ou controvérsia que possa surgir entre eles, relacionada ou oriunda, em especial, da aplicação, validade, eficácia, interpretação, violação e seus efeitos, das disposições contidas na Lei 6.404/76, no Estatuto Social da

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Companhia, nas normas editadas pelo Conselho Monetário Nacional, pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários, bem como nas demais normas aplicáveis ao funcionamento do mercado de capitais em geral, além daquelas constantes do Regulamento de Listagem do Novo Mercado, do Contrato de Participação do Novo Mercado e do Regulamento de Arbitragem da Câmara de Arbitragem do Mercado, nos termos desse regulamento.

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RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Aos Acionistas, Conselheiros e Administradores da Cremer S.A.

Blumenau, SC

Examinamos as demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Cremer S.A. (“Companhia”), identificadas como Controladora e Consolidado, respectivamente, que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2011 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas.

Responsabilidade da administração sobre as demonstrações financeiras

A administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras individuais de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e das demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board – IASB, e de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, assim como pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração dessas demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Responsabilidade dos auditores independentes

Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante.

Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras da Companhia para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.

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Opinião sobre as demonstrações financeiras individuais

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras individuais acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Cremer S.A. em 31 de dezembro de 2011, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

Opinião sobre as demonstrações financeiras consolidadas

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira consolidada da Cremer S.A. em 31 de dezembro de 2011, o desempenho consolidado de suas operações e os seus fluxos de caixa consolidados para o exercício findo naquela data, de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board – IASB e as práticas contábeis adotadas no Brasil.

Ênfase

Conforme descrito na nota explicativa 2, as demonstrações financeiras individuais foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. No caso da Cremer S.A. essas práticas diferem do IFRS, aplicável às demonstrações financeiras separadas, somente no que se refere à avaliação dos investimentos em controladas pelo método de equivalência patrimonial, enquanto que para fins de IFRS seria custo ou valor justo. Nossa opinião não está ressalvada em função desse assunto.

Outros assuntos

Demonstrações do valor adicionado

Examinamos, também, as demonstrações individual e consolidada do valor adicionado (DVA), referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2011, preparadas sob a responsabilidade da administração da Companhia, cuja apresentação é requerida pela legislação societária brasileira para companhias abertas, e como informação suplementar pelas IFRS que não requerem a apresentação da DVA. Essas demonstrações foram submetidas aos mesmos procedimentos de auditoria descritos anteriormente e, em nossa opinião, estão adequadamente apresentadas, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

Blumenau (SC), 06 de março de 2012.

ERNST & YOUNG TERCO Auditores Independentes S.S. CRC-2SC 0000.48/F-0

Marcos Antonio Quintanilha

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(Em milhares de reais)

ATIVO Nota 31/12/2011 31/12/2010 31/12/2011 31/12/2010

CIRCULANTE

Caixa e equivalentes a caixa 5 163.051 40.270 164.074 46.328

Contas a receber de clientes 6 64.553 59.130 66.209 60.289

Estoques 7 62.161 36.452 62.597 36.907

Impostos a recuperar 8 19.998 7.109 20.365 7.607

Créditos diversos 24.868 8.780 17.549 8.905

Despesas antecipadas 1.556 984 1.615 992

Total do ativo circulante 336.187 152.725 332.409 161.028

NÃO CIRCULANTE

Impostos diferidos 11 35.308 38.128 36.711 39.038

Impostos a recuperar 8 2.332 2.152 2.563 2.304

Partes relacionadas 10 111 105 -

-Depósitos Judiciais 17 4.078 1.551 4.275 1.747

Outras contas a receber 2.973 3.340 2.973 3.342

44.802

45.276 46.522 46.431

Investimentos 9 147.661 152.566 -

-Imobilizado 12 100.417 84.644 310.409 296.810

Intangível 13 119.845 26.144 119.935 26.255

Total do ativo não circulante 412.725 308.630 476.866 369.496

TOTAL DO ATIVO 748.912 461.355 809.275 530.524

BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 e 2010.

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PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO Nota 31/12/2011 31/12/2010 31/12/2011 31/12/2010 CIRCULANTE Fornecedores 15 30.477 14.255 31.343 15.256 Empréstimos e financiamentos 14 22.357 6.207 22.357 6.207 Debêntures 14 52.767 39.488 52.767 39.488 Salários e encargos 7.420 5.259 7.705 5.490

Provisão 13º salário e férias 7.164 5.612 7.415 5.781

Impostos e contribuições a recolher 16 4.787 5.589 5.671 5.691 Juros sobre capital próprio e Dividendos 5.915 2.025 5.915 2.025

Provisões diversas 2.823 3.039 2.885 3.074

Partes Relacionadas 10 4.529 - -

-Outras obrigações 1.363 1.051 1.363 1.067

Total do passivo circulante 139.602 82.525 137.421 84.079

NÃO CIRCULANTE

Empréstimos e financiamentos 14 66.588 23.983 66.588 23.983

Debêntures 14 198.752 39.697 198.752 39.697

Impostos e contribuições a recolher 16 432 2.434 432 2.434

Impostos diferidos 11.b 20.956 20.902 84.011 84.816

Partes relacionadas 10 4.648 220 -

-Provisões para contingências 17 6.177 5.793 10.172 9.451

Outras obrigações 11.017 20 11.159 283

Total do passivo não circulante 308.570 93.049 371.114 160.664

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital social 18.a 78.086 76.692 78.086 76.692

Reservas de capital 57.088 55.638 57.088 55.638

Reservas de retenção de lucros 19.859 2.141 19.859 2.141

Ajuste de Avaliação Patrimonial 18.e 145.707 151.310 145.707 151.310

Total do patrimônio líquido 300.740 285.781 300.740 285.781

TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 748.912 461.355 809.275 530.524

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Consolidado Controladora

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DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO E DO RESULTADO ABRANGENTE PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010 (Em milhares de reais)

Nota 31/12/2011 31/12/2010 31/12/2011 31/12/2010

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 25 439.859 367.126 457.761 375.380

CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS 26 (298.589) (249.447) (307.000) (256.228)

LUCRO BRUTO 141.270 117.679 150.761 119.152

RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS

Vendas 26 (70.089) (56.062) (72.100) (57.039) Gerais e administrativas 26 (35.700) (21.833) (39.780) (22.282) Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas 5.970 3.867 6.943 3.763 Resultado de equivalência patrimonial 9 3.962 33 - - Provisão para passivo a descoberto (6) (16) - -

(95.863)

(74.011) (104.937) (75.558)

Resultado financeiro líquido 20 (21.158) (3.052) (20.697) (3.052)

LUCRO ANTES DO IR E CSLL 24.249 40.616 25.127 40.542

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

Correntes 11.c (3.761) (5.288) (5.992) (5.516) Diferidos 11.c (1.849) (3.127) (496) (2.825) LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 18.639 32.201 18.639 32.201

LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO BÁSICO- Em Reais 27 0,5801 1,0129 LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO DILUIDO - Em Reais 27 0,5323 0,9571

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

(14)

(Em milhares de reais)

Lucros e Capital Reserva de Plano de opções de Ações em Reserva de Ajuste avaliação prejuízos

Nota social ágio compra de ações tesouraria retenção de lucros Patrimonial acumulados Total SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 134.626 68.226 3.037 (15.432) 6.511 153.376 - 350.344 Aumento de capital com reservas 996 - (996) - - - - Aumento de capital em dinheiro 1.070 - - - - - - 1.070 Redução de capital - distribuição (60.000) - - - - - - (60.000) Cancelamento de ações em tesouraria - (15.432) - 15.432 - - - Pagamento de dividendos - - - - (6.511) - - (6.511)

Constituição reserva de opções compra de ações - - 803 - - - - 803 Lucro Líquido do exercício - - - - - - 32.201 32.201 Realização ajuste de avaliação patrimonial - - - - - (2.066) 2.066 -Proposta para destinação do lucro líquido do exercício: - - - - - - - -Dividendos antecipados - - - - - - (16.675) (16.675) Juros sobre capital próprio - - - - - - (15.451) (15.451) Transferência para reserva de lucros - - - - 2.141 - (2.141) SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 76.692 52.794 2.844 - 2.141 151.310 - 285.781 Aumento de capital com reservas 18.a 1.349 - (1.349) - - - - Aumento de capital em dinheiro 18.a 45 - - - - - - 45 Constituição reserva de opções compra de ações - - 2.799 - - - - 2.799 Lucro Líquido do exercício - - - - - - 18.639 18.639 Realização ajuste de avaliação patrimonial - - - - - (5.603) 5.603 -Proposta para destinação do lucro líquido do exercício: - - - - - - - -Dividendos 18.b - - - - (372) - - (372) Juros sobre capital próprio 18.b - - - - (6.152) - - (6.152) Transferência para reserva de lucros - - - - 24.242 - (24.242) SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 78.086 52.794 4.294 - 19.859 145.707 - 300.740 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010

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(Em milhares de reais)

Nota 31/12/2011 31/12/2010 31/12/2011 31/12/2010

FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS

Lucro líquido do exercício antes IRPJ e CSLL 24.249 40.616 25.127 40.542 Ajustes para conciliar o lucro líquido do exercício com o

caixa gerado pelas atividades operacionais:

Depreciação e amortização 16.393 10.806 20.380 12.150

Custo das vendas/baixas de investimentos,imobilizado e intangível 246 281 422 288

Provisão para créditos de liquidação duvidosa 346 458 350 466

Resultado da equivalência patrimonial 9 (3.962) (33) -

Provisão para passivo a descoberto 9 6 - -

Reversão/provisões para contingências 820 1.475 721 1.547 Constituição de outras provisões 748 (5.102) 746 (5.262) Despesas com planos de outorga de opções de compra de ações 23 2.799 599 2.799 599

Encargos financeiros e variações monetárias 18.157 11.183 18.202 11.766 (Aumento) redução nas contas do ativo: Contas a receber de clientes (5.770) (427) (6.270) (399)

Estoques (25.709) (3.190) (25.690) (3.196) Créditos diversos (24.407) (6.928) (24.480) (7.124) Ativos não circulantes (2.153) (217) (2.158) (289)

Aumento (redução) nas contas do passivo: Fornecedores 16.222 (2.605) 16.087 (2.391) Obrigações fiscais (2.995) (6.053) (2.926) (6.472) Obrigações trabalhistas 3.014 364 3.153 337

Outras contas a pagar 364 (69) 226 188

Caixa gerado nas operações 18.368 41.158 26.689 42.750 Imposto de renda e contribuição social pagos (3.924) (5.870) (5.410) (6.129) Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais 14.444 35.288 21.279 36.621 FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO Aumento de Capital 44 716 44 716

Debêntures 157.822 (30.909) 157.822 (30.909) Novos empréstimos 88.788 38.938 88.978 38.938 Pagamentos de empréstimos (30.082) (17.362) (30.272) (17.362) Restituição de capital - (60.000) - (60.000) Pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio (2.024) (39.133) (2.024) (39.132) Pagamento(recebimento) de empresas ligadas 8.523 (28) -

-Caixa líquido aplicado nas atividades de financiamento 223.071 (107.778) 214.548 (107.749) FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO Aquisição de ativo imobilizado (27.011) (25.548) (28.979) (27.908) Aquisição de investimentos (7.872) (10) -

-Aquisição de intangível (79.851) (8.732) (89.102) (8.839) Juros sobre capital próprio de empresas ligadas/dividendos - 411 - -Caixa líquido aplicado nas atividades de investimento (114.734) (33.879) (118.081) (36.747)

AUMENTO (REDUÇÃO) DO SALDO DE DISPONIBILIDADES 122.781 (106.369) 117.746 (107.875) Caixa e Equivalentes de Caixa no início do exercício 5 40.270 146.639 46.328 154.203 Caixa e Equivalentes de Caixa no final do exercício 5 163.051 40.270 164.074 46.328 PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Consolidado Controladora

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DVA - DEMONSTRAÇÕES DOS VALORES ADICIONADOS

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010 (Em milhares de reais)

Nota 31/12/2011 31/12/2010 31/12/2011 31/12/2010

RECEITAS 568.023 474.057 589.898 485.652

Vendas de mercadorias, produtos e serviços 568.065 474.106 589.941 485.701 Outras receitas 304 418 307 418 Provisão para créditos de liquidação duvidosa (346) (467) (350) (467)

INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (405.579) (316.965) (414.650) (336.810) Custos dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos (327.920) (260.420) (331.462) (263.973) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (77.609) (56.094) (83.370) (72.386) Perda de valores ativos (50) (451) 182 (451)

VALOR ADICIONADO BRUTO 162.444 157.092 175.248 148.842 DEPRECIAÇÃO e AMORTIZAÇÃO (16.393) (10.888) (20.380) (12.207) VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA COMPANHIA 146.051 146.204 154.868 136.635 VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA 18.148 12.913 14.861 13.584 Resultado de equivalência patrimonial 9 3.956 17 - -Receitas financeiras 20 14.192 12.896 14.861 13.584

VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR 164.199 159.117 169.729 150.219

DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 164.199 159.117 169.729 150.219

Pessoal 66.698 60.153 70.405 62.366

Remuneração direta 54.337 48.527 57.559 50.406 Benefícios 8.388 7.973 8.707 8.175

F.G.T.S 3.973 3.653 4.139 3.785

Impostos, taxas e contribuições 36.217 48.024 37.784 36.199

Federais 23.719 32.545 25.238 23.936

Estaduais 12.256 15.202 12.297 11.955

Municipais 242 277 249 308 Remuneração de capitais de terceiros 42.645 18.739 42.901 19.453

Juros 37.493 16.006 37.696 16.687

Aluguéis 5.152 2.733 5.205 2.766

Remuneração de capitais próprios 18.639 32.201 18.639 32.201 Juros sobre o capital próprio 18.b 6.152 15.451 6.152 15.451 Dividendos 18.b 372 16.675 372 16.675 Lucros retidos 12.115 75 12.115 75

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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NOTAS EXPLICATIVAS

CREMER S.A. E CONTROLADAS

(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado)

1. CONTEXTO OPERACIONAL

A Cremer S.A. (“Cremer” ou “Companhia”) é uma Companhia aberta com sede na rua Iguaçu, 291, Blumenau - SC, Brasil, sendo fornecedora de produtos para cuidados com a saúde nas áreas de primeiros socorros, cirurgia, tratamento e higiene. A Cremer S.A. e a Plásticos Cremer S.A. contam com três unidades fabris em Blumenau (de produtos têxteis, de adesivos e de plásticos), uma em São Paulo (de produtos plásticos) e 9 Centros de Distribuição em diferentes estados do Brasil. A Companhia tem suas ações negociadas na BMF&Bovespa sob o código “CREM3” e está listada, desde abril de 2007, no segmento especial de governança corporativa denominado Novo Mercado.

2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Companhia para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010, foram elaboradas e estão apresentadas em conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil, que compreendem as disposições da Lei das Sociedades por Ações, dos pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC e das normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM, que estão de acordo com as normas internacionais de contabilidade emitidas pelo “International Accounting Standards Board – IASB”, exceto pela avaliação dos investimentos em controladas pelo método de equivalência patrimonial para as Demonstrações Financeiras individuais da controladora. As Demonstrações Financeiras foram preparadas considerando o custo histórico como base de valor, exceto quando indicado de outra forma.

Itens significativos sujeitos à estimativas incluem: provisão para devedores duvidosos, a seleção de vidas úteis do ativo imobilizado; a realização do imposto de renda e contribuição social diferidos; a provisão para contingências, a mensuração do valor justo de instrumentos financeiros e as estimativas de cálculo a valor presente do contas a receber e a pagar. A liquidação das transações envolvendo

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essas estimativas poderá resultar em valores significativamente divergentes dos registrados nas Demonstrações Financeiras devido às imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. A Companhia revisa suas estimativas e premissas pelo menos trimestralmente.

As controladas possuem exercícios sociais coincidentes e práticas contábeis uniformes com os da controladora sendo consolidadas desde a data de aquisição, que corresponde à data na qual a Companhia obteve o controle, e continuam sendo consolidadas até a data que cessa tal controle.

A legislação societária brasileira requer que as companhias abertas apresentem a demonstração de valor adicionado – DVA em suas Demonstrações Financeiras individuais e consolidadas, enquanto que para fins de IFRS, tais demonstrações são apresentadas como informações suplementares.

O encerramento das Demonstrações Financeiras para o exercício findo em 31 de dezembro de 2011, foi aprovado pela Diretoria em 24 de fevereiro de 2012, e posteriormente será aprovado na reunião do Conselho de Administração a ser realizada em 08 de março de 2012.

3. POLÍTICAS CONTÁBEIS

As políticas contábeis a seguir apresentadas são igualmente aplicáveis para as Demonstrações Financeiras da controladora (BRGAAP) e do consolidado (IFRS e BRGAAP). Essas políticas vêm sendo aplicadas de modo consistente em todos os períodos apresentados, salvo disposição em contrário.

3.1 Apresentação segmentos operacionais

Os segmentos operacionais são apresentados de modo consistente com o relatório interno fornecido para o principal tomador de decisões da Companhia. O principal tomador de decisões, responsável pela alocação de recursos e pela avaliação de desempenho dos segmentos operacionais é a Diretoria Executiva em conjunto com o Conselho de Administração, responsável inclusive pela tomada das principais decisões estratégicas da Companhia.

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3.2 Reconhecimento da receita

A receita compreende o valor justo da contraprestação recebida ou a receber pela comercialização de produtos e serviços no curso normal das atividades da Companhia. A receita é apresentada líquida dos impostos, das devoluções, dos abatimentos e dos descontos, bem como das eliminações de receitas entre a controladora e controladas.

A receita de venda de produtos é reconhecida quando os riscos e benefícios significativos da propriedade dos produtos forem transferidos ao comprador, e é provável que benefícios econômicos serão gerados a favor da Companhia.

3.3 Caixa e equivalentes de caixa

Compreende o saldo em caixa, os depósitos bancários à vista e as aplicações financeiras de curto prazo com liquidez imediata e conversíveis em um montante conhecido de caixa e com baixo risco de variação de seu valor. As aplicações financeiras são registradas pelo valor de aquisição acrescido dos rendimentos auferidos até as datas dos balanços, os quais se aproximam de seu valor justo e não excedem o seu valor de mercado ou de realização.

3.4 Ativos financeiros

Classificação

A Companhia classifica seus ativos financeiros sob as seguintes categorias: mensurados ao valor justo através do resultado e recebíveis. A classificação depende da finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos. A administração determina a classificação de seus ativos financeiros no reconhecimento inicial.

(a) Ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado

Os ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado são ativos financeiros mantidos para negociação. Um ativo financeiro é classificado nessa categoria se foi adquirido, principalmente, para fins de venda no curto prazo.

(b) Recebíveis

Os recebíveis são ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis, que não são cotados em um mercado ativo. São incluídos como ativo circulante, exceto aqueles com prazo de vencimento superior a 12 meses após a data

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de emissão do balanço (estes são classificados como ativos não circulantes). Os recebíveis da Companhia compreendem "contas a receber de clientes e demais contas a receber".

Reconhecimento e mensuração

As compras e as vendas regulares de ativos financeiros são reconhecidas na data de negociação - data na qual a Companhia se compromete a comprar ou vender o ativo. Os ativos financeiros ao valor justo por meio de resultado são, inicialmente, reconhecidos pelo valor justo. Os ativos financeiros são baixados quando os direitos de receber fluxos de caixa dos investimentos tenham vencido ou tenham sido transferidos; neste último caso, desde que a Companhia tenha transferido, significativamente, todos os riscos e os benefícios da propriedade. Os recebíveis são registrados pelo custo amortizado, usando o método da taxa de juros efetiva.

A Companhia avalia, na data do balanço, se há evidência objetiva de perda (impairment) em um ativo financeiro ou um grupo de ativos financeiros. Ativos financeiros a valor justo por meio do resultado incluem ativos financeiros mantidos para negociação e ativos financeiros designados no reconhecimento inicial a valor justo por meio do resultado. Ativos financeiros são classificados como mantidos para negociação se forem adquiridos com o objetivo de venda no curto prazo. Ativos financeiros a valor justo por meio do resultado são apresentados no balanço patrimonial a valor justo, com os correspondentes ganhos ou perdas reconhecidos na demonstração do resultado.

3.5 Contas a receber de clientes

As contas a receber de clientes são registradas pelo valor faturado, ajustado a valor presente quando aplicável, incluindo os respectivos impostos diretos, de responsabilidade da Companhia.

3.6 Provisão para créditos de liquidação duvidosa

A provisão para créditos de liquidação duvidosa é constituída em montante considerado suficiente pela Administração para cobrir eventuais perdas na realização dos valores a receber. Os critérios adotados para sua constituição estão detalhados na nota explicativa 6.

3.7 Ajuste a valor presente

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portanto, estão ajustados pelo seu valor presente. O ajuste a valor presente de ativos e passivos monetários circulantes é calculado, e somente registrado, se considerado relevante em relação às Demonstrações Financeiras tomadas em conjunto. Para fins de registro e determinação de relevância, o ajuste a valor presente é calculado levando em consideração os fluxos de caixa contratuais e a taxa de juros explícita, e em certos casos implícita, dos respectivos ativos e passivos. Com base nas análises efetuadas e na melhor estimativa da administração, a Companhia concluiu que o ajuste a valor presente de ativos e passivos monetários circulantes é irrelevante em relação às Demonstrações Financeiras tomadas em conjunto e, dessa forma, não registrou nenhum ajuste.

3.8 Estoques

São avaliados ao custo médio de ou produção, ajustados ao custo de reposição e ao valor líquido de realização, quando aplicável. Os estoques importados que se encontram em trânsito são reconhecidos a partir da data que o fornecedor despacha os produtos para a Companhia. A abertura das principais contas dessa rubrica está demonstrada na nota explicativa 7.

3.9 Investimento em controladas

O investimento da Companhia em controladas é registrado, para efeito de Demonstrações Financeiras da Controladora, com base no método da equivalência patrimonial. Uma controlada é uma entidade sobre a qual a Companhia exerça influência significativa. Com base no método da equivalência patrimonial, o investimento nas controladas é registrado no balanço patrimonial ao custo, adicionado das mudanças após a aquisição da participação societária na controlada. A demonstração do resultado reflete a parcela dos resultados das operações da controlada. Quando uma mudança for diretamente reconhecida no patrimônio líquido da controlada, a Companhia reconhecerá sua parcela nas variações ocorridas e divulgará esse fato, quando aplicável, na demonstração das mutações do patrimônio líquido. Os ganhos e perdas não realizados, resultantes de transações entre a Companhia e suas controladas, são eliminados de acordo com a participação mantida na controlada.

A participação societária nas controladas é apresentada na demonstração do resultado como equivalência patrimonial, representando o lucro líquido atribuível aos acionistas da controladora.

Após a aplicação do método da equivalência patrimonial, a Companhia determina se é necessário reconhecer perda adicional do valor recuperável sobre o investimento da Companhia em sua controlada.

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3.10 Imobilizado e intangível

a) Imobilizado

O ativo imobilizado é registrado pelo custo de aquisição ou construção, quando aplicável, deduzido da depreciação, a qual é calculada pelo método linear de acordo com as taxas descritas na nota explicativa 12. A Companhia efetua periodicamente, revisões do prazo de vida útil econômica dos seus bens do ativo imobilizado.

O imobilizado é apresentado ao custo, líquido de depreciação acumulada e/ou perdas acumuladas por redução ao valor recuperável, se for o caso. Quando partes significativas do ativo imobilizado são substituídas, a Companhia reconhece essas partes como ativo. Da mesma forma, quando uma manutenção relevante for feita, o seu custo é reconhecido no valor contábil do imobilizado, se os critérios de reconhecimento forem satisfeitos. Todos os demais custos de reparos e manutenção são reconhecidos na demonstração do resultado, quando incorridos.

O CPC 16 exige que as peças de reposição, a serem utilizadas nos reparos das máquinas e equipamentos, sejam classificadas dentro do grupo do imobilizado. A Companhia mantém em estoque somente as peças de reposição de valores pequenos e que são registradas no resultado no momento de sua utilização porque não alteram a vida útil ou capacidade do equipamento. As peças de manutenção que atendem os critérios para contabilização como ativo imobilizado, são geralmente adquiridas e registradas quando da sua efetiva utilização.

b) Intangível

O ativo intangível da Companhia é composto, basicamente, pelos seguintes itens (vide nota explicativa 13): i) valor do ágio contido no acervo líquido da controladora incorporada em 2004, deduzidos das amortizações correspondentes, as quais foram calculadas pelo método linear à razão de 20% ao ano, até 31 de dezembro de 2008, sendo que a partir do exercício de 2009, a Companhia interrompeu a amortização contábil do mencionado ágio e valor do ágio gerado na aquisição da empresa P.Simon S.A., ii) direito de comercialização preferencial dos produtos da Embramed Indústria e Comércio de Produtos Hospitalares Ltda., Paraisoplex Ind. e Com. Ltda. e K-Torres Beneficiamento de Plásticos Ltda., que está sendo amortizado pelo prazo do contrato de comercialização preferencial, iii) contrato de comercialização em condições especiais e direito de comercialização das luvas Lemgruber, as quais são de propriedade da empresa Targa Ltda, iv) Marcas, contrato de não competição e contrato de uso de imagem na aquisição dos ativos da Topz Indústria e Comércio de Cosméticos Ltda. Não há ativos intangíveis gerados internamente.

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3.11 Impairment de ativos não financeiros

A Companhia adota como procedimento revisar o saldo do imobilizado e intangível para verificação de possíveis reduções em seu valor de recuperação consideradas permanentes, no mínimo anualmente e sempre que eventos ou mudanças de circunstâncias indiquem que o valor contábil de um ativo ou grupo de ativos possa não ser recuperado com base em fluxo de caixa futuro. Durante o exercício de 2011, a Administração da Companhia não identificou quaisquer indicadores de perda de substância econômica do valor recuperável de seus ativos imobilizado e intangível.

3.12 Provisões

Uma provisão é reconhecida no balanço quando a Companhia tem uma obrigação “legal” ou “não formalizada” presente como consequência de um evento passado e é provável que recursos sejam exigidos para liquidar essa obrigação e uma estimativa confiável do valor da obrigação possa ser feita. A despesa relativa a qualquer provisão é apresentada na demonstração do resultado, líquida de qualquer reembolso.

A provisão para contingências é constituída em montante considerado suficiente pela Administração para cobrir perdas prováveis e atualizadas até as datas dos balanços, e apoiada na opinião dos advogados da Companhia. Os fundamentos e a natureza das provisões para contingências estão descritos na nota explicativa 17.

3.13 Passivos financeiros

Os passivos financeiros da Companhia são classificados sob as seguintes categorias: i) Passivos financeiros a valor justo por meio do resultado

São apresentados no balanço patrimonial a valor justo, com correspondentes ganhos ou perdas reconhecidas na demonstração do resultado. Em 31 de dezembro de 2011 e 31 de dezembro de 2010, os passivos financeiros classificados como a valor justo por meio do resultado referem-se a outras contas a pagar e instrumentos financeiros derivativos.

ii) Empréstimos e financiamentos

São registrados pelos valores originais de captação, atualizados monetariamente pelos indexadores pactuados contratualmente com os credores, acrescidos de juros apropriados até as datas dos balanços. Ganhos e perdas são reconhecidos na demonstração do resultado no momento da baixa dos passivos, bem como durante o processo de amortização pelo método da taxa de juros efetivos.

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A Companhia reclassificou no exercício de 2010, o custo da captação do empréstimo relacionado ao FINEP do Ativo (despesas exercício seguinte) para conta redutora dos empréstimos no Passivo Não circulante.

iii) Debêntures

As debêntures emitidas foram registradas pelo seu valor líquido recebido, deduzidos os custos com transações utilizadas na captação dos recursos, sendo que os custos serão amortizados e os encargos financeiros reconhecidos como despesas financeiras no resultado durante o período de vigência das debêntures, conforme descrito na nota explicativa 14.

iv) Desreconhecimento (baixa)

Um passivo financeiro é baixado quando a obrigação for revogada, cancelada ou expirar.

3.14 Imposto de renda e contribuição social – Correntes e diferidos

Ativos e passivos tributários correntes do último exercício e de anos anteriores são mensurados ao valor recuperável esperado ou a recolher para as autoridades fiscais. O imposto de renda e a contribuição social correntes são calculados com base nas alíquotas efetivas do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido e consideram a compensação de prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social, limitada anualmente a 30% do lucro real e são reconhecidos na demonstração do resultado, exceto na proporção em que estiverem relacionados com itens reconhecidos diretamente no patrimônio líquido ou no resultado abrangente. Nesse caso, o imposto também é reconhecido no patrimônio líquido ou no resultado abrangente.

O imposto de renda e a contribuição social diferidos ativos são decorrentes de prejuízos fiscais, bases negativas da contribuição social e das diferenças temporárias ativas e passivas. Tais impostos encontram-se suportado por estudo de geração futura de resultados tributáveis, os quais foram aprovados pelo Conselho de Administração da Companhia em 30 de janeiro de 2012.

O registro desses tributos diferidos levou em consideração a expectativa futura de geração de lucros tributáveis, assim como as expectativas de realização das diferenças temporárias ativas e passivas, e estão calculados com base nas alíquotas atualmente vigentes pela legislação tributária, conforme demonstrado na nota explicativa 11.

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O valor contábil dos impostos diferidos ativos é revisado em cada data do balanço e baixado na extensão em que não é mais provável que lucros tributáveis estarão disponíveis para permitir que todo ou parte do ativo tributário diferido venha a ser utilizado.

3.15 Impostos sobre vendas

Receitas, despesas e ativos são reconhecidos líquidos dos impostos sobre vendas exceto:

 quando os impostos sobre vendas incorridos na compra de bens ou serviços não for recuperável junto às autoridades fiscais, hipótese em que o imposto sobre vendas é reconhecido como parte do custo de aquisição do ativo ou do item de despesa, conforme o caso;

 quando os valores a receber e a pagar forem apresentados juntos com o valor dos impostos sobre vendas;

 o valor líquido dos impostos sobre vendas, recuperável ou a recolher, é incluído como componente dos valores a receber ou a pagar no balanço patrimonial.

As receitas estão sujeitas aos seguintes impostos e contribuições, pelas seguintes alíquotas:

 Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de 0% a 25%

 Programa de Integração Social (PIS) de 0 a 2,2%;

 Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS) de 0 a 10,3%;

 Imposto sobre serviços (ISS) de 5%.

Nas demonstrações de resultado, as receitas são demonstradas pelos valores líquidos dos correspondentes impostos.

3.16 Benefícios a administradores, executivos e colaboradores

A Companhia concede a seus administradores, executivos e colaboradores, diversos benefícios usuais de mercado. Afim de melhor alinhar os interesses dos administradores, executivos e da equipe de colaboradores, a Companhia concede também os seguintes benefícios:

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A Companhia outorgou opções de compra de ações a certos membros de sua administração e certos membros do nível gerencial, as quais somente poderão ser exercidas após prazos específicos de carência. Em atendimento à Deliberação CVM 562/08, que aprova o pronunciamento técnico CPC 10, essas opções são valorizadas com base na data da outorga pelo seu valor justo, utilizando o método de cálculo de “Black & Scholes”, e reconhecidas como despesas em contrapartida de reserva de capital no patrimônio líquido, denominada “Plano de Opção de Compra de Ações”, à medida que os prazos dos períodos de exercícios das opções sejam cumpridos, conforme demonstrado na nota explicativa 23.

Participação nos lucros e resultados

A provisão que contempla o programa de participação dos empregados nos resultados é contabilizada conforme o regime de competência, de acordo com a política de remuneração da Companhia.

3.17 Distribuição de dividendos

O Estatuto da Companhia prevê que no mínimo 35% do lucro líquido anual sejam distribuídos como dividendos. Adicionalmente, os dividendos podem ser pagos sob a forma de Juros sobre capital próprio, os quais são registrados como despesa financeira e revertidos para o PL para fins de preparação das Demonstrações Financeiras.

3.18 Operações com instrumentos financeiros derivativos

Os derivativos são mensurados ao seu valor justo na data em que os contratos são celebrados e subsequentemente na data de apresentação das Demonstrações Financeiras.

3.19 Contas a pagar aos fornecedores

As contas a pagar aos fornecedores são obrigações a pagar por bens ou serviços que foram adquiridos de fornecedores no curso normal dos negócios, sendo classificadas como passivos circulantes.

3.20 Partes relacionadas (ativas e passivas)

As transações de compras e vendas de produtos e serviços são efetuadas em condições e prazos semelhantes às transações com terceiros não relacionados conforme descritas na nota explicativa 10.

(27)

3.21 Conversão de Moeda Estrangeira

As Demonstrações Financeiras são apresentadas em Reais (R$), que é a moeda funcional da Companhia. As transações em moeda estrangeira são inicialmente registradas à taxa de câmbio da moeda funcional em vigor na data da transação. Os ativos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são reconvertidos à taxa de câmbio da moeda funcional em vigor na data do balanço, sendo todas as diferenças registradas na demonstração do resultado.

3.22 Lucro por ação

A Companhia efetua o cálculo do lucro básico e diluído por ações, sendo que para fins de cálculo do lucro básico e diluído por ação, é considerado o número médio ponderado de ações ordinárias em circulação no período. Para fins de cálculo diluído, também são considerados a média ponderada do potencial incremento de ações ordinárias se fossem convertidas no período, conforme CPC 41.

3.23 Base de consolidação

As demonstrações financeiras consolidadas são compostas pelas demonstrações financeiras da Cremer S.A. e suas controladas em 31 de dezembro de 2011, apresentadas abaixo:

4. ESTIMATIVAS E JULGAMENTOS CONTÁBEIS CRÍTICOS

As estimativas e os julgamentos contábeis são continuamente avaliados e baseiam-se na experiência histórica e em outros fatores, incluindo expectativas de eventos futuros, consideradas razoáveis para as circunstâncias.

4.1 Estimativas e premissas contábeis críticas

Direta Indireta Direta Indireta

Razão social País sede

Plást icos Cremer S.A. Brasil 100,00% - 100,00%

-T ransp. Hasse Lt da Brasil 99,99% 0,01% 99,99% 0,01%

Cremer Adm. Bens Ltda Brasil 94,97% 5,03% 94,97% 5,03%

Dent al Cremer Prod. Odont. Lt da Brasil 99,00% 1,00% - -2010 2011

(28)

Com base em premissas, a Companhia faz estimativas com relação ao futuro. Por definição, as estimativas contábeis resultantes raramente serão iguais aos respectivos resultados reais. As estimativas e premissas que apresentam um risco significativo, com probabilidade de causar um ajuste relevante nos valores contábeis de ativos para o próximo exercício social, estão contempladas a seguir.

Perda por Redução ao Valor Recuperável de Ativos não Financeiros

Anualmente a Companhia testa eventuais reduções ao valor recuperável dos ativos, especificamente relacionadas ao intangível e ao ativo permanente, de acordo com práticas contábeis descritas nas notas explicativas 3.10 e 3.11.

Plano de opção de ações (stock options)

A Companhia oferece aos seus empregados e executivos plano de opção de ações. O valor justo dessas opções é reconhecido como despesa no período em que o direito é adquirido. A Administração revisa a quantidade estimada de opções que atingirão as condições de vesting e reconhece subsequentemente o impacto da alteração nas estimativas iniciais, se houver, na demonstração do resultado, em contrapartida à conta de reserva de capital no patrimônio líquido, conforme apresentado nas notas explicativas 3.16 e 23.

Imposto de Renda e Contribuição Social

A cada exercício, a Administração calcula a estimativa de imposto de renda e contribuição social de acordo com a legislação fiscal vigente. A Companhia revisa o imposto de renda e a contribuição social diferidos ativos nas datas dos balanços e reduz esse valor quando não for mais provável que haverá lucro tributável suficiente disponível para permitir que todo ou parte do ativo seja recuperado, conforme apresentado nas notas explicativas 3.14 e 11.

Valor Justo de Instrumentos Financeiros

Quando o valor justo de ativos e passivos financeiros apresentados no balanço patrimonial não puder ser obtido de mercados ativos, é determinado utilizando técnicas de avaliação, incluindo o método de fluxo de caixa descontado. Os dados para esses métodos se baseiam naqueles praticados no mercado, quando possível, contudo, quando isso não for viável, um determinado nível de julgamento é requerido para estabelecer o valor justo. O julgamento inclui considerações sobre os dados utilizados como, por exemplo, risco de liquidez, risco de crédito e

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volatilidade. Mudanças nas premissas sobre esses fatores poderiam afetar o valor justo apresentado dos instrumentos financeiros.

Provisões para riscos tributários, cíveis e trabalhistas

A Companhia é parte de diversos processos judiciais e administrativos. Provisões são constituídas para todas as contingências referentes a processos judiciais para os quais é provável que uma saída de recursos seja feita para liquidar a contingência/obrigação e uma estimativa razoável possa ser feita. A avaliação da probabilidade de perda inclui a avaliação das evidências disponíveis, a hierarquia das leis, as jurisprudências disponíveis, as decisões mais recentes nos tribunais e sua relevância no ordenamento jurídico, bem como a avaliação dos advogados externos. As provisões são revisadas e ajustadas para levar em conta alterações nas circunstâncias, tais como prazo de prescrição aplicável, conclusões de inspeções fiscais ou exposições adicionais identificadas com base em novos assuntos ou decisões de tribunais.

A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores significativamente divergentes dos registrados nas Demonstrações Financeiras devido às imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. A Companhia revisa suas estimativas e premissas pelo menos trimestralmente.

4.2 Julgamentos

A preparação das Demonstrações Financeiras da controladora e consolidadas da Companhia requer que a administração faça julgamentos e estimativas e adote premissas que afetam os valores apresentados de receitas, despesas, ativos e passivos, bem como as divulgações de passivos contingentes, na data-base das Demonstrações Financeiras. Contudo, a incerteza relativa a essas premissas e estimativas poderia levar a resultados que requeiram um ajuste significativo ao valor contábil do ativo ou passivo afetado em períodos futuros.

Compromisso de Arrendamento Mercantil Financeiro

A Companhia contratou arrendamentos mercantis comerciais e equipamentos de informática para utilização de suas operações. A Companhia determinou, com base em uma avaliação dos termos e condições dos contratos, que assume todos os riscos e benefícios significativos dos referidos bens. Desta forma, contabiliza os contratos como arrendamentos mercantis financeiros.

(30)

A Companhia possui valores em caixa, conta corrente e aplicações financeiras em renda fixa de resgate imediato e com remuneração entre 100% e 102,2% do CDI, como segue:

Os equivalentes de caixa são mantidos com a finalidade de atender a compromissos de caixa de curto prazo e não para investimento ou outros fins, sendo que a Companhia considera equivalentes de caixa uma aplicação financeira de conversibilidade imediata em um montante conhecido de caixa e estando sujeita a um insignificante risco de mudança de valor, sendo que estão representadas por aplicações financeiras em Certificados de Depósito Bancário e possuem liquidez imediata. As aplicações são classificadas como equivalente de caixa, conforme a descrição do CPC 3.

A Companhia tem políticas de investimentos financeiros que determinam que os investimentos se concentrem em aplicações em instituições financeiras de primeira linha e são substancialmente remuneradas com base em percentuais da variação do Certificado de Depósito Interbancário (CDI).

6. CONTAS A RECEBER DE CLIENTES

A composição e saldo de contas a receber, e sua distribuição por idade de vencimento, é como segue:

31/12/2011 31/12/2010 31/12/2011 31/12/2010 Caixa e Bancos 2.534 1.708 2.577 1.885 Aplicações Financeiras 160.517 38.562 161.497 44.443 T otal de Caixa e Equivalentes de Caixa 163.051 40.270 164.074 46.328

Referências

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