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A CIGARRA 1S. Especialista em tratamento do rosto. conservação, limpeza e embellezamento 5a pelle, junto com

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ã.a quinzena - Setembro - 1920 A CIGARRA 1S

vencer a. ultima etapa como to-das as outras. Moços: Getulio, deixas a nossa formatura para assistires á de S. Paulo? Abra-hão, és agora quasi pliarmaceu-tico, precisas ter outros modos! (Conselho de amiga...); Bene-dicto, como sempre, um optimo camaradinha; Pifagibe, a festa de formatura deste auno deve ser brilhante (Pudéra, temos bom orador); Durval, ainda não sabes que deves seguir com o 3." anuo, a aula de liigyene (sem-Pre errando portas...); Leonar-do, amando em surdina uma -se-Sundannista; Oscar, achei-o um tanto desanimado, talvez

por ter deixado algum amor em sua ter-ra; Walter, sempre estudioso, J- Vita, com medo de uma ter-ceirannista; Coke, firme com Uma collega; O dono do caderno Poderá reclamal-o na secretaria da Faculdade. Agrad«ce a —-— ''Engraçadinha".

Piada

(Perfil de M. Marques P. F.)

E' o rapaz mais distincto que conheço. Nasceu

ao mez de Mar-So, talvez numa tarde poética-'Pente bella,

ou então numa noi-'6 estrellada, emquanto a lua en-^olvia a terra na sua meiga luz. E' extremamente sympathico e Possuidor de

preciosas qualida-des de caracter. Conta 19 lindas Primaveras. E' de estatura me-uiana, moreno-pallido, cabellos Pretos e lisos. Tem uma boqui-&ha

mimosa, Rosto oval, e os olhos scismadores

e mysteriosos. para terminar,

digo que se veste elegantemente.

Da assidua leito-la- "Gitana".

Capital

(Perfil do Pedro I.)

O meu perfilado não é um ra-í*az Positivamente

bonito, mas é

^Puito e> cabellos sympathico. Alto, elegan-castanhos, lisos, sem-Penteados ao lado; olhos da mesma

côr. Veste-se com apu-*ado

gosto. E' formado em odon-0 °Sia e mora no bairro do Braz,

ftde é

muitb quer Mo por seus

^Piigos. ®hce a De fina educação, per-uma fam}ija muito

dis-tivCta" ^ <lue aprecio nelle: a al-banf

6 lealdade de caracter.

Tra-bati

muito- Aprecia cinemas e

do • ' ^ delicado para com to-6

sj e> finalmente,

ignora que „„„ *le dedico uma amizade sin-a. Da leitora. "índia".

Taquaritinga

(Perfil de H. S. P.)

Qs*hZ

tS1 20 annos, mas, enfim...

e,l 'Ue- I®018 também mentem sua Residência: Mora numa

éM.'"e Clement.

Rua São Bento, 22 - São Paulo

A ti:uIo òe re iame, manòârei um tratamento completo para

hy-giene, conservação, limpeza e embellezamento 5a pelle, junto com um catalogo explicativo, pela quantia òe 80$000.

Junto com vossos prezaòos peòiòos, peço ás Exmas. Sras. me 5izer si a pelle é SECCA, GORDUROSA ou NEUTRA.

Tenho á disposição fcas Exmas. Clientes attestaõos &e pessôas

conhecidas, agraòacenòo a efficacia òe meus proòuctos. Especialista em tratamento do rosto

bella cidade vizinha, distante 12 léguas, mais ou menos; Lemma: Enganar as mulheres, antes de ser por ellas enga,nado; Porte: Alto e magro; Physionomia: Aus-tera, mas delicada; O que lhe orna: Terno azul-marinho; Dis-posições geraes: Tem olhos cas-tanhos, circumdados por uma garça coroa. Cabellos pretos e ondeados. Trabalha em escripto-rio da Estrada de Ferro. Gosta muito de Taquaritinga, para ou-de vae quasi todos os sabbados, a pic-nics. Já teve muitas namo-radas este auno, mas a nenhuma deu "ligação". Detesta o baile; gosta muito do ping-pong. E' pro-curado por suas amiguinhas, da cidade onde reside. E' tão mau-zinho para commigo, pois negou-me uma photographia. Pois, si 'fosse

boinzinho, dar-m'a-ia. . . não acha, querida "Cigarra?

"Quem o Ama".

Avaré

Querida "Cigarra", a domin-gueira de hontem, no "Centro Avarense", esteve concorridissi-ma, porisso notei que: Milota, muito alegre, dansou bastante; Diva M., não tem vindo ás do-mingueiras; Juracy, está sendo conquistada por alguém que sof-fre de paixonite aguda; Cidinha, só dansa a valsa "Abandono"; Lourdita, achando as nolinhas da "Cigarra"

muito severas (a cul-pa é sua que deu o fóra no pe-queno); Sopliiu se apoderou do coração de um joyem gordo que usa óculos; Zéza, com seus lin-dos olhos, seduz muitos cora-ções; Carmen, desistiu de apren-der piano porque anda muito atarefada com umas fitinhas de Bebê Daniel; Elda, em pleno sa-lào, jurando não ser ella que en-via as notinhas para a "Cigarra";

(2)

[ UMA € A P A NT 1 A^D £ CO RTE BTUDADO *L sDEOUAUQADE IRREPRfcHEWSIVEL«S- ' .J LMdelosfm/msck ChM^m^ ..^ 4' c.p %. iUUSlRÍNE) V^PARISF* A CIGARRA JjllZ

O que notei no baile comme-morativo do anniversario da gen-til senhorita Nair, em 21-8-926: Nair, a anniversariante, gentilis-sima para com todos; Adelina, radiante ao lado delle; Maria J., apaixonadíssima pelo R.; Stel-la, em delicioso coloquio com o J... (serei discreta?) Clarisse, deliciando em mal tratar certo

mçom

coração; Guiomar, morena sym-patliica, prendeu o coração de um jovem; Rosita, assemelhava-se a uma gentil violeta; Ruth, namorando ás dúzias; Tosca, re-trahida; Rosinha, quasi não dan-çou; Robertinlio, ferindo certo coração; Mario, não cumprindo <#>m sua palavra para com ella; Moysés, sobresahindo-se entre todos, pela sua altura incompa-ravel; Otto, eximio bailarino; Julvarl, zangadinho com ella,

18 RÜA S. BENTO S. PAULO

CINTAS DE MALHAS ELASTICAS A MARCA rrcp^\ U LA SI REMO • —y<*

í UMA GARANTIA DE CORTE ESTUDADO

c DE QUALIDADE IRREPRfcWEWSIVEL

élQsfmmà Éhâi&ifíià®'

2." quinzena - Setembro - 192(?

Nari, jurando a Elda que não briga mais com o pequeno; Ira-cema, muito sincera; Mariqui-nhas P., não se declara; Áurea, muito elegante e de olhos tristo-nhos, dança o "Fox-trot" com perfeição; Henrique M., tirou o luto e poz seu coração á larga; Edgarzinho, gostou tanto da "Ci-garra" que até vai tomar uma as-signatura; Francisco, vai abrir uma aula de risos; Galdino, sem-pre amavel; Henrique M., ainda não sabe a quem pertence o seu coração; Ismar, sériamente admi-rando uma senhorita que gosta muito de teleplione; Dante, fa-zendo reclame de automoveis; Deolindo prometteu ficar noivo até o fim do anno; Ribas,. dansa bem, mas poucas vezes vai ao "Centro"; Paulo, está

resolven-do; Mario G., dará em breve grande suspresa, para isso, já es-tá installando a sua resideneia (parabéns!); Benedicto M., está sendo cotado; Anacleto, cahiu no ostracismo; João A., ficou noivo e não dansa mais; Bastinhos, re-trahiu-se completamente; Oli-verio, só namora com medo; e eu, querida "Cigarra", que nin-guem me quer, vou ao "Centro" para colher estas notinhas. Agradecimentos e muito3 beiji-nhos da amiguinha. —— "Bei-ja-Flôr".

quasi não dançou; Romulo, com seu bello olhar, maguou bastante-meu coraçãozinho; um rapazinho de preto, que não sei o nome, bancando viuvo com duas allian-ças; Carlinhos, exhibindo-se, admiravelmente, no Charleston; Finalmente, o casal M., de uma amabilidade extrema para com to-dos, deixou-nos a grata expres-são de sua finíssima e cultivada educação. Beijos, "Cigarrinha", da collaboradora. "Pão D'ASsucar".

Uns

(Clube Liense)

Cara "Cigarra", eis o que con-segui notar numa domingueira deste Clube"; Ita, rtiuito satisfei-ta, dansou quasi só com o Pli-nio; Sinhá, triste pela falta do Odilon; Hercilia, a mais melan-colica; Tana, sem pintura algu-ma, parecia sentir a falta do Cel-so (não creio, dansou só com o Pouza); Zelinda, numa "toilet-te" rosa, um tanto comprida, en-cantou a todos mórmente a um rapaz. . . ; Zaine, saudosa de al-guem; Ciloca, tão feliz ao lado do A.; Helena, encantadoramen-te formosa; Mirza, com aquelle captivante olhar, fez com que certo rapaz se tornasse apaixo- -j nado; Plínio, após uma longa ausência, veio alegrar-nos com o

(3)

2.a quinzena - Setembro - 1926 A CIGARRA 17

seu espirito sempre jovial; Bran-tes, quando dansa, não deixa de olhar para o tecto (por que se-rá?); Antenor, só dansou com a Tana (Quão bôa foi a ausência do Celso); Gastão, está de facto apaixonado; Castanheira, more-ninho galante e distincto, pren-deu, com seu sorriso, certo co-•"ação

piracicabano; Arion, mui-to bonitinlio; Cantidio, sempre apreciando a dansa. E eu, "Ci-Sarra" do coração, pude guar-dar na memória tudo isto, para 6nviar-te num adocicado beiji-uho. "Dorothy Dalton".

Avaré

Querida "Cigarra", se moras-seis em Avaré, saberias apreciar a bondade da Carmen; a syrnpa-thia da Cynira; a tristeza da Mi-lota; a fidelidade da Elda, a ju-ventude da Cidinha; o convenci-Kiento de Mariquinhas P.; a i-n-differença da Rosina; a felicida-de da Nair; a sabedoria da Zéza nas sua exibições nos Tangos; o retrahimento da Annita, os an-dares da Herminda; os modos da Lourdita. Apreciarias a

pose do Romeu B., chefiando as domin-êueiras; os pullnhos, no dansar, do Henrique M.; a confusão que faz o Dante

quando dansa; as exibições do Edgarzinho; o des-Prezo que o Paulo N. da á certa senhorita;

e da minha calma luando fico sentadinha em um °aiito

para vêr isso que acabo de escrever. Da leitora. —-"Faladeira".

Avaré

Querida "Cigarra", quero e°nta.r-te

um segredo: tenho no-tado,

ultimamente, no Centro f-Varéense, que a Milota anda tristonha;

que a Nair é sempre aaiavel;

que a Carmen é sempre Modesta;

que a Cynira não pode esquecer

o Paraná; que a Cidi-já tomou a assignatura da Cigarra",

para ser sua colla-j°i'adora; que a Lourdita não deixa de

ser cruel; que o Edgar-zinho

não quer ser mais profes-do tango Argentino; que o íoutinho

será dentista, porém, jsm estudar; que o Castro não

esquece de Botucatu'; que o se

Henrique M. gosta mais das do-mingueiras que de Botucatu'; que o Ribas não tem ido ao Cen-tro desde que foi barrado; que o Dante, brevemente, será no-meado guarda nocturno; e que eu, serei sempre sua inesqueci-vel amiguinha. Adeus.

# "Saudade".

E veria, então, o rosiclér dos meus sublimes ideaes estraçalha-do pelas mãos impias de uma creatura banal e vã que, alçada á vaidade de algum dia arder to-da numa ostentação nababesca, chafurdou na lama do desdem a minha mais sagrada reverencia, pondo por terra o templo em

cu-I AGUA dos 1 I ^CARMELITAS I jBOYER^5 I Contra : Digestdes Penosas Caimbras do Estomago Enxaquecas

S Tome-se depois da refeiQiSo uma colherada I n'urna cliicara de ch& quente assucarado. I

Em tempo de epidemia :

DYSEHTERIA, FEBRES ¦

Soluços. . .

Ali! . . . Se nesta hora de su-prema amargura em que o cre-pusculo ronda, psalmodiando a litania do escurecer, o meu pen-samento se espairecesse num azul de mysticas visões, eu go-zaria o poder do encanto e, fei-ta fumaça, iria doida, «spirala-da, ennovelar-me á sepultura do meu passado onde a minlia feli-cidade, fenecida á luz de uma tarde hibernai, repoisa toda pos-ta em cinzas de tristeza.

jo altar-mór eu a santificara, só-mente porque elle não tinha o fausto da luxuria e o perfume da riqueza.

Mas, como em mim não sorriem as transformações magas das fa-das legendarias, só me é dado alu-miar com o pensamento, nesta mansão das lagrimas, o ésto da minha agonia.

Um furtivo olhar. . . algumas palavras faladas a medo. . . uma jura eterna... illusões sobre il-lusões.. . esperanças sobre

es-1UVEH1UPE FEEiOOiHBitE

eterna mocidade dos cabellosii

1 JUVENTUDE desenvolve o crasdmanto doa «abellcs deido-lhM vtfiCH • beitexe ® ««O da JUVBMTUOE AL.BXAHOSK. C*tkigiK * c»«|>t •« »

fESTITUE AOS CABELLO» BRANCOS A COR PRIMITIVA Ipprovado

pelo D. N. de Saúde Publica em 13 de Outubro de 1911 tob n4804

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2." quinzena - Setembro - 1928

1399 •iliMinxteo

t:g o c|JViio tiu 2 i Bonbon Laxo - Purgdiivol • ^Aqrudavel MediCQfneoio.->eNulriiivfiy • 0 0 0 • 9 0 0 0 0 0 © 0 0 0 0 peranças. . . aã(f a estêmma da

felicidade ou infelicidade que, um dia, nos coroa a existencia.

E a minha foi aureolada pela dos infaustos, porque levantou uma adoração de pobreza que, como graça ao seu grande affe-cto, teve sómente, o bafejo vil e infamante de uma cóva de ol-vido onde os seus. vislumbres, feitos poeira, nem siquer podem tecer um cântico de martyrio á creatura iconoclasta que os pi-20U, para que, num instante de recordação, lhes offerte a esmo-la de um arrependimento.

Como se esquece ella de que o redemptor, mais poderoso do que qualquer humano, recebeu como prêmio divino a grandeza de ser adorado num presepio hu-milde!

Como se esquece' ella de que o Grande Filho, bebendo o lume primeiro no seio da humildade, nos deu á mostra possuir a luz que ella irradia, aos olhos de Deus, mais brilho do que qual-quer outra! "Mansão das Lagrimas".

Taubaté

Tem SÍ40 muito notado nesta cidade: a eleganeia da Nina F.; a jovialidade da Adá A.; a sym-ilctualmente o

pen-teado constitue um dos

encantos da mulher.

De facto, nada mais

gracioso e attrahente do que um penteado "R La Rudolph" ou "R La Garçonne",

conservado durante

to-do o dia. Isto

obtém-se com o uso da

erpeÚMi

O mais perfeito assentatíor dos cabellos, absolutamente isento de substancies

gordurosas. : E' indicado também contra a caspa e a seborrhéa. O ÚNICO LICENCIADO PELO D. N. S. P. SOB O N.° 50 s — ss—s VENDE-SE EM TODA PARTE

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Bica de Pedra

Por meio desta, envio algumas notinhas de minha terra: M. G., cada yez mais convencida.; I. S., muito fiel; N. S., brava com elle; Zinha, muito namoradeira; Nico-ta, querendo captivar o F. A.; A. A., por que andas tão' triste? N. A., muito elegante; J. Dias, desistiu delia para sempre; J. G., sempre apaixonado; C. G., mui-to àmavel; A. Arruda, feliz com as pequenas; Tonico, querendo encontrar, mas não acha; Fer-nando A., como sempre "O me-lancolico"; Baptista, sempre amando a M. Saudades da. ——-"Manhãs

de Abril".

pathia da Valentina V.; a since-ridade da Lygia F.; a "tentativa de uma probabilidade" da Ma-rina P.; os triumphos da Ceei-lia; o rostihho seduetor da Ilka B.; os olhos estonteadores da Yo-landa F.; a eleganeia do Esta-cio; a pose "batrachia" do Raul; o projecto de fala do Álvaro A.; os namoriscos do Antonio V.; as tolices do Joannico; as literati-ces do Costinha; o modo sem mo-do de dansar do Moaeyr F.; as encabulaçÕes do Augusto A.; a jazzmaiüa do Lulu', Mil beiji-nbos, a leitora. "íbis".

A'S ÜÂIS

HeansElhamas ás sonlinras mães a darem a seus filhinhos ? Husuperauel "BOllBün bHXQ PURBHTIDO" E' o único que as ereariças tomam sem pejo nem tepúgnancia; IIS3=SC mastigando.

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¦ \ - pr rv 2." quinzena - Setembro - 1926 ¦'v;-Y v A CJ. CIA URA 19 Perfil F. Forjas

Estatura mediana, cabellos castanhos, claros, penteados pa-ra traz, olhos castanhos, escuros, nariz bem feito, boquinha peque-na, deixando transparecer, de vez em quando, uili leve sorriso; tra-ja-se, quasi sempre, de escuro e, muito elegante, dansa admira-velmente; é dedicado e muito gentil, a sua prosa agrada e pren-de; possúe um coraçãozinlio de oiro e aquella que tiver a felici-dade de conquistal-o... o que será muito difficil porque teni muitas admiradoras entre as quaes a mais sincera sou eu. Da leitora. "P. N.

Capital

(E...)

Ha tempos, tive o prazer de ter em mãos uma interessante cartinha tua, escripta com letras grandes e pretas, em papel côr de rosa. Infelizmente, chegou tarde, p^js que o bonde de S. Amaro havia partido. Agora, lembrei-me da "Cigarra", para me corresponder comtigo e se 'luizeres responder, muito gra-ta ficarei. Até breve. Da amigui-lha. "L.

Verde".

Jahu'

(Perfil de C. B.)

Bella estatura; cabellos cas-tanhos, levemente ondulados,

OÜEÈ SOFFRE DA GARGANTA

ESTÁ DE PARABÉNS

EM NEW YORK É ACOLHIDO COM

ENTHUSIASMO

Um rios "pequenos desço-"I rirnentos"

que mais trans-cedencia teve ultimamente é o seguinte: dois compri-midos Bay.er de Aspirina

("Bayaspirina"), dissolvidos cm 1/2 copo de agua, cons-titilem um excellente

gar-garejo para dores de gar-ganta e para a tonsilite.

Em New York e em todas as demais partes dos Es-tados Unidos, onde as

affee-ções da garganta são muito eommuns durante o

inver-penteados para traz; sua tez ó clara, de uma pallidez romanti-ca, seus olhos expressivos, irra-diando fulguráções celestiaes quando em conct&to com a luz de outros olhos; nariz bem fei-to, bocca fascinante, embelléza-da pelos lábios nacarados e por uma fileira de alvos dentes que mais parecem pérolas, (é por is-so que elle está sempre

sorriu-'

.. '

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no, este "descobrimento" obteve grande êxito..

Experimentou-se aqui em varias pessoas e todas ellas affirmam que em realidade é um gargarejo admiravel.

Recommendamos este tão simples e economico reme-dio a nossos leitores, adver-tindo-os, porém, que para ter segurança do resultado devem usar os ¦ legítimos Compxnmidos Baycspirina '¦ não qualquer substituto/

do, com seu sorriso seduetor. Tem um coração que desconhe-ce, por completo, o amor sincero e a constancia; traja-se com es-merado gosto, e quando está de terno preto parece mais lindo. Da leitora. "Sorridente".

Capital

Por que será que o Edmundo B. freqüenta, aos domingos, o bairro do Braz ? Será que arran-jou por lá alguma namorada? Talvez, pois elle é bastante sym-pathico e sabe captivar. A sua ausência, nas matinées do Royal, tem sido, para mim de verdade!-ra amargura. Darei um doce a quem leval-o de novo ao Royal.

"Rosa

sem espinho".

< 'apitai

(Perfil de Edmundo B.)

De todós os rapazes qu® co-nheço, 6 este o mais sympathico, insinuant.e e muito distineto. Es-tatura regular, physionomia fran-ca, olhos seduetores capazes de illudirem o coração xnais frio. Moreno; eabeilos pretos, ondula-dos, penteados para traz. Nariz bem feito; a sua boquinha se en-treabre, a todo instante, num sorriso pleno de ironia, o que me fere cruciantemente a alma; seus dentes são pérolas encerra-das entro dois frisos de coral. Para finalisar, direi que o meu perfilado possue 16 risonhas pri-maveras e reside no bairro da Consolação n.° impar. "Es-perança Bondade". Casa Lemcke \ A8TI60S MID Bitnno / L1NDOS MODELOS EM / \ ROUP&ES e CHflMBRES — MWLL0T5 i \ para senhoras, creanjas e lliomens.—R0U- M

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(6)

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m .'Sill® "1

\\TtL\MPAlllO

Considerar-se-á péssima a cotação 0; serão re-putadas más as pelliculas de 1 a 3 pontos; medíocres as de 4 a 7; regulares as de 8 a 11: bôas as de 12 a 15; muito bôas as de 16 a 18; optímas as de 19 e 20; e exeepcionaes as de 21 e 22.

tSSI

Santa Helena

ZE' DO PASSA QUATRO (OJiip of the flyng U) — Universal Je-wel — Producção de 19 26.

Hoot Gibson numa feliz me-tragem. O seu companheiro (Har-ry Todd) é tão engraçado e faz a gente rir tanto. . . que nem é bom lembrar.

Historia commum, '

mas bem conduzida. Actuação satisfacto-ria dos interpretes. Consciencio-sa orientação de Lynn Reynolds, aquelle charlatão (iue tantas ve-zes dirigiu Tom Mix nos films da Fox.

Um trabalho muito divertido. Talvez o melhor veliiculo de Gib-sSji.

Cotação: 12 pontos.

O COMBATE (The Combat) Universal Jewel — Producção de 1925. — Ir ao Cinema para as-sistir a uma fita massante como esta, é o que se pode chamar uma ironia do Destino.

Ho use Peters não tem, o que fazer. Depois que o escolheram para trabalhar em Sombras do Passado, elle ficou sendo o eter-no "homem das selvas''...

Wanda Hawley está tão desin-teressante, que chega a pôr uma solenne interrogação no film. Não sei dizer qual dos dois foi o mais aborrecido. Convém citar ainda uma tempestade e um in-cendio, verificados "á moda" Lynn Reynolds. Muito mais fe-liz teria sido a Universal se ella houvesse procurado Reginald Ba-ker.

Cotação: tí pontos.

Royal

DEDOS AMARELÃOS (YclIoW Fingers) Fox — Producção de

1926.

Este é, realmente, o film que faz a apresentação official de Oli-ve Borden, que já ficámos co-nhecendo n'0 Herdeiro Perdido. Em Dedos Amarellos a graciosa figurinha da Fox vive uma linda mestiça, esquecida em certa ilha tropical.

E' pena que o film não com-porte attractivos para prender o publico, porque Olive tem o seu encanto pessoal.

Ralph Ince e Claire Adams são dois desoccupados.

Cotação:. 10 pontos.

Republica

ESPOSAS MAL COMPREHEN-DIDAS (Watch your Wife) Uni-versai Jewel. — Producção de 1926. — De todos os directores europeus que trabalham nos Esta-dos Unidos, sem duvida. Svend Gade é aquelle que possue a te-chnica mais americanisada. Nos rector germânico,

films que dirige, manifesta uma tendencia ao estylo de Lubitsch, mas nem de longe consegue pai-par a technica do formidável di-Ao assistir Pennas de Pavão —

que havia sido favoravelmente precedida por Siège — comecei a admirar o espirito de Svend Ga-de! Com este film, entretanto, experimentei uma pequena de-cepção. E' que eu esperava mui-to desta comedia matrimonial e ella é bem mais commum do que as outras.

Pat 'O Malley e Virginia Valli. Cotação: 11 pontos.

O PREÇO DE UM BEIJO (His Secretary) Metro-Go ld hvin-Mayer — Producção de 1925. — Dis-tribuida pela Paraííiount.

O quarto trabalho de Hobart Henley (em ordem chronofogi-ca) apresentado nestes últimos seis mezes. Bom divertimento. Comedia fina, dirigida com cer-to methodo e capitalmente tra-balhada. A caracterisação de Norma Shearer, no papel de se-cretaria e stenographa, admirou-me.

Achei, comtudo, exagerada e brusca a sua transformação phy-sica, depois de ter passado pelo Instituto de Belleza.

Lew Cody actua como de cos-tume e Willard Louis não des-merece a sua reputação.

Com a graça do seu sorriso Norma Shearer chega mesmo a deslumbrar os seus admirado-res. . .

Cotação: 14 pontos.

O CA UFA DE BAGDAD ou JURAMENTO DE UM AMANTE. (A Lover's Oath) — Producção de 1924. — Distribuída pelo Pro-gramma Matarazzo.

Nada mais do que uma .minus-cuia contribuição de Novarro para determinado grupo de pro-duetores independentes.

A historia do sheik é aqui le-vada ao ridículo com toda a for-malidade. A apotheose ao sheik — gloriosamente immortalisada ¦na

téla pela saudosa e inesque-eivei figura de Valentino — foi lastimavelmente, torpemente es-pelhada nesta metragem . . . Alii está um serio, um innominavel descredito para Ramos Novarro. Foi lançado no mesmo dia que O Ladrão do Bagdad, talvez para abrir "concurrencia"'. ...

Aquelles que já viram Seara-iiiouche e The Iiéd Lily eu acon-sellio Juramento de um amante.

Cotação: 5 pontos.

P. A. M. O.

Os nossos concursos

O MELHOR PARTIDO PARA CASAMENTO

Na opinião do senhorita, qual é o rapaz que, pelo

seu cavalheirismo e attracção pessoal, constitue um

excellente

"partido"

para casamento?

E' o sr.

(7)

2.* quinzena - Setembro - 1926 A CIGARRA 21

Amparo

(A. P.)

Meu perfilado conta 18 pri-toaveras. E' muito sympathico e distincto, e, por isso, possúe mui-tas admirafloras. Tem os cabel-los negros, penteados com esme->'o, olhos encantadores, bocca !)em talhada e é de estatura re-guiar. Mora na rua 13 de Maio n-°... A sua única paixão é o Piano, mas, mesmo assim, espe-ro ser por elle querida. Agrade-Ço á bôa "Cigarra", a publicação •lesta. "Zizinha".

Capital

(Telephonica)

O que apreciei no pic-nic: Cia-''a, futura dona de casa; Scavo-ne, quasi viveu em chops;

Juve-renda que até comi um pedaço da lingua; Miranda, estou triste porque não arranjei uma peque-na; Accacia, celebre nos prêmios; Angélica, quasi ficou sem o noi-vo; Conceição, futura sogra; An-tonietta, coradinha como sempre; Angelina, com sua pintinha; Aracy, bancando dois ao mesmo tempo; Branca, pouco brincou; Emilia, arranjou um par batuta; Annita, ainda não tive tempo de apreciar o meu eleito; finalmen-te, a alegria e delicadeza do nos-so digno chefe sr. Mello a quem muito grata ficamos pela sua adoravel e magnífica idóa. Da grata e leitora. - "Senhorita Perigosa".

líiniiú

Eu não sei, queridinha "Cigar-ra", por que a Lourdes M., anda curiosa por saber quem é a "Flor

nha; o Vallico e o Wisck dois in-separaveis, até no bancar as me-lindrosas na loja. Terminando, tenho a dizer que o Conforte, ul-timamente,1 tem se visto nuns apuros com a venda da "Cigar-ra". A' "Cigarra" beijinhos da leitora e collaboradora. —— "Flôr

Crestada".

Consolação

Minha querida "Cigarra". En-vio-te esta notinha, colhida num delicioso baile, realisado na resi-dencia. do st. Juvenal Leite^ por occasião do baptisado da sua ga-lante netinha: Ruth, m-uito gra-ciosa na sua toãlètte; Eugenia, seductora e bella, qulz danear só com o seu eleito; M. Luiza, dan-sou pouco; Nadir, manto meiga e attrahente; Marlquita, desprezai!-do alguém; Aracy, um tanto ipen-sativa; as Campos, dansando

ad-||i8iS8888SSS8SSSg8SSSSS38í888S8a8SS^S8SSgSS»eSSS8S8aS8S83S8SSS8SS^SaSgS8SSSS8S8S8ra8S8S888888S8SSS8888g8S8SS8S8SSSSSSS8888888«gSSgS88S88S8SSí888S88|

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e PERFUMARIA CENTRAL — Avenida Rio Branco, 142 — Rio de Janeiro

Batamos distribuindo gratuitamente o livro A' PROCURA DA BELLEZA, de Elisabeth Arden, com

informes detalhados sobre o rejuvenescimento da belleza daa senhoras.

, > Querido como sempre; Sal-uni bicho no virado; Celso, un fundo

uo remo; Paulo, que-findo bancar

o. . . bello; Ferraz, ancando o

aviador; a falta do '-ambert.

(Que pena!); as risa-J*?' f(^ra de tempo, de Gelotti;

°'edo, eximio

no Chuá; Vicen-> um colosso no ring; Patrício, c ualmente,

o mascote das mo-Osso, dando um ar de sua

pnÜ^a' com ^óbo, eu só gosto de brin-' melindrosa e jogar pe-car

j 1,1

Aido tanto

goste! da

me-Crestada". Desista, menina, isso será difficil descobrir; a lida D., sendo pagem elegante; Idéa P., fica tremendo quando vê alguém (deixa disso!); será que foi a paixonite que bateu na Lourdes D.? Se foi, conheço um bom re-médio!!! A Alda M., uma loiri-nha insinuante, a quem perten-cerá seu coraçãozinho? Deolinda M., muito engraçadinha; a esper-teza do Borges com o. . . rat i-nlio; o João A., muito bomzinho, até captivou uma certa

amigui-miravelmente; Cléa, disputada. Rapazes: Nênê, muito alegre; Au-gusto, dansou pouco; Eras quiz danear só cam as Santos; Zerbini, d a .n> ® a n d o ad mira vel mente o "Cnarleston"; Epaminondae,

apai-xonado (parabéns, tons muito gosto!); Passarei li, zombando de alguém; Álvaro, dansou muito com a C.; Penteado, fez questão de ser apresentado á S.; Arman-do, noivando; Alexandre, conten-te por estar ao lado delia. Da lei-tora sempre grata. —- "Vê tudo".

(8)

• • - ' ¦ -v x ¦ - m pv- - ¦ '¦ ;• ' 1 • . • • : * |SS8S83SSSS«SSSSSS8SSSS«S88SS8SSS83SSS3SSS3S8&»-.,SSSSSS$SS38SS3SSS3S3S2$S8iS3S83SS3SSSS8SS8S3SSS8SS8S8SS8SSSSSSSgSS$$SS8SS8S8SSSSS8SSSi(SS8SS3S8SS48^ ==-£ I l ^ 1 ^ ^ ^ ^ | ! feillS8I8WM8g»SmsmSS^^ 1, . • .... • * . a

(9)

Oficinas

graphicas: Kua Brigadeiro Tobias 51 Director-Qerente: LUIS CORREIft DE MELLO j^wignatura para o Brasil - 30$000 Numero Avulso: 1$000 Assig. para o Extra ngriro - 40$000

CHRONICA 2.a quinzena òe Setembro òe 1926

ÇEVISTA DE MAIOR CIRCULAÇÃO NO ESTADO DE S. PAULO Fundador: GELASIO PIMENTA

ÜL2«5 — Anno XIV Redaoçio : Rua S. Bento, 93-A — S. Paula

to —1—

Wfó® A ancia incontida de abater, na tmlucr voracidade insaciavel de

des-jXcSol truir — a morte não escolhe victimas: os que vivem para

v,

commum, taes como os antigos

ca-fuleiros medievaes, ou os que, philoso-Phieamente,

se enclausuram entre as qua-,l° paredes da inutilidade, semelhantes ás

ervas

damninhas que por ahi crescem, cubando

a seiva á vegetação esplendente boa, — todos cáem, impiedosamente

at-lngidos

pelo seu alfange. Foi por isso que elasio Pimenta

coração illuminado de 0ndade,

alma irradiando luz — teve o

„eu tão cedo, como os troncos vigoro-em

Plena florescência, dando sombra dando vida

á floresta, e que, subitamen-' se abatem

á rudeza implacavel do la-Vl'ador.

: Generoso e bom, affeito ás obras de

cj

Perecível

grandeza, foi um protector

e

ec)lcado

das letras e das artes. A poesia

J^usica

irmãs

gemeas em todas as

pras

rn°dalidades — lhe inspiraram

sem-c

e uma

affectuosa fascinação, tendo

^operado

com o seu valioso prestigio pa~ que se não estiolassem tantas esperan-- s Promissoras,

dando a mão carinhosa quantos, nas

justas da intelligencia, mal

f0lSaiavarn. os passos vacillantes. Muitas

na am as

festas artísticas

que patrocinou, "

quaes, pondo em relevo a nitidez de

UtU

n^ac^e' 0 desejo indefinido

de ser

am

'i pi 0CUrava

estreitar as artes num

am .X0 P^ndo de sympathia e de

Não cabe, nos limites de uma simples

chronica, evocar, no terceiro anniversario de seu desapparecimento, a figura desse

predestinado, cujos commettimentos, cheios daquelle vivo fulgor que aureolava o seu espirito diamantino, o fizeram merecedor

do apreço e da respeitosa estima que to-dos lhe tributavam. Como jornalista, aqui está a "Cigarra", galharda e victoriosa. Observador perspicaz, de uma fina

agu-deza de visão, penetrou elle, bem depres-sa, todos os escaninhos da sensibilidade

publica, supplantando, com afanosa acti-vidade e grande energia de luetador, todos os obstáculos que avultam, de ordinário, na vida quotidiana, e soube conquistar, através da sua querida revista, um nome

que ficará perpetuamente ligado aos trium-phos das iniciativas fecundas.

Bem hajas, pois, na incommensuravel

altura onde pairas, nobre e valoroso

es-pirito! Na orgia da vida, na loucura es-tonteante da existencia pagã, embeveci-dos nas diversas nuances dos prazeres

terrestres, raros são os que, como tú,

com-prehenderam e divinizaram o aperfeiçoa-mento intellectual, e sem nenhum vislum-bre de vaidade, mas reflectindo tão só-mente as peregrinas qualidades de coração, deram toda a pujança de seu patriotismo

ao incentivo das vocações nascentes, e fo-ram, por isso mesmo, as columnas cen-traes desse templo onde se cultúa a intel-ligencia, na communhão da luz, na

psal-modia do sentimento espiritualmente doce

e docemente espiritual! [I

(10)

2." quinzena - Setembro - 1926

Expediente d' "A Cigarra"

Fundador: GELASIO PIMENTA Redacção: RUA S. BENTO, 93-A

Telephone N.» 5169 — Central

Correspondência — Toda cor-respondencia relativa á redacção ou administração d'"A Cigarra" deve ser dirigida ao seu director-gerente, Luis Correia de Mello e endereçada á rua de São Bento n.e 93-A, S. Paulo.

Recibos — Só terão valor os as-signados pelo director-gerente.

Assignaturas — As pessoas que tomarem uma assignatura annual d"'A Cigarra" despenderão apenas 30$000, com direito a receber a revista até 30 de Setembro de 1927.

Venda avulsa no Interior — Tendo perto de 400 agentes de venda avulsa no interior de São Paulo e nos Estados do norte e do Sul do Brasil, a administração d"'A Cigarra" resolveu, para re-gularisar o seu serviço, suspender a remessa da revista a todos os que estiverem em atrazo.

Agentes de assignatura — A Cigarra" avisa aos seus represen-tantes no interior de S. Paulo e nos Estados que sô remetterá a

revista aos assignantes cujas se-gundas vias de recibos, destinadas á administração, vierem acompa-nhadas da respectiva importancia.

Collaborayão — Tendo já um grande numero de col-laboradores effectivos, en-tre os quaes se contam mui-tos dos nossos melhores prosadores e poetas, "A Ci-garra" só publica trabalhos de outros auctores, quando solicitados pela redacção.

Clichês — Devido ao seu grande movimento de annuncios, "A Ci-garra" não se responsabilisa por clichês que não forem procurados dentro do prazo máximo de tre» mezes.

Succursal em Buenos Aires — No intuito de estreitar as relações intellectuaes e economicas entre a Republica Argentina e. o Brasil e facilitar o intercâmbio entre os dois povos amigos, "A Cigarra" abriu e mantêm uma succursal em Buenos Aires, a cargo do sr. Luííí Homero.

A Succursal d"'A Cigarra" func-ciona alli em Calle Perü, 318, onde

os brasileiros e argentinos encon-tram um bem montado ascriptorio, com excellente bibliotheca e todas as informações que se desejem do Brasil e especialmente de S. Paulo. As assignaturas annuaes para a R&publica Argentina custam 15 pesos.

Agentes na Europa — São re-presentantes e únicos encarrega-dos de annuncios para "A Cigar-ra", na Europa, os srs. Davignon Bourdeí & Cia., rue Troncliet n. 9 Pari/. — 19-21-23 Ludgat Hill Londres.

Succursal em Nova York — De-vido ao grande impulso dos nego-cios de nossa revista nos Esta-dos Unidos, abrimos em Nova York uma succursal, que se pro-põe, ao lado dos negocios exclu-sivos d'"A Cigarra", a dar a seus leitores, ali, toda e qualquer in-formação de interesse geral.

A nossa succursal funcciona junto aos grandes escriptorios d'"A Ecclectica", 230 West, 113 Street e para ali encaminhamos todos quantos, naquelle paiz, de-vam procurar-nos para assigna-turas, annuncios, etc.

Venda avulsa no Rio —- E' en-carregada do serviço de venda avulsa d"'A Cigarra", no Rio de Janeiro, a Livraria Odeon, estabe-lecida á Avenida Rio Branco n. 157 e que faz a distribuição para os diversos pontos daquella capital.

Senhoras! Senhoritas!

Vende-se em todas as Drogarias, Pharmacias e Perfumarias desta

ca-pitai e do interior.

DEPOSITO EM S. PAULO:

Rua toosÊiõ [lipiiiaoo, I

NO RIO:

Rraujo Freitas & Cia.

RUA DOS OURIVES, 88

Tratae òa vossa cutis, tornanòo-a

ma-cia, rosaòa e bella; não òeixeis que ella

crie rugas, saròas, parinos, manchas e

ou-tras òermatoses parasitadas.

O CUTISOL-REIS combate e extingue

estas affecções òa cutis sem irritar a

pelle-E', por excellencia, o defensor òa belleza. To-òa a pessoa que òelle faz uso aparenta a

mais bella juventuòe.

E' o melhor proòucto para massagens

(11)

2.a quinzena - Setembro - 1926 Sol jgyfaz (vi ¦. 3 £?> coj^eur^ordJ^Q/^arr-r^^j KL "'Vv7 l 9 /V v£s? Os nossos diamantes iii

O Times" publicou lia pouco wi longo estudo sobre a

produc-^ao

diamantifera no Brasil, es-racialmente em Diamantina,

cu-s jazidas

são exploradas desde época colonial. ,. Nesse estudo a que se referi-{, 111 os telegrammas de Londres "nmenta- o "Times" a ineffica-d c*os vários methodos ainda

applicados no Brasil, aconsellian-do substituir-se a acção indivi-dual por uma organisação de tra-balho scientifico, como o usado em Kimberley". Conclúe o arti-culista notando que, emqquanto o rendimento annual da África do Sul é de 12 milhões de ester-linos, o do Brasil é apenas de 200 .000.

Estes algarismos são por de mais eloqüentes, para podermos nutrir illusões sobre a situação de manifesta inferioridade de nossa produeção de diamantes.

A causa primordial está nesse iri-corrigivel empirismo extractivo, que domina ainda em muitas das nossas industrias velhas.

Ha, sabidamente, diamantes, em quasi todos os Estados brazi-leiros. As riquíssimas jazidas de Goyaz, para fallar só nessas, estão por assim dizer intactas. E em Minas, onde ainda ha terre-nos diamantiferos por explorar, ainda se extrae o precioso mi-neral por processos que tornam perfeitamente cabiveis os reparos do grande orgão londrino.

(12)

26 2." quinzena - Setembro - 19 28

1870...

(Cento de Amazonas Aragão)

Jh

S arvores ramalhavam vio-L lentamente, impellidas

^ com fúria pelo vento im-petuoso, prenunciador de borrasca.

Roberto "esbarrou" o tordilho na frente da Casa Grande e su-biu a escadaria larga, batendo despreoccupadamente o reben-que encastoado de prata na bota de couro de veado. Filho mais velho do Coronel Antunes, vivia ali o moço na fazenda, adminis-trando-a, emquanto seus tres ir-mãos moravam na cidade, por causa dos estudos. Temperamen-to sensivel, muito affectuoso, nunca se conformara o rapaz com as scenas selvagens de bar-barie praticadas friamente con-tra os escravos. Quando peque-nino, era com os olhos mareja-dos de lagrimas que interferia junto ao pae para que libertas-sem os pretos cuja rebeldia era subjugada no tronco. Não raro, escravos, acossados pela ira do feitor, vinham correndo ajoe-lhar-se aos pés do Nhonhô, im-plorando-lhe perdão de mãos pos-tas, e o perdão jamais deixou de ser concedido por aquelle coração sensibilissimo.

Os annos de internato em Fri-burgo fôram, para Roberto, cheios de amargura e saudade. Findos os preparatórios, foi ter-minar a sua educação na Euro-pa e, ao cabo de dois annos de permanencia no extrangeiro, re-gressou para a fazenda do pae, encarregando-se de sua adminis-tração, pois não quiz continuar os estudos. Ha um anno que ali estava e desde essa época não mais entraram em scena o tron-co, o relho de tiras e a garga-lheira. Sahira o moço, a negocios, ao romper da aurora, com des-tino ao sitio do Miguelão, e vol-tava agora, ainda com tempo para o almoço.

Mucamas atravessavam, apres-sadas, a sala. Escravas, assusta-diças, espiavam pelas frinchas das portas do velho solar, como que á espera de alguma novida-de. Roberto estirou-se na rêde de malha, ao fundo da sala, pa-ra se refazer da longa jornada, emquanto sua mãe, recostada numa espreguiçadeira, perto delle, collocava retratos num al-bum de percalina.

— Licença?

E o Tião, o feitor truculento, rodando o chapeirão de palha de arroz, nas mãos callosas, entrou, dirigindo-se, humilde, para a se-nhora, que o interrogou com o olhar, e elle, de olhos no chão:

Vem vindo ahi, Sinhá-Dona.

Que foi, mamãe? Inquiriu Roberto, virando-se na rêde.

Dona Esther contou com sin-geleza:

Belmira, a formosa mula-ta, fôra de manhã, com outras raparigas, lavar roupa no açúde, levando o filhinho de mezes de edade. Antes de começar o tra-balho, collocára-o a alguns me-tros de si — adormecido -— den-tro dum balaio, á sombra do in-gazeiro. De repente, um grito do pequerrucho fel-as voltar a ca-beça e assistir uma scena pavo-rosa: um enorme sucury, em co-lubreios sinistros, arrastava pa-ra o juncal, á beira dagua, o corpo innocente da creança. Bel-mira, aterrorisada, fóra de si, como louca, correu ao encontro da cobra gigantesca, como que disposta a disputar-lhe, face a face, numa luta desigual, o fru-to do seu amor. Emquanto o su-cury desapparecia no meio das tabôas, levando a sua presa, Bel-mira, tomada de súbita allucina-ção, lançava-se á agua, em seu encalço, mas a escrava atolara no lôdo e submergira, em

ester-tores, afogando-se. Aos gritos lancinantes das raparigas, acu-diram escravos que, armados de foices e enxadas, batiam toucei-ras e moitas e, em canoas, sulca-vam as aguas, anciosos, para ex-terminar o monstro, emiquanto outros retiravam dagua o cada-ver de Belmira que foi levado já para a senzala. — E a creança — concluiu Dona Esther, apon-tando para a porta — a creança vem vindo ahi.

Roberto, emocionadissimo, cor-reu para a preta velha que en-Lrava e, arrebatando-lhe dos bra-ços o pequenino cadaver, hediou-damente mutilado, cheio de mus-go e lôdo, beijou-o demorada-mente.

Lá fóra, as arvores ramalha-cam violentamente, impellidas com fúria pelo vento impetuoso, prenunciador de borrasca. . .

(Do livro

"Ao clarão da

fo-gueira", a sair).

ENTRE

as virtudes da mulher, ha uma que parece apaaiágio da donzela, e que lhe dá esse sin-guiar enlêvo que já não encontra-mos depois- na mulher: é a inno-oencia.

Ha duas especies de iunocenca. a iinnocencia que se ignoira e a iiMioeencja que se conhece: cabe a primeira á criança, a segunda á mulher. SI 3 l 81 1 §1

í maneira de Bernardim Mo...

(Hnédito para Cigarra")

Mudae, marinheiro, em ondas,

Que mais mudaveis não são, 0 mudavel coração!

Asinha ir-me-ei a outra terra,

Que, após tamanha tardança Onde me a mim fez a guerra 0 vão engano e a mudança,

Só me lá fica a esperança De o mudavel coração Outros achar que o não são.

Nesta terra de meos damnos

Ainda vos não deixára, A vós e aos vossos enganos,

Se m esperança ficára

De que meu muito enganára Em creer que mudaveis são

0 vosso e o meu coração ...

Guilherme de Almeida g H i [daq. K 1 I Cento de Amazonas Aragao)

Referências

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