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A abrangência universal da salvação

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Academic year: 2021

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A abrangência universal da salvação Introdução:

A salvação é a graça de Deus estendida aos homens por intermédio do seu Filho amado Jesus Cristo. Por meio da cruz Jesus religou com o Pai a humanidade perdida, o sacrifício perfeito do Filho concedeu-nos a unidade perfeita em Deus.

I- O QUE É A OBRA EXPIATÓRIA DE CRISTO 1- A necessidade de expiação

O que é expiação?

Cristo realizou na Cruz do Calvário, um sacrifício Perfeito, cumprindo com todas as exigências.

Expiação: É o ato pelo qual o pecado é cancelado, anulada, apagado do registro. O objeto da Expiação é o pecado (ele é apagado).

Propiciacão: Deus tornou-se favorável a nós. Por meio do sacrifício de Cristo, Deus se torna favorável a nós. O objeto da propiação é Deus, (Deus se torna propicio (favorável).

No mundo pagão, eu oferecia um sacrifício para tornar os deuses propícios, seu eu fosse viajar, oferecia sacrifício a Netuno (deus do mar), para que ele não ficasse de mau humor, ou seja, durante minha viajem ele fosse favorável. Porem Deus apresenta Cristo como sacrifício, para propiciar (favorável) a si mesmo, ou seja, o Filho tornou Deus favorável.

Deus é contrario a nós em ira, por causa de sua santidade, se Ele não for contrário a nós, Ele é imoral Desta forma ofereceu Cristo em expiação (cancelamento da divida) e propiciação (tornar favorável), a nós (Rm 3.21-26).

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2- A abrangência do pecado

Como entender o Pecado original e sua abrangência? (Rm 3.23).

Quem pecou foi adão, e o que me liga a esse fato? Porque herdamos o pecado de alguém que está totalmente distante a nós?

Adão era representante da raça humana, ao pecar, transmitiu o pecado para toda a humanidade (Rm 5.12-19), o salmista no Salmo 51.5 declara, “eis que em iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe”. Precisamos assim entender que o pecado é Universal, alcançou todos os homens sobre a face da terra.

Precisamos compreender Romanos 5.12 de duas maneiras: a) Em Adão, todos os homens participaram do pecado original. b) Rm 5.12, também fala dos pecados individuais de cada homem.

Como falou Champlin, “poder-se-ia afirmar que o pecado de Adão é a raiz, os pecados da humanidade são seus ramos e os pecados individuais são os frutos”.

Portanto, não devemos culpar apenas Adão pelo pecado, mas entender que o Pecado de Adão é o nosso pecado também. Toda a humanidade herdou a semente do pecado, quanto mais cresce (intelecto), mais apresentará os frutos dessa semente.1

2.1- As conseqüências do pecado:

Podemos pontuar a quebra de comunhão que houve no Jardim do Éden, após a queda:

a) Deus e homem – Se escondeu.

b) Homem e Homem – Adão culpa Eva, Caim mata Abel.

c) Homem e natureza – A terra criará abrolhos e espinhos, com suor comerá. d) Homem e animais – O governo do homem sobre estes, foi perdido. e) A morte eterna - O maior de todos os males (Gn 2.17).

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3- A expiação de Cristo

Dentro da velha aliança, tinham-se os sacrifícios que os sacerdotes podiam comer ou chamados SACRIFICIOS DE PACTO, mas haviam os sacrifícios que os sacerdotes não podiam participar, chamados de SACRIFICIO TABU, onde todos os materiais usados naquele ato eram exclusivamente de Deus.2

O grande detalhe que precisamos entender é que todos os sacrifícios e ações que envolviam estes precisavam ser realizados anualmente, pois não tinham a possibilidade ou o caráter de perfeição, e não completavam as exigências divinas (Hb 10.1), na verdade, percebemos que eles eram um tipo, estavam apontando para o Sacrifício de Cristo na Cruz do calvário, porem com uma longa diferença, o sacrifício de Cristo seria oferecido uma única vez, e seria perfeito, pois cumpriria com todas as exigências divinas (Hb 9.26).

Desta forma, no sacrifício perfeito de Cristo, a velha aliança que foi escrita em tábuas perdeu seu valor, ou caducou, dando lugar assim a nova, melhor e perfeita aliança realizada pelo sangue inocente de Cristo Jesus em sacrifício vivo na cruz do calvário (Hb 8.13).

II- O ALCANCE DA OBRA EXPIATÓRIA DE CRISTO 1- A impossibilidade humana

Os sacrifícios e méritos humanos jamais serão capazes de purificação...

Dentro da velha aliança, os sacrifícios tinham normalmente dois propósitos, o de louvor e o de tentar aproximar-se do divino, mas o que permeava estes sacrifícios era o pensamento do ofertante, que mediante sua ação, ele apaziguaria a iria de Deus, teria a anulação do seu pecado, conseguindo assim o favor de Deus. Isto chama-se sacrifício meritório, faço algo para redimir-se com Deus e receber seu favor.

2 Russel Norman CHAMPLIM. Enciclopédia de Bíblia, teologia e filosofia. São Paulo. Hagnos, 2013,

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Na verdade, outros sistemas do mundo antigo também trabalhavam com este pensamento, por exemplo, no mundo mesopotâmico, ao oferecer alimentos ou sacrificios para os deuses, estes ficavam felizes e passavam a considerar seus ofertantes com maior gentileza, alem de dispor para estes maiores benefícios. Isto se chama sacrifico meritório, com base naquilo que eu realizo, posso aplacar a ira dos deuses. POREM jamais estes sacrifícios foram suficientes para purificação ou perdão pleno (Rm 3.20;Cl 2.16,17).

2.1- A teologia da Cruz x a Teologia da Glória

Em Haildelberg, seis meses após o 31 de outubro de 1517, Lutero faz a distinção entre a Teologia da Glória e a Teologia da Cruz, o que ele fez foi distinguir as corrupções da Igreja medieval, do que a Bíblia fala em termos de Boa Nova, boa noticia de fé evangélica. Alguns especialistas de Lutero declaram que esses escritos tenham sido o mais importante do teólogo.

Lutero acreditava que a Igreja seguia a escada da Glória e não a escada da Cruz, o que Lutero faz nesse encontro é a distinção entre a Torre de Babel de (Gn 11.1-) e a escada de Betel (Gn 28.110-20), em babel o ser humano queria construir uma escada para Deus, (pirâmide) para chegar ao céu com seu próprio esforço, enquanto que em Betel é Deus quem desce, e das ordens e comando para Jacó; Para Lutero, a Igreja romana estava tentando construir uma escada até Deus por meio da sua própria glória e do seu esforço, quando na verdade a escritura ensina, que existe uma escada da cruz, onde por meio dela Deus vem até nós, o que Lutero ainda salienta é que a Igreja através da escada da Glória queria um encontro direto com Deus e de forma bruta Lutero declara que a Igreja queria ver Deus nu ou pelado. O grande problema que Lutero destaca, é que esses teólogos e a Igreja queriam chegar a Deus de forma direta, sem um intermediário, ou seja, a possibilidade de conhecer e se relacionar com Deus por meio das suas obras. Mas o destaque do Teólogo é que sem a Cruz do Cristo e o Cristo da Cruz, o homem destorce o que existe de melhor na criação e jamais conseguira chegar-se a Deus.

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A morte de Cristo foi substitutiva, pois a humanidade deveria morrer (Rm 4.25), mas Cristo ocupou nosso lugar (1Jo 2.2). A morte de Cristo representa nossa morte (2Co 5.14).

Este ato, nos fala sobre o Grande amor de Deus por nós (Rm 5.8).

3- Alcance universal da obra expiatória

Existem 2 pontos de vista (calvinismo x arminianismo)...

Entendemos que essa salvação esta disponibilizada para Todo aquele que Nele crê (Jo 3.16).

III- CRISTO OFERECE SALVAÇÃO A TODO O MUNDO 1- Perdão, libertação e cura

2- A salvação é para todos

A salvação é um processo continuo na vida do salvo... mas lembre-se não é sucessão de eventos, mas sim unitária com múltiplas faces...

O que não podemos pensar é em uma ordem da salvação com sucessivos passos ou estágios, mas antes, devemos entender como uma só obra maravilhosa da graça de Deus, um caminho de Salvação, dentro do qual distinguimos diversos aspectos3. Ou seja as diversas fases do caminho da salvação não devem ser vistas como uma série de passos sucessivos, onde um toma o lugar do anterior.

Segue quadro idealizado pelo Teólogo Anthony Hoekema, onde este declara que a salvação deve ser vista como uma experiência unitária que envolve diversos aspectos que começam e continuam simultaneamente.

3 HOEKEMA, Anthony. Salvos pela Graça – a doutrina da salvação. São Paulo:Editora cultura Cristã, 1997,

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Lembrando sempre, que a salvação é universal, Deus não faz acepção de pessoas, mas pelo seu infinito amor alcança todos. O homem que oferece passagem para todos, mas somente aqueles que cumprirem suas exigências viajaram.

3- A responsabilidade do cristão

A grande verdade expressada por Paulo, é que estávamos mortos nos nossos delitos e pecados (Rm 5.17), porem a ação direta de Deus em nós pelo seu Espírito, possibilitou-nos o novo nascimento e uma mudança radical de vida, tornando-nos vivos por meio de Cristo Jesus (Ef 2.4-6). Porem agora desfrutamos não apenas dos benefícios gerados por essas ação divina, mas também carregamos responsabilidades que devem ser observadas e cumpridas. Através da nossa nova vida em Cristo Jesus, Deus deve ser conhecido e sua salvação anunciada (Mt 28.18-20), evidenciando assim nossa frutificação no Reino do Pai (Jo 15.5).

Ide (Indo) – sempre anuncie a Cristo, não necessite de um dia especifico... Fazei discípulos – Ser modelo para outrem o imitar em Tudo – Foi assim entre Pedro e Jesus.

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Referências

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