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A IMPORTÂNCIA DE UM SISTEMA DE CUSTOS PARA A TOMADA DE DECI- SÃO EM UMA INDÚSTRIA CERÂMICA

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Academic year: 2021

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A IMPORTÂNCIA DE UM SISTEMA DE CUSTOS PARA A TOMADA DE DECI-SÃO EM UMA INDÚSTRIA CERÂMICA

Ian da Silva Manço1 Ricardo Lúcio dos Santos Silva2

Resumo

O presente trabalho, irá mostrar qual a importância de um sistema de custo implantado em uma pequena empresa. Podemos observar o quanto é importante um controle contínuo dos custos da empresa para levantar informações relevantes para os resultados da mesma e auxili-ar na tomada de decisão. Foram abordados os conceitos básicos de custos, bem como as prin-cipais ferramentas de custeio para desenvolvimento do trabalho. A pesquisa foi aplicada em uma indústria cerâmica, fabricante de tijolos, e foram realizadas coletas de dados para a apu-ração dos custos e despesas da empresa estudada. Foram analisados os dados do mês de julho para fins de cálculos. A metodologia utilizada consiste em um estudo descritivo obtido através de uma abordagem qualitativa.

Palavras chaves: Sistema de custo, Tomada de decisão, Custeio. 1 INTRODUÇÃO

A crise econômica dos dias atuais torna o sistema de custo uma ferramenta cada vez mais importante para os empresários, pois não é fácil sobreviver no mercado diante da crise que atinge o País, e uma ferramenta que, sem dúvidas, irá ajudar os empresários é um bom sistema de custo implantado dentro de sua empresa para gerar informações que facilitem a gestão da mesma. Mas a pergunta é: será que todas as empresas possuem um sistema de custo implantado? Ou pelo menos conhecem os custos de sua produção?

Ao trabalhar em uma indústria cerâmica na parte operacional, pose observar a de-ficiência quanto ao custeio, uma vez que ela não utiliza um sistema de custo e este fato ocorre praticamente em todas as cerâmicas da região, onde elas utilizam o mesmo preço de venda, o que para algumas empresas pode ser bom, mas para outras nem tanto, pois as cerâmicas me-nores não possuem os mesmos recursos das grandes cerâmicas, podendo assim passar por muita dificuldade financeira se não houver um controle de seus custos e até a fechar as suas portas.

O presente trabalho abordará a importância de um sistema de custo para uma indústria cerâmica, comprovando que com um bom controle se tem uma tomada de decisão mais efi-caz, tendo também uma facilidade maior com as estratégias de crescimento. Esta empresa a ser estudada, é uma microempresa que produz tijolos furados sendo ele de 4(quatro) formatos diferentes.

Serão apresentados os principais conceitos de custos, bem como, alguns dos sistemas de custeio mais importantes para uma boa gestão na empresa.

O objetivo principal é verificar de forma geral, o real custo de fabricação para um controle preciso dentro da empresa, buscando separar os custos, despesas fixas dos custos e despesas variáveis, para assim encontrar a margem de contribuição de cada tipo de tijolo, e

1 Graduando em Ciências Contábeis pela Faculdade de Pará de Minas – FAPAM 2 Mestre em Finanças pela Faculdade de Pedro Leopoldo.

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logo em seguida seu ponto de equilíbrio, que é quantidade a ser produzida e vendida de cada produto para arcar com todos os gastos da empresa.

2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Conceito de gastos

Baseado em DUBOIS, KULPA E EURICO DE SOUZA (2006, p.14), gasto nada mais é que a aquisição de um bem ou serviço que irá gerar um desembolso para a empresa. Esse gasto é materializado somente quando os bens ou serviços adquiridos pela empresa passam a ser propriedade da mesma.

Nesse grupo de gastos, não se incluem as despesas, sejam elas financeiras, administra-tivas ou de vendas, porém muita das vezes é muito difícil a distinção de cada uma delas. (MARTINS, 2003, p.28)

Os gastos de uma empresa também podem ocorrer de forma involuntária, que é o caso das perdas e desperdícios. Para uma boa gestão dentro de uma empresa é preciso conhecer toda a abrangência dos gastos que podem ser classificados em: investimento, custo, despesa, perda e desperdício.

Investimento é todo gasto da empresa na obtenção de bens para estoque que vão ser consumidos no futuro, ou bens patrimoniais passivos de depreciação que vão exercer uma atividade na empresa, ambos com a finalidade de proporcionar retorno para empresa.

Custo é todo gasto com bens e serviços utilizados na produção ocorridos dentro da empresa, para obtenção de outros bens e serviços, ou seja, tudo o que for gasto no processo produtivo da empresa, excluindo assim a possibilidade de outros gastos que não sejam na produção sejam alocados ao custo.

Despesas são caracterizadas por gastos relativos a manutenção das atividades da em-presa, visando a obtenção de receitas. Uma característica importante da despesa, é que ela é reconhecida somente na ocorrência do fato gerador.

A perda é caracterizada como uma ocorrência anormal dentro da empresa, não poden-do ser considerada um custo, pois é contabilizada diretamente no resultapoden-do da empresa, redu-zindo o mesmo. Podem ser considerados perda um incêndio, obsolescência, roubo, etc.

Desperdício ocorre quando não se tem o aproveitamento de todos os seus recursos. Um exemplo básico seria um funcionário com ociosidade, onde ele é capaz de manter uma produtividade significativa, porém passa a produzir menos. (DUBOIS, KULPA E EURICO DE SOUZA, p.16).

2.2 Custos e despesas fixas x custo e despesas variáveis

Para conseguir então uma boa gestão dentro da empresa, é preciso, no primeiro mo-mento, saber diferenciar custo e despesas fixas de custo e despesas variáveis. Os custos e des-pesas fixas são aqueles que não sofrem alteração de valor em caso de aumento ou diminuição da produção, por outro lado, os custos e despesas variáveis são aqueles que variam proporcio-nalmente de acordo com o nível de produção ou atividades. Sabendo diferenciar esses ele-mentos, a empresa terá um melhor gerenciamento. (DUBOIS, KULPA E EURICO DE SOUZA, p.29)

Com base nos custos e despesas fixas e variáveis, a empresa poderá chegar a sua mar-gem de contribuição, e assim, calcular o seu ponto de equilíbrio. A marmar-gem de contribuição “é a diferença entre o preço de venda e o custo variável de cada produto; é o valor que cada unidade efetivamente traz à empresa de sobra entre sua receita e o custo que de fato provocou e que lhe pode ser imputada sem erro”. (MARTINS, 2003, p.128)

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A margem de contribuição é muito útil para tomada de decisão. Por exemplo, se a em-presa estiver com prejuízo em algum produto, e estiver com a margem de contribuição dele elevada, ela pode continuar operando com esse produto da mesma forma, porque alguns cus-tos e despesas fixas não são eliminados em curto prazo. Por outro lado, se a margem de con-tribuição for negativa, quanto mais a empresa produzir desse produto mais prejuízo ele terá, por isso sugere que ela abandone o produto ou até mesmo feche as portas. (DUBOIS, KULPA E EURICO DE SOUZA, 2006, p.180)

Para MARTINS (2003, p.185), o ponto de equilíbrio (também denominado ponto de ruptura — Break even Point) nasce da conjugação dos custos e despesas totais com as receitas totais. Com o cálculo feito, a empresa saberá quanto precisa produzir e vender para cobrir seus custos e despesas, e a partir disso, saber quando retornará para ela em forma de lucro. 2.3 Custo direto e indireto

Na contabilidade de custos, existe ainda, a separação entre custos diretos e indiretos. O custo direto

“é aquele que pode ser identificado e diretamente apropriado a cada tipo de obra a ser custeado, no momento de sua ocorrência, isto é, está ligado diretamente a cada tipo de bem ou função de custo. É aquele que pode ser atribuído (ou identificado) di-reto a um produto, linha de produto, centro de custo ou departamento. ” (ZANLUCA, Portal da Contabilidade)

E o custo indireto

“é o custo que não se pode apropriar diretamente a cada tipo de bem ou função de custo no momento de sua ocorrência. Os custos indiretos são apropriados aos porta-dores finais mediante o emprego de critérios pré-determinados e vinculados a causas correlatas, como mão de obra indireta, rateada por horas/homem da mão de obra di-reta, gastos com energia, com base em horas/máquinas utilizadas, etc. ” (ZANLUCA, Portal da Contabilidade).

DUBOIS, KULPA E EURICO DE SOUZA (2006, p.27), destacava que os custos dire-tos são alocados de maneira mais eficaz aos seus produdire-tos, porque eles possuem uma forma de medição clara no momento do seu consumo. Um exemplo simples são as matérias primas que são parte integrante do produto final. Por outro lado, os custos indiretos, são os que ncessitam de cálculos para a sua distribuição aos produtos, por isso o nome indireto. Um e-xemplo de custo indireto seria o aluguel de uma fábrica, que deve ser rateado para apropriar aos protos.

2.4 Métodos de custeio

Os métodos de custeio têm como objetivo representar o processo produtivo da empre-sa, analisando todo o seu funcionamento, e com isso, obter todos os custos da empresa para um melhor gerenciamento.

“Devido a globalização da economia, o estudo dos custos passou a ser um instru-mento para criar vantagens competitivas nas empresas, devendo fazer parte integran-te de suas estratégias.

A perseguição ao menor custo, sem afetar a funcionalidade e a qualidade dos bens e serviços, deve ser o objetivo permanente das empresas que buscam a excelência em-presarial. (DUBOIS, KULPA E EURICO DE SOUZA, p.153). ”

O custeio é um método de apropriação de custo do produto, serve como uma ferra-menta à contabilidade de custo, que terá informações relevantes para a tomada de decisão. São várias as formas para custeio, cabe ao profissional qualificado saber identificar qual

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me-lhor se identificará com a atividade da empresa. Alguns exemplos é o Custeio por absorção, Custeio ABC, Custeio RKW (Reichskuratorium für Wirtschaftlichtkeit) ou custeio pleno e Custeio direto ou variável. (DUBOIS, KULPA E EURICO DE SOUZA, p.153).

3 METODOLOGIA

Segundo Vergara (2000, p.12) “método é um caminho, uma forma, uma lógica de pen-samento”. Marconi e Lakatos (2007, p.46) descrevem “que a finalidade científica é a obten-ção da verdade, por intermédio da comprovaobten-ção de hipóteses, que por sua vez, são pontes entre a observação da realidade e a teoria científica que explica a realidade” com vários tipos de pesquisas.

Esse trabalho será uma pesquisa aplicada, que segundo Vergara (2000, p.47) , “é fun-damentalmente motivada pela necessidade de resolver problemas concretos, mais imediatos, ou não. Tem, portanto finalidade prática.”

Para Roesch (1999), todo projeto possui uma característica, podendo ser quantitativa ou qualitativa. A primeira é utilizada para medir e examinar hipóteses de caráter particular. Já a segunda é utilizada para colher informações, levantar possíveis variáveis para esclarecer o verdadeiro significado da questão.

O trabalho então se caracteriza cm qualitativo, pois se trata de um estudo da importân-cia de um sistema de custo para a tomada de decisão, pois como é definida por Roesch (1999, p.155), a pesquisa qualitativa “é apropriada para a avaliação formativa quando se trata de me-lhorar a efetividade de um programa, ou plano, ou mesmo quando é o caso de preposição de planos. ”

No presente trabalho foi feito um estudo de caso, que para Severino (2011, p.121) es-tudo de caso é uma “ pesquisa que se concentra no eses-tudo de um caso particular, de um con-junto de casos análogos, por ele significativamente representativo. De acordo com Gil (2010), o estudo de caso consiste em uma pesquisa mais profunda de um ou poucos objetos, com uma rigorosa coleta de dados, seguindo todos os procedimentos de uma pesquisa de campo, apre-sentados em relatórios qualificados.

A coleta de dados, por sua vez, segundo Vergara (2010), é a maneira de levar dados para resolver um problema proposto.

4 ANÁLISE 4.1 Estudo de caso

A empresa utilizada para o estudo de caso é uma Indústria Cerâmica fabricante de tijo-los furados, situada em Torneiros, Município de Pará de Minas. Ela possui diversos concor-rentes que atuam no mercado.

A Cerâmica trabalha com 4 tipos de tijolos, que são de utilização tanto de pessoas físi-cas quanto de pessoas jurídifísi-cas.

É uma Microempresa optante pelo Simples Nacional, que possui 14 funcionários alo-cados no seu processo produtivo, com funções diferentes, adequadas para melhor eficiência na produção.

São vendidos cerca de 140.000 tijolos por mês, variando nos seus 4 tipos de produtos produzidos.

4.2 Cálculo

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QUANTIDADE VENDIDA/1000

TIPO VALOR QUANTIDADE VALOR

TIJOLO TOTAL 11 520 36 R$ 18.720,00 12 580 55 R$ 31.900,00 19 270 25 R$ 6.750,00 9 360 25 R$ 9.000,00 BRUTO - - R$ 66.370,00

Fonte: Elaborada pelo autor, com base em informações cedidas pela empresa.

A tabela 1 mostra o valor de venda de cada um dos tijolos fabricados na empresa e a sua quantidade vendida, evidenciando assim, a receita por tijolo e a receita total de todos os seus produtos auferidos no mês de julho.

TABELA 2: Matéria prima utilizada na fabricação de tijolos

MATÉRIA PRIMA UTILIZADA NA FABRICAÇÃO DE TIJOLOS

VALOR MÉDIO QUANTIDADE VALOR TOTAL

GASTA MENSAL BARRO R$ 350,00 48 TONELADAS R$ 16.800,00 LENHA R$ 253,37 53 m³ R$ 13.428,61 R$ 300,00 5 TONELADAS R$ 1.500,00 ÁGUA R$ 150,00 1000 litros R$ 150,00 TOTAL - - R$ 31.878,61

Fonte: Elaborada pelo autor, com base em informações cedidas pela empresa.

Nesta tabela 2 podemos observar, de forma separada, os gastos da empresa com Maté-ria Prima no mês da coleta de dados. Está separado ainda o valor médio de cada matéMaté-ria utili-zada de forma unitária, bem como a sua quantidade gasta no mês, o valor total de cada sepa-rado e o montante de todo o gasto.

TABELA 3: Custo total de produção por produto

CUSTO TOTAL DE PRODUÇÃO POR PRODUTO

TIJOLO PRODUÇÃO MATÉRIA PRIMA MÃO DE OBRA CUSTO INDIRETO

11 36000 R$ 8.139,22 R$ 8.564,51 R$ 2.864,32 12 55000 R$ 12.434,92 R$ 13.084,67 R$ 4.376,05 19 25000 R$ 5.652,24 R$ 5.947,58 R$ 1.989,11 9 25000 R$ 5.652,24 R$ 5.947,58 R$ 1.989,11 TOTAL 141000 R$ 31.878,61 R$ 33.544,34 R$ 11.218,59

Fonte: Elaborada pelo autor, com base em informações cedidas pela empresa.

A tabela 3 está demonstrando o custo total de produção da empresa, separada assim pelo custo Matéria Prima utilizada no mês, mais o custo com a Mão de Obra no seu processo produtivo e os custos indiretos identificados no mês, todos separadamente para cada produto.

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TABELA 4: Custos e despesas CUSTOS E DESPESAS

VARIÁVEIS CUSTOS E DESPESAS FIXAS

MATÉRIA PRIMA R$ 31.878,61 DEPRECIAÇÃO R$ 436,30

MÃO DE OBRA R$ 33.544,34 MATERIAL DE ESCRITORIO R$ 80,00

ENÉRGIA ELÉTRICA R$ 6.182,29 TELEFONE R$ 1.300,00

OPERADOR DE MÁQUINA R$ 4.200,00 RETIRADA PRÓ-LABORE R$ 758,13

CONTABILIDADE R$ 600,00

TOTAL R$ 75.805,24 TOTAL R$ 3.174,43

Fonte: Elaborada pelo autor, com base em informações cedidas pela empresa.

Na tabela 4 foi alocado separadamente os Custos e Despesas Variáveis dos Custos e Despesas Fixas, podendo assim chegar ao cálculo da sua Margem de Contribuição Unitária, como veremos a seguir na tabela 5.

TABELA 5: preço unitário

PREÇO UNITÁRIO

TIJOLO VALOR/1000 QUANTIDADE PV UNITÁRIO

11 520 1000 0,52

12 580 1000 0,58

19 270 1000 0,27

9 360 1000 0,36

Fonte: Elaborada pelo autor, com base em informações cedidas pela empresa.

A tabela 5 possui o calculo do preço de venda unitário, onde se pegou o valor da venda de 1000 de cada um dos produtos, dividindo assim pelos mesmos 1000 para se obter o preço unitário. TABELA 6: CDV unitário CDV UNITÁRIO TIPO QTDADE CDV UNITÁRIO 11 36000 R$ 19.437,19 R$ 0,5399 12 55000 R$ 29.506,12 R$ 0,5365 19 25000 R$ 13.290,96 R$ 0,5316 9 25000 R$ 13.570,96 R$ 0,5428

Fonte: Elaborada pelo autor, com base em informações cedidas pela empresa.

A tabela 6 evidencia os Custos e Despesas Variáveis Total de cada produto, dividindo assim pela quantidade produzida e vendida no mês para obtenção dos Custos e Despesas Va-riáveis Unitárias.

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TABELA 7: MCU

MCU

TIJOLO PV UNITÁRIO CDV UNITÁRIO MC UNITÁRIO

11 0,52 R$ 0,5399 -R$ 0,0199

12 0,58 R$ 0,5365 R$ 0,0435 19 0,27 R$ 0,5316 -R$ 0,2616

9 0,36 R$ 0,5428 -R$ 0,1828

Fonte: Elaborada pelo autor, com base em informações cedidas pela empresa.

Na tabela 7 está o resultado da Margem de Contribuição Unitária encontrada em cada produto, que é o Preço de Venda Unitário, menos os Custos e Despesas Variáveis Unitária de cada produto.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante desse estudo podemos observar a grande importância de um sistema de custo implantado dentro de uma empresa, independente do seu tamanho.

Foram coletados dados, feitos os devidos cálculos e com os resultados obtidos pode-mos observar que a indústria cerâmica fabricante de tijolos furados, precisa com urgência da implantação de um sistema de custo, pois como se pode ver nesse exemplo, ela está com mar-gem de contribuição negativa em três de seus quatro produtos, então conclui-se que, quanto mais a empresa vender destes três produtos, mais prejuízo ela terá.

Uma das saídas da empresa seria parar com a fabricação dos tijolos de 09 e 19, uma vez que eles possuem margem de contribuição negativa com valor muito significativo sendo assim difícil reverter, pois para obter lucro nesses produtos teria que aumentar muito o seu preço de venda, o que não resolveria muito, pois como foi citado, o preço de tijolos da região é um preço padrão entre todas as empresas do ramo, sendo assim, se houvesse esse aumento no preço de venda, a empresa com certeza perderia sua participação de mercado, causando um dano ainda maior na indústria.

Outra saída para a empresa, seria diminuir os Custos e Despesas Variáveis, o que tam-bém não seria uma tarefa fácil, pois para isso teria que negociar preço com fornecedores por estar diretamente ligado ao produto, e para conseguir reverter essa margem para positiva, o fornecedor teria que reduzir de forma muito significativa o seu preço de venda de matéria prima.

Então podemos concluir que o recomendado para essa indústria de tijolos, seria parar com a produção dos tijolos de 09 e 19, pois quanto maior a quantidade vendida desses produ-tos, maior o prejuízo.

Por outro lado, o tijolo de 11 também possui sua margem de contribuição negativa, po-rém, é uma margem de apenas -(R$0,02), o que poderia com mais tranquilidade se reverter devido ao valor não ser tão significativo, e para isso, cabe à empresa tentar reduzir o seu Cus-to Variável para que consiga uma margem de contribuição positiva, possibilitando assim, a continuidade da produção desse tijolo obtendo possivelmente lucro. Uma vez que, como dito anteriormente, outra saída que seria o aumento de preço não seria recomendado, pois os pro-dutos nela fabricados possuem um preço padrão podendo assim ocorrer a mesma perda de participação de mercado, dificultando ainda mais a sobrevivência da empresa.

Diante dos dados acima se pode ver o quão grande é a importância de um Sistema de Custos nas empresas, pois se tem várias informações relevantes para uma gestão eficiente. Abstract

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This article will show what the importance of a system of cost deployed in a small business. We may see how important it is a continuous control of costs of the company to raise infor-mation relevant to the outcome of the same and in decision making.Have covered the basic concepts of cost as well as the main tools of costing for development of the job. The survey was applied to a ceramic industry, manufacturer of bricks, and were performed data collecti-ons for the determination of costs and expenses of the company studied. It was analyzed the data of the month of July for calculation purposes. The methodology consists in a descriptive study obtained through a qualitative approach.

Keywords: Cost System, Decision Taking, Defrayal.

REFERÊNCIAS

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GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. São Paulo: Atlas S.A 2010 LEONE, George S. G., Custos. São Paulo: Atlas S.A – 2012

LEONE, George S. G. , LEONE, Rodrigo José Guerra. Curso de Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas S.A – 2010

MARCONI, Marina de Andrade e LAKATOS, Eva Maria. Metodologia Científica Atlas S.A 5.ed. São Paulo, 2007.

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ZANLUCA, Júlio César. A Contabilidade e o Controle de Custos. Portal de Contabilidade. Disponível em: <http://www.portaldecontabilidade.com.br>. Acesso em 24/11/2014.

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