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Indicadores de potabilidade da água de um sistema de abastecimento em Caxias, Maranhão

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Indicators of water potability of a water supply system in

Caxias, Maranhão

Indicadores de potabilidade da água de um sistema de abastecimento em Caxias, Maranhão

Indicadores de potabilidad del agua de un sistema de abastecimiento en Caxias, Maranhão

ABSTRACT

Objectives: to evaluate the progress of the potability parameters in the superficial capitation system

in the urban region of the city of Caxias-MA and to obtain the deficits in the methodology used.

Methodology: The methods used in the research development are anchored in two processes: indirect

documentation and direct documentation. In the analysis and interpretation stage, the Action Stat Software was used in conjunction with Microsoft Excel. Results: The maximum turbidity value occurred in 2014 with a value of 0.64 uT with a coefficient of variation of 13.81%. The minimum value of the pH parameter was 6.02 and the maximum value was 7.37, having a coefficient of variation of 6.4%. The maximum values for the color parameter were 1.92 uH, with coefficient of variation of 58.67%. The minimum chlorine concentration was 1.27 mg / l and the maximum was 1.65 mg / l with a coefficient of variation of 9.33%. The fluorine concentration has a coefficient of variation of 9.28%.

Conclusion: it was observed that all parameters, except fluoride concentration, are in compliance

with ordinance No. 2,914 of 2011. Another problem is that some parameters do not have a strict control that guarantees a uniformity of values.

RESUMO

Objetivos: avaliar o progresso dos parâmetros de potabilidade no sistema de capitação superficial na

região urbana do município de Caxias-MA e aferir os déficits na metodologia utilizada. Metodologia: Os métodos utilizados no desenvolvimento da pesquisa estão ancorados em dois processos: documentação indireta e documentação direta. Na etapa de análise e interpretação, utilizou-se o Software Action Stat em conjunto com o Microsoft Excel. Resultados: o valor máximo de turbidez ocorreu no ano de 2014 com o valor de 0,64 uT com coeficiente de variação de 13,81%. O valor mínimo do parâmetro pH foi de 6,02 e o máximo de 7,37, possuindo um coeficiente de variação de 6,4%. Os valores máximos para o parâmetro cor foi de 1,92 uH, com coeficiente de variação de 58,67%. O valor mínimo da concentração de cloro foi de 1,27 mg/l e o máximo 1,65 mg/l com um coeficiente de variação de 9,33%. A concentração de flúor possui coeficiente de variação de 9,28%.

Conclusão: observou-se que todos os parâmetros, com exceção da concentração de fluoretos, estão

em conformidade com a portaria Nº 2.914 de 2011. Conforme a análise estatística, alguns parâmetros não possuem um controle rigoroso que garanta a uniformidade dos valores.

RESUMEN

Objetivos: evaluar el progreso de los parámetros de potabilidad en el sistema de capitación

superficial en la región urbana del municipio de Caxias-MA y obtener los déficits en la metodología utilizada. Metodología: Los métodos utilizados en el desarrollo de la investigación están anclados en dos procesos: documentación indirecta y documentación directa. En la etapa de análisis e interpretación, se utilizó el software Action Stat en conjunto con Microsoft Excel. Resultados: el valor máximo de turbidez ocurrió en el año 2014 con el valor de 0,64 uT con coeficiente de variación del 13,81%. El valor mínimo del parámetro pH fue de 6,02 y el máximo de 7,37, con un coeficiente de variación del 6,4%. Los valores máximos para el parámetro color fueron de 1,92 uH, con un coeficiente de variación del 58,67%. El valor mínimo de la concentración de cloro fue de 1,27 mg / l y el máximo de 1,65 mg / l con un coeficiente de variación del 9,33%. La concentración de flúor tiene un coeficiente de variación del 9,28%. Conclusión: se observó que todos los parámetros, con excepción de la concentración de fluoruros, están en conformidad con la ordenanza Nº 2.914 de 2011. Otro problema es que algunos parámetros no poseen un control riguroso que garantiza una uniformidad de los valores.

Descriptors

Potability. Water quality. Sanitation.

Descritores

Potabilidade. Qualidade da água. Saneamento.

Descriptores

Potabilidad. Calidad del agua. Saneamiento.

Sources of funding: No Conflict of interest: No

Date of first submission: 2016-02-12 Accepted: 2017-04-19

Publishing: 2017-06-25

Corresponding Address

Luciana Batista Lima. Rua Santa Cruz, 1329, Nova Caxias, CEP 65604-350, Fone (99) 981505574. Email: luciana0308@gmail.com. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão - IFMA, Campus Zé Doca.

Mikhael Ferreira da Silva Santos

¹

Ana Carolina Castro Rocha

¹

Luciana Batista Lima

2

Cláudio Vidrih Ferreira

3

Ana Cláudia Scarpim

4

Ana Cláudia Leal de Sousa

5

1Graduandos do curso de Engenharia Civil. Faculdade de Ciências e Tecnologia do Maranhão - FACEMA. Caxias,

Maranhão, Brasil. E-mail: mikhaelmk@hotmail.com, carol.castro22@hotmail.com

²Professora Mestre em desenvolvimento e meio ambiente. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão - IFMA. Zé Doca, Maranhão, Brasil. E-mail: luciana0308@gmail.com

³Professor, Doutor em Engenharia Civil. Faculdade de Ciências e Tecnologia do Maranhão - FACEMA. Caxias, Maranhão, Brasil. E-mail: cvidrih@vidrih.com.br

4Professora, Especialista – Fisioterapia, Técnica Segurança do Trabalho. Faculdade de Ciências e Tecnologia do

Maranhão - FACEMA. Caxias, Maranhão, Brasil. E-mail: acscarpim@uol.com.br

5Professora, Especialista – Diversidade Cultural na educação, técnica em Meio Ambiente. Instituto Federal do

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INTRODUÇÃO

A Revolução Francesa, durante o século XVIII, culminou em características sociais fundamentais para o desenvolvimento urbano, econômico, social, político e tecnológico. A partir do lema dos revolucionários, tido como “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, que era uma síntese compacta dos motivos para que ocorresse a aludida revolução, foi possível desenvolver uma sociedade cujo liberalismo se tornava cada vez mais intenso(1).

Aos poucos, a sociedade modificava seus modos de interação com o meio ambiente, principalmente após a segunda fase do capitalismo, também chamado de capitalismo industrial, porquanto alterou substancialmente os modos de produção. O capitalismo industrial, ainda no que lhe concerne, conduziu a sociedade a uma busca insaciável de lucro sem mensurar as consequências ambientais que tais ações poderiam provocar(2).

Dentre os diversos impactos ambientais, a degradação qualitativa e quantitativa da água é, com toda certeza, o mais preocupante, visto que toda espécie existente no planeta necessita de suas atribuições. Ratifica-se sua importância, pois a água pode ser encontrada nos estados sólido, líquido e gasoso, movimentando-se, dessa maneira, no globo terrestre, fenômeno que se configura como ciclo hidrológico (precipitação, escoamento superficial, escoamento subterrâneo, evaporação), imprescindível às espécies(3).

As ações antrópicas, portanto, decorrentes de uma evolução social e desenfreada, degradaram os recursos hídricos tanto no aspecto qualitativo, quanto no aspecto quantitativo. Em outras palavras, a escassez quantitativa se relaciona aos conflitos entre os usuários, enquanto a escassez qualitativa se refere a poluição(3).

Devido à escassez qualitativa, a gestão pública necessitou produzir parâmetros que garantissem a qualidade mínima da água, isto é, sua potabilidade, para os diversos usos que se fazem dela. A primeira norma legal que disciplinou a qualidade das águas, no Brasil, foi o decreto Nº 24.643, de 10 de julho de 1934, conhecido como o código das águas, sendo um

texto muito antigo, embora vigente. Posteriormente, a lei Nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, também conhecida de Política Nacional do Meio Ambiente, instituiu instrumentos relacionados aos padrões de qualidade da água(4).

Não obstante, a maior referência provém da atual Constituição Federal (1988), especificamente no artigo 200, no qual atribui ao Sistema Único de Saúde (SUS) a competência de fiscalização da qualidade da água. A constituição tornou a água um domínio público e a proteção dos recursos hídricos passou a ser obrigatório, proporcionando um meio ambiente equilibrado(4).

A norma vigente de potabilidade da água é a portaria N° 2.914, de dezembro de 2011, que rescindiu a antiga portaria 518/2004. Portanto, a aludida portaria vigente estabelece um Valor Máximo Permitido (VMP) de características que permitam analisar o padrão de potabilidade da água.

Localizado no Leste Maranhense, o município de Caxias-MA possui uma área aproximada de 5.161 km², situando-se a 361 Km da capital do estado. O município apresenta uma densidade demográfica de 30,95 habitantes/km² e uma taxa de urbanização de 76,27%, sendo o quinto município mais populoso do estado e a sexta maior economia(5).

Atualmente, o território do município encontra-se dividido em zona urbana e rural, sendo a primeira dividida em zona central, norte, sul, leste e oeste; e a zona rural dividida em 3 (três) distritos.

O sistema de abastecimento atende, aproximadamente, 90% da população urbana e rural. A população urbana é abastecida, em sua maior parte, por um sistema de captação superficial (através de rio e riacho), somado a 58 (cinquenta e oito) poços que captam águas subterrâneas. Já a população rural, é atendida por sistema de captação subterrânea. Destarte, o escopo dessa pesquisa é avaliar o progresso dos parâmetros de potabilidade na região urbana, especificamente, a água potável produzida pelo sistema de captação - Estação de Tratamento de Água Volta Redonda; e aferir déficits na metodologia utilizada.

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A partir dessa pesquisa, outras serão feitas para intensificar a importância de analisar parâmetros de potabilidade e sua adequação com as legislações

legais vigentes. No estado do Maranhão,

especificamente, há uma escassez significante de pesquisas relacionadas aos padrões de potabilidade de água. Muitos polos educacionais maranhenses carecem de setores especializados no estudo dos recursos hídricos.

METODOLOGIA

Os métodos utilizados no desenvolvimento desta pesquisa estão ancorados em dois processos: documentação indireta e documentação direta(6). A

documentação indireta baseia-se no levantamento de informações dos estudos já realizados, principalmente para definir o estado atual do conhecimento, através de revisão de literaturas nacionais e internacionais em sites de rigor científico, dissertações, teses e artigos; pesquisa documental e exploratória. A documentação

direta consiste na pesquisa em campo,

especificamente, na autarquia responsável pelo sistema de abastecimento de água do município de Caxias/MA.

As visitas em campo ocorreram em novembro de 2016, quando foram coletados os relatórios anuais de potabilidade do sistema de abastecimento pesquisados alusivos aos anos de 2010 a 2014. Ratifica-se que este sistema abastece 70% da população da região urbana do município de Caxias. Para a análise da potabilidade e elaboração destes relatórios, o sistema coleta por parte do órgão responsável do aludido sistema, amostras da água produzida em pontos estratégicos: Ponto 01 (saída da Estação de Tratamento de Água – ETA) e Ponto 02 (Distribuição para os bairros).

Os dados coletados são divididos em 2 (dois) grupos: qualidade físico-química, com parâmetros de Turbidez, potencial Hidrogeniônico (pH), Cor, Cloro e Fluoretos; e qualidade Bacteriológica, com o parâmetro de Coliforme Fecal.

Após a coleta dos dados em campo, antes da etapa de análise e interpretação, os dados foram organizados e classificados de forma sistemática.

Primeiro, realizou-se a seleção dos dados importantes, através de um exame minucioso em confronto com os objetivos da pesquisa, e posteriormente, os dados foram organizados em tabelas para torná-los mais claros e concisos.

Na etapa de análise e interpretação, utilizou-se como ferramenta a estatística descritiva através do Software Action Stat em conjunto com o Microsoft Excel, utilizada para descrever os atributos mais proeminentes. Ressalta-se que todo processo de resultados está fundamentado, principalmente, na portaria N° 2.914, de dezembro de 2011.

RESULTADOS

A tabela 01 indica, na devida ordem, a variação dos parâmetros turbidez, potencial hidrogeniônico (pH), cor, cloro, fluoretos e coliforme fecal do sistema Volta Redonda nos Ponto 01 (saída) e 02 (distribuição).

Tabela 01 – evolução do parâmetro turbidez, potencial hidrogeniônico (pH), cor, cloro, fluoretos e coliforme

fecal.

Parâmetro Ano Saída Distribuição Turbidez (uT) 2010 0,52 0,51 2011 0,40 0,44 2012 0,49 0,57 2013 0,49 0,57 2014 0,46 0,64 pH 2010 6,69 6,52 2011 6,76 7,15 2012 6,69 6,02 2013 6,69 6,02 2014 7,37 6,83 Cor (uH) 2010 1,92 0,92 2011 0,74 0,80 2012 1,35 0,80 2013 1,35 0,80 2014 0,06 0,32 Cloro (mg/L) 2010 1,44 1,27 2011 1,50 1,30 2012 1,62 1,37 2013 1,62 1,37 2014 1,65 1,47 Fluoretos (mg/L 2010 0,62 0,62 2011 0,64 0,61 2012 0,67 0,59 2013 0,67 0,59 2014 0,79 0,69 Coliforme fecal 2010 0 0 2011 0 0 2012 0 0 2013 0 0

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2014 0 0

A tabela 02 realça os parâmetros turbidez, potencial hidrogeniônico, cor, cloro e fluoretos provindos da análise estatística através do software Action Stat. Vale destacar que não foi realizado análise estatística com o indicador coliforme fecal, pois o mesmo possui nulidade em todos os anos analisados. Tabela 02 – Análise estatística do parâmetro Turbidez, potencial hidrogeniônico, cor, cloro e fluoretos entre 2010 a 2014. P a r â m e t r o Valor Turbidez (uT) Mínim o 0,40 Máxim o 0,64 Média 0,509 Mediana 0,50 Desvio Padrão 0,070309 Variância 0,004943 Coeficiente de Variação 0,138131 Am plitude 0,24 P o t e n c i a l H i d r o g e n i ô n i c o ( p H ) Mínim o 6,02 Máxim o 7,37 Média 6,674 Mediana 6,69 Desvio Padrão 0,42461 Variância 0,180293 Coeficiente de Variação 0,063621 Am plitude 1,35 C o r ( u H ) Mínim o 0,06 Máxim o 1,92 Média 0,906 Mediana 0,80 Desvio Padrão 0,531564 Variância 0,28256 Coeficiente de Variação 0,586715 Am plitude 1,86 C l o r o ( m g / L ) Mínim o 1,27 Máxim o 1,65 Média 1,461 Mediana 0,50 Desvio Padrão 0,136337 Variância 0,018588 Coeficiente de Variação 0,093318 Am plitude 0,38 Fluoretos (mg/L) Mínim o 0,59 Máxim o 0,79 Média 0,649 Mediana 0,63 Variância 0,003632 Coeficiente de Variação 0,092863 Am plitude 0,20

DISCUSSÃO

Quanto ao parâmetro de turbidez, é uma forma de mensurar a interferência ou empecilho da passagem de luz através da água(7). Em outras palavras,

ela é função do teor de material suspenso existente. Assim, partículas causadoras de turbidez podem ser, por exemplo: argila, substâncias orgânicas, silte, águas pluviais, entre outros(8).

As partículas que estão suspensas na água, além de minimizar a claridade e reduzir a passagem de luz, podem ocasionar sabor e odor na mesma, o que justifica a importância de se ter um adequado controle(9). O parâmetro de turbidez é expresso em

unidades de turbidez (uT). O Valor Máximo Permitido (VPM) é 5 (cinco) uT(7).

Com os dados explicitados na tabela 02, percebe-se que o valor máximo ocorreu no ano de 2014, especificamente na distribuição, com o valor de 0,64 uT. O que se considera adequado, segundo a aludida portaria. Observa-se, também, que o coeficiente de variação, medida que relata a dispersão em torno da média, é de 13,81%, o que pode se tornar um problema futuro, caso aumente ainda mais essa dispersão em torno da média, pois quanto maior a dispersão mais ineficaz é o controle(9).

O potencial Hidrogeniônico merece atenção especial, pois é uma característica que pode trazer riscos para sociedade e também para a infraestrutura da cidade. O pH expressa a concentração de íons hidrogênio, qualificado se o meio é ácido (pH < 7,0) ou alcalino (pH > 7,0)(10). Valores fora das faixas

consideradas alteram o sabor e contribui para corrosão ou incrustação dos sistemas de distribuição(11).

Recomenda-se, no sistema de distribuição, que o pH seja mantido entre 6,0 e 9,5(8). Quando a

água possui um pH baixo, isto é, ácida, compromete o gosto e aumenta a corrosão das tubulações(12). No outro

extremo, quando o pH é alto, ou seja, alcalino, altera o gosto e aumenta a formação de incrustações.

(5)

Sobreleva-se que tanto a incrustação quanto a corrosão aumentam as perdas de carga nas tubulações, prejudicando efetivamente a pressão e vazão da água que chega nas residências.

Observa-se, através dos parâmetros

estatísticos apresentados na tabela 02, que o valor mínimo foi de 6,02, enquanto o valor máximo foi de 7,37. Verifica-se que os valores estão em conformidade com as exigências do normativo, possuindo um coeficiente de variação de 6,4%. O controle dos valores de pH está adequadamente confiável, devido ao pequeno coeficiente de variação ser de extrema importância ao adequado controle do parâmetro(13).

Justifica-se, também, que o órgão competente não é leigo quanto a influência do pH nos sistemas de distribuição, podendo acarretar danos econômicos altíssimos.

Dentre os parâmetros existentes, o mais fácil de mensurar é a cor, pois é um parâmetro com propriedades organolépticas (relacionada aos sentidos). A determinação da intensidade de cor é feita através cda omparação com um padrão pré-estabelecido, sendo expressa em unidades Hazen (uH)(12). A cor é um

elemento indesejável, em se tratando do uso coletivo da água, trazendo, assim, desconforto ao usuário(13).

Adota-se o Valor Máximo Permitido (VMP) sendo 15 uH(8). Vale ressaltar a importância de

distinguir as cores aparente e verdadeira(10). A cor

aparente leva em consideração as partículas em suspensão, enquanto a cor verdadeira retira as partículas suspensas, através de uma centrifugação da amostra, para depois determinar as unidades Hazen (uH).

Das análises efetuadas nos valores da tabela 02, constatou-se que os valores máximos para cor foi de 1,92 uH, dentro dos conformes exigidos pela portaria. Não obstante, o coeficiente de variação está significativamente alto, com 58,67%, o que significa um déficit no controle do parâmetro. A variabilidade da cor se deve principalmente às composições orgânicas e mineral, devendo o órgão competente analisar efetivamente o motivo da variação ser significante(15).

O cloro, por sua vez, também merece atenção especial. O cloro é largamente utilizado para

purificar a água destinada ao consumo, protegendo-a principalmente em seu transporte dentro das tubulações, que estão suscetíveis a diversos processos biológicos e químicos(16). O uso da substância deve ser

bem controlado, pois o uso excessivo pode trazer riscos à saúde humana.

A concentração de cloro deve estar situado entre 0,2 a 2,0 mg/l(8). Quando o cloro não é utilizado,

a água fica sujeita a diversas imposições do meio em que está inserida, principalmente ao passar nas tubulações do sistema de distribuição(14). Quando é

usada em excesso pode produzir subprodutos clorados, sendo um potencial de risco para os usuários(10).

O valor mínimo da concentração de cloro, ilustrados na tabela 02, foi de 1,27 mg/l e o máximo 1,65 mg/l, sendo condizente ao normativo legal. O parâmetro está adequado, sem contar que possui um coeficiente de variação de 9,33%, aceitável, pois demonstra um controle adequado e contínuo do parâmetro. O controle é justificado devido a facilidade de manuseio da substância(17).

Por fim, o parâmetro Fluoreto é um elemento primordial à saúde coletiva, porquanto previne a cárie dentária, essencialmente nas crianças(18). Quando a concentração de fluoretos é

muito baixa a incidência de cáries é elevada(10); no

outro extremo, se excessivo, prejudica a composição óssea do ser humano, trazendo fragilidade e possibilidade ainda maior de lesões esqueléticas.

A concentração de flúor deve estar entre 0,6 a 0,8 mg/l(8). Observa-se, como destacado na

tabela 02, que o valor máximo quase atingiu o limite superior, sendo 0,79 mg/l, enquanto o valor mínimo foi de 0,59 mg/l, um pouco abaixo do valor limite inferior. Portanto, isso pode acarretar problemas futuros no corpo esquelético ou aparecimento maior de cáries dentárias, principalmente em crianças.

Vale salientar que o coeficiente de variação foi de 9,28%, sendo aceitável, pois dentro dos anos estudados, manteve-se um padrão efetivo. Deste modo, os valores precisam de um adequado controle para que não seja menor do que o mínimo ou maior que o máximo(10).

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base nos resultados discutidos anteriormente, constatou-se que todos os parâmetros, com exceção da concentração de fluoretos que em alguns casos excedeu os valores limites, estão em conformidade com a portaria Nº 2.914 de 2011, sendo uma característica positiva. Assim, o órgão competente deve necessariamente adequar as concentrações de fluoretos para que esteja adequadamente completa nos intervalos que a aludida portaria dispõe.

Outro problema que se pode observar, é que alguns indicadores, principalmente a cor, que teve um coeficiente de variação de 58,67%, não possui um controle rigoroso que garanta a uniformidade dos valores. Essa uniformidade é primordial para que todos os parâmetros sejam adequadamente controlados e neutralizados, não permitindo extrapolar valores mínimos inferiores e superiores.

Durante a pesquisa, observou-se que o órgão responsável pelo controle, possui uma adequada

metodologia de coleta de informações e

comprometimento com todos os parâmetros. No entando, necessita-se melhorias em alguns parâmetros de potabilidade, como a concentração de fluoretos que exige uma adequada concentração; ou a variabilidade dos parâmetros ao longo dos pontos 01 e 02 no decorrer dos anos.

Conclui-se, nesse contexto, que os parâmetros de potabilidade no município de Caxias/MA, especificamente no sistema Volta Redonda, principal sistema da cidade, estão sendo controlados adequadamente. Não obstante, as melhorias devem ser implantadas de maneira eficiente e eficaz, pois a tendência dos problemas é piorar ainda mais.

Salienta-se, também, que esse trabalho será essencial para abrir um novo horizonte de pesquisas na região, pois muitos locais necessitam de estudos a respeito dos padrões de potabilidade para saber se estão em conformidade com a legislação, contribuindo com a saúde da população.

REFERÊNCIAS

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Referências

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