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Matéria atualizada com base na legislação vigente em: 29/11/2010.

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JORNADA DE TRABALHO - Considerações

Matéria atualizada com base na legislação vigente em: 29/11/2010. Sumário:

1 - Introdução 2 - Conceito

3 - Duração Normal do Trabalho 3.1 - Aplicação Prática

3.2 - Compensação de Horas

3.3 - Trabalhadores não Submetidos à Duração do Trabalho 4 - Turnos Ininterruptos de Revezamento

5 - Jornadas Especiais 5.1 - Advogados

5.2 - Assistente Social 5.3 - Bancários

5.3.1 - Exclusão

5.4 - Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos 5.5 - Fisioterapeutas 5.6 - Jornalistas Profissionais 5.6.1 - Exclusões 5.7 - Médicos e Dentistas 5.7.1 - Horas-Extras 5.8 - Professores

5.8.1 - Período de Exames e Férias 5.9 - Radialistas

5.10 - Serviços de Telefonia e Radiotelegrafia 5.10.1 - Telefonista de Mesa

5.10.2 - Serviços Extraordinários 5.11 - Técnico em Radiologia

5.12 - Trabalhadores em Minas de Subsolo 5.12.1 - Serviços Extraordinários

6 - Intervalos para Repouso 6.1 - Intervalo Extra Jornada 6.2 - Repouso Semanal 6.3 - Descanso Intrajornada 6.3.1 - Jornada Inferior a 6 horas 6.3.2 - Jornada Inferior a 4 horas

6.3.3 - Intervalo para Repouso e Alimentação - Não Cumulatividade 6.4 - Penalidade

6.5 - Intervalos Espontâneos

6.6 - Serviço Extraordinário - Intervalo 6.7 - Descansos Diferenciados 7 - Prorrogação da Jornada 7.1 - Necessidade Imperiosa 7.1.1 - Comunicação 7.2 - Atividades Insalubres 7.3 - Interrupção do Trabalho 7.4 - Trabalhador Menor

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8 - Redução da Jornada 8.1 - Redução de Salário 8.2 - No Aviso Prévio 9 - Horas In Itinere 10 - Trabalho Noturno 10.1 - Trabalhadores Rurais 10.2 - Prorrogação 11 - Quadro de Horário 11.1 - Controle de Ponto

11.1.1 - Registro Eletrônico de Ponto 11.1.2 - Limite de Tolerância

11.2 - Dispensa de Quadro de Horário 12 - Enunciados de Súmula do TST 13 - Penalidades

1 - INTRODUÇÃO

Neste comentário, analisaremos as regras da duração do trabalho, previstas nos artigos 57 a 75 da CLT e no art. 7º, incisos XIII a XVI, da Constituição Federal de 1988.

A jornada de trabalho, diária e semanal, existe para atender ao interesse do empregador no cumprimento do objetivo social do seu empreendimento, bem como, para resguardar os interesses do empregado na preservação da sua saúde.

Cabe ao empregador fazer a fixação da jornada no momento da admissão do empregado, estabelecendo à mesma no contrato de trabalho e no Livro de Registro de Empregados, não podendo esta, todavia, ultrapassar os limites estabelecidos na legislação vigente.

2 - CONCEITO

A jornada de trabalho é o lapso de tempo durante o qual o empregado deve prestar serviços ou permanecer à disposição do empregador, com habitualidade, excluídas as horas extraordinárias.

3 - DURAÇÃO NORMAL DO TRABALHO

A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, salvo se houver acordo de compensação de horário, observando-se o limite de 44 (quarenta e quatro) horas semanais (Art. 58, CLT c/c art. 7º, inciso XIII, CF/88).

A jornada semanal corresponde à multiplicação das horas normais que o empregado estiver obrigado a cumprir na empresa, pelo número de dias fixados para o exercício de suas atividades durante a semana.

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Deverá conter no registro do empregado a hora do início e do fim da jornada diária, o intervalo para descanso e o total semanal, como exemplo:

K ŚŽƌĄƌŝŽ ĚĞ ƚƌĂďĂůŚŽ ĚĂ DWZ' ƐĞƌĄ͗ ĚĂƐ Ϭϴ͗ϯϬ ŚƐ ăƐ ϭϳ͗ϯϬ ŚƐ ƉŽƌ ĚŝĂ͕ ĚĞ ^ĞŐƵŶĚĂĂ^ĞdžƚĂͲĨĞŝƌĂ͕ĐŽŵŝŶƚĞƌǀĂůŽĚĞϭ;ƵŵĂͿŚŽƌĂƉĂƌĂƌĞƉŽƵƐŽͬƌĞĨĞŝĕĆŽ͘

3.1 - APLICAÇÃO PRÁTICA

No quadro abaixo demonstraremos três situações de organização da jornada de trabalho, considerando a jornada semanal acima estabelecida:

SEM ACORDO DE COMPENSAÇÃO COM ACORDO DE

COMPENSAÇÃO

ALTERNATIVA (*) DIAS

DA SEMANA

Horas Minutos Horas Minutos Horas Minutos

Segunda 07 20 08 - 08 48 Terça 07 20 08 - 08 48 Quarta 07 20 08 - 08 48 Quinta 07 20 08 - 08 48 Sexta 07 20 08 - 08 48 Sábado 07 20 04 - - - Total em Minutos 7h x 6 = 42h 42h x 60m = 2.520m 20m x 6 = 120m 8h x 5 = 40h + 4h = 44h 8h x 5 = 40h 40h x 60m = 2.400m 48m x 5 = 240m Total em Horas 2.520m + 120m = 2.640m : 60m = 44h 44h 2.400m + 240m = 2.640m : 60m = 44h (*) Não havendo acordo de compensação, as 4 horas podem ser trabalhadas em outro dia da semana, como por exemplo, às segundas-feiras. Nesse caso, o empregado trabalhará, de Terça a Sábado, 8 horas por dia.

3.2 - COMPENSAÇÃO DE HORAS

A empresa poderá estabelecer a jornada de trabalho, como demonstrada no item anterior, em regime de compensação de horas dentro da mesma semana, mediante acordo individual escrito ou acordo coletivo ou se houver previsão na convenção coletiva de trabalho.

Poderá ser dispensado o acréscimo dos adicionais relativos à prorrogação da jornada de trabalho, inclusive dos menores, se, por força de acordo ou contrato coletivo de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela respectiva diminuição ou supressão em outro dia, desde que não seja excedido o limite da jornada semanal, nem ultrapassado o limite máximo de 10 (dez) horas diárias (§ 2º, do art. 59, da CLT).

Quando há excesso de horas em um ou mais dias, mas a empresa não deseja compensar este excesso com a supressão de outro dia da mesma semana, ela

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poderá fazer a compensação destas horas num período máximo de 1 (um) ano, no chamado "Banco de Horas".

A seguir algumas Súmulas e orientações do Tribunal Superior do Trabalho nesse sentido:

* SÚMULA Nº 85 - COMPENSAÇÃO DE JORNADA (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nºs 182, 220 e 223 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 I. A compensação de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo individual escrito, acordo coletivo ou convenção coletiva. (ex-Súmula nº 85 - primeira parte - alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003)

II. O acordo individual para compensação de horas é válido, salvo se houver norma coletiva em sentido contrário. (ex-OJ nº 182 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000)

III. O mero não-atendimento das exigências legais para a compensação de jorna-da, inclusive quando encetada mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária, se não dilatada a jorna-da máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional. (ex-Súmula nº 85 - segunda parte - alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003)

IV. A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensa-ção de jornada. Nesta hipótese, as horas que ultrapassarem a jornada semanal normal deverão ser pagas como horas extraordinárias e, quanto àquelas destina-das à compensação, deverá ser pago a mais apenas o adicional por trabalho ex-traordinário. (ex-OJ nº 220 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001)

* SÚMULA Nº 349 - ACORDO DE COMPENSAÇÃO DE HORÁRIO EM ATIVIDADE IN-SALUBRE, CELEBRADO POR ACORDO COLETIVO. VALIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003

A validade de acordo coletivo ou convenção coletiva de compensação de jornada de trabalho em atividade insalubre prescinde da inspeção prévia da autoridade competente em matéria de higiene do trabalho (art. 7º, XIII, da CF/1988; art. 60 da CLT).

* ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL DA SDI1 Nº 323 - ACORDO DE COMPENSAÇÃO DE JORNADA. “SEMANA ESPANHOLA”. VALIDADE (DJ 09.12.2003)

É válido o sistema de compensação de horário quando a jornada adotada é a de-nominada "semana espanhola", que alterna a prestação de 48 horas em uma se-mana e 40 horas em outra, não violando os arts. 59, § 2º, da CLT e 7º, XIII, da CF/1988 o seu ajuste mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho.

3.3 - TRABALHADORES NÃO SUBMETIDOS À DURAÇÃO DO TRABALHO Para alguns trabalhadores não se aplicam a limitação da jornada de trabalho, onde o empregado não terá direito a jornada normal mínima e nem máxima, nem remuneração de trabalho extraordinário:

a) aos empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregado;

b) aos gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para este efeito, os diretores e chefes de departamento ou filial, sendo que o salário do cargo de confiança, dos mesmos compreendendo a gratificação de função, se houver, seja igual ou superior ao salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento);

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c) aos domésticos, ou seja, aqueles que prestam serviços de natureza contínua e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas.

As atividades mais comuns de serviço externo são a de vendedor e a de motorista. Em ambos os casos, a empresa não pode efetuar qualquer controle sobre a jornada de trabalho dos mesmos. Assim, a empresa não pode anotar que os empregados exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário, e depois criar mecanismos de controle de horário, como, por exemplo, determinar que os empregados se apresentem à empresa em determinado horário, ou mesmo exigir relatórios com discriminação de horários.

4 - TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO

O sistema de turnos ininterruptos de revezamento, consiste em trabalhos realizados sem interrupção da jornada, em escalas revezadas, perfazendo turnos contínuos de trabalho de no máximo 6 (seis) horas diárias, na forma do art. 7º, inciso XIV, da CF/88.

A jornada reduzida serve para proteger o empregado sujeito a regime de trabalho que contraria o relógio biológico do ser humano e somente se aplica quando a empresa ou seção funcionem no período de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas.

A interrupção de 15 (quinze) minutos do trabalho destinada a repouso e alimentação, dentro de cada turno, ou o intervalo para repouso semanal, não descarateriza o turno de revezamento com jornada de 6 horas, conforme Enunciado de Súmula nº 360 do TST.

5 - JORNADAS ESPECIAIS

Há profissões que possuem outro limite de jornada de trabalho fixadas por lei, não estando sujeitas a limitação máxima de 8 (oito) horas diárias e 44 (quarenta e quatro) semanais, observaremos, apenas, algumas.

5.1 - ADVOGADOS

A jornada de trabalho dos advogados foi fixada em 4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas semanais, no entanto, a jornada poderá ser até o máximo de 8 (oito) horas diárias e 40 (quarenta) semanais, nos casos de dedicação exclusiva ou previsão em instrumento coletivo de trabalho, conforme art. 20 da Lei nº 8.906/94.

5.2 - ASSISTENTE SOCIAL

A duração do trabalho do Assistente Social é de 30 (trinta) horas semanais, conforme art. 5ºA da Lei nº 8.662/93, alterada pela Lei nº 12.317/2010.

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5.3 - BANCÁRIOS

A jornada de trabalho dos empregados em bancos, casas bancárias e financeiras será de 6 (seis) horas diárias, de segunda à sexta-feira, perfazendo um total de 30 (trinta) horas semanais, na forma do art. 224 da CLT.

Excepcionalmente, a duração normal de trabalho dos bancários pode ser prorrogada, até o limite de 8 (oito) horas diárias, não podendo exceder a 40 (quarenta) horas semanais (Art. 225 da CLT).

O regime especial de 6 horas também se aplica aos empregados de portaria e de limpeza, tais como porteiros, telefonistas de mesa, contínuos e os serventes, empregados em casas bancárias, cfe. art. 226 da CLT.

5.3.1 - Exclusão

Este regime especial de duração do trabalho não se aplicará aos tesoureiros, bem como àqueles que exercem funções de direção, gerência, fiscalização, chefia e equivalentes ou que desempenham outros cargos de confiança, desde que o valor da gratificação não seja inferior a 1/3 (um terço) do salário do cargo efetivo.

A jornada de 6 (seis) horas, também, não se aplica ao vigia de estabelecimento bancário e ao vigilante contratado diretamente pelo banco ou por intermédio de empresas especializadas.

5.4 - ENGENHEIROS, ARQUITETOS E AGRÔNOMOS

A jornada diária de trabalho dos profissionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia é fixada de acordo com o contrato de trabalho e as atividades ou tarefas desempenhadas pelos referidos profissionais poderão ser fixadas até 6 (seis) horas diárias, ou acima dessas 6 horas de serviço diário, na forma da Lei nº 4.950-A, de 1966.

5.5 - FISIOTERAPEUTAS

Os Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais estão sujeitos à jornada máxima de 30 (trinta) horas semanais, na forma da Lei nº 8.856/94.

5.6 - JORNALISTAS PROFISSIONAIS

A duração diária de trabalho dos jornalistas profissionais não pode exceder de 5 (cinco) horas, seja a atividade desenvolvida no período diurno ou noturno (Art. 303 da CLT).

Entretanto, mediante acordo escrito que estipule aumento de ordenado correspondente ao excesso de trabalho, a duração normal do trabalho pode ser elevada até 7 (sete) horas, devendo ser fixado um intervalo destinado a repouso ou refeição, cfe. art. 304 da CLT. Essas horas devem ser remuneradas com acréscimo de, pelo menos, 50% (cinqüenta por cento).

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5.6.1 - Exclusões

Estas disposições relativas aos jornalistas não se aplicam aos que exercem as funções de redator-chefe, secretário, subsecretário, chefe e subchefe de revisão, chefe de oficina, de ilustração e chefe de portaria, assim como aos que se ocuparem unicamente em serviços externos.

5.7 - MÉDICOS E DENTISTAS

A Lei nº 3.991/61, que dispõe sobre a remuneração dos profissionais de medicina, estabelece que os médicos e dentistas tem a sua remuneração mínima fixada de acordo com sua jornada de trabalho que, salvo acordo escrito, é fixada em:

a) 2 (duas) horas diárias, no mínimo, e 4 (quatro) horas, no máximo, quando se tratar de médicos e cirurgiões-dentistas;

b) 4 (quatro) horas diárias, quando se tratar de auxiliares (auxiliar de laboratorista e radiologista e internos).

Os médicos e auxiliares que estiverem obrigados à prestação de serviços a mais de um empregador, as horas de trabalho, em cada emprego, serão totalizadas, não podendo exceder o limite de 6 (seis) horas diárias de trabalho. A jornada normal, mediante acordo ou por motivo de força maior, pode ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente de duas, não podendo a remuneração da hora suplementar, ser inferior a 50% (cinqüenta por cento) da hora normal.

5.8 - PROFESSORES

A legislação não prevê jornada de trabalho para os professores, contudo, estabelece o art. 318 da CLT que estes profissionais não podem dar, por dia, num mesmo estabelecimento de ensino, mais de 4 (quatro) aulas consecutivas, nem mais de 6 (seis), intercaladas.

5.8.1 - Período de Exames e Férias

Nos períodos destinados a exames e férias escolares, deve ser paga mensalmente aos professores remuneração correspondente à quantia a eles assegurada, na conformidade dos horários, durante o período de aulas, não podendo ser exigido dos professores, no período de férias, outro serviço senão o relacionado com a realização dos exames (Art. 322 da CLT).

5.9 - RADIALISTAS

A duração normal do trabalho do Radialista é de (Art. 18 da Lei nº 6.615/78): I - 5 (cinco) horas para os setores de autoria e de locução;

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II - 6 (seis) horas para os setores de produção, interpretação, dublagem, tratamento e registros sonoros, tratamento e registros visuais, montagem e arquivamento, transmissão de sons e imagens, revelação e copiagem de filmes, artes plásticas e animação de desenhos e objetos e manutenção técnica;

III - 7 (sete) horas para os setores de cenografia e caracterização, deduzindo-se desdeduzindo-se tempo 20 (vinte) minutos para descanso, deduzindo-sempre que deduzindo-se verificar um esforço contínuo de mais de 3 (três) horas;

IV - 8 (oito) horas para os demais setores.

O trabalho prestado, além das limitações diárias previstas nos itens acima, será considerado trabalho extraordinário, aplicando-lhe o disposto nos arts. 59 a 61 da CLT.

5.10 - SERVIÇOS DE TELEFONIA E RADIOTELEGRAFIA

Os empregados que operem serviços de telefonia, telegrafia submarina ou subfluvial, radiotelegrafia ou radiotelefonia têm sua jornada fixada em 6 (seis) horas contínuas de trabalho por dia ou 36 (trinta e seis) horas semanais, de acordo com o art. 227 da CLT.

5.10.1 - Telefonista de Mesa

A jornada de 6 (seis) horas é aplicável à telefonista de mesa de empresa que não explora o serviço de telefonia.

5.10.2 - Serviços Extraordinários

Quando, em caso de indeclinável necessidade, forem os operadores obrigados a permanecer em serviço além do período normal de 6 (seis) horas, a empresa será obrigada a pagar o tempo excedente com acréscimo de 50% (cinqüenta por cento) sobre o salário-hora normal.

5.11 - TÉCNICO EM RADIOLOGIA

A jornada de trabalho do técnico em radiologia e do auxiliar de câmara clara e escura é de 24 horas semanais, estipulada pelo art. 30 do Decreto nº 92.790, de 1986, que regulamenta a Lei nº 7.394/85.

5.12 - TRABALHADORES EM MINAS DE SUBSOLO

A duração normal do trabalho dos empregados em minas no subsolo não deve exceder a 6 (seis) horas diárias ou 36 (trinta e seis) semanais, na forma do art. 393 da CLT.

Por determinação da autoridade competente em segurança e medicina do trabalho, a duração normal do trabalho efetivo em subsolo poderá ser inferior a

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6 (seis) horas diárias, tendo em vista as condições locais de insalubridade e os métodos e processos do trabalho adotado.

O tempo despendido pelo empregado da boca da mina ao local do trabalho e vice-versa deve ser computado para efeito de pagamento do salário.

5.12.1 - Serviços Extraordinários

A duração normal do trabalho em subsolo pode ser elevada até 8 (oito) horas diárias ou 44 (quarenta e quatro) horas semanais, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho, de acordo com o art. 395 da CLT. Essa prorrogação fica sujeita a prévia autorização da autoridade competente em segurança e medicina do trabalho.

A remuneração da hora prorrogada será no mínimo 50% (cinqüenta por cento) superior à da hora normal e deve constar do acordo ou convenção coletiva de trabalho.

6 - INTERVALOS PARA REPOUSO

Prevê a norma trabalhista a concessão de intervalos ao empregado para repouso ou alimentação, não sendo essas interrupções computadas na duração do trabalho.

6.1 - INTERVALO EXTRAJORNADA

Entre duas jornadas de trabalho deverá haver um período mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para descanso (Art. 66 da CLT).

Este período de descanso deve ser rigorosamente observado, pois a sua não concessão ou concessão parcial, poderá acarretar sanção administrativa por parte do Ministério do Trabalho, além de seu pagamento como hora extra. 6.2 - REPOUSO SEMANAL

É assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço, deve coincidir com o Domingo, no todo ou em parte (Art. 67 da CLT). Considera-se também como repouso semanal, os feriados civis e religiosos determinados por lei (Lei nº 605/49).

A não concessão do descanso semanal implica na obrigação do empregador remunerá-lo em dobro.

O descanso semanal remunerado não poderá absorver o intervalo de 11 horas entre as jornadas, pois, eles têm objetivos distintos. Desta forma, a empresa deverá observar o intervalo de tempo de 35 (trinta e cinco) horas (11 + 24) do término da última jornada de trabalho para poder iniciar uma nova jornada de trabalho.

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6.3 - INTERVALO INTRAJORNADA

Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não pode exceder de 2 (duas) horas (Art. 71, da CLT).

O limite mínimo de uma hora para repouso ou alimentação poderá ser reduzido por instrumento coletivo de trabalho, desde que o estabelecimento atenda, integralmente, às exigências concernentes à organização de refeitórios (NR 24) e quando os respectivos empregados não estiverem sob o regime de trabalho prorrogado a horas suplementares.

6.3.1 - Jornada Inferior a 6 horas

Quando a jornada de trabalho for inferior a 6 (seis) horas, mas superior a 4 (quatro) horas, será obrigatório a concessão de um intervalo de 15 (quinze) minutos para descanso (§ 1º, do Art. 71, da CLT).

6.3.2 - Jornada Inferior a 4 horas

Na jornada de trabalho de até 4 (quatro) horas não será obrigatória a concessão de intervalo para descanso ou alimentação. Neste caso, toda a jornada poderá ser executada de forma contínua, pois, entende-se que não há fadiga para o trabalhador, não sendo necessário dar tempo ao empregado para se recompor.

6.3.3 - Intervalo para Repouso e Alimentação - Não Cumulatividade

Segundo o Precedente Administrativo nº 82, aprovado pelo Ato Declaratório MTE/SIT nº 10, de 03/08/2009, os intervalos para repouso e alimentação previstos no art. 71, caput e § 1º não são cumulativos, inexistindo obrigação legal de concessão de dois intervalos. A expressão "trabalho contínuo" deve ser entendida como jornada diária e não como períodos individuais que antecedem ou sucedem o horário de repouso. Ainda que o segundo período da jornada diária do empregado, após o intervalo concedido, seja superior a seis horas, o empregador não está obrigado a conceder-lhe novo intervalo.

6.4 - PENALIDADE

Quando o intervalo para repouso ou alimentação não for concedido pelo empregador, este ficará obrigado a remunerar o período correspondente com um acréscimo de, no mínimo, 50% (cinqüenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.

6.5 - INTERVALOS ESPONTÂNEOS

Os intervalos concedidos pelo empregador, na jornada de trabalho, não previstos em lei, representam tempo à disposição da empresa, impondo-se sua

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remuneração como hora extra, se acrescidos ao final da jornada (Enunciado de Súmula do TST nº 118).

6.6 - SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO - INTERVALO

No caso de prorrogação extraordinária do trabalho da mulher e do menor, deverá o empregador conceder um descanso de 15 (quinze) minutos, no mínimo, antes do início do período extraordinário de trabalho. Este intervalo não é computado na jornada de trabalho, não sendo, portanto, remunerado (Arts. 384 e 413 da CLT).

6.7 - DESCANSOS DIFERENCIADOS

Determinadas atividades, por levarem mais rapidamente os empregados à fadiga, asseguram descansos especiais durante a jornada de trabalho.

O intervalo para repouso e alimentação não é computado na duração da jornada de trabalho, entretanto, o descanso especial é, não podendo, ser acrescido ao final da jornada normal de trabalho.

Este descanso será concedido sem prejuízo do intervalo para repouso e alimentação que é assegurado a todos os empregados.

Dentre as atividades com descanso especial, destacamos: I - Mecanografia

Nos serviços permanentes de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo) a cada período de 90 (noventa) minutos de trabalho consecutivo corresponderá um repouso de 10 (dez) minutos (Art. 72, da CLT).

II - Digitação

Nos serviços de digitação deve haver um intervalo de 10 (dez) minutos de descanso para cada período de 50 (cinqüenta) minutos de trabalho (NR 17, alterada pela Portaria/MTb/SSST nº 3.751/90).

III - Câmaras Frigoríficas

Para os empregados que trabalham no interior das câmaras frigoríficas e para os que movimentam mercadorias do ambiente quente ou normal para o frio e vice-versa, depois de uma hora e quarenta minutos de trabalho contínuo, será assegurado um período de 20 (vinte) minutos de repouso.

IV - Minas no Subsolo

Para os empregados que trabalham em minas no subsolo será concedido um intervalo de 15 (quinze) minutos para repouso em cada período de 3 (três) horas consecutivas de trabalho.

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V - Teleatendimento e Telemarketing

Para prevenir sobrecarga psíquica, muscular estática de pescoço, ombros, dorso e membros superiores, as empresas devem permitir que os operadores de teleatendimento/telemarketing a fruição de pausas de descanso e intervalos para repouso e alimentação aos trabalhadores, na forma do Anexo II da NR 17, acrescido pela Portaria/MTE/SIT nº 09, de 30/03/2007.

As pausas deverão ser concedidas: a) fora do posto de trabalho;

b) em 2 (dois) períodos de 10 (dez) minutos contínuos;

c) após os primeiros e antes dos últimos 60 (sessenta) minutos de trabalho em atividade de teleatendimento ou de telemarketing.

O tempo de trabalho em efetiva atividade de teleatendimento ou de telemarketing é de, no máximo, 6 (seis) horas diárias, nele incluídas as pausas, sem prejuízo da remuneração.

A instituição de pausas não prejudica o direito ao intervalo obrigatório para repouso e alimentação previsto no § 1° do art. 71 d a CLT.

O intervalo para repouso e alimentação para a atividade de teleatendimento/telemarketing deve ser de 20 (vinte) minutos.

Para tempos de trabalho efetivo de teleatendimento/telemarketing de até 4 (quatro) horas diárias, deve ser observada a concessão de uma pausa de descanso contínua de 10 (dez) minutos.

7 - PRORROGAÇÃO DA JORNADA

A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho (Art. 59 da CLT), devendo constar, obrigatoriamente, do acordo ou contrato coletivo, a importância relativa à hora suplementar, que deve ser pelo menos, 50% (cinqüenta por cento) superior à da hora normal.

7.1 - NECESSIDADE IMPERIOSA

Ocorrendo necessidade imperiosa, a duração do trabalho pode exercer do limite legal ou convencionado, seja em virtude de força maior, ou seja, para atender à realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo ao empregador (Art. 61 da CLT).

Nos casos de excesso da jornada por motivo de força maior, a remuneração da hora excedente não pode ser inferior à da hora normal.

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Nos demais casos de excesso da jornada, a remuneração deve ser pelo menos, 50% (cinqüenta por cento) superior à da hora normal, não podendo o trabalho exceder de 12 (doze) horas, desde que não seja fixado expressamente outro limite.

7.1.1 - Comunicação

O excesso do limite da jornada de trabalho, em casos de necessidade imperiosa ou de atendimento à conclusão de serviços inadiáveis, pode ser exigido independentemente de acordo ou contrato coletivo. Todavia, o fato deve ser comunicado à autoridade competente em matéria de trabalho, dentro de 10 (dez) dias, ou justificado no momento da fiscalização, caso esta ocorra antes daquele prazo, embora esse procedimento não desobrigue a empresa de fazer a referida comunicação (§ 1º, do art. 61, da CLT).

7.2 - ATIVIDADES INSALUBRES

Nas atividades consideradas por lei como insalubres (art. 189 da CLT e NR 15), qualquer prorrogação da jornada de trabalho somente pode ser acordada mediante autorização prévia das autoridades competentes em matéria de segurança e medicina do trabalho, após os necessários exames do local e a verificação dos processos de trabalho (Art. 60, da CLT).

7.3 - INTERRUPÇÃO DO TRABALHO

Na ocorrência de interrupção do trabalho, em virtude de causas acidentais ou força maior, que impeçam a sua realização, a jornada poderá ser prorrogada, pelo tempo necessário, até o máximo de 2 (duas) horas, durante o número de dias indispensáveis à recuperação do tempo perdido, desde que esta prorrogação não exceda o máximo de 10 (dez) horas diárias, e que se verifique em período não superior a 45 (quarenta e cinco) dias por ano, sujeito esse procedimento à prévia autorização da autoridade competente (§ 3º, do art. 61, da CLT).

7.4 - TRABALHADOR MENOR

O trabalho do menor somente poderá ser prorrogado, excepcionalmente, por motivo de força maior, até o máximo de 12 (doze) horas, desde que o trabalho seja imprescindível ao funcionamento do estabelecimento, devendo a hora normal, nesse caso, ser acrescida de, pelo menos 50% (cinqüenta por cento) (Art. 413, da CLT).

A prorrogação extraordinária do trabalho dos menores deverá ser comunicada, por escrito, à autoridade competente, dentro do prazo de 48 (quarenta e oito) horas.

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O empregador que, em face de conjuntura econômica, devidamente comprovada, encontrar-se em condições que recomendem, temporariamente, a redução da jornada normal ou do número de dias de trabalho, pode fazê-lo mediante prévio acordo com o Sindicato da categoria dos seus empregados, homologado pela DRT, por prazo certo, não excedente de 3 (três) meses, prazo esse prorrogável, nas mesmas condições, se ainda indispensável.

8.1 - REDUÇÃO DE SALÁRIO

Na hipótese da negociação coletiva autorizar a redução da jornada normal com a redução do salário mensal, esta não poderá ser superior a 25% (vinte e cinco por cento) do salário contratual, respeitado o salário mínimo vigente e reduzidas, proporcionalmente, a remuneração e as gratificações de gerentes e diretores (Art 7º, inc. VI e X da CF c/c Art. 503 da CLT).

8.2 - NO AVISO PRÉVIO

Quando a rescisão do contrato tiver sido promovida pelo empregador, sem justa causa, durante o prazo do aviso prévio trabalhado, o horário normal de trabalho do empregado poderá ser reduzido de 2 (duas) horas, sem prejuízo do salário (Art. 488 da CLT).

No entanto, é facultado ao empregado trabalhar sem a redução das duas horas diárias, caso em que poderá faltar ao serviço, sem prejuízo do salário integral, por 7 (sete) dias corridos.

9 - HORAS IN ITINERE

De acordo com o Enunciado nº 90 do TST, com redação dada pela Resolução/TST 129/2005, o tempo despendido pelo empregado, em condução fornecida pelo empregador, até o local de trabalho de difícil acesso, ou não servido por transporte público regular, e para o seu retorno é computável na jornada de trabalho. Esse tempo é conhecido como horas in itinere.

A incompatibilidade entre os horários de início e término da jornada do empregado e os do transporte público regular é circunstância que também gera o direito às horas in itinere.

A mera insuficiência de transporte público não enseja o pagamento de horas in itinere.

Se houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido em condução da empresa, as horas in itinere remuneradas limitam-se ao trecho não alcançado pelo transporte público.

Considerando que as horas in itinere são computáveis na jornada de trabalho, o tempo que extrapola a jornada legal é considerado como extraordinário e sobre ele deve incidir o adicional respectivo.

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10 - TRABALHO NOTURNO

No trabalho urbano, o período noturno é aquele considerado de 22 horas de um dia às 5 horas do dia seguinte, com a hora noturna computada a razão de 52 minutos e 30 segundos.

O trabalho noturno terá um acréscimo de no mínimo 20% (vinte por cento) sobre a hora normal, salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal (Art. 73 da CLT).

10.1 - TRABALHADORES RURAIS

Nas atividades rurais, o trabalho no horário noturno é fixado em 8 (oito) horas efetivas e corresponde ao período compreendido entre às 21 horas de um dia e às 5 horas do dia seguinte, para os trabalhadores que exercem atividades na lavoura, e entre às 20 horas de um dia e às 4 horas do dia seguinte, para os que exercem atividades na pecuária.

10.2 - PRORROGAÇÃO

Na ocorrência de prorrogações da jornada de trabalho no horário noturno deverá ser observadas as regras da hora-extra e do hora noturna, previstas nesta matéria.

11 - QUADRO DE HORÁRIO

O horário do trabalho constará de quadro, organizado conforme modelo expedido pelo Ministro do Trabalho e afixado em lugar bem visível.

Esse quadro será discriminativo no caso de não ser o horário único para todos os empregados de uma mesma seção ou turma (Art. 74 da CLT).

11.1 - CONTROLE DE PONTO

Para os estabelecimentos de mais de 10 (dez) trabalhadores é obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, devendo haver pré-assinalação do período de repouso, na forma do § 2º, do art. 74 da CLT.

Observa-se que se o trabalho for executado fora do estabelecimento, o horário dos empregados constará, explicitamente, de ficha ou papeleta em seu poder, conforme § 3º do art. 74 da CLT.

11.1.1 - Registro Eletrônico de Ponto

O registro eletrônico de ponto é uma forma informatizada e ágil que a empresa poderá se utilizar para cumprimento do disposto no art. 74, § 2º, da CLT e

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demonstrar os horários reais de entradas e de saídas dos empregados durante a contratualidade. Devendo cada trabalhador fazer a marcação de suas horas de entrada e saída.

As novas regras sobre registro de ponto eletrônico e a utilização do Sistema de Registro Eletrônico de Ponto - SREP estão previstos na Portaria/MTE nº 1.510, de 21/08/2009 e suas alterações, e, passam a vigorar a partir de 1º de março de 2011.

11.1.2 - Limite de Tolerância

Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de 5 minutos, observado o limite máximo de 10 minutos diários (Art. 58, § 1º, da CLT, com redação dada pela Lei nº 10.243, de 19/06/2001).

11.2 - DISPENSA DE QUADRO DE HORÁRIO

O uso do Quadro de Horário pode ser dispensado quando houver registro individual controlado de entrada e saída e pré-assinalação de repouso e alimentação (Portaria/MT nº 3.626, de 1991).

As microempresas e as empresas de pequeno porte estão dispensadas de manter Quadro de Horário (Art. 51 da Lei Complementar nº 123, de 2006).

12 - ENUNCIADOS DE SÚMULA DO TST

A seguir, alguns Enunciados de Súmula do Tribunal Superior do Trabalho - TST que tratam da matéria ora analisada:

* 90 - HORAS "IN ITINERE". TEMPO DE SERVIÇO (incorporadas as Súmulas nºs 324 e 325 e as Orientações Jurisprudenciais nºs 50 e 236 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005

I - O tempo despendido pelo empregado, em condução fornecida pelo emprega-dor, até o local de trabalho de difícil acesso, ou não servido por transporte público regular, e para o seu retorno é computável na jornada de trabalho. (ex-Súmula nº 90 - RA 80/1978, DJ 10.11.1978)

II - A incompatibilidade entre os horários de início e término da jornada do em-pregado e os do transporte público regular é circunstância que também gera o di-reito às horas "in itinere". (ex-OJ nº 50 da SBDI-1 - inserida em 01.02.1995) III - A mera insuficiência de transporte público não enseja o pagamento de horas "in itinere". (ex-Súmula nº 324 – Res. 16/1993, DJ 21.12.1993)

IV - Se houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido em con-dução da empresa, as horas "in itinere" remuneradas limitam-se ao trecho não al-cançado pelo transporte público. (ex-Súmula nº 325 – Res. 17/1993, DJ 21.12.1993)

V - Considerando que as horas "in itinere" são computáveis na jornada de traba-lho, o tempo que extrapola a jornada legal é considerado como

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extraordinário e sobre ele deve incidir o adicional respectivo. (ex-OJ nº 236 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001)

* 96 - MARÍTIMO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003

A permanência do tripulante a bordo do navio, no período de repouso, além da jornada, não importa presunção de que esteja à disposição do empregador ou em regime de prorrogação de horário, circunstâncias que devem resultar provadas, dada a natureza do serviço.

* 102 - BANCÁRIO. CARGO DE CONFIANÇA (incorporadas as Súmulas nºs 166, 204 e 232 e as Orientações Jurisprudenciais nºs 15, 222 e 288 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005

I - A configuração, ou não, do exercício da função de confiança a que se refere o art. 224, § 2º, da CLT, dependente da prova das reais atribuições do empregado, é insuscetível de exame mediante recurso de revista ou de embargos. (ex-Súmula nº 204 - alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003) II - O bancário que exerce a função a que se refere o § 2º do art. 224 da CLT e recebe gratificação não inferior a um terço de seu salário já tem remuneradas as duas horas extraordinárias excedentes de seis. (ex-Súmula nº 166 - RA 102/1982, DJ 11.10.1982 e DJ 15.10.1982)

III - Ao bancário exercente de cargo de confiança previsto no artigo 224, § 2º, da CLT são devidas as 7ª e 8ª horas, como extras, no período em que se verificar o pagamento a menor da gratificação de 1/3. (ex-OJ nº 288 da SBDI-1 - DJ 11.08.2003)

IV - O bancário sujeito à regra do art. 224, § 2º, da CLT cumpre jornada de trabalho de 8 (oito) horas, sendo extraordinárias as trabalhadas além da oitava. (ex-Súmula nº 232- RA 14/1985, DJ 19.09.1985)

V - O advogado empregado de banco, pelo simples exercício da advocacia, não exerce cargo de confiança, não se enquadrando, portanto, na hipótese do § 2º do art. 224 da CLT. (ex-OJ nº 222 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001) VI - O caixa bancário, ainda que caixa executivo, não exerce cargo de confiança. Se perceber gratificação igual ou superior a um terço do salário do posto efetivo, essa remunera apenas a maior responsabilidade do cargo e não as duas horas extraordinárias além da sexta. (ex-Súmula nº 102 - RA 66/1980, DJ 18.06.1980 e republicada DJ 14.07.1980)

VII - O bancário exercente de função de confiança, que percebe a gratificação não inferior ao terço legal, ainda que norma coletiva contemple percentual superior, não tem direito às sétima e oitava horas como extras, mas tão-somente às diferenças de gratificação de função, se postuladas. (ex-OJ nº 15 da SBDI-1 - inserida em 14.03.1994)

* 110 - JORNADA DE TRABALHO. INTERVALO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003

No regime de revezamento, as horas trabalhadas em seguida ao repouso semanal de 24 horas, com prejuízo do intervalo mínimo de 11 horas consecutivas para descanso entre jornadas, devem ser remuneradas como extraordinárias, inclusive com o respectivo adicional.

* 118 - JORNADA DE TRABALHO. HORAS EXTRAS (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003

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Os intervalos concedidos pelo empregador na jornada de trabalho, não previstos em lei, representam tempo à disposição da empresa, remunerados como serviço extraordinário, se acrescidos ao final da jornada.

* 119 - JORNADA DE TRABALHO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003

Os empregados de empresas distribuidoras e corretoras de títulos e valores mobiliários não têm direito à jornada especial dos bancários.

* 129 - CONTRATO DE TRABALHO. GRUPO ECONÔMICO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003

A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário.

* 199 - BANCÁRIO. PRÉ-CONTRATAÇÃO DE HORAS EXTRAS (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nºs 48 e 63 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005

I - A contratação do serviço suplementar, quando da admissão do trabalhador bancário, é nula. Os valores assim ajustados apenas remuneram a jornada normal, sendo devidas as horas extras com o adicional de, no mínimo, 50% (cinqüenta por cento), as quais não configuram pré-contratação, se pactuadas após a admissão do bancário. (ex-Súmula nº 199 – alterada pela Res. 41/1995, DJ 21.02.1995 - e ex-OJ nº 48 da SBDI-1 - inserida em 25.11.1996)

II - Em se tratando de horas extras pré-contratadas, opera-se a prescrição total se a ação não for ajuizada no prazo de cinco anos, a partir da data em que foram suprimidas. (ex-OJ nº 63 da SBDI-1 - inserida em 14.03.1994)

* 287 - JORNADA DE TRABALHO. GERENTE BANCÁRIO (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003

A jornada de trabalho do empregado de banco gerente de agência é regida pelo art. 224, § 2º, da CLT. Quanto ao gerente-geral de agência bancária, presume-se o exercício de encargo de gestão, aplicando-se-lhe o art. 62 da CLT.

* 291 - HORAS EXTRAS (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A supressão, pelo empregador, do serviço suplementar prestado com habitualidade, durante pelo menos 1 (um) ano, assegura ao empregado o direito à indenização correspondente ao valor de 1 (um) mês das horas suprimidas para cada ano ou fração igual ou superior a seis meses de prestação de serviço acima da jornada normal. O cálculo observará a média das horas suplementares efetivamente trabalhadas nos últimos 12 (doze) meses, multiplicada pelo valor da hora extra do dia da supressão.

* 338 - JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. ÔNUS DA PROVA (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nºs 234 e 306 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005

I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos controles de frequência gera presunção relativa

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de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário. (ex-Súmula nº 338 – alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003) II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário. (ex-OJ nº 234 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001)

III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir. (ex-OJ nº 306 da SBDI-1- DJ 11.08.2003)

* 346 - DIGITADOR. INTERVALOS INTRAJORNADA. APLICAÇÃO ANALÓGICA DO ART. 72 DA CLT (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003

Os digitadores, por aplicação analógica do art. 72 da CLT, equiparam-se aos trabalhadores nos serviços de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo), razão pela qual têm direito a intervalos de descanso de 10 (dez) minutos a cada 90 (noventa) de trabalho consecutivo.

* 360 - TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO. INTERVALOS INTRAJORNADA E SEMANAL (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003

A interrupção do trabalho destinada a repouso e alimentação, dentro de cada turno, ou o intervalo para repouso semanal, não descaracteriza o turno de revezamento com jornada de 6 (seis) horas previsto no art. 7º, XIV, da CF/1988.

* 366 - CARTÃO DE PONTO. REGISTRO. HORAS EXTRAS. MINUTOS QUE ANTECEDEM E SUCEDEM A JORNADA DE TRABALHO (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 23 e 326 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005

Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário do registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Se ultrapassado esse limite, será considerada como extra a totalidade do tempo que exceder a jornada normal. (ex-Ojs da SBDI-1 nºs 23 - inserida em 03.06.1996 - e 326 - DJ 09.12.2003)

* 370 - MÉDICO E ENGENHEIRO. JORNADA DE TRABALHO. LEIS NºS 3.999/1961 E 4.950-A/1966 (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 39 e 53 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005

Tendo em vista que as Leis nº 3.999/1961 e 4.950-A/1966 não estipulam a jornada reduzida, mas apenas estabelecem o salário mínimo da categoria para uma jornada de 4 horas para os médicos e de 6 horas para os engenheiros, não há que se falar em horas extras, salvo as excedentes à oitava, desde que seja respeitado o salário mínimo/horário das categorias. (ex-OJs nºs 39 e 53 da SBDI-1 – inseridas, respectivamente, em 07.11.1994 e 29.04.1994)

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* 376 - HORAS EXTRAS. LIMITAÇÃO. ART. 59 DA CLT. REFLEXOS (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 89 e 117 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005

I - A limitação legal da jornada suplementar a duas horas diárias não exime o empregador de pagar todas as horas trabalhadas. (ex-OJ nº 117 da SBDI-1 - inserida em 20.11.1997)

II - O valor das horas extras habitualmente prestadas integra o cálculo dos haveres trabalhistas, independentemente da limitação prevista no "caput" do art. 59 da CLT. (ex-OJ nº 89 da SBDI-1 - inserida em 28.04.1997)

* 391 - PETROLEIROS. LEI Nº 5.811/1972. TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. HORAS EXTRAS E ALTERAÇÃO DA JORNADA PARA HORÁRIO FIXO (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 240 e 333 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005

I - A Lei nº 5.811/1972 foi recepcionada pela CF/88 no que se refere à duração da jornada de trabalho em regime de revezamento dos petroleiros. (ex-OJ nº 240 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001)

II - A previsão contida no art. 10 da Lei nº 5.811/1972, possibilitando a mudança do regime de revezamento para horário fixo, constitui alteração lícita, não violando os arts. 468 da CLT e 7º, VI, da CF/1988. (ex-OJ nº 333 da SBDI-1 - DJ 09.SBDI-12.2003)

* 423 - TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. FIXAÇÃO DE JOR-NADA DE TRABALHO MEDIANTE NEGOCIAÇÃO COLETIVA. VALIDADE. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 169 da SBDI-1) Res. 139/2006 - DJ 10, 11 e 13.10.2006

Estabelecida jornada superior a seis horas e limitada a oito horas por meio de regular negociação coletiva, os empregados submetidos a turnos ininterruptos de revezamento não tem direito ao pagamento da 7ª e 8ª horas como extras.

13 - PENALIDADES

Na ocorrência de infrações as normas trabalhistas quanto à duração do trabalho, os empregadores incorrerão na multa administrativa variável entre R$ 40,25 a R$ 4.025,33, segundo a natureza da infração, sua extensão e a intenção de quem a praticou, aplicada em dobro no caso de reincidência e oposição à fiscalização ou desacato à autoridade, aplicável pela Delegacia Regional do Trabalho, conforme art. 75 da CLT e Portaria/MTE nº 290, de 1997.

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