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Álgebra Linear: Lista de exercícios 7

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Academic year: 2021

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Universidade Federal do Paraná 1◦ semestre 2015.

Algebra Linear, CM 005 Olivier Brahic

Lista de exercícios 7

Independência Linear.

Exercício 1: Determine se os seguintes vetores são linearmente independentes em R2: a)  2 1  ,  3 2  , b)  2 3  ,  4 6  , c)  −2 1  ,  1 3  ,  2 4  , d)  −2 1  ,  1 −2  ,  2 −4  , e)  1 2  ,  −1 1  ,

Exercício 2: Determine se os seguintes vetores são linearmente independentes em R3:

a)   1 0 0  ,   0 1 1  ,   1 0 1  , b)   1 0 0  ,   0 1 1  ,   1 0 1  ,   1 2 3  , c)   2 1 −2  ,   3 2 −2  ,   2 2 0  , d)   2 1 −2  ,   −2 −1 2  ,   4 2 −4  , e)   1 1 3  ,   0 2 1  ,

Exercício 3: Para cada um dos conjuntos de vetores no exercício 2, descreva geometricamente a cobertura dos vetores dados.

Exercício 4: Determine se os seguintes vetores são linearmente independentes em R2×2: a)  1 0 1 1  ,  0 1 0 0  , b)  1 0 0 1  ,  0 1 0 0  ,  0 0 1 0  , c)  1 0 0 1  ,  0 1 0 0  ,  2 3 0 2  ,

Exercício 5: Sejam x1, . . . , xn vetores linearmente independentes em um espaço vetorial.

a) Se adicionarmos um vetor xn+1 à coleção, ainda teremos uma coleção linearmente independente de vetores ? Explique.

b) Se eliminarmos um vetor, por exemplo x1, da coleção, ainda teremos uma coleção linearmente

(2)

Exercício 6: Sejam x1, x2, x3 vetores linearmente independentes em Rn, e seja:

y1 = x1+ x2, y2= x2+ x3, y3 = x3+ x1.

São y1, y2, y3 linearmente independentes ? Demostre sua resposta.

Exercício 7: Sejam x1, x2, x3 vetores linearmente independentes em Rn, e seja:

y1 = x2− x1, y2 = x2+ x1+ x3, y3 = x3+ 2x1.

São y1, y2, y3 linearmente independentes ? Demostre sua resposta.

Exercício 8: Determine se os seguintes vetores são linearmente independentes em P3:

a) 1, x2, x2− 1. b) 2, x2, x, 2x, 2x + 3. c) x + 2, x2− 1.

Exercício 9: Para cada um dos itens seguintes, mostre que os vetores dados são linearmente indepen-dentes em C[−1, 1]: Para cada um dos itens seguintes, mostre que os vetores dados são linearmente independentes em C[−1, 1]:

a) cos πx, sin πx. b) x, ex, e2x c) x2, ln(1 + x2), 1 + x2 d) x3, |x3|

Exercício 10: Demostre que qualquer conjunto finito de vetores que contém o vetor nulo deve ser linearmente independente.

Exercício 11: Demostre que qualquer subconjunto não vazio de um conjunto de vetores linearmente independentes {v1, . . . , vn} é também linearmente independente.

Exercício 12: Seja A uma matriz m × n, mostre que se A tem vetores colunas linearmente indepen-dentes, então N (A) = {0}.

Exercício 13: Seja A uma matriz 3 × 3 e sejam x1, x2, x3 vetores linearmente independentes em R3.

(3)

Correções

Correção do Exercício 1:

a) Lembremos que os vetores v1:= 2, 1|e v2 := 3, 2| são linearmente independentes se e somente se para escalares x1, x2 ∈ R, temos a seguinte implicação:

x1· v1+ x2· v2 = 0R2 =⇒ x1= x2 = 0.

Calculemos que a condição x1· v1+ x2· v2= 0R2 é equivalente a:

x1· v1+ x2· v2 = 0R2 ⇐⇒ x1·2 1  + x2·3 2  =0 0  ⇐⇒ ( 2x1+ 3x2= 0 x1+ 2x2= 0.

Logo v1 e v2 são linearmente independentes se e somente se o sistema à direita tem única solução

(x1, x2) = (0, 0), o que é o caso pois a matriz de coeficientes tem determinante 4 − 3 = 1, diferente

de 0.

b) Os vetores v1 := 2, 3

|

e v2 := 4, 6

|

não são linearmente independentes pois eles verificam a relação não trivial:

2v1− v2= 0R2.

Observação. Note que neste caso, temos:

x1· v1+ x2· v2= 0R2 ⇐⇒ x1·2 3  + x2· 4 6  =0 0  ⇐⇒ ( 2x1+ 3x2 = 0 x1+ 2x2 = 0.

É fácil resolver o sistema para ver que ele tem soluções não triviais, pois o conjunto soluções é dado por: S = {(x1, x2) ∈ R2 | (x1, x2) = α · (2, −1) onde α ∈ R}. c) Os vetores v1 := −2, 1 | , v2 := 1, 3 | e v3 := 2, 4 |

não são linearmente independentes pois verificam a seguinte relação não trivial:

2v1− 10v2+ 7v3 = 0R2.

Apesar de ser ’evidente’, esta relação é facilmente obtida resolvendo o sistema: (

−2x1+ x2+ 2x3 = 0

x1+ 3x2+ 4x3 = 0.

Observação. Aqui, pode se argumentar simplesmente que 3 vetores em R2 não podem ser linear-mente independentes pois R2 tem dimensão 2.

(4)

d) Os vetores −2, 1, 1, −2 e 2, −4 não são linearmente independentes pois verificam a seguinte relação não trivial:

0 · v1+ 2 · v2− v3 = 0R2.

Esta relação é facilmente obtida, ou por inspeção, ou resolvendo o sistema: (

−2x1+ x2+ 2x3 = 0

x1− 2x2− 4x3 = 0.

Observação. Aqui também, pode se argumentar simplesmente que 3 vetores em R2 não podem ser linearmente independentes pois R2 tem dimensão 2.

e) A matriz 1 −1 2 1



tem determinante diferente de 0, logo o sistema: (

x1− x2 = 0

2x1+ x2 = 0

tem única solução (x1, x2) = (0, 0). Segue que os vetores 1, 2 e −1, 1 são linearmente

indepen-dentes.

Observação. Aqui, pode-se concluir também resolvendo direitamente o sistema, mostrando que ele tem conjunto solução S = {(0, 0)}. Porem, este método da mais contas.

Correção do Exercício 2:

a) Os vetores em R3 dados por v1 := 1, 0, 0, v2 := 0, 1, 1



e v3 := 1, 0, 1

são linearmente independentes se e somente se temos a seguinte implicação:

x1· v1+ x2· v2+ x3· v3= 0R3 =⇒ x1 = x2= x3= 0,

onde x1, x2, x3 ∈ R são escalares.

Calculemos que a condição x1· v1+ x2· v2+ x3· v3 = 0R3 é equivalente a:

x1· v1+ x2· v2+ x3· v3= 0R3 ⇐⇒ x1·   1 0 0  + x2·   0 1 1  + x3·   1 0 1  =   0 0 0   ⇐⇒      x1 + x3 = 0 x2 = 0 x2+ x3 = 0.

Logo v1, v2 e v3 são linearmente independentes se e somente se o sistema tem única solução

(5)

b) Os vetores em R3 dados por v1 := 1, 0, 0, v2 := 0, 1, 1, v3 := 1, 0, 1 e v4 := 1, 2, 3, são

linearmente independentes se e somente se temos a seguinte implicação:

x1· v1+ x2· v2+ x3· v3+ x4· v4 = 0R3 =⇒ x1= x2 = x3 = x4= 0,

onde x1, x2, x3, x4 ∈ R são escalares.

Calculemos que a condição x1· v1+ x2· v2+ x3· v3+ x4· = 0R3 é equivalente a:

x1· v1+ x2· v2+ x3· v3+ x4· v4= 0R3 ⇐⇒ x1·   1 0 0  + x2·   0 1 1  + x3·   1 0 1  + x4·   1 2 3  =   0 0 0   ⇐⇒      x1 + x3+ x4= 0 x2 + 2x4= 0 x2+ x3+ 3x4= 0.

Logo v1, v2, v3 e v4 são linearmente independentes se e somente se o sistema tem única solução

(x1, x2, x3, x4) = (0, 0, 0, 0), o que não é o caso, pois tem conjunto solução:

S = {(x1, x2, x3, x4) ∈ R4 | (x1, x2, x3, x4) = α · (0, −2, −1, 1) onde α ∈ R}

Observação. Note pela sequencia que o conjunto solução admite uma variável livre.

c) A matriz   2 3 2 1 2 2 −2 −2 0 

 tem determinante diferentes de 0, logo o sistema:

     2x1+ 3x2+ 2x3 = 0 x1+ 2x2+ 2x3 = 0 −2x1− 2x2 = 0

tem única solução (x1, x2, x3) = (0, 0, 0). Segue que os vetores 2, 1, −2, 3, 2, −2, 2, 2, 0, são

linearmente independentes.

Observação. Aqui, pode-se concluir também resolvendo direitamente o sistema, mostrando que ele tem conjunto solução S = {(0, 0, 0)}. Porem, este método da mais contas.

d) Os vetores v1 :=   2 1 −2  , v2 :=   −2 −1 2   e v3 :=   4 2 −4 

satisfazem a seguinte relação não trivial:

v1− 2v2+ v3 = 0R3,

(6)

Observação. Note que não é a unica relação quev1, v2, v3 satisfazem, por exemplo temos:

v1− v2 = 0R3, v2+ 2 · v3 = 0

R3

Neste caso, resolvendo o sistema:      2x1− 2x2+ 4x3 = 0 x1− x2+ 2x3 = 0 −2x1+ 2x2− 4x3 = 0

obtemos um conjunto solução com duas variáveis livres:

S = {(x1, x2, x3) ∈ R3| (x1, x2, x3) = (α, −α + β, 2β), onde α, β ∈ R}.

e) Os vetores 1, 1, 3 e 0, 2, 1 são linearmente independentes pois o sistema:      x1 = 0 x1+ 2x2= 0 3x1+ x2= 0

tem única solução (x1, x2) = (0, 0).

Correção do Exercício 3:

a) A maneira mais rápida de argumentar é a seguinte. Os vetores v1 := 1, 0, 0, v2 := 0, 1, 1 e

v3 := 1, 0, 1 são 3 vetores linearmente independentes (como vimos) no R3 que tem dimensão 3,

logo Cob{v1, v2, v3} = R3.

Pode-se argumentar também que Cob{v1, v2, v3} = R3 da seguinte maneira, que talvez é mais

instrutiva. A matriz:   1 0 1 0 1 0 0 1 1  

tendo determinante diferente de zero, sabemos que para quaisquer escalares b1, b2, b3 ∈ R, o sistema:

     x1 + x3 = b1 x2 = b2 x2+ x3 = b3.

admite uma solução (sabemos também que esta solução é única, mas não se precisa aqui, so a existência nos importa). Assim, vemos que para qualquer vetor b = (b1, b2, b3) ∈ R3 existem

escalares x1, x2, x3∈ R tais que:

x1· v1+ x2· v2+ x3· v3 = b.

Segue que qualquer vetor de R3 é combinação linear de v1, v2, v3, ou seja:

(7)

b) Lembremos que v1, v2, v3, e v4 são os vetores em R3 dados por

v1 := 1, 0, 0 , v2 := 0, 1, 1 , v3:= 1, 0, 1



v4 := 1, 2, 3 .

Vimos que v1, v2, v3 são linearmente independentes em R3, logo dim Cob{v1, v2, v3, v4} ≥ 3, e :

3 = dim R3≥ dim Cob{v1, v2, v3, v4} ≥ 3 ⇒ Cob{v1, v2, v3, v4} = R3.

Pode ser justificado de maneira mais ’pedestre’ assim. Observe que para qualquer vetor b = (b1, b2, b3) em R3, b é combinação linear de v1, v2, v3, v4 se e somante se o seguinte sistema admite

uma solução: x1· v1+ x2· v2+ x3· v3+ x4· v4= b ⇐⇒ x1·   1 0 0  + x2·   0 1 1  + x3·   1 0 1  + x4·   1 2 3  =   b1 b2 b3   ⇐⇒      x1 + x3+ x4 = b1 x2 + 2x4 = b2 x2+ x3+ 3x4 = b3.

Agora, segue do item a) que este sistema sempre tem soluções (com x4 = 0...). Segue que: Cob{v1, v2, v3, v4} = R3. c) A matriz   2 3 2 1 2 2 −2 −2 0 

 tendo determinante diferente de 0, sabemos que, para qualquer triplo de escalares b1, b2, b3∈ R, o seguinte sistema:

     2x1+ 3x2+ 2x3 = b1 x1+ 2x2+ 2x3 = b2 −2x1− 2x2 = b3

admite uma solução (S 6= ∅). Assim, vemos que para qualquer vetor b = (b1, b2, b3) ∈ R3 existem

escalares x1, x2, x3∈ R tais que:

x1· v1+ x2· v2+ x3· v3 = b.

Segue que qualquer vetor de R3 é combinação linear de v1, v2, v3, ou seja Cob{v1, v2, v3} = R3.

Aqui podemos argumentar de outra maneira, assim: os vetores v1 = 2, 1, −2, v2 = 3, 2, −2 e

v3= 2, 2, 0 sendo linearmente independentes, Cob{v1, v2, v3} tem dimensão 3, sendo um

subes-paço de R3, conclua-se que Cob{v1, v2, v3} = R3.

d) Vimos que os vetores v1 := 2, 1, −2, v2 := −2, −1, 2 e v3 := 4, 2, −4 são colineares entre

deles, pois temos por exemplo:

(8)

logo parece lógico que eles cobram só uma reta em R3, e que temos as seguinte igualdades de subconjuntos em R3:

Cob{v1, v2, v3} = Cob{v1, v2} = Cob{v2, v3} = Cob{v3, v1} = Cob{v1} = Cob{v2} = Cob{v3}

= {(b1, b2, b3) ∈ R3 | (b1, b2, b3) = λ · v1, onde λ ∈ R}

= {(b1, b2, b3) ∈ R3 | (b1, b2, b3) = 2λ, λ, −2λ , onde λ ∈ R}

Para justificar isto de maneira rigorosa: consideremos b = (b1, b2, b3) ∈ Cob{v1, v2, v3}, isso é, uma

combinação linear de v1, v2 e v3, então, por definição, b é da forma:

b = x1· v1+ x2· v2+ x3· v3.

onde x1, x2, x3 ∈ R são escalares. Usando as relações v2= −v1 e v3 = 2v1 obtemos:

b = x1· v1+ x2· v2+ x3· v3,

= x1· v1− x2· v1− 2x3· v1,

= (x1− x2+ 2x3) · v1.

Logo b é da forma b = λv1 onde λ = x1− x2+ 2x3 ∈ R, isso é b ∈ Cob{v1}. Segue que:

Cob{v1, v2, v3} ⊂ Cob{v1}.

A inlusão inversa Cob{v1} ⊂ Cob{v1, v2, v3} sendo evidente, concluamos que

Cob{v1, v2, v3} = {(b1, b2, b3) ∈ R3 | (b1, b2, b3) = 2λ, λ, −2λ , onde λ ∈ R} = Cob{v1}

e) É claro que dois vetores v1 := 1, 1, 3 e v2 := 0, 2, 1 so não podem gerar o R3 inteiro. Alem

disso, v1 e v2 sendo linearmente independentes, é claro também que Cob{v1, v2} é um plano em

R3 pois tem dimensão 2. Para descrever esse espaço, olhemos pela definição:

Cob{v1, v2} = {(b1, b2, b3) ∈ R3 | (b1, b2, b3) = x1· v1+ x2v2, onde x1, x2∈ R}

= {(b1, b2, b3) ∈ R3 | (b1, b2, b3) = (x1, x1+ 2x2, 3x1+ x2) onde x1, x2∈ R}.

Agora, a descrição de Cob{v1, v2} acima não é muito satisfatória, pois dado um vetor (b1, b2, b3) ∈

R3, ela não deixa claro se b pertence em Cob{v1, v2} ou não.

Mais satisfatória é a seguinte descrição: para determinar Cob{v1, v2}, temos que encontrar todos

os vetores (b1, b2, b3) ∈ R3 tal que o seguinte sistema:

     x1 = b1 x1+ 2x2= b2 3x1+ x2= b3

(9)

seja consistente. Efetuando as operações em linhas (L3→ L3− 3L1 =: L03) e (L2→ L2− L1 =: L02),

pois (L02 → L02− 2L03) obtemos o seguinte systema equivalente:      x1 = b1 x1+ 2x2 = b2 3x1+ x2 = b3 ⇐⇒      x1 = b1 + 0 = b1+ b2− 2b3 x2 = −3b1 + b3.

Portanto, o sistema admite uma solução se e somente se b1+ b2− 2b3 = 0. Segue que:

Cob{v1, v2} = {(b1, b2, b3) ∈ R3 | b1+ b2− 2b3 = 0}

que determine um plano em R3, como expectado.

Correção do Exercício 4: Determine se os seguintes vetores são linearmente independentes em R2×2:

a) Aplicando a definição, os vetores v1 :=1 0 1 1 

e v2 :=0 1 0 0



são linearmente independentes se e somente se para escalares x1, x2∈ R, temos a seguinte implicação:

x1· v1+ x2· v2= 0M2(R) =⇒ x1 = x2= 0.

Calculemos que a condição x1· v1+ x2· v2= 0M2(R) é equivalente a:

x1· v1+ x2· v2= 0R2 ⇐⇒ x1· 1 0 1 1  + x2· 0 1 0 0  =0 0 0 0  ⇐⇒ x1 0 x1 x1  +0 x2 0 0  =0 0 0 0  ⇐⇒ x1 x2 x1 x1  =0 0 0 0  ⇐⇒ ( x1 = 0 x2= 0.

Logo v1 e v2 são linearmente independentes.

b) Aplicando a definição, os vetores v1 := 1 0 1 1  , v2 := 0 1 0 0  e v3 := 0 0 1 0  são linearmente independentes se e somente se para quaisquer escalares x1, x2, x3∈ R, temos a seguinte implicação:

(10)

Calculemos que a condição x1· v1+ x2· v2+ x3· v3 = 0M2(R) é equivalente a: x1· v1+ x2· v2 = 0R2 ⇐⇒ x1· 1 0 1 1  + x2· 0 1 0 0  + x3· 0 0 1 0  =0 0 0 0  ⇐⇒ x1 0 x1 x1  +0 x2 0 0  + 0 0 x3 0  =0 0 0 0  ⇐⇒  x1 x2 x1+ x3 x1  =0 0 0 0  ⇐⇒      x1 = 0 x2 = 0 x1 + x3 = 0. ⇐⇒      x1 = 0 x2 = 0 x3 = 0.

Portanto v1, v2 e v3 são linearmente independentes.

c) Os vetores v1 :=1 0 0 1  , v2 := 0 1 0 0  e v3 :=2 3 0 2 

não são linearmente independentes pois satifazem a seguinte relação não trivial:

2v1+ 3v2− v3= 0M2(R).

Correção do Exercício 5:

a) Se adicionarmos um vetor xn+1 à coleção, tem que discernir dois casos:

• se xn+1 ∈ Cob{x1, . . . , xn} então a coleção {x1, . . . , xn, xn+1} não fica linearmente

indepen-dente. De fato, neste caso, xn é da forma xn+1 = λ1x1+ · · · + λnxn, onde λ1, . . . λn ∈ R

são escalares. Segue que x1, . . . , xn, xn+1 não são linearmente independentes pois satisfazem

a seguinte relação:

λ1x1+ · · · + λnxn+ λn+1xn+1= 0V,

onde λn+1= −1. Note que a relação acima não é trivial pois λn+1= −1 6= 0.

• se xn+1 ∈ Cob{x/ 1, · · · , xn} então a coleção {x1, · · · , xn, xn+1} fica linearmente independente.

De fato, sejam escalares λ1, . . . , λn∈ R tais que λ1x1+ · · · + λnxn+ λn+1xn+1 = 0V. Então

necessariamente λn+1 = 0, pois caso contrario teríamos: xn+1 = λ1 λn+1 x1+ · · · + λn λn+1 xn ⇒ xn+1∈ Cob{x1, . . . , xn},

o que é contrario a nossa hipótese. Segue de λn+1= 0 que: λ1x1+ · · · + λnxn= 0V,

(11)

b) Se eliminarmos um vetor, por exemplo x1, a coleção {x2, · · · , xn} fica linearmente independente.

De fato sejam escalares λ2, . . . , λn∈ R tais que λ2x2+ · · · + λnxn= 0V. Em particular, temos:

λ1x1+ · · · + λnxn= 0V,

onde λ1 = 0. Os vetores x1, . . . , xn sendo linearmente independentes, isto implica que λ1 = · · · =

λn= 0. Em particular λ2 = · · · = λn= 0. Portanto x2, . . . , xn são linearmente independentes.

Correção do Exercício 6: Sejam λ1, λ2, λ3 ∈ R escalares tais que λ1· y1 + λ2· y2+ λ3· y3 = 0V.

Então, usando as igualdades obtemos:

λ1· y1+ λ2· y2+ λ3· y3 = 0V ⇐⇒ λ1· (x1+ x2) + λ2· (x2+ x3) + λ3· (x3+ x1) = 0V

⇐⇒ (λ3+ λ1) · x1+ (λ1+ λ2) · x2+ (λ2+ λ3) · x3= 0V.

Os vetores x1, x2, x3 sendo linearmente independentes, esta relação implica que λ1, λ2, λ3 satisfazem o

seguinte sistema:      λ3+ λ1 = 0, λ1+ λ2 = 0, λ2+ λ3 = 0.

Reolvendo o sistema obtemos que λ1 = λ2 = λ3 = 0. Portanto y1, y2, y3 são linearmente

independen-tes.

Correção do Exercício 7: Sejam λ1, λ2, λ3 ∈ R escalares tais que λ1· y1 + λ2· y2+ λ3· y3 = 0V.

Então, usando as igualdades obtemos:

λ1· y1+ λ2· y2+ λ3· y3 = 0V ⇐⇒ λ1· (x2− x1) + λ2· (x2+ x1+ x3) + λ3· (x3+ 2x1) = 0V

⇐⇒ (−λ1+ λ2+ 2λ3) · x1+ (λ1+ λ2) · x2+ (λ2+ λ3) · x3 = 0V.

Os vetores x1, x2, x3 sendo linearmente independentes, esta relação implica que λ1, λ2, λ3 satisfazem o

seguinte sistema:      −λ1+ λ2+ 2λ3= 0, λ1+ λ2= 0, λ2+ λ3= 0.

Resolvendo o sistema obtemos por exemplo que (λ1, λ2, λ3) = (1, −1, 1) é solução não trivial. Portanto

y1, y2, y3 satisfazem a seguinte relação não trivial:

y1− y2+ y3= 0, logo não são linearmente independentes.

Observação. A relação y1 − y2 + y3 = 0 era também fácil encontrar por inspeção. Pode observar também que o resultado não depende do fato quex1, x2, x3 sejam linearmente independentes.

(12)

a) Os vetores 1, x2 e x2 − 1 em P3 não são linearmente independentes pois satisfazem a seguinte

relação não trivial:

1 − x2+ (x2− 1) = 0.

b) Os vetores 2, x2, x, 2x e 2x + 3 não são linearmente independentes, pois são 4 vetores no P3, que

é um espaço de dimensão 3.

Outra maneira de argumentar é de encontrar uma relação não trivial. Por isso, calculemos que para λ1, λ2, λ3, λ4 ∈ R escalares temos: 2λ1+ λ2x2+ λ3x + λ4(2x + 3) = 0P3 ⇐⇒ λ2x 2 3+ 3λ4)x(2λ1+ 3λ4) = 0P3 ⇐⇒      −λ1+ λ2+ 2λ3 = 0, λ1+ λ2 = 0, λ2+ λ3 = 0.

Resolvendo o sistema obtemos por exemplo que (λ1, λ2, λ3) = (1, −1, 1) é solução não trivial.

Portanto y1, y2, y3 satisfazem a seguinte relação não trivial: y1− y2+ y3= 0, logo não são linearmente independentes.

c) Sejam λ1, λ2∈ R escalares tais que λ1(x + 2) + λ2(x2− 1) = 0P3, temos:

λ1(x + 2) + λ2(x2− 1) = 0P3 ⇐⇒ λ2x 2+ λ 1x + (2λ1− λ2) = 0P3 ⇐⇒      λ2 = 0, λ1 = 0, 2λ1− λ2 = 0.

O sistema tendo conjunto solução S = {(0, 0)}, conclua-se que x + 2 e x2− 1 são linearmente indepen-dentes.

Correção do Exercício 9:

a) O wronskiano vale W (cos πx, sin πx) = π, logo não se anula identicamente em [−1, 1], portanto cos πx, sin πx são linearmente independentes.

b) O wronskiano vale W (x, ex, e2x) = 2(x−1)e3x, logo não se anula identicamente em [−1, 1], portanto x, ex e e2x são linearmente independentes.

c) O wronskiano vale W (x2, ln(1 + x2), 1 + x2) = (1+x−8x23)2, logo não se anula identicamente em [0, 1],

(13)

d) Neste caso, o wronskiano vale W (x3, |x3|) = 0, ele se anula identicamente em [−1, 1] e não podemos

determinar se x3, |x3| são linearmente independentes ou não.

Voltando à definição, sejam λ1, λ2∈ R escalares tais que λ1x3+λ2|x3| = 0, avaliando em x ∈ [−1, 0)

e x ∈ (0, −1], obtemos:

(

λ1− λ2 = 0,

λ1+ λ2 = 0.

logo λ1= λ2 = 0, agora pode-se concluir que x3 e |x3| são linearmente independentes em [−1, 1].

Observação. Note que x3 e |x3| são linearmente dependentes em C[0, 1] e em C[−1, 0] !

Correção do Exercício 10: Seja {v1, . . . , vk} um conjunto de vetores em V tais que vk= 0V. Então

v1, . . . , vk satisfazem a relação não trivial:

λ1v1+ · · · + λnvn= 0V,

onde λ1 = λn−1= 0 e λn= 1, portanto são linearmente dependentes.

Correção do Exercício 11: Consideremos {v1, . . . , vk} ⊂ {v1, . . . , vn} um subconjunto de vetores

não vazio, onde {v1, . . . , vn} são linearmente independentes.

Sejam λ1, . . . , λk ∈ R escalares tais que λ1v1+ · · · + λnvk= 0V, então temos:

λ1v1+ · · · + λnvn= 0V,

onde λn+1 = · · · = λn = 0. Os vetores {v1, . . . , vn} sendo linearmente independentes, esta relação

implica que λ1= · · · = λn= 0, em particular λ1= · · · = λk= 0. Portanto {v1, . . . , vk} são linearmente

independentes.

Correção do Exercício 12: Seja A uma matriz m × n, da forma:

A = 

a1 · · · an  

onde a1, ˙an ∈ Rm são vetores linearmente independentes. Por definição, N (A) = {x ∈ Rn | A · x =

0Rm}, ou seja:

x = (x1, . . . , xn) ∈ N (A) ⇐⇒ A · x = 0Rm

⇐⇒ x1a1+ · · · + xnan= 0Rm

Os vetores a1, . . . , an ∈ Rm sendo linearmente independentes, esta ultima equação implica que x1 =

· · · = xn= 0 logo x = 0V. Segue que N (A) ⊂ {0V}. A inclusão inversa sendo evidente, conclua-se que

N (A) = {0V}.

Observação. É fácil ver que de fato, N (A) = {0V} se e somente se as colunas de A são linearmente

(14)

Correção do Exercício 13: Notemos X, Y ∈ M3(R) as matrizes 3 × 3 dadas por: X =  x1 x2 x3   Y =  y1 y2 y3  .

Note que agora, a hipotese que y1 = A · x1, y2= A · x1, e y3 = A · x3 se escreva simplesmente:

A · X = Y.

Podemos fazer qualquer um dos dois raciocinos que seguem para provar que y1, y3, y3 são linearmente independentes:

• usando determinantes: a matriz A sendo invertível, det A 6= 0, e x1, x2, x3 sendo linearmente

independentes det X 6= 0. Logo:

A · X = Y ⇒ det(A) | {z } 6=0 · det(X) | {z } 6=0 = det Y ⇒ det(Y ) 6= 0.

o que implica que y1, y2, y3 são linearmente independentes.

• usando algebra matricial: sejam λ1, λ2, λ3escalares tais que λ1y1+λ2y2+λ3= 0R3 e notemos

L a matriz linha L = (λ1, λ2, λ3) ∈ M(R)1,3. Então temos:

λ1y1+ λ2y2+ λ3y3 = 0R3 ⇐⇒ Y · L = 0R3.

Os vetores x1, x2, x3 sendo linearmente independentes, a matrix X é invertível, logo:

Y · L = 0R3 ⇐⇒ A · X · L = 0 R3 ⇐⇒ A−1· A · X · L = A−1· 0 R3 ⇐⇒ X · L = 0R3 ⇐⇒ X−1· X−1· L = X−1· 0R3 ⇐⇒ L = 0R3.

Portanto y1, y2, y3 são linearmente independentes.

Observação. É fácil generalizar este resultado a n vetores x1, . . . , xn linearmente independentes no

Rn, e para qualquer matriz A ∈ Mn(R) invertível.

Referências

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