D
ESENVOLVIMENTOHUMANO
:
A
A
DOLESCÊNCIA
Profa. Monica Villaça E-mail: movillaca@hotmail.com
Disciplina: Terapia Ocupacional na Saúde da Criança Graduação em Terapia Ocupacional
Universidade Federal do Rio de Janeiro
CONCEITO E HISTÓRICO
¢ADOLESCENCIA:
A palavra ‘adolescência’ tem sua origem etimológica no Latim “ad” (‘para’) + “olescere” (‘crescer’); portanto ‘adolescência’ significaria, strictu sensu, ‘crescer para’. Pensar na etimologia desta palavra nos remete à idéia
de desenvolvimento, de preparação para o que está por vir, algo já estabelecido mais à frente; preparação esta para que a pessoa se enquadre neste “à frente” que está colocado
CONCEITO E HISTÓRICO
¢É um conceito social.
¢
Antigamente: passagem da infância para a vida
adulta era marcada por rituais de transição
(testes de força, cerimonias religiosas, atos de
magia, marcação do corpo)
¢
Hoje, na sociedade contemporânea, entende-se
que existe um longo de período de transição.
¢Não existe uma definição exata do “começo” e do
“fim”de adolescência
¢
Podem ser entendidos por diferentes visões:
sociologia, psicologia, direito
CONCEITOS E HISTÓRICO
¢Legalmente:¢Para o ECA (1990): 12 aos 18 anos ¢Para a OMS: dos 10 aos 19 anos
¢Para a sociologia: entrada na vida adulta com
auto-suficiencia e escolha de uma carreira; ou casamento e constituição da família
¢Psicologia: maturidade cognitiva (capacidade de
pensamento abstrato) e emocional
(independência dos pais, descoberta da
identidade, desenvolvimento de valores e
formação de relacionamentos. )
C
URIOSIDADE:
REPORTAGEM GLOBO ON LINE ¢http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/05/adolescencia-vai-ate-os-24-anos-dizem-medicos.html(em 02/maio/2012)
¢“Adolescência vai até os 24 anos, dizem médicos”–Do G1,
em São Paulo
Série de estudos fala sobre riscos à saúde dos jovens. Para especialistas, cérebro ainda não se formou aos 18 anos. ¢Se você completou 18 anos e está comemorando a entrada na
vida adulta... é melhor esperar mais um pouco. Uma série de estudos médicos publicada pela revista especializada “The Lancet” em abril é categórica: a adolescência dura até pelo menos os 24 anos de idade. É só nessa idade que o desenvolvimento do cérebro é completado.
¢Para a maioria das pessoas, a adolescência é a época que começa
com o início da puberdade e dura até os 18 anos. É nessa idade que muitas pessoas também completam os estudos na educação básica e se encaminham para escolher uma profissão. Em muitos países, como o Brasil, a pessoa é considerada adulta e responsável por seus próprios atos aos 18.
¢Para os médicos, no entanto, 18 ainda é cedo. Antes dos 24 anos, o cérebro não está formado o suficiente para que a pessoa saiba avaliar as situações de uma maneira clara. Segundo os especialistas, nessa idade as reações são mais intempestivas e as vitórias e fracassos afetam a pessoa de maneira mais intensa. ¢Isso ocorre por causa de uma maior atividade na área do cérebro
que controla o prazer que sentimos após “recompensas” (como comida, sexo ou mesmo drogas).
¢A avaliação pode explicar o comportamento de risco de alguns jovens. Segundo dados depesquisa do Ministério da Saúde, o consumo de bebidas alcoólicas em excesso é maior exatamente nessa faixa etária, dos 18 aos 24 anos.
¢Isso é ruim, principalmente, porque segundo os estudos do “The Lancet”, antes dos 24 anos o cérebro é também mais sensível aos efeitos do álcool, do tabaco e das drogas. Não apenas a pessoa se vicia mais facilmente, mas a perda de neurônios é maior. ¢Para um dos autores dos estudos publicados na revista, George
Patton, da Universidade de Melbourne, na Austrália, os governos precisam de programas específicos para cuidar da saúde dos adolescentes para minimizar esses riscos. “A geração atual de jovens vai escolher caminhos diferentes ao longo da adolescência de gerações passadas e vão encarar novos desafios para sua saúde”, disse ele em artigo.
A ADOLESCENCIA SEGUNDO ALGUMAS
TEORIAS DE DESENVOLVIMENTO
PIAGET
¢Estágio Operatório Formal.¢Capaz de pensar em termos abstratos, de formular hipóteses
e testá-las sistematicamente, portanto pode resolver problemas a respeito de todas as relações possíveis entre eventos.
¢Capaz de pensar em termos de possibilidades - compreensão
de noções científicas
¢Constrói teorias é porque de um lado, tornou-se capaz de
reflexão e, de outro, porque sua reflexão lhe permite fugir do concreto atual na direção do possível e do abstrato
¢Tem todos os elementos necessários para utilizar o método
experimental da ciência.
¢Preocupações com problemas abstratos de valores, ideologias,
preocupações com o futuro.
A ADOLESCENCIA SEGUNDO ALGUMAS
TEORIAS DE DESENVOLVIMENTO
FREUD
¢Estágio genital – quando as modificações
hormonais que provocam a maturidade sexual, há um reviver do instinto sexual e dos conflitos anteriores.
¢A libido focaliza-se então não mais no próprio
corpo nem em objetos incestuososos, mas em objetos heterossexuais e não incestuosos
¢Passa do egocentrismo para o interesse no outro ¢Atinge então o indivíduo a maturidade genital, no
caso do desenvolvimento normal.
A ADOLESCENCIA SEGUNDO ALGUMAS
TEORIAS DE DESENVOLVIMENTO
ERIKSON
¢Nesta fase se adquire uma identidade
psicossocial: o adolescente precisa de entender o seu papel no mundo e tem consciência da sua singularidade
¢Recapitulação e redefinição dos elementos de
identidade já adquiridos – esta é a chamada “crise da adolescência” ou “Crise da adoção da identidade”
¢Adolescência é a fase do interesse sexual pelos
indivíduos de sexo oposto bem como pela definição de ideologias e valores filosóficos
A ADOLESCENCIA SEGUNDO ALGUMAS
TEORIAS DE DESENVOLVIMENTO
WALLOM
¢Afetividade categorial: exigências racionais às relações afetivas: exigência de respeito recíproco, justiça, igualdade de direitos, etc.
¢ não atendê-las tende a ser percebido como desamor; ¢Pode ocorrerentre adolescentes e seus pais quando o
tratamento dado pelos não corresponde mais às expectativas
¢Afirma que a explosão pubertária é a última crise construtiva do Eu: ruptura que e impõe toda uma reconstrução do esquema corporal
¢Amplia o alcance da inteligência, abre espaço para novas definições do Eu. A pessoa se abre para dimensões ideológicas, políticas, metafísicas, éticas, religiosas, que precisa ocupar.
A ADOLESCENCIA SEGUNDO ALGUMAS
TEORIAS DE DESENVOLVIMENTO
VYGOTSKY
¢Considera que o contexto sociocultural de uma
pessoa, desde a infância tem impacto muito importante no desenvolvimento.
¢Os pais são essenciais para o desenvolvimento
cognitivo e emocional principalmente quando
oferecem um apoio temporário para a
criança/adolescente superar seus limites e, então, retiram o apoio. Quando desafiam ou repreendem seus filhos, estes avançam menos do que raciocinam juntos (os pais em um nível mais elevado, estimulando seus filhos).
D
ESENVOLVIMENTOF
ÍSICO EC
OGNITIVO NAA
DOLESCÊNCIAAspectos físicos Puberdade Hormônios,
Desenvolvimento caracteres sexuais Aspectos cognitivos
pensamento
ASPECTOS FÍSICOS
¢Puberdade= rápido crescimento em altura e peso,
mudanças nas proporções e formas do corpo e chegada da maturidade sexual.
¢A puberdade afeta todas as outras facetas do
desenvolvimento do jovem § Ondas de hormônios estimulam
üInteresse sexual
üMudanças corporais que tornam possível sexualidade e fertilidade
üConflito ou confrontação entre adolescentes e pais üVários tipos de comportamento transgressores
§ A poda sináptica pode ajudar a promover o desenvolvimento do pensamento de operações formais
ASPECTOS FÍSICOS
¢Surto de crescimento : a taxa de crescimento na
adolescência é a segunda maior durante a vida, sendo inferior apenas ao primeiro ano de idade
¢A maior velocidade de crescimento nesse período:
meninas: entre 12 e 13 anos, meninos: entre 14 e 15 anos
¢Meninos e Meninas crescem de maneiras
distintas:
Meninos: ombros mais largos, pernas mais longas em relação ao tronco, antebraços mais compridos em relação ao braço e sua altura
Meninas: pélvis mais larga, com maior acumulo de gordura- forma mais arrendondada
ASPECTOS FÍSICOS
¢Alteração no ritmo cardíaco, que diminui; os
pulmões aumentam consideravelmente de
tamanho. Essas duas têm grande interferência a nível fisiológico, pois aumentam a capacidade para esforços prolongados, a resistência, a velocidade, bem como a força física.
¢Olhos também continuam crescendo – aumento
da miopia nessa faixa etária
¢Algumas partes do corpo podem ficar
desproporcionais, causando uma “aparência
desajeitada”
ASPECTOS FÍSICOS
MATURAÇÃO DOS ÓRGÃOS REPRODUTIVOS
¢Maturação dos órgãos reprodutivos (incluindo o
início da menstruação nas meninas, a produção de espermatozóide nos meninos)
¢Depende da ação de hormonios
¢Quando ocorre? Depende de fatores genéticos, de
saúde e ambientais.
HORMÔNIOS
¢
Glândula pituitária (cérebro) – gatilho para
liberação de hormônios de outras glândulas
¢O crescimento é regulado por hormônio
tiroideano e hormônio de crescimento da
pituitária
¢
O andrógeno adrenal inicia as mudanças da
puberdade
¢
Os hormônios gonadotróficos são secretados
para estimular os testículos e ovários a
secretar hormônios sexuais
Ø
Testosterona em meninos
ØEstradiol em meninas
ASPECTOS FÍSICOS
DESENVOLVIMENTOS DOS CARACTERES SEXUAIS
¢Nas mulheres
¢10-11 anos: Início da formação dos quadris com a acumulação de gordura, primeiro crescimento dos seios e dos mamilos;
¢11-14 anos:
— Surgem os pelos pubianos (lisos), a voz torna-se mais grave, rápido crescimento dos ovários, da vagina, do útero e dos lábios da genitália;
— Os pelos pubianos tornam-se crespos
— Idade do "salto de crescimento", os seios começam a tomar forma (estágio primário), amadurecimento dos óvulos: menarca (primeira menstruação):
¢14-16 anos: Crescimento dos pelos axilares, os seios adquirem a forma adulta (estágio secundário)
ASPECTOS FÍSICOS
DESENVOLVIMENTOS DOS CARACTERES SEXUAIS
¢Nos homens
¢12-13 anos: Surgem os pelos pubianos (lisos); início do crescimento dos testículos, do escroto e do pênis, mudanças temporárias no peito; formação de esperma ¢13-16 anos:
— Início da mudança de voz, crescimento acelerado do pênis, dos testículos, do escroto, da próstata e da vesícula seminal, primeira ejaculação- espermaca
— Os pelos pubianos tornam-se crespos — Grande "salto de crescimento" — Crescimento dos pelos axilares
¢16-18 anos: aparecimento da barba, início das "entradas" no contorno dos cabelos, marcante mudança de voz
ASPECTOS FÍSICOS
¢Todo esse processo tem inicio e sequencia que
podem variar de acordo com diversos fatores – genéticos, ambientais, nutricionais, emocionais.
¢O acontecimento precoce ou tardio pode
apresentar consequencias biológicas para o adolescente – auto-estima.
ASPECTOS COGNITIVOS
¢Pensamento formal: capaz de formular hipótesese a partir delas, de chegar à conclusões que independem da verdade fatual ou da percepção. Isso ocorre devido a capacidade de raciocinar abstratamente, substituindo eventos concretos por proposições. Com esse novo tipo de pensamento possibilita ao adolescente fazer especulações teóricas, morais, valorativas, científicas e ideológicas que podem não ter relação com o seu cotidiano.
ASPECTOS COGNITIVOS
¢Pensar em possibilidades- ou seja, o pensamento não se limita mais à realidade, mas atinge também hipóteses irreais e permite ao indivíduo gerar novas possibilidades de ação; ¢Pensamento abstrato- a capacidade de abstrair se desenvolve,
pemitindo ao indivíduo compreender não somente conceitos abstratos, mas também estruturas complexas, sobretudo sociais, políticas, científicas, econômicas e morais;
¢Metacognição - o próprio pensamento é alvo de reflexão, permitindo o direcionamento consciente da atenção, a reflexão e a avaliação de pensamentos passados, abrindo assim caminho para as capacidades de autoreflexão e introspecção;
¢Pensamento multidimensional- o indivíduo torna-se capaz de levar em conta cada vez mais aspectos dos fenômenos. Essa capacidade permite ao indivduo compreender a interdependência de fenômenos de diferentes áreas e argumentar a partir de diferentes pontos de vista;
¢Relativização do pensamento- o indivíduo se torna cada vez mais capaz de compreender outros pontos de vista e sistemas de valores.
ASPECTOS COGNITIVOS
¢Essa mudanças cognitivas tem um papel
importante na formação do adolescente
¢Podem possibilitar mudanças no ¢Autoconceito
¢Processo de formação de identidade ¢Raciocínio moral
D
ESENVOLVIMENTOP
SICOSSOCIAL NAADOLESCÊNCIA Desenvolvimento emocional e afetivo Relação com a família
Importância das amizades e dos grupos Relações sociais e religião
DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL
E AFETIVO
¢Já foi considerada uma época de conflitos,
tumultos, rebeldia
¢Porém pesquisas mostram que não há tanta
instabilidade de humor: embora o mal humor esteja mais presente
¢Surge os “conflito de gerações” – rompimento
drástico com os padrões dos pais e da sociedade.
¢Identificação pela idade;: Entre os 9 e os 15 anos,
o tempo que passam com os pais e familia diminui drasticamente.
¢Os adolescentes passam a maior parte do tempo
com amigos na mesma faixa etária, com os quais se identificam e se sentem à vontade.
RELAÇÃO COM A FAMÍLIA
¢Conflitos com os pais: ao mesmo tempo que
querem e necessitam dos pais, dependem dos pais, eles têm a necessidade de independizar-se e fugir dos mesmos.
AMIZADES E GRUPOS
¢Uma fonte importante de apoio emocional durante a complexa transição da adolescência é o envolvimento cada vez maior dos jovens com seus amigos. O grupo de amigos é fonte de afeto, solidariedade e compreensão; um lugar de experimentação; e um ambiente para conquistar autonomia e independência dos pais.
¢No início da adolescência, as amizades tornam-se mais íntimas e provedoras de apoio do que nas idades anteriores. Os amigos adolescentes consideram a lealdade como mais necessária, e competem menos e compartilham mais do que os amigos mais jovens. Essas são características da amizade adulta; seu aparecimento na adolescência marca a transição para relacionamentos adultos.
AMIZADES E GRUPOS
§
11 ou 12 anos de idade§
A intimidade torna-se importante§
Metade da adolescência§
Os amigos são confidentes, apoiadores, dignos de confiança§
A amizade é mais qualificada§
Final da adolescência§
As amizades não são estáticas§
Não podem satisfazer todas as necessidadesRELAÇÕES SOCIAIS E RELIGIÃO
Estabelecimento de valores éticos, intelectuais. Começa a construção de a sua realidade econômica, sua ideologia e caráter.
¢O adolescente sente a necessidade participar
ativamente da sociedade, seus direitos e deveres, sempre com muita luta para consegui-lo. Ele necessita sentir que influi e saber como influi nas decisões que o adulto toma.
Q
UESTÕES RELACIONADAS À SAÚDE DOS ADOLESCENTE:
Sexualidade Uso de drogas
Transtornos mentais: depressão e transtornos alimentares
D
ESENVOLVIMENTO DAS
EXUALIDADE¢O desenvolvimento da identidade sexual se inicia desde a infãncia
¢No período sensório motor (0-2a), a busca pela Identidade sexual se dá através da exploração corporal ¢No período pré-operatório (2-6a), a criança começa a
entender melhor os gêneros. Com 2 anos, aprende as palavras “menino” e “menina”, com 2a6m, começa a reconhecer o próprio sexo mas não o reconhece no outro; com 3a começa a reconhecer o sexo baseado em caracteristicas fisicas, mais tarde (+-5a) passa a reconhecer as diferencás sexuais nos adultos.
¢Período das operações concretas (6-7a) – contância no conceito de sexo e estabilidade da identidade sexual
¢(ASSUMPÇÃO Jr., 2003)
D
ESENVOLVIMENTO DAS
EXUALIDADE¢ADOLESCENCIA: Período das operações formais ØConcretizam a identidade sexual e experimentação
dessa sexualidade. Os impulsos sexuais que durante a infância estavam dormentes, despertam sendo o jovem, invadido por muitos sentimentos antes não conhecidos.
¢Existem diversas teorias sobre o desenvolvimento da
identidade sexual: psicanalítica (Freud), modelo do aprendizado social, modelo cognitivo, etc.
¢Questões relacionadas a sexualidade na
adolescencia: gravidez, DST
¢Questão para reflexão: sexualidade do jovem com
deficiência
G
RAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA¢Sempre existiu, mas antigamente não era um
tabu. Não existia a adolescencia, as mulheres casavam-se cedo (13-14a) e logo tinham filhos.
¢Hoje espera-se estudo e profissão, e entende-se a
existencia desse período de transição para a vida adulta – por isso o “alvoroço” com relação à gravidez na adolescência
¢Existem vários fatores que podem estar
relacionadas à gravidez na adolescência:
ØNível socioeconomico
ØQuestão cultural – perspectivas para vida futura,
papel social de mulher
G
RAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA¢Fatores relacionados (continuação):
ØEscolaridade: Reflexão: gestação leva a saída da
escola ou saída da escola leva à gestação?
ØEstrutura familiar
ØDesenvolvimento físico: menarca precoce – inicio
precoce da atividade sexual
ØIdade da iniciação sexual ØDesinformação
Ø“ Sexualidade irresponsável” – Reflexão- O que é,
como julgar? (muitas das adolescentes
engravidaram do único parceiro que tiveram)
G
RAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA¢Questões importantes ao se pensar na
adolescente grávida:
¢Aspectos emocionais
— Outra crise além de tornar-se adulto – “tornar-se
mãe” - responsabilidades
— Fantasias com relação ao futuro — Ansiedade, medo
¢Riscos obstétricos
¢Gravidez na adolescencia apresenta mais riscos para a mãe e para o bebê – maior número de cesária, parto prematuro, incidencia de hemorragias, anemia, hipertensão (eclâmpia)
E
DUCAÇÃOS
EXUAL NAA
DOLESCÊNCIA ¢Questões para reflexão: Educação sexual –Como? Quando? O quê? Quais métodos utilizar? Porquê?
¢Sexo na adolescencia aumenta a probabilidade de DST, AIDS, gravidez
¢No Brasil, a idade média a 1a. Relação sexual foi de 15 anos para meninas e 14 anos para meninos (2003) ¢Tabus com relação ao metódos anticoncepcionais e
precentivos:
ØParece que estão “esperando” a relação ØNão sabem usar direito
ØQuanto mais negam a sexualidade, menos métodos preventivos usam
E
DUCAÇÃOS
EXUAL NAA
DOLESCÊNCIA¢Não há evidência que a educação sexual aumente a probabilidade do adolescente tornar-se sexualmente ativo.
“Existem evidências consideráveis de que adolescentes sexualmente ativos que tiveram cursos de educação sexual apresentam tendência maior de usar métodos anticoncepcionais eficazes. Além disso,(…) os adolescentes que tiveram cursos de orientação sexual tendem a menos a desencadear situações de gravidez. (NEWCOMBE, 1999)” ¢Como se pensar em ações de educação sexual: ØFeita pelos pais e pela escola
ØAbordar o tema de forma natural ØSem sermões, sem preconceito
ØDeixar espaço para que os jovens exponham suas opiniões e dúvidas
ØDeve-se evitar impor conceitos morais – que variam de acordo com a cultura, a criação, a religião.
USO DE ALCOOL E DROGAS
¢Uso de substâncias psicoativas (SP)- sofrem influências sociais, economicas e culturais.
¢Na adolescência sofre-se essas influência: “modismos” ¢Início cada vez mais precocemais precoce
¢Cada vez maior o número de adolescentes consumindo álcool e drogas
¢Algumas caracteristicas do adolescente podem levar ao uso de álcool e drogas:
—Impulsividade
—Sentimento de “Invulnerabilidade” - autoconfiança —Necessidade de se adequar ao grupo
—Busca por sua identidade
—Maior preocupação com o presente do que com o futuro
—Curiosidade natural
—Facilidade de acesso
—Busca pelo prazer imediato
USO DE ALCOOL E DROGAS
¢Uso indiscriminado de medicações pelos adultos,incluindo ansiolíticos, indutores de sono,
antidepressivos, anestésicos, para aumentar o
desempenho sexual – visão de que há
alternativas químicas para apaziguar qualquer tipo de sofrimento, frustração
¢Alguns autores argumentam que o uso
experimental dessas substâncias na adolescência não pode ser considerado patológico – TEMA
POLÊMICO – Quais os critérios para
detectar/diagnosticar a dependência?
USO DE ALCOOL E DROGAS
¢Fatores de Risco – diversas pesquisas:ØJovem inseguro, com baixa autoestima- mais
influenciados – maior probabilidade de uso de AD
ØDepressão – uso como automedicação ØBaixa tolerância à frustração ØAusência de normas e regras claras ØNecessidade de experimentar novas emoções ØBaixo senso de responsabilidade
¢Dificil definir, vários fatores agem de formas
diferentes em diferentes estágios
¢Atualmente pesquisas mostram que a principal
porta de entrada para outras drogas é o álcool.
USO DE ALCOOL E DROGAS
¢Consequências:
ØAfeta cognição –capacidade de julgamento, humor e relações interpessoais
ØAlteração da capacidade de concentração e retenção de informações – afeta desempenho escolar
ØProblemas na formação na personalidade – imaturidade, dificuldade de autocontrole, problemas de autoestima
ØDificuldade na escolha vocacional
ØEnvolvimento com violência e conflitos com a lei ¢Comorbidades com outros transtornos: TDAH, T.
Conduta,, T. Alimentares
USO DE ALCOOL E DROGAS –
TRABALHO COM ADOLESCENTES ¢Importância da prevenção – necessidade de ações específicaspara essa faixa etária
¢Na abordagem:
ØAo se pregar a “abstinência” – dificuldade de “preencher ” o
tempo com atividades não relacionadas a drogas
ØPortanto tem que se pensar em outros objetivos mais do que
simplesmente a abstinência – propor uma mudança no estilo de vida
ØPolítica de redução de danos
ØObjetivo principal – retomada do desenvolvimento normal ØImportante estabelecer contrato terapêutico- o papel de cada
um
ØNa maioria das vezes que procura tratamento são os pais – ØNa grande maioria das vezes não se foca apenas na questão
das drogas, mas também em outras esferas da vida
DEPRESSÃO
¢A maioria dos jovens passa pelas mudanças dessa fase sem comprometimento emocional
¢Alguns podem apresentar surtos leves, moderados ou graves de depressão
¢Maior incidência em meninas ¢Possíveis causas:
— Preocupação excessiva com aparência
— Necessidade de se adequar aos padrões sociais -Pressão
— Questões hormonais
— Baixa tolerância à frustração
¢Podem levar a tentativas de suicídio e outras questões de saúde
¢É preciso ficar atento aos sintomas – cuidado para não confundi-lo com comportamentos típicos dessa fase
TRANSTORNOS ALIMENTARES
¢Discrepância entre a imagem interna de um corpo desejado e sua percepção de seu próprio corpo ¢A magreza é vista como um requisito para
atratividade
ANOREXIA
¢Dieta extrema
¢Medo intenso de ganhar peso ¢Exercício obsessivo
¢A perda de peso pode produzir sintomas físicos perigosos
¢Cessação da menstruação ¢Pressão sanguínea baixa ¢Problemas cardiovasculares ¢Morte
TRANSTORNOS ALIMENTARES
BULIMIA
¢Preocupação com alimentação e um desejo irresistível por comida – compulsão
¢Medo intenso de engordar ¢Algum método de purgação
¢mito autoinduzido ¢Uso excessivo de laxantes ¢Exercício excessivo
¢Frequentemente envergonhado de seu comportamento ¢Aparece mais comumente em meninas que desejam
seguir carreiras na dança, ginástica, moda ou atuação
T
RATAMENTO DED
EPRESSÃO E TRANSTORNOSA
LIMENTARES NA ADOLESCENCIA¢Tratamento: interdisciplinar
¢Medicações, psicoterapias, terapia ocupacional, terapia em grupo
¢Envolver a família, a escola, e os amigos em alguns casos ¢Terapia Ocupacional:
ØTrabalhar projetos de vida
ØBusca por atividades que deem prazer
ØAtividades que ajudem a lidar com pressão, ansiedade ØOrganização do dia-a-dia
ØNos T. alimentares: desenvolver atividades que ajudem um melhor relacionamento com a alimentação/ comida Ø Estabelecimento de vínculo fundamental para o tratamento
- confiança Ø Trabalhar em equipe
ATIVIDADES TERAPÊUTICAS
OCUPACIONAIS COM ADOLESCENTES
Em geral, para se pensar em atividades com adolescentes é preciso:
¢Considerar o contexto socio-cultural onde ele está
inserido.
¢É importante utilizar atividades que interessem
ao adolescente, que façam parte do universo dele
¢Utilizar atividades lúdicas e jogos ajudam a falar
daquilo que pode causar constrangimento, vergonha
ATIVIDADES TERAPÊUTICAS
OCUPACIONAIS COM ADOLESCENTES
¢Permitir construções coletivas também é
importantes para uma aproximação com universo do adolescente
¢Tentar se aproximar da linguagem utilizada pelo
adolescente para criação de vínculo
¢Trabalhar projetos de vida viáveis e considerar o
desejo do adolescente
¢Em caso de patologias específicas, além de
considerar as especificidades do quadro, lembrar que trata-se de um adolescente que está passando por transformação físicas, cognitivas e sociais.
REFERÊNCIAS
¢ASSUMPÇÃO JR, FB & KUCZYNSKI, E. Tratado
de Psiquiatria da Infância e Adolescência.São Paulo: Editora Atheneu, 2003
¢BEE, H. A criança em desenvolvimento. 7ª. ed. Porto Alegre : Artes Médicas
¢GESELL, A. O jovem dos 10 aos 16 anos. Lisboa : Dom Quixote, 1978
¢LA TAILLE, Y.; OLIVEIRA, M.R.; DANTAS,H.
Piaget, Vygotsky, Wallon: Teorias psicogenéticas em discussão. 17ª. reedição SP, Summus, 1992.
¢NEWCOMBE, N. Sexualidade adolescente. In: ___. Desenvolvimento Infantil-abordagem de Mussen. Porto Alegre, Artes médicas, 1999, p.416-424 ¢PAPALIA, D.E.; OLDS,S.W. Desenvovimento