EUA: Nos Estados Unidos, o FED1 manteve a taxa de juros entre 0,75% e 1,00% ao ano. No comunicado, os membros do comitê de política monetária (FOMC2) reconheceram a perda de força da atividade no primeiro trimestre, porém fizeram questão de qualificar essa fraqueza como transitória. A tendência segue com altas de juros nas reuniões de junho e setembro desse ano, e com o início da redução do balanço do FED a partir da reunião de dezembro. Em termos de dados econômicos, a revisão do resultado do PIB3 do primeiro trimestre indicou um desempenho da economia melhor que a primeira estimativa divulgada. O crescimento do PIB do primeiro trimestre foi revisado de 0,7% para 1,2% na margem em termos anualizados. A revisão deveu-se a melhora do crescimento do consumo, que passou de 0,3% para 0,6% na margem, devido à reestimativa do consumo de bens duráveis e serviços. Além disso, os investimentos também foram revisados para cima, em especial, os investimentos não residenciais que incluem máquinas e estruturas. Esse resultado confirma que parte da desaceleração do crescimento no primeiro trimestre foi pontual e devido ao resíduo sazonal, e a tendência da economia é acelerar no segundo trimestre para uma expansão na faixa de 3,0% na margem em termos anualizados. China: Os dados mais recentes apontam para moderação do crescimento, com baixa probabilidade de "pouso forçado". A produção industrial, na comparação anual, desacelerou de 7,6% em março para 6,5% em abril, abaixo do esperado (7,0%), em função principalmente dos setores de automóveis e processamento de metais. O ritmo das vendas varejistas, por sua vez, desacelerou de 10,9% para 10,7%, influenciado também pelo setor automotivo. Por fim, os investimentos registraram menor ritmo de expansão no período, ao passar de 9,2% para 8,9% no acumulado do ano, refletindo o menor ímpeto dos investimentos (privados) na manufatura.
Europa: Na Europa, o destaque ficou por conta da divulgação do PIB do 1º trimestre da Zona do Euro. Na margem, a atividade na região expandiu 0,5%, mantendo o ritmo de crescimento do 4º trimestre. O resultado veio em linha com o esperado pelo mercado. Em termos anuais, houve leve desaceleração do crescimento, de 1,8% para 1,7%. Até o momento, as incertezas políticas presentes na Europa desde o final do ano passado não têm afetado a confiança dos agentes. A expectativa é pela manutenção desse crescimento da economia regional ao longo deste ano. Com isso, o Banco Central Europeu (BCE) tende a iniciar as discussões acerca da retirada dos estímulos no bloco, que ainda conta com taxa de juros negativas e volume de compra de ativos da ordem de 60 bilhões de Euros por mês.
BrasilNo âmbito doméstico, os dados de atividade mostraram alguma estabilização na margem. Segundo o Ministério do Trabalho, foram criadas 59,9 mil vagas formais em abril, resultado acima do esperado (40 mil) e do observado no mês anterior (-63,6 mil). Após ajuste sazonal, os números apontam para menor destruição de postos no período, ao passar de -67,8 mil para -21,7 mil. Em termos setoriais, destaque positivo para o comércio e a agricultura. No mesmo sentido, o IBC-BR4, proxy para o PIB mensal, registrou queda de 0,4% na margem em março, resultado acima da mediana do mercado (-0,9%). Na comparação anual, o indicador subiu em 1,1% (vindo de -0,7% no mês anterior) e, em termos trimestrais, a sua variação passou de -0,2% no 4º Trimestre de 16 para +1,12% no 1٥ Trimestre de 17. Corroborando com essa dinâmica, os
1
Federal Reserve System: o Sistema de bancos centrais dos EUA 2
Federal Open Market Committee (Comitê Federal de Mercado Aberto) é uma das mais importantes comissões que compõem o Federal Reserve System (FED)
3 Produto Interno Bruto: representa a soma, em valores monetários, de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região, durante um determinado período.
4 O índice do Banco Central que incorpora estimativas para a agropecuária, da indústria e do setor de serviços, além dos
impostos. A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores da economia acrescida dos impostos sobre produtos, que são estimados a partir da evolução da oferta total (produção + importações).
Relatório Gerencial
Maio /2017
1. Cenário Econômico
indicadores de crédito de abril registraram aumento do ritmo de concessões e índices de inadimplência mais favoráveis. O ritmo de concessão de crédito acelerou para as pessoas físicas, e pela primeira vez desde o final de 2014, houve crescimento de 2,7% em termos anuais da média móvel de três meses até abril. As concessões para pessoa jurídica recuaram 12,2% na comparação anual nos últimos três meses até abril. Os indicadores de inadimplência também registraram estabilidade na margem, e o índice de inadimplência do crédito para pessoa física ficou estável em 5,9% em abril. No caso do crédito para pessoa jurídica, a inadimplência ficou estável em 5,6%, mas os atrasos até 90 dias, que são um indicador antecedente da inadimplência, tiveram queda para 4,3% em abril.
A inflação, por sua vez, permanece bem comportada. O IPCA5 de maio registrou alta de 0,31%, e ficou abaixo das expectativas de mercado. Com essa surpresa, as medidas de núcleo indicam um cenário de inflação bem comportado. A média móvel de três meses dessazonalizada dos núcleos recuou de 3,1% para 2,9%, na passagem de abril para maio, e atingiu o patamar mínimo da série recente. O índice de difusão excluindo alimentos também teve dinâmica favorável e recuou para 56,2% em maio, e atingiu um patamar cerca de 10 pontos percentuais (p.p.), abaixo da sua média histórica para esse período. A inflação de serviços também registrou queda na margem e desacelerou para 5,8% no acumulado em 12 meses até maio. Essas indicações sinalizam para um cenário de inflação benigno no curto prazo, e apesar da deterioração da taxa de câmbio recente, a contaminação deverá ser contida. Por fim, após dois meses de déficit as contas públicas voltaram a registrar superávit. O setor público consolidado registrou superávit de R$ 12,9 bilhões em abril após déficit de R$ 11 bilhões em março e superávit de R$ 10,2 bilhões em abril de 2016. O resultado foi melhor que a expectativa do mercado (R$ 9,0 bilhões). No acumulado em 12 meses, o setor público totaliza déficit de R$ 145,1 bilhões ou 2,3% do PIB, estável frente o mês passado. Para o encerramento do ano, projeta-se déficit de R$ 143 bilhões para o governo central, isto é, resultado ligeiramente acima da projeção do governo (R$ 139 bilhões).
Fonte: Bradesco Asset
5
Índice de Preços ao Consumidor Amplo, medido mensalmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), foi criado com o objetivo de oferecer a variação dos preços no comércio para o público final. O IPCA é considerado o índice oficial de inflação do país
100,0%
CONSERVADOR
RENDA FIXA 61,2% 30,0% 8,8%AGRESSIVO
RENDA FIXA RENDA VARIÁVEL INVESTIMENTOS ESTRUTURADOS 81,5% 14,7% 3,8%MODERADO
RENDA FIXA RENDA VARIÁVEL INVESTIMENTOS ESTRUTURADOSO mês de maio não foi bom para a Futura II que apresentou retorno de -0,16% versus 0,18% do benchmark6. Embora o resultado do mês tenha sido negativo, em 2017, o resultado ainda é positivo, com a Entidade acumulando 5,08% de retorno acima do benchmark (4,94%). No segmento de renda fixa, a recente crise política causada pela gravação do presidente Michel Temer fez com o mercado, que apostava na aprovação da reforma da previdência, mudasse. A perda de governabilidade do presidente e os eventuais desdobramentos do ocorrido aumentaram o grau de incerteza com reflexos negativos, porém de magnitudes diferentes, nos preços dos ativos. As taxas dos contratos futuros de juros se elevaram, sobretudo as mais longas. A rentabilidade do segmento foi de 0,55%, abaixo do seu respectivo benchmark (0,64%), onde o gestor manteve a estratégia de tomar um pouco mais de risco aumentando a alocação em
6
Índice ou ponderação entre índices que serve como objetivo a ser superado pelo gestor.
NOME DO FUNDO GESTOR CLASSE CONSERVADOR MODERADO AGRESSIVO
BRAM INSTITUCIONAL FI RF IRF M BRADESCO RF 0,0% 4,0% 3,0%
BRAM FI RF IMA B 5 BRADESCO RF 0,0% 29,4% 22,3%
BRADESCO FI MULT PLUS BRADESCO RF 100,0% 41,1% 30,7%
BRAM FI RF IMA-B 5+ BRADESCO RF 0,0% 6,9% 5,2%
CAIXA BRADESCO BRADESCO RF 0,0% 0,0% 0,0%
TOTAL RENDA FIXA 100,0% 81,5% 61,2%
BRAD FIA IBRX ALPHA BRADESCO RV 0,0% 13,2% 28,5%
BRAM FIA IBRX ATIVO BRADESCO RV 0,0% 1,5% 1,4%
TOTAL RENDA VARIÁVEL 0,0% 14,7% 30,0%
BRAD LONG SHORT FIM BRADESCO IE 0,0% 1,4% 3,3%
BRAD H FIM LP MACRO BRADESCO IE 0,0% 2,4% 5,6%
TOTAL INVEST. ESTRUTURADOS 0,0% 3,8% 8,8%
TOTAL R$ 18.032.241,50 26.397.243,42 4.581.671,53
DATA BASE: 31/052017
Fonte: Relatórios de Carteira Diária data de referência 31/05/2017 extraídos dos sites na data de 09/06/2017
2. Alocação
2.1. Alocação por segmento
2.2.- Alocação por Fundo de Investimento
fixados (IRF-M7) e atrelados à inflação (IMA-B 5 e IMAB- 5+8) que sofreram com a volatilidade durante todo o mês. Apesar dos retornos modestos em maio e abril, a estratégia tem se mostrado eficiente, e nos cinco primeiros meses do ano, o segmento apresenta alta de 5,08%. Na renda variável, no mês, a Bolsa chegou a acionar o circuit breaker9, que não ocorria desde 2008, encerrando o
mês com queda de 4,12%. O gestor foi ainda pior, caindo 5,05%. No ano, o retorno do segmento é
de 3,87%. Quanto aos investimentos estruturados, o resultado foi praticamente nulo (0,02%).
(*) início em março/2017 7
Indicador utilizado para medir o desempenho dos títulos de renda fixa prefixados. É um índice de rentabilidade calculado para uma carteira teórica composta por títulos públicos federais (LTNs - Letras do Tesouro Nacional)
8 Índice Anbima para títulos públicos ( Notas do Tesouro Nacional série B – NTN-B) que rendem inflação (IPCA) mais um prêmio. A diferença que o 5 se refere a títulos com vencimento até 5 anos e o 5+ com vencimentos superiores a 5 anos.
9 É um mecanismo utilizado pela Bovespa que permite, na ocorrência de movimentos bruscos de mercado, o amortecimento e o rebalanceamento brasileiro das ordens de compra e de venda. Esse instrumento constitui-se em um "escudo" à volatilidade excessiva em momentos atípicos de mercado.
0,55% 0,68% 0,93% -1,19% 0,64% -1,50% -1,00% -0,50% 0,00% 0,50% 1,00% 1,50%
FUTURA II MEDIANA DOS PLANOS
CDI IMA-B BENCHMARK
Renda Fixa Mês 5,15% 4,88% 4,81% 5,28% 4,91% 4,50% 4,60% 4,70% 4,80% 4,90% 5,00% 5,10% 5,20% 5,30% 5,40%
FUTURA II MEDIANA DOS PLANOS
CDI IMA-B BENCHMARK
Renda Fixa Ano
-5,05% -3,27% -4,12% -3,66% -3,99% -6,00% -5,00% -4,00% -3,00% -2,00% -1,00% 0,00%
FUTURA II MEDIANA DOS PLANOS
IBOVESPA IBR-X IBR-X 50
Renda Variável Mês 3,87% 5,45% 4,12% 5,10% 4,09% 0,00% 1,00% 2,00% 3,00% 4,00% 5,00% 6,00%
FUTURA II MEDIANA DOS PLANOS
IBOVESPA IBR-X IBR-X 50
Renda Variável Ano
0,02% -0,26% 1,10% -0,40% -0,20% 0,00% 0,20% 0,40% 0,60% 0,80% 1,00% 1,20%
FUTURA II MEDIANA DOS PLANOS BENCHMARK Investimentos Estruturados Mês 1,00% 0,25% 3,30% 0,00% 0,50% 1,00% 1,50% 2,00% 2,50% 3,00% 3,50%
FUTURA II MEDIANA DOS PLANOS BENCHMARK Investimentos Estruturados Ano*
3.1. Comparativo com Outros Fundos de Pensão*
(*) Mediana dos planos calculada pelo grupo de Entidades monitoradas pela consultoria Aditus classificadas como Planos de Contribuição Variável
Conservador: O perfil encerrou o mês com um retorno de 0,85%, abaixo do seu benchmark (0,93%). No acumulado do ano, a rentabilidade do perfil é de 5,07%.
Moderado: Nesse mês, prejudicado pelo fraco desempenho da renda fixa e pelo desempenho negativo da renda variável, o retorno do perfil foi de -0,62%, pior que seu benchmark (-0,19%). Ainda assim é o perfil que apresenta o maior retorno com 5,10%. Agressivo: Em maio, o resultado da renda variável impactou demais o perfil que terminou
o mês com queda de 1,47%. No ano, o resultado ainda é satisfatório com um retorno de 5,01%. 0,66% 0,63% 0,79% -0,32% 0,71% -0,40% -0,20% 0,00% 0,20% 0,40% 0,60% 0,80% 1,00%
FUTURA II MEDIANA DOS PLANOS
CDI IMA-B BENCHMARK
Consolidado Mês 5,24% 4,28% 3,85% 6,55% 4,75% 0,00% 1,00% 2,00% 3,00% 4,00% 5,00% 6,00% 7,00%
FUTURA II MEDIANA DOS PLANOS
CDI IMA-B BENCHMARK
Consolidado Ano
Conservador Moderado Agressivo Rentabilidade 0,85% -0,62% -1,47%
Benchmark 0,93% -0,19% -0,83%
Acumulado do Mês
Conservador Moderado Agressivo Rentabilidade 5,07% 5,10% 5,01%
Benchmark 4,81% 4,99% 4,96%
Acumulado do Ano
4. Perfis
4.1. Rentabilidade por Perfil
Benchmark Conservador: 100% CDI
Benchmark Moderado: 61% CDI + 17,5% IMA-B 5 + 4% IMA-B 5+ + 15% IBOVESPA + 2,5% CDI +2% Benchmark Agressivo: 48% CDI + 14% IMA-B 5 + 3% IMA-B 5+ + 30% IBOVESPA + 5% CDI +2%
CDI: Certificado de Depósito Interbancário. O DI é emitido para o período de 1 dia e serve para captação
por um banco (emitente) e remuneração por parte do outro banco, que possui excesso de liquidez (adquirente).
IMA-B 5 e IMA-B 5+: Índice Anbima para títulos públicos ( Notas do Tesouro Nacional série B – NTN-B)
que rendem inflação (IPCA) mais um prêmio. A diferença que o 5 se refere a títulos com vencimento até 5 anos e o 5+ com vencimentos superiores a 5 anos.
IBOVESPA: Índice da Bolsa de Valores. O objetivo do IBOVESPA é ser o indicador do desempenho
médio das cotações dos ativos de maior negociabilidade e representatividade do mercado de ações brasileiro.
Conservador Moderado Agressivo Rentabilidade 13,83% 17,42% 20,16% Benchmark 13,26% 16,81% 20,27%
Acumulado últimos 12 meses
Conservador Moderado Agressivo Rentabilidade 29,89% 27,49% 25,08%
Benchmark 29,10% 27,72% 26,58%
Acumulado dos últimos 24 meses
Conservador Moderado Agressivo Rentabilidade 45,35% 40,10% 36,42%
Benchmark 44,00% 40,30% 37,43%
Acumulado dos últimos 36 meses
Conservador Moderado Agressivo Rentabilidade 59,32% 45,37% 39,36% Benchmark 57,58% 47,44% 42,28%
Acumulado dos últimos 48 meses
Conservador Moderado Agressivo Rentabilidade 71,99% 57,71% 51,72% Benchmark 68,99% 58,92% 54,00%
Acumulado dos últimos 60 meses
Conservador Moderado Agressivo Rentabilidade 94,12% 79,14% 71,28%
Benchmark 83,96% 79,83% 69,16%