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Senhor Presidente do Tribunal Constitucional. Senhora Presidente do Supremo Tribunal da Justiça. Senhoras e senhores Membros do Governo

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Academic year: 2021

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ASSEMBLEIA NACIONAL

Senhor Presidente da República Senhor Primeiro-Ministro,

Senhor Presidente do Tribunal Constitucional

Senhora Presidente do Supremo Tribunal da Justiça Senhoras e senhores Deputados Nacionais

Senhoras e senhores Membros do Governo Senhor Procurador Geral da Republica Senhor Presidente do Tribunal de Contas

Senhor Presidente do Conselho Superior da Magistratura Judicial Senhor Presidente da Câmara Municipal da Praia

Senhores Presidentes de Câmara e Assembleias Municipais

Senhores Representantes do Corpo Diplomático e de organismos internacionais

Senhores Representantes das Confissões Religiosas

Senhores Representantes das organizações da sociedade civil Senhores Jornalistas

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A nossa constituição completou no passado dia 25 de Setembro, vinte e cinco anos.

Uma bonita idade!

Vinte e cinco anos é a idade que na vida das pessoas, das instituições e das nações, merece sempre comemorações especiais e que mobiliza as forças para se refletir sobre o desempenho do passado, o resultado do presente e as perspetivas de futuro.

No caso da Constituição e nesta efeméride, o melhor espaço para essa reflexão é nesta sessão especial, neste Parlamento, onde todos os legítimos representantes da Nação tem voz, podem e devem celebrar, cada um à sua maneira.

Manifesto, em nome do Parlamento cabo-verdiano, o prazer e a honra, em contar com a vossa presença nesta ocasião nobre e especial.

Permitam-me, agradecer em particular, a presença e participação marcante nesta Sessão Solene de Sua Excia o Senhor Presidente da República, Dr. Jorge Carlos Fonseca, o Guardião da Constituição da Republica.

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Palavra de apreço e reconhecimento é igualmente dirigida aos nossos parceiros de desenvolvimento, aqui representados pelos Senhores Embaixadores e Chefes de missão de organismos internacionais, a quem reconhecemos o contributo permanente que tem dado ao nosso processo de desenvolvimento.

Vamos comemorar sim, mas vamos sobretudo analisar o percurso da nossa primeira constituição democrática, o papel que desempenhou na construção do País e de que maneira ela irá nos ajudar na materialização do sonho de um Cabo Verde desenvolvido, solidário e útil num mundo cada vez mais globalizado.

A Constituição de 1992 surgiu num contexto de mudanças globais.

Por um lado, a nível internacional se vivia uma onda libertária dos países até então governados por sistemas monopartidários. Anunciava-se uma mudança na ordem mundial então vigente, com repercussões sentidas no sistema de cooperação e relações internacionais.

A vaga reivindicativa para a democracia alastrou-se passando da Asia, Europa para o resto do mundo e, evidentemente, para África.

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Era preciso dar corpo a esse desejo de mudanças e selá-lo através de um contrato social que espelhasse a decisão soberana do povo, expressa em eleições, e a necessidade de construir um país em sintonia com o mundo.

A Assembleia Nacional resultante das eleições de 13 de Janeiro de 1991, assumiu, elaborou e aprovou a constituição de 1992. Guiada pela Declaração Universal dos Direitos do Homem, assumindo as mais avançadas conquistas constitucionais liberais e tendo sempre presente a vontade soberana dos cabo-verdianos, a magna carta então aprovada, ergueu-se como o marco institucional da instalação da democracia no País e permitiu conquistas que nos conduziram ao estádio atual do nosso desenvolvimento.

Era na verdade o início das mudanças profundas que a Nação iria experimentar.

Ela consagrou a instalação do Estado de Direito Democrático reivindicado nas urnas.

Foi concebida no pressuposto de que a dignidade da pessoa humana é um valor absoluto que se sobrepõe ao próprio Estado.

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Assumiu, por isso, um vasto catálogo de direitos, liberdades e garantias dos cidadãos e definiu claramente as tarefas fundamentais do Estado.

Constituiu um novo sistema de governo, baseado no equilíbrio de poderes entre os diversos órgãos de soberania, com um poder judicial forte e independente.

Instituiu o Poder Local, com titulares eleitos pelas comunidades e perante quem se responsabilizam, e que se revelaria como um dos grandes trunfos do desenvolvimento económico e social do país, combatendo a pobreza, a exclusão e o êxodo populacional massivo, aproveitando as potencialidades locais e combatendo as desigualdades territoriais e regionais.

Contemplou a liberdade de expressão e de informação como pilar fundamental da consolidação democrática, permitindo a emergência de uma comunicação social livre, atuante e incondicionada.

A Constituição de 1992 consagrou ainda um novo modelo de desenvolvimento económico, baseado na iniciativa privada e suportado por um estado regulador, moderador e supletivo.

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Esse modelo permitiu a libertação das energias produtivas da sociedade, que, por sua vez, imprimiu uma nova dinâmica socioeconómica.

Senhor Presidente da República, Minhas Senhoras, meus Senhores.

Passados vinte e cinco anos, esta Constituição permitiu a construção de um verdadeiro Estado de Direito Democrático, reconhecido e apreciado de todos, seja a nível nacional, seja a nível internacional.

Foram criadas instituições que cresceram e fortaleceram ao longo do tempo, garantiram várias alternâncias de poder, proporcionaram estabilidade, liberdade, paz e justiça e suportaram um robusto desenvolvimento económico, social e cultural dos cabo-verdianos.

A nossa economia conheceu uma forte dinâmica ao longo deste período com um cada vez maior protagonismo do setor privado e uma diversificação da gama de produtos e serviços acessíveis aos cidadãos.

O nosso produto interno bruto, em termos nominais, se multiplicou praticamente por 7, passando de 22 milhões de contos em 1991 para 159 milhões de contos em 2015.

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O PIB, per capita, aumentou 4 vezes passando de 900 dólares por ano para 3.600 dólares anuais.

Massificamos a educação básica e secundária e a formação superior no país ultrapassou a formação no exterior.

No sector da saúde conhecemos avanços substanciais com a cobertura nacional em termos de cuidados básicos.

A esperança de vida à nascença passou de 62 anos em 1992 para 75, em 2014.

A mortalidade infantil baixou de 60 por mil para 20 por mil, no mesmo período.

Na cultura e no desporto, Cabo Verde passou a ser conhecido e reconhecido além-fronteiras.

A pobreza passou de 49% em 1990 para 25% em 2015.

O Índice de Desenvolvimento Humano, que para Cabo Verde começou a ser calculado a partir do ano 2000, evoluiu positivamente de 0,562 para 0,648 em 2015.

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Todas estas conquistas, em tão pouco espaço de tempo, só foram possíveis porque o advento da democracia, nos moldes que a Constituição de 1992 o consagra, libertou as energias criativas e aumentou a capacidade reivindicativa da sociedade. O exercício da liberdade e a promoção da igualdade teve um papel importante no empoderamento da mulher e na promoção de uma sociedade mais justa e mais equilibrada.

Cabo Verde assume, hoje, a problemática da equidade e igualdade de género como assunto vital do seu processo de desenvolvimento.

A Constituição de 1992 contribuiu também para a integração da nossa diáspora no processo político e de desenvolvimento de Cabo Verde.

Há muito ainda por fazer, já que o nosso objetivo é atingir os níveis de conforto e bem-estar de uma nação desenvolvida, mas não restam dúvidas de que estes últimos 25 anos foram um tempo de sucessos e progresso e os resultados alcançados têm tudo a ver com as opções assumidas e consagradas nesta Constituição, cujo 25º aniversário estamos a comemorar.

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Senhor Presidente da República, Minhas Senhoras, meus Senhores.

O Parlamento cabo-verdiano aprovou a Constituição de 1992 e tem estado à altura da evolução e dinâmicas sociais e políticas, que ditaram a sua adaptação às exigências da sociedade, da economia e do sistema político, contando sempre com a concorrência dos principais atores políticos nacionais.

A Constituição é hoje fruto do consenso de todas as forças políticas; espelha o sentir de praticamente todos os partidos políticos; é assumida pela sociedade; a sua legitimidade é, pois, alargada; estão de parabéns todos quantos, em 1992, em 1995, em 1999 e em 2010 deram o seu contributo, criticando, sugerindo, propondo, aprovando, promulgando.

Se é verdade que cumprimos o essencial do nosso papel, sobretudo no que ao reforço das instituições democráticas e estabilidade política, dizem respeito, resta-nos ainda um longo caminho a percorrer na aproximação dos eleitos à sociedade. Os cidadãos são, efetivamente, a razão de ser do sistema de representação política.

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A abertura e comunicação do Parlamento aos cidadãos e a transparência no exercício dos mandatos erguem-se como objetivos centrais da ação política e da valorização da função parlamentar.

Senhor Presidente da República, Minhas Senhoras, meus Senhores.

Temos ainda desafios enormes, é certo.

A constituição ainda precisa de ser cumprida em muitos aspetos, nomeadamente na sua parte social.

Mas os caminhos do cumprimento estão salvaguardados na própria constituição.

É ela que nos guia.

É com ela que iremos ganhar os desafios do futuro: com mais e melhor educação, com mais e melhor saúde, com mais e melhor economia, com mais e melhor cultura, com mais e melhor sociedade.

A Constituição é dinâmica e, com o passar do tempo, certamente precisará de acertos e revisões, como já precisou no passado.

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A seu tempo aqui estaremos para a melhorar, a readaptar aos novos desafios e às novas necessidades; para a manter atual e efetiva.

Mas hoje, senhor presidente e caros colegas, não quero e nem vou falar de revisões. Quero simplesmente comemorar os 25 anos da nossa Constituição da Republica.

Um bem-haja à nossa Nação! Viva Cabo Verde.

Referências

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