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5Ensino Superior. Níveis 5 a 8 do QNQ

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O Ensino Superior em Portugal tem vindo a evoluir a um ritmo acelerado desde 2005. A mudança tomou forma a partir de alterações estruturais na legislação que enquadra a actuação das instituições de ensino superior, incluindo as alterações introduzidas na Lei de Bases do Sistema Educativo, por força da adequação ao Processo de Bolonha

entrada em pleno funcionamento dos novos órgãos de governo das instituições públicas, quer por força da aplicação do sistema de avaliação da qualidade e acreditação a todas as instituições e aos seus ciclos de estudos. As transformações efectuadas inserem-se no processo de construção do espaço europeu de ensino superior, o qual deverá constituir um

5

Ensino Superior

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do Programa de Desenvolvimento do Ensino Superior para 2010-2014. O compromisso assumido prevê a qualificação de mais 100 mil activos ao longo dos próximos quatro anos, o que constituirá um impulso decisivo para a abertura do ensino superior a novos públicos e, consequentemente, um contributo importante para a renovação de competências de profissionais qualificados.

Alcançar a meta prevista na estratégia europeia EU2020 de 40% de diplomados do ensino superior no grupo etário dos 30-34 anos apresenta-se ainda como um enorme desafio ao sistema de ensino superior português, tendo em conta a situação de partida. Se é certo que o número de pessoas desta faixa etária habilitadas com ensino superior cresceu

de 11% em 2000 para 23% em 2010, também não podem ser iludidas as dificuldades acrescidas que a actual conjuntura recessiva do País irá colocar ao aumento de estudantes inscritos e, por consequência, à concretização do plano de evolução gizado para o sector do ensino superior público.

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5.1. Ensino Pós-secundário:

Cursos de Especialização Tecnológica – CET

Os cursos de especialização tecnológica (CET) são formações pós-secundárias, conferentes de qualificação profissional de nível 5, de acordo com o Quadro Nacional de Qualificações (QNQ), que visam o aprofundamento de conhecimentos científicos e tecnológicos numa determinada área de formação. Estes cursos são ministrados em instituições de ensino superior e em instituições de formação de natureza diversa, designadamente, escolas tecnológicas, escolas secundárias e profissionais, centros e instituições de formação profissional, com tutela dos ministérios da Economia, da Educação, e do Trabalho.

O plano de formação de um CET desenvolve-se em três componentes: formação geral e científica, formação tecnológica e formação em contexto de trabalho. A sua duração é de aproximadamente um ano (entre 1 200 e 1 560 horas), com um número de créditos ECTS compreendido entre 60 e 90, e corresponde a uma formação técnica de alto nível, que integra conhecimentos e competências de nível superior. A conclusão de um CET é certificada através da atribuição de um diploma de especialização tecnológica que permite o acesso ao ensino superior e a creditação da formação realizada no âmbito do curso superior escolhido.

Criados em 1995, com o objectivo de proporcionar a formação especializada de quadros intermédios no contexto das formações pós-secundárias profissionalizantes, necessárias à requalificação do

CET em instituições de formação de nível secundário

Os cursos de especialização tecnológica que funcionam em instituições de formação de nível secundário encontram-se sob a tutela dos ministérios da Economia, do Trabalho e da Educação e, apesar da sua pouca expressão, encontram-se representados nas várias regiões do País, à excepção da Região Autónoma da Madeira (Figura 5.1.1.). A área de engenharia, indústrias transformadoras e construção concentra 43% da oferta existente (Figura 5.1.2.).

De acordo com dados do Relatório de Execução do POPH de 2009 (Figura 5.1.3.), o número total de formandos a frequentar CET em instituições de formação elevou-se a 2978, dos quais mais de 1500 iniciaram nesse ano o seu percurso formativo e cerca de 500 concluíram a formação, embora apenas 170 tenham obtido aprovação. A taxa de feminidade é de cerca de 36%, verificando-se a predominância de formandos na faixa etária dos 20-24 anos. É nas áreas de estudo de engenharia e técnicas afins, ciências empresariais, e informática que se concentram 62% dos formandos.

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Figura 5.1.1. CET em instituições de formação de nível secundário

– Tutela dos cursos por região (2011)

Fonte: DGES, Maio de 2011

M. Economia M. Educação M. Trabalho

0 25 10 5 20 15 Norte 1112 14 Centro 20 5 4 Lisboa 15 6 22 Alentejo 1 0 1 R. A. Açores 6 0 0

Fonte: DGES, Maio de 2011

M. Economia M. Educação M. Trabalho

Figura 5.1.2. CET em instituições de formação de nível secundário

- Áreas de Educação e Formação e Tutela (2011)

0 30 10 15 5 25 20 Ciências sociais, comércio e direito 5 3 8 Artes e humanidades 0 0 3 Ciências, matemática e informática 10 5 12 Engenharia, indústrias transformadoras e construção 27 7 17 Serviços 11 8 1

Fonte: Relatório Anual de Execução 2009. POPH - Programa Operacional Potencial Humano, 2010.

Homens Mulheres

Figura 5.1.3. CET em instituições de formação de nível secundário

– Formandos por áreas de estudo (2009)

0 650 700 600 500 400 300 200 100 550 450 350 250 150 50 00 - Fo rm aç ão ba se 182 73 N úm er o de f or m an do s 21 - Ar te s 72 25 34 - Ci ên ci as em pr es ar ia is 229 302 48 - In fo rm át ic a 419 98 52 - En ge nh ar ia s e té cn ic as a fin s 633 172 54 - In dú st ri as tr an sf or m ad or as 108140 58 - Ar qu ite ct ur a e co ns tr uç ão 54 3 76 - Se rv iç os so ci ai s 9 11 82 - Se rv iç os pe ss oa is 126151 85 - Pr ot ec çã o do a m bi en te 78 93

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No ensino superior, a oferta de CET regista um crescimento muito significativo a partir de 2004, em particular no ensino público politécnico. Dos 420 cursos registados em 2010, 70% são da iniciativa do ensino politécnico e são frequentados por mais de 80% do total de alunos inscritos neste tipo de formação. Mais de 45% dos estudantes frequentam as áreas de “Ciências e Engenharias”(Figura 5.1.4.), sendo a taxa de feminidade de 34,2% no conjunto de alunos que frequentam CET.

Em geral, os cursos de especialização tecnológica no ensino superior funcionam em regime pós-laboral e têm a duração de dois a quatro semestres. As propinas são variáveis de instituição para instituição, podendo o seu valor ir de cerca de 500€ a 2000€ para a totalidade do curso. Os estudantes podem usufruir do Estatuto de Trabalhador Estudante e candidatar-se a apoios de Acção Social. Uma vez

concluído o CET, podem prosseguir estudos no ensino superior em cursos previamente designados pelas respectivas instituições, não necessitando de realizar quaisquer provas específicas. A concessão de equivalência da formação obtida a unidades curriculares da licenciatura onde os estudantes pretendam ingressar encontra-se igualmente prevista.

O reforço da oferta de formação pós-secundária no ensino superior politécnico é um dos objectivos que integra o Programa de Desenvolvimento do Ensino Superior para 2010-2014, com uma previsão de crescimento de 34% até ao final daquele período.

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Tabela 5.1.1. CET registados em instituições do ensino superior (2010)

Fonte: DGES, Setembro 2011

sub-total sub-total 297 123 Universitário Universitário 42 85 Politécnico Politécnico 255 38 Total 420 Público Privado CET registados Ensino Superior

Tabela 5.1.2. Inscritos em CET por subsistema de ensino superior

Fonte: Vagas, inscritos e diplomados no ensino superior. GPEARI, 2011 Notas: a) Inclui instituições não integradas em universidades.

b) Inclui instituições não integradas em institutos politécnicos e unidades orgânicas de ensino politécnico integradas em universidades. Universitário Universitário Politécnico Politécnico a) a) b) b) Total Inscritos Ensino Superior Privado Público 2009/10 438 773 4 806 197 6 214 5 244 970 2008/09 223 590 4 926 93 5 832 5 149 683 2010/11 527 884 5 527 239 7 177 6 054 1 123 2004/05 217 0 60 17 294 277 17 ...

Notas: a) Inclui instituições não integradas em universidades. b) Inclui instituições não integradas em institutos politécnicos e unidades orgânicas de ensino politécnico integradas em universidades.

Fonte: Vagas, inscritos e diplomados no ensino superior. GPEARI, 2011 Figura 5.1.4. Inscritos em CET (em estabelecimentos de ensino superior)

por área de educação e formação

2004/05 ... 2008/09 2009/10 2010/11 0 3500 3250 3000 250 500 750 1000 1250 1500 1750 2000 2250 2750 2500 Ar te s e H um an id ad es 524 548 436 93 Ciências Sociais, Comér cio e Dir eit o 1 513 1 464 1 300 55 Ed uc aç ão 0 0 0 0 Ci ên ci as , M at em át ic a e In fo rm át ic a 1 113 929 0 69 En ge nh ar ia , In d. t ra ns fo rm . e Co ns tr uç ão 2 144 1 868 65 1 851 Ag ri cu lt ur a 317 239 0 277 Sa úd e e Pr ot ec çã o So ci al 379 235 0 265 Se rv iç os 1 187 659 12 880 Ci ên ci as e En ge nh ar ia s 3 257 2 965 134 2 780

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Quanto aos diplomados com CET (Tabela 5.1.3.) verifica-se um crescimento de cerca de 31% no ano lectivo 2009-2010 relativamente ao ano anterior, tendo crescido igualmente a percentagem de diplomados do sexo feminino: 34% em 2008-09 e 37,7% em 2009-10 (Figura 5.1.6.). Desconhece-se, porém, o valor das taxas de conclusão alcançadas. Dos diplomados em 2009-2010, 43,8% obteve o diploma nas áreas de Ciências e Engenharias (Figura 5.1.5.).

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Tabela 5.1.3. Diplomados em CET por subsistema de ensino superior

Notas: a) Inclui instituições não integradas em universidades. b) Inclui instituições não integradas em institutos politécnicos e unidades orgânicas de ensino politécnico integradas em universidades.

Fonte: Vagas, inscritos e diplomados no ensino superior. GPEARI, 2011 Universitário a) Universitário a) Politécnico b) Politécnico b) Total Diplomados Ensino Superior Privado 2009/10 103 495 1 971 79 2 648 2 074 574 Público 2008/09 61 197 1 713 51 2 022 1 774 248 2007/08 11 198 1 553 20 1 782 1 564 218 2006/07 90 151 623 14 878 713 165 2005/06 101 72 50 10 233 151 82

Nota: “Ciências e Engenharias” corresponde aos grupos 400 – “Ciências, matemática e informática” e 500 – “Engenharia, indústrias transformadoras e construção” da CNAEF (Classificação Nacional de Áreas de Educação e Formação).

Fonte: Vagas, inscritos e diplomados no ensino superior. GPEARI, 2011

2005/06 2006/07 2007/08 2008/09 2009/10

Figura 5.1.5. Diplomados em CET (em estabelecimentos de ensino superior),

por área de educação e formação

0 1 100 1 000 100 200 300 400 500 600 700 800 900 Ar te s e H um an id ad es 197 59 132183 144 Ed uc aç ão 0 0 0 0 0 Ciências sociais, Comér cio e Dir eit o 590 46 175 358 459 Ci ên ci as , M at em át ic a e In fo rm át ic a 339 81 213 299352 En ge nh ar ia , In dú st ri a Tr an sf or m . e Co ns tr uç ão 721 29 234 549 612 Ag ri cu lt ur a 203 029 92123 Sa úd e e Pr ot ec çã o So ci al 204 252 101 37 Se rv iç os 394 1643 200 295 Ci ên ci as e En ge nh ar ia s 1 060 110 447 848 964

Figura 5.1.6. Diplomados em CET, por sexo

Fonte: Vagas, inscritos e diplomados no ensino superior. GPEARI, 2011 Homens Mulheres 0 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 2005/06 165 70,8% 30,3% 68 2006/07 615 70,0% 30,0% 263 2007/08 1188 66,7% 33,3% 594 2008/09 1334 66,0% 34,0% 688 2009/10 1651 62,3% 37,7% 997

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5.2. Rede escolar e oferta educativa

A rede de instituições do ensino superior público e privado encontra-se disseminada em todo o território nacional, com representação em todos os distritos do País, particularmente concentrada em Aveiro, Braga, Coimbra, Lisboa e Porto. Cerca de 50% do total das instituições com esta oferta de formação está concentrada nos distritos de Lisboa e Porto, onde o ensino superior privado representa 39% da oferta disponível. No seu conjunto, as instituições existentes (143) oferecem um número muito elevado de cursos, distribuídos pelos diferentes ciclos de estudos (licenciatura, mestrado e doutoramento) e áreas de educação e formação. A dispersão, quer de instituições, quer de formações oferecidas, e as suas consequências em termos de optimização de recursos e de qualidade de formação, constitui uma problemática que esteve presente na reflexão produzida sobre o ensino superior, no Conselho Nacional de Educação, em 2010. O processo de acreditação dos ciclos de

estudos em funcionamento realizado pela Agência de Acreditação do Ensino Superior (A3ES) tem suscitado por parte das instituições a reorganização da sua oferta, ao mesmo tempo que foram incrementadas as associações entre instituições para a realização de formações específicas dando, assim, desenvolvimento ao processo de cooperação interinstitucional para a constituição de consórcios. As tabelas 5.2.1. e 5.2.2. apresentam a distribuição das instituições existentes pelos sectores público e privado e por subsistema de ensino, bem como a respectiva distribuição por distritos, omitindo a referência às respectivas unidades orgânicas. O sector público inclui as instituições de ensino superior militar e policial; a Universidade Católica Portuguesa é considerada dentro do sector privado e engloba quatro centros regionais (Braga, Porto, Beiras e Lisboa), tendo sido contabilizada apenas uma vez.

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Tabela 5.2.1. Rede de Instituições de Ensino Superior

Fonte: Guias do Ensino Superior n.º 80 e nº 81. DGES, Fevereiro de 2011 Militar e Policial Concordatário Privado Público Total 143 46 26 15 1 4 97 58 38 1

Ensino Universitário Ensino Politécnico Total

Instituições de Ensino Superior

Tabela 5.2.2. Instituições de Ensino Superior por distrito e região autónoma

Fonte: Guias do Ensino Superior n.º 80 e nº 81. DGES, Fevereiro de 2011 Nota: C - Universidade Católica Portuguesa e respectivos centros regionais;

MP - Ensino Superior Militar e Policial.

Total 143

8 1

Ensino Público Ensino Privado Total

Distrito Braga 7+C Bragança 4 Castelo Branco 2 Coimbra 7 Évora 2 Faro 5 Guarda 1 Leiria 3 Lisboa 40 +1C + 4MP Portalegre 1 Porto 31+C Santarém 4 Setúbal 5 + 1MP Viana do Castelo 4 Vila Real 3 Viseu 3+C R. A. Açores 2 R. A. Madeira 4 Universitário 1 -1 -1 1 1 1 -5 + 3MP -1 -1MP -1 -1 1 15 + 4MP Politécnico 1 1 1 1 1 2 1 1 1 1 4 + 1MP 1 2 2 1 1 1 1 1 1 26 + 1MP -Universitário 1+C 2 -4 -2 -1 11+1C -11+C 1 2 2 -1+C -38 + 1C 6 -Politécnico 4 1 -1 -1 20 -17 1 2 1 1 1 -2 58 Beja Aveiro

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No que respeita às áreas de estudo no seu conjunto, os cursos existentes na área de Ciências Sociais, Comércio e Direito cobrem mais de 25% da oferta (1031 cursos), sendo as Ciências Empresariais que apresentam maior expressão (46% no conjunto da área), seguindo-se a área de Artes e Humanidades (599 cursos); a área da Agricultura representa apenas 2% da oferta educativa total.

Na distribuição dos cursos por grau de formação, verifica-se que 48,4% dos cursos são de mestrado (2º ciclo), 38,4% de licenciatura (1º ciclo) e 13,2% de doutoramento (3º ciclo). Esta distribuição reflecte o peso dos cursos de mestrado de Formação de Professores e Ciências da Educação (373), que representam 75,8% da oferta total existente nesta área, contra 18,5% e 5,7%, respectivamente, nos graus de licenciatura e doutoramento. No total de cursos de mestrado e de licenciatura, a formação

de professores atinge 19% da oferta existente de 2º ciclo e apenas 5,9% no conjunto dos cursos de 1º ciclo. Estes dados justificam-se pelo facto de a habilitação profissional para docência na educação pré-escolar e nos ensinos básico e secundário ter passado a ser conferida através da titularidade do grau de mestre em domínios de especialidade definidos.

Nos cursos de 3º ciclo conducentes ao grau de doutor (532 cursos), são as áreas de estudo das Humanidades, das Ciências Sociais, das Ciências Físicas e das Engenharias que cobrem perto de 50% (262 cursos) da oferta existente.

Na Figura 5.2.1. pode-se observar a repartição de cursos existentes por áreas de estudo e graus de formação, num total de 4044 cursos, em 2009/10.

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Figura 5.2.1. Cursos existentes por áreas de estudo e graus de formação (2009/10)

Notas: (1) Educação — 492 cursos

(2) Artes e Humanidades — 599 cursos

(3) Ciências Sociais, Comércio e Direito — 1 031 cursos (4) Ciências, Matemática e Informática — 573 cursos

(5 Engenharia, Indústrias Transformadoras e Construção —516 cursos (6) Agricultura — 85 cursos

(7) Saúde e Protecção Social — 455 cursos (8) Serviços — 293 cursos

Fonte: A3ES, Abril 2011

0 500 450 350 250 150 100 50 400 300 200 nº d e ci cl os 3º ciclo Doutoramentos 2º ciclo Mestrados 1º ciclo Licenciaturas Formaç ão de pr of ess. e Ciências da E duc aç ão 28 373 91 Art es 15 116 178 2 1 Humanidades 77 128 85 3 4 5 6 7 8

Ciências Sociais e do Comport.

71 217 109 In formaç ão e Jornalismo 7 29 36 Ciências Empr esariais 23 209 241 Dir eit o 12 40 37 Ciências da Vida 35 77 49 Ciências Físic as 55 75 42 Ma temá tic a e Es ta tís tic a 22 27 18 In formá tic a 20 63 90 Eng enharia e T écnic as a fins 59 131 120 Indús trias Tr ans formador as 12 37 21 Ar quit ectur a e Cons truç ão 23 72 41 Agricultur a, Silvicultur a e P esc a 7 34 29 Ciências V et erinárias 4 6 5 Saúde 36 180 180 Ser viç os Sociais 3 20 36 Ser viç os P essoais 10 44 83 Ser viç os de Tr ansport e 2 5 4 Pr ot ecç ão do Ambien te 8 38 21 Ser viç os de Segur anç a 3 37 38

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Com a entrada em funcionamento da Agência de Acreditação do Ensino Superior (A3ES), em 2009, foi dado início ao processo de avaliação e acreditação das instituições e dos seus ciclos de estudos, no âmbito dos procedimentos relativos à garantia da qualidade do ensino superior, previstos no Decreto-Lei n.º 369/2007, de 5 de Novembro.

Numa primeira fase, a Agência procedeu à análise dos pedidos de acreditação de ciclos de estudos em funcionamento, cujos processos lhe foram submetidos pelas instituições de ensino superior. Dos 4379 ciclos de estudos inicialmente apresentados para acreditação preliminar, foram encerrados 335 cursos, por iniciativa das próprias instituições de ensino superior, tendo obtido decisão favorável à sua acreditação preliminar 3623 ciclos de estudos em funcionamento. Encontravam-se, ainda, em fase de acreditação preliminar 421 cursos, cujos processos se previa ficarem concluídos em Julho de 2011. Simultaneamente, realizou-se a acreditação prévia de novos ciclos de estudos para início de funcionamento em 2010/2011, tendo sido acreditados 201 novos cursos.

A partir do ano lectivo 2011/2012, os ciclos de estudos que obtiveram acreditação preliminar serão objecto de um processo formal de avaliação/ acreditação por uma Comissão de Avaliação Externa. A Agência prevê um período de cinco anos para realizar a acreditação de todos os cursos.

A associação de instituições de ensino superior para oferta de cursos de mestrado e doutoramento em áreas específicas tem vindo a desenvolver-se, quer de universidades e de institutos politécnicos entre si, ou de universidades com institutos politécnicos, no sector público, quer mesmo entre instituições públicas e privadas (Tabela 5.2.6.).

A preocupação com a optimização dos recursos existentes no ensino superior e a criação de maior massa crítica entre diferentes instituições, no sentido de aumentar a formação de activos e de alargar a formação pós-graduada de recursos humanos altamente qualificados, começam a definir os contornos de uma estratégia conjugada para a reorganização e diferenciação da rede de ensino superior.

(14)

Total

Tabela 5.2.3. Cursos com acreditação preliminar por subsistema e natureza institucional

Fonte: A3ES, Abril 2011

Militar e Policial Concordatário Natureza Instituicional Privado Público Ensino Politécnico 808 233 Ensino Universitário 2 059 365 3 623 29 129

Fonte: DGES 2010; A3ES, Abril 2011

2009/2010 2010/2011

Figura 5.2.2. Reorganização da oferta educativa, por ciclo de estudos

0 2 500 2 750 1 500 500 2 250 1 250 250 1 750 750 2 000 1 000 Licenciatura 1 893 1 575 Mestrado 2 496 2 099 Doutoramento 611 571

Tabela 5.2.5. Novos cursos acreditados previamente para entrar em funcionamento em 2010/11

Fonte: A3ES, Abril 2011 Total

Artes e Humanidades

Ciências, Matemática e Informática Agricultura

Serviços

Áreas de Educação e Formação Educação

Ciências Sociais, Comércio e Direito Engenharia, Ind. Transform. e Construção Saúde e Protecção Social

Total 17 53 20 32 201 47 17 3 12 Doutoramento 1 7 4 2 39 19 3 2 1 Mestrado 15 43 14 28 141 22 9 1 9 Licenciatura 1 3 2 2 21 6 5 -2 Total

Fonte: A3ES, Abril 2011 Tabela 5.2.4. Processo de acreditação de cursos

Licenciatura Doutoramento Ciclo de Estudo Mestrado Total Total Novos cursos acreditados previamente em 2010/11 (3) 141 201 21 39 Cursos em processo de acreditação (2) 152 421 210 59 Cursos com acreditação preliminar (1) 1 806 3 623 1 344 473 Cursos com autorização de funcionamento (1+3) 2 099 4 245 1 575 571

Tabela 5.2.6. Ofertas formativas em consórcios (2011)

Fonte: A3ES, Junho 2011

Pública + Pública

Natureza das Instituições associadas Pública + Privada Total Doutoramento 2 24 22 Mestrado 3 22 19

(15)

O acesso ao ensino superior processa-se através de três modalidades principais: o regime geral, com fixação de vagas, quer para o concurso nacional de acesso ao ensino superior público (que inclui os contingentes especiais, nomeadamente, para candidatos oriundos das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira), quer para os concursos institucionais realizados pelas instituições de ensino superior privado; os regimes especiais, para candidatos bolseiros dos PALOP, atletas de alta competição, filhos de diplomatas em missão no estrangeiro ou de diplomatas estrangeiros em Portugal, oficiais das Forças Armadas e portugueses bolseiros ou em missão no estrangeiro, e naturais de Timor-Leste; e concursos especiais, da iniciativa de cada instituição, a que podem concorrer os maiores de 23 anos, os titulares de CET e de outras formações, e os titulares de grau de licenciado para acesso a Medicina.

Entre 2000 e 2010, as vagas disponíveis para ingresso no ensino superior público cresceram 13,7%, o número de candidatos apenas 2,14% e os estudantes colocados 13,62%. Em termos absolutos, na 1ª fase do concurso de 2010 ficaram por ocupar 7 816 vagas. Na área da Educação e no mesmo período, verificou-se uma diminuição de 70% no número de vagas postas a concurso, que foi acompanhada por idêntico decréscimo de estudantes candidatos e colocados, em razão das “licenciaturas em ensino” terem terminado conforme é explicado no ponto referente à oferta formativa.

Pelo contrário, a área da Saúde e Protecção Social apresenta um crescimento de vagas de 106% na década, cobrindo, ainda em 2010, apenas 69% da procura. A área de Ciências Sociais, Comércio e Direito apresenta um crescimento equilibrado entre vagas e candidatos, verificando-se que as áreas de estudo das Engenharias e a das Ciências, Matemática e Informática revelam um decréscimo de procura (Tabela 5.2.7.).

No conjunto do sistema, a distribuição global do número de vagas e de inscritos no 1º ano, pela 1ª vez através de todos os regimes de acesso, no ano de 2009/10, em cursos de formação inicial* nas instituições de ensino superior públicas e privadas é apresentada na Tabela 5.2.8..

No ensino superior público, o número de estudantes inscritos que ingressaram através de qualquer dos regimes de acesso ultrapassa em cerca de 9000 o número de vagas postas a concurso através do regime geral; no ensino superior privado, a situação é a inversa, verificando-se que mais de 19 000 vagas ficaram por preencher. É na área das Ciências Sociais, Comércio e Direito que, globalmente, se regista maior desfasamento entre a oferta e a procura (Tabela 5.2.9.).

(16)

Tabela 5.2.7. Relação entre a oferta e a procura no ensino superior público,

por áreas de educação e formação

Fonte: Acesso ao Ensino Superior. Dez Anos de Concurso Nacional, 2000-2009. DGES, 2010; Concurso Nacional de Acesso: 2010 em números. DGES, 2011

Colocados

Vagas Candidatos em 1ª opção

Áreas de Educação e Formação

Total

Artes e Humanidades

Ciências, Matemática e Informática Agricultura

Serviços Educação

Ciências Sociais, Comércio e Direito Engenharia, Ind. Transform. e Constr. Saúde e Protecção Social

2010 45 594 1 556 13 207 10 084 7 776 5 015 4 176 738 3 046 2009 45 315 1 485 12 876 10 620 7 630 4 694 4 207 747 3 036 2000 40 130 4 902 11 152 9 027 3 984 3 822 3 851 1 214 2 178 2010 51 846 1 550 16 444 9 916 11 222 5 316 3 336 875 3 187 2009 52 552 1 419 16 502 10 881 11 830 4 770 3 053 849 3 248 2000 50 761 6 013 14 381 9 182 9 882 3 962 3 895 1 028 2 418 2010 53 410 1 710 15 044 12 854 8 164 5 643 5 139 1 194 3 662 2009 51 352 1 731 14 099 12 528 7 949 5 342 4 939 1 173 3 591 2000 46 965 5 686 12 398 11 480 3 956 4 450 4 715 1 845 2 435

Tabela 5.2.8. Vagas no ensino superior (regime geral de acesso) e inscritos no 1.º ano,

pela 1.ª vez, todos os regimes (2009/10)

Notas: Não inclui o ensino militar e policial nem a Universidade Aberta; a) Inclui instituições não integradas em universidades e unidades orgânicas de ensino politécnico integradas em universidades; b) Inclui instituições não integradas em institutos politécnicos.

Fonte: Vagas, Inscritos e Diplomados no Ensino Superior. Apresentação de dados: Destaques. GPEARI, 2010. Universitário a) Universitário a) Politécnico b) Politécnico b) Total Subsistema de ensino Privado

Inscritos no 1.º ano, pela 1.ª vez 34 802 14 886 26 025 5 655 81 368 60 827 20 541 Público Vagas 29 257 26 146 22 661 13 546 91 610 51 918 39 692

Tabela 5.2.9. Vagas no ensino superior (regime geral de acesso) e inscritos no 1.º ano,

pela 1.ª vez, todos os regimes, por área de educação e formação (2009/10)

Nota: Não inclui o ensino militar e policial nem a Universidade Aberta; “Ciências e Engenharias”. Corresponde aos grupos 400 – “Ciências, matemática e informática” e 500 – “Engenharia, indústrias transformadoras e construção” da CNAEF (Classificação Nacional de Áreas de Educação e Formação).

Fonte: Vagas, Inscritos e Diplomados no Ensino Superior. Apresentação de dados: Destaques. GPEARI, 2010

22 607 Vagas

Áreas de Educação e Formação

Total

Artes e Humanidades

Ciências, Matemática e Informática Agricultura

Serviços

Ciências e Engenharias Educação

Ciências Sociais, Comércio e Direito Engenharia, Ind. Transform. e Constr. Saúde e Protecção Social

Inscritos no 1.º ano, pela 1.ª vez

81 368 2 690 26 682 16 887 13 064 8 724 5 720 1 414 6 187 22 607 91 610 3 601 29 992 17 195 14 998 10 356 6 896 1 398 7 174 24 091

(17)

5.3. Estudantes e diplomados

O universo do ensino superior em 2009/10 era composto por 143 instituições, que ofereciam 3623 cursos acreditados nos diferentes níveis de formação, distribuídos pelo conjunto das áreas de estudo existentes, sendo frequentado por um total de 383 627 de estudantes, 23,4% dos quais inscritos em instituições do ensino superior privado (Tabela 5.3.1.).

Inscritos pela primeira vez

No conjunto dos novos estudantes inscritos em 2009/10 em cursos de formação inicial (não incluindo a Universidade Aberta e o ensino militar e policial), 72,3% ingressaram através dos concursos gerais de acesso e 12,3% através das provas para maiores de 23 anos (Tabela 5.3.2.).

Relativamente a estes, verifica-se que no ensino público apenas 52,6% dos candidatos aprovados realizaram a sua inscrição, enquanto no ensino privado 84,4% o fizeram na sequência da aprovação nas provas de acesso. Se no início do programa esta relação era já observada, nos anos seguintes a tendência tem vindo a afirmar-se, provavelmente em razão de uma maior oferta de cursos em regime pós-laboral no ensino superior privado (Figura 5.3.1.).

(18)

Tabela 5.3.2. Inscritos no 1º ano, pela 1ª vez em cursos de formação inicial 1

Fonte: Vagas, Inscritos e Diplomados no Ensino Superior. Apresentação de dados: Destaques. GPEARI, 2010 Nota: (1) Não inclui a Universidade Aberta e o ensino militar e policial

Concursos gerais de acesso Outras origens Origem

Provas para maiores de 23 Total Variação em relação a 2008/09 - 5% - 1% - 2% + 8% 2009/10 10 003 81 368 58 798 12 567 2008/09 10 489 81 900 59 775 11 636 2007/08 11 773 83 139 60 502 10 864 2006/07 10 856 73 796 51 907 11 033

Fonte: Vagas, Inscritos e Diplomados no Ensino Superior. Apresentação de dados: Destaques. GPEARI, 2010 Nota: % - n.º de inscritos maiores de 23 anos no total de inscritos

no ensino superior, pela primeira vez

Figura 5.3.1. Provas de acesso e inscrição dos maiores de 23 anos, por natureza institucional

0 27 500 17 500 7 500 25 000 15 000 5 000 22 500 12 500 2 500 20 000 10 000 Inscritos para provas Aprovados Inscritos no Ensino Superior 2006/07 Total 19 327 14 444 10 856 15% Público 9 603 6 164 4 257 8% Privado 9 724 8 280 6 599 30% 2007/08 Total 26 151 17 306 11 773 14% Público 18 330 10 498 6 039 10% Privado 7 821 6 808 5 734 24% 2008/09 Total 21 742 14 957 10 489 13% Público 15 123 9 005 5 373 9% Privado 6 619 5 952 5 116 24% 2009/10 Total 22 265 15 395 10 003 12% Público 15 666 9 422 4 960 8% Privado 6 599 5 973 5 043 25% Tabela 5.3.1. Instituições, cursos e estudantes inscritos (2009/10)

Fonte: DGES, 2011; A3ES, 2011; GPEARI, 2010

Público Ensino Privado Total Estudantes Inscritos 89 799 383 627 293 828 Cursos com Acreditação Preliminar 727 3 623 2 896 Instituições de Ensino Superior 97 143 46

(19)

A diversificação da oferta de formação no ensino superior merece realce. Considerando todos os graus de formação, 33,5% dos estudantes inscritos no 1º ano, pela 1ª vez, fazem-no em ciclos de estudos pós-graduados. No decurso da década e considerando todos os níveis de formação, a entrada de novos estudantes no sistema apresenta um crescimento de 31%, tendo a taxa de feminidade passado de 60,8% em 2000 para 55% em 2010 (Figura 5.3.2.).

O maior aumento de estudantes inscritos pela 1ª vez regista-se na área de ciências sociais, comércio e direito (mais 14 640), sendo a área da educação a única que apresenta um decréscimo significativo de procura no decurso da década (menos 7 125 alunos inscritos). O número de estudantes inscritos nos cursos de medicina subiu consideravelmente a partir de 2000, em razão do aumento de vagas postas a concurso cujo número mais que duplicou (735 em 2000, para 1 490 em 2009).

(20)

Figura 5.3.2. Evolução dos estudantes inscritos (n.º) no 1º ano pela 1ª vez,

por subsistema de ensino e sexo (todos os níveis de formação)

Fonte: Vagas, Inscritos e Diplomados no Ensino Superior. Apresentação de dados: Destaques. GPEARI, 2010 0 5 000 80 000 70 000 60 000 50 000 40 000 30 000 20 000 10 000 75 000 65 000 55 000 45 000 35 000 25 000 15 000 ... Homens Mulheres Total H+M 2000/01 Universitário 23 662 32 509 56 171 Politécnico 12 825 24 253 37 078 Totais H e M 36 487 56 762 -2008/09 Universitário 33 539 39 660 73 199 Politécnico 18 408 23 765 42 173 Totais H e M 51 947 63 425 -2009/10 Universitário 35 922 42 898 78 820 Politécnico 19 042 24 452 43 494 Totais H e M 54 964 67 350

-Fonte: Vagas, Inscritos e Diplomados no Ensino Superior. Apresentação de dados: Destaques. GPEARI, 2010 Figura 5.3.3. Evolução dos estudantes inscritos (n.º) no 1º ano pela 1ª vez

por área de educação e formação e sexo. (todos os níveis de formação)

0 5 000 10 000 15 000 20 000 2 500 7 500 12 500 17 500 22 500 25 000 2000/01 ... 2008/09 2009/10 H 2 495 1 206 1 685 M 13 509 5 937 7 194 Educação H 3 012 4 914 5 624 M 5 572 6 412 7 159 Artes e Humanidades H 10 828 16 646 17 513 M 16 485 23 341 24 440 Ciências Sociais, Comércio e Direito H 3 716 5 068 5 283 M 3 841 4 363 4 353 Ciências, Matemática e Infomática H 10 889 15 184 15 790 M 4 303 5 553 5 737 Engenharia, Ind. Transform. e Construção H 718 895 846 M 996 942 983 Agricultura H 2 448 3 605 3 532 M 9 476 13 288 13 756 Saúde e Protecção Social H 2 381 4 429 4 691 M 2 580 3 589 3 728 Serviços

(21)

Evolução de inscritos

Apesar da recuperação verificada em 2009/10, de mais de 10 000 estudantes a frequentar o ensino superior relativamente ao ano transacto, a evolução na década apresenta um saldo negativo, registando-se um decréscimo de alunos inscritos no ensino superior privado ao longo do período (Tabela 5.3.3.).

Relativamente às áreas de educação e formação (Figura 5.3.4.), verifica-se um crescimento muito significativo da frequência na área de saúde e protecção social (mais 82,9%) por referência ao ano 2000/01, sendo igualmente de assinalar o aumento de alunos inscritos nas áreas de engenharia, indústrias transformadoras e construção e de serviços.

(22)

Tabela 5.3.3. Evolução de inscritos (N.º) no Ensino Superior por subsistema de ensino

Fonte: Vagas, Inscritos e Diplomados no Ensino Superior. Apresentação de dados: Destaques. GPEARI-MCTES, 2010 sub-total sub-total Universitário Universitário Politécnico Politécnico Total Público Privado - 4,2% + 5% + 7% + 8% - 27,5% - 5% - 1% Variação em relação a 2000/01 Subsistema de ensino 243 980 139 647 183 806 110 022 60 174 29 625 383 627 2009/10 236 220 136 782 175 465 106 973 60 755 29 809 373 002 2008/09 254 714 132 989 171 735 101 795 82 979 31 194 387 703 2000/01 ...

Fonte: Vagas, Inscritos e Diplomados no Ensino Superior. GPEARI-MCTES, 2010 Nota: Não inclui os estudantes inscritos em CET; “Ciências e Engenharias”

corresponde aos grupos 400 – “Ciências, matemática e informática” e 500 – “Engenharia, indústrias transformadoras e construção” da CNAEF (Classificação Nacional de Áreas de Educação e Formação). % - variação relativa 2000/01 - 2009/10 0 20 000 140 000 120 000 100 000 80 000 60 000 40 000 2000/01 ... 2008/09 2009/10

Figura 5.3.4. Inscritos no ensino superior por área de educação e formação

51 128 18 553 20 750 Educação -59,4% 35 016 32 170 34 187 Artes e Humanidades -2,3% 127 043 119 303 121 926 Ciências Sociais, Comércio e Direito -4,0% 78 910 82 645 84 677 Engenharia, Ind. Transform. e Construção +7,3% 10 634 7 082 7 024 Agricultura -33,9% 34 185 62 409 62 528 Saúde e Protecção Social +82,9% 18 051 23 429 24 459 Serviços +35,4% 111 646 110 056 112 753 Ciências e Engenharias +0,99% 32 736 27 411 28 076 Ciências, Matemática e Informática -14,2%

(23)

Este crescimento ocorre devido ao aumento da frequência do 2.º e 3.º ciclos de formação (cursos de mestrado e de doutoramento) e prende-se directamente com a reorganização dos ciclos de estudos decorrente da implementação do Processo de Bolonha (Tabela 5.3.4.).

Na comparação europeia da distribuição de estudantes por áreas de educação e formação, verifica-se que Portugal regista uma frequência na área de Engenharia, Indústria Transformadora

e Construção significativamente mais elevada que a média europeia (22,3% contra 14,1%). Em contrapartida, a frequência da área de Artes e Humanidades encontra-se abaixo da observada na UE27 (8,7% contra 12,6%) (Tabela 5.3.5.).

(24)

Tabela 5.3.5. Estudantes no Ensino Superior, 2008

Fonte: Eurostat (database) (http://epp.eurostat.ec.europa.eu/cache/ITY_SDDS/en/educ_esms.htm) Distribuição por áreas de estudo (%)

UE27 Alemanha Dinamarca Eslováquia Espanha Finlândia França Grécia Hungria Irlanda Itália Polónia Portugal Reino Unido Roménia Serviços 4,0 3,0 2,2 5,6 5,8 5,0 3,3 3,6 9,1 5,2 2,8 5,9 5,8 1,6 3,2 Saúde e Prot. Social 13,0 14,4 21,5 17,6 12,3 14,2 15,6 9,2 8,9 15,6 13,1 6,6 16,6 18,2 6,4 Agricultura e Veterin. 1,9 1,5 1,5 2,6 1,9 2,3 1,2 5,8 2,5 1,3 2,1 2,1 2,1 1,0 2,2 Engenharia, Ind. Transf. e Constr. 14,1 15,8 9,8 15,0 17,7 24,9 13,0 17,0 12,5 12,8 15,3 12,4 22,3 8,2 16,5 Ciências, Mat. e Informát. 10,3 15,2 8,2 8,4 9,9 10,9 12,3 13,6 6,9 12,5 7,6 8,9 7,5 12,9 5,6 C. Sociais, Com. e Direito 34,4 27,5 30,4 29,3 31,7 22,9 36,1 31,4 40,9 29,8 35,1 40,3 31,9 26,5 56,0 Artes e Humanid. 12,6 15,2 15,3 6,5 10,4 14,6 15,4 14,0 9,1 15,7 13,4 10,1 8,7 16,8 8,5 Total de alunos (1 000) 2 245 231 19 040 230 1 781 310 2 165 638 414 179 2 014 2 166 377 2 330 1 057

Tabela 5.3.4. Inscritos no ensino superior por níveis de formação

Fonte: Vagas, Inscritos e Diplomados no Ensino Superior. Apresentação de dados: Destaques. GPEARI-MCTES, 2010 Nota: *Inclui mestrados integrados e bacharelatos (agora em extinção).

Licenciatura* Doutoramento Nível de formação Mestrado Outras formações 2009/10 44 752 5 462 383 627 317 036 16 377 2008/09 35 541 5 941 373 002 318 091 13 429 Total 2007/08 8 692 17 002 387 703 358 628 3 381

(25)

Particularmente interessante é observar a evolução da taxa de escolarização no ensino superior por idades, relativamente à população com idade correspondente. Ao longo da década parece afirmar-se a tendência de aumento da participação dos jovens entre os 18 e os 21 anos, com mais de 36% dos jovens de 20 anos a frequentarem este nível de ensino (Tabela 5.3.6.).

A participação de alunos estrangeiros no ensino superior português em 2008/2009 é apresentada na Tabela 5.3.7.. Dos 17 900 alunos estrangeiros a frequentarem instituições nacionais (cerca de 0,5% relativamente ao total de alunos), 52,5% eram provenientes de África.

Mobilidade de estudantes europeus

A mobilidade de estudantes europeus no âmbito do programa Erasmus* é apresentada na Figura 5.3.5.. No âmbito deste programa, Portugal regista um desequilíbrio entre entradas e saídas de estudantes da ordem dos 13,4%. Há mais estudantes estrangeiros em Portugal do que jovens

portugueses a estudar noutro país. Os estudantes portugueses que saem permanecem fora, em média, 5,7 meses, enquanto os estrangeiros ficam durante cerca de 6,4 meses em Portugal, o que corresponde a uma estadia prolongada no conjunto dos países de acolhimento.

Os países de destino mais procurados pelos estudantes portugueses são, em primeiro lugar, a Espanha, seguindo-se a Itália, sendo igualmente destes países a maioria dos estudantes estrangeiros que escolhem Portugal no âmbito do programa Erasmus. A Universidade do Porto é a instituição que regista maior número de saídas de estudantes, enquanto a Universidade de Coimbra é a que acolhe mais alunos estrangeiros.

(26)

Figura 5.3.5. Saídas e entradas de estudantes Erasmus (2008/09)

Fonte: The Erasmus Programme, 2008/2009. A statistical overview. Direcção-Geral de Educação e Cultura. Comissão Europeia, 2010 0 35 000 25 000 30 000 20 000 15 000 10 000 5 000 entrada de estudantes saída de estudantes 21 932 27 894 DE 33 172 27 405 ES 24 614 28 283 FR 17 492 19 376 IT 20 850 10 826 UK 5 637 2 123 DK 6 605 4 411 FI 2 849 3 029 EL 2 476 4 057 HU 5 151 1 836 IE 4 923 13 402 PL 6 232 5 394 PT 913 2 020 SK 1 206 3 744 RO

Fonte: Inscritos no ensino superior (2008/2009): Informação sócio-económica. GPEARI, 2010 Tabela 5.3.7. Alunos de nacionalidade estrangeira inscritos no 1ºano pela 1ªvez

e total de alunos estrangeiros inscritos. Continente (2008/09)

Continente 1ºAno 1ªVez Total de alunos estrangeiros

América África Europa Ásia Oceania Total % 100,0% 25,1% 52,5% 19,5% 2,8% 0,2% 4 491 9 401 3 486 495 17 900 27 % 33,9% 42,8% 19,2% 3,8% 100,0% 0,2% 2 111 2 665 1 196 239 6 225 14

Fonte: Inscritos no ensino superior (2008/2009): Informação sócio-económica. GPEARI, 2010 Tabela 5.3.6. Taxa de escolarização (%) no ensino superior, por idades (excluindo CET). Portugal Idade 19 anos 18 anos 21 anos 20 anos 23 anos 22 anos 30-34 anos 24 anos 40-44 anos 35-39 anos 50 e mais anos 45-49 anos 2009/10 33,51 27,02 34,47 36,12 20,20 27,75 4,25 14,85 1,76 2,60 0,43 1,27 2008/09 32,91 25,96 33,56 35,72 19,59 26,99 n.d. 15,19 n.d. n.d. n.d. n.d. 2000/01 24,95 17,42 30,09 28,37 22,63 28,16 3,22 17,04 1,39 1,93 0,24 0,93

(27)

A evolução da situação comparativa de Portugal ao longo da década no quadro dos países da UE, relativamente à taxa de diplomados do ensino superior no grupo etário dos 30-34 anos é apresentada na Figura 5.3.6. e Tabela 5.3.a. (anexo estatístico).

Ao longo da década, registou-se um aumento de 12,2 pontos percentuais na taxa de diplomados no grupo etário dos 30-34 anos, situação que superou a média registada na UE27 no mesmo período (de 22,4% em 2000 para 33,6 em 2010, o que equivale a um aumento de 11,2 pp). Assim, o desvio de Portugal relativamente à média dos países europeus reduziu apenas 1 ponto percentual, considerando os valores observados no início e fim da década.

Se é certo que durante o período em análise a taxa de diplomados em Portugal mais que duplicou naquele grupo etário (de 11,3% em 2000 para 23,5% em 2010) também não deverá ser iludida a

dificuldade de alcançar a meta europeia definida no programa EF 2020 no sentido de a percentagem de adultos de 30-34 anos com nível de qualificação superior ser de pelo menos 40%.

A Tabela 5.3.8. e a Figura 5.3.7. apresentam a evolução verificada nos três últimos anos face ao número de diplomados observado no ano lectivo de 2000/01. De referir que o ano de 2007/08 se apresenta como o ano de transição em que foi implementada a nova organização de cursos prevista pelo Processo de Bolonha, implicando um significativo aumento do número de diplomados naquele ano, seja por terem concluído licenciaturas de três anos, seja por terem obtido equivalência a mestrados.

(28)

Tabela 5.3.8. Diplomados no ensino superior por subsistema de ensino.

Notas: a) Inclui instituições não integradas em universidades; b) Inclui instituições não integradas em Institutos Politécnicos e Unidades orgânicos de Ensino Politécnico integradas em Universidades Fonte: GPEARI, 2011. Universitário a) Universitário a) Politécnico b) Politécnico b) Total Subsistema de ensino Privado 2009/10 38 323 12 333 19 768 8 185 78 609 58 091 20 518 Público 2008/09 37 391 11 457 20 037 7 682 76 567 57 428 19 139 2007/08 37 366 10 340 27 103 9 200 84 009 64 469 19 540 2000/01 19 466 12 229 19 151 10 294 61 140 38 617 22 523 ...

Notas: (1) CET; (2) Bacharelato; (3) Licenciatura;

(4) Pós-graduação; (5) Mestrado; (6) Doutoramento Fonte: GPEARI, 2011

0 5 000 10 000 15 000 20 000 25 000 30 000 35 000 40 000 45 000 50 000 55 000 60 000 65 000 Homens Mulheres 1 2000/01

Figura 5.3.7. Diplomados por nível de formação e sexo

2 4 434 7 031 12 378 23 105 3 1 904 9 496 4 1 067 1 140 5 309 276 6 ... 1 1 188 594 898 2 332 2 26 518 37 805 3 1 170 2 896 4 4 678 6 427 5 2007/08 636 649 6 2008/09 1 1 334 688 187 575 2 22 769 32 133 3 970 2 515 4 6 662 9 489 5 597 670 6 2009/10 1 1 651 997 2 6 2 21 293 32 298 3 1 223 2 829 4 8 215 11 329 5 621 793 6

Figura 5.3.6. Diplomados do Ensino Superior (%) no grupo etário 30-34 anos, por sexo. UE27 (2010)

Fonte: Eurostat (database)

Homens Mulheres 0 60 50 40 30 20 10 U E2 7 Al em an ha D in am ar ca Es lo vá qu ia Es pa nh a Fi nl ân di a Fr an ça G ré ci a H un gr ia Ir la nd a It ál ia Po ló ni a Po rt ug al Re in o U ni do Ro m én ia

(29)

No conjunto de diplomados, os estudantes que concluíram as suas formações nas áreas de ciências sociais, comércio e direito, de saúde e protecção social e de engenharia, indústrias transformadoras e construção representam 68% dos diplomados em 2009/10 (Tabela 5.3.9.).

A comparação com a situação registada no conjunto dos países da UE27 é apresentada na Figura 5.3.8., onde se observa uma idêntica distribuição.

A taxa de feminidade entre os diplomados é elevada, atingindo 60,1% do total (Tabela 5.3.10.), o que é consistente com a observação dos percursos escolares femininos nos ensinos básico e secundário, caracterizados por maior percentagem de alunas com idade certa a frequentar os respectivos anos de escolaridade, melhores resultados nos exames e provas de aferição e melhor posicionamento nos concursos de acesso ao ensino superior.

(30)

Tabela 5.3.9. Diplomados no ensino superior por área de educação e formação. Portugal

Nota: “Ciências e Engenharias” corresponde aos grupos 400 – “Ciências, matemática e informática” e 500 – “Engenharia, indústrias transformadoras e construção” da CNAEF (Classificação Nacional de Áreas de Educação e Formação).

Fonte: : GPEARI, 2011 Áreas de Educação e Formação

Total

Artes e Humanidades

Ciências, Matemática e Informática Agricultura

Serviços

Ciências e Engenharias Educação

Ciências Sociais, Comércio e Direito Engenharia, Ind. Transform. e Constr. Saúde e Protecção Social

2009/10 78 609 6 801 23 012 14 412 16 387 6 458 5 139 1 259 5 141 19 551 2008/09 76 567 4 716 22 487 15 018 16 224 6 317 5 352 1 471 4 982 20 370 2007/08 84 009 5 398 23 525 17 037 17 398 7 474 6 294 2 046 4 837 23 331 2000/01 61 140 12 054 19 477 7 143 10 192 4 859 3 424 1 389 2 602 10 567

Figura 5.3.8. Diplomados por área de formação e sexo. UE 27

Fonte: Eurostat (database)

Homens Mulheres 0 1 600 000 1 400 000 1 200 000 1 000 000 800 000 600 000 400 000 200 000 Artes e Humanidades 2008 2009 Ciências Sociais, Comércio e Direito 2008 2009 Ciências, Matemática e Informática 2008 2009 Engenharia, Ind. Transform. e Construção 2008 2009 Agricultura e Veterinária 2008 2009 Saúde e Protecção Social 2008 2009 Serviços 2008 2009

Tabela 5.3.10. Diplomados no ensino superior por sexo. Portugal

Fonte: : GPEARI, 2011 Sexo Feminino Masculino 2009/10 39,9% 60,1% 2008/09 40,7% 59,3% 2000/01 32,9% 67,1%

(31)

As metas definidas no Programa de Desenvolvimento do Ensino Superior público prevêem a qualificação de mais 100 mil activos (para além do nível de 2009), ao longo dos próximos quatro anos, através do alargamento e diversificação da oferta educativa por parte das universidades e institutos politécnicos e do reforço da formação pós-graduada ao nível de mestrado e de doutoramento. Estas acções visam atrair novos públicos para o ensino superior, em particular pessoas inseridas no mercado de trabalho que queiram obter qualificações de nível superior ou prosseguir a sua actualização científica e profissional. Para a sua concretização, cada instituição de ensino superior público apresentou o seu programa específico de desenvolvimento do qual constam as linhas de acção a prosseguir e a quantificação do aumento de diplomados a atingir em 2014 (Tabela 5.3.11.).

De entre as medidas com maior impacto na abertura das instituições a mais estudantes e a novas camadas sociais devem-se referir o funcionamento de cursos de ensino a distância e em regime pós-laboral, o incremento da oferta de cursos de especialização tecnológica, o ingresso de adultos maiores de 23 anos inscritos e o significativo aumento de programas de pós-graduação (Tabela 5.3.12.).

No ensino público universitário é de referir a previsão do aumento significativo de alunos a frequentarem cursos de ensino a distância (mais 10 273 diplomados), realizados na sua maioria em consórcio com a Universidade Aberta, enquanto no ensino politécnico são os cursos em regime pós-laboral que se prevê venham contribuir decisivamente para o aumento do número de diplomados (mais 14 826 diplomados).

O Contrato de Confiança traduz-se, assim, num compromisso recíproco plurianual sobre os objectivos a atingir e os recursos disponíveis, susceptível de dotar o ensino superior público de um quadro estável para o seu desenvolvimento.

(32)

Tabela 5.3.11. Contrato de Confiança - Previsão do número total

de diplomados, por subsistema

Fonte: Contrato de Confiança no Ensino Superior para o Futuro de Portugal. Evolução do Programa de Desenvolvimento do Ensino Superior, 2010-2014. MCTES, Setembro de 2010 Nota: (1) Não inclui o ano de 2010, dado não ser

conhecido o número de diplomados desse ano à data da previsão. Os 100 000 diplomados a mais são o somatório de diplomados em 2011, 2012, 2013 e 2014, deduzindo 4 vezes o número de diplomados em 2009.

Aumento de diplomados 2010-2014 Total de Diplomados (1)

Ensino Superior Público

Total Politécnico Universitário % -62,5% 37,5% 107 848 67 366 40 482 2014 96 603 62 685 33 918 2013 90 761 58 653 32 108 2012 82 167 53 888 28 279 2011 72 681 48 504 24 177 2009 58 679 39 179 19 500

Tabela 5.3.12. Previsão do aumento de diplomados, por ciclo de estudos e subsistema,

entre 2009 e 2014

Fonte: Contrato de Confiança no Ensino Superior para o Futuro de Portugal. Evolução do Programa de Desenvolvimento do Ensino Superior, 2010-2014. MCTES, Setembro de 2010 Ensino Superior Público

Total Politécnico Universitário Doutoramento 3 899 3 899 -Total 107 848 67 366 40 482 Pós-graduação 20 715 Mestrado 28 437 70 018 20 866 Licenciatura 18 229 12 479 5 750 CET 15 702 1 836 13 866

(33)

Através da Tabela 5.3.13. verifica-se que a evolução da taxa média de emprego de diplomados no grupo etário dos 25-64 anos nos países da UE manteve-se estável ao longo da década, situando-se em 82,9% em 2009, embora se tenha verificado o decréscimo de 1 ponto de 2008 para 2009. De facto, na maioria desses países, a taxa de emprego de diplomados cresceu relativamente à que se registava em 2000, como é o caso de Espanha e de França, embora se mantenha abaixo da média europeia. Em países como a Irlanda, Itália e Reino Unido verificou-se a situação inversa, com redução muito expressiva das respectivas taxas de emprego (entre 6 e 3 pontos). A Irlanda surge como o país cuja taxa de emprego de diplomados mais se ressentiu da crise europeia, situando-se em 2009 abaixo da média europeia.

Portugal regista igualmente uma diminuição importante na taxa de emprego de diplomados quando comparada a situação existente em 2000, tendência que parece manter-se nos dois últimos anos, segundo os dados comparativos existentes. Mantém-se, contudo, acima da taxa média europeia com 84,3% de diplomados empregados.

(34)

Fonte: CEDEFOP. Statistics and indicators/employment and knowledge, 2011. Tabela 5.3.13. Taxa de emprego dos diplomados com ensino superior (CITE 5-6)

no grupo etário 25-64 anos, na UE27

Países UE27 Alemanha Dinamarca Eslováquia Espanha Finlândia França Grécia Hungria Irlanda Itália Polónia Portugal Reino Unido Roménia 2009 82,9 87,0 87,3 80,3 79,0 84,4 80,0 81,6 78,1 80,7 77,0 83,7 84,3 84,2 84,1 2008 83,9 86,4 89,2 83,8 81,7 85,6 80,9 82,1 79,5 84,4 78,5 83,7 84,7 85,3 85,7 2000 83,0 88,2 82,4 84,9 75,1 84,0 78,7 80,6 82,0 86,5 81,0 83,8 89,8 87,4 83,9

Tabela 5.3.14. Desempregados por tempo de inscrição. Continente (Dezembro de 2010)

Fonte: A Procura de Emprego dos diplomados com habilitação superior 2010 - Relatório VIII. GPEARI, Março 2011 Tempo de inscrição Total < 3 Meses 3 a < 6 Meses 6 a < 12 Meses 12 a < 24 Meses >= 24 Meses Desempregados com habilitação superior % 18,0% 100,0% 27,3% 26,0% 18,6% 10,1% 48 522 13 232 12 624 9 036 8 734 4 896 Desempregados sem habilitação superior Total de desempregados 519 888 126 324 74 554 101 106 118 864 99 040 % 100,0% 24,3% 14,3% 19,4% 19,1% 22,9% 471 366 113 092 61 930 92 070 110 130 94 144 % 100,0% 24,0% 13,1% 19,5% 20,0% 23,4%

(35)

Os dados relativos ao desemprego de diplomados em Portugal (GPEARI, 2011a), referenciados a Dezembro de 2010, apontam para uma taxa de desemprego de 3,5% da população residente (15-64 anos) com habilitação superior, sendo no grupo etário dos 25-34 anos que se concentram perto de 50% dos desempregados com habilitação superior (Tabela 5.3.15.).

Os desempregados que concluíram o seu curso superior entre 2000 e 2010 representam 5,4% (Tabela 5.3.b., em anexo estatístico) dos que se diplomaram no mesmo período. É nas áreas

de estudo de ciências empresariais, de ciências sociais e do comportamento e de formação de professores que se registam as taxas mais elevadas de desemprego de diplomados. Entre Dezembro de 2009 e Dezembro de 2010, a área que registou maior aumento de desempregados diplomados foi a da educação, tendo passado de 3 142 para 4 972 desempregados (Figura 5.3.9.).

(36)

0 2 000 18 000 20 000 16 000 14 000 12 000 10 000 8 000 4 000 6 000 Dez 2009 Dez 2010

Figura 5.3.9. Desempregados com habilitação superior por áreas de estudo

3 142 4 972 Educação

10,3% 7,2%

Fonte: A Procura de Emprego dos diplomados com habilitação superior 2010 - Relatório VIII. GPEARI, Março 2011 Nota: - Existência de 76 desempregados em 2009

e 34 em 2010 sem área referenciada; - % do total das áreas de estudo em cada ano.

4 948 5 368 Artes e Humanidade 11,0% 11,3% 17 169 17 866 Ciências Sociais, Comércio e Direito 36,8% 39,5% 2 115 2 360 Ciências, Matemática e Informática 4,9% 4,7% 7 695 8 294 Engenharia, Ind. Transform. e Construção 17,1% 17,5% 1 047 1 135 Agricultura 2,4% 2,4% 4 961 5 837 Saúde e Protecção Social 12,0% 11,4% 2 602 2 656 Serviços 5,5% 6,0% Tabela 5.3.15. Desempregados por grupo etário. Continente (Dezembro de 2010)

Fonte: A Procura de Emprego dos diplomados com habilitação superior 2010 - Relatório VIII. GPEARI, Março 2011 Grupo Etário < 25 Anos 25 - 34 Anos 35 - 54 Anos 55 Anos e + % 3,7% 19,3% 47,9% 29,1% 9 381 23 227 14 115 1 799 60 122 118 217 243 272 98 277 % 11,6% 22,7% 46,8% 18,9% 50 741 94 990 229 157 96 478 % Total 519 888 100,0% 471 366 100,0% 48 522 100,0% 10,8% 20,2% 48,6% 20,5% Desempregados com habilitação superior Desempregados sem habilitação superior Total de desempregados

(37)

5.4. Docentes

Em 2009 entraram em vigor os novos estatutos das carreiras docentes universitária e politécnica. O ordenamento jurídico da carreira docente universitária definiu o doutoramento como grau de entrada e a obrigatoriedade de concursos internacionais para professores, com júris maioritariamente externos à instituição. Na carreira docente politécnica passou a ser exigido o título de especialista ou, em alternativa, o grau de doutor, para acesso à carreira, sendo a selecção realizada por concurso, com júris compostos igualmente por membros externos às próprias instituições.

Em 2009 e relativamente ao ano anterior, regista-se um crescimento de cerca de 2,4% do número total de docentes no ensino superior. Este crescimento verifica-se, quer no ensino público, quer no privado, especialmente no ensino universitário. Comparando com o início da década, o crescimento é apenas de 1,3% no total de docentes (Figura 5.4.1.).

O pessoal docente do ensino superior é na sua maioria do sexo masculino e concentra-se no grupo etário dos 30-49 anos, o qual em 2009 representava cerca de 63% dos professores em exercício de funções nos sectores público e privado. No ensino universitário público nota-se, porém, um aumento de docentes com idade superior a 50 anos, ao comparar com a distribuição etária registada no início da década (Figuras 5.4.2. e 5.4.3.).

(38)

Fonte: Inquérito ao Registo Biográfico de Docentes do Ensino Superior, 2001 a 2009. GEPEARI, Junho 2011 Figura 5.4.3. Docentes do ensino superior público e privado (n.º) com menos de 30 e mais de 50 anos

<30 anos ≥50 anos 12 000 10 000 8 000 6 000 4 000 2 000 0 2009 2008 2001 ...

Figura 5.4.1. Docentes do ensino superior por subsistema de ensino e natureza institucional

Fonte: Inquérito ao Registo Biográfico de Docentes do Ensino Superior. GPEARI, Junho 2011

0 2 000 4 000 6 000 16 000 14 000 12 000 10 000 8 000 ... 2001 2008 2009 14 455 14 466 14 803 Universitário Público 9 841 10 262 10 289 Politécnico 7 424 6 479 6 899 Universitário Privado 4 020 4 173 4 224 Politécnico

Figura 5.4.2. Docentes do ensino superior por grupo etário, subsistema de ensino e natureza institucional

Fonte: Inquérito ao Registo Biográfico de Docentes do Ensino Superior, 2001 a 2009. GEPEARI, Junho 2011 <30 30-39 40-49 50-59 ≥60 Público 2001 0 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% Universit. Politécn. Privado Universit. Politécn. Público 2008 Universit. Politécn. Privado Universit. Politécn. 2009 Público Universit. Politécn. Privado Universit. Politécn.

Tabela 5.4.1. Taxa de feminidade dos docentes do ensino superior

por subsistema de ensino e natureza institucional

Fonte: Inquérito ao Registo Biográfico de Docentes do Ensino Superior, 2001 a 2009. GEPEARI, Junho 2011 Privado Público Politécnico Universitário Politécnico Universitário 2009 39% 48% 41% 52% 2001 38% 45% 36% 50% 2008 39% 47% 41% 53%

(39)

No que diz respeito à evolução da sua qualificação académica, tem vindo a consolidar-se a tendência de aumento significativo dos doutorados nos dois subsistemas e em ambos os sectores, público e privado. Relativamente a 2001, o crescimento de doutorados no sistema é de 62,9%, os quais representavam já, em 2009, 68% do total de docentes nas universidades públicas. Simultaneamente, observa-se uma diminuição ainda ligeira no número de mestres e mais acentuada nos licenciados (Figura 5.4.4. e Tabela 5.4.a., em anexo estatístico).

Neste domínio, é de assinalar o crescimento da formação avançada de recursos humanos, apoiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia através da atribuição de bolsas para a realização de doutoramento, tendo o seu número praticamente triplicado relativamente a 2000 (Tabela 5.4.2.). Igualmente, a partir de 2008, a contratação de cerca de 1 200 investigadores doutorados, dos quais cerca de 4,1% de nacionalidade estrangeira, veio reforçar a capacidade das instituições de ensino superior em actividades ligadas à investigação e aumentar a sua competitividade internacional.

Contudo, a internacionalização do sistema de ensino superior português, tendo por referência o número de docentes de nacionalidade estrangeira a leccionarem nas instituições do país, não

ultrapassa os 5%. Neste âmbito, deve-se salientar o aumento de cerca de um ponto percentual de 2008 para 2009, registado nos ensinos público e privado, bem como o forte impacto das parcerias académicas e científicas internacionais estabelecidas (Tabela 5.4.3.).

Devem ser referidas as parcerias no âmbito do programa MIT-Portugal, que inclui os eixos de investigação em sistemas sustentáveis de energia e transportes, engenharia de células estaminais e novos materiais e produtos para aplicação na mobilidade eléctrica e em novos dispositivos médicos; os programas CMU-Portugal e Fraunhofer-Portugal, na área das tecnologias de informação e comunicação; o programa UT Austin-Portugal, na área média digital interactiva; e o programa Harvard Medical School – Portugal, na área da Saúde. Estas parcerias envolvem a participação de docentes e investigadores nacionais e estrangeiros, tendo dado origem a diversos cursos de mestrado e de doutoramento enquadrados em linhas de I&D.

(40)

Fonte: Inquérito ao Registo Biográfico de Docentes do Ensino Superior, 2001 a 2009. GEPEARI, Junho 2011 0 16 000 14 000 12 000 10 000 8 000 6 000 4 000 2 000 2001

Doutor Mestre Licenciado Bacharel Outro

Figura 5.4.4. Docentes do ensino superior por grau académico

2008 2009

Tabela 5.4.3. Docentes de nacionalidade portuguesa e estrangeira (N.º e %),

por subsistema de ensino e natureza institucional

Fonte: Inquérito ao Registo Biográfico de Docentes do Ensino Superior, 2001 a 2009. GEPEARI, Junho 2011 2009 Estrangeiros Estrangeiros Universitário Politécnico Portugueses Portugueses Total % 95,3% 97,5% 4,7% 2,5% 100% 100% 20 672 14 143 1 030 370 21 702 14 513 Público % 95,3% 97,8% 4,7% 2,2% 100% 100% 14 103 10 059 700 230 14 803 10 289 Privado % 95,2% 96,7% 4,8% 3,3% 100% 100% 6 569 4 084 330 140 6 899 4 224 2008 Total % 95,9% 97,8% 4,1% 2,2% 100% 100% 20 088 14 118 857 317 20 945 14 435 Público % 95,7% 98,0% 4,3% 2,0% 100% 100% 13 845 10 060 621 202 14 466 10 262 Privado % 96,4% 97,2% 3,6% 2,8% 100% 100% 6 243 4 058 236 115 6 479 4 173 2001 Total % 96,2% 97,9% 3,8% 2,1% 100% 100% 21 054 13 571 825 290 21 879 13 861 Público % 96,3% 98,3% 3,7% 1,7% 100% 100% 13 918 9 678 537 163 14 455 9 841 Privado % 96,1% 96,8% 3,9% 3,2% 100% 100% 7 136 3 893 288 127 7 424 4 020

Fonte: PORDATA, actualização de 27.04.2011 Tabela 5.4.2. Bolsas de doutoramento concedidas e em execução – FCT

Bolsas de Doutoramento 2009 2008 2010 2000 Em Execução 7 831 3 032 6 736 8 636 Concedidas 1 831 797 1 961 n.d. Anos

(41)

5.5. Apoios sociais aos estudantes e financiamento

Bolsas de estudo e empréstimos a estudantes

No que se refere à Acção Social directa, a evolução do número de bolseiros do ensino superior ao longo da década apresenta um crescimento significativo da ordem dos 33,7%. Em 2009, o total de bolseiros é de cerca de 75 000, representando 20,1% dos alunos matriculados naquele ano (Tabelas 5.5.1. e 5.5.2.). Por outro lado, o sistema de concessão de empréstimos com garantia mútua, criado em 2007 e contratualizado com as instituições de crédito, tem vindo a ter uma procura crescente (Tabela 5.5.3.). Em 2010 encontravam-se celebrados 14 019 contratos de empréstimo a estudantes, representando um aumento de 26,7% em relação ao ano anterior. O valor total dos contratos ascende a 163 302 milhões de euros, sendo o valor médio do crédito a utilizar em 2010/11 de 6 276€ por estudante com contrato. O número de estudantes que beneficiam de empréstimos é de apenas 3% do total de alunos inscritos.

Enquanto sistema que facilita a diversificação das fontes de rendimento dos estudantes e promove a sua autonomia, estes empréstimos são cumuláveis com outros subsídios públicos e desempenham um papel complementar em relação a bolsas de estudo atribuídas através do sistema de acção social directa. Contudo, apenas menos de um terço dos estudantes que contraíram empréstimos beneficiam de bolsas de estudo.

Financiamento da Acção Social Escolar directa

No sentido de melhorar as condições de acesso de estudantes economicamente carenciados e, desse modo, alargar a base social do ensino superior e promover a equidade do sistema, a despesa pública com a acção social escolar directa registou um aumento significativo nos últimos cinco anos. Deve-se assinalar que a despesa anual no apoio social directo em bolsas de estudo aumentou cerca de 70% entre 2006 e 2010, totalizando 160 milhões de euros em 2010. De modo a garantir o aumento do apoio social directo a estudantes foram utilizadas verbas do Fundo Social Europeu, estando prevista a continuação do seu financiamento nos próximos anos (Tabela 5.5.5.).

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