Em Marcha, 2015.1
IGREJA METODISTA
ASA NORTE 406
Estudo 15
Adorar a Deus
1- Introdução
2- Fundamento Bíblico
3- Conclusão
1. Introdução
1. Texto de referência
João 4: 1-10
(ACF)1 E quando o Senhor entendeu que os fariseus tinham ouvido que Jesus fazia e batizava mais discípulos do que João. 2 (Ainda que Jesus mesmo não batizava, mas os seus discípulos), 3 Deixou a Judéia, e foi outra vez para a Galiléia.
4 E era-lhe necessário passar por Samaria. 5 Foi, pois, a uma cidade de Samaria, chamada Sicar, junto da herdade que Jacó tinha dado a seu filho José.
6 E estava ali a fonte de Jacó. Jesus, pois, cansado do caminho, assentou-se assim junto da fonte. Era isto quase à hora sexta. Veio uma mulher de Samaria tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber. 8 Porque os seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida. 9 Disse-lhe, pois, a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? (porque os judeus não se comunicam com os samaritanos).
10 Jesus respondeu, e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.
1. Texto de referência
João 4: 11-20
(ACF)11 Disse-lhe a mulher: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva? 12 És tu maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, bebendo ele próprio dele, e os seus filhos, e o seu gado?
13 Jesus respondeu, e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede; 14 Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida
eterna. 15 Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede, e não venha aqui tirá-la. 16 Disse-lhe Jesus: Vai, chama o teu marido, e vem cá. 17 A mulher respondeu, e disse: Não tenho marido. Disse-lhe Jesus: Disseste bem: Não tenho marido; 18 Porque tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade. 19 Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta. 20 Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar.
1. Texto de referência
João 4: 21-30
(ACF)21 Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. 22 Vós adorais o que não sabeis; nós adora-mos o que sabeadora-mos porque a salvação vem dos judeus. 23 Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. 24 Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade. 25 A mulher disse-lhe: Eu sei que o Messias (que se chama o Cristo) vem; quando ele vier, nos anunciará tudo. 26 Jesus disse-lhe: Eu o sou, eu que falo contigo. 27 E nisto vieram os seus discípulos, e maravilharam-se de que estivesse falando com uma mulher; todavia nenhum lhe disse: Que perguntas? ou: Por que falas com ela? 28 Deixou, pois, a mulher o seu cântaro, e foi à cidade, e disse àque-les homens: 29 Vinde, vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Porventura não é este o Cristo? 30 Saíram, pois, da cidade, e foram ter com ele
2. Fundamento Bíblico
Temas
Água viva
Por que Jesus puxou assunto e oferceu-a à mulher samaritana, mas, noutra ocaião, recusou-se inicialmente a ouvir e oferecer pão à mulher cananéia?
“Nosso pai Jacó”
Por que a samaritana, falando com Jesus, se refere a Jacó como “nosso pai”?
Adorar a Deus em Espírito e em Verdade
O que significa isso, e por que é importante?
Quando e onde adorar verdadeiramente
Os Judeus e os Samaritanos estavam envolvidos em uma disputa secular de ódio, preconceito e discriminação. Este conflito remonta do episódio após a morte do rei Salomão, quando aconteceu a revolta das tribos de Israel,
conhecido como Cisma. O reino foi dividido em duas partes. O reino de Judá, mais ao sul sob o comando de Roboão (filho de Salomão) e o reino de Israel ao norte comandado por Jeroboão. O reino do norte, reino de Israel que englobava dez tribos, foi posteriormente invadido pelos assírios. Os assírios tinham como tática miscigenar a população conquistada através de casamentos, diminuindo o seu sentimento nacionalista e evitando possíveis revoltas por independência. Isso fez com que os habitantes do reino do norte fossem considerados como pagãos pelos demais Judeus. A adoração e o culto de divindades dos assírios ajudaram a aumentar ainda mais essa divisão.
Por isso, a mulher samaritana se assustou quando Jesus primeiro pediu-lhe água do poço, e depois ofereceu-lhe água viva. Que agua viva é essa?
“Nosso pai Jacó”
Um Judeu que saísse da Judéia para a Galiléia costumava dar uma considerável volta (passando pelo vale do Jordão), para evitar ataques que lhe reservavam os samaritanos. Mas Jesus muda o seu trajeto e chega a Sicar, com seus discípulos, ao poço que há muitos séculos Jacó tinha dado a José, seu filho.
Ao responder assim a Jesus, a mulher samaritana retribui sua amabilidade
identifica-se como israelita. A palavra hebraica aba tem vários significados além de “pai”: também pode significar “avo”, “patriarca”, “chefe.”
Quando Jesus oferece da "água viva" ele falava do que é espiritual, enquanto a samaritana ainda compreendia o sentido material das palavras (Jo 4:11, 15). Quem mais pode se identificar com o povo, a nação ou os filhos de Israel?
Adorar a Deus em Espírito e
em Verdade
Poderia essa mulher, tão preocupada com a água de um poço apenas momentos antes, despertar em si um interesse genuíno por coisas espirituais? Que desafio! Jesus obviamente pensava que sim. Ele, que conhece a natureza do ser humano melhor do qualquer um (Jo 2:25), olhava para essa pecadora com amorosa
compaixão e com confiança que ele era capaz para resgatá-la de seu pecado. E a mais surpreendente revelação ainda estava por vir. Quando a samaritana
ponderou a resposta anterior de Jesus, ela comentou sobre uma verdade em que ela acreditava: "Eu sei ... que há de vir o Messias, chamado Cristo; quando ele vier, nos anunciará todas as cousas" (Jo 4:25). Na resposta do viajante ela ouve a espantosa razão para seu comentário enigmático anterior (Jo 4:10). Se apenas ela soubesse quem estava pedindo água! Agora, com seus interesses espirituais despertados, ela estava pronta para ouvir o resto da história desse forasteiro judeu: "Eu o sou, eu que falo contigo" (Jo 4:26). Poderia ser? Poderia ela, uma desprezada samaritana, estar falando face a face com o Ungido de Deus? E nós?
Quando e onde adorar
verdadeiramente
Antes que você feche a sua Bíblia e comece a pensar em assuntos mundanos, observe algumas das maravilhosas lições que aprendemos aqui:
1. Estamos rodeados de oportunidades. O que parece ser um simples encontro entre Jesus e uma mulher desconhecida virou uma tremenda oportunidade para evangelizá-la. Nossos encontros "oportunos" num ônibus, loja, fila, ou rede social podem ser uma dessas ocasiões.
2. Não ofereceremos a salvação ao mundo com conversa mundana. Quando Jesus usou a linguagem espiritual e a mulher pensou na água do poço, o Senhor não se desviou de seu rumo. Ele encontrou um modo de trazer os pensamentos dela do poço para as verdades que poderiam mudar a vida dela.
3; Jesus usou as perguntas dela como um trampolim para os assuntos que ela precisava ouvir.
Quando e onde adorar
verdadeiramente
4. Para alcançar a salvação, precisa-se ver a verdade penosa da própria condição espiritual. O ponto crítico da conversa foi quando Jesus implicitamente revelou duas coisas: (a) Que a mulher estava num triste estado de pecado e, (2) Que ele é aquele que pode reconhecer e resolver tais problemas da alma.
5. Para alcançar a salvação, não se pode confiar somente no testemunho de outros. Precisamos ouvir as palavras de Jesus. João, e outros discípulos, registraram cuidadosamente as palavras e atos de Jesus para dar a todas as futuras gerações uma base para crerem (Jo 20:26-31).
Jesus também profetizou, veladamente para a samaritana, sobre a vindoura destruição do Templo e de Jerusalém pelos romanos, quando o formalismo e a religiosidade dos orgulhosos judeus iriam ser subtaídos de suas vidas espirituais. Destruição que atingiria também a liberdade dos samaritanos adorarem a Deus no monte de sua escolha.