DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
1. CONCEITOS COMPLEMENTARES
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, presidida por Gro Harlem Brundtland – Nosso Futuro Comum (1987)
Atende as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades
Não é um estado permanente de harmonia – escolhas difíceis e empenho político Cenários de mudanças: (1) exploração de recursos, (2) orientação de investimentos, (3) rumos do desenvolvimento tecnológico e (4) mudanças institucionais.
Foco nas necessidades atuais e futuras
2. NECESSIDADES E LIMITES
NECESSIDADES: needs
Ser humano: portador de necessidades necessidades humanas:
(1) necessidades objetivas - adaptação de um organismo ao meio ambiente em que vive. (2) Necessidades subjetivas - adaptação do meio ambiente ao indivíduo
Noção das limitações
LIMITES: não são absolutos
Dependem (1) do estágio da tecnologia, (2) da organização social (3) capacidade da biosfera absorver efeitos das atividades humanas
3. COMPROMISSOS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
(I)
1. um sistema político que assegure a efetiva participação dos cidadãos no processo decisório;
2. um sistema econômico capaz de gerar excedentes e know-how técnico em bases confiáveis e constantes;
3. um sistema social que possa resolver as tensões causadas por um desenvolvimento não- equilibrado;
continua...
4. COMPROMISSOS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
(II)
4. um sistema de produção que respeite a obrigação de preservar a base ecológica do desenvolvimento;
5. um sistema tecnológico que busque constantemente novas soluções;
6. um sistema internacional que estimule padrões sustentáveis de comércio e financiamento;
5. COMPROMISSOS DOS ESTADOS NACIONAIS (I)
Segundo o Relatório Brundtland,
(1) limitação do crescimento populacional; (2) garantia de alimentação a longo prazo;
(3) preservação da biodiversidade e dos ecossistemas;
(4) diminuição do consumo de energia e desenvolvimento de tecnologias que admitem o uso de fontes energéticas renováveis;
(5) aumento da produção industrial nos países não-industrializados à base de tecnologias ecologicamente adaptadas.
continua...
6. COMPROMISSOS DOS ESTADOS NACIONAIS (II)
[Segundo o Relatório Brundtland],
(6) controle da urbanização selvagem e integração entre campo e cidades menores; as necessidades básicas devem ser satisfeitas.
(7) as organizações do desenvolvimento devem adotar a estratégia de desenvolvimento sustentável;
(8) a comunidade internacional deve proteger os ecossistemas supranacionais como a Antártica, os oceanos, o espaço;
(9) guerras devem ser banidas;
(10) a ONU deve implantar um programa de desenvolvimento sustentável.
7. COMPROMISSOS LOCAIS PARA O DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL
(1) uso de novos materiais na construção;
(2) reestruturação da distribuição de zonas residenciais e industriais;
(3) aproveitamento e consumo de fontes alternativas de energia, como a solar, a eólica e a geotérmica;
(4) reciclagem de materiais aproveitáveis; (5) não-desperdício de água e de alimentos;
(6) menor uso de produtos químicos prejudiciais à saúde nos processos de produção alimentícia.
8. COMPROMISSOS EMPRESARIAIS PARA O DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL - CEBDS
Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) – fundado em 1997
www.cebds.org.br
Assumiu um grande desafio: criar condições no meio empresarial e nos demais segmentos da sociedade para que haja uma relação harmoniosa entre essas três dimensões da sustentabilidade - econômica, social e ambiental.
9. ECOEFICIÊNCIA – VISÃO DO CEBDS (I)
A ECOEFICIÊNCIA é alcançada mediante:
(1) fornecimento de bens e serviços a preços competitivos
(2) que satisfaçam as necessidades humanas e tragam qualidade de vida, (3) que reduzam progressivamente o impacto ambiental
(4) que reduzam o consumo de recursos ao longo do ciclo de vida, a um nível, no mínimo, equivalente à capacidade de sustentação estimada da Terra
(conceito elaborado pelo World Business Council for Sustainable Development – WBCSD, em 1992).
Continua...
10. ELEMENTOS DA ECOEFICIÊNCIA (fonte CEBDS)
• Reduzir o consumo de materiais com bens e serviços. • Reduzir o consumo de energia com bens e serviços. • Reduzir a dispersão de substâncias tóxicas.
• Intensificar a reciclagem de materiais.
• Maximizar o uso sustentável de recursos renováveis. • Prolongar a durabilidade dos produtos.
• Agregar valor aos bens e serviços
11. CONSUMISMO
“Os 10% dos brasileiros mais ricos detêm 50% do PIB, enquanto os 10% mais pobres ficam com apenas 1% da riqueza nacional”, SustainAbility
Consumo além das necessidades essenciais (objetivas e subjetivas) HIPER CONSUMISMO
(ecologicamente não sustentável)
Teto (uso máximo permitido do espaço ambiental/capita) ESPAÇO AMBIENTAL disponível/capita
PRIVAÇÃO (socialmente não
sustentável)
Piso (uso mínimo socialmente necessário do
espaço ambiental/capita)
Fonte: REPEA – www.repea.org.br
12. O MERCADO COMO FORÇA REGULADORA
A ABORDAGEM ECONÔMICO-LIBERAL DE MERCADO
Valorização do consumismo (e do economicismo) é inerente ao modelo neoliberal, que impede a formação da consciência ecológica
FORÇAS DO MERCADO: (1) pressão da concorrência (2) crescimento econômico (3) e prosperidade (4) progresso tecnológico --> levariam ao uso racional de recursos FORÇAS DO MERCADO: o melhor mecanismo para garantir necessidades e desejos individuais, inclusive os desejos por um meio ambiente melhor.
CONSUMIDOR com consciência ecológica nas decisões de compra (preço e valor)
13. CONSUMIDOR CONSCIENTE
O CASO DO INSTITUTO AKATU: pelo consumo consciente - www.akatu.net
Organização não-governamental, sem fins lucrativos. Foi criado em 15 de março (Dia Mundial do Consumidor) de 2001,
Educar e mobilizar a sociedade para o consumo consciente. A palavra “Akatu” vem do tupi e significa, ao mesmo tempo, “semente boa” e “mundo melhor”. (traduz a idéia de que o mundo melhor está contido nas ações de cada indivíduo)
MISSÃO: (1) educar, (2) sensibilizar e (3) mobilizar para o consumo consciente. AÇÕES: (1) desenvolvimento de atividades em comunidades; (2) divulgação de conceitos e de informações na internet, em publicações, na mídia informativa e em campanhas publicitárias; (3) desenvolvimento de pesquisas; e (4) elaboração de instrumentos de avaliação e informação sobre o consumo consciente.
14. AGENDA 21
Compromissos coletivos com (1) justiça social (2) equilíbrio ecológico e (3) eficiência econômica (40 capítulos, 179 países na Rio 92)
Traduz em ações o conceito de Desenvolvimento Sustentável
Esforço de planejar o futuro: gera inserção social e oportunidades para que as sociedades e os governos possam definir prioridades nas políticas públicas.
Base: o ambiente de que temos (avaliação) e o ambiente que queremos (prospecção) Objetivo: mobilizar todos os segmentos da sociedade: "atores relevantes" e "parceiros do desenvolvimento sustentável".
15. A AGENDA 21 REGIONAL
Planejamento Estratégico Participativo
Princípios: Desenvolvimento sustentável e Consolidação de Vantagens Sustentadas Visões: (1) sistêmica (2) dialética (3) prospectiva
Gestão de recursos: (1) políticos (2) econômicos (3) organizativos e (4) cognitivos) EXPERIÊNCIA LOCAIS (Santos, Cubatão e S.Vicente)
DIFICULDADES ENFRENTADAS NA CONSTRUÇÃO DA AGENDA 21 REGIONAL
VÍDEOS PARA DISCUSSÃO
ILHA DAS FLORES:
Um ácido e divertido retrato da mecânica da sociedade de consumo. Acompanhando a trajetória de um simples tomate, desde a plantação até ser jogado fora, o curta escancara o processo de geração de riqueza e as desigualdades que surgem no meio do caminho.
BARAKA (Trecho)
Baraka é um documentário sobre o homem e a natureza, suas belezas, contrastes, semelhanças e destruição. Ele revela o quanto a humanidade está interligada, apesar das diferenças de religião, cultura e língua dos povos. Um verdadeiro poema visual, feito ao longo de 14 meses e filmado em 24 países, inclusive no Brasil. Foram
investidos 4 milhões de dólares na produção deste documentário que é uma verdadeira obra de arte.