Os processos de tomada de decisão no mundo e especificamente no universo das profissões estão cada vez mais complexos. Decisões são todas por impulso, por motivos racionais ou emocionais, por capricho, enfim, de diferentes maneiras cada pessoa busca um seu estilo pessoal de tomar decisões.
Quando saímos de casa já estamos decidindo que roupas usar, o que comer, que caminhos trilhar. Todos os dias de diferentes formas estamos tomando decisões, que são motivadas por estilos de vida, mais ou menos elaborados e escolhidos.
As formas como as pessoas tomam suas decisões profissionais e de carreira se tornam mais complexas a cada dia, decidem porque a carreira trará maiores oportunidades, escolhem porque acreditam que existe um grande mercado de trabalho. Devido a influência de pais e de professores. Escolhem a carreira porque acreditam que serão capazes de contribuir com uma sociedade mais justa e igualitária, enfim os motivos conscientes ou não servem como justificativas de sua tomada de decisão.
Claro que ao pensarmos o mundo contemporâneo observamos uma imensa margem de novas profissões e oportunidades laborais que acabam por tornar a atitude de tomada de decisão uma coisa um tanto complexa. Também observamos a nós mesmos e imaginamos que podemos desempenhar a contento umas tantas profissões diferentes, porém devemos escolher uma, pelo menos momentaneamente.
Outra motivação para pensar em tomada de decisão é devido ao aumento do número de cursos e de profissões, quanto mais cursos e profissões maior a amplitude das carreiras. Quanto maior a amplitude dos campos de trabalho maior a complexidade das carreiras e das trajetórias socioprofissionais que porventura nos sirvam de modelos ou referências.
Em primeiro lugar devemos ter em mente que nossas escolhas são fortemente influenciadas por nossas percepções, nossa maneira de ver o mundo. Se em nossa percepção a escolha profissional depende basicamente o reconhecimento de minhas habilidades. Se sei sobre o que gosto ou não de fazer eu direciono minhas escolhas por meu autoconhecimento.
Eu reconheço que tenho habilidades em ciências exatas e não em ciências humanas, me parece lógico seguir uma carreira nesta área. Se analisarmos um maior número possível de informações sobre o campo de trabalho e sobre o universo das profissões vamos verificar que tanto as habilidades de raciocínio lógico e matemático quanto às habilidades de relacionamento interpessoal são importantes para as áreas de exatas, ou podem ser requisitos classificatórios.
Se antigamente bastava ter um curso superior, hoje não é mais assim, as empresas solicitam para a contratação de seus empregados mais informações e precisam saber que estes trabalhadores são capazes de tomar decisões em momentos cruciais.
Na carreira muitos astros resolveram se aposentar mesmo estando no auge da carreira, esta tomada de decisão envolveu uma percepção de si e de seu projeto de vida. Outros, no entanto, continuam até estarem muito idosos para o desempenho de suas atividades.
No meio da carreira por volta dos 40 ou 50 anos muitas pessoas entram em crise e tomam a decisão de buscar novas profissões. Outras pessoas ao atingir todas as suas necessidades pessoais, mesmo ao fim da carreira tomam bruscas decisões e mudam completamente suas vidas.
Mesmo no dia a dia das empresas é fundamental que todos os colaboradores saibam tomar decisões.
Os elementos para a tomada de decisão: considerar alguma situação como uma situação problema, levantar o maior número possível de informações sobre ela e pensar as alternativas de ações. Assim nossa tomada de decisão sobre o trabalho vai depender de nossas escolhas e de nossas percepções do que constitui ou não um problema de carreira, quanto mais informações eu obtiver sobre profissões, trabalho e carreira, maior minha capacidade de julgamento e maior facilidade em tomar decisão.
Por que o planejamento de carreira e o projeto
de vida, deve levar a uma tomada de decisão
importante em sua vida?
Observe que nas últimas duas décadas, o Brasil assistiu a um notável processo de crescimento de seu ensino superior. Em meados do ano 2000 o número de estudantes matriculados no ensino superior era de 2.694.245, no censo liberado pelo MEC em 2017 esse número passou para 8.052.254 estudantes.
Isso indica que o aumento de estudantes universitários aumentará também a concorrência, quando falamos em planejamento de carreira, devemos analisar as ofertas e as demandas de trabalho.
Estilos de tomada de decisão
Qual seu estilo?
Corajoso
Os corajosos são movidos pelo desejo de superar seus limites e testar sua capacidade. São pessoas inclinadas a aceitar altas taxas de risco e estão sempre dispostas a enfrentar novos desafios e aventuras.
Alerta: Corajosos submetem-se mais a situações arriscadas do que outras pessoas. Quando se combina habilidade com coragem, o resultado tem tudo para ser positivo. Sem habilidade, a coragem só serve para aumentar a possibilidade de erros. É preciso lembrar que atividades que
exigem muita coragem, como escalar uma montanha, também requerem muito planejamento e dedicação para treinos.
Pense nisso: Em algumas situações é preferível manter o que já se conseguiu a arriscar para ter mais. O trabalho, a família e os amigos não podem ser colocados em risco a todo momento em nome do desejo de obter sempre mais. A coragem sem reflexão provoca um grande sofrimento para quem age assim e para os que estão a sua volta. Mesmo para pessoas realmente corajosas, a reflexão e o planejamento têm um papel importante.
Instintivo
As pessoas instintivas baseiam muitas de suas decisões em impressões e impulsos e não se importam em fazer planejamento. Em geral, respondem aos problemas quando eles aparecem. Costumam atribuir suas escolhas a insights, feelings e vozes interiores, mas têm dificuldades para oferecer uma explicação racional a respeito de seu processo de decisão. Tendem a se manter mais tranquilas em situações inesperadas, pois acreditam que as respostas sempre aparecem.
Alerta: Segundo os psicólogos, o que se conhece por intuição e instinto desempenha um papel importante no processo de tomada de decisões. Porém, pessoas que acreditam cegamente em sua intuição podem bloquear a capacidade lógica e racional, o que não é desejável. Em qualquer circunstância, uma dose mínima de ponderação é muito importante e ajuda a evitar problemas. Pense nisso: Para pessoas com essas características, pode fazer bem um pouco mais de planejamento. Dedicar-se ao assunto com profundidade evita aborrecimentos e geralmente produz soluções de qualidade superior. A maior parte das situações que se enfrentam na vida exige um mínimo de reflexão.
Analítico
O analítico é o tipo que programa férias com antecedência, pesquisando na internet, consultando guias e ouvindo opiniões de pessoas que já estiveram no lugar até juntar toda a informação possível. Antes de escolher, procura avaliar com clareza os prós e os contras de uma decisão. No ambiente
de trabalho, busca fundamentar suas opiniões em estatísticas e evita entrar em discussão se não se sentir preparado sobre o assunto.
Alerta: É preciso dosar o tempo que se gasta para estudar um problema. Algumas pessoas se obrigam a analisar tanto que acabam sempre adiando as decisões. No limite, mesmo reunindo inúmeras evidências, o analítico vice um conflito intrigante. Inseguro, acha que deve pesquisar mais e mais, e chega a passar mal por isso. O comportamento pode prejudicar o senso de oportunidade e comprometer o desempenho em situações que requerem respostas rápidas.
Pense nisso: Em diversas ocasiões é preciso dar uma resposta imediata a um problema. Quem pensa demais para decidir pode perder oportunidades. É necessário separar as coisas, para aplicar os esforços naquilo que realmente exige análise profunda. Uma boa ideia é fixar prazos para fazer escolhas. Isso mesmo: prazos, estabelecidos até mesmo com a ajuda de um prosaico caderninho.
Entre um restaurante recém-inaugurado e um já conhecido, os conservadores costumam ficar com a segunda opção. Eles tendem a ser fiéis às marcas, nas férias preferem programar o mesmo tipo de passeio e entre investir em um fundo de renda fixa e um fundo de ações, ficam em geral com a renda fixa. Sua regra de vida é avançar com segurança, buscando manter o que já foi conquistado.
Alerta: A cautela costuma ser sábia conselheira. Mas, em excesso, pode mascarar uma acomodação medrosa ou preguiçosa diante de situações novas ou de risco. Isso pode impedir o desenvolvimento, reduzir os horizontes e limitar o crescimento pessoal e profissional.
Pense nisso: Viver situações novas e um pouco arriscadas pode ser uma experiência rica e positiva para qualquer pessoa. Nem tudo o que é novo implica mudanças radicais na vida, e nem todo risco implica perdas. Comece tentando quebrar a inércia em situações do cotidiano. Estudos mostram que esses ensaios são úteis quando um dilema mais complexo surge a sua frente e exige de você um comportamento mais ousado.
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