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ANO XXIX ª SEMANA DE JULHO DE 2018 BOLETIM INFORMARE Nº 27/2018

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ANO XXIX - 2018 – 1ª SEMANA DE JULHO DE 2018

BOLETIM INFORMARE Nº 27/2018

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CONSTRUÇÃO CIVIL - REGULARIZAÇÃO DA OBRA - IN Nº 971/2009 ... Pág. 594

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FÉRIAS COLETIVAS – ATUALIZAÇÃO – PROCEDIMENTOS APÓS A VIGÊNCIA DO ESOCIAL ... Pág. 602 FGTS - CONSULTA E GERAÇÃO DE GUIAS RELATIVAS AO FGTS, - CIRCULAR CEF Nº 814/2018 ... Pág. 617

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CONSTRUÇÃO CIVIL - REGULARIZAÇÃO DA OBRA IN Nº 971/2009

Sumário

1. Introdução;

2. Construção Civil (Conceito E Responsáveis); 3. Competência Para Regularização Da Obra; 4. Regularização De Obra De Construção Civil; 4.1 – Documentação;

4.1.1 – Responsabilidades;

4.1.2 – DISO - Declaração E Informação Sobre Obra;

4.2 - Certidão Negativa De Débito De Obra De Construção Civil; 4.3 - CND Ou A CPEND;

4.4 - Liberação De Certidão Negativa De Débito; 4.4.1 - Com Prova De Contabilidade Regular; 4.4.2 - Sem Prova De Contabilidade Regular; 4.5 - Demais Disposições;

5. Decadência Na Construção Civil; 6. Disposições Especiais;

6.1 - Pessoa Jurídica Optante Pelo Simples;

1. INTRODUÇÃO

Nessa matéria será tratada sobre a regularização de obra de construção civil, conforme estabelece os artigos 383 a 394 da IN RFB nº 971/2009.

2. CONSTRUÇÃO CIVIL (CONCEITO E RESPONSÁVEIS)

Obra de construção civil é a construção, a demolição, a reforma, a ampliação de edificação ou qualquer outra benfeitoria agregada ao solo ou ao subsolo.

São responsáveis pelas obrigações previdenciárias decorrentes de execução de obra de construção civil, o proprietário do imóvel, o dono da obra, o incorporador, o condômino da unidade imobiliária não incorporada na forma da Lei n° 4.591/1964, e a empresa construtora. O responsável pela obra de construção civil pessoa jurídica, está obrigado a efetuar escrituração contábil relativa à obra.

A pessoa física, dona da obra ou executora da obra de construção civil, é responsável pelo pagamento de contribuições em relação à remuneração paga, devida ou creditada aos segurados que lhes prestam serviços na obra, na mesma forma e prazos aplicados às empresas em geral.

Observação: As informações acima foram extraídas do site da Receita Federal do Brasil

( http://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/tributaria/declaracoes-e-demonstrativos/diso-declaracao-e-informacoes-sobre-obras/construcao-civil).

3. COMPETÊNCIA PARA REGULARIZAÇÃO DA OBRA

A competência para regularização da obra, será conforme abaixo:

a) Compete à Unidade da Receita Federal do Brasil da jurisdição do estabelecimento matriz do responsável pela matrícula a expedição da CND ou da CPD-EN de obra de construção civil de pessoa jurídica.

b) Compete à Unidade da Receita Federal do Brasil do local da obra a expedição da CND ou da CPD-EN de obra de construção civil de pessoa física.

Observação: As informações acima foram extraídas do site da Receita Federal do Brasil

( http://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/tributaria/declaracoes-e-demonstrativos/diso-declaracao-e-informacoes-sobre-obras/construcao-civil).

4. REGULARIZAÇÃO DE OBRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL 4.1 – Documentação

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Compete ao responsável ou ao interessado pela regularização da obra, a apresentação da DISO na forma do art. 339 e, quando solicitado, dos seguintes documentos, conforme o caso: (Artigo 383 da IN RFB nº 971/2009)

a) alvará de concessão de licença para construção ou projeto aprovado pela prefeitura municipal, este quando exigido pela prefeitura ou, na hipótese de obra contratada com a Administração Pública, não sujeita à fiscalização municipal, o contrato e a ordem de serviço ou a autorização para o início de execução da obra;

b) habite-se, certidão da prefeitura municipal ou projeto aprovado ou, na hipótese de obra contratada com a Administração Pública, termo de recebimento da obra ou outro documento oficial expedido por órgão competente, para fins de verificação da área a regularizar;

c) quando houver mão-de-obra própria, documento de arrecadação comprovando o recolhimento de contribuições sociais, com vinculação inequívoca à matrícula CEI da obra, a respectiva GFIP relativa à matrícula CEI da obra e, quando não houver mão-de-obra própria, a GFIP com declaração de ausência de fato gerador (GFIP sem movimento);

d) a nota fiscal, a fatura ou o recibo de prestação de serviços em que conste o destaque da retenção de 11% (onze por cento) ou de 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento), conforme o caso, sobre o valor dos serviços, emitido por empreiteira ou subempreiteira que tiverem sido contratadas, com vinculação inequívoca à matrícula CEI da obra e a GFIP relativa à matrícula CEI da obra;

d) a nota fiscal ou a fatura relativa aos serviços prestados por cooperados intermediados por cooperativa de trabalho, que, de forma inequívoca, esteja vinculada à matrícula CEI da obra e a GFIP do responsável pela obra referente à matrícula CEI da referida obra, na qual foi declarado o valor pago à cooperativa de trabalho, observado o disposto no inciso II do art. 356.

A falta dos documentos previstos nas alíneas “c” e “d”, acima, poderá ser suprida por outro documento oficial capaz de comprovar a veracidade das informações declaradas na DISO em relação à área, à destinação e à categoria da obra, conforme incisos XLI e XLII do art. 322 (§ 5º, do artigo 383 da IN RFB nº 971/2009).

Os documentos que serviram de base para as informações prestadas pelos responsáveis pela obra poderão ser exigidos pela RFB, a qualquer tempo, observado o prazo previsto na legislação tributária (§ 12, do artigo 383 da IN RFB nº 971/2009).

4.1.1 – Responsabilidades

O responsável, quando pessoa física, deverá apresentar também documento de identificação (§ 1º, do artigo 383 da IN RFB nº 971/2009).

O responsável, quando pessoa jurídica, deverá apresentar também, conforme o caso: (§ 2º, do artigo 383 da IN RFB nº 971/2009)

a) cópia do último balanço patrimonial, quando exigido pela RFB.

4.1.2 – DISO - Declaração E Informação Sobre Obra

As informações prestadas na DISO são de inteira responsabilidade do proprietário do imóvel, incorporador ou dono da obra, que responderá civil e penalmente pelas declarações que fornecer (§ 3º, do artigo 383 da IN RFB nº 971/2009).

A DISO será disponibilizada prioritariamente ao Setor de Fiscalização da DRF quando se referir a pessoa jurídica cuja CND foi emitida com base no disposto no art. 385 (§ 4º, do artigo 383 da IN RFB nº 971/2009).

Depois da confirmação dos dados declarados referentes à área, à destinação e à categoria da obra, serão devolvidos ao sujeito passivo os documentos relacionados nas alíneas “c” ou “d”, do subitem “4.1” dessa matéria, além dos demais documentos, quando solicitados, exceto a cópia do último balanço patrimonial (§ 6º, do artigo 383 da IN RFB nº 971/2009).

Para fins do disposto no art. 385, no caso de obra realizada por empresas em consórcio, contratadas por empreitada total, a empresa líder e todas as consorciadas deverão declarar as informações relativas à sua participação na obra mediante utilização da DISO, considerando como unidade de atendimento da RFB jurisdicionante a do estabelecimento matriz da empresa líder ou a do endereço do consórcio, quando for o caso (§ 11, do artigo 383 da IN RFB nº 971/2009).

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A DISO entregue pelas pessoas jurídicas de que trata o § 3º do art. 339 (Verificar abaixo) deverá ser acompanhada: (§ 13, do artigo 383 da IN RFB nº 971/2009)

a) da planilha com a relação de prestadores de serviços, assinada pelos responsáveis pela empresa, em 2 (duas) vias, conforme o modelo aprovado pelo Anexo VI;

b) de um dos documentos listados nas alíneas “c” ou “d”, do subitem “4.1” dessa matéria, observado o disposto no § 5º;

“§ 5º A falta dos documentos previstos nos incisos III e IV do caput poderá ser suprida por outro documento oficial capaz de comprovar a veracidade das informações declaradas na DISO em relação à área, à destinação e à categoria da obra, conforme incisos XLI e XLII do art. 322”.

c) do original ou cópia autenticada do contrato social e suas alterações, para comprovação das assinaturas dos responsáveis legais constantes da DISO, e se for o caso, do estatuto, da ata de eleição dos diretores e da cópia dos respectivos documentos de identidade; e

d) da declaração da empresa, sob as penas da lei, firmada pelo representante legal e pelo contador responsável com identificação de seu registro no Conselho Regional de Contabilidade (CRC), de que a empresa possui escrituração contábil regular ou Escrituração Contábil Digital (ECD) do período da obra.

“§ 3º do art. 339 - As pessoas jurídicas optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional) que não possuam certificado digital, nem procurador com certificado digital, deverão apresentar a DISO na unidade de atendimento da RFB do domicílio tributário do estabelecimento matriz da empresa responsável pela obra, conforme modelo aprovado pelo Anexo V, observado o disposto no § 13 do art. 383”.

4.2 - Certidão Negativa De Débito De Obra De Construção Civil

A autoridade responsável por órgão de registro público exigirá, obrigatoriamente, a apresentação de CND ou de Certidão Positiva com Efeitos de Negativa de Débitos relativos a Créditos Tributários Federais e à Divida Ativa da União (CPEND) referente a obra de construção civil, nas seguintes hipóteses: (Artigo 383-A, da IN RFB nº 971/2009)

a) do proprietário do imóvel, pessoa física ou jurídica, quando da averbação de obra de construção civil no Registro de Imóveis, exceto no caso previsto no inciso I do caput do art. 370, observado o disposto nos §§ 2º e 3º do art. 383-B; e

b) do incorporador, na ocasião da inscrição de memorial de incorporação no Registro de Imóveis.

Na hipótese prevista no inciso I do caput do art. 370 (Verificar abaixo), deverá ser apresentada, no cartório de registro de imóvel, declaração, sob as penas da lei, assinada pelo proprietário ou dono da obra pessoa física, de que ele e o imóvel atendem às condições ali previstas (§ 1º, do artigo 383-A, da IN RFB nº 971/2009)

“Art. 370. Nenhuma contribuição social é devida em relação à obra de construção civil que atenda às seguintes condições:

I - o proprietário do imóvel ou dono da obra seja pessoa física, não possua outro imóvel e a construção seja: a) residencial e unifamiliar;

b) com área total não superior a 70m2 (setenta metros quadrados); c) destinada a uso próprio;

d) do tipo econômico ou popular; e

e) executada sem mão-de-obra remunerada”.

4.3 - CND Ou A CPEND

A CND ou a CPEND deverá ser exigida do construtor que, na condição de responsável solidário com o proprietário do imóvel, tenha executado a obra de construção civil na forma prevista na alínea “a” do inciso XXVII e no § 1º do art. 322 (§ 2º, do artigo 383-A, da IN RFB nº 971/2009).

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A CND ou a CPEND cuja finalidade seja averbação de edificação no Registro de Imóveis será expedida depois da regularização da obra nos termos previstos neste Capítulo, na forma definida nos Anexos XIV ou XV, observado o disposto na Portaria Conjunta RFB/PGFN nº 1.751, de 2 de outubro de 2014 (Artigo 383-B, da IN RFB nº 971/2009).

Segue abaixo, os §§ 1º ao 7º, do artigo 383-B da IN RFB nº 971/2009:

“§ 1º Para a expedição da CND ou da CPEND de obra de construção civil de responsabilidade de pessoa jurídica ficam dispensadas a verificação da situação de regularidade de todos os estabelecimentos da requerente e a verificação da situação de regularidade de outras obras a ela vinculadas.

§ 2º No caso de solicitação de CND para obra de construção civil executada com recursos do sistema financeiro que atenda as condições previstas nas alíneas “a” a “d” do inciso I do caput do art. 370, para fins de comprovação da execução da obra sem utilização de mão de obra remunerada e liberação da CND sem cobrança de contribuições previdenciárias, o responsável deverá apresentar o contrato de financiamento.

§ 3º Na hipótese prevista no § 2º, constando no contrato de financiamento verba destinada a pagamento de mão de obra, a CND será liberada depois da regularização das contribuições apuradas mediante a aferição indireta, com emissão de ARO.

§ 4º A CND ou a CPEND relativa à demolição, à reforma ou ao acréscimo especificará apenas a área objeto da demolição, da reforma ou do acréscimo, de acordo com a declaração efetuada, que deverá estar em conformidade com o projeto da obra, o habite-se, a certidão da prefeitura municipal, a planta ou o projeto aprovado, e com o termo de recebimento da obra, quando contratada com a Administração Pública, ou outro documento oficial expedido por órgão competente.

§ 5º Somente será emitida CND ou CPEND contendo, além das áreas mencionadas no § 4º, a área original da construção, para a qual ainda não tenha sido emitida certidão, se o interessado na CND ou na CPEND fizer prova de que essa área encontra-se regularizada.

§ 6º As obras de construção civil encerradas, com CND ou com CPEND emitidas, não serão impeditivas à liberação da CND ou da CPEND para o estabelecimento a que estiverem vinculadas.

§ 7º Na hipótese de obra executada por empresas em consórcio:

I - a verificação da regularidade fiscal de que trata o inciso III do caput do art. 385 abrangerá todas as consorciadas ou o consórcio, na hipótese de este ser o responsável pela matrícula, sendo a certidão expedida eletronicamente pelo sistema informatizado da RFB, caso não constem restrições em nenhum dos CNPJ verificados, em relação à respectiva responsabilidade perante o consórcio;

II - havendo restrições, estas serão liberadas na DRF jurisdicionante do estabelecimento matriz da empresa líder ou do endereço do consórcio, mediante a apresentação da documentação probatória da regularidade da situação impeditiva da emissão da CND ou da CPEND da empresa líder, das demais empresas consorciadas ou do consórcio, conforme o caso; e (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1777, de 28 de dezembro de 2017) (Vide Instrução Normativa RFB nº 1777, de 28 de dezembro de 2017)

III - sendo emitida a CND ou a CPEND, ainda que a obra não tenha sido encerrada no sistema, esta não será impeditiva à liberação da CND ou da CPEND para as empresas consorciadas”.

A CND ou a CPEND, quando solicitada para matrícula CEI de obra de construção civil não passível de averbação no Registro de Imóveis, será expedida depois da regularização da obra nos termos previstos neste Capítulo, na forma definida nos Anexos XVI ou XVII, sendo válida para quaisquer finalidades, exceto para averbação da obra no Registro de Imóveis, observado o disposto na Portaria Conjunta RFB/PGFN nº 1.751, de 2014 (Artigo 383-C, da IN RFB nº 971/2009).

Se o projeto envolver apenas reforma e se a apuração da remuneração for efetuada com base no valor de contratos e notas fiscais, e não com base na área da reforma, a CND ou a CPEND será emitida pela unidade da RFB competente, com a identificação da matrícula da obra, na forma prevista neste artigo (Parágrafo único, do artigo 383-C, da IN RFB nº 971/2009).

Para fins de expedição de CND de obra de construção civil realizada na forma prevista no inciso III do caput do art. 370, será exigido o preenchimento da DISO, podendo a RFB requerer a qualquer momento a apresentação de

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todos os elementos do projeto, com as especificações da forma de execução da obra do conjunto habitacional pelo sistema de mutirão (Artigo 384 da IN RFB nº 971/2009).

4.4 - Liberação De Certidão Negativa De Débito 4.4.1 - Com Prova De Contabilidade Regular

A CND ou a CPEND de obra de construção civil, sob a responsabilidade de pessoa jurídica, será liberada, desde que a empresa: (Artigo 385 da IN RFB nº 971/2009)

a) apresente a DISO na forma do art. 339 (Verificar abaixo), com todas as informações necessárias, inclusive com a declaração de contabilidade regular;

b) apresente a prova de contabilidade, na forma prevista no inciso II do § 2º do art. 383 (Verificar abaixo); e “Inciso II do § 2º do art. 383 - cópia do último balanço patrimonial, quando exigido pela RFB”.

c) ainda que em relação somente a essa obra, entregue as GFIP devidas, efetue os recolhimentos dos valores declarados e não possua outros débitos que impeçam a emissão da CND ou da CPEND.

Segue abaixo, os §§ 1º a 4º do artigo 385 da IN RFB nº 971/2009:

“§ 1º Independentemente da expedição da CND, fica ressalvado à RFB o direito de cobrar qualquer importância que venha a ser considerada devida em futura Auditoria-Fiscal.

§ 2º A DISO relativa a obra cuja CND seja liberada na forma prevista neste artigo ficará disponível para verificação pela unidade da RFB competente para o planejamento da ação fiscal.

§ 3º A inobservância do disposto no § 11 do art. 383 implicará indeferimento do pedido de CND ou CPEND relativa à obra.

§ 4º Para a liberação de CND ou CPEND de obra de construção civil de empresas que se enquadrem no § 3º do art. 339 (Verificar abaixo) deverão ser apresentados os documentos elencados no caput deste artigo e aqueles elencados no § 13 do art. 383”.

“Art. 339. Para regularização da obra de construção civil, o proprietário do imóvel, o dono da obra, o incorporador pessoa jurídica ou pessoa física, ou a empresa construtora contratada para executar obra mediante empreitada total deverá informar à RFB os dados do responsável pela obra e os relativos à obra, mediante utilização da Declaração e Informação sobre Obra (DISO), disponível no sítio da RFB na Internet, no endereço http://www.receita.fazenda.gov.br.

§ 1º Para acesso à DISO é obrigatória a utilização de senha de acesso, gerada no sítio da RFB na Internet, no endereço constante do caput.

§ 2º Observado o disposto no § 3º, para a transmissão da DISO é obrigatória a assinatura digital efetivada mediante utilização de certificado digital válido, exceto para as pessoas físicas.

§ 3º As pessoas jurídicas optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional) que não possuam certificado digital, nem procurador com certificado digital, deverão apresentar a DISO na unidade de atendimento da RFB do domicílio tributário do estabelecimento matriz da empresa responsável pela obra, conforme modelo aprovado pelo Anexo V, observado o disposto no § 13 do art. 383.

§ 4º Na hipótese do § 3º, a DISO deverá ser preenchida e assinada pelo responsável pela obra ou representante legal da empresa, em 2 (duas) vias, sendo uma delas destinada à unidade da RFB e a outra ao declarante.

§ 5º A DISO estará vinculada à unidade de atendimento da RFB do domicílio tributário do estabelecimento matriz da empresa responsável pela obra ou da localidade da obra de responsabilidade de pessoa física.

§ 6º Excepcionalmente, até o dia 21 de julho de 2014, a DISO poderá ser entregue, por qualquer contribuinte, na forma do Anexo V a esta Instrução Normativa, na unidade de atendimento da RFB de que trata § 5º”.

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Quando a empresa não declarar escrituração contábil no momento da regularização, a CND será liberada mediante o recolhimento integral das contribuições sociais, apuradas por aferição nos termos dos arts. 336, 337, 450, 451, 454 e 455 (Verificar os artigos na IN RFB 971/2009), ou nos termos do Capítulo IV deste Título (Verificar na IN RFB nº 971/2009), conforme o caso (Artigo 386 da IN RFB nº 971/2009).

A solicitação da regularização da obra por aferição indireta será irretratável para todos os efeitos (Parágrafo único, do artigo 386 da IN RFB nº 971/2009).

4.5 - Demais Disposições

Transcorrido o prazo de validade da CND ou da CPEND emitida com finalidade de averbação de obra de construção civil, caso seja apresentado novo pedido referente à área anteriormente regularizada, a nova certidão será expedida com base na certidão anterior, dispensando-se a repetição do procedimento previsto para regularização da referida obra (Artigo 387 da IN RFB nº 971/2009).

A auditoria-fiscal e a expedição da CND ou da CPEND são de competência da DRF da jurisdição do estabelecimento matriz do responsável pela matrícula. (Artigo 388 da IN RFB nº 971/2009 - Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1777, de 28 de dezembro de 2017) (Vide Instrução Normativa RFB nº 1777, de 28 de dezembro de 2017).

A CND de obra de construção civil executada sem a utilização de mão-de-obra remunerada, em qualquer das hipóteses previstas nos incisos II e III do art. 370 (Verificar abaixo), será emitida desde que atendidos os requisitos estabelecidos no art. 371 (Verificar abaixo) (Artigo 389 da IN RFB nº 971/2009).

“Incisos II e III do art. 370:

II - seja destinada a uso próprio e tenha sido realizada por intermédio de trabalho voluntário, não remunerado, prestado por pessoa física à entidade pública de qualquer natureza, ou à instituição privada de fins não lucrativos, que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social, inclusive mutualidade, nos termos da Lei nº 9.608, de 18 de fevereiro de 1998, observado o disposto no art. 371;

III - a obra se destine à edificação de conjunto habitacional popular, definido no inciso XXV do art. 322, e não seja utilizada mão-de-obra remunerada, observado que o acompanhamento e a supervisão da execução do conjunto habitacional por parte de profissionais especializados, na qualidade de engenheiro, arquiteto, assistente social ou mestre de obras, mesmo que remunerado, não descaracterizará a sua forma de execução, cabendo apenas a comprovação do recolhimento das contribuições para a Previdência Social e das destinadas a outras entidades ou fundos, incidentes sobre a remuneração dos profissionais”.

“Art. 371. A regularização de obra executada sem a utilização de mão-de-obra remunerada, na forma dos incisos II a IV do art. 370, deverá ser feita de acordo com a escrituração contábil formalizada.

§ 1º Para a regularização das obras de que trata o caput, o interessado deverá prestar as informações necessárias mediante utilização da DISO e apresentar, quando solicitado pela RFB, os documentos previstos nos incisos III, IV e V do caput e no inciso II do § 2º do art. 383, e os documentos citados no § 2º deste artigo, conforme o caso. (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1477, de 03 de julho de 2014)

§ 2º Para comprovar a não-ocorrência de fato gerador das contribuições sociais, o responsável deverá manter na obra durante a sua execução e, após o seu término, arquivados à disposição da RFB, pelo prazo decadencial previsto na legislação tributária, os seguintes documentos:

I - termo de adesão previsto na Lei nº 9.608, de 1998, relativo a cada colaborador que preste serviços sem remuneração, na obra executada na forma do inciso II do art. 370, devendo dele constar o endereço e a matrícula CEI da obra, o nome, o número do Registro Geral (RG), o número do CPF ou do NIT, o endereço residencial completo, a função e as condições de exercício nessa obra;

II - relação de colaboradores, devendo dela constar o endereço e a matrícula CEI da obra, o nome, o número do RG, o número do CPF ou do NIT, o endereço residencial completo, a função e as condições de exercício nessa obra, de cada colaborador que tenha, voluntariamente e sem remuneração, nela prestado serviços, no caso de obra executada na forma dos incisos III a IV do art. 370.

§ 3º Constatada a utilização de mão-de-obra remunerada, serão devidas as contribuições sociais correspondentes à remuneração dessa mão-de-obra.

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§ 4º Para fins do disposto no caput, a entidade beneficente de assistência social de que trata o art. 227, que executar obra de construção civil para uso próprio, com a utilização de mão de obra por ela remunerada, observará, no que couber, o disposto no art. 231. (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1071, de 15 de setembro de 2010)”.

5. DECADÊNCIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL

O direito de a RFB apurar e constituir créditos relacionados a obras de construção civil extingue-se no prazo decadencial previsto na legislação tributária (Artigo 390 da IN RFB nº 971/2009).

Cabe ao interessado, quando solicitado, a comprovação da realização de parte da obra ou da sua total conclusão em período abrangido pela decadência (§ 1º, do artigo 390 da IN RFB nº 971/2009 - Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1755, de 31 de outubro de 2017).

Servirá para comprovar o início da obra em período decadencial um dos seguintes documentos, contanto que tenha vinculação inequívoca à obra e seja contemporâneo do fato a comprovar, considerando-se como data do início da obra o mês de emissão do documento mais antigo: (§ 2º, do artigo 390 da IN RFB nº 971/2009

a) comprovante de recolhimento de contribuições sociais na matrícula CEI da obra; b) notas fiscais de prestação de serviços;

c) recibos de pagamento a trabalhadores;

d) comprovante de ligação, ou conta de água e luz;

e) notas fiscais de compra de material, nas quais conste o endereço da obra como local de entrega; f) ordem de serviço ou autorização para o início da obra, quando contratada com órgão público; g) alvará de concessão de licença para construção.

Segue abaixo, os §§ 3º e 4º, do artigo 390 da IN RFB nº 971/2009:

“§ 3º A comprovação do término da obra em período decadencial dar-se-á com a apresentação de um ou mais dos seguintes documentos:

I - habite-se, Certidão de Conclusão de Obra (CCO);

II - um dos respectivos comprovantes de pagamento de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), em que conste a área da edificação;

III - certidão de lançamento tributário contendo o histórico do respectivo IPTU;

IV - auto de regularização, auto de conclusão, auto de conservação ou certidão expedida pela prefeitura municipal que se reporte ao cadastro imobiliário da época ou registro equivalente, desde que conste o respectivo número no cadastro, lançados em período abrangido pela decadência, em que conste a área construída, passível de verificação pela RFB;

V - termo de recebimento de obra, no caso de contratação com órgão público, lavrado em período decadencial; VI - escritura de compra e venda do imóvel, em que conste a sua área, lavrada em período decadencial;

VII - contrato de locação com reconhecimento de firma em cartório em data compreendida no período decadencial, onde conste a descrição do imóvel e a área construída.

§ 4º A comprovação de que trata o § 3º dar-se-á também com a apresentação de, no mínimo, 3 (três) dos seguintes documentos:

I - correspondência bancária para o endereço da edificação, emitida em período decadencial;

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III - declaração de Imposto sobre a Renda comprovadamente entregue em época própria à RFB, relativa ao exercício pertinente a período decadencial, na qual conste a discriminação do imóvel, com endereço e área; IV - vistoria do corpo de bombeiros, na qual conste a área do imóvel, expedida em período decadencial;

V - planta aerofotogramétrica do período abrangido pela decadência, acompanhada de laudo técnico constando a área do imóvel e a respectiva ART no Crea, ou RRT no CAU”.

A falta dos documentos relacionados nos §§ 3º e 4º (Verificar acima), poderá ser suprida pela apresentação de documento expedido por órgão oficial ou documento particular registrado em cartório, desde que seja contemporâneo à decadência alegada e nele conste a área do imóvel (§ 6º, do artigo 390 da IN RFB nº 971/2009).

6. DISPOSIÇÕES ESPECIAIS

O Município ou o Distrito Federal, por intermédio de seu órgão competente, deverá fornecer à RFB, mensalmente, até o dia 10 (dez) do mês seguinte, a relação de todos os alvarás, dos habite-se ou dos Certificados de Conclusão de Obra (CCO) expedidos no mês, por disposição expressa do art. 50 da Lei nº 8.212, de 1991 (Artigo 391 da IN RFB nº 971/2009).

A relação mensal de que trata o caput será apresentada em arquivo digital e atenderá aos critérios estabelecidos pela RFB (§ 1º, do artigo 391 da IN RFB nº 971/2009).

O arquivo digital será gerado com os dados do órgão responsável da prefeitura e deverá ser transmitido à RFB mesmo que nenhum documento de alvará ou carta de "habite-se" tenha sido emitido no mês (§ 2º, do artigo 391 da IN RFB nº 971/2009).

Após a regularização da obra de pessoa física, a unidade de atendimento da RFB providenciará o encerramento de atividade no cadastro de obras, no prazo de 90 (noventa) dias, desde que tenham sido confirmados os recolhimentos no sistema de arrecadação (Artigo 392 da IN RFB nº 971/2009).

Aplicam-se à pessoa jurídica de direito público que executar obra de construção civil as seguintes regras: (Artigo 394 da IN RFB nº 971/2009).

a) o órgão público é considerado empresa, conforme inciso I do art. 15 da Lei nº 8.212, de 1991;

“Inciso I do art. 15 da Lei nº 8.212, de 1991 - empresa - a firma individual ou sociedade que assume o risco de atividade econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e entidades da administração pública direta, indireta e fundacional”.

b) tratando-se de obra sujeita a matrícula no cadastro específico, cabe ao órgão fazê-lo no prazo previsto no inciso X do art. 47, desta Instrução Normativa;

“Inciso X do art. 47 - matricular no CEI obra de construção civil executada sob sua responsabilidade, dentro do prazo de 30 (trinta) dias contados do início da execução”.

c) se executada por trabalhadores vinculados ao RGPS, cabe ao órgão apresentar GFIP específica relativa à obra, na qual informará, além da matrícula desta, o código FPAS 582 e o código de terceiros 0000;

e) se executada por trabalhadores vinculados a regime próprio de previdência, cabe ao órgão apresentar GFIP específica relativa à obra, na qual informará a matrícula desta e o código indicativo de ausência de fato gerador; d) na hipótese da aliena “c”, aplica-se, no que couber, o disposto no art. 385 (Verificar abaixo).

“Art. 385. A CND ou a CPEND de obra de construção civil, sob a responsabilidade de pessoa jurídica, será liberada, desde que a empresa:

I - apresente a DISO na forma do art. 339, com todas as informações necessárias, inclusive com a declaração de contabilidade regular;

II - apresente a prova de contabilidade, na forma prevista no inciso II do § 2º do art. 383; e

III - ainda que em relação somente a essa obra, entregue as GFIP devidas, efetue os recolhimentos dos valores declarados e não possua outros débitos que impeçam a emissão da CND ou da CPEND.

(10)

§ 1º Independentemente da expedição da CND, fica ressalvado à RFB o direito de cobrar qualquer importância que venha a ser considerada devida em futura Auditoria-Fiscal.

§ 2º A DISO relativa a obra cuja CND seja liberada na forma prevista neste artigo ficará disponível para verificação pela unidade da RFB competente para o planejamento da ação fiscal.

§ 3º A inobservância do disposto no § 11 do art. 383 implicará indeferimento do pedido de CND ou CPEND relativa à obra.

§ 4º Para a liberação de CND ou CPEND de obra de construção civil de empresas que se enquadrem no § 3º do art. 339, deverão ser apresentados os documentos elencados no caput deste artigo e aqueles elencados no § 13 do art. 383”.

6.1 - Pessoa Jurídica Optante Pelo SIMPLES

As contribuições sociais incidentes sobre a remuneração de mão-de-obra própria utilizada na execução de obra de construção civil, inclusive a destinada a uso próprio, por pessoa jurídica optante pelo SIMPLES de que tratava a Lei nº 9.317, de 1996, associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional, agroindústria ou produtor rural, não são abrangidas pela substituição de contribuições sociais que lhes é atribuída em virtude de lei, ficando o responsável pela obra sujeito às contribuições previstas no art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991 (“Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social,...”), bem como às destinadas a outras entidades ou fundos (Artigo 393 da IN RFB nº 971/2009).

O disposto acima se aplica às empresas optantes pelo Simples Nacional, salvo quanto às contribuições devidas a outras entidades ou fundos, de que são isentas nos termos do § 3º do art. 13 da Lei Complementar nº 123, de 2006 (§ 1º, do artigo 393 da IN RFB nº 971/2009).

A isenção das contribuições sociais estende-se à obra executada por pessoa jurídica de direito privado beneficente de assistência social isenta, desde que destinada a uso próprio (§ 2º, do artigo 393 da IN RFB nº 971/2009).

Fundamentos Legais: Os citados no texto.

ASSUNTOS

ASSUNTOS

ASSUNTOS

ASSUNTOS TRABALHISTAS

TRABALHISTAS

TRABALHISTAS

TRABALHISTAS

FÉRIAS COLETIVAS – ATUALIZAÇÃO Procedimentos Sumário 1. Introdução; 2. Período Aquisitivo; 3. Período Concessivo; 4. Férias Coletivas;

5. Época Da Concessão Das Férias Coletivas;

5.1 – Concessão Das Férias Coletivas Atende A Interesses Do Empregador; 5.2 – Para Todos Os Trabalhadores Ou Determinados Setores Da Empresa; 5.3 - Início Do Gozo Das Férias – Atualização;

5.4 - Contratos Suspensos Ou Interrompidos; 5.5 - Férias E Aviso Prévio – Inválido;

5.6 - Cancelamento Ou Modificação Do Início Das Férias; 6. Fracionamento – Não Inferior A Dez Dias;

6.1 - Menores De 18 (Dezoito) Anos E Maiores De 50 (Cinquenta) Anos – Atualização; 7. Requisitos Para A Concessão;

7.1 – Comunicação;

7.2 – Microempresas E As Empresas De Pequeno Porte – Dispensadas; 7.3 - Modelos De Comunicação;

7.3.1 - Comunicação À DRT; 7.3.2 - Comunicação Ao Sindicato;

7.3.3 - Aviso Aos Empregados Das Férias Coletivas;

8. Empregados Sob O Contrato A Tempo Parcial – Atualização; 9. Empresa Com Mais De 300 (Trezentos) Empregados; 10. Apuração Das Férias Coletivas;

10.1 - Empregados Com Mais De 12 (Doze) Meses De Serviço; 10.2 - Empregados Com Menos De 12 (Doze) Meses De Serviço; 10.2.1 - Férias Proporcionais Iguais Às Férias Coletivas; 10.2.2 - Férias Proporcionais Inferiores Às Férias Coletivas; 10.2.3 - Férias Proporcionais Superiores Às Férias Coletivas;

(11)

10.3 – Restante Das Férias – Direito Adquirido;

11. Abono Pecuniário - Acordo Coletivo Entre O Empregador E O Sindicato Representativo Da Respectiva Categoria Profissional; 12. Anotações A Respeito Das Férias Coletivas;

12.1 - CTPS – Apresentação Obrigatoriedade; 12.1.1 - Carimbo Ou Etiqueta Gomada;

12.2 - Anotação Das Férias No Livro Ou Nas Fichas De Registro De Empregado; 13. Prazo Para Pagamento;

13.1 – Quitação Das Férias/Recibo;

14. Adicional De 1/3 Constitucional Sobre As Férias; 15. Valor Da Remuneração Das Férias;

15.1 - Empregados Com Salário Fixo; 15.2 - Empregado Que Recebe Por Hora; 15.3 - Empregados Tarefeiros;

15.4 – Empregados Que Recebem Comissões Ou Percentagens; 15.5 - Empregados Que Percebem Adicionais;

16. Como Calcular As Férias Quando O Mês É De 28, 29 Ou 31 Dias; 17. Rescisão Do Contrato De Empregado Com Menos De 12 (Doze) Meses; 18. Incidências De Tributos (INSS E FGTS);

18.1 – INSS; 18.2 – FGTS; 19. Prescrição; 19.1 - Empregado Menor; 20. Penalidades E Multas. 1. INTRODUÇÃO

A Legislação Trabalhista permite tanto as férias individuais como as coletivas, porém, com algumas diferenças, e onde o empregador deverá verificar cuidadosamente, para que sejam consideradas realmente válidas.

As férias coletivas não são obrigatórias e podem ser fracionadas em 2 (dois) períodos anuais, desde que nenhum deles seja inferior a 10 (dez) dias corridos.

Nesta matéria será tratada sobre as férias coletivas, com seus procedimentos, particularidades e considerações.

2. PERÍODO AQUISITIVO

Período aquisitivo “é o período correspondente a 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho e após o qual o empregado adquire o direito de gozar as férias”.

Conforme o artigo 130 da CLT, após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho (na mesma empresa), o empregado terá direito a férias, ou seja, o período aquisitivo.

Exemplo de período aquisitivo:

O empregado foi contratado em 02.08.2015 e completou o período aquisitivo em 01.08.2016.

3. PERÍODO CONCESSIVO

Período concessivo “é o prazo de 12 (doze) meses subsequentes ao término do período aquisitivo, o qual o empregador deverá conceder as férias do empregado sob pena de pagamento em dobro”.

A legislação trabalhista define que o período concessivo é o prazo estabelecido, no qual o empregador deverá conceder as férias ao empregado que completou 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, na mesma empresa (artigo 134 da CLT).

“O período concessivo começa em seguida ao término do período aquisitivo, e a sua duração máxima é de 12 (doze) meses”.

Exemplo de período concessivo:

O empregado foi contratado em 02.08.2014 e completou o período aquisitivo em 01.08.2015 e o período concessivo em 01.08.2016. Então, se o empregador não conceder as férias até o dia 01.08.2016, ele terá de pagar em dobro as férias.

(12)

São férias coletivas as concedidas, de forma simultânea, a todos os empregados de uma empresa, ou apenas aos empregados de determinados estabelecimentos ou setores de uma empresa, independentemente de terem sido completados ou não os respectivos períodos aquisitivos (Artigos 139 e 140 da CLT).

“Art. 139 – CLT. Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os empregados de uma empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores da empresa”.

“Art. 140 – CLT. Os empregados contratados há menos de 12 (doze) meses gozarão, na oportunidade, férias proporcionais, iniciando-se, então, novo período aquisitivo”.

As férias coletivas poderão ser gozadas em 2 (dois) períodos anuais, onde nem um deles seja inferior a 10 (dez) dias (§ 1º, do artigo 139 da CLT).

5. ÉPOCA DA CONCESSÃO DAS FÉRIAS COLETIVAS

As férias coletivas serão gozadas na época fixada em acordo ou convenção coletiva de trabalho. E não havendo tal previsão, cabe ao empregador a adoção do regime e a determinação da época de sua concessão.

“A concessão das férias coletivas é uma escolha e benefício do empregador, pois ele determina a data de início e fim, como também a duração das mesmas, ou seja, se serão de uma única vez ou divididas em dois períodos”. “É facultado ao empregador conceder férias coletivas a seus empregados sempre que considerar necessário, ou se tiver previsão na Convenção Coletiva”.

“Como é vedado conceder férias coletivas somente a alguns empregados de determinados setores, a empresa deverá, então, preferir pela concessão das férias individuais, isso, quando não for possível o consentimento a todos os empregados, conforme determina a legislação trabalhista”.

“Art. 136 – CLT. A época da concessão das férias será a que melhor consulte os interesses do empregador”.

Importante: Ressalta-se que as empresas deverão se programar para conceder as férias coletivas a seus

empregados, pois a Legislação Trabalhista estabelece alguns critérios que o empregador deverá seguir para que essas férias sejam possíveis. E esses critérios serão tratados no decorrer desta matéria.

NOTAS INFORMARE:

- As férias coletivas podem ser concedidas a apenas determinados setores da empresa.

- Ao contrário das férias individuais que só podem ser fracionadas excepcionalmente, as coletivas podem ser gozadas em até dois períodos mínimos de 10 dias. Há quem entenda que aos menores de 18 anos e maiores de 50 anos seria proibido o fracionamento das férias coletivas como nas férias individuais.

- O empregador deverá notificar o Ministério do Trabalho e o(s) sindicato(s) das categorias profissionais com antecedência de 15 dias. Os empregados também deverão ser avisados, através de edital com antecedência mínima de 15 dias, diferentemente das férias individuais que devem ser avisadas com antecedência mínima de 30 dias.

5.1 – Concessão Das Férias Coletivas Atende A Interesses Do Empregador

No caso acima, mesmo o empregado que tem direito a férias inferior ao da coletiva, ele irá ficar ausente do trabalho todo o período dessas férias, porém, os dias que não comportam como férias, ele tem direito a receber como licença não remunerada, ou seja, o empregado não fica prejudicado.

“Art. 2º - CLT. Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços”.

Extraído da jurisprudência abaixo: “A concessão das férias assim atende a interesses do empregador, e não lhe

faz nascer direito a compensação, em qualquer hipótese”.

Jurisprudência:

FÉRIAS COLETIVAS. EMPREGADOS CONTRATADOS A MENOS DE 12 (DOZE) MESES. No caso de férias coletivas, mesmo que o empregado contratado a menos de 12 (doze) meses goze férias de duração superior a que, proporcionalmente ao tempo de serviço, teria direito, inicia-se novo período aquisitivo quando de seu retorno.

(13)

A concessão das férias assim atende a interesses do empregador, e não lhe faz nascer direito a compensação, em qualquer hipótese. (TRT 2ª - Acórdão: 02900041990 Turma: 07 Data Julg.: 05.03.1990 Data Pub.: 21.03.1990 Processo: 02880098313 Relator: Vantuil Abdala).

5.2 – Para Todos os Trabalhadores Ou Determinados Setores Da Empresa

Conforme o artigo 139 da CLT poderão ser concedidas férias coletivas a todos os empregados de uma empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores da empresa.

Como não é permitido conceder férias coletivas somente para alguns empregados de um setor, o empregador poderá então, optar em conceder férias individuais e não férias coletivas, conforme dispõe o artigo 129 e 130 da CLT. E desde que os mesmos tenha adquirido direito.

“Art. 129 da CLT - Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração”.

“Art. 130 da CLT - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias...”.

“De que forma podem ser concedidas férias coletivas, numa empresa? Podem ser concedidas a todos os trabalhadores, a determinados estabelecimentos, ou somente a certos setores da empresa, para serem gozadas em dois períodos anuais, nenhum deles inferior a 10 dias. (Extraído do site do Ministério do Trabalho e Emprego -http://www3.mte.gov.br/ouvidoria/duvidas_trabalhistas.asp).”

5.3 - Início Do Gozo Das Férias - Atualização

É vedado o início das férias no período de 2 (dois) dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal remunerado (§ 3º, do artigo 134 da CLT - Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017).

5.4 - Contratos Suspensos Ou Interrompidos

Os contratos suspensos ou interrompidos, como no caso dos empregados afastados por motivo de licença-maternidade, auxílio-doença, auxílio-acidente, serviço militar, entre outros, não serão incluídos na concessão das férias coletivas, devido à atual situação dos seus contratos.

“Os empregados que estão com os contratos suspensos ou interrompidos, não poderão gozar das férias coletivas devido pela impossibilidade da cumulativamente das férias com a licença”.

Se o afastamento terminar dentro do curso das férias coletivas, e o empregado não tem como retornar ao trabalho, então, caberá a empresa pagar como licença remunerada (verificar o subitem “5.1” desta matéria).

5.5 - Férias E Aviso Prévio – Inválido

Conforme determina a IN SRT do MTE n° 15, de 14.07.10, artigo 19 é inválida a comunicação do aviso prévio na fluência de garantia de emprego e de férias.

O empregador deverá computar como tempo de serviço para efeito de férias o prazo do aviso prévio trabalhado e do indenizado pelo empregador, conforme determina o artigo 487, parágrafo 1º, da CLT.

Observação: Caso o empregador conceda férias coletivas e tem empregado em aviso prévio trabalhado, durante

esse período será considerado como licença remunerada (verificar o subitem “5.1” desta matéria).

5.6 - Cancelamento Ou Modificação Do Início Das Férias

O Precedente Normativo do TST (Tribunal Superior do Trabalho) n° 116 dispõe que, após o comunicado ao empregado do período do gozo de férias individuais ou coletiva, o empregador somente poderá cancelar ou modificar o início previsto se ocorrer necessidade imperiosa, e, ainda assim, mediante o ressarcimento, ao empregado, dos prejuízos financeiros por este comprovado.

(14)

A concessão das férias coletivas é um direito do empregador e ele pode decidir qual será o início e término das mesmas e também se serão concedidas de uma única vez ou divididas em dois períodos, conforme estabelece o artigo 139 da CLT.

“Art. 139 - Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os empregados de uma empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores da empresa.

§ 1º - As férias poderão ser gozadas em 2 (dois) períodos anuais desde que nenhum deles seja inferior a 10 (dez) dias corridos”.

6.1 - Menores De 18 (Dezoito) Anos E Maiores De 50 (Cinquenta) Anos - Atualização

Com a reforma trabalhista, Lei nº 13.467/2017, o § 2º do artigo 134 da CLT foi alterado, conforme abaixo. Então, não tem mais essa restrição para férias fracionadas.

- Antes da reforma trabalhista:

“§ 2º Aos menores de 18 anos e aos maiores de 50 anos de idade, as férias serão sempre concedidas de uma só vez”.

- Depois da reforma trabalhista:

“§ 2º - O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)”.

7. REQUISITOS PARA A CONCESSÃO

As férias coletivas poderão ser gozadas conforme determinação em acordo coletivo, ou mesmo se não houver tal previsão, cabe ao empregador a escolha e a decisão da melhor época de sua concessão.

7.1 – Comunicação

As empresas para concederem férias coletivas deverão observar as determinações da Legislação Trabalhista. E os requisitos para essa concessão são (Artigo 139 da CLT, §§ 2° e 3°):

a) indicar os departamentos ou setores abrangidos;

b) comunicar ao órgão local do Ministério do Trabalho, com antecedência mínima de 15 (quinze) dias, as datas de início e fim das férias;

c) enviar, no prazo de 15 (quinze) dias, cópia da comunicação aos sindicatos da categoria profissional;

d) comunicar aos empregados, com antecedência mínima de 15 (quinze) dias, mediante afixação de aviso nos locais de trabalho, a adoção do regime, com as datas de início e término das férias e quais os setores e departamentos abrangidos.

“Qual deverá ser o procedimento da empresa que desejar conceder férias coletivas a seus empregados? A empresa deverá comunicar o orgão local do Ministério do Trabalho e Emprego, com antecedência de 15 dias, enviando cópia da comunicação aos sindicatos representativo da respectiva categoria profissional, e afixando cópia de aviso nos locais de trabalho”. (Extraído do site do Ministério do Trabalho e Emprego, perguntas e respostas - http://www3.mte.gov.br/ouvidoria/duvidas_trabalhistas.asp).

Observações:

Os empregados também deverão ser avisados, através de edital com antecedência mínima de 15 (quinze) dias, diferentemente das férias individuais que devem ser avisadas com antecedência mínima de 30 (trinta) dias.

A empresa também pode utilizar de comunicação individual, se assim desejar, isto não descaracteriza o procedimento das férias coletivas.

As empresas também devem analisar, sobre o período aquisitivo do empregado, ou seja, as férias coletivas são devidas para as empresas que possuem empregados com menos e com mais de 1 (um) ano de empresa.

(15)

As microempresas e as empresas de pequeno porte são dispensadas de comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego a concessão de férias coletivas, porém, não desobriga a comunicação ao sindicato da categoria, conforme estabelece o inciso V, do artigo 51, da Lei Complementar nº 123/2006.

7.3 - Modelos De Comunicação 7.3.1 - Comunicação À DRT

Ilmo. Sr.

Delegado Regional do Trabalho no Estado de ... Ref.: CONCESSÃO DE FÉRIAS COLETIVAS

...(nome da empresa), com sede na Rua ... nº ... nesta cidade, inscrita no CNPJ/MF nº ..., Inscrição Estadual nº ..., em atendimento ao disposto no artigo 139, § 2º, da CLT, comunica que no período de .../.../... a .../.../... concederá férias coletivas a (discriminar se a todos os empregados ou quais os setores ou departamentos, se parcial).

..., ... de...de ... _______________________________ carimbo e assinatura da empresa

7.3.2 - Comunicação Ao Sindicato

Enviar cópia da comunicação expedida ao órgão local do Ministério do Trabalho ao Sindicato da Categoria.

7.3.3 - Aviso Aos Empregados Das Férias Coletivas

AVISO DE FÉRIAS COLETIVA

Em atendimento ao disposto no parágrafo 3º do artigo 139 da CLT, comunicamos que a empresa concederá férias coletivas a (discriminar quem está abrangido pela medida) no período de .../.../... a .../.../...

..., ... de ... de ... ___________________________________

carimbo e assinatura da empresa

8. EMPREGADOS SOB O CONTRATO A TEMPO PARCIAL – ATUALIZAÇÃO

Conforme o artigo 58-A da CLT, considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a 30 (trinta) horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou, ainda, aquele cuja duração não exceda a 26 (vinte e seis) horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até 6 (seis) horas suplementares semanais. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017).

E com a reforma trabalhista, nos contratos parciais, os empregados tem o direito às férias a mesma quantidade de dias, conforme estabelece o artigo 130 da CLT, pois o artigo 130-A foi revogado.

9. EMPRESA COM MAIS DE 300 (TREZENTOS) EMPREGADOS

Quando o número de empregados contemplados com as férias coletivas for superior a 300 (trezentos), a empresa poderá promover, mediante carimbo, anotação de que trata o artigo 135, § 1º (Artigo 141 da CLT, §§ 1° a 3°, citados abaixo).

O carimbo, cujo modelo será aprovado pelo Ministério do Trabalho e da Administração, dispensará a referência ao período aquisitivo a que correspondem para cada empregado às férias concedidas.

(16)

Adotado o procedimento indicado, caberá à empresa fornecer ao empregado cópia visada do recibo correspondente à quitação mencionada no parágrafo único do artigo 145 da CLT.

Quando da cessação do contrato de trabalho, o empregador anotará na Carteira de Trabalho e Previdência Social as datas dos períodos aquisitivos correspondentes às férias coletivas gozadas pelo empregado.

10. APURAÇÃO DAS FÉRIAS COLETIVAS

Segue abaixo, tabela prática para determinar os dias de férias que o empregado tem direito, quando o período aquisitivo for inferior a 12 (doze) meses, conforme proporção. E para calcular as férias coletivas, poderá também levar em consideração, as faltas não justificadas, onde somente poderão ser consideradas as faltas não justificadas (o DSR não entra na contagem) e descontadas no salário do empregado:

FÉRIAS PROPORCIONAIS ATÉ

5 FALTAS DE 14 FALTAS 6 A DE 23 FALTAS 15 A DE 32 FALTAS 24 A

1/12 2,5 dias 2 dias 1,5 dias 1 dia

2/12 5 dias 4 dias 3 dias 2 dias

3/12 7,5 dias 6 dias 4,5 dias 3 dias

4/12 10 dias 8 dias 6 dias 4 dias

5/12 12,5 dias 10 dias 7,5 dias 5 dias

6/12 15 dias 12 dias 9 dias 6 dias

7/12 17,5 dias 14 dias 10,5 dias 7 dias

8/12 20 dias 16 dias 12 dias 8 dias

9/12 22,5 dias 18 dias 13,5 dias 9 dias

10/12 25 dias 20 dias 15 dias 10 dias

11/12 27,5 dias 22 dias 16,5 dias 11 dias

12/12 30 dias 24 dias 18 dias 12 dias

Observação: “A titulo de férias proporcionais, o empregado perceberá remuneração relativa ao período aquisitivo

incompleto de férias, na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês ou fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de trabalho, observando-se sempre as faltas injustificadas no período aquisitivo”.

10.1 - Empregados Com Mais De 12 (Doze) Meses De Serviço

A concessão de férias coletivas para os empregados com mais de 12 (meses) de serviço será considerada como antecipação de férias, cujo período aquisitivo ainda está em curso, ou concessão de parte de período já vencido, o que gera um saldo positivo em favor do empregado que pode ser concedido como novo período de férias coletivas ou como férias individuais, observando o prazo do período concessivo.

O empregado que tem direito ao período aquisitivo completo, a concessão de férias coletivas para esses empregados dará quitação total se estas forem de 30 (trinta) dias.

Observação: Os empregados com mais de 1 (um) ano de serviço não têm seu período aquisitivo alterado. 10.2 - Empregados Com Menos De 12 (Doze) Meses De Serviço

Em se tratando de férias coletivas, que acarrete paralisação das atividades da empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores da mesma, os empregados que não completaram ainda o período aquisitivo ficam impedidos de prestar serviços.

Conforme o artigo 140 da CLT, os empregados contratados há menos de 12 (doze) meses gozarão, na oportunidade, férias proporcionais, iniciando-se, então, novo período aquisitivo.

Ressalta-se, que o 1/3 Constitucional calcula-se somente sobre o período das férias coletivas e os dias considerados como remuneração é salário normal, pois se trata da licença remunerada.

“Como fica a situação dos empregados admitidos há menos de 12 meses, no caso de férias coletivas?

Suas férias serão computadas proporcionalmente; ao término das férias, iniciar-se-á a contagem de novo período aquisitivo. (Extraído do site do Ministério do Trabalho e Emprego

-http://www3.mte.gov.br/ouvidoria/duvidas_trabalhistas.asp)”.

Extraído da jurisprudência abaixo: “A concessão das férias assim atende a interesses do empregador, e não lhe

(17)

Jurisprudências:

FÉRIAS COLETIVAS CONCEDIDAS A EMPREGADO QUE AINDA NÃO TENHA COMPLETADO 12 MESES DE SERVIÇO NA EMPRESA. DIREITO A FÉRIAS PROPORCIONAIS E CONTAGEM DE NOVO PERÍODO AQUISITIVO A PARTIR DA CONCESSÃO. APLICABILIDADE DO ART. 140 DA CLT. Considerando os termos do art. 140 da CLT, em sendo prática da empresa conceder férias coletivas e não tendo o empregado ainda completado 12 meses de trabalho, terá ele direito a férias proporcionais, iniciando-se, na oportunidade, novo período aquisitivo. (Publicação: RO 00007904220135120010 SC 0000790-42.2013.5.12.0010 – Relator(a): Jorge Luiz Volpato – Publicação: 29.07.2015

FÉRIAS COLETIVAS. EMPREGADOS CONTRATADOS A MENOS DE 12 (DOZE) MESES. No caso de férias coletivas, mesmo que o empregado contratado a menos de 12 (doze) meses goze férias de duração superior a que, proporcionalmente ao tempo de serviço, teria direito, inicia-se novo período aquisitivo quando de seu retorno. A concessão das férias assim atende a interesses do empregador, e não lhe faz nascer direito a compensação, em qualquer hipótese. (TRT 2ª - Acórdão: 02900041990 Turma: 07 Data Julg.: 05.03.1990 Data Pub.: 21.03.1990 Processo: 02880098313 Relator: Vantuil Abdala).

10.2.1 - Férias Proporcionais Iguais Às Férias Coletivas

Sendo as férias coletivas concedidas pela empresa ao empregado que ainda não tenha 12 (doze) meses de trabalho, e o período das férias coletivas for igual ao de direito adquirido pelo empregado, dará a quitação, conforme o exemplo citado a seguir.

Conforme o artigo 140 da CLT, os empregados contratados há menos de 12 (doze) meses gozarão, na oportunidade, férias proporcionais, iniciando-se, então, novo período aquisitivo.

Ressalta-se, que o 1/3 Constitucional calcula-se somente sobre o período das férias coletivas e os dias considerados como remuneração é salário normal, pois se trata da licença remunerada.

Exemplo:

Empregado contratado em 22.04.2016, o empregador irá conceder a partir do dia 23.12.2016 até o dia 11.01.2016 férias coletivas, conforme abaixo:

a) o direito adquirido do empregado constitui 8/12, o que corresponde a 20 (vinte) dias; b) as férias coletivas de 23.12.2016 a 11.01.2016 = 20 (vinte) dias.

O período aquisitivo desse empregado ficará quitado, iniciando novo período aquisitivo a partir do dia 23.12.2016, ou seja, no início das férias coletivas.

10.2.2 - Férias Proporcionais Inferiores Às Férias Coletivas

Sendo as férias coletivas concedidas pela empresa ao empregado que ainda não tenha 12 (doze) meses de trabalho, o empregador deverá considerar como licença remunerada os dias que excederem àqueles correspondentes ao direito adquirido pelo empregado.

Importante: O valor pago como licença remunerada não poderá ser descontado dele posteriormente, seja em rescisão ou concessão de férias do próximo período aquisitivo.

Conforme o artigo 140 da CLT, os empregados contratados há menos de 12 (doze) meses gozarão, na oportunidade, férias proporcionais, iniciando-se, então, novo período aquisitivo.

Ressalta-se, que o 1/3 Constitucional calcula-se somente sobre o período das férias coletivas e os dias considerados como remuneração é salário normal, pois se trata da licença remunerada.

Exemplo:

Empregado contratado em 24.06.2016, o empregador irá conceder a partir do dia 12.12.2016 até o dia 31.12.2016 férias coletivas, conforme abaixo:

a) o direito adquirido do empregado constitui 6/12, o que corresponde a 15 (quinze) dias; b) as férias coletivas de 12.12.2016 a 31.12.2016 = 20 (vinte) dias.

(18)

Serão pagos como férias coletivas 15 (quinze) dias e os 5 (cinco) dias restantes serão pagos como licença remunerada, ou seja, na folha de pagamento normal.

O período aquisitivo desse empregado ficará quitado, iniciando novo período aquisitivo a partir do dia 12.12.2016, ou seja, início das férias coletivas.

10.2.3 - Férias Proporcionais Superiores Às Férias Coletivas

Tendo, na ocasião das férias coletivas, o empregado direito a férias proporcionais superiores ao período de férias coletivas concedido pela empresa, o empregador deverá conceder o período de férias coletivas ao empregado e complementar os dias restantes em outra época, dentro do período concessivo, ou ainda conceder ao empregado na ocasião, integralmente, o período de férias adquirido, para que haja quitação total.

Conforme o artigo 140 da CLT, os empregados contratados há menos de 12 (doze) meses gozarão, na oportunidade, férias proporcionais, iniciando-se, então, novo período aquisitivo.

Ressalta-se, que o 1/3 Constitucional calcula-se somente sobre o período das férias coletivas e os dias considerados como remuneração é salário normal, pois se trata da licença remunerada.

Exemplo:

Empregado contratado em 08.02.2016, o empregador irá conceder a partir do dia 12.12.2016 até o dia 31.12.2016 férias coletivas, conforme abaixo:

a) o direito adquirido do empregado constitui 10/12, o que corresponde a 25 (vinte e cinco) dias; b) as férias coletivas de 12.12.2016 a 31.12.2016= 20 (vinte) dias.

Serão pagos como férias coletivas 20 (vinte) dias e os 5 (cinco) dias restantes deverão ser concedidos posteriormente, dentro do período concessivo, ou, se o empregador preferir, poderão ser concedidas na sequência das férias coletivas.

O novo período aquisitivo desse empregado inicia-se dia 12.12.2016, ou seja, início das férias coletivas.

10.3 – Restante Das Férias – Direito Adquirido

No caso das férias coletivas for inferior ao direito adquirido do empregado, ele terá direito ao gozo dos restantes dos dias para completar o período aquisitivo.

Exemplo:

O empregado tem direito de férias de 30 dias, porém, as férias coletivas somente é de 11 dias, então ele terá ainda, desse mesmo período aquisitivo, o restante de férias, ou seja, 19 dias.

Extraído das jurisprudências abaixo:

a) “A concessão das férias assim atende a interesses do empregador, e não lhe faz nascer direito a compensação, em qualquer hipótese”.

b) “Hipótese em que concedidas férias coletivas de 11 dias e, posteriormente, férias individuais de 19 dias, não havendo irregularidade no procedimento adotado pela reclamada. Recurso da reclamante a que se nega provimento”.

Jurisprudências:

FÉRIAS COLETIVAS. POSSIBILIDADE DE FRACIONAMENTO. Nos termos do caput do art. 139 da CLT e seu § 1º, o empregador poderá conceder férias coletivas a seus empregados, facultando-se o gozo das férias em dois períodos anuais não inferiores a 30 dias. Hipótese em que concedidas férias coletivas de 11 dias e, posteriormente, férias individuais de 19 dias, não havendo irregularidade no procedimento adotado pela reclamada. Recurso da reclamante a que se nega provimento. (Processo: RO 00006346220125040026 RS 0000634-62.2012.5.04.0026 – Relator(a): José Felipe Ledur – Julgamento: 10.10.2013)

(19)

FÉRIAS COLETIVAS. EMPREGADOS CONTRATADOS A MENOS DE 12 (DOZE) MESES. No caso de férias coletivas, mesmo que o empregado contratado a menos de 12 (doze) meses goze férias de duração superior a que, proporcionalmente ao tempo de serviço, teria direito, inicia-se novo período aquisitivo quando de seu retorno. A concessão das férias assim atende a interesses do empregador, e não lhe faz nascer direito a compensação, em qualquer hipótese. (TRT 2ª - Acórdão: 02900041990 Turma: 07 Data Julg.: 05.03.1990 Data Pub.: 21.03.1990 Processo: 02880098313 Relator: Vantuil Abdala).

11. ABONO PECUNIÁRIO - ACORDO COLETIVO ENTRE O EMPREGADOR E O SINDICATO REPRESENTATIVO DA RESPECTIVA CATEGORIA PROFISSIONAL

O abono pecuniário nas férias coletivas deverá ser objeto de acordo coletivo entre o empregador e o sindicato representativo da respectiva categoria profissional, independente de solicitação do empregado (§ 2°, Artigo 143 da CLT).

“Artigo 143 da CLT - É facultado ao empregado converter 1/3 (um terço) do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes.

...

§ 2º - Tratando-se de férias coletivas, a conversão a que se refere este artigo deverá ser objeto de acordo coletivo entre o empregador e o sindicato representativo da respectiva categoria profissional, independendo de requerimento individual a concessão do abono”.

O abono pecuniário pode ser de no máximo 1/3 das férias que o empregado tiver direito na época de sua concessão.

Exemplo:

a) se o empregado tiver direito a 30 (trinta) dias de férias, o abono pecuniário poderá ser no máximo de 10 (dez) dias;

b) se for de 24 (vinte e quatro) dias, o abono poderá ser de no máximo 8 (oito) dias.

“É possível o pagamento do abono de férias aos trabalhadores, no caso de férias coletivas? No caso de

férias coletivas, o abono de férias deverá ser objeto de acordo entre o empregador e o sindicato da categoria”. Extraído do site do Ministério do Trabalho, perguntas e respostas (http://www3.mte.gov.br/ouvidoria/duvidas_trabalhistas.asp).

Importante: No caso de contrato a tempo parcial aplica-se os mesmos procedimentos descritos acima, pois com

a reforma trabalhista o § 3º do 143 da CLT foi revogado.

12. ANOTAÇÕES A RESPEITO DAS FÉRIAS COLETIVAS

No momento da concessão das férias coletivas, o empregador deverá proceder às anotações devidas na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no livro ou Ficha Registro de Empregados (Artigo 135 da CLT).

12.1 - CTPS – Apresentação Obrigatoriedade

O empregador deverá anotar na CTPS dos empregados, as datas dos períodos aquisitivos correspondentes às férias coletivas gozadas, conforme estabelece as legislações abaixo.

“§ 2º, Art. 135 da CLT - A concessão das férias será, igualmente, anotada no livro ou nas fichas de registro dos empregados”.

“Art. 2º. Portaria do MTE nº 41/2007 - O registro de empregados de que trata o art. 41 da CLT conterá as seguintes informações:

...

VIII - férias; e”.

“§ 3º, Art. 141 da CLT - Quando da cessação do contrato de trabalho, o empregador anotará na Carteira de Trabalho e Previdência Social as datas dos períodos aquisitivos correspondentes às férias coletivas gozadas pelo empregado”.

Referências

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