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Análise de um projeto residencial multifamiliar às exigências estabelecidas pela NBR 15575/2013

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RANGEL BARRETO HONÓRIO

SANDRO MAURÍCIO FILHO

ANÁLISE DE UM PROJETO RESIDENCIAL MULTIFAMILIAR ÀS EXIGÊNCIAS

ESTABELECIDAS PELA NBR 15575/2013:

ESTUDO DE CASO

Tubarão

2017

(2)

RANGEL BARRETO HONÓRIO

SANDRO MAURÍCIO FILHO

ANÁLISE DE UM PROJETO RESIDENCIAL MULTIFAMILIAR ÀS EXIGÊNCIAS

ESTABELECIDAS PELA NBR 15575/2013:

ESTUDO DE CASO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

ao Curso de Engenharia Civil da Universidade

do Sul de Santa Catarina como requisito parcial

à obtenção do título de Engenheiro Civil.

Orientadora: Profa. Esp. Norma Beatriz Camisão Schwinden.

Tubarão

2017

(3)
(4)

Dedicamos este trabalho aos nossos familiares,

amigos e professores, que estiveram presentes

durante a nossa jornada acadêmica, fazendo o

sonho se tornar realidade.

(5)

AGRADECIMENTOS RANGEL

Agradeço a Deus, em primeiro lugar, pois sem a sua ajuda, a sua direção e o seu

agir eu não teria capacidade para estar aqui, por se fazer presente em todos os momentos, por

me ter dotado de saúde, sabedoria e disposição para alcançar mais uma vitória em minha vida.

Aos meus pais, Maria de Lourdes e Afonso, que com toda humildade e simplicidade

ensinaram-me a ser uma pessoa decente, a respeitar e buscar meus sonhos de forma honesta,

ainda que seja com muito trabalho, mas sem nunca passar por cima de nenhum semelhante.

Agradeço, também, a minha família por estar ao meu lado todo esse tempo me

dando força, apoio e confiança.

A minha namorada, Gabriella, que soube me entender nos momentos de nervosismo

e correria para conclusão deste trabalho, sempre tentando me ajudar da melhor forma.

Agradeço aos professores Gil e Norma e ao amigo Sérgio pelos conhecimentos

partilhados e o aceite para ser nossa banca neste trabalho.

Agradeço ao meu amigo Sandro, meu parceiro de dupla, que compartilhou comigo

esse momento de vitória.

Agradeço a todos os meus amigos e colegas que de uma forma direta ou indireta

contribuíram para que mais um trabalho se realizasse, por confiarem e acreditarem que eu seria

capaz.

(6)

AGRADECIMENTOS SANDRO

Primeiramente, quero agradecer aos meus pais, Sandro e Gicelza, que desde que

optei por cursar engenharia civil, apoiaram-me e acreditaram em mim, sempre incentivando.

Mesmo nos momentos mais difíceis, deram todo o apoio necessário para seguir em frente, sem

eles, certamente, essa conquista seria muito mais difícil.

Agradeço, também, aos meus irmãos Hilton e Ana Clara, assim como meus

familiares, que são meus verdadeiros amigos, companheiros e sempre me estimularam a seguir

em frente, dando bons conselhos.

A minha noiva, Beatriz, que a todo o momento caminhou ao meu lado e

compreendeu os momentos em que eu não podia estar ao seu lado, pois precisava honrar com

meus compromissos diante da universidade. Estimulou-me a dar continuidade nos estudos e,

sem dúvida, sua presença fez essa caminhada ser mais agradável.

A orientadora Norma, que além de ser uma profissional exemplar, foi nossa grande

parceira no desenvolvimento deste trabalho, compartilhou seu conhecimento para tornar esse

momento possível. A todo tempo estava à disposição para nos orientar da melhor maneira

possível.

Ao engenheiro Sérgio, que além de ser meu colega de trabalho, sempre partilhou

de seu conhecimento para me orientar da maneira mais correta possível. Agradeço, também,

ao professor Gil que prontamente aceitou nosso pedido para compor a banca e é uma pessoa

pela qual tenho muita admiração.

(7)

“Quatro coisas para o sucesso: Trabalhar e orar, pensar e acreditar” (Norman

Vincent Peale).

(8)

RESUMO

Com o crescimento significativo da construção civil, surgiram, também, muitas patologias em

edificações oriundas de uma má execução, aliada, muitas vezes, ao uso de materiais de baixa

qualidade. Desta forma, o mercado da construção civil viu a necessidade de obrigar os

construtores e incorporadores a atender requisitos mínimos de desempenho, por esse motivo,

desenvolveu-se a NBR 15575:2013, que foi dividida em seis partes: requisitos gerais, sistemas

estruturais, sistemas de pisos, sistemas de vedações verticais internas e externas, sistema de

cobertura e sistema hidrossanitário. N esses sistemas estão contidos os critérios e requisitos

mínimos para um bom desempenho da edificação. A norma destaca, ainda, a importância do

cumprimento das manutenções preventivas com a finalidade de atender a vida útil desejada. A

criação da norma foi importante, pois garante aos compradores a segurança de uma edificação

com os desempenhos satisfatórios, diminuindo o uso de materiais de baixa qualidade e,

consequentemente, a diminuição de patologias. No presente trabalho foi aplicado um checklist

desenvolvido por Mariana Mena Barreto e Isys de Mattos Vieira a fim de adequar um projeto

de edifício residencial dentro dos critérios exigidos pela ABNT NBR 15575:2013, edifício esse

que será construído na cidade de Tubarão, Santa Catarina.

(9)

ABSTRACT

With the significant growth of civil construction, many pathologies have also arisen in buildings

resulting from poor execution, allied to the use of low quality materials, and the construction

market has seen the need to oblige builders, builders to meet requirements NBR 15575: 2013,

which was divided into six parts: general requirements, structural systems, floor systems,

internal and external vertical fence systems, roofing system and hydrosanitary system, in these

systems are Contained the criteria and minimum requirements for a good performance of the

building. The standard also highlights the importance of compliance with preventive

maintenance in order to meet the desired useful life. The creation of the standard was important,

since it guarantees to the buyers the safety of a building with the satisfactory performances, also

diminishing the use of materials of low quality and consequently the reduction of pathologies.

In the present work a checklist developed by Mariana Mena Barreto and Isys de Mattos Vieira

was applied in order to fit a residential building project within the criteria required by ABNT

NBR 15575: 2013, a building to be built in the city of Tubarão, Santa Catarina.

(10)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Quadro do desempenho acústico ... 19

Figura 2 - Requisitos gerais ... 23

Figura 3 - Sistema genérico de pisos e seus elementos ... 25

Figura 4 - Prazos mínimos dos sistemas ... 30

Figura 5 - Quadro com áreas do empreendimento ... 33

Figura 6 - Localização do empreendimento na cidade de Tubarão ... 33

Figura 7 - Laudo de sondagem – SP-001 ... 35

Figura 8 - Laudo de sondagem – SP-002 ... 36

Figura 9 - Laudo de sondagem – SP-003 ... 37

Figura 10 - Localização dos furos SP-001, SP-002 e SP-003 ... 38

Figura 11 - Localização dos blocos e estacas ... 39

Figura 12 - Projeto de 1° fiada ... 40

Figura 13 - Projeto de 2° fiada ... 41

Figura 14 - Corte esquemático... 42

Figura 15 - Planta baixa térreo ... 44

Figura 16 - Planta baixa pavimento tipo ... 44

Figura 17 - Planta baixa 1° pavimento ... 45

Figura 18 - Imagem ilustrativa – Planta de esgoto sanitário térreo ... 46

Figura 19 - Imagem ilustrativa – Nível 23,76 ... 47

Figura 20 - Quadro: Lista de aparelhos sanitários com suas especificações ... 49

Figura 21 - Quadro: Lista de materiais utilizados nas redes, com suas especificações ... 49

Figura 22 - Quadro: Modo de execução de determinados serviços ... 50

Figura 23 - Modelo de terminal aéreo ... 51

Figura 24 - Projeto com barras chatas de alumínio 70mm² ... 52

Figura 25 - Malha de aterramento piso térreo ... 53

Figura 26 - Quadro: Características técnicas dos equipamentos ... 54

Figura 27 - Detalhes de iluminação de emergência e extintores ... 55

Figura 28 - Altura da caixa d’agua e modelo de “HP” ... 56

Figura 29 - Corte do esquema vertical do abrigos de medidores ... 56

Figura 30 - Quadro: Distâncias mínimas de afastamentos da central de gás ... 57

Figura 31 - Quadro: Cargas instaladas, amperagem de disjuntores e bitolas de cabos ... 58

(11)

Figura 33 - Projeto elétrico térreo ... 60

Figura 34 - Projeto elétrico 1º. pavimento ... 60

Figura 35 - Projeto elétrico pavimento tipo ... 61

Figura 36 - Quadro requisitos gerais da edificação ... 62

Figura 37 - Quadro requisitos para os sistemas estruturais ... 76

Figura 38 - Quadro requisitos para os sistemas de pisos ... 81

Figura 39 - Quadro dos requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e externas 90

Figura 40 - Quadro dos requisitos para os sistemas de coberturas ... 97

(12)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Dimensões tijolo maciço cerâmico... 19

Tabela 2 - Resistência dos blocos ... 43

(13)

SUMÁRIO

1

INTRODUÇÃO... 14

1.1

CONTEXTUALIZAÇÃO ... 14

1.2

OBJETIVOS DO TRABALHO ... 15

1.2.1

Objetivo geral ... 15

1.2.2

Objetivos específicos ... 15

1.3

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ... 15

1.4

ESTRUTURA DO TRABALHO ... 16

2

REVISÃO DA LITERATURA ... 17

2.1

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ... 17

2.2

NORMA BRASILEIRA ... 18

2.2.1

Norma prescritiva e de desempenho... 18

2.3

NBR 15575 ... 20

2.3.1

O que motivou a criação da norma de desempenho ... 20

2.3.2

NBR 15575:2008 ... 21

2.3.3

NBR 15575:2013 ... 22

2.3.3.1

Requisitos gerais ... 23

2.3.3.2

Sistemas estruturais ... 24

2.3.3.3

Sistemas de pisos ... 24

2.3.3.4

Sistemas de vedações verticais internas e externas ... 25

2.3.3.5

Sistemas de coberturas ... 26

2.3.3.6

Sistema hidrossanitário ... 26

2.3.4

ABNT NBR 10821- Esquadrias externas para edificações ... 27

2.4

IMPACTOS NA RELAÇÃO CONSTRUTORA E CLIENTE ... 29

3

ESTUDO DE CASO ... 32

3.1

SELEÇÃO DO EMPREENDIMENTO ... 32

3.2

ANÁLISE DO EMPREENDIMENTO ... 34

3.2.1

Projetos ... 34

3.2.1.1

Sondagem do terreno ... 34

3.2.1.2

Locação dos blocos e estacas ... 38

3.2.1.3

Alvenaria estrutural ... 40

3.2.1.4

Projeto Arquitetônico ... 43

(14)

3.2.1.6

Projeto preventivo de incêndio ... 50

3.2.1.7

Projeto elétrico... 57

3.2.3

Aplicação do checklist ... 62

4

ANÁLISE DE DADOS ... 122

5

CONCLUSÃO ... 128

5.1

SUGESTÃO PARA TRABALHOS FUTUROS ... 128

(15)

1

INTRODUÇÃO

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO

Em meados de 2000, através da Caixa Econômica Federal e da Financiadora de

Estudos e Projetos, surgiram os primeiros estudos referentes à Norma de Desempenho para as

edificações habitacionais, identificada como NBR 15575. O período de surgimento do tema

trouxe aos segmentos da indústria da construção civil grandes debates na sociedade brasileira.

No ano de 2007, sua primeira edição foi disponibilizada para consulta pública, sendo publicada

de forma definitiva em 2013, após extensas discussões.

A NBR 15.575:2013 tem como principal objetivo aumentar o nível de desempenho

mínimo das edificações, proporcionando as partes do projeto executado, como estruturas,

vedações, instalações hidrossanitárias e elétricas, pisos, fachadas e cobertura uma vida útil mais

duradoura.

As novas regras trazem ao consumidor benefícios e repartem as responsabilidades

entre fabricantes, projetistas, construtores e usuários.

Segundo redação da Piniweb (2013), pelas estimativas de especialistas, a NBR

15.575:2013 deve gerar uma pequena alta nos custos das construções, em torno de 5% a 7% de

acréscimo no custo final da obra. Isso irá atingir até mesmo os consumidores mais exigentes.

Nos empreendimentos de alto padrão, esse acréscimo, do mesmo modo, ocorrerá, mesmo que

a maioria dessas obras já cumpram os requisitos mínimos da norma.

São imprescindíveis os conhecimentos para a aplicação da NBR 15575:2013 em

qualquer edifício, já que impactará no produto final entregue ao cliente, e, também, é importante

para minimizar os riscos de desagradáveis ações judiciais, por isto este trabalho pretende ser

mais uma fonte de consulta acerca do tema em estudo.

(16)

1.2 OBJETIVOS DO TRABALHO

A seguir, serão apresentados os objetivos do trabalho.

1.2.1 Objetivo geral

Analisar se o projeto residencial multifamiliar em estudo está em conformidade

com os critérios e requisitos estabelecidos pela NBR 15575:2013, indicando as

incompatibilidades e sugerindo adequações necessárias.

1.2.2 Objetivos específicos

 Elaborar pesquisa bibliográfica conforme a norma de desempenho.

 Verificar as exigências estabelecidas pela NBR 15.575:2013 a partir da aplicação do

checklist modelo.

 Aplicar os conhecimentos adquiridos segundo a NBR 15.575:2013 no projeto em

questão.

 Sugerir adequações no projeto da edificação em estudo.

1.3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Quanto aos seus objetivos, esta é uma pesquisa do tipo exploratória. Segundo

Zikmund (2000), os estudos exploratórios, geralmente, são úteis para diagnosticar situações,

explorar alternativas e descobrir novas ideias.

Quanto ao método, trata-se de um estudo de caso, que, conforme Triviños (1987),

define estudo de caso como uma categoria de pesquisa cujo objeto é uma unidade que se analisa

profundamente e que tem como objetivo aprofundar a descrição de determinada realidade.

Neste estudo foi utilizado esse método para analisar os critérios e requisitos construtivos

segundo a norma em questão.

As fontes de consulta para o desenvolvimento da pesquisa bibliográfica foram

livros, artigos de periódicos e materiais disponibilizados na rede mundial de computadores.

Destaca-se a aplicação no estudo de caso do checklist modelo desenvolvido pelas autoras

Mariana e Isys.

(17)

1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO

O presente trabalho está estruturado em capítulos para facilitar a sua compreensão.

Assim sendo, o primeiro capítulo traz a introdução, que compreende a apresentação do tema da

pesquisa, a justificativa, os objetivos, os procedimentos metodológicos e a estrutura do trabalho.

No segundo capítulo, faz-se a revisão da literatura sobre a NBR 15.575:2013. No capítulo três,

apresenta-se o estudo de caso e no quarto os resultados e discussões. O quinto capítulo aborda

a conclusão, seguido pelas referências bibliográficas.

(18)

2

REVISÃO DA LITERATURA

A fim de atribuir uma qualidade maior nas construções do país, em julho de 2013,

a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) pôs em vigor a NBR 15575:2013, norma

que institui níveis de desempenho mínimos para os principais conjuntos das edificações, tais

como estrutura, vedações, instalações elétricas e hidrossanitárias, pisos, fachadas e cobertura.

Para um melhor entendimento do assunto, neste capítulo serão apresentados

conceitos gerais das ABNT NBR 15575, sua evolução e mudanças.

2.1 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS

No Brasil, quando há necessidade de normalização de determinado tema, a

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) encaminha o assunto em questão para o

Comité Técnico responsável, que deverá enviar o mesmo para os diversos setores envolvidos.

Após esse processo, o projeto de norma é encaminhado para consulta nacional e colocado à

disposição da sociedade para sugestões ou críticas, a fim de melhorias ou até mesmo a não

aprovação.

A ABNT, por reconhecimento da sociedade brasileira, teve sua fundação, em 28 de

setembro de 1940, é a responsável pela criação das Normas Brasileiras (ABNT NBR), que são

elaboradas por seus Comitês Brasileiros (ABNT/CB), Organismos de Normalização Setorial

(ABNT/NOS) e Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE). É considerada uma entidade

privada e sem fins lucrativos, membro da International Organization for Standardization

(Organização Internacional de Normalização – ISSO), da Comisión Panamericana de Nomas

Técnicas (Comissão Pan-Americana de Normas Técnicas – Copant), membro Asociación

Mercosur de Normalización (Associação MERCOSUL de Normalização – AMN) e, também,

da International Electrotechnical Commission (Comissão Eletrotécnica Internacional – IEC)

(ABNT, 2017).

Desde sua fundação esteve atuando nas avaliações das conformidades, com seus

programas para controle de produtos, sistemas e rotulagem ambiental, tudo dentro dos

princípios técnicos exigidos mundialmente, garantido, assim, credibilidade, ética e

reconhecimento de todos os serviços prestados (ABNT, 2017).

Em harmonia com o governo e sociedade, está sempre buscando a implementação

de políticas públicas, gerando desenvolvimento do mercado, defendendo e assegurando todos

(19)

os cidadãos. Por meio de normas, tem sua principal função gerar para a sociedade o uso dos

bens e serviços de forma competitiva e sustentável nos mercados (ABNT, 2017).

2.2 NORMA BRASILEIRA

2.2.1 Norma prescritiva e de desempenho

Até o presente momento, as normas da ABNT destinadas à construção civil eram

as chamadas normas prescritivas, ou seja, séries de requisitos e critérios exigidos para um

material ou processo específico, estabelecidos pelo seu uso. É como uma receita pronta, que diz

à medida que os pisos podem ter os materiais admitidos na fabricação de blocos cerâmicos, etc.

Já a norma de desempenho, determina as necessidades do usuário que o edifício inteiro deve

atender. Enquanto normas prescritivas são quantitativas e se referem aos produtos, a norma de

desempenho é tanto qualitativa como quantitativa e diz respeito ao funcionamento dos sistemas

da edificação de modo geral (CBIC,2013).

Assim é que se tem por definição que “Norma de desempenho: conjunto de

requisitos e critérios estabelecidos para um edifício e seus sistemas, com base em exigências

do usuário, independentemente da sua forma ou dos materiais constituintes”. (USP, 2014, p.

24).

E com relação à norma prescritiva, tem-se como definição "[...] conjunto de

requisitos e critérios estabelecidos para um produto ou um procedimento específico, com base

na consagração do uso ao longo do tempo". (USP, 2014, p. 2).

Na compreensão da Piniweb (2004), a norma de desempenho abrange aspectos

diversos, pois esta NBR deixa de enfatizar materiais e componentes e pensa na construção como

um produto, que, como tal, deve ter um desempenho mínimo determinado em norma,

independentemente dos sistemas construtivos que forem utilizados.

Portanto, a norma de desempenho não tem por função orientar a escolha de sistema

construtivo ou de materiais utilizados na obra por parte do projetista, apenas diz que,

independentemente do método utilizado ou material empregado, ele terá de atender às

condições pré-determinadas. Assim, as normas já existentes, que definem como deve ser

produzido e apresentado um produto, continuam em vigor (PINIWEB, 2004).

Para uma melhor compreensão do que é norma prescritiva e de desempenho, na

prescritiva, como já relatado o conceito anteriormente, pode-se citar a NBR 7170:1983 Tijolo

maciço cerâmico para alvenaria. Segundo a norma, “Formas e dimensões nominais: os tijolos

(20)

comuns devem ser paralelepípedos-retângulos, sendo suas dimensões nominais”. (NBR, 1983,

p. 7). A tabela a seguir ilustra essas dimensões.

Tabela 1 - Dimensões tijolo maciço cerâmico

Fonte: NBR 7170 (1983).

Pode-se observar na tabela 1 que a norma prescritiva estabelece requisitos com

relação à dimensão do bloco cerâmico maciço, todavia, sobre a norma de desempenho,

pode-se citar a NBR 15575:2013 e mencionar o exemplo do quadro aprepode-sentado na pode-sequência.

Figura 1 - Quadro do desempenho acústico

(21)

Conforme evidenciado através do quadro 1, esta faz referência ao desempenho da

edificação, independente do material utilizado.

2.3 NBR 15575

2.3.1 O que motivou a criação da norma de desempenho

Conforme Possan e Demoliner (2013), os desgastes precoces ocorridos em

edificações e a consequente diminuição de seu desempenho, caracterizam problemas comuns

em todo o mundo. Esses desgastes prematuros ocorrem devido à baixa qualidade dos materiais

utilizadas na construção, por problemas de projeto, execução e, também, pela falta de

manutenção. Neste sentido, a norma do desempenho NBR 15.575 de edificações habitacionais

tem como principal objetivo a qualidade das construções, por esse motivo leva em consideração

a durabilidade e a vida útil das estruturas e suas partes.

O crescimento das construções de conjuntos habitacionais em território nacional

teve uma grande aceleração em virtude da implantação do programa federal Minha Casa Minha

Vida, em 2009, e teve como consequência um reflexo significativo na maneira de pensar a

respeito da habitação social no Brasil, historicamente marcada pela baixa qualidade dos

projetos, erros de execução e falta de manutenção, o que acabou resultando em moradias que

apresentaram elevados índices de manifestações patológicas, antes mesmo de serem entregues

aos futuros moradores (ENTAC, 2014).

Como caracteriza Lira (2014, p. 1), a construção civil notou a necessidade de

aprimorar o desempenho das edificações:

Nos anos 1970, nosso setor viveu o período das grandes obras nacionais, como

hidrelétricas, pontes e estradas, mas construíamos de forma artesanal. Nos anos 1980

– a célebre década perdida – USP e IPT começaram a pensar em uma norma de

desempenho, mas apenas na teoria. Afinal, na década de 1990, vivemos o período da

engenharia de redução de custo. Apareceram a laje zero e a alvenaria com

revestimento fino. Não seria possível continuar assim. A Norma de Desempenho nos

permitirá corrigir todos esses equívocos.

Em concordância com Cordovil (2013), diferentemente de outras normas já

publicadas, a NBR 15575:2013 tem como principal intuito a capacidade de resistir às

intempéries e situações do cotidiano de uso e operação, assim como garantir o conforto para o

morador.

A citada norma tem aplicação em edificações habitacionais unifamiliares e

coletivas (multifamiliares) (ABNT, 2013).

(22)

2.3.2 NBR 15575:2008

No Brasil, diferente de países desenvolvidos como França e Japão, os projetos

executados não levam em consideração questões importantes relacionados ao desempenho da

edificação. Os projetos habitacionais, geralmente, iniciam- se com as questões de arquitetura e

escolha da tecnologia para execução, deixando por último a questão do desempenho.

Com isso, a norma brasileira ABNT NBR 15575:2008 trouxe ao mercado da

construção civil a mudança necessária para estabelecer requisitos e critérios de desempenho

mínimo, durabilidade, vida útil e prazos de garantia para edifícios habitacionais de até cinco

pavimentos.

A NBR 15575:2008 possui seis requisitos, sendo que cada um possui níveis

mínimos de desempenho, métodos de avaliações e suas respectivas vidas úteis. Cada parte

obteve como principal função proporcionar aos usuários segurança, atender as demandas,

habitabilidade e sustentabilidade (ABNT, 2008).

A referida norma foi estruturada em seis requisitos:

Parte 1: Requisitos gerais;

Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais;

Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos;

Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais;

Parte 5: Requisitos para os sistemas de cobertura;

Parte 6: Requisitos para os sistemas hidrossanitários.

Para Durante (2013), a norma NBR 15575:2008 possui um diferencial de não

especificar o modo de execução, mas exigir o mínimo de desempenho dos sistemas

construtivos.

Segundo Durante (2013), a norma será importante para os consumidores, pois suas

regras serão de fácil compressão, o que trará a estes uma maior responsabilidade para as

manutenções corretivas e preventivas do imóvel.

Para Simão (2010), presidente da Câmara Brasileira das Indústrias da Construção –

CBIC, a NBR 15575:2008, quando lançada, proporcionou ao mercado da construção civil um

enorme avanço na abordagem do desempenho da obra, nas mudanças do conforto e segurança

do proprietário, na responsabilidade das construtoras e nos projetistas e fabricantes. Simão

(2010) acreditava que não existiam ainda no comércio fabricantes com produção necessária

(23)

para atender o novo mercado, sendo assim, entendia que deveria haver um período maior de

adaptação.

Ainda, segundo Simão (2010), a Associação Brasileira de Normas Técnicas, com

intuito de adequação da norma NBR 15575:2008, abriu seis emendas em consulta pública, com

prazo de adequação até marco de 2012. Elas foram aprovadas pelo Comitê Brasileiro da

Construção Civil (CB-02), tendo sua publicação em novembro de 2010.

De acordo com Lima (2012), a norma de desempenho só seria exigida após março

de 2013. Todos os seis projetos de emendas que participaram da consulta pública foram

aprovados com mais de 90% dos votos.

Como descrito por Piniweb (2012), a primeira versão da norma de desempenho foi

publicada em 2008. A NBR 15575:2008 impôs grandes dificuldades para os construtores,

projetistas e aos fornecedores de materiais, que não esperavam por tantas mudanças exigidas

pela norma e muitas delas inéditas para a época. Isso gerou grandes discussões entre os

responsáveis pelas edificações e, por esse motivo, a NBR 15575:2008 passou por adequações,

sendo prorrogado seu prazo de exigibilidade para julho de 2013.

2.3.3 NBR 15575:2013

Como afirma a Piniweb (2012), na versão de 2008, a NBR 15575:2008 era restrita

apenas a edifícios de até 5 pavimentos. Na NBR 15575:2013, o novo texto tornou-se mais

abrangente, exigindo a aplicação da norma em qualquer edifício residencial,

independentemente do porte da construção. A alteração tornou a norma mais detalhada,

fornecendo parâmetros para avaliação de requisitos referente à manutenção, durabilidade,

desempenho térmico e acústico.

Para entender melhor os conceitos da NBR 15575:2013, é importante compreender

as diferenças entre requisitos, exigências e critérios. Conforme Cbic (2013, p. 31), requisitos

significa “Condições que expressam qualitativamente os atributos que a edificação habitacional

e seus sistemas devem possuir, a fim de que possam atender aos requisitos do usuário”. E para

Dicionárioweb (2016, p. 1), exigência é “Ação de exigir, solicitar. São imposições, condições

para a realização de algo” e, ainda, para Cbic (2013, p. 31), critérios são “Especificações

quantitativas dos requisitos de desempenho, expressos em termos de quantidades mensuráveis,

a fim de que possam ser objetivamente determinados”.

A norma NBR 15575:2013 foi elaborada segundo modelos internacionais de

normalização de desempenho, ou seja, para cada necessidade do comprador e condição de

(24)

exposição aparecem às sequências de condições referentes ao desempenho, parâmetros de

desempenho e respectivos métodos de avaliação (CBIC, 2013).

É importante ressaltar que a NBR 15575:2013 não se aplica a obras em andamento

com projetos protocolados nos órgãos provisórios (prefeitura, corpo de bombeiros,

concessionária de energia elétrica e demais) até a data de entrada em vigor da norma,

construções provisórias, obras de reforma ou retrofit e obras já concluídas (ABNT NBR

15575-5, 2013).

2.3.3.1 Requisitos gerais

Na primeira parte, Parte 1: Requisitos gerais, estão presentes os requisitos do

usuário, que são os maiores interessados no bom desempenho da edificação. As exigências

foram divididas em segurança, habitabilidade e desempenho, conforme mostra a figura 2.

Figura 2 - Requisitos gerais

(25)

Os requisitos gerais envolvem os requisitos comuns aos diferentes sistemas e as

exigências dos usuários. Servem como uma referência ao conteúdo geral da NBR 15575:2013,

sempre ressaltando os sistemas fundamentais. Apontam parâmetros de desempenho, conceitos

de vida útil, estanqueidade e durabilidade, definições e referências acerca de aspectos gerais de

diferentes sistemas (SEMIPAR, 2016).

Como caracteriza Cordovil (2013), a primeira parte da norma especifica as

exigências do usuário de um modo geral, observando o comportamento em uso de toda a

edificação e não a maneira como a construção deverá ser executada, desde que atenda o

desempenho mínimo exigido pela NBR 15575:2013.

2.3.3.2 Sistemas estruturais

As normas de projeto e execução de estruturas focam normalmente na estabilidade

e segurança das edificações frente a cargas gravitacionais, à ação do vento e a outras. A norma

de desempenho, na Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais, incluiu, ainda, ações

decorrentes do uso e ocupação do imóvel, como resistência de pisos e paredes aos impactos de

corpo mole e corpo duro, capacidade de paredes e tetos suportarem cargas suspensas, entre

outros (CBIC, 2013).

Segundo Cordovil (2013), esta parte da norma relata as especificações técnicas com

relação ao sistema construtivo de estruturas e descreve, também, a importância da verificação

dos ensaios de ruptura e instabilidade da edificação.

2.3.3.3 Sistemas de pisos

Esta Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos faz referência aos critérios de

desempenho de pisos para áreas de uso comum ou privativo, com o intuito de garantir maior

qualidade e conforto às edificações. Cita os parâmetros de avaliação com relação ao

desempenho térmico e acústico, resistência a impactos e riscos, segurança ao fogo, garantindo,

dessa forma, uma maior segurança e vida útil à construção (SEMIPAR, 2016).

O sistema de piso, como mostra a figura 3, é constituído por camadas, estas devem

atender às exigências estabelecidas pela norma de desempenho com relação a vários critérios,

como: durabilidade e manutenibilidade, segurança ao fogo, estanqueidade e desempenho

acústico. Importante ressaltar que os usuários devem consultar o manual do proprietário sobre

o uso adequado desse sistema para minimizar a possibilidade de problemas futuros.

(26)

Figura 3 - Sistema genérico de pisos e seus elementos

Fonte: Piniweb (2013).

2.3.3.4 Sistemas de vedações verticais internas e externas

Conforme a ABNT NBR 15575–4 (2013), os sistemas de vedações são

indispensáveis para proporcionar um conforto adequado aos moradores das edificações. As

vedações têm como função proporcionar um bom desempenho térmico e acústico, além de

impedir que a água infiltre para o ambiente interno.

Na compressão de Vitório e Rosa (2016), a norma NBR 15575-4:2013 deve seguir

a ABNT NBR 10821:2011, norma que especifica os requisitos exigíveis de desempenho das

esquadrias externas para edificações. Com intuito de atender todos os requisitos mínimos de

estanqueidade à água e ar, as aberturas de alumínio devem ser projetadas e homologadas

conforme a NBR 10821:2011.

Esta quarta parte da norma, intitulada como Parte 4: Requisitos para os sistemas de

vedações verticais internas e externas – SVVIE, estabelece alguns critérios para verificação do

atendimento da NBR 15575:2013. Estes se referem não só a elementos externo que possam

danificar os sistemas de vedações, mas também com relação ao uso da edificação que possa

interferir no desempenho das vedações, como, por exemplo, cargas de prateleiras e impactos

no sistema de vedações (CORDOVIL, 2013).

(27)

Traz obrigações de desempenho de vedação interna e externa, que interagem com

a construção, com a finalidade de melhorar seu desempenho. Analisa o sistema de forma geral,

levando em conta elementos que possam influenciar na parte de vedação de toda a estrutura

(CORDOVIL, 2013).

2.3.3.5 Sistemas de coberturas

Conforme Cordovil (2013, p. 54), “para o sistema de coberturas, a norma define

que os usuários, os contratantes e os incorporadores são responsáveis pelo estabelecimento de

desempenho, desde que acima do mínimo”.

Assim é que a Parte 5: Requisitos para os sistemas de cobertura apresenta requisitos

a serem cumpridos durante o estudo e desenvolvimento do projeto de uma edificação em relação

ao sistema de coberturas. Mostra, também, critérios de desempenho com relação à resistência e

deformabilidade, comportamento estático, risco de arrancamento de componentes através da

ação do vento e da chuva, solicitações de montagem e manutenção e resistência ao impacto

(SEMIPAR, 2016).

2.3.3.6 Sistema hidrossanitário

Para Semipar (2016), o sistema hidrossanitário faz referência aos sistemas pluviais,

esgoto, ventilação, água fria e quente da edificação. É muito importante garantir um bom

desempenho do sistema hidrossanitário, já que este está ligado diretamente a saúde dos

moradores, devido ao risco de contaminação que pode ocorrer caso o sistema não seja bem

executado. A NBR 15575:2013 cita, também, a importância da estanqueidade, desempenho

térmico e acústico, bem como a durabilidade.

Em concordância com Cbic (2013, p. 128), o sistema de esgoto deve “[...] coletar e

afastar as águas servidas nas vazões com que normalmente são descarregados os aparelhos, sem

que haja transbordamento, acúmulo na instalação, contaminação do solo ou retorno a aparelhos

não utilizados”, ainda, conforme Cbic (2013, p. 48) “[...] as instalações de esgoto devem ser

projetadas e executadas de acordo com as normas técnicas brasileiras correspondentes, com

adequados sistemas de ventilação”.

Na compreensão do Cbic (2013, p. 128), nos sistemas pluviais “As calhas e

condutores devem suportar a vazão de projeto, calculada a partir da intensidade de chuva

adotada para a localidade e para certo período de retorno [...]’’

(28)

Como caracteriza ABNT NBR 15575-6 (2013, p. 20), “O sistema predial de água

fria e quente deve fornecer água na pressão, vazão e volume compatíveis com o uso, associado

a cada ponto de utilização, considerando a possibilidade de uso simultâneo”.

2.3.4 ABNT NBR 10821- Esquadrias externas para edificações

O termo esquadrias é o nome utilizado para janelas, portas, portões e demais

aberturas em um projeto ou obra. São encontradas no mercado nos mais variados modelos,

tendo sua fabricação de diversos tipo de materiais.

A norma ABNT NBR 10821:2011 fez com que fabricantes de portas e janelas,

sendo elas de madeira, aço, alumínio ou outros materiais, seguissem os novos critérios imposto

pela mesma, com objetivo de beneficiar as construtoras e consumidores com a melhor

orientação na hora da compra, instalação e acabamento (ABNT, 2017).

Segundo Beltrame (2013), a NBR 10821:2011 era conhecida como ‘norma mãe’

das esquadrias e era estruturada em três partes:

Parte 1: Terminologia;

Parte 2: Esquadrias Externas;

Parte 3: Métodos e ensaios.

Beltrame (2016) afirma que, após a publicação da ABNT NBR 10821:2011, partes

1, 2 e 3, os números de ensaios e avaliações relacionados às esquadrias externas se tornaram

mais detalhados, dessa forma, as partes já publicadas foram apontadas para revisão devido a

dúvidas nos laboratórios dos ensaios gerados anteriormente. Após mais de quatros anos de

pesquisa e envolvimento de autores e consumidores, a NBR 10821:2011 teve mudanças,

ficando conhecida como ABNT NBR 10821:2017 – Esquadrias Externas para Edificações,

tendo as partes 1, 2, 3 revisadas juntamente com a criação das partes 4 e 5.

A norma foi elaborada pela Comissão de Estado Especial de Esquadrias (ABNT /

CEE-191), sendo estruturada da seguinte forma:

Parte 1: Esquadrias externas para Edificações – Terminologia

Segundo a ABNT NBR 10821-1 (2017, p. 1):

(29)

Esta norma define os termos empregados na classificação de esquadrias externas e

internas utilizadas em edificações e na nomenclatura de suas partes. [...] visa assegura

ao consumidor o recebimento dos produtos com condições mínimos exigíveis de

desempenho. [...] se aplica a esquadrias para edificações de uso residencial e

comercial, portas, janelas e fachadas-cortinas, verticais ou inclinadas, e não se aplica

a divisórias internas.

Parte 2: Esquadrias externas para Edificações – Requisitos e classificação

Para a ABNT NBR 10821-2 (2017, p. 1):

Esta norma especifica os requisitos de desempenho das esquadrias para edificações

independentemente do tipo de material. [...] visa assegurar ao consumidor o

recebimento dos produtos com condições mínimas exigíveis de desempenho. [...] não

se aplica a divisórias e fechamentos internos. [...] os conceitos de acessibilidade e para

as condições de saídas de emergência, devem atender às ABNT NBR 9050 E ABNT

NBR 9077. No caso de edificações que estejam conforme a ABNT NBR 15873, que

trata de coordenação modular, as dimensões das esquadrias devem estar compatíveis.

Parte 3: Esquadrias externas para edificações – Métodos de ensaios

Conforme a ABNT NBR 10821-3 (2017, p. 1):

Esta norma especifica os métodos de ensaio para a avaliação de desempenho e

classificação de esquadrias para edificações, independentemente do tipo de material.

[...] visa assegurar ao consumidor o recebimento dos produtos com condições

mínimas exigíveis de desempenho. [...] não se aplica a divisória e fechamentos

internos.

Parte 4: Esquadrias externas para edificações – Requisitos adicionais de desempenho

Sobre essa parte, a ABNT NBR 10821-4 (2017, p. 1) diz que:

Esta norma especifica os requisitos adicionais de desempenho para esquadrias

externas para edificações, independentemente do tipo de material. [...] visa assegurar

ao consumidor o recebimento dos produtos com condições mínimas exigíveis de

desempenho. [...] não se aplica a divisórias e fechamentos internos.

Parte 5: Esquadrias externas para edificações – Instalação e manutenção

Em relação à parte 5, a ABNT NBR 10821-5 (2017, p. 1):

Esta norma estabelece as condições adequadas de instalação e manutenção de tal

forma a garantir o desempenho exigível de esquadrias para edificações, independente

do tipo de material. [...] visa definir as atribuições de fabricante, instalador,

construtor, usuário e contratante. [...] não se aplica para divisórias internas e

fechamentos internos.

Em consequência da nova norma, houve o cancelamento de oitos normas vigentes.

Já que os seus conteúdos foram abordados na nova NBR 10821:2017, as normas são a ABNT

NBR 10820 – Caixilho para edificações – Janela – Terminologia; ABNT NBR 10821 – Caixilho

(30)

para edificações – Janelas; ABNT 10829 – Caixilho para edificações – Janela – Medição de

atenuação acústica; ABNT NBR 10830 – Caixilho para edificações – Acústica dos edifícios –

Terminologia; ABNT NBR 10831 – Projeto de utilização de caixilho para edificações de uso

residencial e comercial – Janelas; ABNT NBR 6485 – Caixilho para edificações – Janela,

fachada-cortina e porta externa – Verificação da penetração de ar; ABNT NBR 6486 – Caixilho

para edificações – Janelas, fachada-cortina e porta externa – Verificação da estanqueidade à

água; ABNT NBR 6487 – Caixilho para edificações – Janela, fachada-cortina e porta externa –

Verificação do comportamento quando submetido a cargas uniformemente distribuídas

(BELTRAME, 2013).

Sendo assim, fica claro que a NBR 10821:2017 cancela e substitui a anterior, tendo

como tema as esquadrias externas, independente do tipo de material utilizado e não podendo

ser aplicado em divisórias e fechamentos internos.

2.4 IMPACTOS NA RELAÇÃO CONSTRUTORA E CLIENTE

A NBR 15575:2013 entrou em vigor de forma definitiva no dia 19 de julho de 2013

e, desde então, passou a ser obrigatória sua aplicação nas edificações construídas após essa data.

Como afirma Ruíz (2013), é imprescindível evidenciar que determinados artigos

que constam no Código Civil e no Código de Defesa do Consumidor dão força obrigatória às

Normas Técnicas ou estabelecem consequências para o seu descumprimento. O Código de

Defesa do Consumidor (1990, p.27), por exemplo, elucida o papel do fornecedor de produtos e

serviços com o Art. 39:

Art.

39. É

vedado

ao

fornecedor

de

produtos

ou

serviços:

VIII - Colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo

com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas

não existirem, pela Associação Brasileira de normas técnicas ou outra entidade

credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade

Industrial – Conmetro.

Assim é que as normas de desempenho para edificações habitacionais, distinta

como NBR 15575 estabelece o prazo de vida útil mínimo de projeto.

Conforme Cbic (2013, p 34), o período de vida útil de projeto VUP é o “Período

estimado de tempo para o qual um sistema é projetado a fim de atender aos requisitos de

desempenho estabelecidos nesta Norma [...]”

(31)

Deste modo, a referida norma de desempenho, define, conforme figura 4, que para

cada tipo de sistema é obrigatório garantir um prazo mínimo de utilização, lembrando-se da

importância das suas devidas manutenções.

Figura 4 - Prazos mínimos dos sistemas

Fonte: NBR 15575-1 (2013, p. 54).

Quem define a vida útil de projeto precisa, também, determinar quais

procedimentos de manutenção deverão ser realizadas para garantir que seja atingido o prazo

mínimo de projeto, conforme estabelece a norma. Fica evidente que tanto a construtora quanto

o usuário têm seus direitos e deveres para garantir um bom desempenho da edificação (MAR,

2015).

De acordo com Mar (2015), pode-se citar como exemplo um revestimento de

fachada em argamassa pintada. Esse revestimento pode ser projetado para uma VUP de 20 anos,

desde que a pintura seja refeita a cada 5 anos. Caso o usuário não realize essa manutenção

prevista, o mesmo assume a responsabilidade de possíveis manifestações patológicas, já que

essas ocorrerão devido à falta de manutenção e não por falha de construção.

Conforme visto anteriormente, ficou claro que na NBR 15575:2013 tanto o

construtor quanto os condomínios têm grande responsabilidade para um bom desempenho da

edificação. A norma exige a entrega aos moradores ou ao responsável pela administração do

condomínio o manual de uso, operação e manutenção, também conhecido como manual do

proprietário. Para Cbic (2013, p.34), o manual do proprietário é um “Documento que reúne as

informações necessárias para orientar as atividades de conservação, uso e manutenção da

edificação e operação dos equipamentos”.

(32)

Segundo Aresarquiteturaweb (2016), o não cumprimento da norma de desempenho

traz diversos prejuízos à edificação, como: a diminuição na vida útil, no conforto térmico e

acústico, entre outros. Para o construtor, o mesmo ficará sujeito a várias penalidades. O

comprador que se sentir prejudicado de alguma forma, poderá rejeitar a entrega do imóvel,

poderá, também, exigir reparos sob pena de multas, indenização ou até mesmo ações judiciais

por danos morais. Por esses motivos, é de suma importância à aplicação da NBR 15575:2013,

caso contrário, o responsável pela construção assume os riscos perante a lei.

Destaca-se que a maioria dos autores concordam com a importância de se

estabelecer as premissas da norma de desempenho na elaboração do projeto.

(33)

3

ESTUDO DE CASO

O formato metodológico da pesquisa foi o de estudo de caso, que, segundo Yin

(1989, p 384), “representa uma investigação empírica e compreende um método abrangente,

com a lógica do planejamento, da coleta e da análise de dados”.

A pesquisa é do tipo exploratória, pois, conforme Gil (2007), esse tipo de pesquisa

tem como objetivo deixar o problema mais claro. Grande parte dessas pesquisas envolve

levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas que tiveram experiências com o problema

pesquisado e análise de exemplos que estimulem a compreensão.

No estudo de caso, tem-se como objetivo a adequação de um projeto residencial

multifamiliar dentro dos parâmetros exigidos pela NBR 15575:2013. Para o estudo de caso,

fez-se uma pesquisa bibliográfica tendo como referência a norma de desempenho, aplicou-se o

checklist modelo para verificação dos itens em desacordo com a NBR 15575:2013 e, como

conclusão, sugeriu-se as adequações necessárias para o cumprimento da norma.

Para Significadosweb (s.d., p. 1), a definição de checklist é: “[...] a junção

de check (verificar) e list (lista). Uma checklist é um instrumento de controle, composto por um

conjunto de condutas, nomes, itens ou tarefas que devem ser lembradas e/ou seguidas”.

Para o desenvolvimento do estudo de caso, foi utilizado o checklist elaborado pelas

autoras Isys de Mattos Vieira e Mariana Mena Barreto.

3.1 SELEÇÃO DO EMPREENDIMENTO

Para a elaboração da pesquisa, foi utilizado como objeto de análise um residencial

que se encontra em fase de estudo para posterior construção. A empresa responsável pela

construção será denominada como Empresa A. O edifício em questão será de alvenaria

estrutural em blocos de concreto.

Segundo Kalil (s.d., p. 3), “A alvenaria estrutural é um sistema construtivo que

utiliza peças industrializadas de dimensões e peso que as fazem manuseáveis, ligadas por

argamassa, tornando o conjunto monolítico”.

O edifício selecionado para estudo tem previsão para ser construído na Avenida

Presidente Getúlio Vargas, localizado na cidade de Tubarão, no estado de Santa Catarina, e a

edificação em questão será chamada de Residencial 1.

O edifício multifamiliar, com 5.030.76m² de área construída, será distribuído em

um bloco com 8 pavimentos, sendo 02 pavimentos de garagem construídos de bloco cerâmico

(34)

e concreto armado e os demais de bloco estrutural, 06 pavimentos, com 08 apartamentos em

cada andar, totalizando 48 unidades. No piso térreo haverá uma sala comercial.

Figura 5 - Quadro com áreas do empreendimento

Área útil apartamento extrema

59,72m²

Área apartamento + garagem

71,72m²

Área útil apartamento centro

58,39m²

Área apartamento + garagem

70,39m²

Área construída nível - 24,26

41,32m²

Área construída reservatório

38,28m²

Área construída térreo

895,56m²

Área construída 1° pavimento

875,60m²

Área construída pavimento tipo

530,00m²

Área total construída

5030,76m²

Fonte: Elaboração dos autores (2017).

Figura 6 - Localização do empreendimento na cidade de Tubarão

(35)

3.2 ANÁLISE DO EMPREENDIMENTO

3.2.1 Projetos

Nesta etapa, foi escolhido junto a Empresa A os projetos arquitetônicos e

complementares referente ao Residencial 1 para avaliação das discrepâncias, de acordo com a

NBR 15575:2013, evidências essas que poderão ser constatadas após o emprego do checklist

modelo.

3.2.1.1 Sondagem do terreno

Para um estudo mais detalhado da fundação do edifício em questão, realizou-se um

estudo de sondagem, no qual foram feitos 03 furos de sondagem à percussão com circulação de

água (SP-001 a SP-003), num total de 32,60m perfurados.

As sondagens executadas foram do tipo à percussão, com tubos de revestimento de

68mm de diâmetro interno e de 74mm de diâmetro externo. Registrou-se o índice de penetração

do amostrador de 34,9mm de diâmetro interno, do tipo “RAYMOND 2”, em todos os terrenos

penetráveis a esse tipo de sondagem.

As resistências oferecidas pelo terreno a cravação do amostrador foram medidas a

cada metro do terreno e consiste no número de golpes de um peso de 65kg caindo em queda

livre de uma altura de 75cm para a cravação de 30cm finais do amostrador. Esse índice fornece

a compacidade dos solos arenosos e siltosos (não coesivos) e a consistência dos solos

(coesivos). As penetrações, registradas por números inteiros no perfil, indicam o número de

golpes para cravar os 30 cm finais do amostrador. Os números fracionários indicam, no

numerador, o número de golpes e no denominador a penetração em cm.

Nos perfis de sondagem, assinalaram-se, também, os níveis de água no subsolo,

quando encontrados.

Os revestimentos foram colocados nos respectivos furos, nos seguintes intervalos

de profundidade:

SP-001: 0,00m a 4,00m

SP-002: 0,00m a 8,00m

SP-003: 0,00m a 4,00m

Nas figuras a seguir, poderão ser observados os perfis individuais, bem como a

planta de localização dos furos de sondagem.

(36)

Figura 7 - Laudo de sondagem – SP-001

(37)

Figura 8 - Laudo de sondagem – SP-002

(38)

Figura 9 - Laudo de sondagem – SP-003

(39)

Figura 10 - Localização dos furos SP-001, SP-002 e SP-003

Fonte: Empresa A (2013).

3.2.1.2 Locação dos blocos e estacas

Inicialmente, serão feitas as locações dos blocos e estacas. O posicionamento desses

foram obtidos através do cálculo estrutural, realizado após análise do laudo de sondagem. Na

figura 11 pode-se observar as locações das estacas e posicionamento dos blocos.

(40)

Cálculo que estabelece a dimensão e a capacidade de sustentação dos elementos

básicos de uma estrutura. É utilizado para analisar o comportamento de estruturas

submetidas à esforços diversos, aplicados em várias direções, com o objetivo de

verificar a resistência adequada dos elementos estruturais sob combinações de

carregamentos extremos ao longo de sua vida útil e também de prever as deformações

das mesmas sob combinações normais de carregamento durante sua utilização.

Figura 11 - Localização dos blocos e estacas

(41)

3.2.1.3 Alvenaria estrutural

Para concepção do projeto em alvenaria estrutural, foi elaborado, com base em

alguns critérios, tais como, criação do projeto de primeira e segunda fiada, conforme ilustrado

pela figura 12 e 13, pontos de graute e, também, a resistência dos blocos dos pavimentos

inferiores e superiores.

Figura 12 - Projeto de 1° fiada

(42)

Figura 13 - Projeto de 2° fiada

Fonte: Empresa A (2013).

Para execução de um projeto de alvenaria estrutural, é muito importante a

amarração entre os blocos, pois, conforme afirma Demarche (2014, p. 1), “Em projeto de

alvenaria estrutural o tratamento de encontro entre paredes é de suma importância devido as

concentrações de tensões que ocorrem nesses pontos e da transferência de cargas que ocorre de

uma parede para outra”, sendo assim fica claro a importância das amarrações para um perfeito

funcionamento da alvenaria estrutural.

(43)

No projeto de alvenaria estrutural, o ponto de graute serve como orientação dos

pontos de reforço na alvenaria, sendo que cada ponto de grauteamento será representado no

projeto.

Os blocos estruturais dos pavimentos inferiores por receberem uma carga superior

aos demais, deverão possuir uma resistência maior, estipulado pelo engenheiro responsável pelo

projeto do empreendimento, conforme evidenciado na tabela 2 e figura 14.

Figura 14 - Corte esquemático

(44)

Tabela 2 - Resistência dos blocos

CARACTERÍSTICAS DA ALVENARIA ESTRUTURAL

Pavimento

Bloco (Fbk)

Graute (fgk)

Tipo 1 a 4

6,0 Mpa

12,0 Mpa

Tipo 5 a 6

4,0 Mpa

8,0 Mpa

Cobertura

4,0 Mpa

8,0 Mpa

Barrilete

4,0 Mpa

8,0 Mpa

Piso reservatório

4,0 Mpa

8,0 Mpa

Fonte: Empresa A (2013).

3.2.1.4 Projeto Arquitetônico

A elaboração do projeto arquitetônico teve como base os custos em que a

construtora pretendia comercializar suas unidades, sendo respeitado o espaço físico do terreno

e atendendo, também, o plano diretor do município, proporcionando o melhor conforto ao

cliente.

Segundo Ecologicconstrucoesweb (s.d., p. 1):

Pode-se definir Projeto Arquitetônico como a materialização da ideia, do espaço

imaginado, é a representação da concepção projetual. Através dele é possível estudar

a melhor maneira de atender as necessidades dos usuários e a melhor forma de resolver

todos os problemas envolvidos nesse processo. Assim a finalidade do projeto

arquitetônico é prever possíveis problemas de execução do projeto proposto e

garantindo que a obra saia como planejada.

(45)

Figura 15 - Planta baixa térreo

Fonte: Empresa A (2013).

Figura 16 - Planta baixa pavimento tipo

(46)

Figura 17 - Planta baixa 1° pavimento

Fonte: Empresa A (2013).

3.2.1.5 Projeto hidrossanitário

Em concordância com Probuildweb (s.d., p.1), ‘’Pode-se entender por instalações

hidráulico-sanitárias prediais o conjunto de canalizações, aparelhos, conexões, peças especiais

e acessórios destinados ao suprimento de água ou ao afastamento de águas servidas ou pluviais

dos prédios’’.

Conforme NBR 15575-6 (2013), as instalações hidrossanitárias são muito

importantes, já que estão relacionadas diretamente à saúde e higiene do morador. Esse tipo de

instalação deve garantir que não haja contaminação, estanqueidade da tubulação e, ainda, um

bom desempenho térmico e acústico, garantindo, assim, uma vida útil mais prolongada.

(47)

Figura 18 - Imagem ilustrativa – Planta de esgoto sanitário térreo

(48)

Figura 19 - Imagem ilustrativa – Nível 23,76

Fonte: Empresa A (2013).

O edifício multifamiliar em questão é composto com 8 pavimentos e uma população

prevista para 192 habitantes. Para o cálculo do consumo diário, foi aplicado o consumo médio

(49)

por habitante de 200 litros/dia, de acordo com o solicitado pela CASAN. Conforme cálculo,

obteve-se um resultado de 38.900 litros/dia.

Para cálculo do reservatório inferior e superior devido às características do edifício,

admitiu-se que o inferior armazena 50% do consumo diário e o superior armazena 50% do

consumo diário mais a reserva técnica de incêndio de 6.900 litros, sendo determinado para os

reservatórios as dimensões úteis de: reservatório inferior: 2x fibra de 10.000 litros; reservatório

superior: 1x fibra de 25.000 litros.

O reservatório inferior estará localizado no segundo pavimento de garagem e terá

uma capacidade de aproximadamente 20.000 litros. Será em fibra de vidro e terá uma tubulação

de sucção em PVC com diâmetro de 32 mm até o conjunto motorbomba de 4cv, a partir deste,

uma tubulação de recalque em PVC com diâmetro de 25 mm até o reservatório superior. O

reservatório terá uma tubulação de limpeza/extravasor com diâmetro de 32 mm que será

conectado à tubulação da rede pluvial e uma tubulação de ventilação com diâmetro de 32 mm.

O reservatório superior estará localizado acima da escada e terá uma capacidade de

aproximadamente 25.000 litros. Será em fibra de vidro, terá uma tubulação de distribuição em

PVC com diâmetro de 60 mm através de uma rede interna até a medição individual dos

apartamentos. O reservatório terá uma tubulação de limpeza/extravasor com diâmetro de 40

mm que será conectado a tubulação da rede pluvial e uma tubulação de ventilação com diâmetro

de 40 mm. O reservatório será provido de uma abertura para limpeza e inspeção com 90x90cm

na parte superior do mesmo, totalmente estanque para evitar a entrada de corpos estranhos e

com acesso através de escada marinheiro.

A caixa de gordura foi dimensionada conforme a NBR 8160/99, que diz que para

mais de doze cozinhas deve ser utilizada caixa de gordura especial, com volume calculado pela

formula 𝑉 = 2𝑛 + 20, onde 𝑛 é o número de pessoas servidas pelas cozinhas que contribuem

para a caixa de gordura no turno que exista maior fluxo, sendo dimensionada no tamanho de

70x70x70 cm.

A fossa séptica e filtro anaeróbico foram dimensionados conforme a NBR

7.229/1993 e 13696/97, sendo a primeira calculada através da fórmula 𝑉 = 𝑁 ∗ (𝐶 ∗ 𝑇 + 𝐾 ∗

𝐿𝑓), onde N é o número de ocupantes, C a contribuição de esgoto, T é o tempo de detenção, Lf

a contribuição de lodo fresco e K a taxa de acumulação. Através dos cálculos, obtiveram-se as

dimensões de 3 metros de largura, 6 metros de comprimento e 1,8 metros de altura. O filtro

anaeróbico foi calculado através da fórmula

𝑉 = 1,6 𝑁 ∗ 𝐶 ∗ 𝑇, obtendo as dimensões de 3

metros de largura, 6 metros de comprimento e 1,2 metros de altura.

(50)

Os materiais para execução do projeto hidrossanitário serão de qualidade

rigorosamente selecionados e sem qualquer falha, como exemplificado nos quadros a seguir:

Figura 20 - Quadro: Lista de aparelhos sanitários com suas especificações

Aparelhos sanitários

Bacias sanitárias

Serão do tipo auto sifonadas com caixa acoplada, cor a ser

definida, com os assentos de plástico da mesma cor.

Lavatórios

Serão de louça vitificada, de primeira qualidade, com

dimensões 54x47 cm, com coluna, para todos os banheiros.

Torneiras para os

lavatórios

Serão utilizadas torneiras cromadas lisas com diâmetro de 25

mm.

Chuveiros

Serão utilizados chuveiros elétricos com diâmetro de 25 mm.

Registros para

chuveiros

Serão do modelo cromados, de diâmetro de 20 mm, com

canopla do tipo liso, marca DOCOL ou similar.

Pias de cozinhas

Serão de louça vitrificadas, na cor branca, marca

FORMINOX ou similar, de aço inoxidável polida, com

válvula cromada, embutida em balcão.

Tanques

Serão de PVC ou de louça, nas dimensões aproximadas de

60x50 cm.

Fonte: Empresa A (2013).

Figura 21 - Quadro: Lista de materiais utilizados nas redes, com suas especificações

Materiais de redes

Registros de gaveta,

válvulas de retenção e de pé

Serão inteiramente de bronze, com ligações por roscas. Os

registros para os sanitários deverão ser cromados.

Torneira boia

Será do tipo reforçada, inteiramente de latão, com

flutuador de cobre.

Canos de PVC rígidos para

água

Serão do tipo soldável, classe 12 (pressão de serviço 6kgf7

cm²).

Conexões de PVC

Serão do mesmo tipo dos canos de PVC utilizados.

(51)

As execuções dos serviços serão de acordo com as normas ABNT e da Tubarão

Saneamento, agência responsável pela distribuição de água no município, conforme mostra a o

quadro subsequente:

Figura 22 - Quadro: Modo de execução de determinados serviços

Execução dos serviços

Tubos

Não serão feitas curvas forçadas, mas serão usadas peças

apropriadas do mesmo material a fim de conseguir ângulos

perfeitos para mudança de direção das canalizações.

Juntas

As juntas das canalizações de PVC, soldáveis, serão lixadas, limpas

com solução especial e soldadas com adesivo plástico adequado.

Aparelhos sanitários

Todos os aparelhos sanitários serão cuidadosamente instalados de

modo a obter-se uma vedação perfeita, tanto na parte de água como

na de esgoto.

Testes

Todas as tubulações tanto de água como esgoto, antes de serem

concluídos os acabamentos de dependência, deverão ser testadas,

conforme determinam as normas da ABNT.

Alinhamento e

nivelamento

Deverá ser observado o alinhamento e nivelamento necessário em

relação às paredes e pisos dos ambientes onde foram colocados os

aparelhos.

Observações

Enquanto a obra estiver em andamento, todas as tubulações abertas

deverão ser tampadas com buchas de vedação de madeira e todos

os registros e acessórios cromados, também, deverão ser

devidamente protegidos.

Fonte: Empresa A (2013).

3.2.1.6 Projeto preventivo de incêndio

Todo imóvel deve ter um projeto de combate a incêndio, elaborado por engenheiro

habilitado para a função, sendo que o mesmo é responsável por precaver aos possíveis casos de

incêndios. O projeto deverá estar de acordo com a norma de segurança contra incêndio, com

orientação das localizações dos componentes de segurança, as características técnicas dos

equipamentos, a demanda de água e as indicações referentes à execução das instalações como

expõe WAGNER (2015).

Referências

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