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3.2 ANÁLISE DO EMPREENDIMENTO

3.2.1 Projetos

3.2.1.6 Projeto preventivo de incêndio

Todo imóvel deve ter um projeto de combate a incêndio, elaborado por engenheiro

habilitado para a função, sendo que o mesmo é responsável por precaver aos possíveis casos de

incêndios. O projeto deverá estar de acordo com a norma de segurança contra incêndio, com

orientação das localizações dos componentes de segurança, as características técnicas dos

equipamentos, a demanda de água e as indicações referentes à execução das instalações como

expõe WAGNER (2015).

O projeto preventivo de incêndio é divido em quatro partes, sistema preventivo para

extintores, sistema preventivo para hidrantes, instalação de gás combustível – GLP e sistema

de iluminação e sinalização de emergência.

Assim, o sistema de para-raios do edifício foi dimensionado segundo a NBR 5419,

sendo utilizadas barras chatas de 70 mm² na cobertura do edifício (conforme mostra a figura

24). As descidas serão feitas com fixação de abraçadeiras tipo “U” presas com parafusos e

buchas, com intervalo de 2,00 metros no máximo e nos últimos 3,00 metros deverá possuir uma

tubulação PVC com diâmetro de 2’’ que acabará dentro de uma caixa de inspeção e aterramento

nas medidas 30x30x40 cm em concreto. O sistema de aterramento deverá estabelecer uma

resistência ôhmica não superior a 10 OHMS (unidade de medida de resistência ou impedância

elétrica no Sistema Internacional).

Na cobertura, serão colocados sobre as barras chatas de alumínio, terminais aéreos

responsáveis pela captação dos raios. Eles terão as medidas de diâmetro 5/8’’x 500 mm,

conforme mostrado na figura 23.

Para ser ter um perfeito funcionamento do projeto de aterramento, os eletrodos de

terra não poderão ser instalados nas seguintes condições: sob revestimentos asfálticos,

concretos ou argamassas em geral, em poços de abastecimento d’água, em centrais de gás ou a

menos de 2 metros destas, em fossas sépticas e a menos de 50 cm das fundações.

Figura 23 - Modelo de terminal aéreo

Figura 24 - Projeto com barras chatas de alumínio 70mm²

Fonte: Empresa A (2013).

No pavimento térreo do edifício terá uma malha de aterramento com cabo de cobre

nu de seção de 50 mm², enterrados com profundidade de 80 cm, passando por caixas de

inspeção, conforme mostrado na figura 25.

Figura 25 - Malha de aterramento piso térreo

Fonte: Empresa A (2013).

O projeto de iluminação e extintores foi dimensionado conforme normas vigentes,

sendo especificados no projeto os números de extintores, sensores de fumaça, acionadores,

blocos autônomos de iluminação, luminárias de emergências, centrais de alarme de incêndio e

placas sinalizadoras de saída. As características técnicas de cada dispositivo estão no quadro a

seguir.

Figura 26 - Quadro: Características técnicas dos equipamentos

Características técnicas dos equipamentos

Extintores

Os extintores deverão ser colocados em lugares com seta indicativa do

tipo "Extintor", com placas de advertência "Proibido depósito de

materiais", nos tamanhos de 4 ou 6Kg.

Sensores de

fumaça

Deverão atender as seguintes especificações: serem constituídas de duas

partes, base para fixação e instalação da fiação e o detector propriamente

dito; quando retirados de sua base, a central de alarme deve identificar,

através de indicação sonora e visual, "falha no laço ou dispositivo";

devem conter indicação visual que opere no caso de atuação no próprio

detector ou em sua base com memória ecom reset pela central; indicação

de alarme na cor vermelha; identificação do seu fabricante ou

importador, tipo, faixa com parâmetro para atuação convenientemente

impressa em seu corpo.

Placas de

sinalização de

saída

As placas de sinalização deverão possuir letras e flechas de sinalização

na cor vermelha sobre fundo branco leitoso, sendo fabricadas em placas

de acrílico ou material similar, nas dimensões mínimas de 25x16cm. As

letras deverão ser com traço de 1cm em moldura de 4x9cm, possuir

bateria incorporada, autonomia mínima de 1 hora de funcionamento e

sua fixação deve ser feita de modo que nunca fiquem em alturas

superiores as aberturas do ambiente.

Centrais de alarme

de incêndio

Deverá possuir um painel luminoso (ligado, carga e espera), bateria

incorporada com autonomia mínima de 1 hora com alarme funcionando,

manual de operação e alimentação com fio antichama.

Blocos autônomos

e luminárias de

emergências

Deverá possuir bateria incorporada, dispositivo de funcionamento

automático em caso de interrupção do abastecimento de energia,

dispositivo de teste incorporado de energia, sinalização luminosa no

painel do equipamento para mostrar a situação da carga, controle e

proteção, resistência à temperatura de 70°C por 1 hora, material que

impeça a propagação de chamas e que provoque o mínimo de emissão

de gases tóxicos, autonomia mínima de 1 hora.

Acionadores

Deverá possuir botão de acionamento, sirene embutida, pressão sonora

mínima de 15db acima do nível de ruído local, intensidade mínima 90db

e máxima 115db, frequência entre 400 e 500hz. Os sons devem ser

emitidos distintos de outros timbres e altura, de modo a serem

perceptíveis em todo o pavimento, fiação mínima de 1,0mm² - 750v,

inscrição visível : "Em caso de incêndio, quebre o vidro.

Figura 27 - Detalhes de iluminação de emergência e extintores

Fonte: Empresa A (2013).

Na figura 28, verifica-se a altura do reservatório superior e suas características,

mostra, também, cada pavimento tipo disposto de um hidrante de parede – “HP” para abrigo da

mangueira do bombeiro. Ele terá dimensão de 90 cm de altura por 60 cm de largura e poderá

abrigar mangueiras de 25 a 30 metros, dimensionado conforme a instrução normativa IN

007/DAT/CBMSC – Sistema Hidráulico Preventivo.

O projeto de Instalações de Gás Combustível (GLP e GN) teve como base a

instrução normativa IN 008 CBM/SC – Instalações de Gás Combustível.

Em cada pavimento terá um abrigo para 8 medidores de GLP. No primeiro

pavimento terá um abrigo para 1 medidor de GLP e no pavimento térreo haverá um registro de

gás para emergências.

Figura 28 - Altura da caixa d’agua e modelo de “HP”

Fonte: Empresa A (2013).

Figura 29 - Corte do esquema vertical do abrigos de medidores

A central de gás deverá seguir as normas vigentes atendendo as distâncias mínimas

. Deverá, também, ter área efetiva mínima de ventilação de 200 cm² e venezianas com distâncias

mínimas de 8 mm, sendo que a instalação de móveis não devem interferir/obstruir na ventilação.

Figura 30 - Quadro: Distâncias mínimas de afastamentos da central de gás

Distâncias mínimas de afastamentos

Produtos tóxicos, inflamáveis e

combustíveis

6,0 metros

Materiais combustíveis

3,0 metros

Fontes de ignição

1,5 metros

Tensão de até 0,6kV

Não há limite para botijões em central

Tensão entre 0,6 e 24kV

3,0 metros

Tensão acima de 24kV

7,5 metros

Fonte: Empresa A (2013).

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