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Algoritmo evolucionário adaptativo em problemas multimodais dinâmicos

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Academic year: 2021

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(1)Universidade Federal de Pernambuco Centro de Inform´atica. P´os-gradua¸c˜ao em Ciˆencia da Computa¸c˜ao. ´ ALGORITMO EVOLUCIONARIO ADAPTATIVO EM PROBLEMAS ˆ MULTIMODAIS DINAMICOS Maury Meirelles Gouvˆea J´unior TESE DE DOUTORADO. Recife 12 de Mar¸co de 2009.

(2) Universidade Federal de Pernambuco Centro de Inform´atica. Maury Meirelles Gouvˆea J´unior ´ ALGORITMO EVOLUCIONARIO ADAPTATIVO EM PROBLEMAS ˆ MULTIMODAIS DINAMICOS. Trabalho apresentado ao Programa de P´ os-gradua¸ c˜ ao em Ciˆ encia da Computa¸ c˜ ao do Centro de Inform´ atica da Universidade Federal de Pernambuco como requisito parcial para obten¸ c˜ ao do grau de. Doutor em Ciˆ encia da Com-. puta¸ c˜ ao.. Orientador: Prof. Dr. Aluizio Fausto Ribeiro Ara´ ujo. Recife 12 de Mar¸co de 2009.

(3) iii.

(4) Para Laura, meu amor, minha companheira insepar´ avel..

(5) AGRADECIMENTOS. Aos meus pais, Maury e Alda, pelo amor que sempre me deram, pelo exemplo de uni˜ao, perseveran¸ca e cuidado que sempre foram e ser˜ao. Ao meu orientador, Prof. Dr. Aluizio Fausto Ribeiro Ara´ ujo, pela oportunidade e pelos direcionamentos t´ecnicos e metodol´ogicos. ` Pontif´ıcia Universidade Cat´olica de Minas Gerais (PUC Minas), em especial, ao Pr´oA Reitor Prof. Dr. Jo˜ao Francisco de Abreu e `a Magda Soares Nunes, assessora executiva, pelo apoio e concess˜ao do Plano Permanente de Capacita¸c˜ao Docente. Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient´ıfico e Tecnol´ogico (CNPq), pelo suporte financeiro atrav´es de bolsa de estudos. Aos professores e funcion´arios do Centro de Inform´atica da Universidade Federal de Pernambuco, pela aten¸c˜ao e apoio recebidos. Ao Industrial Control Centre da Universidade de Strathclyde, Glasgow, Esc´ocia, em especial, aos Prof. Dr. Michael Grimble, Prof. Dr. Leonardo Giovanini e Prof. Dr. Reza Katebi, pela oportunidade, hospitalidade e importantes contribui¸c˜oes ao trabalho durante meu est´agio neste centro de pesquisa. Ao Prof. Dr. Jos´e Wilson Costa e ao Prof. MSc. L´ ucio Mauro Pereira, coordenadores do curso de Sistemas de Informa¸c˜ao da PUC Minas, campus Contagem, pelo apoio irrestrito, amizade e por proporcionar-me um bom ambiente de trabalho. ` toda a minha fam´ılia, sempre unida, em especial, `as minhas queridas irm˜as, Magali A e Meirinha, pelos momentos de muita alegria. Ao meu grande amigo, e tio, Emmo Sanna, por ter sido um dos primeiros a mostrar-me o caminho cient´ıfico. Um agradecimento muito especial ao meu amigo James McKinstry, pela amizade t˜ao consolidada e pelo grande apoio durante minha permanˆencia em Glasgow, Esc´ocia. Um agradecimento muito especial ao meu amigo C´ıcero Garrozi, pela amizade e companheirismo sempre demonstrados. Aos demais amigos do Recife, em especial, Pedro Cecconello, Adriana Freitas, Ricardo Ramos, Paula, Joel Silva e Sergio Murilo, por estarem sempre perto, proporcionando momentos muito agrad´aveis. v.

(6) Na sobrevivˆ encia dos indiv´ıduos e ra¸ cas favorecidas, durante a luta constante e recorrente pela existˆ encia, vemos uma forma poderosa e incessante de sele¸ c˜ ao. —CHARLES DARWIN (1809 – 1882).

(7) RESUMO. Os algoritmos evolucion´arios s˜ao m´etodos de otimiza¸ca˜o e busca global baseados em popula¸c˜oes. Como nas popula¸c˜oes biol´ogicas, um algoritmo evolucion´ario perde diversidade, ao longo de gera¸c˜oes, restringindo a busca em uma regi˜ao restrita do espa¸co de solu¸c˜oes e prejudicando a busca global. Em ambientes complexos, multimodais e dinˆamicos, a perda de diversidade torna-se um problema ainda mais cr´ıtico, pois a busca deve ser abrangente e o algoritmo se adaptar o mais r´apido poss´ıvel. Um algoritmo evolucion´ario possui parˆametros cujos valores influenciam tanto o resultado do processo quanto a diversidade da popula¸c˜ao. Esta tese apresenta dois novos m´etodos de controle de parˆametros de algoritmos evolucion´arios, o controle adaptativo e o controle da fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao de probabilidade. O objetivo desses m´etodos ´e controlar a diversidade da popula¸c˜ao de acordo com fun¸c˜oes pr´e-determinadas. O processo evolucion´ario ´e, portanto, tratado como um problema de controle, cujos parˆametros do algoritmo evolucion´ario s˜ao as entradas de controle e a diversidade da popula¸c˜ao ´e a sa´ıda do processo. No m´etodo de controle adaptativo, a estrat´egia de controle ´e baseada no sistema adaptativo por modelo de referˆencia, onde uma diversidade de referˆencia ´e utilizada como modelo de comportamento para a diversidade do processo evolucion´ario. O segundo m´etodo tem como objetivo manter a fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao de probabilidade da diversidade da popula¸c˜ao pr´oxima de uma distribui¸c˜ao determinada. Assim, a distribui¸c˜ao da popula¸c˜ao no espa¸co de solu¸c˜oes ´e tamb´em indiretamente controlada. Para esse m´etodo manter um controle de baixo custo computacional, utiliza-se uma rede neural B-spline para modelar o processo evolucion´ario. Em problemas de controle, ´e necess´ario conhecer o modelo do processo para se elaborar uma estrat´egia de controle. Assim, foi proposto um novo modelo de dinˆamica de popula¸c˜oes que descreve o comportamento da frequˆencia gˆenica e da diversidade de popula¸c˜oes. Baseado nesse modelo, o processo evolucion´ario ´e formalizado matematicamente. Portanto, o m´etodo de controle adaptativo proposto utiliza esse modelo de vii.

(8) viii. RESUMO. dinˆamica de popula¸c˜oes na estrat´egia de controle. Os dois m´etodos de controle de diversidade propostos foram validados em estudos de casos. Todos os problemas utilizados tiveram caracter´ısticas multimodais e dinˆamicas, com comportamentos que variaram de uniforme, pequenas e grandes varia¸c˜oes, a ca´otica. Os desempenhos dos m´etodos propostos foram comparadas com um algoritmo gen´etico padr˜ao e outros seis algoritmos evolucion´arios adaptativos. Palavras-chave:. Algoritmos evolucion´arios; Controle adaptativo; Dinˆamica de po-. pula¸c˜oes; Sistemas estoc´asticos; Controle estoc´astico; Controle de parˆametros; Redes neurais B-spline; Diversidade..

(9) ABSTRACT. Evolutionary algorithms are global optimization and search methods based on populations. As in biological populations, an evolutionary algorithm loses diversity, along generations, constraining the search to a specific region of the solutions space and impairing the global search. In complex, multimodal and dynamic, environments the diversity loss becomes a more serious problem, because the search must be comprehensive and algorithm should evolve as quickly as possible. An evolutionary algorithm has parameters in which their values influence both the outcome of the process and the diversity of the population. This thesis presents two new parameter control methods for evolutionary algorithms, the adaptive control and the probability density function control. These methods aim to control the population diversity according to predefined functions. Therefore, the evolutionary process is treated as a control problem, which the evolutionary algorithm parameters are the control inputs and the population diversity is the process output. In the adaptive control method, the control strategy is based on the model-reference adaptive control, where a reference diversity is used as a behavior model for the diversity of the evolutionary process. The second method aims to make the probability density function (PDF) of the population diversity to be close to a determined PDF. Thus, the population distribution on the solutions space is also indirectly controlled. In order to keep low the computational effort, this second method uses a B-spline neural network to model the evolutionary process. In control problems, it is necessary to know the process model to create a control strategy. Thus, a population dynamics model was proposed to describe the gene frequency and diversity behaviors of populations. Based on this model, the evolutionary process is mathematically formalized. Therefore, the proposed adaptive control method uses this population dynamics model into the control strategy. The two proposed diversity control methods were validated in several case studies using benchmark problems. All of them had multimodal and dynamic features, with ix.

(10) ABSTRACT. x. behaviors that varied from linear, small- and large-sized, to chaotic. The performances of the proposed methods were compared with a standard genetic algorithm and other six adaptive evolutionary algorithms. Keywords: Evolutionary algorithms; Adaptive control; Population dynamics; Stochastic systems; Stochastic control; Parameter control; B-spline neural networks; Diversity..

(11) ´ SUMARIO. 1. Cap´ıtulo 1—Introdu¸c˜ ao 1.1 1.2. Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 4. 1.1.1. Objetivos Espec´ıficos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 5. Escopo do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 6. Cap´ıtulo 2—Algoritmos Evolucion´ arios Adaptativos. 8. 2.1. Introdu¸c˜ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 8. 2.2. Controle de Parˆametros Determin´ıstico . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 10. 2.3. Controle de Parˆametros Adaptativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 12. 2.4. Controle de Parˆametros Auto-Adaptativo . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 18. 2.5. Adapta¸c˜ao para Manuten¸c˜ao ou Controle da Diversidade . . . . . . . . .. 21. 2.5.1. Manuten¸c˜ao da Diversidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 21. 2.5.2. Controle da Diversidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 29. Discuss˜oes Finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 33. 2.6. Cap´ıtulo 3—Gen´ etica de Popula¸c˜ oes e Biodiversidade. 35. 3.1. Introdu¸c˜ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 35. 3.2. Gen´etica de Popula¸c˜oes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 36. 3.3. M´etricas de Diversidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 36. 3.4. Equil´ıbrio de Hardy-Weinberg . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 40. 3.5. Fatores que Afetam o Equil´ıbrio de Hardy-Weinberg . . . . . . . . . . . .. 43. 3.5.1. Muta¸c˜ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 44. 3.5.2. Cruzamentos N˜ao-Aleat´orios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 44. 3.5.3. Deriva Gen´etica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 44. 3.5.4. Sele¸c˜ao Natural . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 45. 3.5.5. Efeito Gargalo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 45. xi.

(12) xii. ´ SUMARIO. 3.5.6. Tamanho da Popula¸c˜ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 46. Tamanho Efetivo da Popula¸c˜ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 46. 3.6.1. Modelo de Wright-Fisher . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 47. 3.6.2. Tipos de Tamanho Efetivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 48. 3.6.3. Tamanho Efetivo por Perda de Heterozigosidade . . . . . . . . . .. 49. 3.6.4. Tamanho Efetivo por Variˆancia . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 50. 3.6.5. Tamanho Efetivo com N Vari´avel . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 50. 3.6.6. Tamanho Efetivo com Sele¸c˜ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 51. 3.6.7. Desvio do Equil´ıbrio de Hardy-Weinberg . . . . . . . . . . . . . .. 52. 3.7. Outros Tamanhos Efetivos da Popula¸c˜ao . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 53. 3.8. Discuss˜oes Finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 54. 3.6. Cap´ıtulo 4—Controle Adaptativo e de PDF. 55. 4.1. Introdu¸c˜ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 55. 4.2. Sistema Dinˆamico N˜ao-Linear . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 57. 4.3. Problemas de Controle N˜ao-Linear . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 58. 4.4. Sistemas Adaptativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 59. 4.4.1. Sistema Adaptativo por Modelo de Referˆencia . . . . . . . . . . .. 60. 4.4.1.1. M´etodo MIT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 61. 4.4.1.2. Teoria de Lyapunov . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 62. 4.4.1.2.1 4.5. 4.6. Teorema da Estabilidade de Lyapunov . . . . .. 63. Controle de PDF da Sa´ıda de Sistemas Estoc´asticos . . . . . . . . . . . .. 64. 4.5.1. Modelo Dinˆamico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 64. 4.5.2. Modelagem de Sistemas Dinˆamicos Lineares . . . . . . . . . . . .. 67. 4.5.3. Estrat´egia de Controle de PDF . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 69. Discuss˜oes Finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 71. Cap´ıtulo 5—Modelo de Dinˆ amica de Popula¸c˜ oes. 73. 5.1. Introdu¸c˜ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 73. 5.2. Calculando a Diversidade da Popula¸c˜ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 74. 5.3. Modelo de Dinˆamica de Popula¸c˜oes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 78. 5.4. Gradiente Estoc´astico e An´alise de Sensibilidade . . . . . . . . . . . . . .. 84. 5.5. Testes para Valida¸c˜ao do Modelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 86.

(13) xiii. ´ SUMARIO. 5.6. Discuss˜oes Finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Cap´ıtulo 6—Modelos de Controle de Parˆ ametros. 90 93. 6.1. Introdu¸c˜ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 93. 6.2. Modelo de Referˆencia de Diversidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 94. 6.3. Modelo do Processo Evolucion´ario . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 96. 6.4. Controle Adaptativo do Processo Evolucion´ario . . . . . . . . . . . . . .. 97. 6.5. Estrat´egia de Controle Adaptativo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 97. 6.5.1. Estrat´egia Baseada no Sinal de Comando . . . . . . . . . . . . . .. 98. 6.5.2. Estrat´egia Baseada no Sinal de Comando e na Sa´ıda do Processo. 99. 6.5.3. Mecanismo de Sele¸c˜ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 100. Controle de PDF Aplicado aos AEs . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 101. 6.6.1. C´alculo da PDF da Diversidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 103. 6.6.2. Gera¸c˜ao de Amostras e Identifica¸c˜ao do Modelo do Processo Evo-. 6.6. lucion´ario . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 105. Estrat´egia de Controle de PDF . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 106. Discuss˜oes Finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 109. 6.6.3 6.7. Cap´ıtulo 7—Estudo de Casos. 111. 7.1. Introdu¸c˜ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 111. 7.2. Planejamento dos Experimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 112. 7.3. Dinˆamica dos Ambientes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 114. 7.4. An´alise de Rastreamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 115. 7.4.1. An´alise de Rastreamento em Ambientes Est´aticos . . . . . . . . .. 116. 7.4.2. An´alise de Rastreamento em Ambientes Dinˆamicos C´ıclicos: 200 Gera¸c˜oes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 7.4.3. 7.6. An´alise de Rastreamento em Ambientes Dinˆamicos C´ıclicos: 40 Gera¸c˜oes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 123. Discuss˜oes Finais Sobre o Rastreamento . . . . . . . . . . . . . .. 126. Experimentos com Modelos de Referˆencia . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 127. 7.5.1. Discuss˜oes Finais Sobre os Modelos de Referˆencia . . . . . . . . .. 129. Experimentos com Fun¸c˜oes Cont´ınuas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 130. 7.6.1. 130. 7.4.4 7.5. 120. Experimentos com a Fun¸c˜ao de Ackley . . . . . . . . . . . . . . ..

(14) xiv. ´ SUMARIO. 7.6.2. Experimentos com a Fun¸c˜ao de Schwefel . . . . . . . . . . . . . .. 131. 7.7. Experimentos com o Gerador Moving Peaks . . . . . . . . . . . . . . . .. 132. 7.8. Experimentos com o Problema da Mochila . . . . . . . . . . . . . . . . .. 142. 7.9. Experimentos com o Projeto de Rede de R´adio-Transmissores . . . . . .. 152. 7.10 Experimentos com o Roteamento de Redes . . . . . . . . . . . . . . . . .. 153. 7.11 An´alise de Desempenho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 159. 7.12 Discuss˜oes Finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 162. Cap´ıtulo 8—Conclus˜ oes e Trabalhos Futuros 8.1. Trabalhos Futuros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. Apˆ endice A—Fun¸c˜ oes Padronizadas para Teste. 168 170 173. A.1 Introdu¸c˜ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 173. A.2 Fun¸c˜oes Cont´ınuas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 173. A.3 Gerador Moving Peaks . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 174. A.3.1 Morfologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 174. A.3.2 Dinˆamica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 175. A.4 Problema Combinat´orio da Mochila . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 177. A.5 Projeto de Rede de R´adio-Transmissores . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 177. A.6 Roteamento de Redes de Transportes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 178.

(15) LISTA DE FIGURAS. 1.1. An´alise de desempenho de m´etodos de otimiza¸c˜ao realizada por Goldberg (1989). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 1. 2.1. Diversidade da popula¸c˜ao vista por fmax − f¯ (SRINIVAS; PATNAIK, 1994).. 16. 2.2. Pseudo-c´odigo do la¸co interno do TRAM. . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 25. 2.3. Pseudo-c´odigo do la¸co externo do TRAM. . . . . . . . . . . . . . . . . .. 26. 2.4. Pseudo-c´odigo do RIGA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 27. 2.5. Pseudo-c´odigo do ERIGA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 28. 4.1. Diagrama de blocos de um sistema de controle adaptativo. . . . . . . . .. 56. 4.2. Diagrama de blocos do sistema adaptativo por modelo de referˆencia. . . .. 61. 5.1. Distribui¸c˜oes gˆenicas iniciais e finais dos genes 1, 4 e 9. . . . . . . . . . .. 76. 5.2. Probabilidade de sele¸c˜ao do i-´esimo indiv´ıduo em fun¸c˜ao da press˜ao de sele¸c˜ao, β. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 5.3. 80. Barras de erros de previs˜ao de diversidade para as popula¸c˜ao de 10, 100 e 400 indiv´ıduos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 88. 5.4. Varia¸c˜ao do erro nas popula¸c˜oes com 10 e 400 indiv´ıduos com na = 10. .. 90. 5.5. Varia¸c˜ao do erro nas popula¸c˜oes com 10 e 400 indiv´ıduos com na = 100. .. 90. 5.6. Erro m´edio para 10 e 100 alelos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 91. 6.1. Controle de parˆametros pelo SAMR. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 97. 6.2. Pseudo-c´odigo do m´etodo de controle de diversidade proposto — DRAC .. 101. 6.3. PDFs de duas popula¸c˜oes com mesma diversidade m´edia. . . . . . . . . .. 102. 6.4. PDF de uma popula¸c˜ao da gera¸c˜ao inicial at´e a gera¸c˜ao 500. . . . . . . .. 104. 6.5. PDF desejada: (a) concentrada no melhor indiv´ıduo ou gene e (b) dis-. 6.6. tribu´ıda em trˆes nichos no espa¸co de solu¸c˜oes. . . . . . . . . . . . . . . .. 106. Diagrama de blocos do m´etodo de controle de PDF de diversidade.. 108. xv. . . ..

(16) LISTA DE FIGURAS. xvi. 7.1. Sequˆencias geradas pela fun¸c˜ao log´ıstica para diferentes valores de A. . .. 115. 7.2. An´alise de rastreamento no moving peaks em ambiente est´atico. . . . . .. 117. 7.3. An´alise de rastreamento no problema da mochila em ambiente est´atico. .. 119. 7.4. An´alise de rastreamento no moving peaks em ambiente dinˆamico com varia¸c˜oes c´ıclicas de 200 gera¸c˜oes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 7.5. An´alise de rastreamento no problema da mochila em ambiente dinˆamico com varia¸c˜oes c´ıclicas de 200 gera¸c˜oes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 7.6. 125. Melhores aptid˜oes no Experimento 7.6.2.a: fun¸c˜ao de Schwefel, varia¸c˜oes pequenas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 7.9. 124. An´alise de rastreamento no problema da mochila em ambiente dinˆamico com varia¸c˜oes c´ıclicas de 40 gera¸c˜oes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 7.8. 122. An´alise de rastreamento no moving peaks em ambiente dinˆamico com varia¸c˜oes c´ıclicas de 40 gera¸c˜oes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 7.7. 121. 133. Melhores aptid˜oes no Experimento 7.6.2.b: fun¸c˜ao de Schwefel, varia¸c˜oes grandes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 134. 7.10 Melhores aptid˜oes no Experimento 7.6.2.c: fun¸c˜ao de Schwefel, varia¸c˜oes ca´oticas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 135. 7.11 Melhor aptid˜ao no Experimento 7.7.a.: moving peaks com dinˆamica com varia¸c˜oes pequenas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 138. 7.12 Melhor aptid˜ao no Experimento 7.7.b: moving peaks com dinˆamica com varia¸c˜oes grandes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 139. 7.13 Melhor aptid˜ao no Experimento 7.7.c: moving peaks com dinˆamica ca´otica. 140 7.14 Melhor aptid˜ao dos m´etodos propostos no moving peaks. . . . . . . . . .. 141. 7.15 Melhor aptid˜ao no Experimento 7.8.a: problema da mochila com varia¸c˜oes pequenas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 144. 7.16 Melhor aptid˜ao no Experimento 7.8.b: problema da mochila com varia¸c˜oes grandes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 146. 7.17 Melhor aptid˜ao no Experimento 7.8.c: problema da mochila com varia¸c˜oes ca´oticas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 147. 7.18 Melhor aptid˜ao nos m´etodos propostos: problema da mochila. . . . . . .. 148. 7.19 Diversidades no Experimento 7.8.a: problema da mochila com varia¸c˜oes pequenas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 150. 7.20 Diversidades no Experimento 7.8.c: problema da mochila com varia¸c˜oes ca´oticas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 151.

(17) LISTA DE FIGURAS. xvii. 7.21 Melhor aptid˜ao no Experimento 7.9.b: problema RND com varia¸c˜oes grandes.154 7.22 Melhor aptid˜ao no Experimento 7.9.c: problema RND com varia¸c˜oes ca´oticas.155 7.23 Melhor aptid˜ao no Experimento 7.10.b: roteamento de redes com varia¸c˜oes grandes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 157. 7.24 Melhor aptid˜ao no Experimento 7.10.c: roteamento de redes com varia¸c˜oes ca´oticas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 158. A.1 Superf´ıcies produzidas pelo gerador moving peaks . . . . . . . . . . . . .. 176. A.2 Grafo n˜ao-orientado de um problema de roteamento de redes. . . . . . .. 178.

(18) LISTA DE TABELAS. 3.1. Probabilidades de cruzamento ao acaso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 43. 3.2. Distribui¸c˜oes genot´ıpicas em uma gera¸c˜ao de descendentes. . . . . . . . .. 43. 5.1. Parˆametros do problema de otimiza¸c˜ao de uma fun¸c˜ao quadr´atica f (Equa¸c˜ao 5.3). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 5.2. 75. Diversidades inicial e final nos experimentos da fun¸c˜ao quadr´atica f , Equa¸c˜ao 5.3. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 77. 5.3. Estat´ıstica para os m´etodos baseados na heterozigosidade, He . . . . . . .. 77. 5.4. Parˆametros utilizados nos experimentos. . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 87. 5.5. Erros de previs˜ao de diversidade com na = 10. . . . . . . . . . . . . . . .. 89. 7.1. Parˆametros fixos comuns utilizados nos experimentos. . . . . . . . . . . .. 114. 7.2. Resultados da an´alise de rastreamento em ambientes est´aticos: Experimentos 7.4.1.a e 7.4.1.b. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 7.3. Resultados da an´alise de rastreamento em ambientes dinˆamicos com varia¸c˜oes c´ıclicas de 200 gera¸c˜oes: Experimentos 7.4.2.a e 7.4.2.b. . . . . . .. 7.4. 129. Experimento 7.5.d: Problema da Mochila, ciclos de 200 gera¸c˜oes e dinˆamica com varia¸c˜oes grandes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 7.9. 128. Experimento 7.5.c: Problema da Mochila, ciclos de 40 gera¸c˜oes e dinˆamica com varia¸c˜oes pequenas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 7.8. 128. Experimento 7.5.b: moving peaks, ciclos de 200 gera¸c˜oes e dinˆamica com varia¸c˜oes grandes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 7.7. 126. Experimento 7.5.a: moving peaks, ciclos de 40 gera¸c˜oes e dinˆamica com varia¸c˜oes pequenas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 7.6. 123. Resultados da an´alise de rastreamento em ambientes dinˆamicos com varia¸c˜oes c´ıclicas de gera¸c˜oes: Experimentos 7.4.3.a e 7.4.3.b. . . . . . . . .. 7.5. 118. 129. Resultados do Experimento 7.6.1.a: fun¸c˜ao de Ackley, varia¸c˜oes pequenas. 131. 7.10 Resultados do Experimento 7.6.1.b: fun¸c˜ao de Ackley, varia¸c˜oes grandes. xviii. 132.

(19) LISTA DE TABELAS 7.11 Resultados do Experimento 7.6.1.c: fun¸c˜ao de Ackley, varia¸c˜oes ca´oticas.. xix 136. 7.12 Resultados do Experimento 7.6.2.a: fun¸c˜ao de Schwefel com varia¸c˜oes pequenas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 137. 7.13 Resultados do Experimento 7.6.2.b: fun¸c˜ao de Schwefel com varia¸c˜oes grandes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 142. 7.14 Resultados do Experimento 7.6.2.c: fun¸c˜ao de Schwefel com varia¸c˜oes ca´oticas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 143. 7.15 Resultados do Experimento 7.7.a: moving peaks com varia¸c˜oes pequenas.. 145. 7.16 Resultados do Experimento 7.7.b: moving peaks com varia¸c˜oes grandes. .. 149. 7.17 Resultados do Experimento 7.7.c: moving peaks com varia¸c˜oes ca´oticas. .. 152. 7.18 Resultados do Experimento 7.8.a: problema da mochila com varia¸c˜oes pequenas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 153. 7.19 Resultados do Experimento 7.8.b: problema da mochila com varia¸c˜oes grandes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 156. 7.20 Resultados do Experimento 7.8.c: problema da mochila com varia¸c˜oes ca´oticas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 159. 7.21 Resultados do Experimento 7.9.b: problema RND com varia¸c˜oes grandes.. 160. 7.22 Resultados do Experimento 7.9.c: problema RND com varia¸c˜oes ca´oticas.. 161. 7.23 Resultados do Experimento 7.10.b: roteamento de redes com varia¸c˜oes grandes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 162. 7.24 Resultados do Experimento 7.10.c: roteamento de redes com varia¸c˜oes ca´oticas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 163. 7.25 An´alise geral de desempenho. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 164. 7.26 Tempos m´edios de execu¸c˜ao dos AEs. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 164.

(20) CAP´ITULO 1. ˜ INTRODUC ¸ AO. Os algoritmos evolucion´arios (AEs) s˜ao m´etodos de busca global, baseados na teoria da evolu¸c˜ao de Darwin (2004), aplic´aveis em problema de otimiza¸c˜ao, modelagem e simula¸c˜ao (GOLDBERG, 1989; EIBEN; SMITH, 2003; BRANKE, 2002). Goldberg (1989) mostrou que m´etodos cl´assicos de otimiza¸c˜ao ou busca, como, por exemplo, gradiente descendente e conjugado (PIERRE, 1986), tˆem desempenho superior a algoritmos evolucion´arios e a m´etodos de busca aleat´oria quando aplicados em classes espec´ıficas de problemas, Figura 1.1. Contudo, em problemas dinˆamicos e multimodais, com fun¸c˜oes objetivo n˜ao-diferenci´aveis, muitos m´etodos cl´assicos n˜ao s˜ao aplic´aveis. Os algoritmos evolucion´arios, assim como outros m´etodos de otimiza¸c˜ao ou busca, possuem parˆametros cujos valores tˆem influˆencia direta no desempenho do processo de busca. Determinar os valores desses parˆametros, que a priori n˜ao tˆem nenhum relacionamento com o ambiente, ´e uma tarefa n˜ao trivial e muitos esfor¸cos tˆem sido despendidos para encontrar algoritmos e heur´ısticas que possam fazˆe-lo (EIBEN et al., 1999; ANGELINE, 1995).. Figura 1.1 An´alise de desempenho de m´etodos de otimiza¸c˜ao realizada por Goldberg (1989).. Basicamente, existem duas formas de determinar os valores dos parˆametros de um 1.

(21) algoritmo evolucion´ario, por ajuste pr´evio ou controle de parˆametros. No ajuste pr´evio, os valores dos parˆametros s˜ao determinados antes do in´ıcio do processo evolucion´ario. No controle de parˆametros, os parˆametros s˜ao ajustados durante o processo evolucion´ario de acordo com uma estrat´egia pr´e-definida ou em conformidade com o desempenho do algoritmo. Estrat´egias que ajustem esses parˆametros durante o processo evolucion´ario ´e uma das ´areas de pesquisa mais promissora da computa¸c˜ao evolucion´aria. Os algoritmos evolucion´arios com parˆametros ajust´aveis aplicados a problemas de otimiza¸c˜ao ou busca em ambientes est´aticos, isto ´e, em espa¸cos cujos ´otimos n˜ao mudam suas localiza¸c˜oes ou as restri¸c˜oes do problema s˜ao fixas, tˆem sua importˆancia consolidada na literatura atrav´es de testes emp´ıricos e demonstra¸co˜es te´oricas (EIBEN et al., 1999). Entretanto, em ambientes dinˆamicos, o problema torna-se mais complexo, aumentando a relevˆancia dos m´etodos de controle de parˆametros. Um algoritmo de otimiza¸c˜ao ou busca em ambientes dinˆamicos deve adaptar-se rapidamente `as novas condi¸c˜oes e explorar o maior n´ umero de regi˜oes poss´ıvel. O algoritmo evolucion´ario padr˜ao (GOLDBERG, 1989) n˜ao se mostra apto a resolver problemas de otimiza¸c˜ao ou busca em ambientes dinˆamicos porque tende a convergir prematuramente, dificultando a adapta¸c˜ao `as varia¸c˜oes do ambiente (BRANKE, 2001; JIN; BRANKE, 2005). Em muitos trabalhos, a dinˆamica do ambiente ´e tratada introduzindo mem´oria (BENDTSEN; KRINK, COBB,. 2002; GOLDBERG; SMITH, 1987), controlando a diversidade (BUI et al., 2005;. ˜ 1990; GREFENSTETTE, 1992; MONSIEURS; FLERACKERS, 2003; SIMOES; COSTA,. ˜ 2001, 2002a) ou, ainda, mesclando os dois primeiros m´etodos (SIMOES; COSTA, 2003).. Ao adicionar mem´oria aos AEs ´e poss´ıvel armazenar boas solu¸c˜oes e utiliz´a-las quando ocorrerem varia¸c˜oes no ambiente (BRANKE, 1999, 2001; JIN; BRANKE, 2005). A mem´oria pode ser introduzida ao AE de duas formas: impl´ıcita, que utiliza representa¸c˜ao redundante (i.e., o indiv´ıduo possui um gen´otipo com mais informa¸c˜oes para definir o fen´otipo); ou expl´ıcita, que armazena as melhores solu¸c˜oes, utilizando-as quando ocorrem varia¸c˜oes no ambiente. Goldberg e Smith sugeriram uma extens˜ao para o algoritmo evolucion´ario padr˜ao que agrega mem´oria com representa¸c˜ao redundante (GOLDBERG; SMITH, 1987). Bendtsen e Krink (2002) utilizaram mem´oria expl´ıcita movendo gradualmente os indiv´ıduos armazenados para perto do melhor indiv´ıduo da gera¸c˜ao atual. O controle da diversidade permite que o n´ umero de regi˜oes exploradas durante o processo evolucion´ario seja mantido ou variado. Assim, a adapta¸c˜ao `as mudan¸cas do ambiente pode ser mais r´apida. No algoritmo evolucion´ario padr˜ao, ´e dif´ıcil manter a diversidade porque os indiv´ıduos tendem a convergir prematuramente para regi˜oes es2.

(22) pec´ıficas do espa¸co de busca (GOLDBERG, 1989). Em ambientes dinˆamicos, a tendˆencia de convergˆencia da popula¸c˜ao ´e uma restri¸c˜ao importante, pois dificulta a resposta r´apida `as varia¸c˜oes do ambiente. V´arios pesquisadores elaboraram m´etodos diretos e indiretos de controle da diversidade. Por exemplo, Cobb (1990) introduziu a hipermuta¸c˜ao gatilhada, Grefenstette (1992) apresentou a imigra¸c˜ao aleat´oria, Sim˜oes e Costa (2001, 2002a) utilizaram o princ´ıpio da transmuta¸c˜ao gen´etica, Bui et al. (2005) utilizaram a abordagem multiobjetivo para tratar ambientes dinˆamicos. Esta tese prop˜oe dois m´etodos de controle da diversidade de AEs, o primeiro baseado no controle adaptativo e o segundo no controle estoc´astico. O uso do controle adaptativo para ajustes dos parˆametros do algoritmo evolucion´ario se justifica pela presen¸ca de incertezas inerentes a processos evolucion´arios. O m´etodo de controle adaptativo utili¨ zado, denominado controle adaptativo por modelo de referˆencia (ASTROM; WITTENMARK,. 1995; NARENDRA; ANNASWAMY, 2005), se aplica ao problema do controle de parˆametros por existir na literatura algumas hip´oteses que sugerem determinados comportamentos para um algoritmo evolucion´ario (BEYER; RUDOLPH, 1997; BUI et al., 2005; COBB, 1990; GREFENSTETTE,. ˜ 1992; SIMOES; COSTA, 2001). O controle adaptativo por modelo de re-. ferˆencia ´e utilizado para controlar a diversidade, contribuindo para reduzir o problema da convergˆencia prematura, aumentar o n´ umero de regi˜oes exploradas pela popula¸c˜ao e responder de maneira mais r´apida e eficiente `as mudan¸cas do ambiente. O segundo m´etodo proposto utiliza os princ´ıpios do controle de fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao de probabilidade (PDF, do inglˆes, probability density function) (WANG, 2000a). Esse m´etodo foi idealizado e inicialmente desenvolvido no Industrial Control Centre da Universidade de Strathclyde, em Glasgow, Esc´ocia, com a supervis˜ao do Prof. Dr. Michael Grimble e do Prof. Dr. Leonardo Giovanini. Esse m´etodo de controle estoc´astico tem como objetivo desenvolver uma estrat´egia de controle que aproxime a PDF da sa´ıda do processo de uma PDF desejada. Embora modelos matem´aticos possam ser utilizados para obter a PDF da sa´ıda, estes modelos s˜ao, normalmente, complicados e demandam um elevado esfor¸co computacional. Com o objetivo de elaborar um controle de PDF adequado e de baixo custo computacional, redes neurais, em especial a B-spline, tˆem sido utilizadas para aproximar estat´ıstica e dinamicamente a PDF da sa´ıda de processos estoc´asticos (WANG, 2000a, 1999, 2000b). Uma B-spline pode ser aplicada apenas se um conjunto de dados da entrada de controle e da PDF da sa´ıda do processo estiver dispon´ıvel. Para elaborar um sistema de controle ´e necess´ario conhecer o modelo do processo. Normalmente, os m´etodos de controle de diversidade n˜ao tˆem informa¸c˜oes precisas do 3.

(23) processo evolucion´ario. Apenas o desvio entre as diversidades atual e de referˆencia ´e conhecido (WONG et al., 2003; URSEM et al., 2002; DIVERSITY-BASED. . . , 2007). Alguns modelos de algoritmos evolucion´arios j´a foram propostos (GOLDBERG, 1989; RADCLIFFE, 1991); no entanto, esses modelos n˜ao tratam a dinˆamica do algoritmo evolucion´ario em rela¸c˜ao `a diversidade da popula¸c˜ao. Alternativamente, existem algumas formula¸c˜oes que tratam a dinˆamica dos AEs, como Bethke (1981), Vose e Liepins (1991), P.-Bennett et al. (1994), Stark e Spall (2003), mas estes modelos n˜ao podem ser utilizados na an´alise da dinˆamica dos AEs porque necessitam de um conhecimento pr´evio da probabilidade de transi¸c˜ao de estados ou gera¸c˜oes. Pelas raz˜oes supracitadas, foi elaborado um novo modelo de dinˆamica de popula¸c˜oes que descreve o comportamento da frequˆencia gˆenica e da diversidade de popula¸c˜oes. Esse modelo considera os principais parˆametros de fatores evolutivos de uma popula¸c˜ao, a saber, press˜ao de sele¸c˜ao, taxa de muta¸c˜ao, n´ umero de alelos e tamanho efetivo da popula¸c˜ao. Portanto, foi poss´ıvel, por an´alise de sensibilidade, identificar o impacto que tais fatores podem causar na diversidade de popula¸c˜oes. A partir do modelo de dinˆamica de popula¸c˜oes, formalizou-se um modelo de processo evolucion´ario. Dois modelos de controle foram estabelecidos, o primeiro baseado no controle adaptativo por modelo de referˆencia, denominado Controle Adaptativo por Diversidade de Referˆencia (DRAC, do inglˆes, Diversity-Reference Adaptive Control ); e o segundo modelo baseado no controle de fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao de probabilidade, denominado AE Adaptativo Baseado na Fun¸c˜ao de Distribui¸c˜ao de Probabilidade de Diversidade (PDFEA, do inglˆes, Probability Density Function Based Evolutionary Algorithm). A valida¸c˜ao dos m´etodos de controle de parˆametros propostos foi realizada atrav´es de estudos de casos utilizando benchmarks e problemas reais multimodais e dinˆamicos. Os m´etodos propostos, DRAC e PDFEA, foram comparados com o algoritmo gen´etico padr˜ao e seis algoritmos evolucion´arios adaptativos. 1.1. OBJETIVOS. Esta tese tem como objetivo elaborar dois m´etodos de controle de parˆametros de AEs para problemas de otimiza¸c˜ao ou busca em ambientes complexos, multimodais e dinˆamicos, onde sugere-se a utiliza¸c˜ao de parˆametros ajust´aveis. A solu¸c˜ao proposta utiliza m´etodos de controle adaptativo e estoc´astico para ajuste dos parˆametros de fatores evolutivos, como sele¸c˜ao e muta¸c˜ao. A partir de um novo modelo de dinˆamica de popula¸c˜oes pro4.

(24) posto, o processo evolucion´ario ´e formalizado analiticamente. O modelo de dinˆamica de popula¸c˜oes ´e, tamb´em, utilizado no sistema de controle do m´etodo DRAC. 1.1.1. Objetivos Espec´ıficos. Esta tese de doutorado tem os seguintes objetivos espec´ıficos: ˆ Pesquisar e analisar criticamente os principais trabalhos sobre controle de parˆametros. de algoritmos evolucion´arios nas u ´ ltimas d´ecadas. ˆ Investigar m´etodos de controle adaptativo apropriados para aplica¸c˜ao no controle. de parˆametros de algoritmos evolucion´arios. ˆ Estudar o problema da diversidade das esp´ecies e de popula¸c˜oes, levantando poten-. ciais m´etricas de diversidade que possam ser aplicadas na computa¸c˜ao evolucion´aria. Este estudo tem, tamb´em, o objetivo de analisar a dinˆamica da diversidade de popula¸c˜oes, conhecendo os principais fatores e consequˆencias da sua varia¸c˜ao. Dentre esses fatores destaca-se o impacto da varia¸c˜ao da diversidade sobre a evolu¸c˜ao da popula¸c˜ao. ˆ Propor e formalizar modelos de referˆencia baseados em perfis de diversidade de. popula¸c˜oes estudadas no item anterior. ˆ Desenvolver um modelo de dinˆamica de popula¸c˜oes que descreva o comportamento. da diversidade em rela¸c˜ao aos parˆametros de fatores evolutivos, como muta¸c˜ao e sele¸c˜ao. ˆ Elaborar dois novos m´etodos de controle de parˆametros de algoritmos evolucion´arios. que empregam os fundamentos da teoria de controle. O principal objetivo do m´etodo proposto ´e controlar a diversidade atrav´es de ajustes dos parˆametros de algoritmos evolucion´arios. O novo m´etodo ´e recomendado, principalmente, para problemas multimodais com ambientes vari´aveis em morfologia e dinˆamica. ˆ Formalizar o controle da diversidade de algoritmos evolucion´arios como um pro-. blema de controle. Elaborar uma estrat´egia de controle que conduza o sistema ao estado de equil´ıbrio. ˆ Pesquisar problemas de referˆencia na literatura da computa¸c˜ao evolucion´aria para. validar os m´etodos propostos. 5.

(25) ˆ Realizar estudos de casos em ambientes multimodais e dinˆamicos, comparando os. m´etodos propostos com o algoritmo evolucion´ario padr˜ao e outros algoritmos evolucion´arios adaptativos. ˆ Propor melhorias nos m´etodos de controle de parˆametros propostos, ap´os an´alise. de resultados, para aplica¸c˜ao em trabalhos futuros. 1.2. ESCOPO DO TRABALHO. O Cap´ıtulo 2 apresenta uma pesquisa bibliogr´afica com an´alise cr´ıtica dos trabalhos recentes sobre controle de parˆametros de algoritmos evolucion´arios. S˜ao apresentadas as classifica¸c˜oes dos m´etodos de controle de parˆametros por tipo de adapta¸c˜ao, a saber, determin´ıstico, adaptativo e auto-adaptativo. O cap´ıtulo apresenta, tamb´em, m´etodos que promovem e controlam a diversidade das popula¸c˜oes de algoritmos evolucion´arios. O Cap´ıtulo 3 aborda a diversidade gen´etica de popula¸c˜oes, suas caracter´ısticas e fatores que contribuem para sua varia¸c˜ao ao longo de gera¸c˜oes. S˜ao apresentados os principais conceitos de gen´etica de popula¸c˜oes e as principais m´etricas de diversidade de esp´ecies e popula¸c˜oes presentes na literatura. O equil´ıbrio de Hardy-Weinberg, uma lei que determina a constˆancia gˆenica de uma popula¸c˜ao ideal, ´e descrito em detalhes. S˜ao expostos os principais fatores que afetam o equil´ıbrio da frequˆencia gˆenica de uma popula¸c˜ao. Este cap´ıtulo tamb´em apresenta um dos parˆametros mais utilizados na avalia¸c˜ao da diversidade de popula¸c˜oes, o tamanho efetivo da popula¸c˜ao. Essa grandeza, baseada em uma popula¸c˜ao ideal criada pelos cientistas Sewall Wright (1931) e Ronald Fisher (1930), possui algumas variantes e muitas formas de se calcular. Os conceitos apresentados neste cap´ıtulo s˜ao empregados na elabora¸c˜ao de modelos de referˆencia de diversidade utilizados no controle de parˆametros de algoritmos evolucion´arios. O Cap´ıtulo 4 descreve sucintamente quatro m´etodos de controle adaptativo, a saber, agendamento de ganho, modelo de referˆencia, regulador auto-ajust´avel e controle dual. Este cap´ıtulo apresenta, em detalhes, o controle adaptativo por modelo de referˆencia e o controle de fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao de probabilidade. No controle adaptativo, duas das principais estrat´egias de controle s˜ao apresentados, os m´etodos MIT e de Lyapunov. No controle de PDF, a identifica¸c˜ao do processo ´e realizada por uma rede neural B-spline. O Cap´ıtulo 5 apresenta um novo modelo de dinˆamica de popula¸c˜oes que descreve o comportamento da frequˆencia gˆenica e da diversidade de popula¸c˜oes em rela¸c˜ao a um gene. Esse modelo leva em considera¸c˜ao os principais fatores evolutivos, a saber, cruzamento, 6.

(26) muta¸c˜ao e sele¸c˜ao. Com o modelo de dinˆamica de popula¸c˜oes proposto ´e poss´ıvel realizar previs˜oes e analisar o impacto que fatores evolutivos causam na diversidade da popula¸c˜ao. O Cap´ıtulo 6 apresenta duas propostas de controle da diversidade de algoritmos evolucion´arios, a primeira utilizando o controle adaptativo por modelo de referˆencia e a segunda utilizando o controle da PDF da diversidade. As propostas incluem trˆes modelos de referˆencia, um modelo de processo evolucion´ario e duas estrat´egias de controle. No m´etodo baseado no controle adaptativo, a press˜ao de sele¸c˜ao e a taxa de muta¸c˜ao s˜ao utilizadas como sinal de controle. A estrat´egia de controle visa ajustar a entrada do processo e os parˆametros do controlador para aproximar a diversidade da popula¸c˜ao da sa´ıda do modelo de referˆencia. No controle de PDF, a taxa de muta¸c˜ao ´e o sinal de controle e a estrat´egia de controle ajusta esse sinal com o objetivo de aproximar a PDF da diversidade da popula¸c˜ao de uma PDF de referˆencia. O Cap´ıtulo 7 apresenta 26 experimentos onde os m´etodos propostos, DRAC e PDFEA, foram testados e analisados. Investigou-se o comportamento do modelo de referˆencia, a capacidade de rastreamento pelo sistema de controle e o desempenho dos m´etodos propostos em rela¸c˜ao a um algoritmo gen´etico padr˜ao e seis algoritmos evolucion´arios adaptativos. O Cap´ıtulo 8 apresenta as contribui¸c˜oes desta tese, conclus˜oes e sugest˜oes para trabalhos futuros.. 7.

(27) CAP´ITULO 2. ´ ALGORITMOS EVOLUCIONARIOS ADAPTATIVOS. 2.1. ˜ INTRODUC ¸ AO. Os algoritmos evolucion´arios (AEs) possuem quatro paradigmas principais, a saber, algoritmos gen´eticos (GOLDBERG, 1989), estrat´egias evolutivas (SCHWEFEL, 1995), programa¸c˜ao evolucion´aria (FOGEL, 1995) e programa¸c˜ao gen´etica (KOZA, 1992). Em todos esses paradigmas, a resolu¸c˜ao do problema ´e baseada na teoria da evolu¸c˜ao de Darwin (2004). Inicialmente, um conjunto de solu¸c˜oes ´e gerado aleatoriamente, onde cada solu¸c˜ao ´e um indiv´ıduo, a qualidade da solu¸c˜ao ´e a aptid˜ao do indiv´ıduo, o conjunto de solu¸c˜oes ´e uma popula¸c˜ao e o espa¸co de solu¸c˜oes ´e o meio ambiente. Iterativamente, novas solu¸c˜oes s˜ao criadas a partir das existentes, via operadores evolucion´arios. As piores solu¸c˜oes, menos “adaptadas” ao ambiente, tendem a ser eliminadas ao longo do processo evolucion´ario. Assim, as solu¸c˜oes melhores tendem a prevalecer, como no processo de evolu¸c˜ao natural das esp´ecies. Nos AEs, o que torna uma solu¸c˜ao melhor ou pior ´e o valor de sua aptid˜ao segundo uma ou mais m´etricas. A probabilidade de um indiv´ıduo transmitir suas caracter´ısticas para as pr´oximas gera¸c˜oes ´e tamb´em influenciada pela sua aptid˜ao. Um algoritmo evolucion´ario, assim como qualquer m´etodo de busca, possui parˆametros cujos valores tˆem influˆencia direta no desempenho do processo de busca. Alguns exemplos desses parˆametros s˜ao as probabilidades de cruzamento e muta¸c˜ao, o tipo de operador de cruzamento, o tamanho da popula¸c˜ao. Escolher valores para tais parˆametros, que a priori n˜ao tˆem nenhuma liga¸c˜ao com o ambiente, ´e uma tarefa n˜ao trivial e muitos esfor¸cos tˆem sido despendidos para encontrar algoritmos e heur´ısticas que possam fazˆe-lo. Basicamente, existem duas formas de determinar os valores dos parˆametros de um algoritmo evolucion´ario, por ajuste pr´evio ou controle de parˆametros. No ajuste pr´evio, os valores dos parˆametros s˜ao determinados antes do in´ıcio do processo evolucion´ario. O problema dessa abordagem ´e o fato de, na maioria das vezes, n˜ao se conhecer as caracter´ısticas e o comportamento do ambiente no qual tenta-se chegar a uma solu¸c˜ao. Por melhor que sejam as t´ecnicas utilizadas, os ajustes pr´evios dos parˆametros n˜ao est˜ao relacionados com os caminhos percorridos durante o processo de busca. Em outras palavras, 8.

(28) ao longo do processo de busca as condi¸c˜oes do ambiente podem n˜ao ser as mesmas das iniciais. Assim, pode ser necess´ario alterar os valores dos parˆametros por estes n˜ao estarem adequados `as condi¸c˜oes atuais do processo. Por exemplo, em regi˜oes de ´otimos locais ou em estados de baixa diversidade pode ser prominente aumentar a taxa de muta¸c˜ao. No controle de parˆametros, os valores s˜ao ajustados durante o processo evolucion´ario. Assim, os parˆametros podem ser ajustados em fun¸c˜ao de uma estrat´egia pr´e-definida ou em conformidade com os caminhos percorridos pelo algoritmo de busca, de acordo com os resultados que estes proporcionaram. Encontrar uma estrat´egia que ajuste os parˆametros durante o processo de busca ´e uma das ´areas de pesquisa mais atrativa da computa¸c˜ao evolucion´aria. Muitos autores j´a abordaram o problema do controle de parˆametros na computa¸c˜ao evolucion´aria (EIBEN et al., 1999; ANGELINE, 1995; HINTERDING et al., 1997; SMITH; FOGARTY,. 1997). Eiben et al. (1999) elaboraram uma discuss˜ao sobre o controle de. parˆametros, mostrando sua superioridade em rela¸c˜ao ao ajuste pr´evio. Nesta tese de doutorado, foram apresentados argumentos que mostram ser inapropriado, em muitas situa¸c˜oes, o uso de parˆametros fixos. As formas de controle de parˆametros foram classificadas em fun¸c˜ao do tipo de mecanismo de ajuste, a saber, determin´ısticos, adaptativos ou auto-adaptativos. Os m´etodos determin´ısticos modificam os parˆametros deterministicamente sem utilizar nenhuma informa¸c˜ao do ambiente durante o processo evolucion´ario. Os m´etodos adaptativos utilizam informa¸c˜oes do ambiente para determinar a dire¸c˜ao ou a magnitude das mudan¸cas dos parˆametros. Nos m´etodos auto-adaptativos, os parˆametros s˜ao codificados no gen´otipo do indiv´ıduo e submetidos ao processo evolucion´ario. A favor da adapta¸c˜ao existe a importˆancia de se interagir com o meio, que pode fornecer informa¸c˜oes importantes sobre a qualidade do caminho da busca, direcionando-a para regi˜oes mais promissoras. As informa¸c˜oes colhidas do ambiente tamb´em podem ajudar a compreender melhor o problema. Outros autores promovem formas diferentes de classificar os m´etodos de controle de parˆametros. Angeline (1995) classificou as formas de controle de parˆametros baseado em n´ıveis de ajuste, a saber, da popula¸c˜ao, do indiv´ıduo e do componente. Ao n´ıvel da popula¸c˜ao, os parˆametros s˜ao ajustados de forma a produzirem efeitos globais na popula¸c˜ao. Ao n´ıvel do indiv´ıduo, as modifica¸c˜oes s˜ao feitas em cada indiv´ıduo, por´em, aplicadas uniformemente aos seus componentes ou genes. Ao n´ıvel do componente, os m´etodos determinam como cada componente ou gene do indiv´ıduo deve sofrer as al9.

(29) tera¸c˜oes. Hinterding et al. (1997) considerou mais um n´ıvel de adapta¸c˜ao: do ambiente, onde a resposta do ambiente para o indiv´ıduo varia. Por exemplo, quando a fun¸c˜ao de aptid˜ao ´e uma soma ponderada e seus pesos variam, assim como a aptid˜ao de um indiv´ıduo varia, em resposta a determinadas considera¸c˜oes. Uma outra importante justificativa para o ajuste de parˆametros de fatores evolucion´arios ´e a manuten¸c˜ao ou controle da diversidade da popula¸c˜ao. V´arios autores j´a trataram esse tema com ajustes de parˆametros (SHIMODAIRA, 2001; URSEM et al., 2002; ´ , YANG; TINOS et al.,. ˜ 2007; SIMOES; COSTA, 2002b; COBB, 1990; GREFENSTETTE, 1992; WONG. 2003). A perda da diversidade em popula¸c˜oes finitas, sem migra¸c˜ao e com baixa. taxa de muta¸c˜ao ´e iminente ap´os sucessivas gera¸c˜oes. Mesmo com sele¸c˜ao aleat´oria, sem press˜ao de sele¸c˜ao, h´a perda de diversidade em popula¸c˜oes finitas em decorrˆencia da deriva gen´etica. Em um algoritmo evolucion´ario, essa perda reduz as regi˜oes exploradas, contrapondo uma de suas principais vantagens, a busca simultˆanea em v´arias regi˜oes do espa¸co de solu¸c˜oes. O algoritmo gen´etico padr˜ao (AGP), sem ajuste pr´evio de parˆametros ou durante o processo evolucion´ario, tem uma perda de diversidade natural que resulta em convergˆencia prematura, isto ´e, toda a popula¸c˜ao se concentra em uma regi˜ao do espa¸co de solu¸c˜oes. Essa caracter´ıstica praticamente inviabiliza a utiliza¸c˜ao de AGPs em problemas complexos, e.g., multimodais e dinˆamicos, cujo ajuste de parˆametros de fatores evolucion´arios ´e quase imprescind´ıvel. Este cap´ıtulo descreve e analisa criticamente v´arios m´etodos de controle de parˆametros, mostrando que na maioria das vezes os mesmos levam significativa vantagem sobre os m´etodos de ajuste pr´evio. Os m´etodos de controle de parˆametros s˜ao apresentados conforme o mecanismo de ajuste. As pr´oximas se¸c˜oes apresentam trˆes m´etodos de controle de parˆametros, a saber, o determin´ıstico, na Se¸c˜ao 2.2, o adaptativo, na Se¸c˜ao 2.3, e o auto-adaptativo, na Se¸c˜ao 2.4. Na sequˆencia, a Se¸c˜ao 2.5 apresenta alguns trabalhos que tratam o problema da manuten¸c˜ao da diversidade, na Subse¸c˜ao 2.5.1, e o controle da diversidade, na Subse¸c˜ao 2.5.2, utilizando m´etodos de controle de parˆametros. A Se¸c˜ao 2.6 apresenta as discuss˜oes finais. 2.2. ˆ CONTROLE DE PARAMETROS DETERMIN´ISTICO. Os m´etodos de controle de parˆametros determin´ısticos modificam os parˆametros, normalmente, em fun¸c˜ao das gera¸c˜oes, sem utilizar nenhum retorno do processo evolucion´ario. Em um exemplo t´ıpico de controle de parˆametros determin´ıstico, Hinterding et al. (1997) 10.

(30) definiu a taxa de muta¸c˜ao como k , (2.1) K sendo pm a probabilidade ou taxa de muta¸c˜ao, k a gera¸c˜ao atual e K o n´ umero m´aximo pm (k) = 0.5 − 0.3. de gera¸c˜oes. Neste caso, a taxa de muta¸c˜ao decresce de 0.5 at´e 0.2, na u ´ ltima gera¸c˜ao. O ajuste de pm ´e determin´ıstico, pois n˜ao h´a nenhuma informa¸c˜ao do processo evolucion´ario, como, por exemplo, o n´ umero de gera¸c˜oes que a aptid˜ao m´edia da popula¸c˜ao n˜ao melhora. A Equa¸c˜ao 2.1 ´e monotˆonica, o que pode n˜ao ser desej´avel quando, por exemplo, a diversidade da popula¸c˜ao diminui muito. A desvantagem dessa forma de ajuste ´e que a taxa de muta¸c˜ao da Equa¸c˜ao 2.1 n˜ao se relaciona com o problema ou com atributos da popula¸c˜ao, como sua aptid˜ao m´edia. Em outro exemplo de controle determin´ıstico, B¨ack e Schutz (1996) apresentaram um m´etodo de ajuste da taxa de muta¸c˜ao na forma hiperb´olica, tamb´em em fun¸c˜ao das gera¸c˜oes, como segue  −1 L−2 pm (k) = 2 + ×k , K−1. (2.2). sendo L o n´ umero de genes do indiv´ıduo. Esse m´etodo determin´ıstico obteve melhor desempenho em rela¸c˜ao a um modelo auto-adaptativo, proposto no mesmo trabalho, e a um AGP com taxa de muta¸c˜ao fixa igual a 1/L. Droste et al. (2001) criaram um m´etodo, com representa¸c˜ao bin´aria1 , que ajusta a taxa de muta¸c˜ao de acordo com a regra pm (k) =. (. 1/L, se pm (k) > 0.5 2 pm (k − 1), caso contr´ario.. (2.3). Esse algoritmo produz uma taxa de muta¸c˜ao ciclicamente crescente no intervalo [1/L, 0.5]. Os autores mostraram que o controle dinˆamico da taxa de muta¸c˜ao aumenta a velocidade de convergˆencia do AE em rela¸c˜ao ao valor mais recomendado para uma taxa de muta¸c˜ao, i.e., pm = 1/L. Thierens (2002) propˆos um m´etodo determin´ıstico inspirado no algoritmo de aprendizagem de Manhattan (KUSHNER; CLARK, 1978), de origem estoc´astica2 , utilizando uma 1. Na representa¸ca˜o bin´ aria, as vari´aveis de decis˜ ao do problema s˜ao codificadas no gen´otipo do in-. div´ıduo por n´ umeros bin´ arios 2 Os algoritmos de aprendizagem estoc´ asticos estimam parˆ ametros ´otimos para seus respectivos modelos.. 11.

(31) taxa de muta¸c˜ao pm (k) e trˆes novos indiv´ıduos gerados a partir das taxas de muta¸c˜ao pm (k), ωpm (k) e pm (k)/ω, sendo ω uma constante denominada fator de explora¸c˜ao3 . Thierens utilizou a seguinte regra para executar a aprendizagem de Manhattan: 1. Mutar o indiv´ıduo x das seguintes trˆes formas: M(x, pm /ω) → {x1 , pm /λ} M(x, pm ) → {x2 , pm } M(x, ω pm ) → {x3 , λ pm } 2. Selecionar o indiv´ıduo com melhor aptid˜ao dentre {x, pm }, {x1 , pm /λ}, {x2 , pm } e {x3 , λ pm } sendo xi , i = 1, 2, 3, o indiv´ıduo mutado a partir de x, λ uma constante denominada fator de aprendizagem e M(·, ·) uma regra de muta¸c˜ao, que gera trˆes novos indiv´ıduos utilizando uma dentre as taxas de muta¸c˜ao pm /ω, pm e ω pm . Selecionando sucessivamente pares { x, pm }, pretende-se alcan¸car uma taxa de muta¸c˜ao que tende a gerar indiv´ıduos melhores. A propor¸c˜ao que a taxa de muta¸c˜ao se modifica ´e determinada pelo fator de aprendizagem, λ. A maior vantagem do controle de parˆametros determin´ıstico ´e a sua simplicidade de implementa¸c˜ao e seu baixo custo computacional. No entanto, em problemas complexos uma estrat´egia de ajuste pr´e-definida, sem intera¸c˜ao com o ambiente, pode n˜ao alcan¸car os melhores resultados. Por exemplo, em um problema dinˆamico, ap´os a mudan¸ca do ambiente, pode ser recomendado que a taxa de muta¸c˜ao aumente por um determinado per´ıodo, o que n˜ao ´e poss´ıvel no controle de parˆametros determin´ıstico. 2.3. ˆ CONTROLE DE PARAMETROS ADAPTATIVO. Os m´etodos adaptativos tˆem um retorno do processo evolucion´ario para determinar a dire¸c˜ao ou a magnitude das mudan¸cas dos parˆametros. A regra de 1/5 de sucesso (RECHENBERG,. 1973) para ajuste da taxa de muta¸c˜ao ´e um dos principais exemplos de. m´etodo adaptativo. O mecanismo de ajuste funciona da seguinte forma: se nas n u ´ ltimas gera¸c˜oes houve sucesso4 em mais de 1/5 das muta¸c˜oes, ent˜ao a taxa de muta¸c˜ao ser´a 3. O coeficiente ω determina o grau de varia¸ca˜o do indiv´ıduo, modulando a sua explora¸ca˜o na superf´ıcie. de busca. Por essa raz˜ ao o nome fator de explora¸ca˜o. 4 Entende-se como sucesso quando a muta¸ca˜o melhora a aptid˜ao m´edia da popula¸ca˜o.. 12.

(32) aumentada; caso contr´ario, ser´a diminu´ıda. Portanto, a regra de 1/5 de sucesso interage com o ambiente, modificando a taxa de muta¸c˜ao, a cada n gera¸c˜oes. Em outro exemplo de controle adaptativo, Davis (1989) criou um m´etodo baseado no desempenho dos operadores do processo evolucion´ario. O m´etodo promove altera¸c˜oes nas probabilidades dos operadores baseado nas aptid˜oes dos descendentes. Assim, os operadores que geram filhos melhores tˆem maior probabilidade de atuarem no futuro. B¨ack (1993) apresentou um estudo sobre taxas de muta¸c˜ao fixa e adapt´avel, com AGs bin´arios, utilizando ambientes distintos. Em ambientes unimodais, os resultados mostraram que uma taxa de muta¸c˜ao fixa igual a 1/L pode alcan¸car resultados satisfat´orios e que taxas de muta¸c˜ao que decaem a partir deste valor n˜ao aceleram a busca significativamente. No entanto, para ambientes multimodais, o estudo mostrou que uma taxa de muta¸c˜ao adapt´avel pode contribuir para que os indiv´ıduos escapem de ´otimos locais. Na vers˜ao adaptativa, a taxa de muta¸c˜ao ´e inversamente proporcional `a aptid˜ao do indiv´ıduo. A ideia ´e produzir grandes altera¸c˜oes em indiv´ıduos com baixa aptid˜ao e pequenas altera¸c˜oes em indiv´ıduos com alta aptid˜ao — beneficiando a explota¸c˜ao. A suposi¸c˜ao de produzir pequenas altera¸c˜oes em indiv´ıduos com alta aptid˜ao pode ser uma desvantagem em um problema onde n˜ao se conhe¸ca o valor do ´otimo global ou que possua ´otimos locais cujos valores da fun¸c˜ao de aptid˜ao s˜ao elevados. Nesse u ´ ltimo caso, os indiv´ıduos ter˜ao dificuldades de escapar de ´otimos locais cujos valores da fun¸c˜ao de aptid˜ao sejam elevados, pois suas taxas de muta¸c˜ao ser˜ao baixas. Lee e Takagi (1993) utilizaram a l´ogica nebulosa para ajustar trˆes parˆametros dos algoritmos gen´eticos, a saber, o tamanho da popula¸c˜ao e as taxas de cruzamento e muta¸c˜ao. As mudan¸cas dos parˆametros s˜ao baseadas no desempenho da popula¸c˜ao a cada gera¸c˜ao, considerando as piores e melhores aptid˜oes, a aptid˜ao m´edia e sua varia¸c˜ao desde a u ´ ltima a¸c˜ao de controle. Lee e Takagi tiveram como objetivos, al´em da aplica¸c˜ao da l´ogica nebulosa nos algoritmos evolucion´arios, entender melhor a rela¸c˜ao do controle de parˆametros e melhorar o seu desempenho. O sistema nebuloso, baseado em regras, possui uma base de conhecimento que necessita de informa¸c˜oes pr´evias do ambiente. As dificuldades nesse tipo de sistema s˜ao a necessidade de haver um especialista para modelagem da base de conhecimento e a aquisi¸c˜ao de informa¸c˜oes do ambiente quando estas s˜ao imprecisas ou mesmo inexistentes. O ponto chave na abordagem de Lee e Takagi ´e a elabora¸ca˜o de um m´etodo que projeta, automaticamente, o sistema nebuloso. Outra desvantagem ´e o ˆonus computacional causado pela decis˜ao baseada em regras para ajustes dos parˆametros. Entretanto, 13.

(33) segundo os autores, em problemas onde a fun¸c˜ao de aptid˜ao tem alta complexidade, o tempo de inferˆencia em compara¸c˜ao ao tempo total de processamento n˜ao ´e significativo. Corne et al. (1994) consideraram as estat´ısticas de desempenho dos descendentes gerados por v´arios operadores no problema da constru¸c˜ao de grade hor´aria semanal. Periodicamente, os operadores que geraram indiv´ıduos mais aptos s˜ao tˆem suas probabilidades de aplica¸c˜ao aumentadas, enquanto que os operadores que geraram indiv´ıduos menos aptos tˆem suas probabilidades diminu´ıdas. Sebag e Schoenauer (1994) constru´ıram um banco de dados de operadores de cruzamento usados no in´ıcio do processo evolucion´ario. Esses operadores s˜ao classificados como ruins ou bons de acordo com as aptid˜oes dos descendentes (i.e., operadores que geram descendentes com baixas aptid˜oes s˜ao rotulados como ruins, e vice-versa). Atrav´es de um controle adaptativo, a ideia ´e prevenir que operadores de cruzamento inadequados quebrem sequˆencias de genes promissoras. Primeiramente, decorre-se um processo darwiniano convencional, que tem como objetivo armazenar informa¸c˜ao em uma base de dados. Em seguida, os cruzamentos s˜ao observados e um conjunto de regras para classifica¸c˜ao dos cruzamentos ´e constru´ıdo por aprendizagem indutiva — com atualiza¸c˜oes peri´odicas. Na fase seguinte, j´a utilizando o controle adaptativo, os cruzamentos classificados como ruins s˜ao recusados. A existˆencia de um direcionamento na opera¸c˜ao de cruzamento pode acelerar o processo evolucion´ario com uma maior explota¸c˜ao. No entanto, para montagem das regras pela aprendizagem indutiva ´e necess´ario conhecimento pr´evio do problema. S.-Voosen e M¨ uhlenbein (1994) dividiram a popula¸c˜ao em sub-popula¸c˜oes para ajuste da taxa de muta¸c˜ao. Na abordagem proposta, o n´ umero de indiv´ıduos da popula¸c˜ao se mant´em fixo, variando o tamanho das sub-popula¸c˜oes conforme a aptid˜ao do melhor indiv´ıduo da sub-popula¸c˜ao. As sub-popula¸c˜oes competem pelos mesmos recursos, de forma que as mais aptas crescem (recebem indiv´ıduos de outras sub-popula¸c˜oes), e vice-versa. As competi¸c˜oes entre sub-popula¸c˜oes se mostram eficientes e robustas, pois podem utilizar diferentes estrat´egias, favorecendo aquelas com parˆametros e estrat´egias mais adequados. Em outro trabalho, S.-Voosen e M¨ uhlenbein (1996) elaboraram uma metodologia mais abrangente, variando tamb´em o tamanho da popula¸c˜ao. A divis˜ao da popula¸c˜ao, al´em de favorecer o uso de diferentes estrat´egias ao mesmo tempo, sugere a utiliza¸c˜ao de computa¸c˜ao paralela — por exemplo, cada sub-popula¸c˜ao pode ser conduzida por um processador ou nodo de um cluster. A implementa¸c˜ao paralela pode aumentar a velocidade de convergˆencia, pois permite buscas simultˆaneas em espa¸cos de solu¸c˜oes diferentes. Lis (1996) propˆos uma taxa de muta¸c˜ao dinˆamica, uti14.

(34) lizando o paradigma da programa¸c˜ao paralela. Nesta abordagem, o processador mestre gera a popula¸c˜ao inicial e a distribui entre os processadores escravos, formando as subpopula¸c˜oes. Cada processador escravo executa sua pr´opria estrat´egia durante um tempo denominado ´epoca ou per´ıodo de migra¸c˜ao. A cada final de ´epoca, o processador mestre avalia os melhores indiv´ıduos, recalcula a taxa de muta¸ca˜o, monta uma nova popula¸c˜ao e a distribui novamente aos processadores escravos. Lis determinou um conjunto de n´ıveis escalonados de taxa de muta¸c˜ao, quanto maior o n´ıvel, maior a taxa de muta¸c˜ao. Durante uma ´epoca, os processadores escravos executam o algoritmo gen´etico sequencial com suas respectivas taxas de muta¸c˜ao. Os ajustes das taxas de muta¸c˜ao s˜ao feitas como segue: ˆ Se a maior aptid˜ao for de um indiv´ıduo da sub-popula¸c˜ao com a maior taxa de. muta¸c˜ao, ent˜ao as taxas de muta¸c˜ao de todas as sub-popula¸c˜oes dos processadores escravos ser˜ao aumentadas em um n´ıvel. ˆ Sen˜ao, se a maior aptid˜ao for de um indiv´ıduo da sub-popula¸c˜ao com a menor taxa. de muta¸c˜ao, ent˜ao as taxas de muta¸c˜ao de todas as sub-popula¸c˜oes ser˜ao diminu´ıdas em um n´ıvel. ˆ Sen˜ao, se a maior aptid˜ao for de um indiv´ıduo de uma sub-popula¸c˜ao com taxa de. muta¸c˜ao intermedi´aria, ent˜ao n˜ao ser˜ao alteradas as taxas de muta¸c˜ao. O princ´ıpio do m´etodo de Lis induzir um aumento ou diminui¸c˜ao da taxa de muta¸c˜ao em fun¸c˜ao do desempenho da sub-popula¸c˜ao com o indiv´ıduo mais apto. Assim, sup˜oe-se que o n´ıvel da taxa de muta¸c˜ao dessa sub-popula¸c˜ao ´e o mais apropriado para a epoca atual. Spears (1995) criou uma forma de adapta¸c˜ao em que se os dois u ´ ltimos bits dos pais forem iguais a 1, o cruzamento ser´a uniforme; se os dois u ´ ltimos bits forem iguais a 0, o cruzamento ser´a de 2-pontos; se os bits forem diferentes, o cruzamento ser´a escolhido aleatoriamente. No decorrer das gera¸c˜oes, a predominˆancia de um determinado bit pode significar que seu tipo de cruzamento correspondente est´a gerando indiv´ıduos mais aptos. Um dos principais recursos dos algoritmos evolucion´arios ´e a capacidade de escapar de ´otimos locais, pois a taxa da muta¸c˜ao elevada pode dispersar parte da popula¸c˜ao “presa” em ´otimos locais. A Figura 2.1 (SRINIVAS; PATNAIK, 1994) mostra a tendˆencia de toda a popula¸c˜ao convergir para uma regi˜ao espec´ıfica do espa¸co de solu¸c˜oes. A concentra¸c˜ao nessa regi˜ao pode ser refletida na diferen¸ca entre a maior aptid˜ao e a aptid˜ao m´edia da ` medida que os indiv´ıduos convergem para uma regi˜ao de ´otimo popula¸c˜ao, fmax − f¯. A 15.

(35) local ou global, a aptid˜ao m´edia tende a crescer e a diferen¸ca fmax − f¯ diminuir. A Figura 2.1 mostra uma regi˜ao de m´aximo local, com maior aptid˜ao igual a 0.5 (no m´aximo global, a fun¸c˜ao de aptid˜ao ´e igual a 1.0).. Figura 2.1 Diversidade da popula¸c˜ao vista por fmax − f¯ (SRINIVAS; PATNAIK, 1994).. Srinivas e Patnaik apresentaram uma forma adaptativa para evitar a convergˆencia em ´otimos locais. No m´etodo, as taxas de cruzamento e muta¸c˜ao variam em fun¸c˜ao da diferen¸ca fmax − f¯. Essas formas de adapta¸c˜ao foram definidas como segue pc =. k1 fmax − f¯. (2.4). e k2 (2.5) fmax − f¯ para as taxas de cruzamento e muta¸c˜ao, respectivamente, sendo k1 e k2 constantes prepm =. viamente definidas. Uma desvantagem desse modo de adapta¸ca˜o ´e que ao convergir para o ´otimo global, a popula¸c˜ao tem o mesmo espalhamento caso n˜ao se conhe¸ca a aptid˜ao m´axima. Srinivas e Patnaik tamb´em sugerem um outro controle adaptativo para ajustes das taxas de cruzamento e muta¸c˜ao, que variam em fun¸c˜ao da aptid˜ao do pr´oprio indiv´ıduo, definidas como pc = k 1. fmax − f ′ fmax − f¯ 16. (2.6).

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