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[Ano] Introdução à Literatura Norte-Americana. Campus Virtual Cruzeiro do Sul

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Introdução à Literatura Norte-Americana

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Unidade: Introdução à Literatura Norte-Americana

Unidade - Introdução à Literatura Norte-Americana

MATERIAL TEÓRICO

Responsável pelo Conteúdo:

Profª Esp. Adriana Torquete

Revisão Textual:

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Unidade: Introdução à Literatura Norte-Americana

É apropriado dizer que a Literatura Norte-Americana é a primeira grande literatura que pode ser estudada desde seus primórdios. Sua formação foi marcada pela busca de uma voz original, autenticamente americana.

O início dessa busca antecedeu, até mesmo, a chegada dos europeus ao continente, pois se trata da tradição de transmissão oral de histórias, lendas e mitos indígenas pré-colombianos. Infelizmente, pouco disso sobreviveu após o assassinato de milhares de índios, dos primeiros americanos.

O século XVII foi marcado pelo início da produção de uma literatura americana em inglês, primeiramente na chamada literatura de exploração, na forma de relatos de viagens que revelavam as primeiras impressões dos viajantes europeus.

O fato de alguns ensaístas e críticos do século XIX considerarem a expressão “literatura americana” motivo de chacota, pois a ideia de separar as obras produzidas nos Estados Unidos da “grande literatura inglesa” lhes parecia absurda, funcionou como um desafio a ser enfrentado e vencido pelos americanos: escapar dos padrões europeus e construir uma identidade.

Período Colonial

Os primeiros autores da Literatura Americana foram ingleses que descreveram a exploração e colonização inglesa da América. Na Inglaterra, as pessoas que planejavam se mudar para New England ou Virginia liam esses livros como guias e viagem. Por exemplo, a obra Description of New England (1616), de John Smith (1580-1631), apresenta relatos fascinantes sobre o Novo Mundo. Essas obras mesclavam fantasia à realidade, podendo também ser lidas como histórias de aventura.

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As primeiras 13 colônias americanas situavam-se na costa do Atlântico e foram divididas em três grupos: New England (Rhode Island, Connecticut, Massachusetts e New Hampshire), Middle Colonies (Delaware, Pennsylvania, New York e New Jersey) e Southern Colonies (Maryland, Virginia, North Carolina, South Carolina e Georgia).

Fonte: http://www.worldatlas.com/webimage/countrys/namerica/usstates/colonies.gif. Acesso 11/07/2011.

Os Puritanos

Os Puritanos ingleses queriam “purificar” a Igreja oficial da Inglaterra, a Anglicana. Por isso, foram severamente perseguidos em sua terra natal. Devido a essas perseguições, em 1620, vários puritanos, conhecidos como Pilgrims, embarcaram no navio Mayflower rumo à América, onde estabeleceram uma região de colônias conhecida como New England.

Houve, desde o início do período colonial, muitas diferenças entre as colônias do sul e do norte. No sul, por exemplo, havia fazendas enormes ou “plantations”, onde era empregado o trabalho escravo para a produção de tabaco. Os ricos donos das fazendas e suas famílias preferiam livros importados da Inglaterra a produzir uma literatura própria.

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Fonte:

http://www.examiner.com/images/blog/EXID24521/images/George-Henry-Boughton-Pilgrims-Going-To-Church.jpg. Acesso 11/07/2011.

Enquanto isso, os puritanos instalados em New England, ao norte, desde 1620, estavam formando uma sociedade baseada em crenças cristãs, por meio da união e do propósito de compartilhar, o que facilitou o desenvolvimento da cultura e da literatura. O estilo dos textos iniciais era simples e seus temas principais eram religiosos ou relatos das dificuldades e alegrias na nova terra.

Os puritanos eram disciplinados e intolerantes em relação à diversão e aos prazeres. No entanto, obtiveram grande êxito econômico devido a essa postura. As relações entre puritanismo e capitalismo são evidentes, visto que ambos fundamentam-se na repressão dos instintos, no trabalho árduo e na busca incessante do sucesso.

Fonte: http://wikihistoria.wikispaces.com/file/view/purtian_pic_2.jpg/43663939/purtian_pic_2.jpg.

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A literatura colonial floresceu principalmente em New England, onde os puritanos fundadores dos primeiros assentamentos na nova terra escreveram diários, cartas, relatos históricos e poesias, no entanto, os sermões eram suas principais composições literárias. Os maiores destaques do período são William Bradford (1590-1657), governador de Plymouth, e a poeta Anne Bradstreet (1612-1672).

Of Plymouth Plantation, de William Bradford, considerada uma das obras puritanas mais importantes do século XVII, foi escrita entre 1620 e 1650 e relata os primeiros anos dos pilgrims na América. Há passagens interessantes nas quais o autor descreve as conflituosas relações dos puritanos com os índios e as dificuldades durante o primeiro inverno, quando metade dos habitantes da colônia morreu. O trecho abaixo relata as primeiras impressões dos puritanos após o desembarque em Plymouth Rock em 1620:

Tendo atravessado o vasto oceano, e um mar de dificuldades nos preparativos [...], viam-se agora sem amigos para os receber, sem hospedarias para distraírem ou refrescarem os seus corpos batidos pelas intempéries, sem casas e muito menos cidades onde recorrer, onde buscar auxílio. [...] Além disso, que mais podiam ver senão uma paisagem medonha e desolada, povoada de animais selvagens e homens selvagens?

Anne Bradstreet, a primeira escritora de New England, escreveu poemas que, embora marcados pela religião, apresentam ao leitor os sentimentos da mulher americana do século XVII. Sua obra Tenth Muse Lately Sprung up in America (1650) traz os primeiros poemas do Novo Mundo.

Seu poema Contemplations é composto por trinta e três estrofes que exploram vários aspectos religiosos e naturais e reflete sobre seu significado espiritual. O título sugere que o poema seja um conjunto de reflexões isoladas, no entanto há uma coerência interna. Apresentamos abaixo a vigésima estrofe deste poema na qual a poeta declara que a imortalidade da alma humana é superior à beleza e à força da natureza:

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Shall I then praise the heavens, the trees, the earth, Because their beauty and their strength last longer? Shall I wish there, or never to had birth,

Because they're bigger and their bodies stronger? Nay, they shall darken, perish, fade and die, And when unmade, so ever shall they lie. But man was made for endless immortality.

Para ler o poema Contemplations, basta acessar o link

http://www.poemhunter.com/poem/contemplations/

O fanatismo religioso marcou consideravelmente a cultura americana. Os castigos sofridos por pecadores denunciados e as caçadas às supostas feiticeiras, muitas executadas na cidade de Salém, frequentemente apareciam na literatura da época e, até hoje, autores contemporâneos retomam este triste episódio histórico.

De acordo com Carolina Nabuco, os puritanos tiveram um papel importante na formação da literatura americana:

A Literatura Americana teve o púlpito por berço. Durante mais de um século a civilização a nascer nos Estados Unidos externou-se pela voz dos pregadores [...] Nada, nem nas palavras dos pastores, nem nos princípios que estabeleciam, se revestia de doçura. O nome de Deus, na boca dos pregadores, nada apresentava de suave. (2000, p.19)

Outro puritano que se destacou foi o pastor Cotton Mather (1663-1728), neto do grande pastor John Cotton, e filho de Increase Mather, presidente de Harvard, e também grande líder religioso. Mather escreveu mais de 450 obras, inclusive Magnalia Christi America (1702), cuja parte mais interessante é a descrição dos julgamentos de bruxaria em Salém. O pastor também aparece como personagem em vários romances que retratam as punições puritanas, simbolizando a intolerância dos primeiros colonizadores.

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Iluminismo Americano (American Enlightenment)

Sob influência do Iluminismo Europeu, no século XVIII, a Idade da Razão Americana foi um momento de questionamento racional e oposição às preocupações religiosas dos séculos anteriores, quando vários autores produziram notáveis escritos políticos, nos quais conceitos como razão, justiça, liberdade e igualdade eram defendidos em nome da “excepcionalidade americana”, ou seja, o país deveria ser um exemplo democrático universal.

Fonte:

http://www.brasilescola.com/upload/e/Iluminsimo%20nas%20Americas%20-%20BRASIL%20ESCOLA.jpg. Acesso 11/07/2011.

O Iluminismo apoiava atitudes como: a descrença no místico, a confiança no progresso e a garantia da capacidade do homem em resolver todos os problemas humanos.

Essa mudança de postura intelectual teve muitas conseqüências. A filosofia, que antes servia à teologia, passou a ser considerada o agente mais valioso da sabedoria, pois, através da razão, o homem poderia tanto conhecer a si mesmo como conhecer ao mundo ao seu redor.

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Período de Independência

Como consequência direta do Iluminismo Americano, temos o movimento pela independência.

Até o final do XVII, a relação entre as colônias americanas e a Inglaterra foi pacífica, pois as colônias tinham muitas vantagens na participação do império britânico, visto que a metrópole investia na produção e comprava as mercadorias. Além disso, tanto o exército como a marinha inglesa protegiam as colônias.

Fonte: http://montvale.bccls.org/us_independence.jpg. Acesso 11/07/2011.

Durante o século XVIII, no entanto, essas relações começaram a ficar tensas, pois a Inglaterra aumentou os impostos, proibiu os americanos de venderem seus produtos agrícolas a outros países, além de não admitir que as colônias fizessem seus próprios produtos manufaturados. Tal postura aumentou o conflito entre metrópole e colônia e fortaleceu o movimento pela independência americana.

Em 1775, todas as colônias se reuniram num Congresso Nacional, decidindo iniciar, então, uma luta armada entre os americanos e os soldados ingleses. No ano seguinte, o Congresso declarou que as colônias iriam constituir um grupo de estados unidos para lutar por sua independência.

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A Declaração de Independência Americana foi assinada pelos membros do Congresso em 4 de julho de 1776 e marcou o início dos Estados Unidos da América. A Declaração foi redigida por Thomas Jefferson, um dos líderes do Congresso. No entanto, não bastava declarar a independência, era necessário conquistá-la por meio do embate direto com os ingleses. A Guerra de Independência durou até 1783, quando os americanos, com a ajuda dos franceses, finalmente conquistaram a vitória.

Fonte: http://static.howstuffworks.com/gif/american-independence-day-4.jpg. Acesso 11/07/2011.

O período da Revolução Americana foi marcado pelo jornalismo político em forma de panfletos. Um desses autores de panfletos foi John Adams (1735-1826), que se tornou, em 1797, o segundo presidente dos Estados Unidos.

Thomas Paine (1737-1809) foi o maior autor de panfletos políticos durante a Revolução Americana. Nasceu na Inglaterra e, em 1774, se encontrou com Benjamin Franklin em Londres, quando foi convencido a ir para a América. Em 1776, escreveu Common Sense, o panfleto mais importante da história americana, no qual afirma que “há algo muito absurdo em supor que um continente possa ser perpetuamente governado por uma ilha.” 1

Paine também escreveu o obra The Rights of Man (1791) que logo se tornou histórico, devido à contribuição aos movimentos revolucionários em ascensão no mundo.

1 “There is something very absurd in supposing a continent to be perpetually governed by

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Benjamin Franklin (1706-1790)

Grande destaque do período foi Benjamin Franklin, um dos líderes da Revolução Americana. Ele acreditava que o ato de escrever sempre tinha um propósito prático. Franklin é frequentemente chamado “o primeiro americano”, por ser considerado o protótipo do homem prático, do businessman. Certamente, ele foi fundamental para a formação da identidade americana, com sua forma de ver a vida imediata, prática e direta.

Segundo Carolina Nabuco, Franklin obteve êxitos políticos, financeiros e científicos, pois “foi, na adolescência, tipógrafo, passando de operário a patrão. Inventou o pára-raios e os óculos bifocais. Fundou a primeira companhia de seguros, e encontrou uma teoria nova de eletricidade. Tudo isso fez como autodidata.” (2000, p.32)

Fonte: http://www.turtletrack.org/Issues02/Co11302002/Art/franklin.jpg. Acesso 11/07/2011. Franklin publicou de 1732 a 1757 a revista anual Poor Richard’s Almanack com informações úteis para fazendeiros e marinheiros. Além disso, havia na revista provérbios expressando seu senso de humor e aconselhando as pessoas. Como exemplo, podemos citar:

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 “Times is Money.”

 “Fish and visitors smell in three days.”

 “Early to bed, early to rise makes a man healthy, wealthy and wise.”

 “God helps them that help themselves.”

 “Never leave that till tomorrow which you can do today.”

Escreveu sua autobiografia, The Autobiography of Benjamin Franklin, de 1771 a 1790, ano de sua morte. A obra inacabada foi publicada pela primeira vez em 1818 por seu neto. Relata, num estilo simples e agradável, uma vida digna de ser imitada, oferecendo uma lição de esforço e trabalho aos americanos.

George Washington (1732-1799)

Outro nome importante foi George Washington, uma das figuras americanas mais distintas e admiradas.

O Congresso Nacional, formado em 1775, o indicou para organizar e conduzir o exército americano durante a Guerra de Independência. Foi eleito o primeiro presidente os Estados Unidos e governou de 1789 a 1797. Fonte: http://static.infoescola.com/wp- content/uploads/2007/11/george-washington.jpg. Acesso 11/07/2011.

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Thomas Jefferson (1743-1826)

Thomas Jefferson exerceu um papel fundamental na luta pela independência das colônias e na formação de uma nova república. Foi o principal autor da Declaração de Independência, juntamente com Benjamin Franklin e John Adams.

Em 1801, tornou-se o terceiro presidente dos EUA, governando até 1809. Além disso, exerceu os principais cargos políticos americanos, tais como congressista, governador e embaixador.

Jeferson é considerado um dos mais influentes Founding Fathers (ou os "Pais Fundadores" da nação), conhecido pela promoção dos ideais do republicanismo nos Estados Unidos.

Fonte: http://www.theamericanrevolution.org/img/people/3_a.jp. Acesso 11/07/2011.

O trecho abaixo pertence à Declaração de Independência e expressa a ideias em ascensão no período como os direitos à Vida e à Liberdade:

[...] all men are created equal, that they are endowed by their Creator with certain unalienable Rights, that among these are Life, Liberty and the pursuit of Happiness. [...] The history of the present king of Great Britain is a history of repeated injuries and usurpations, all having in direct object the establishment of an absolute Tyranny over these States.

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A Declaração de Independência, graças ao seu belo estilo, é considerada também um grande trabalho literário. Apesar de ter sido escrita durante um período de guerra, o documento é livre de apelos emocionais, apresentando de forma lógica e clara as razões pelas quais as colônias americanas queriam sua independência.

Nas imagens acima vemos a Declaração à esquerda e uma pintura retratando os três autores Thomas Jefferson, Benjamin Franklin e John Adams à direita.

Para ler o texto original da Declaração de Independência, acesse

http://www.ushistory.org/declaration/document/.

Ou, se preferir a tradução, acesse:

http://www.infopedia.pt/$declaracao-de-independencia-dos-estados. Fonte: http://ethicsoup.typepad.com/.a/6a0 0e554e81be38834011571b36c619 70b-320wi. Acesso 11/07/2011. Fonte: http://www2.uol.com.br/historiaviva/ reportagens/jefferson__a_contradic ao_democrata_imprimir.html

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James Fenimore Cooper (1789-1851)

James Fenimore Cooper foi um dos autores mais populares da primeira metade do século XIX. Segundo Carolina Nabuco,

Cooper encontrou nas florestas americanas assunto inesgotável de inspiração. [...] Encheu as vilas e os matos com inimigos – índios ou ingleses – vermelhos de pele ou de túnica e mostrou a riqueza da vegetação ao mesmo tempo que descrevia a energia dos homens.(2000, p. 41).

Fonte: http://www.learner.org/amerpass/unit05/images/1161-author4.jpg. Acesso 11/07/2011.

Cooper fez dos conflitos entre brancos e índios um tema constante em seu trabalho, descrevendo batalhas e apresentando o índio, ora como herói, explorando o mito do bom selvagem, ora como selvagem nada confiável. Seus romances traziam cenários pitorescos e faziam leitores de várias partes do mundo vibrar com as aventuras narradas, pois foram publicados, simultaneamente, na América, na Europa e, até mesmo, no Oriente.

Escreveu The Spy (1821), The Pioneers (1823), The Deerslayer (1841), dentre outros romances. The Last of the Mohicans (1826), uma de suas obras mais conhecidas, narra as lutas entre franceses e ingleses, ocorridas em 1757, pelas terras da América do Norte utilizando índios

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nativos como soldados. Copper relata não apenas conflitos armados, mas também conflitos culturais. Por exemplo, no segundo capítulo, a personagem Cora questiona “Nós devemos desconfiar do homem porque seus costumes não são nossos costumes, e sua pele é escura?” 2

Você poderá ler a obra na íntegra acessando http://www.online-literature.com/cooperj/mohicans/

Transcendentalismo

Em 1836, Ralph Waldo Emerson (1803-1882) fundou o “Transcendental Club”, iniciando um movimento cultural e filosófico chamado Transcendentalismo, cuja doutrina de autoconfiança e individualismo desenvolveu-se através da crença na identificação entre a alma individual e Deus. Os transcendentalistas viam Deus no homem e na natureza. Eles tentavam encontrar a verdade através da intuição, do sentimento e da autoconfiança e não da razão.

Fonte: http://litam2joseeduardo.files.wordpress.com/2010/06/emerson.jpg. Acesso 11/07/2011.

2 Should we distrust the man because his manners are not our manners, and that his skin

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Em Nature (1836), Emerson afirma que na natureza encontra-se uma santidade capaz de envergonhar as religiões e que o homem não deveria ver a natureza como algo a ser usado, pois essa relação transcende a ideia de utilidade. Na mesma obra, declara que nenhum dia em que tenha observado algum fato natural pode ser considerado perdido e, na sequência, descreve, com seu belo estilo, aspectos da natureza americana como a neve e os lagos:

It seems as if the day was not wholly profane in which we have given heed to some natural object. The fall of snowflakes in a still air, preserving to each crystal its perfect form; the blowing of sleet over a wide sheet of water, and over plains; the waving ryefield […] the reflection of trees and flowers in glassy lakes; the musical steaming odorous south wind, which converts all trees to windharps; the crackling and spurting of hemlock in the flames, or of pine logs, which yield glory to the walls and faces in the sitting-room, - these are the music and pictures of the most ancient religion.

Outro influente transcendentalista foi Henry David Thoreau (1817-1862). Seguindo a sugestão de Emerson de que na natureza cresce a árvore do autoconhecimento, Thoreau viveu sozinho por alguns anos na floresta de Walden, expondo sua mente sensível às forças da natureza. Após essa experiência escreveu o famoso ensaio poético Walden (1854), em que explora as fronteiras interiores do autoconhecimento e o ideal da vida completa e autêntica.

Fonte:

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Thoreau e Emerson foram os escritores americanos que melhor retrataram a natureza, descrevendo seus pormenores, fruto de muitos anos de observação. Ambos tiveram como influência, em seu culto à natureza, a floresta de Walden. Importante também foi o ensaio de Thoreau chamado Civil Disobedience (1849) em que narra sua experiência na prisão por não pagar impostos em protesto à escravidão no sul do país.

Considerações Finais

Como você pode acompanhar ao longo desta unidade, a Literatura Norte-Americana foi marcada, num primeiro momento, pela presença dos colonizadores ingleses, principalmente pelos puritanos com relatos históricos, diários e severos sermões. Posteriormente, observamos a influência do Iluminismo europeu no Novo Mundo, promovendo um período de questionamento racional conhecido como Iluminismo Americano, quando se destacam importantes figuras como Benjamin Franklin e Thomas Jefferson e tem início a Revolução Americana. Abordamos também um dos autores americanos mais populares da primeira metade do século XIX, James Fenimore Cooper e, por fim, chegamos ao movimento filosófico denominado Transcendentalismo, com sua doutrina de autoconfiança e individualismo. Este é apenas o início do interessante percurso que seguiremos ao longo desta disciplina. Bons estudos!

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Anotações

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Referências

CUNLIFFE, M. The Literature of the United States. 4.ed. Middlesex: Penguin, 1986.

HIGH, P. B. An Outline Of American Literature. England: Longman, 2002

NABUCO, C. Retrato dos Estados Unidos a Luz da sua Literatura. 2.ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000.

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www.cruzeirodosul.edu.br Campus Liberdade Rua Galvão Bueno, 868 01506-000

São Paulo SP Brasil Tel: (55 11) 3385-3000

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