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Validação de um instrumento quantitativo em pesquisa de Empreendedorismo e Inovação: um estudo no contexto dos recursos tangíveis e intangíveis

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Validação de um instrumento quantitativo em pesquisa de Empreendedorismo e Inovação: um estudo no contexto dos recursos tangíveis e intangíveis

Autoria: Mauricio Grazziotin Mondadori, Wagner Junior Ladeira

Resumo: Nas últimas décadas o entendimento das capacidades para integrar, construir e

reconfigurar internamente e externamente as competências em períodos de rápidas mudanças ambientais é fundamental para as estratégias das empresas. A literatura sugere que as empresas não podem ser competitivas se não tiverem bem estruturado seus recursos tangíveis e intangíveis. A partir deste contexto, buscou-se nesta pesquisa descrever o processo de desenvolvimento e validação de um instrumento quantitativo específico para a área de empreendedorismo e inovação, seguindo os passos metodológicos sugeridos por Koufteros (1999). A pesquisa teve como pano de fundo os estudos sobre categorias de recursos tangíveis e intangíveis. Destacam-se como fatores relevantes do estudo, o desenvolvimento de um instrumento em forma de questionário, aplicado em trezentos e quarenta e seis empresas no estado do Rio Grande do Sul. Como resultados são apresentadas as diversas fases de validação do instrumento, como: purificação da base de dados, validação convergente e discriminante, e análise da confiabilidade das escalas. Por fim, são destacadas as principais conclusões, limitações e contribuições teóricas e práticas do estudo.

Palavras-Chaves: Recursos tangíveis, recursos intangíveis e validação de instrumento de

medição

1. Introdução

Apesar de se conviver há séculos com o termo ciência e existirem centenas de livros escritos sobre pesquisa científica, o assunto ainda é enigmático para não-cientistas e cientistas iniciantes (BABBIE, 1999). A perspectiva tradicional de ciência, apresentada principalmente em cursos de introdução às disciplinas científicas, frequentemente apresenta uma imagem de ciência que a faz parecer direta, precisa e, muitas vezes, rotineira. Entretanto, as teorias – por natureza – são abstratas e gerais; mesmo as hipóteses levantadas, embora mais específicas, também são um tanto quanto abstratas.

A ciência parte do pressuposto que a partir de procedimentos racionais e objetivos, suas conclusões terão, supostamente, mais qualidade do que as impressões subjetivas e os preconceitos de um leigo qualquer. Diz-se, ainda, que a ciência lida com fatos e números e os números, por sua vez, não mentem! Essa visão está intrinsecamente relacionada às ciências naturais, que buscam encontrar leis universais para explicar os diferentes fenômenos que nos cercam.

Um dos mais vivos debates acadêmicos dos últimos anos diz respeito ao status científico das disciplinas englobadas nas ciências sociais, entre elas a área de Empreendedorismo e Inovação. A questão central tem sido verificar se o comportamento humano pode ser submetido ao estudo científico. Essa desconfiança, levantada por muitos acadêmicos, tem influenciado até hoje a forma como as ciências sociais têm evoluído. Muito da pesquisa social ainda utiliza os protocolos e rituais das ciências naturais, como o fascínio por equipamentos de laboratório, uso da estatística e da matemática, de modo a valorizá-la e validá-la.

Nas ciências humanas o homem conhece a si mesmo (homem-homem) e nas naturais o homem conhece a natureza. A forma de conhecimento há que entender como um conhecer de sentidos. Durkhein (2002) observa que enquanto o cientista dá destaque ao seu objeto, o cientista social é parte do objeto que estuda por ser também um ser social e também

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Essa perspectiva, calcada no paradigma positivista, procura aplicar modelos e métodos derivados das ciências naturais para estudar os fenômenos humanos. Trata-se o mundo social como se ele fosse o mundo natural (BURREL e MORGAN, 1979). Mais recentemente, outros métodos de pesquisa passaram a ser utilizados para observar e entender melhor o comportamento social, ao adotar uma forma diferente de enxergar o fenômeno estudado. Esta perspectiva, chamada de interpretativista, nega a apropriação dos métodos das ciências naturais para estudar o mundo social, além de buscar entender a base da vida humana, estudando em profundidade a experiência dos indivíduos de forma subjetiva (DENZIN e LINCOLN, 2000).

Em qualquer que seja o trabalho científico, a produção do conhecimento está estreitamente associada ao seu rigor. Na literatura de metodologia da pesquisa quantitativa, mais especificamente, o rigor é caracterizado pela validade e confiabilidade do estudo, que tem por objetivo reduzir o erro dos valores observados frente aos valores ditos “verdadeiros”. Na área de empreendedorismo e inovação, essa preocupação já havia sido levantada por alguns pesquisadores, com o intuito de verificar se os trabalhos desenvolvidos e publicados na área, até então, estavam validando seus instrumentos quantitativos de forma adequada. Estes estudos oferecem um paradigma operacional para renovação de dimensões previamente não abordadas. A idéia básica é que os achados empíricos confirmatórios serão reforçados quando a validação dos instrumentos preceder tanto a validade conclusiva interna quanto estatística e que, em muitas situações, pesquisadores da área de empreendedorismo e inovação precisam validar seus instrumentos de pesquisa.

A partir deste contexto, buscou-se neste artigo descrever o processo de desenvolvimento e validação de um instrumento quantitativo específico para a área de empreendedorismo e inovação, seguindo os passos metodológicos sugeridos por Koufteros (1999). A pesquisa teve como pano de fundo os estudos sobre categorias de recursos tangíveis e intangíveis. Destacam-se como fatores relevantes do estudo, o desenvolvimento de um instrumento em forma de questionário, aplicado em trezentos e quarenta e seis empresas no estado Rio Grande do Sul, mais especificamente na região metropolitana de Porto Alegre (cento e três empresas, em oito cidades), Serra (cento e trinta e sete empresas, em oito cidades) e Litoral Norte (cento e seis empresas, em onze cidades).

O artigo está estruturado da seguinte maneira: inicialmente, apresenta-se o contexto da pesquisa, destacando-se estudos que examina as capacidades e as interações com recursos tangíveis e intangíveis – logo após, procede-se à metodologia da pesquisa onde são apresentados os antecedentes da pesquisa e adaptação do questionário, o perfil da amostra selecionada, os procedimentos de amostragem e de coleta de dados. Como resultados, são apresentados as diversas fases de validação do instrumento, como: purificação da base de dados, validação convergente e discriminante, e análise da confiabilidade das escalas. Por fim, são destacadas as principais conclusões, limitações e contribuições teóricas e práticas do estudo.

2. Contexto da Pesquisa

Muitas empresas de economias emergentes têm integrado seus esforços para alcançar uma economia em escala global (ZHU et al., 2007). Esta integração é feita através do desenvolvimento de seus recursos tangíveis e intangíveis.

O sucesso no mercado internacional necessita da construção das capacidades competitivas (HITT et al., 2004). Nos mercados emergentes freqüentemente encontra-se escassez de recursos, incluindo financeiro, administrativos, tecnológicos e inovação (AULAKH et al., 2000).

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Há um crescimento dos estudos que examinam as capacidades e as interações com recursos tangíveis e intangíveis (HITT et al., 2004; NEWBERT, 2005; ZHU et al., 2007). Segundo Galinic e Eisenhardt (2001), estes estudos estão contribuindo para o crescimento do referencial sobre capacidades dinâmicas.

Os estudos sobre capacidades dinâmicas trazem à tona a ênfase nos recursos, que são ativos da organização, podendo ser tangíveis ou intangíveis, sendo considerados as fontes das capacidades da organização (NEWBERT, 2005). Os recursos tangíveis são ativos, ou bens, que podem ser quantificados, enquanto que os intangíveis são aqueles relacionados à história da organização, tendo sido acumulados no decorrer do tempo e de difícil imitação pela concorrência. (HITT et al., 2001).

As categorias de recursos tangíveis podem ser dimensionadas em quatro recursos: tecnológicos, físicos, organizacionais e financeiros (HITT et al., 2001). Os recursos tangíveis tecnológicos podem ser expressos nos estoques de tecnologia como patentes, direitos autorais e segredos comerciais. Os recursos físicos dividem em dois: equipamentos da empresa e localização da fábrica. Os recursos organizacionais referem-se à estrutura formal de comunicação da empresa e seus sistemas formais de planejamento, controle e coordenação, grau de sofisticação e ponto de localização da fábrica e dos equipamentos da empresa. Os recursos financeiros resumem-se em capacidade de levantar capital e habilidade da empresa em gerar fundos internamente.

As categorias de recursos intangíveis podem ser dimensionadas em três recursos: humanos, de inovação e de reputação (HITT et al., 2001). Os recursos intangíveis humanos podem ser expressos na capacidade gerencial, nas rotinas desenvolvidas na organização e conhecimentos. Os recursos de inovação são sintetizados nas idéias, capacidade cientifica e capacidade de inovar. Os recursos de reputação são expressos no nome da marca, percepções de qualidade, durabilidade, confiabilidade do produto, reputação junto aos fornecedores, interação e relações de eficiência, eficácia, suporte e benefício recíproco.

Segundo De Toni e Tonchia, (2003), existe uma estreita ligação entre estratégia, recursos e competências organizacionais. A identificação das competências da organização é condição essencial para a definição de seu nível de excelência. Trata-se também do entendimento de que co-existem em uma organização diferentes tipos de competência, em seus diferentes níveis (desde o individual até o supra-social). Como comunidade, o grupo aprende e compartilha práticas e valores, ao mesmo tempo em que amadurece.

Na perspectiva de Teece et al. (1997) a competitividade de uma organização reside nos seus processos gerenciais e organizacionais, formados pela posição de seus ativos e trajetórias relacionadas à mesma.

No entanto, a posição diz respeito às propriedades correntes da organização, como tecnologia, propriedade intelectual, ativos complementares, base de clientes e relações externas com fornecedores e parceiros (TEECE et al., 1997).

Assim, um aspecto importante na elaboração da estratégia de uma empresa inovadora, em um mundo caracterizado por uma competência “schumpeteriana” é identificar as competências internas e externas que são as mais adequadas para dar suporte à produção de produtos e serviços e que podem ser expressas através das categorias de recursos tangíveis e intangíveis.

A questão de como as empresas organizam a sua capacidade de mudar em relação às transformações do ambiente é uma questão importante a ser pesquisada, principalmente no que tange ao redimensionamento de seus recursos (RINDOVA e KOTHA, 2001).

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Um elemento crítico na evolução do conhecimento e, conseqüentemente, da sua aplicação prática é a identificação de variáveis relevantes e o desenvolvimento de boas medidas para estas variáveis. A ênfase no desenvolvimento de medidas deve estar centrada em propriedades de validade e confiabilidade desejáveis (CHURCHILL, 1979).

De modo a realizar esta tarefa de forma criteriosa, uma série de modelos, sugerindo uma seqüência de passos, foi desenvolvida. Um dos trabalhos mais referenciados refere-se ao modelo desenvolvido por Churchill (1979), proveniente da área de marketing. A presente pesquisa, por sua vez, contou com os trabalhos de Straub (1989), Sethi (1991) e mais recentemente o de Koufteros (1999). Em seu artigo Koufteros (1999) descreve o método tradicional empregado para desenvolvimento e avaliação de escalas de mensuração. Esse método é composto por correlações item-total, análise fatorial exploratória tanto entre blocos como no bloco e estimação da confiabilidade utilizando o alfa de Cronbach. Pelo fato de essas técnicas serem úteis nos estágios iniciais de questionamentos empíricos onde modelos não existem e o propósito básico é a exploração, optou-se pela sua utilização neste estudo (figura 1).

Figura 1 - Modelo para validação de instrumentos Fonte: Adaptado de Koufteros (1999)

3.1 Desenvolvimento do Instrumento

Referente ao primeiro passo do processo de validação de instrumentos proposto por Koufteros (1999), o desenvolvimento do instrumento, se deu em duas etapas: a primeira caracterizou-se pela revisão de literatura, com o propósito de identificar e classificar os recursos tangíveis e intangíveis. A segunda etapa caracterizou-se pela adaptação do questionário estruturado, compreendendo recursos tangíveis e intangíveis e quatro variáveis de análise. As variáveis de análise (construção e desenvolvimento; compra e aquisição; adaptação e reestruturação) inter-relacionavam com as categorias de recursos tangíveis e

ANÁLISE FATORIAL ENTRE BLOCOS - Validade discriminante DESENVOLVIMENTO DO INSTRUMENTO •Base teórica •Definições (adaptações) •Validade de conteúdo •Pré-teste •Estudo piloto •Revisão COLETA DE DADOS

ANÁLISE FATORIAL NO BLOCO

-Teste da unidimensionalidade FIDEDIGNIDADE -Construtos e instrumento (1) (2) (3) (4) (5)

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intangíveis (tecnológicos, físicos, organizacionais, financeiros, humanos, de inovação e de reputação).

O questionário continha sete perguntas abertas (nome da empresa, ramo de atividade, localização, número de funcionários, tempo de existência da empresa, número de clientes, número de fornecedores) e vinte e oito perguntas fechadas.

As perguntas fechadas inter-relacionavam as variáveis de análise (construção e desenvolvimento; compra e aquisição; adaptação e reestruturação) e as categorias de recursos tangíveis e intangíveis (tecnológicos, físicos, organizacionais, financeiros, humanos, de inovação e de reputação).

As respostas das perguntas fechadas continham como opções: (1) alta dificuldade de executar no meu negócio, (2) dificuldade de executar no meu negócio, (3) complexidade média na execução do meu negócio, (4) facilidade de executar no meu negócio e (5) alta facilidade de executar no meu negócio.

QUESTÕES ANALISADAS NO QUESTIONÁRIO OPÇÕES

A. Categoria de recursos tangíveis: tecnológicos

A.1 Construção e desenvolvimento de novas tecnologias patenteadas na empresa. 1 2 3 4 5 A.2 Compra de novas tecnologias patenteadas para a empresa. 1 2 3 4 5

A.3 Adaptação da empresa a novas tecnologias patenteadas. 1 2 3 4 5

A.4 Reestruturação da tecnologia na empresa por novas tecnologias patenteadas. 1 2 3 4 5

B. Categoria de recursos tangíveis: físicos

B.1 Construção e desenvolvimento de uma nova planta produtiva. 1 2 3 4 5 B.2 Compra de um novo terreno, para uma nova planta produtiva. 1 2 3 4 5

B.3 Adaptação da empresa a uma nova planta produtiva. 1 2 3 4 5

B.4 Reestruturação da empresa em uma nova planta produtiva. 1 2 3 4 5

C. Categoria de recursos tangíveis: organizacionais

C.1 Construção e desenvolvimento de novas estruturas formais. 1 2 3 4 5

C.2 Compra de novas estruturas formais, trocando a forma de planejar e coordenar. 1 2 3 4 5

C.3 Adaptação da empresa a uma nova estrutura formal. 1 2 3 4 5

C.4 Reestruturação da empresa a novas estruturas formais. 1 2 3 4 5

D. Categoria de recursos tangíveis: financeiros

D.1 Construção e desenvolvimento de novas fontes de recursos financeiros internos. 1 2 3 4 5

D.2 Aquisição de novos empréstimos externos. 1 2 3 4 5

D.3 Adaptação da empresa a falta de recursos internos e externos. 1 2 3 4 5 D.4 Reestruturação da empresa pela falta de capitação de recursos internos e externos. 1 2 3 4 5

E. Categoria de recursos intangíveis: humanos

E.1 Construção e desenvolvimento de novos treinamentos para as pessoas. 1 2 3 4 5 E.2 Aquisição de novas pessoas para trabalhar na empresa. 1 2 3 4 5

E.3 Adaptação da empresa a novos funcionários. 1 2 3 4 5

E.4 Reestruturação da empresa a novos funcionários. 1 2 3 4 5

F. Categoria de recursos intangíveis: de inovação

F.1 Construção e desenvolvimento de novas idéias. 1 2 3 4 5

F.2 Aquisição de novas idéias. 1 2 3 4 5

F.3 Adaptação da empresa a novas idéias. 1 2 3 4 5

F.4 Reestruturação da empresa a novas idéias. 1 2 3 4 5

G. Categoria de recursos intangíveis: de reputação

G.1 Construção e desenvolvimento de uma marca forte, com confiança e reputação. 1 2 3 4 5 G.2 Compra de uma nova marca, com confiança e reputação no mercado. 1 2 3 4 5 G.3 Adaptação da empresa a uma nova marca construída ou adquirida. 1 2 3 4 5 G.4 Reestruturação da empresa a uma nova marca construída ou adquirida. 1 2 3 4 5

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Os itens validade de conteúdo, pré-teste, estudo piloto e revisão não obedeceram à ordem mencionada no método de Koufteros (1999).

3.2 Caracterização da Amostra

A amostra analisada nesta pesquisa continha trezentos e quarenta e seis empresas no estado Rio Grande do Sul, mais especificamente na região metropolitana de Porto Alegre (cento e três empresas, em oito cidades), Serra (cento e trinta e sete empresas, em oito cidades) e Litoral Norte (cento e seis empresas, em onze cidades).

Figura 2- Regiões e cidades pesquisadas

Da amostra analisada 75% das empresas tinham menos de cinqüenta funcionários e 25% tinham acima desse número; 45% tinham menos de dez anos no mercado e 55% acima desse número; 43,6% tinham menos de cem clientes e 56,4% tinham acima desse número; 90,8% tinham menos que cem fornecedores e 9,2% tinham acima desse número.

4. Análise de Dados

Uma vez coletados os questionários, foi realizada a digitação dos dados para o

software estatístico SPSS (Statistical Package for Social Sciences), sendo o mesmo utilizado

para a análise nos procedimentos de estatística descritiva e multivariada. Os dados foram submetidos aos seguintes testes estatísticos, a fim de se realizar a validação de construto e confiabilidade do instrumento: (a) Purificação da Base de Dados, excluindo da amostra questionários mal preenchidos e possíveis outliers; (b) Testes de Kaiser-Meyer-Olkin

(KMO) a fim de identificar a adequação das amostras e o teste de esfericidade de Bartlett

que indica se as variáveis do instrumento estão correlacionadas, possibilitando a realização da análise fatorial; (c) Realização da análise fatorial entre blocos (validade discriminante) que busca verificar a interdependência entre os indicadores dispostos em um questionário, com o intuito de gerar uma compreensão da estrutura fundamental das perguntas e combiná-las em

CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA

TOTAL DE ENTREVISTADOS = 346 REGIÕES E CIDADES PESQUISADAS NO RIO GRANDE DO SUL

CIDADES: METROPOLITANA = 103 Alvorada = 10; Cachoeirinha = 14; Canoas = 07; Esteio = 08; Gravatai = 08; Novo Hamburgo = 09 Porto Alegre = 25; Viamão = 13

SERRA GAÚCHA = 137 CIDADES: Bento Gonçalves = 09; Carlos Barbosa = 24 Caxias do Sul = 18; Farroupilha = 07 Garibaldi = 27; Gramado = 09 Nova Petropólis = 18; Picada Café = 11 LITORAL NORTE = 106

Boa Vista do Sul = 07 ; Capão da Canoa = 23; Cidreira =07;

Guaporé = 07; Imbé = 06; Maquiné = 06; Palmares do

Sul = 05; Osório = 23; Santo Antônio da Patrulha = 14; Terra da Areia = 04; Tramandai = 27 CIDADES: 1 a 50 75,1% 1 a 50 67,1% 1 a 50 27,2% 1 a 5 22,2% 51 a 100 17,3% 51 a 100 23,7% 51 a 100 16,5% 6 a 10 27,7% 101 a 200 4% 101 a 200 5% 101 a 200 14,7% 11 a 20 24,9% 201 a 500 2,3% 201 a 500 1,4% 201 a 500 20,8% Acima de 20 20,2%

Acima de 500 1,2% Acima de 501 2,9% Acima de 501 20,8%

Anos no Mercado Número de Funcionários Número de Fornecedores Número de Clientes

CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA

TOTAL DE ENTREVISTADOS = 346 REGIÕES E CIDADES PESQUISADAS NO RIO GRANDE DO SUL

CIDADES: METROPOLITANA = 103 Alvorada = 10; Cachoeirinha = 14; Canoas = 07; Esteio = 08; Gravatai = 08; Novo Hamburgo = 09 Porto Alegre = 25; Viamão = 13

SERRA GAÚCHA = 137 CIDADES: Bento Gonçalves = 09; Carlos Barbosa = 24 Caxias do Sul = 18; Farroupilha = 07 Garibaldi = 27; Gramado = 09 Nova Petropólis = 18; Picada Café = 11 LITORAL NORTE = 106

Boa Vista do Sul = 07 ; Capão da Canoa = 23; Cidreira =07;

Guaporé = 07; Imbé = 06; Maquiné = 06; Palmares do

Sul = 05; Osório = 23; Santo Antônio da Patrulha = 14; Terra da Areia = 04; Tramandai = 27 CIDADES: 1 a 50 75,1% 1 a 50 67,1% 1 a 50 27,2% 1 a 5 22,2% 51 a 100 17,3% 51 a 100 23,7% 51 a 100 16,5% 6 a 10 27,7% 101 a 200 4% 101 a 200 5% 101 a 200 14,7% 11 a 20 24,9% 201 a 500 2,3% 201 a 500 1,4% 201 a 500 20,8% Acima de 20 20,2%

Acima de 500 1,2% Acima de 501 2,9% Acima de 501 20,8%

Anos no Mercado Número de Funcionários Número de Fornecedores Número de Clientes

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novos fatores (HAIR et al., 2002); (d) Realização da análise fatorial nos blocos (validade convergente) a fim de verificar se as práticas constituintes dos fatores estavam fortemente associados entre si e se representavam um conceito único, garantindo unidimensionalidade (HAIR et al., 2002); e (e) Consistência Interna (Alfa de Cronbach) a fim de estimar a confiabilidade das medições empíricas.

4.1 Purificação da Base

A fim de se prepararem os dados para as análises subseqüentes, buscou-se primeiramente purificar a base de dados, eliminando questionários de respondentes considerados outliers (aqueles que deixaram um grande número de questões em branco ou que utilizaram apenas um ou dois pontos da escala intervalar). Executou-se primeiramente a análise de freqüência para todas as questões (práticas) do questionário a fim de verificar a existência de um grande número de não-respostas (missing) nas questões. Essa é uma forma de identificar questões que não foram bem compreendidas pelos respondentes, talvez por não terem sido bem traduzidas ou formuladas. Nenhuma questão foi eliminada neste estágio, pois nenhuma apresentou um número expressivo (maior que cinco) de não-respondentes.

Em um segundo momento, foram analisados os questionários respondidos, sendo eliminados aqueles cujos respondentes tinham utilizado apenas um ou dois pontos da escala Likert em todas as respostas, o que totalizou cinco questionários eliminados. O uso de apenas dois pontos caracteriza uma resposta dicotômica e não intervalar, o que interfere na interpretação dos testes estatísticos de validação.

Em um terceiro momento foram eliminados da base de dados os questionários cujos respondentes não haviam respondido mais do que 10% das questões. Assim, como o questionário possuía 28 questões, foram eliminados os questionários que apresentaram pelo menos três questões não respondidas, totalizando cinco questionários. O processo de purificação da base de dados acabou por retirar da base de dados um total de dez questionários, restando um total de 336 observações.

4.2 Análise Fatorial Exploratória Entre Blocos (Validade Discriminante)

Antes de se proceder ao passo 3 do processo de validação, foram realizados os testes de Kaiser-Meyer-Olkin (KMO) de adequação das amostras e o teste de esfericidade de Bartlett que indica se as variáveis encontram-se correlacionadas, possibilitando a utilização da técnica de análise fatorial. No caso do teste KMO obteve-se como resultado 0,777i representando uma adequação muito boa dos dados à análise fatorial (KAISER apud PEREIRA, 1999) e no teste de Bartlett obteve-se o nível de significância igual à 0,000ii que é considerado muito bom. Os 28 itens foram avaliados por 336 respondentes, o que dá uma média de doze respondentes por questão, acima do limite mínimo de cinco observações para cada questão avaliada a fim de evitar que os fatores extraídos pela análise fatorial sejam específicos da amostra, sem possibilidade de generalização (HAIR et al., 2002).

Verificada a adequação da amostra para a realização da análise fatorial exploratória, partiu-se para o passo 3 do processo de validação de instrumentos proposto por Koufteros (1999). A realização da análise fatorial buscou verificar a interdependência entre os indicadores dispostos no questionário, com o intuito de gerar uma compreensão da estrutura fundamental das perguntas e combiná-las em novos fatores (HAIR et al., 2002). Essa técnica é principalmente útil nos primeiros estágios de análise de um estudo exploratório, quando não se tem uma forte teoria. Permite determinar variáveis não observáveis diretamente fazendo uso de um conjunto de práticas fortemente correlacionados, além de explicar a variação de um número relativamente grande de variáveis (itens) usando poucos fatores recém criados.

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Agrupam-se os indicadores em fatores, apontando aqueles atributos redundantes, que estão medindo a mesma variável.

O passo 3 é caracterizado pela realização da análise fatorial exploratória entre blocos ao invés de realizar a mesma no bloco. Isso se deve ao fato de que a primeira possibilita identificar mais facilmente grupos de questões fortemente correlacionadas, além do fato de se obter a validade discriminante.A mesma é inferida quando medidas de cada fator convergem em seus respectivos escores, que são únicos em relação aos escores dos outros fatores (CHURCHILL, 1979). Fornell e Lacker (1981) sugerem que a validade discriminante existe se os indicadores compartilham mais variância comum com seus respectivos fatores do que qualquer variância que um fator compartilha com os demais.

Para a realização da análise fatorial, partiu-se dos conceitos desenvolvidos e modelos referenciais ao qual a pesquisa se baseia. Assim, definiu-se como forma de extração o número de fatores igual a 7, mesmo número de categorias de recursos proposto para esta pesquisa. Extraíram-se os componentes principais (através do método de extração ACP - Análise de Componentes Principaisiii) a partir dos 28 itens, aplicando-se a rotação ortogonal Varimax para discriminar melhor a pertença das variáveis aos componentes identificados (HAIR et al., 2002). A formação dos fatores obedeceu a dois critérios: o grau de associação entre as variáveis, encontrado através das cargas fatoriais, e o grau de subjetividade (AAKER e DAY, 1989).

Foi eliminado um item (G.1- Construção e desenvolvimento de uma marca forte, com confiança e reputação no mercado) que apresentou baixa variância comum (menor que 0,5) (LEWIS e BYRD, 2003).

A realização da análise fatorial exploratória permitiu discriminar os fatores e confirmar na prática as sete categorias identificadas a partir da literatura, sendo elas:

Tecnológicos, Físicos, Organizacionais, Humanos, Financeiros, Inovação e Reputação.

Os fatores extraídos, explicações das variâncias parciais e total, práticas constituintes, cargas fatoriais das práticas (correlações simples entre as variáveis e os fatores) bem como suas comunalidades, porção da variância que uma variável compartilha com todas as outras variáveis consideradas sendo também a proporção de variância explicada pelos fatores comuns (MALHOTRA, 2002), podem ser vistas na tabela 1.

Práticas

Estrutura Fatorial (carga fatorial e comunalidades) Fator 1 – Recursos tangíveis: organizacionais (variância explicada = 25,99%)

C.1 Construção e desenvolvimento de novas estruturas formais. 0,624 / 0,636 C.2 Compra de novas estruturas formais, trocando a forma de planejar, controlar e

coordenar. 0,739 / 0,708

C.3 Adaptação da empresa a uma nova estrutura formal. 0,845 / 0,818

C.4 Reestruturação da empresa a novas estruturas formais. 0,859 / 0,817

Fator 2 - Recursos tangíveis: inovação (variância explicada = 9,88%)

F.1 Construção e desenvolvimento de novas idéias. 0,795 / 0,692

F.2 Aquisição de novas idéias. 0,733 / 0,661

F.3 Adaptação da empresa a novas idéias. 0,810 / 0,702

F.4 Reestruturação da empresa a novas idéias. 0,724 / 0,626

Fator 3 – Recursos tangíveis: tecnológicos (variância explicada = 7,30%)

A.1 Construção e desenvolvimento de novas tecnologias patenteadas na empresa. 0,653 / 0,555 A.2 Compra de novas tecnologias patenteadas para a empresa. 0,815 / 0,718

A.3 Adaptação da empresa a novas tecnologias patenteadas. 0,805 / 0,746

A.4 Reestruturação da tecnologia existente na empresa por novas tecnologias patenteadas.

0,687 / 0,656 Fator 4 – Recursos tangíveis: físicos (variância explicada = 7,06%)

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B.1 Construção e desenvolvimento de uma nova planta produtiva, com novos

equipamentos. 0,699 / 0,555

B.2 Compra de um novo terreno, para uma nova planta produtiva, com novos

equipamentos. 0,707 / 0,647

B.3 Adaptação da empresa a uma nova planta produtiva, com novos

equipamentos. 0,835 / 0,822

B.4 Reestruturação da empresa em uma nova planta produtiva, com novos equipamentos.

0,773 / 0,698 Fator 5 – Recursos intangíveis: humanos (variância explicada = 5,98%)

E.1 Construção e desenvolvimento de novos treinamentos para as pessoas que

trabalham na empresa. 0,590 / 0,451

E.2 Aquisição de novas pessoas para trabalhar na empresa. 0,749 / 0,603

E.3 Adaptação da empresa a novos funcionários. 0,843 / 0,746

E.4 Reestruturação da empresa a novos funcionários. 0,752 / 0,669

Fator 6 – Recursos intangíveis: reputação (variância explicada = 5,62%)

G.2 Compra de uma nova marca, com confiança e reputação no mercado. 0,706 / 0,628 G.3 Adaptação da empresa a uma nova marca construída ou adquirida. 0,904 / 0,851 G.4 Reestruturação da empresa a uma nova marca construída ou adquirida. 0,873 / 0,839 Fator 7 – Recursos tangíveis: financeiro (variância explicada = 5,00%)

D.1 Construção e desenvolvimento de novas fontes de recursos financeiros

internos. 0,527 / 0,420

D.2 Aquisição de novos empréstimos externos. 0,559 / 0,381

D.3 Adaptação da empresa a falta de recursos internos e externos. 0,844 / 0,733 D.4 Reestruturação da empresa pela falta de capitação de recursos internos e

externos. 0,767 / 0,670

Escala Total (variância explicada = 66,84%)

Tabela 1 – Estrutura Fatorial dos itens do instrumento após rotação Varimax

O conjunto de fatores extraídos explica 66,84% da variância total, o que é muito bom se tratando de pesquisas sociais, onde a informação é freqüentemente menos precisa. (HAIR et al., 2002).

4.1.1 Análise Fatorial Intra-Bloco (Unidimensionalidade)

Após a confirmação dos fatores, procedeu-se a uma Análise Fatorial Exploratória (AFE) nos blocos para observar a unidimensionalidade dentro do conjunto de práticas em cada fator. Koufteros (1999) afirma que poucos pesquisadores têm feito uso da AFE nos blocos e que o resultado da aplicação desta metodologia revela se uma prática está presente em outro fator, comprometendo a confiabilidade do mesmo.

Discriminados os sete fatores, procedeu-se a comparação do modelo teórico com o conteúdo de cada fator. Observando-se que todos os fatores extraídos estavam de acordo com a literatura, procedeu-se à verificação de suas unidimensionalidades (convergências) a fim de verificar se as práticas constituintes dos fatores estavam fortemente associados entre si e se representavam um conceito único (HAIR et al., 2002). Partiu-se para o passo 4 do processo proposto por Koufteros (1999) que corresponde à realização de análise fatorial intra-bloco a fim de se determinar a adequação e avaliação de unidimensionalidade. Uma condição que deve ser satisfeita para se rodar a análise fatorial no bloco é que cada bloco (construto) possua pelo menos três indicadores a fim de que a AFE no bloco tenha graus de liberdade disponíveis para testar a hipótese de unidimensionalidade (WERTS et. al, 1974).

Para a verificação das unidimensionalidades, pegou-se cada conjunto de itens que representavam um fator e executou-se novamente a AFE para esse fator, a fim de verificar se os itens continuavam formando um bloco único. Repetiu-se esse processo até que todos os fatores fossem avaliados, sendo a unidimensionalidade confirmada para todos os fatores. A Tabela 2 apresenta as cargas resultantes dessa análise. Pode se verificar que a carga fatorial

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mais baixa foi a de 0,640 (E1), sendo 0,45 o valor mínimo sugerido para manutenção de uma prática nesse tipo de análise (LEWIS e BYRD, 2003).

Fatores/Blocos Item do

questioná rio

Organiz

acionais Inovação Tecnológicos Físicos Humanos Reputação Financeiros C1 ,799 C2 ,846 C3 ,884 C4 ,871 F1 ,799 F2 ,824 F3 ,833 F4 ,784 A1 ,728 A2 ,819 A3 ,838 A4 ,810 B1 ,731 B2 ,746 B3 ,887 B4 ,828 E1 ,640 E2 ,741 E3 ,854 E4 ,819 G2 ,809 G3 ,909 G4 ,896 D1 ,678 D2 ,587 D3 ,815 D4 ,808

Tabela 2 – Cargas dos itens nos fatores / Teste de Unidimensionalidade 4.1.2 Confiabilidade e Consistência Interna

Após a confirmação da unidimensionalidade dos sete fatores extraídos pode-se avançar para a última etapa do processo de validação de instrumentos que é avaliar a consistência interna dos fatores.

A estimação da confiabilidade é deixada por último porque na ausência de um construto válido, a confiabilidade é quase irrelevante (KOUFTEROS,1999). Dessa forma utilizou-se o coeficiente alfa de Cronbach, que é a estatística mais utilizada para verificar a coerência interna de um conjunto de itens, determinando a confiabilidade de uma medida. Gerbing e Anderson (1988) sugerem que para a computação do coeficiente do alfa de Cronbach, deve-se assumir que (1) as práticas já formam um conjunto unidimensional e (2) as práticas têm iguais confiabilidades (NUNNALY, 1978). Quanto mais alto for o valor do alfa, que varia de 0 a 1, maior é a consistência interna da medida. Para estudos exploratórios

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sugerem-se valores acima de 0,60 e para pesquisas confirmatórias 0,70 (ROBINSON apud HAIR et al., 2002).

Nessa pesquisa os coeficientes de coerência interna dos fatores obtidos mostraram-se satisfatórios para a característica exploratória da mesma. Os valores de alfa de Cronbach para cada fator e para o instrumento como um todo podem ser vistos na tabela 3.

Critérios (fatores) α Cronbach

Organizacionais 0,87 Inovação 0,82 Tecnológicos 0,81 Físicos 0,81 Humanos 0,76 Reputação 0,84 Financeiros 0,69 Total 0,88

Tabela 3 – Consistência interna dos fatores 5. Considerações Finais

A questão de como as empresas organizam a sua capacidade de mudar em relação às transformações do ambiente é uma questão importante a ser pesquisada, principalmente no que tange ao redimensionamento de suas estruturas (RINDOVA e KOTHA, 2001). Entender como as empresas estruturam suas capacidades frente às mudanças, configurando toda sua a estrutura é fundamental para o desenvolvimento de suas estratégias.

Um grande resultado desse estudo foi a adaptação e execução do processo tradicional do paradigma de construção e medição de instrumentos proposto por Koufteros (1999). No Brasil, poucos trabalhos acadêmicos na área de administração fizeram uso de tal procedimento metodológico.

A execução do paradigma proposto por Koufteros (1999): (a) purificação da base de

dados; (b) testes de Kaiser-Meyer-Olkin (KMO); (c) teste de esfericidade de Bartlett; (d)

realização da análise fatorial confirmatória entre blocos-validade discriminante; (d)

análise fatorial intra-blocos-unidimensionalidade; e (e) consistência interna (Alfa de

Cronbach) mostrou-se bastante útil no processo de validação sendo o mesmo recomendado para estudos e pesquisas futuras na áreas da administração.

O processo de refinamento do instrumento de pesquisa resultou em um questionário formado por 7 categorias de recursos e 27 itens (questões) adequado à realidade brasileira. O instrumento final acabou sendo o grande objetivo dessa pesquisa, cumprindo um dos objetivos estabelecidos no início da investigação. A obtenção desse instrumento é de grande valia uma vez que a partir de sua posse, pode-se realizar medições sistemáticas com relação à capacidade da empresa para integrar, construir e reconfigurar internamente e externamente suas competências.

Com relação às limitações do trabalho pode ser citada a não realização da etapa de pré-teste conforme sugere o método de Koufteros (1999). Devido à disposição seqüencial dos itens pertencentes ao mesmo construto, pode ter ocorrido efeito halo, o que pode ter influenciado as respostas dos respondentes.

Com relação à possibilidade de estudos futuros, é sugerido pelos autores a realização de pesquisas utilizando a metodologia de Koufteros (1999), seguida neste trabalho, para a validação de outros instrumentos na área de empreendedorismo e inovação.

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i Índice usado para avaliar a adequação da análise fatorial. Valores altos (entre 0,5 e 1) indicam que a análise fatorial é apropriada. Valores abaixo de 0,5 indicam que a análise fatorial pode ser inadequada .(Malhotra, 2002, p.505)

ii O nível de significância dá o resultado do teste. Valores muito pequenos (menos do que .05) indicam que provavelmente há relacionamentos significantes entre as variáveis. Um valor maior do que .10 indica que os dados não são adequados para a análise fatorial. (Results Coach, SPSS)

3 Recomenda-se a análise de componentes principais quando a preocupação maior é determinar o número mínimo de fatores que respondem pela máxima variância nos dados. (Malhotra, 2002, p.507)

Referências

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