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Os efeitos da eletrolipólise na redução de adiposidade localizada abdominal

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Academic year: 2021

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Os efeitos da eletrolipólise na redução de adiposidade

localizada abdominal

Tábata Larissa Regina Ferreira Guimarães¹ tabatafisio2@gmail.com Dayana Priscila Maia Mejia²

Pós-graduação em Fisioterapia Dermatofuncional – Faculdade Cambury

Resumo

O tecido adiposo é ricamente inervado pelas fibras pós-ganglionares do sistema nervoso autônomo simpático que secretam noradrenalina. A noradrenalina ativa lípase do tecido adiposo com objetivo de aumentar a hidrólise de triglicerídeo, utilizando correntes menores, que estimule o organismo a secretar estas substâncias auxiliando no processo de lipólise. Tendo uma atuação nos gânglios pré-simpático teremos efeitos mais sistêmicos no corpo, liberando assim quantidade de noradrenalina. A eletrolipólise é uma técnica que consiste na aplicação de corrente elétrica com pulsos de freqüências menores utilizando agulhas finas, na junção derme-hipoderme atuando diretamente no nível dos adipócitos e dos lipídios acumulados, produzindo lipólise e assim favorecendo sua eliminação. O estimulo circulatório produzido pela corrente continua, interrompida ou não, tem uma grande importância na drenagem da área. As agulhas são colocadas de forma que cubram toda a área a tratar. O objetivo desse estudo é avaliar os efeitos da utilização da eletrolipólise na redução da adiposidade abdominal. Para tal foi realizada revisão de literatura. Foram utilizados artigos científicos, livros e revistas relacionadas com o tema. A análise do estudo demonstrou haver diminuição significativa da perimétria. Desta forma, o estudo demonstra que a eletrolipólise pode ser usada como recurso eficaz no tratamento da gordura localizada.

Palavras-Chave: Tecido adiposo; Eletrolipólise; Efeitos.

1- Introdução

A obesidade pode ser considerada um aumento das reservas nutricionais, tendo um desequilíbrio de sua ingestão e a necessidade diária da mesma. Estão presente tantos em países desenvolvidos como em vias de desenvolvimento, no nível infantil e adulto (HIRSCH, 1970; WRIGHT, 1939).

Segundo Bjorntorp et al.(1971) os adipócitos da região abdominal tem pouco poder de proliferação e diferenciação, assim sendo acumulam grande quantidade de triglicerídeos.

A principal função do tecido adiposo é ser o depositador de acido graxos, em forma de triglicerídeos sendo o maior reservatório energético (RENOLD et al., 2000).

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Pós graduando em Fisioterapia Dermatofuncional

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Orientadora: Fisioterapeuta, Especialista em Metodologia do Ensino Superior, Mestre em Bioética e Direito em Saúde

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O tecido adiposo representa um reservatório de energia, principalmente nos períodos de jejum prolongado, para uma forma de proteção contra o frio ou devido o organismo esta sujeito a atividade física (JUNQUEIRA, 1999; GUIRRO et al.,2002).

As células do tecido adiposo são fibroblastos modificados, tem a capacidade de armazenar triglicerídeos quase puros, equivalentes a 80 a 95% de seu volume (GUYTON & HALL, 1996).

A eletrolipólise é uma técnica para tratamento das adiposidades e acúmulo de ácidos graxos localizados (ASSUMPÇÃO et al., 2006). Caracteriza-se por aplicações de microcorrentes de baixa freqüência que atua diretamente no nível dos adipócitos e dos lipídeos acumulados, que conseqüentemente produz uma destruição favorecendo à sua eliminação (SORIANO et al.,2000).

2. Célula

A célula é unidade estrutural ou morfológica do corpo, assim como unidade funcional ou fisiológica. O corpo humano desenvolve-se de uma única célula, o ovo fertilizado. Repetidas divisões resultam em muitos tipos de células, diferenciando uma das outras em composição e em função; a maioria das suas estruturas básicas é comum a todas as células (JACOB, FRANCONE, LOSSOW, 1990)

O protoplasma é a substância viva que vai compor o organismo. Com pequenos aumento o protoplasma aparece como uma massa viscosa e amorfa (GARDNER & OSBURN, 1980)

Essa massa é organizada em parcelas de minutas substâncias vivente, as células, que são as unidades de estrutura do organismo. O pioneiro da microscopia. Van Leeuwenhoek dividiu formas celulares com toscas lentes (CRUZ, 2008).

Em 1660, o italiano Marcello Malpighi usou a invenção para estudo das partes internas de animais e plantas. Foi um pioneiro da microbiologia, ramos da ciência que explora minúsculas partes dos organismos vivos (CRUZ, 2008).

Em 1665, o cientista inglês Robert Hooke lançou um livro chamado micrografia, no qual descrevia suas observações da gama de matérias: penas de aves, casca de arvore e insetos. Em seus estudos ele utilizou um objeto bem diferente do microscópio atual, que aumentava quarenta vezes mais a imagem. Ao examinar um pedaço de cortiça, que é uma casca macia de árvore. Hooke percebeu que se apresentavam pequenas cavidades. Ele denominou que viu célula, pois cela em latim significa cavidades. De fato oque realmente ele observou foram minúsculas cavidades, pois a cortiça é formada por células mortas e vazias. Ele não chegou a constatar que a célula é a unidade básica de todos os seres vivos (CRUZ, 2008; GOWDAK et al., 2012).

O ser humano tem seu corpo composto de um grande número de células, todas com organização semelhante. Há muitas células, que se associam no organismo formando tecidos (GOWDAK et al., 2012).

A célula é a menor unidade do organismo vivo capaz de realizar processos vitais. A maioria delas respira, nutre-se, reproduz e é sensível. Pode-se dizer que por tudo isso a célula funciona como verdadeiro organismo vivo (CUZ, 2008).

O ser humano é constituído de cerca de 100 trilhões de células. De todas à maior é a célula sexual feminina, o óvulo. As demais são invisíveis ao olho nu (CRUZ, 2008 GOWDAK et al., 2012).

Em 1670 ainda usando um instrumento simples Leeuwenhoek conseguiu observar organismo unicelular presente numa poça de água. Foi o primeiro à descrever varias formas de bactérias (CRUZ, 2008).

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A célula é a unidade básica da vida é conhecida como teoria célula. Essa idéia desenvolveu-se por meio de uma observação microscópicas da estrutura. A teoria foi formulada por dois cientistas alemães, Mathias Schelden (1804 – 1881) e Theodor Schwan (1810 – 1882), nos anos de 1838 e 1839. Concluíram que a célula é a unidade básica da vida e que todas as plantas e todos os animais são constituídos por célula (GOWDAK et al., 2012).

Em 1855, Rudolf Virchow (1821-1902), baseando-se em outros estudos conclui que toda célula se origina de outra célula. O biólogo Walther Flemming (1843-1905) não só confirmou a proposta de Virchow, como, em 1878, provou que a quando a célula se divide ela produz duas células filhas (CRUZ, 2008; GOWDAK el al., 2012).

Tal fato demonstra que a célula não é só a unidade estrutural, mas também a unidade de desenvolvimento de todos os organismos vivos (GOWDAW et al., 2012).

Resumindo a teoria celular afirma que a maioria do organismo tem uma estrutura celular e que a célula é a unidade fundamental de sua atividade vital, de sua reprodução e de seu desenvolvimento (CRUZ, 2008; GOWDAW et al., 2012).

2.1 Vista Geral da Célula

A célula não corada aparece com pequenas esferas de geléia transparentes. Tratada com reagentes químicos para coloração, o protoplasma sofre precipitação de seus eletrólitos e coagulação de suas proteínas. Após coloração a célula parece ter uma densa membrana externa, um protoplasma amorfo ou e um corpo central muito denso, o núcleo. A granularidade esconde inúmeros elementos submicroscopicos e um labirinto protoplasmático sobe dentro misturam e interagem numerosos complexos protéicos, carboidratos e gordura. As incontáveis interfaces físicas possibilitadas pelo arcabouço permitem processamento simultâneo de muitas reações metabólicas, aceleradas pelas forças catalíticas das enzimas. Estas reações relacionam-se pela nutrição da célula, suas atividades energéticas ou seus produtos específicos (GARDNER & OSBURN, 1980). 2.2 Base química do protoplasma

A complexa estrutura química da célula reduz a substância de natureza molecular muito simples. Esta se combinando em agregados maiores, as macromoléculas, de três tipos distintos da célula: proteínas, ácidos nucléicos e polissacarídeos (CRUZ, 2008).

As proteínas são fornecidas para célula pela digestão e absorção de alimentos, e seus transportes para os tecidos. Ao ser utilizado pela célula, à proteína é reduzida à forma mais simples, a molécula de aminoácidos. Para combinarem aminoácidos em cadeias macromoleculares, as péptides, as células usam energia. As cadeias alongam-se em polipéptides por polimerização; Os ácidos nucléicos são combinados de aminoácidos, açúcares e fosfatos. Os ácidos são importantes na síntese das proteínas, responsáveis pelo armazenamento e transferência de informações genéticas sobre o individuo e suas células durante a reprodução e o desenvolvimento. São dois tipos de ácidos: o DNA (ácido desoxirribonucléico) e o RNA (ácido ribonucléico) e o polissacarídeos são macromoléculas resultantes da polimerização de muitos açúcares simples (GARDENER & OSBURN, 1980).

A célula pode ser descrita por uma unidade envolvida por membrana e constituída por citoplasma e núcleo. A membrana celular controla a entrada e saída de substancia da célula e o citoplasma é a maior porção da célula, compreendido entre a membrana e o núcleo. Seus componentes são a água e a proteína. E são encontrados corpúsculos que são os pequenos órgãos da célula, são denominadas organelas entre elas destacam: o

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reticulo endoplasmático sistemas de canais e tubos onde circulam matérias e ocorrem reações químicas; mitocôndria as centrais energéticas das células que fornecem energia para as atividades da célula; ribossomos às membranas do reticulo endoplasmático e envolvido na síntese de proteínas; complexo de golgiense armazena temporariamente matérias sintetizadas por outros constituintes da célula e os transporta; lisossomo organelas típicas das células animais, encarregadas da digestão células e os centríolos na maioria das células eucariontes têm função relacionados com a divisão celular. O núcleo funciona como centro de controle da célula (CRUZ, 2008; GOWDAW et al., 2012). 2.2.1 Membrana Celular

Na periferia da célula, pode espessar-se em uma membrana limitante. Esta pode ser perfurada por micromanipulação (GARDNER & OSBURN, 1980).

Em algumas células a estrutura da membrana plasmática as moléculas protéicas estariam encaixadas entre camadas biomolecular de lipídios. Algumas proteínas teriam papel enzimático, podendo alterar a sua forma e, assim abrir ou fechar uma determinada passagem de maneira permitindo ou impedindo o fluxo de certas substancias. Além de portões a membrana esta em constante deslocamento (PAULINO, 1998).

A membrana celular é a película que evolve e protege a célula e também pode ser chamada plasmalema, consiste de três camadas, sendo, pois uma membrana limitante trilaminar. A membrana-unidade é a forma padrão da estrutura na superfície de todas as celulases, às vezes constitui a superfície de elementos que necessitam uma membrana limitante. As macromoléculas constituídas na membrana-unidade são formadas por combinações de proteínas, lipídicas e íons fosfatos. As macromoléculas agregam de modo deixar aberturas entre elas. Os poros permitem passagens seletivas de elementos, por difusão para dentro e para fora. Às vezes apresenta polissacarídeos cobrindo a membrana-unidade; é uma forma de defesa contra os germes ou toxinas (GARDNER & OSBURN, 1980; CRUZ, 2008).

As especializações da membrana é microvilosidade que são envaginações que ocorrem em certos epitélios com função de aumentar a superfície de contato com os alimentos e conseqüentemente garantir uma absorção eficiente (JACOB, FRANCONE, LOSSOW, 1990)

2.2.2 Núcleo

É um corpo viscoso denso, composto por complexas proteínas, chamado núcleo. Ele contém material cromossômico responsável em preservar e reproduzir traços genéticos, e além de regular o metabolismo e a função celular (GARDNER & OSBURN, 1980; PAULINO, 1998).

O núcleo situa-se geralmente na parte celular onde é máxima atividade metabólica. Exemplo nas células glandulares altas, o núcleo encontra-se à base, onde é intensa a atividade secretora (GARDNER & OSBURN, 1980).

No núcleo estão os cromossomos, que se encontram todas as informações da hereditariedade, transmitida de geração a geração. Cada cromossomo é formado por genes, responsáveis pela característica que herdamos de nossos pais (CRUZ, 2008). O controle da atividade metabólica e da síntese de macromoléculas na célula acredita-se que é função do núcleo. A regulação do processo genético crê-se que também é dirigida pelo núcleo, devido aos cromossomos. O material cromatínico visível no núcleo de célula que não está em divisão é DNA disperso (GARDNER & OSBURN, 1980; CRUZ, 2008).

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No interior do núcleo apresenta um corpo esférico e denso que se chama nucléolo, que contém outra nucleoproteína é proeminente em células que sintetizam proteína. O RNA entra no nucléolo e, depois sai pelos poros, para o protoplasma da célula, como se fosse um mensageiro. É provável que o nucléolo contenha nucleoproteína de DMA provida de informações genéticas passada àquele RNA mensageiro para uso fora do núcleo. O nucléolo é menos evidente nas células inativas, pois nas células em degeneração ele murcha (GARDNER & OSBURN, 1980; PAULINO, 1998).

2.2.3 Citoplasma

O restante do protoplasma da célula é chamado citoplasma. É limitado por membrana celular e pode ser imaginado como contendo o núcleo (GARDNER & OSBURN, 1980). No interior do citoplasma encontram-se elementos mofos, além do arcabouço protéico submicroscópico. Esse conteúdo citoplasmático inclui vários elementos. Alguns são partes vivas (organelas), enquanto outros, inertes, são produtos da atividade celular ou substâncias através da membrana da célula. As mitocôndrias e o aparelho de golgi são exemplo de organelas (PAULINO, 1998).

As mitocôndrias são cilindras conhecidas como centrais energéticas. São pregueadas internamente, constituídas por gordura ou combinações de gordura e proteínas. É sede de atividades enzimáticas que catalisam reações químicas no citoplasma. O aparelho de golgi armazena temporariamente materiais sintetizados. É um elemento tubular espiralado, situado junto ao núcleo; relaciona-se com a secreção celular (GARDNER & OSBURN, 1980; GOWDAW et al, 2012).

As inclusões têm forma de vacúolos, grânulos, pigmentos e partículas. As substâncias nutritivas recém-entradas na célula têm, freqüentemente, uma densidade do citoplasma; estas substâncias coletam gotículas chamadas vacúolos. As secreções elaboradas pelas células são vistas inicialmente como minúsculas gotículas, que crescem com o prosseguimento da atividade secretória. Em algumas células à atividade pode associar-se a substâncias pigmentadas ou formação delas, que dão sua cor própria. Outras partículas no interior de algumas células podem ser detritos ou germes englobados pela célula ou devidos a deteriorização da própria célula (CRUZ, 2008).

O reticulo endoplasmático são dois: o granular apresenta corpúsculos esféricos fixos à face externa do reticulo. Estes corpúsculos são ribossomos que, quando fixos, elaboram proteínas. Acredita-se que o RNA mensageiro leva informações de código genético do núcleo para o citoplasma. Outra forma, é o RNA de transferência, toma um único aminoácido do citoplasma e o leva à superfície de um ribossomo, onde outros aminoácidos são com ele polimerizados em uma cadeia peptídea e, depois, uma proteína (PAULINO, 1998).

O tipo liso de reticulo endoplasmático não possui ribossomos. Relaciona-se com o metabolismo de gordura e o armazenamento de carboidratos, como glicogênio (GARDNER & OSBURN, 1980).

Em algumas células há canais isolados que formam um sistema de microtúbulos; um tipo de organela bem ativa nas atividades secretoras é o complexo de golgi, apresenta-se como sistema de seios achatados, empilhados como pratos próximos ao núcleo. Associado tem o vacúolo quando a célula está secretando ativamente. Este aparelho é continuo com ambos os tipos de reticulo endoplasmático. Relatam que os produtos inacabados percorrem os canais do reticulo até o complexo de golgi onde são sintetizadas enzimas ou secreções que, envoltas, são liberadas, como vacúolos ou grânulos de secreção. As enzimas relacionadas com a formação de gordura aparecem como densos vacúolos, lipossomos, aos corpúsculos densos e mais granulares, são

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vistos como esferas envoltas por membrana, que contem enzimas hidrolíticas, e são chamadas lisossomos (GOWDAW et al, 2012).

As mitocôndrias aparecem no citoplasma como bastonete de complexas pregas internas, com membrana–unidade trilaminar. Os bastonetes são ocos e a membrana projeta internamente em cristas. As mitocôndrias parecem ter uma maquina produtora de energia, aparte de substância alimentar, como o trifosfato de adenosina ATP. Desempenham esse papel usando oxigênio que atravessa a membrana mitocondrial. As mitocôndrias produzem enzimas relacionadas com o metabolismo de gorduras. Essas organelas possuem seu próprio DNA e reproduz por brotamento. São muito suscetíveis a qualquer processo nocivo à célula, e sofrem rapidamente processos degenerativos (GARDNER & OSBURN, 1980)

3. Fisiologia da célula

Toda a atividade, que você realiza num dia precisa produzir e “quebrar” substância o tempo todo. A cada instante da sua vida, ocorre nas células um movimento incessante de substância agindo entre si para formar outras. Ao conjunto de todas as reações químicas que acontece no organismo dá-se o nome de metabolismo (CRUZ, 2008). Para garantir bom funcionamento da célula, as condições internas do organismo têm de ser mantidas dentro de certos limites. Todos os dias somos afetados por condições ambientais as mais diversas (calor, frio, chuva, alimentos muitos salgados, etc.), a todo instante o corpo procura ajustar-se as condições e manter o equilíbrio (PAULINO, 1998; CRUZ, 2008).

O corpo humano está composto por trilhões de células, dispostas em tecidos para desempenhar funções bastante especializadas tais como suporte esquelético, contração muscular e condução de impulsos elétricos. Além dessas funções especializadas a maioria das células desempenha funções vitais. São elas: movimento de substâncias através da membrana celular, o metabolismo energético e a ação enzimática (JACOB, FRANCONE, LOSSOW, 1990).

- Difusão: é descrita como o transporte de partículas de uma região na qual estão mais concentradas para outro lugar menos concentrado. Isso ocorre porque o movimento aleatório tende a se igualar as concentrações de partículas num sistema fechado (JACOB, FRANCONE, LOSSOW, 1990; PAULINO, 1998).

- Difusão facilitada: condução de um transportador auxiliado e é importante mecanismo para controle da permeabilidade da membrana (JACOB, FRANCONE, LOSSOW, 1990).

-Osmose: é uma forma especial de difusão. A força com que a solução puxa a água é chamada pressão osmótica (PAULINO, 1998).

- Transporte ativo: a membrana permitiu a entrada e saída de substancia diverso de acordo com a conveniência da célula. A célula usa energia para transportar substâncias de regiões de alta para as de baixa concentração de uma região de menos para uma mais concentrada (JACOB, FRANCONE, LOSSOW, 1990; PAULINO, 1998).

- Pinocitose e Fagocitose: os dois processos são semelhantes cada um envolvendo uma invaginação da membrana celular com o fechamento da abertura externa para forma uma vesícula ou um vacúolo contendo substâncias dos líquidos extracelulares (JACOB, FRANCONE, LOSSOW, 1990)

O metabolismo energético causa degradação de nutrientes pela célula, principalmente glicose e ácidos graxos, produzem a energia necessária para realizar as funções tais como contração muscular, síntese bioquímica e transporte ativo (PAULINO, 1998).

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As reações químicas nas condições de temperatura, pressão e ph existentes nas células podem ocorrer devido à ação enzimática (JACOB, FRANCONE, LOSSOW, 1990). 3.1 Células aos tecidos

Como os tecidos são formados por células estas e não são todas iguais, pode-se perceber que existe diferença nos tipos de tecido, cada qual executando uma atividade no organismo. Existe diferença célula e no material intercelular. É dele que as células através da membrana plasmática, recebem os nutrientes e o oxigênio. As diferenças dos tecidos ocorrem a três aspectos: o tipo de célula, o material intercelular e a função que a célula desempenha (CRUZ, 2008).

3.2 Tecido epitelial

Faz o revestimento interno e externo de órgãos e compõe as glândulas. Sua função básica é proteger essas estruturas, mas também pode ser especializado em captar estímulos sensitivos, produzir e absorver substancia. Apresenta células de diversos formatos, como cilíndricas e as achatadas (CRUZ, 2008; GOWDAK, 2012).

O tecido epitelial forma membranas, com células justapostas, que revestem a superfície do corpo e forram cavidades e tubos internos. O epitélio é essencialmente celular, e com escassos produtos intercelulares (GARDNER & OSBURN, 1980).

A justaposta pode acarretar escassez de substância intercelular no epitélio. Por ser desprovido de vasos sanguíneos, o epitélio é nutrido pelo tecido conjuntivo subjacente (PAULINO, 1980).

Pode ser conhecido por um tecido simples e estratificado, no primeiro caso é formado por uma camada de células achatadas, cúbicas ou prismáticas; no segundo é formado por várias camadas de células. O revestimento interno dos vasos sanguíneos é constituído por um epitélio simples, que o nome é endotélio; a epiderme da pele é constituída por um epitélio estratificado (GOWAK, 2012).

O epitélio que reveste a parte interna dos órgãos ocos forma, junto com um tecido conjuntivo, uma membrana denominada mucosa. O tecido epitelial que recobre certos órgãos externamente, forma outro tipo de membrana o serosa. Assim temos as pleuras, serosas que envolvem os pulmões; o pericárdio, serosa que envolve o miocárdio; o peritônio que envolve o miocárdio (GOWAK, 2012; PAULINO, 1980).

O tecido epitelial pode se diferenciar em tecido glandular quando ocorre a secretação das células, se dividem em glândulas externa ou exócrina quando seus produtos saem do corpo ou caem no tubo digestório e de secreção interna quando seus produtos são lançados na circulação sanguínea e pode atuar em outros órgãos mais tem algumas glândulas que são mistas, pois apresentam função exócrina e endócrina (PAULINO, 1998; GOWAK, 2012; CRUZ, 2008).

3.3 Tecido conjuntivo

Tem função sustentar, ligar e preencher espaços entre órgãos e tecidos. É o mais abundante no organismo, suas células são separadas por material intercelular e pela grande distância entre as células (CRUZ, 2008).

Por haver diferentes células e materiais, são vários os tecidos: ósseo, cartilaginoso, sanguíneo, adiposo, conjuntivo propriamente dito e o conjuntivo de propriedades especiais, como o tecido hematopóetico (GOWAK, 2012; CRUZ, 2008).

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O tecido ósseo e cartilaginoso tem a função de sustentação. Esse tecido é atravessado por canais, por onde passam vasos sanguíneos, que levam nutrientes a células e nervo (PAULINO, 1998).

O cartilaginoso é resistente, porém flexível, oferecem uma sustentação e forma, além de evitar o atrito e o desgaste entre ossos que se articulam (GOWAK et al,. 2012).

Tecido sanguíneo é constituído de células discóides (glóbulos vermelhos), células de forma variável (glóbulos brancos) e fragmentos de células (plaquetas), todos mergulhados no plasma. Principal função é transporta gás oxigênio e substâncias nutritivas para células e defender o organismo (CRUZ, 2008).

Tecido adiposo caracterizado pela presença de célula enorme com grandes quantidades de reserva de gordura na tela subcutânea; Em pessoas de massa normal, o tecido adiposo na massa corporal da mulher corresponde a 20% 25% no homem de 15% -20%. Forma o panículo adiposo, a camada de gordura situada sob a pele que, além da energia, exerce proteção contra o frio (CRUZ, 2008; PAULINO, 1998).

Tecido hematopoiético tem função de produzir as células do sangue. Estar presente na medula óssea vermelha de vários ossos do esqueleto (GOWAK, 2012).

Tecido conjuntivo propriamente dito preenche espaços entre as fibras e os feixes musculares, serve de apoio para os epitélios e forma uma camada em torno dos vasos sanguíneos (GOWAK, 2012; CRUZ, 2008).

3.3.1 Tecido adiposo

O tecido adiposo e formado por células chamadas adipócitos. Encontra-se de forma isolada ou em pequenos grupos no tecido conjuntivo, ou ainda agrupadas em grandes áreas do corpo, como no tecido subcutâneo. O tecido adiposo apresenta dois tipos de tecido o tecido adiposo comum, amarelou ou unilocular, pois quando suas células estão completamente desenvolvidas, apresenta apenas uma gotícula de gordura no citoplasma, e a outro e o tecido adiposo pardo formado por células que contem numerosas gotículas de lipídios, conhecido como tecido adiposo multilocular (DANGELO & FATTINI, 2004; SAMPAIO & RIVITTI, 2001).

3.3.1.1 Tecido unilocular

A cor do tecido unilocular varia entre branco e amarelo-escuro dependendo da dieta. Essa coloração deve-se ao acumulo de carotenóides dissolvidos na gordura. O tecido adiposo presente no homem adulto (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 1990).

Esse tecido forma o panículo adiposo, a camada disposta sob pele e de espessura uniforme no corpo do recém-nascido (DANGELO & FATTINI, 2004).

As células uniloculares são grandes medindo em geral mais de 100µm. Quando isolada essas células são esféricas, e tornam-se poliédricas no tecido adiposo, devido à compressão recíproca. Nos cortes histológicos comuns, cada célula mostra uma delgada camada de citoplasma, semelhante a um anel em torno do vácuo deixado pela gotícula lipídica removida. As finas camadas de citoplasma restantes após a remoção dos triglicerídeos freqüentemente se rompem, causando uma distorção a estrutura real do tecido (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 1990)

A vascularização não é muito abundante, mas é quando considera a pequena quantidade de citoplasma funcionante (SAMPAIO & RIVITTI, 2001).

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3.3.1.2 Histofisiologia do tecido unilocular

Os lipídios armazenados nas células adiposas são gorduras neutras ou triglicerídeas, ou seja, ésteres de ácidos graxos e glicerol. Os ácidos graxos originam sendo absorvidos da alimentação e trazidos até as células adiposas como quilomícrons, oriundos do fígado e transportado ate o tecido adiposo e sendo sintetizado a partir de glicose pela célula adiposa (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 1990).

Os quilomícrons são constituídos 90% de triglicerídeos e pequena quantidade de colesterol, fosfolipídios e proteínas. Quando os quilomícrons deixam as células epiteliais eles penetram nos capilares linfáticos do intestino e levados pela corrente linfática indo atingir o sangue, que os distribui por todo o organismo. Nos capilares sanguíneos graças à lípase que são produzidas pelo tecido adiposo, ocorre a hidrolise dos quilomícrons e das lipoproteínas plasmáticas, com liberação de seus componentes: ácidos graxos e glicerol. Os ácidos graxos e o glicerol penetram nas células adiposas, onde recombinam para formar novas moléculas de gordura neutra, que são depositadas. As células adiposas sintetizam ácidos graxos a partir da glicose, processo acelerado pela insulina (SAMPAIO & RIVITTI, 2001).

Os lipídios são mobilizados através de mecanismo neurogênico e humorais que elevam a liberação de ácidos graxos e glicerol, onde passam pelo sangue. A enzima lípase sensível a hormônio é ativada pela adenil-ciclase, quando o tecido adiposo e estimulado pela noradrenalina. Os ácidos graxos que são quase insolúveis no plasma ligam-se a albumina e são transportadas para outro tecido, onde são utilizadas como fonte de energia (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 1990).

Após períodos de alimentação muito deficiente em calorias, o tecido adiposo unilocular perde quase toda sua gordura e se transforma em um tecido com células poligonais ou fusiformes, com poucas gotículas lipídicas (SAMPAIO & RIVITTI, 2001; DANGELO & FATTINI, 2004).

A maioria dos autores relata que as células adiposas se originam do lipoblastos. As gotículas lipídicas que se acumulam no lipoblastos são separadas inicialmente, mas logo se fudem, formando gotículas únicas. Acredita-se que a alimentação excessiva promove o aparecimento de novos lipoblasto. Depois desta fase o crescimento do tecido seria pelo acumulo de lipídios nos lipoblasto formados (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 1990). 3.3.1.3 Tecido multilocular

É um tecido pardo, localizado em áreas determinadas apresentam-se abundantemente nos animais que hibernam no feto humano e recém-nascido apresenta localização bem determinada (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 1990).

O tecido adiposo multilocular é especializado na produção de calor, sendo muito importante na fisiologia dos animais que hibernam. Na espécie humana quantidade de tecido só é significativa no recém-nascido (SAMPAIO & RIVITTI, 2001).

Ao ser estimulado pela liberação de noradrenalina nas terminações nervosas, o tecido adiposo multilocular acelera sua lipólise e oxidação dos ácidos graxos (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 1990).

3.4 Tecido muscular

Forma o músculo. Existem três tipos o não estriado ou o liso, que reveste a parede de órgãos internos e é responsável pela forma e volume de órgãos cavitários, e pela propulsão do conteúdo; esquelético que constitui massa muscular do corpo e matem em

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posição no espaço; e cardíaco que constitui a parede do coração para propulsão do sangue no sistema circulatório (CRUZ, 2008; GARNER & OSBUN, 1980).

3.5 Tecido nervoso

A célula fundamental deste tecido é o neurônio, que em geral, tem forma estrelada e um extenso prolongamento de terminações. Apresenta células especiais que forma uma estrutura chamada glia, que tem função de proteger e nutrir os neurônios (CRUZ, 2008). 4. Gordura localizada em região abdominal

O ser humano possui um corpo com capacidade para armazenar carboidratos e proteínas, e a gordura contida no interior dos adipocítos representa o armazenamento de calorias que excederam. O tecido adiposo dessa forma representa um reserva de energia, principalmente em períodos de jejum prolongado, proteção contra o frio ou quando o organismo está sujeito as intensas atividades (GUIRRO & GUIRRO, 2002; BORGES, 2006; JUNQUEIRA & CARNEIRO, 1990.)

A região abdominal consiste de um tecido mole no interior de paredes predominantemente musculares. Suas características ósseas são os limites superiores e inferior e, posteriormente, a coluna vertebral (BOLAN, 2009).

A adiposidade localizada são acúmulos em áreas especificas de células gordurosas, resistentes de exercícios físicos e dieta alimentarem (GUIROO & GUIRRO, 2002). Estudos realizados sobre o tecido adiposo observaram que as células de gordura não se caracterizam como uma entidade única e homogênea apresenta significativas diferenças metabólicas e morfológicas de acordo com a localização anatômica (BORGES, 2006). O padrão de distribuição regional de gordura é classificado de forma periférica e centrípeta. O periférico é maior deposito de gordura na região do quadril, glúteo e coxa superior. O centrípeto é maior quantidade na região do tronco, principalmente no abdômen (MAIO, 2004).

O processo de desenvolvimento de gordura corporal ocorre em razão do aumento das células adiposas, a hiperplasia celular; do aumento de células já existentes, a hipertrofia celular sendo a combinação dos dois fenômenos (GUIRRO & GUIRRO, 2002).

5. Eletrolipólise

É uma técnica que consiste na aplicação de corrente elétrica bidirecional de baixa freqüência, através de agulhas, abaixo da pele (GARCIA, 2005). Com o objetivo de trabalhar as adiposidades e acúmulo de ácidos graxos localizados (SCORZA, 2008). O campo elétrico realizado na massa tissular ocasionado pelas agulhas altera a permeabilidade da membrana do adipócito, com isso aumenta a eliminação dos triglicerídeos intra-adipocitários para o interstício. É uma técnica indolor e, quando surge dor na aplicação, e devido ao mau posicionamento das agulhas, que devem permanecer implantadas no tecido subcutâneo, paralelas entre si (ULLMANN, 2003). São aplicadas microcorrentes de baixa freqüência de 20Hz, que vão atuar nos adipócitos, causando uma desnutrição e favorecendo sua eliminação. São aplicadas finíssimas agulhas no panículo adiposo e os efeitos fisiológicos são causar o aumento da temperatura, modificação na polaridade da membrana celular, ativação da microcirculação, melhora da tonicidade da pele e a lipólise (MAIO, 2004; MELLO 2010).

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Metodologia

Foi um estudo que foi realizado em dezembro de 2013 com revisão bibliográfica que abordou todas as publicações encontradas por intermédio de bibliografias e artigos. O uso da palavra chaves inclui combinações dos seguintes termos: tecido adiposo, eletrolipólise e efeitos. Foram utilizados todos os temas que abordam os efeitos da eletrolipólise na redução de adiposidade localizada abdominal.

Resultados e Discussão

A ação lipolítica inicia-se com a estimulação do sistema nervoso simpático, onde duas enzimas lipolíticas principais LSH (lípase sensível a hormônio) e LPL (lipoproteína lípase) atuam respectivamente, no interior do adipócitos e nas lipoproteínas ricas em triglicerídeos (TG). A ação da LSH causa a liberação do glicerol (glicerol livre) e ácido graxo livre (AGL) na circulação sistêmica. O ácido graxo é captado pelo tecido adiposo produzindo (TG). Os ácidos graxos livres são captados pelo músculo e fígado para obtenção de energia, para uma produção cetônicos ou formarem triglicerídeos (SCORZA, 2008). A LPL atua liberando glicerol e acido graxo (AG) na circulação principalmente pela ação sobre as lipoproteínas com densidades muito baixas. O tecido adiposo captura o acido graxo produzindo triglicerídeos. Os ácidos graxos livres são captados pelo músculo e fígado para serem oxidados (obtenção de energia), parcialmente oxidação (produção de corpos cetônicos) ou reesterificados para formarem triglicerídeos (TG-AG) novamente (GUYTON & HALL 1996).

Segundo Busnardo, a lipólise é desencadeada a estímulos humorais ou neurogênicos pelo estimulo humoral por influência dos hormônios de crescimento, glicocorticóides, hormônios tireoidianos e prolactina que vai ocorre a liberação de ácidos graxos e glicerol. Já os estímulos neurogênicos por ativação da lípase as catecolaminas promovem lipólise e estimulação das fibras simpáticas pós-ganglionarias (amiel;inicas), que tem livre acesso ao adipócito com seus botões adrenérgicos, nos quais vão liberar enzima adenilatociclase, convertendo adenosina trifosfato(ATP) a adenosina monofosfato cíclico (AMPc), que ativa a lipólise. A eletrolipólise estimula o Sistema Nervoso Autônomo Simpático pra liberação de catecolaminas, e estimula os receptores β-adrenérgico e ativando a adenilatociclase na conversão do ATP em AMPc, culminando na lipólise.

O tratamento utiliza-se a aparelhos com cinco diferentes formas de ondas (CAMPOS, 2000). Utiliza-se a onda A que diminui a resistência intrínseca da pele, a sensibilidade dolorosa; onda B é uma ação preferencial na derme, tem objetivo de estimular células, o fibroblasto na melhora da tonicidade da pele; onda C atua diretamente nos adipocitos, a ação se da diretamente sobre os receptores β-adrenérgico que desencadeia a adenosina monofosfato cíclico intra-adipocitário, liberando os ácidos graxos e glicerol; e a onda D e E tem ação no adipócito e no tecido muscular (CAMPOS, 2000).

Essa técnica é muito utilizada em clinicas de fisioterapia dermato-funcional para uma redução da perímetria abdominal. Na aplicação utilizam-se agulhas de acupuntura no tecido subcutâneo, para servirem de condutores da corrente elétrica que irá estimular a lipólise. O campo elétrico que se origina entre as agulhas, provoca em nível local uma serie de manifestações fisiológicas que são responsáveis pelo fenômeno da eletrolipólise (SORIANO et al,. 2000).

Ullmann, Reis e Steibel relatam que a principal indicação para realizar a eletrolipólise está no tratamento de gordura localizada, celulite e lipodistrofia localizada e, as áreas

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que respondem bem ao resultado são: região trocantérica, flancos, abdômen e face interna dos joelhos.

De acordo com Soriano e Guyton & Hall, os principais efeitos fisiológicos proporcionados pela elettrolipólise são:

1) Efeito Joule: descreve uma corrente elétrica, que ao circular pelo condutor, realiza um trabalho que produz calor. O aumento da temperatura, que é produzida na eletrolipólise, não atinge tecido orgânico, isso porque se trata de uma intensidade muito pequena, porém suficiente para uma vasodilatação e aumento do fluxo da região. Com isso vai ser estimulado o metabolismo celular local facilitando a queima de calorias e melhora do trofismo celular (SORIANO et al., 2000)

2) Outro efeito é o eletrolítico: um campo elétrico gerado por esta corrente na eletrolipólise induz o movimento iônico que traz modificações na polaridade da membrana celular (SORIANO et al., 2000)

3) Efeito de estimulo circulatório: o rápido aumento da temperatura que estala no local (efeito joule) contribui para uma vasodilatação, pois a corrente causa um estimulo direto nas inervações causando uma ativação da microcirculação (SORIANO et al.,2000)

4) Efeito neuro-hormonal: a mobilização da lipólise se realiza graças a uma enzima hormônio-dependente a triglicerideolipase (GUYTON & HALL et al.,2002) Esta enzima desintegra os triglicerídeos em ácidos graxos e uma molécula de glicerol. Os ácidos graxos assim produzidos são em grande parte expulso da célula a menos que estejam em um local com excesso de glicose, e que voltam a formar triglicerídeos; ao contrario, o glicerol liberado, não pode ser usado novamente e é captado pelo fígado que o metaboliza em glicose (SORIANO et al.,2000)

Estudo histopatológico demonstra o efeito deste tratamento sobre o tecido adiposo (diminuindo o tamanho, nas formas e na estrutura) que indicam a existência de uma base orgânica para os efeitos clínicos constatados (ZARAGOSA et al.,1995).

O processo de eletrolipólise é considerado invasivo, aliado a efeitos longo tempo de duração de 50 minutos (GUIRRO, 2002).

Segundo Garcia et al. (2006) o procedimento da eletrolipólise deve vim acompanha de uma atividade física e dieta com o objetivo de mobilizar os ácidos graxos sendo liberados em forma de energia ou não serão liberados e retornarão ao meio intracelular. Paula et al. (2007) observou uma redução com o procedimento de eletrolipólise uma redução da perimétria abdominal e também do nível de glicerol. Os autores observam que alem de reduzir medidas ocorre uma mobilização de lipídeos.

Soriano et al. (2002), relata que a intensidade devera deverá ser aumentada em função da sensibilidade, de forma que não resulte em dor intensa na pessoa a ser tratada. Parienti (2001), o paciente sente uma sensação de “picadas” que chegam a ser desagradável, e é devido aumentar progressivamente a intensidade da corrente, pois causa uma acomodação.

6. Conclusão

O tecido adiposo armazena uma grande reserva de energia como sua forma de proteção. Esse aumento de energia causa um desenvolvimento de gordura corporal devido ao aumento das células adiposas.

As clinicas de fisioterapia utilizam a técnica de eletrolipólise para causar uma redução da gordura localizada.

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A técnica consiste de aplicações de corrente elétrica de baixa intensidade com agulhas finíssimas na junção derme-hipoderme, com objetivo de trabalhar na adiposidade e no acúmulo dos ácidos graxos causando desnutrição e eliminação.

O estudo observou eficiência no tratamento com resultados excelentes, mais a técnica precisa ser associada com atividade física e dieta, para que não ocorra o retorno dos ácidos graxos para o meio intersticial.

A eletrolipólise é freqüentemente utilizada na pratica de fisioterapia Dermato-funcional, no entanto a literatura cientifica e bastante escassa nos procedimentos e mecanismo fisiológicos.

7. Referência

SCORZA, Flavia A.; FIGUEIREDO, Milena M.; LIAO, Claudio O.; BORGES, Fabio dos S. Estudo comparativo dos efeitos da eletrolipólise com o uso de TENS modo burts e modo normal no tratamento de adiposidade localizada abdominal. Dezembro 2008.

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