PARTE IV:
RELATÓRIO DO PROCESSO DA PARTICIPAÇÃO
PÚBLICA
A PROPOSTA MINA DE GRAFITE DE BALAMA NA PROVÍNCIA
DE CABO DELGADO NO DISTRITO DE BALAMA NO NORTE DE
MOÇAMBIQUE
ELABORADO POR ELABORADO PARA
Coastal & Environmental Services
Twigg Exploration & Mining Limitada Uma subsidiária da
Syrah Resources Limitada
Twigg Exploration & Mining Lda (Twigg Exploração & Mineração Lda
P.O. Box 934 67 African Street Grahamstown, 6140 South Africa 356 Collins Street Melbourne 3000 Australia
SETEMBRO 2014
Este relatório deve ser citado do seguinte modo: CES. 2014_setembro. Relatório do Processo da Participação Pública para a Mina de Grafite em Balama. Grahamstown: Serviços Costeiros &
CONTEÚDO
1. INTRODUÇÃO ... 1
1.1 Visão Geral ... 1
1.2 Princípios da Participação Publica ... 2
1.3 Requisito Legislativo ... 3
1.4 O Consultante ... 3
1.5 A Equipa do Processo da Participação Publica ... 3
2. IDENTIFICAÇÃO DE PARTES INTERESSADAS E AFETADAS ... 5
2.1 Visão Geral ... 5
2.2 Identificação de Partes Interessadas e Afetadas ... 5
2.2.1 Meios de Identificação ... 5
2.2.2 Identificação de Partes Interessadas e Afetadas ... 5
2.2.3 Identificação Contínua das Partes Interessadas e Afetadas ... 8
3. ATIVIDADES DA PARTICIPAÇÃO PUBLICA ATÉ Á DATA ... 13
3.1 Visão Geral ... 13
3.2 Processo de Avaliação do Impacto Ambiental, Social e Saúde ... 13
3.2.1 Fase de Pré-avaliação (Fase de Estudo) ... 13
3.2.2 Fase de Divulgação EPDA ... 15
3.2.3 Fase Especialista ... 16
3.2.4 Fase ESHIA ... 17
3.3 Plano de Ação para o Reassentamento (PAR) ... 17
3.3.1 Compromissos da comunidade diretamente afetada pelo projeto ... 17
3.3.2 Atividades de Participação Pública no Futuro ... 19
3.4 Um Futuro Fórum Quando a Mina for Desativada ... 19
4. IDENTIFICAÇÃO DE QUESTÕES E RESPOSTAS ... 20
4.1 Visão geral ... 20
4.2 Um Resumo das Principais Questões e/ou Receios ... 20
4.3 Questões e Trilha de Respostas no Processo de Avaliação do Impacto no Ambiente, Sociedade e Saúde, até à data ... 28
4.4 Questões e Trilha de Respostas do Plano de Ação de Reassentamento ... 52
5. COMPROMISSOS CONTÍNUOS DE ENVOLVIMENTO DE ACIONISTAS ... 55
5.1 Visão Geral ... 55
5.2 Implementação do Plano de Envolvimento do Acionista ... 55
5.3 Continuando com o Desenvolvimento de um Dialogo através do TWG estabelecido ... 56
5.4 Relatórios Regulares ... 56
5.4.1 Relatórios Mensais ... 56
5.4.2 Relatórios Periódicos ... 56
6. RESUMO E CONCLUSÃO ... 58
APÊNDICES ... Error! Bookmark not defined. APÊNDICE 1: ATA DAS REUNIÕES ... 60
APÊNDICE 2: REGISTOS DO ENVOLVIMENTO INICIAL DOS ACIONISTAS ... 71
LISTA DE PLACAS
Placa 2.1: Estabelecendo o Grupo de Trabalho Técnico na Mina de Grafite em Balama ... 11
Placa 2.2: Estabelecendo um Mecanismo de Queixas durante o Processo RAP ... 12
Placa 3.1: Divulgação da EPDA durante as reuniões comunitárias ... 16
Placa 3.2: Reuniões de grupos de foco, como parte da Avaliação do Impacto Social ... 17
LISTA DE TABELAS
Tabela 2.1: Identificação e Análise de Acionistas ... 6Tabela 2.2: O Grupo de Trabalho Técnico da Mina de Grafite em Balama ... 10
Tabela 3.1: Reuniões Abertas com Comunidades Afetadas pelo Projeto como parte da Fase da Pré-avaliação ... 13
Tabela 3.2: Discussões dos Grupos de Focalização como parte da fase especialista ... 16
Tabela 3.3: Atividades de Participação Pública no Plano de Ação para o Reassentamento 17 Tabela 4.1:Trilha de Questões e Soluções da Fase de Avaliação Prévia ... 22
LISTA DE ACRÓNIMOS
AfDB Banco do Desenvolvimento Africano
AoI ARA BID
Área de Influencia
Administração da Água Regional Documento da Informação Geral
CDO CES
Agente de Desenvolvimento Comunitário Serviços Ambientais e Costeiros
CLO Agente Comunitário de Conderação
DIPREME Direção Provincial de Recursos Minerais e Energia
EHS Segurança e Saúde Ambiental
EIA Avaliação do Impacto Ambiental
EIR Relatório do Impacto Ambiental
EMP Programa da Gestão Ambiental
EPDA Estudo Prospectivo Pré-viabilidade Ambiental
EPFI Equador Princípios Instituto Financeiro
ESIA Avaliação do Impacto Ambiental, Social e na Saúde
ESIA Análise do Impacto Ambiental e Social
GDP Produto Interno Bruto
Ha Hectare
HDI Índice do Desenvolvimento Humano
HR HRD I&AP
Recursos Humanos
Departamento de Recursos Humanos Parte Interessada e Afetada
IFC Corporação Financeira Internacional
ILO Organização de Trabalho Internacional
INE Instituto Nacional de Estatísticos
IUCN União Internacional para a Conservação da Natureza MICOA Ministério Para a Coordenação da Ação Ambiental
MIGA Agência de Garantias de Investimento Multilateral
MIREM Ministério de Recursos Minerais
NGO Organização Não Governamental
NPO Organização sem Fins Lucrativos
OEMP Plano da Operação de Gestão Ambiental
PS Nível de Desempenho
PPP Processo da Participação Publica
RAP Plano da Ação de Reassentamento
RPF Estrutura da Politica de Reassentamento
SEMP Plano da Gestão Social e Ambiental
SEP Plano do Compromisso de Acionistas
SIA TWG UCT UNDP
Avaliação do Impacto Social Grupo de Trabalho Técnico Universidade da Cidade do Cabo
Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas
1.
INTRODUÇÃO
1.1 Visão Geral
Este relatório descreve O Processo da Participação Pública (PPP) realizada como parte do estudo da Avaliação do Impacto Ambiental, Social e na Saúde (ESHIA) realizado para a Mina de Grafite em Balama. A mina é para ser desenvolvida no Distrito de Balama na Província do Cabo Delgado em Moçambique pela Syrah Resources Ltd. (Recurso Syrah Lda.) e a empresa baseada em Moçambique, Twigg Mining & Exploration Lda. (Exploração e Mineração Twigg Lda) (doravante designado por “proponente”). O local de mineração está rodeado por quatro aldeias, nomeadamente Nquide, Ntete, Maputo (anteriormente conhecido por Mualia) e a Pirira. Juntamente com a cidade de Balama (a cerca de 9km do local), para os fins deste relatório, estas são referidas como as Comunidades Afetadas pelo Projeto da mina (PACs). Na parte leste, a cidade de Montepuez é o centro econômico principal da área (a cerca de 45-50km da mina). O relatório atende á Avaliação do Impacto Ambiental em Moçambique (EIA) Regulamentos (Decreto Nº. 45/2004 de 29 setembro, conforme alterado por Decreto Nº 42/2008 de 24 novembro). Sob estes Regulamentos, o projeto é classificado pelo Ministério para a Coordenação de Ação Ambiental (MICOA) como um Projeto de Categoria A, que necessita um relatório do PPP. Porque o projeto irá economicamente deslocar terras agrícolas (localmente conhecidas de machambas), as atividades de participação publica como parte da Plano da Ação de Reassentamento que faz parte do Projeto (RAP) também estão incluídas.
Os seguintes requisitos foram atendidos por este relatório:
A identificação das relevantes Partes Afetadas e Interessadas (I&APs); A identificação de questões suscitadas durante o PPP do projeto PPP;
O fornecimento de respostas á MICOA com respeito ás questões suscitadas pela I&APs durante o seu PPP; e
Indicando á MICOA como o proponente pretende dedicar-se ao futuro, participação publica continua.
Para os fins deste relatório os I&APs são definidos como qualquer acionista do projeto. A definição de um acionista como definido pela Corporação Financeira Internacional (IFC) aplica-se neste relatório
“[…] pessoas ou grupos que são diretamente ou indiretamente afetados por um projeto, bem como aqueles que possam ter interesse em um projeto e/ou a habilidade de influenciar os resultados do mesmo, sejam positivamente ou negativamente” (ibid.:10)1. O termo „acionista‟ também é mais amplamente aplicado para referir-se a organizações ou grupos de pessoas ou pessoas coletivamente com interesse no projeto e que possuam influencia direta sobre o mesmo. Acionistas pode incluir, mas não limita-se a:
Departamentos Governamentais de Caráter Nacional e Local e Funcionários; Organizações/órgãos de Conservação;
Organizações Não Governamentais (ONGs); Associações de Agricultores etc.
Acionistas (ou, então, I&APs) também inclui qualquer membro do publico que tenha interesse no projeto, que esteja diretamente afetado pelo mesmo ou deseja continuar informado regularmente sobre o projeto. Especificamente no contexto deste projeto, esta definição inclui, mas não se limita aos seguintes indivíduos:
1
IFC. 2007. Envolvimento do Acionista: Um Manual de Boas Praticas para Empresas Efetuando Negócios em Mercados
Emergentes. [Online]. Disponível:
http://www1.ifc.org/wps/wcm/connect/938f1a0048855805beacfe6a6515bb18/IFC_Stakeholder Engagement.pdf?MOD=AJPERES [2013, Junho 12].
Proprietários – Machambas afetados; Trabalho na mina (atual e potencial);
Famílias e dependentes afetadas pelo projeto; e
Pessoas Afetadas pelo Projeto (PAP).1.2 Princípios da Participação Publica
Boa pratica internacional CONSIDERA a participação publica como um processo largo, inclusivo e continuo para um proponente interagir com os seus acionistas. A intenção é para o envolvimento continuar durante o ciclo do projeto e para considerar os interesses e/ou as preocupações daqueles diretamente ou indiretamente afetados pelo projeto. Em essência, o princípio fundamental do processo de consultaria é para garantir consulta livre, prévia e informada com os I&APs.
O objetivo da PPP é para construir e manter um relacionamento construtivo com os I&APs sempre, este relacionamento deve ser estabelecido no principio do ciclo da vida do projeto. Isto deve, idealmente, começar como parte do processo EIA, através do qual poderá ser desenvolvido durante a divulgação da informação sobre o projeto, incluindo projetos de documentos e planos. Esta divulgação deve-se focalizar sobre os relevantes riscos ambientais e sociais e impactos adversos, e as medidas e ações propostas que serão realizadas pelo proponente para atender a estes.
A natureza e frequência da participação publica é uma reflexão dos riscos e impactos adversos de um projeto sobre os seus PACs. Esta é a razão porque o envolvimento comunitário é muitas vezes realçado como um dos aspetos mais importantes da PPP. É portanto importante que o envolvimento comunitário seja livre de manipulação, interferência, coerção e intimidação externa, e que seja realizado sobre um base de informação relevante, compreensível, acessível e em tempo. Falhando a garantia disto poderia causar disputas e desacordos entre comunidades, o proponente e autoridades governamentais. Isto pode destruir estruturas estabelecidas e pode até atrasar ou causar uma falha total do projeto.
Participação publica continua é especialmente importante para este projeto, desde que isto terá um impacto direto sobre as atuais praticas agrícolas e resultar na deslocação econômica de alguns machambas (referir-se ao relatório RAP; EOH CES, 2014 - Parte 6). Portanto, as atividades da participação publica, incluída neste relatório, não foram limitadas ao processo ESHIA, mas também inclui envolvimentos comunitários como parte do processo RAP, a serem realizados atualmente pela CES em cumprimento dos Regulamentos de Moçambique para o Processo de Reassentamento Resultando de Atividades Econômicas (Decreto 31/2012).
Através dos processos da ESHIA e da RAP, os seguintes princípios da participação publica foram cumpridos:
Garantindo um processo de consultoria transparente no principio do design do projeto; Identificação, envolvimento e informando I&APs dos detalhes do projeto e o associado
processo de autorização ambiental;
A compreensão das questões e preocupações dos I&APs sobre o projeto e a contribuição deles á identificação e avaliação dos impactos do projeto. Isto permite a consciência das questões, preocupações e perguntas dos I&APs;
A compilação de Trilhos de Questões e de Respostas a todas as questões, preocupações e perguntas, juntamente com as suas relevantes respostas do proponente; e
O estabelecimento e a gestão de um Mecanismo de Queixas para os I&APs falarem diretamente com o proponente sobre as suas questões, preocupações e/ou comentários sobre o projeto.
Até á data, o meio principal para a participação publica tem sido através de reuniões comunitárias organizadas e planeadas e reuniões de grupo focalizado para permitir que todos os I&APs tenham oportunidade para expressar as suas preocupações, expectativas e comentários sobre o projeto.
1.3 Requisito Legislativo
Por natureza, o PPP é um processo dinâmico que permite a disseminação de informação sobre o projeto proposto. O mesmo requer a identificação direta e indireta dos I&APs (ou acionistas). Uma parte integral deste processo também é a analise de todos os I&APs, através do qual cada parte é categorizada por variáveis diferentes, tal como a vulnerabilidade, idade e local da mesma, como parte de uma analise do acionista. Depois disso a analise focaliza-se sobre o efeito dos impactos e riscos adversos do projeto sobre cada grupo.
Em Moçambique, ambas a Constituição (1990) e a Lei com respeito ao Ambiente estabelece os direitos de cidadãos de possuírem informação sobre, e para participar na tomada de decisões sobre atividades que poderão afetar o ambiente. A participação publica é um requisito legal para projetos da Categoria A, para qual a MICOA preparou uma Diretriz para o Processo do Envolvimento de Acionista, publicado como o Diploma Ministerial 130/2006 de 19 Julho. A necessidade para a participação publica é ainda mais reforçada pelos Regulamentos de Moçambique sobre o Processo de Reassentamento resultando de Atividades Econômicas, Decreto 31/2012 de 8 agosto. Especialmente o Artigo 13 destes Regulamentos realça a necessidade de garantir a participação publica durante o processo RAP inteiro.
De acordo com estes requisitos legislativos, mas também o compromisso inerente á participação comunitária, o proponente iniciou a PPP como parte dos processos ESHIA e RAP. Os processos identificaram os I&APs, informação disseminada sobre o projeto, assimilados e levaram em conta os comentários publicas recebidos, e forneceram respostas. O mais importante é que este meio criou um dialogo entre o proponente e os seus I&APs, que será fortalecido e desenvolvido do modo que o PPP continuar durante o ciclo da vida do projeto.
1.4 O Consultante
Os estudos ESHIA e RAP sobre qual as atividades da participação publica deste relatório se baseiam e estão sendo dirigidas por:
Coastal & Environmental Services Mozambique Lda.
(Serviços Costeiros & Ambientais Moçambique Lda.)
Rua da Frente de Libertação de Moçambique, Nº 324 Maputo- Moçambique
Tel: (+258) 21 243500 • Fax: (+258) 21 243550 Website: www.cesnet.co.za/www.eoh.co.za E-mail: l.buque@cesnet.co.za
1.5 A Equipa do Processo da Participação Publica
Os seguintes membros da equipa estavam e continuam envolvidos nas atividades da participação publica do projeto:
Sr Lungisa Bosman - CES Consultante Ambiental Sênior
Lungisa Bosman é um Consultante Ambiental Sênior e especialista de participação publica dentro da CES. Ele possui um Bacharel em Ciência Social (1993) da Universidade da Cidade do Cabo (UCT), com Especialização em Administração Publica e Sociologia, e um Diploma Pós Graduação em Organização e Gestão. Durante os últimos dez anos, o Sr. Bosman tem ganho experiência considerável na facilitação social e envolvimento comunitário. Ele está atualmente envolvido numa serie de EIAs e Avaliações do Impacto Social (SIAs), especialmente na coordenação e facilitação
do PPP. O Sr Bosman possui uma enorme experiência em lidar com a estrutura legislativa e reguladora na África do Sul e em Moçambique, bem como a perícia em desenvolvimentos de energia renovável. Alguns dos projetos em que o Sr. Bosman tem trazido as suas competências de facilitação incluem (inter alia) a Rodovia de Pedágio Eletrônico da N2 em Knysna EIA, a Mina de Monazite no Malavi EIA, e inúmeros EIAs e estudos preparatórios. A língua materna dele é Isi-Xhosa.
Sra. Lina Buque - CES Consultante Ambiental Sênior
A Sra. Buque possui um MSc em Ciência Ambiental focalizado sobre Conservação e no Desenvolvimento Ambiental e Social da Universidade de São Paulo - Brasil. Ela possui uma licenciatura em Ciências Biológicas obtida na Universidade de Eduardo Mondlane em Moçambique. A Sra. Buque tem ganho experiência considerável na implementação de Planos sobre a Gestão Ambiental (EMPs), tal como o Projeto da Aquisição 2D Sísmica em Terra para a Prospecção de Hidrocarbonetos e o Fornecimento de Água, gestão ambiental e avaliações de impacto, oficial ambiental local e agente comunitário. Ela possui uma ampla formação acadêmica incluindo EIA, a classificação de vegetação para licenças ambientais, gestão de resíduos sólidos, o monitoramento da poluição do solo, inter-relação entre o ambiente e a saúde.
Sr Jan Anton Hough – Cientista Social CES
O Sr. Jan Anton Hough é um cientista social primeiramente envolvido em estudos de base social, SIAs, Planos de Gestão Social e RAPs. As qualificações acadêmicas e realizações dele incluem um Mestrado (Sociologia) obtido na Universidade de Stellenbosch na África do Sul, e duas publicações acadêmicas listadas no ISI que foram publicadas na “Social Dynamics” (Dinâmicos Sociais) e o “South African Geographical Journal” (Jornal Geográfico Sul-africano), seguido por um manuscrito emergente atualmente a ser revisado no Jornal de Ciências Sul Africano. No CES, alguns dos projetos em que o Sr. Hough tem estado envolvido até ao presente incluem um RAP para o Óleo de Palma Equatorial na Libéria, um SIA para o Samshi Africa Ltd. Na Serra Leoa e a analise da lacuna da devida diligencia social em conformidade com as Normas de Desempenho (PSs) da IFC. Antes do seu trabalho na CES, ele obteve experiência como Cientista Social nos sectores de mineração e desenvolvimento comunitário, e também na área socioambiental; no qual tem publicado artigos baseados na web sobre a preocupação socioambiental na África.
Sra Carina Saranga – Assistência Administrativa CES em Moçambique
A Sra. Carina Saranga possui um Bacharel em Direito com especializações em Direito Publico (2011), obtido na Universidade de São Tomas em Moçambique. Ela está atualmente finalizando a tese do Mestrado B.Sc. estudando a “Complexidade do Processo de Reassentamento em Moçambique”. A Carina juntou-se á CES em 2013 onde está envolvida na preparação e coordenação do PPP, bem como na pesquisa de campo e coordenação de RAPs. Antes disso, trabalhou como assistente da participação publica comunicando com diversos acionistas.
2.
IDENTIFICAÇÃO DE PARTES INTERESSADAS E AFETADAS
2.1 Visão Geral
Como já explicado, um dos primeiros passos do PPP é a identificação e classificação de todos os I&APs ou acionistas pela desagregação dos mesmos (números, locais etc.) em termos dos diferentes níveis de vulnerabilidade a impactos e riscos adversos do projeto. O que segue é uma análise do efeito dos impactos e riscos adversos do projeto sobre cada grupo.
2.2 Identificação de Partes Interessadas e Afetadas
2.2.1 Meios de Identificação
Partes Interessadas e Afetadas foram identificadas através de vários meios, orientado pelo proponente que já identificou as relevantes autoridades de nível regional e distrital, bem como os PACs e possíveis grupos vulneráveis antes do processo ESHIA. Com esta base de referência, os principais meios de identificação foram através de reuniões e workshops realizados em níveis nacionais, provinciais, distritais e locais.
Por causa do baixo nível de alfabetização comunitária, a maioria de interações foram feitas através de reuniões comunitárias e de grupo focalizado. As apresentações foram executadas na língua local para os membros da comunidade compreenderem a informação apresentada. Isto também garantiu a participação livre e com confiança nas discussões pelos mesmos. Reuniões comunitárias são normalmente planejadas através das autoridades a nível local e da aldeia e anunciado previamente. Por exemplo, durante a Fase da Pré-avaliação da ESHIA (a Fase EPDA), os principais chefes das aldeias foram primeiramente envolvidos, e estes então forneceram as adequadas datas e horas para as reuniões comunitárias. Os chefes (secundários) do local organizaram então as reuniões. O atendimento ás reuniões comunitárias foi normalmente bom. Desde que o projeto ainda está na sua fase de design, a análise de acionista ainda está amplamente limitada á identificação de acionistas chave. A vulnerabilidade a específicos riscos do projeto será avaliada durante a implementação da RAP e durante o ciclo de vida do projeto. Portanto esta identificação e análise inicial do acionista serve como um ponto de inicio para o PPP, e continuará a ampliar durante o ciclo da vida do projeto.
2.2.2 Identificação de Partes Interessadas e Afetadas
Tabela 2.1: Identificação e Análise de Acionistas
ORGANIZAÇÃO/GRUPO NÍVEL DE INTERESSE POSSÍVEIS QUESTÕES PARA SEREM CONSIDERADAS Proponente do Projeto e Organizações Internacionais
Acionistas da Exploração Twigg & Mineração Lda.
Diretamente Interessados Acionistas/investidores individuais ou corporativos no projeto Investimento no projeto Rentabilidade da operação Responsabilidade corporativa e boa governança Fazendo cumprir com a
responsabilidade ambiental e social
Minimizando riscos do projeto Acionistas dos Recursos
Syrah Pty Ltd.
Credores Proponentes
ONGs
Governo Nacional de Moçambique
Governo de Moçambique
Diretamente Interessado
Regula o projeto
Recebe direitos e outros pagamentos de impostos
Desenvolvimento da infraestrutura Contribuição á economia e
desenvolvimento local de Moçambique
Provisão de terras e Serviços Socioeconômicos
Compartilhando nos benefícios do projeto contribuindo aos benefícios do desenvolvimento comunitário Monitoramento do Projeto Ministério de Recursos Minerais (MIREM) Diretamente Interessado
Responsável pelo regulamento dos aspectos de mineração do projeto
Regulando a licença de mineração Contribuição á economia
Relatórios regulares Ministério de Assuntos
Ambientais (MICOA)
Diretamente Interessado
Regula os aspectos ambientais e sociais do projeto
Processos EIA
Licenciamento Ambiental Relatórios ambientais anuais Auditorias anuais
Ministério de Finanças Diretamente Interessado
Recebe e aprova direitos e outros pagamentos de impostos
Auditoria regular de contas para garantir que os impostos certos são pagos
Governo Provincial de Moçambique
Governador da Província do Cabo Delgado
Diretamente Interessado
Politicamente responsável por todas as atividades na Província
Atualizações regulares do progresso
Departamento de Trabalho
Diretamente Interessado
Assistir na gerência da força de trabalho das minas
Assistir com quaisquer greves
Garantir que as normas de trabalho Moçambicanas sejam implementadas
Assistir com a formação e gerência de sindicatos Assistir com a gerência da
migração Ara Centro-Norte
(Autoridade da Água)
Diretamente Interessado
Autoridade de licenças para a utilização de água
Rendimento do acordo de licenças Monitoramento da abstração do
projeto Ministério de Obras
Públicos
Indiretamente interessado
Infraestrutura (estrada, comunicação de portas, facilidades comunitárias)
Manutenção da infraestrutura rodoviária
Direção Provincial de Pesca
Diretamente Interessado
As atividades do projeto podem impactar as atividades de pesca na Barragem Chipembe
Monitorar os impactos nas existentes atividades de pesca
Departamento das Mulheres e de ação social
Diretamente Interessado
Atividades do projeto poderão ter um impacto mais grave sobre mulheres e crianças porque são mais vulneráveis a marginalização.
Programas de elevação espiritual para mulheres, crianças e pessoas com deficiências Desenvolvimento de programas
para educação e formação Assistência na promoção de
mulheres no lugar de trabalho Assistência com disputas de terra
Departamento de Agricultura
Diretamente Interessado
Possui DUATs para toda a terra Apoio ao desenvolvimento de
agricultura
Assistência na atribuição de terra durante reassentamento
Monitoramento da aquisição de terra, reassentamento, reabilitação e retribuição Fornecer apoio durante disputas
de terra
Ministério Provincial de Recursos Minerais (MIREM)
Diretamente Interessado
Responsável pelo regulamento dos aspectos da mineração do projeto
Regulamento da licença de mineração Contribuição á economia Relatórios regulares Escritório Provincial do Ministério da Coordenação de Assuntos Ambientais - MICOA Diretamente Interessado
Assistência com o regulamento dos aspectos ambientais e sociais do projeto
Processos EIA
Regulamento da Licença Ambiental
Recepção dos Relatórios Ambientais Anuais
Acionistas a Nível Distrital
O Administrador Distrital e seu Secretário Chefe
Diretamente Interessado
Responsável pela administração do distrito de Balama onde a mina está situada
Benefícios de emprego para as pessoas no Distrito
Benefícios resultando da infraestrutura aprimorada na área (e.x. estradas e energia)
O Administrador Distrital
Diretamente Interessado
Responsável pela administração da área mais pequena e localizada onde a mina está situada
Responsável pela aprovação do relatório RAP
Benefícios de emprego para as pessoas na área Administrativa Benefícios resultando da
infraestrutura aprimorada na área (e.x. estradas e energia) Questões com respeito ao
reassentamento
Efeitos da mina sobre as aldeias Comissão do
Reassentamento Distrital
Diretamente Interessado
Responsável pela aprovação e o monitoramento do processo RAP
Implementação correta e transparente da RAP Conflitos comunitários Queixas
Acionistas a Nível Local
Secretários e Chefes das Aldeias
Diretamente Interessado
Líder eleito da aldeia
Benefícios de emprego para as pessoas na aldeia deles Benefícios resultando da
infraestrutura aprimorada na área (e.x. estradas e energia) Questões com respeito ao
reassentamento
Efeitos diretos da mina sobre as aldeias dentro e na área circundante
Interesses indiretos incluindo – Impactos ambientais; Benefícios comunitários; Emprego e outras oportunidades econômicas para
2.2.3 Identificação Contínua das Partes Interessadas e Afetadas
2.2.3.1 Visão Geral
Os seguintes mecanismos foram estabelecidos pelo proponente para a futura identificação I&AP e envolvimentos contínuos. Estes incluem:
Um Departamento Social;
Um Departamento de Desenvolvimento Comunitário; Um Departamento de Recursos Humanos;
O Estabelecimento de um grupo/comité para a comunicação PAC; e Um Mecanismo de Queixas.
2.2.3.2 Um Departamento Social
Um Departamento Social está atualmente a ser estabelecido pelo proponente para a implementação do RAP. A Figura 2.1 abaixo mostra a estrutura deste departamento. Muitas das atividades da participação publica do proponente durante o processo RAP será gerenciadas e implementadas por este departamento.
Professores
Diretamente e Indiretamente interessados
Considerados como líderes
comunitários, e fornecem assistência á comunidade durante envolvimento
Benefícios de emprego Benefícios resultando da
infraestrutura aprimorada na área (e.x. estradas e energia)
Curandeiros
Indiretamente interessados
Benefícios resultando da
infraestrutura aprimorada na área (e.x. estradas e energia)
Como acima
Grupos de Mulheres
Indiretamente e diretamente interessados
Representam o grupo vulnerável
Benefícios de emprego
Maior vulnerabilidade a impactos negativos associados com o projeto, especialmente o reassentamento, escassez de alimentos, perda de acesso a terra, perda de rendimento
Grupos de Juventude
Indiretamente e diretamente interessados
Representam grupos possivelmente vulneráveis e aqueles que possam receber emprego Como acima Potencial de Trabalho no Futuro Diretamente interessado Emprego
Questões de recursos humanos, relações laborais e benefícios do projeto
Potencial de Fornecedores no Futuro
Indiretamente interessado
Benefícios indiretamente de emprego
Fornecimento local e procedimentos transparentes
Grupos de Deficientes
Indiretamente e diretamente interessados
Representam um grupo vulnerável
Como acima Proprietários de terra e famílias a serem economicamente deslocados Diretamente interessados
Afetados por deslocação econômica e impactos relacionados com respeito á perda de terra Direitos a compensação relacionados á Deslocação econômica Apoio agrícola Benefícios do projeto
ESTRUTURA DO DEPARTAMENTO SOCIAL
TWIGG EXPLORAÇÃO E MINERAÇÃO LDA MINA DE
GRAFITE EM BALAMA 23/08/2014
O dever principal do Gerente de Reassentamento será a supervisão de cada unidade e para garantir que as operações de cada departamento estão a funcionar corretamente. O Gerente de Reassentamento irá Deliberar com entidades do governo (Ambiente, Recursos Humanos Agricultura, Energia, Etc.) também irá comunicar com vários Departamentos no Nível Provincial. Deve ser notado que qualquer possível exumação ou reenterro será gerenciado através deste departamento.
Locais alternativos * Base de dados de: - Sensibilidade - Recebendo queixas
(Bloco Agrícola) - avaliação inicial - Atas e gravação de vídeos - Gestão dos dados Pesquisa do bloco agrícola direitos - Notificações de trabalho (i.e. - Resolução de Atribuição da posse de terra - Cálculos de mantendo os aldeãos afetados problemas no local (i.e. compensação baseada em terra) pagamentos informados durante o processo - Espaço de escritório
Confirmação das culturas que - pagamentos RAP inteiro). (secretaria x1)
Irão ser plantadas - Gestão de dados - Laptop
Construir estruturas como - Programa de Compensação - Motocicleta
for necessário (compensação) - Gestão de Fundos (obter fundos Processo de cultivo da Syrah)
Armazenagem - Espaço de escritório (secretaria x2) Espaço de escritório - Laptop
(secretaria x1) - Cofre para armazenagem
Laptop do dinheiro
Preparado por Strato Imagery (Imagens)
Figura 2.1: O Departamento Social da Mina de Grafite em Balama
2.2.3.3 Um Departamento de Desenvolvimento Comunitário
Um Departamento de Desenvolvimento Comunitário foi criado pelo proponente. O Sr. Célio Panquene foi nomeado pela Twigg Exploração & Mineração Lda. como o seu Oficial de Desenvolvimento Comunitário (ODC) e é o responsável pela gestão deste departamento, que inclui a garantia de comunicação acessível e em tempo entre o projeto e os seus acionistas. O Sr. Panquene possui um Bacharel da Faculdade de Artes e Ciências Sociais, Universidade de Eduardo Mondlane, Moçambique. Também possui um Mestre na Prática de Desenvolvimento Sustentável da Universidade Rural Federal do Rio de Janeiro, Brasil. O escritório do Sr. Panquene estará aberto ao publico e terá toda a informação relevante ao projeto incluindo:
Folhetos de informação sobre o projeto a o estado do RAP;
Todas as politicas da empresa, planos e programas relevantes ao projeto; e
Um registo de recrutamento onde os residentes poderão registar os seus nomes, indicando qual o tipo trabalho que lhes interessam e as habilitações que possuam. Este
Gerente de Assentamento (Posição Livre)
Coordenador social
EDH CES consultante
Gerente FDP (Posição Livre)
Oficial de Compensação (Posição Livre)
Oficial de Comunicação com a Comunidade
Oficial de Queixas (Cabral Multiquinhene)
registo será utilizado pelo Departamento de Recursos Humanos (DRH) para recrutamento.
Nesta posição, o Sr Panquene está responsável por:
Manter contato regular com as comunidades do local (através de workshops e reuniões etc.);
Receber comentários e queixas da população do local (preenchimento do registo de queixas);
Facilitando o acesso ás comunidades do local para trabalhadores e empreiteiros (organizando reuniões, distribuindo informação, garantindo que o protocolo local é cumprido, i.e. em termos de convites culturalmente adequados para reuniões, uso da língua, etc.) e
A gestão do Departamento Social para o RAP e sensibilizando os membros da comunidade antes da deslocação econômica.
2.2.3.4 Um Departamento de Recursos Humanos
Um DRH foi criado pelo proponente para adotar e implementar politicas e procedimentos de recursos humanos para gerenciar os seus trabalhadores de acordo como os requisitos de trabalho de Moçambique. Este departamento facilitará a identificação continua de I&Aps por envolvimento com o ODC para completar o registo de recrutamento onde os residentes poderão registar os seus nomes, indicando qual o tipo de trabalho em que estão interessados e quais as habilitações que possuam.
2.2.3.5 Grupo/Comité para a Comunicação com a Comunidade Afetada pelo Projeto
Para garantir uma comunicação e colaboração confiável e continua com as comunidades, um Grupo de Trabalho Técnico (GTT) foi estabelecido em 2013 durante o processo do RAP. É proposto que o mesmo grupo seja utilizado para o futuro envolvimento comunitário.
O Administrador Distrital foi consultado no dia 8 de julho de 2013 para o fim de obter a autorização dela para estabelecer GTT, designada pela TWG (GTT) da Mina de Grafite em Balama. Com a assistência dela, os relevantes representantes governamentais a nível distrital foram convidados para fazerem parte do TWG (HTT). O TWG foi formalmente estabelecido no dia 10 de julho de 2013 durante uma reunião breve onde cada um dos dois dos eleitos representantes das aldeias (8 em total) reuniram-se com a equipa RAP de estudo social na Aldeia de Ntete. Tabela 2.2 lista os membros que fazem parte da TWG.
Tabela 2.2: O Grupo de Trabalho Técnico da Mina de Grafite em Balama
Nome Empresa/Aldeia Posição
Célio Panquene Twigg Exploração & Mineração Lda. Oficial de Desenvolvimento Comunitário Sra Carina Saranga
CES Assistente Social Administrativo
(presidente da reunião)
Sr Lunguisa Bosman CES Cientista Social
Sra Laura Rodolfo
Twigg Exploração & Mineração Lda. Oficial de Comunicação Comunitária (CLO)
Sr Júlio Mabote
DSPI Representante do Ministério
Governamental
Sr Celso Nhumaio DSEA
Governo Sr Lucio Nazário
Representante de Administração Distrital
Constantino Arlindo Ntete Presidente
Nome Empresa/Aldeia Posição
Adelino Sadique Maputo Membro do Comité
Chabane Elisa Maputo Membro do Comité
Useno Buana João Nquide Membro do Comité
Lowrenço Gimo Nquide Membro do Comité
Placa 2.1: Estabelecendo o Grupo de Trabalho Técnico na Mina de Grafite em Balama
O grupo foi primeiramente estabelecido para cumprir com o Artigo 8 dos Regulamentos de Moçambique com respeito ao Processo de Reassentamento Resultando de Atividades Econômicas (2012), necessitando representantes da população afetada para participarem no processo RAP. Este grupo foi inicialmente encarregado para gerenciar o processo da implementação RAP, e por essa razão os objetivos mais importantes deles são:
Para fazer parte do processo de planejamento da mina, especialmente com respeito ao plano do layout da infraestrutura, a fim de evitar áreas consideradas de relevância cultural ou consideradas sagradas pelas pessoas da aldeia;
Para identificarem aquelas famílias e/ou agricultores que possam estar em perigo de tornarem-se economicamente deslocados;
Para discutirem assuntos relacionados com a possível remoção de campas e arranjos para reenterro;
Para discutirem mecanismos de compensação (usando este relatório como um indicador da base de referencia);
Para concordarem sobre terra alternativa a ser oferecida para a substituição de terra que possa ser adquirida pelo projeto; e
Gerenciar o estabelecido Mecanismo de Queixas (explicado em breve) para quaisquer questões, preocupações e/ou queixas com respeito ao processo de deslocação econômica.
Recomenda-se que o grupo incluía mais representantes comunitários á medida que o projeto desenvolva. Tais representantes devem incluir (mas não se limitam a):
Representantes Femininas; Representantes ONGs; e Representantes jovens.
O TWG deve ser um dos principais pontos de contato para os membros da comunidade comunicarem com o proponente. Deve ser estabelecida uma constituição formal para o grupo com respeito ao seu papel continuo seguindo o processo RAP, incluindo as responsabilidades e alvos
do grupo, os nomes e tarefas de cada membro e os programas para as reuniões regulares. Além deste grupo, outros comitês podem ser necessários em termos de saúde, programas de apoio agriculto e/ou outros programas de desenvolvimento.
2.2.3.6 Um Mecanismo de Queixas
Usando as diretrizes da IFC, um Mecanismo de Queixas foi estabelecido durante o processo RAP; os procedimentos foram divulgados durante a maioria das reuniões comunitárias relacionadas ao RAP. As fases envolvidas neste mecanismo foram meticulosamente explicadas aos membros da comunidade através de um cartaz, não só durante a maioria das reuniões comunitárias, mas também durante os workshops TWG e durante intervistas individuais com famílias e/ou agricultores como parte de um censo de coleta de dados. Por exemplo, os membros da comunidade foram notificados que podiam registar quaisquer queixas relacionadas com a deslocação econômica (ou qualquer outras queixas/comentários relacionados com o projeto) com um dos membros do TWG, os chefes das aldeias ou Administrador Distrital. A ultima parte está responsável pelo registo de tais queixas com um representante da mina, que terá a responsabilidade de registar cada queixa em um livro.
3.
ATIVIDADES DA PARTICIPAÇÃO PUBLICA ATÉ Á DATA
3.1 Visão Geral
Até á data, diversas atividades de participação publica têm sido realizadas como parte do ESHIA e o RAP. Isto está elaborado na seguinte secção, que foi dividida nas seguintes secções:
Processo de Avaliação do Impacto Ambiental, Social e Saúde - Pré-avaliação (Fase de Estudo)
- EPDA Fase de Divulgação
- Fase de Especialista
- Projeto ESHIA da Fase de Divulgação
Plano de Ação para o Reassentamento - Envolvimentos do Governo
- Envolvimentos Diretos por Pessoas Afetadas pelo Projeto
3.2 Processo de Avaliação do Impacto Ambiental, Social e Saúde
3.2.1 Fase de Pré-avaliação (Fase de Estudo)
3.2.1.1 Reuniões Publicas
Tabela 3.1 abaixo resume as atividades do envolvimento por acionistas para a Fase de Pré-avaliação do ESHIA. A Tabela está elaborada abaixo.
Tabela 3.1: Reuniões Abertas com Comunidades Afetadas pelo Projeto como parte da Fase da Pré-avaliação
Preparações para as Reuniões
Como regulamentado pelo Decreto 45/2004 dos Regulamentos EIA de Moçambique, um período de notificação de 15 dias deve ser anunciado na imprensa antes de uma reunião publica. Informação sobre o processo ESHIA foi anunciado no Rádio Moçambique, Rádio Sem Fronteiras e a Televisão de Moçambique (TVM) e enviado a todos os seguintes I&APs:
Governo da Província do Cabo Delgado;
Direção Provincial de Obras Publicas e Habitação; Direção Provincial de Agricultura;
Direção Provincial de Turismo; Direção Provincial de Saúde; Direção Provincial de Educação;
Direção Provincial de Recursos Minerais e Energia; Direção Provincial de Trabalho;
Direção Provincial de Industria e Comercio;
Direção Provincial para a Coordenação de Assuntos Ambientais; Direção Provincial da Mulher e Assuntos Sociais;
Acionistas Hora Data Local Participantes Reuniões Publicas com as Comunidades Afetadas pelo Projeto
Nquide Membros da comunidade 10:00 04/03/2013 Nquide 150
Ntete Membros da comunidade 14:00 04/03/2013 Ntete 100
Maputo Membros da comunidade 10:00 05/03/2012 Maputo 80 Pirira Membros da comunidade 14:00 05/03/2012 Pirira 40
Direção Provincial de Pescarias;
Instituto Nacional para a Pesquisa de Pescarias;
Instituto Nacional para o Desenvolvimento de Pescarias em Pequena Escala; Instituto Nacional de Estatísticos;
Centro Terra Viva Associação de Amigos do Ambiente; Aga Khan Fundação;
EPAM;
Universidade Católica;
Instituto Nacional de Petróleo; Unilúrio;
WWF;
Jornal Notícias; e
ARA-Nort (Direção Regional do Tempo)
O método utilizado para informar as comunidades foi através dos chefes do local e lideres comunitários. Antes de cada reunião, uma reunião do grupo de focalização foi realizada com os chefes do local e lideres comunitários para lhes informar sobre o processo ESHIA e finalizar as datas para as reuniões comunitárias publicas. Nas reuniões de grupo focalizado, foram concordadas as datas e horas para as reuniões comunitárias. As apresentações foram apresentadas em Português e traduzidas para a língua local (Macua) por representantes comunitários. Documentos da Informação de Base (BIDs), com anexados registos para comentários e formulários foram circulados em cada uma das reuniões.
Atas das Reuniões e registos de atendimento estão anexados a este relatório como Apêndice 1 e 2.
Procedimentos das Reuniões
Em geral, todas as reuniões comunitárias seguiram o mesmo formato. As apresentações foram realizadas em Português e depois traduzidas para a língua do local por representantes comunitários. As apresentações forneceram informação de base, tal como os locais de depósitos em relação ás comunidades usando mapas ilustrativos, enquanto se explicava os procedimentos legais do processo ESHIA. Deste modo, as principais questões ambientais e sociais foram realçadas, enquanto explicando como os vários especialistas estudaram e pretendem estudar e enfrentar estas questões.
Notificação precoce foi fornecida ás comunidades em cada reunião a fim de as preparar e garantir que todos os I&APs estavam conscientes do estado do projeto; tendo a oportunidade para levantar questões, preocupações ou comentários. As comunidades também foram informadas do modo em que a informação seria fornecida, bem como as datas e horas das reuniões, que foi principalmente através da mídia local e os chefes.
Depois das apresentações, as comunidades receberam a oportunidade para fazerem perguntas, comentários e/ou levantar preocupações. As perguntas foram respondidas por um consultante CES ou representante do proponente. Subsequente a isto, os chefes que estavam presentes na reunião fizeram as considerações finais e agradeceram a todos pela presencia de cada um.
Reuniões Realizadas
Como demonstrado na Tabela 3.1, quatro reuniões publicas foram realizadas em Nquide, Pirira, Maputo e Ntete.
Ambas as reuniões no Nquide e Pirira foram realizadas no dia 4 de março de 2013. As reuniões foram assistidas pelos secretários e os chefes das aldeias, juntamente com aproximadamente 150
como a CLO.
As reuniões em Maputo e Ntete foram realizadas no dia 5 de março de 2013. Ambas reuniões foram assistidas pelos chefes da aldeia, seguido por 120 membros da comunidade assistindo cada reunião. A CES foi representada pela Lungisa Bosman, enquanto a Sra. Laura Redolfo representou o proponente como a CLO.
As perguntas, comentários e preocupações levantadas durante estas reuniões forneceram informações uteis para as aspirações, percepções e expectativas do PAP com respeito ao projeto. Referir-se á Seção 4 para a Trilha de Questões e Respostas.
3.2.2 Fase de Divulgação EPDA
Os principais objetivos do PPP durante esta fase foi para divulgar as principais conclusões do Relatório EPDA aos relevantes oficiais governamentais e aos membros da comunidade.
Ambas as reuniões da comunidade e do governo foram realizadas para fase. Os mesmos procedimentos de planejamento foram seguidos para o período da divulgação publica EPDA, como regulamentado pelo Decreto 45/2004 dos Regulamentos EIA de Moçambique. Anúncios foram publicados em jornais e na estação de rádio local como foi feito para o processo inicial de envolvimento.
Copias do projeto do relatório EPDA estavam disponíveis para revisão nos seguinte locais: Campo no Local da Twigg Balama;
Escritório de Administração do Distrito de Balama na Cidade de Balama; No Escritório da MICOA em Pemba;
No Escritório dos Serviços Costeiros e Ambientais em Maputo; e No website do CES.
Envolvimentos do Governo
Convites foram enviados a todos os I&APs chave (i.e. governo provincial e representantes do distrito, como identificados durante a primeira PPP) para as reuniões de divulgação EPDA (referir-se ao Apêndice 3 para ver estas cartas de notificação). Uma reunião foi realizada em Pemba no dia 22 de agosto de 2013 para apresentar o projeto do relatório EPDA aos acionistas provinciais. A cerca de 80 pessoas de departamentos diferentes assistiram á reunião. Antes destas reuniões, cópias do projeto EPDA foram enviadas aos acionistas, permitindo-os tempo para revisar o relatório antes da reunião. A reunião foi realizada em Português. A ata foi compilada em uma Trilha de Questões e Respostas, incluída sob a Seção 4 deste relatório.
Reuniões Comunitárias
Cinco reuniões comunitárias foram realizadas para divulgar a EPDA as comunidades afetadas. Em primeiro lugar, as reuniões foram anunciadas no radio local e através dos lideres locais, que foram informadas sobre as reuniões a fim de notificar o resto dos membros da comunidade. As reuniões foram realizadas em Nquide e Ntete no dia 19 agosto de 2013, e em Pirira e Maputo no dia seguinte. A quinta reunião foi realizada com o Administrador do Distrito no dia 21 de agosto de 2013. Todas as reuniões foram realizadas em português e Macua. A ata da reunião foi compilada e está anexada a este relatório como o Apêndice 1. Uma Trilha de Questões e Respostas também foi projetada, que está apresentada sob a Seção 4 deste relatório.
Placa 3.1: Divulgação da EPDA durante as reuniões comunitárias
3.2.3 Fase Especialista
Durante a Fase Especialista, oito reuniões de grupo focalizado foram realizadas como parte da SIA. Estes grupos de foco elaboraram sobre o processo dos ESHIA e forneceram uma oportunidade para obter uma linha base dos dados socioeconômicos dos PACs e a subsistência deles. A Tabela 3.2 abaixo demonstra uma lista destes grupos de focalização.
Tabela 3.2: Discussões dos Grupos de Focalização como parte da fase especialista Grupo/Parte
Afetada/Aldeia Data Local Qtd. De Participantes
Todos os quatro chefes
das aldeias afetadas 2 março 2013 Ntete 4
Juventude de Nquide 6 março 2013 Nquide 40
As mulheres de Maputo 11 março 2013 Maputo 40
As mulheres de Pirira 11 março 2013 Pirira 30
Juventude de Maputo 10 março 2013 Maputo 60
Juventude de Pirira
12 março 2013 Pirira 30
Professores de Ensino em
Nquide 13 março 2013 Escola Primária de Nquide 4
Curandeiros
13 março 2013 Nquide 5
Durante cada discussão de cada grupo de focalização, os chefes informaram os representantes de aldeia presentes, do processo ESHIA. Após disso, o Sr. Bosman e funcionário de apoio realizou uma apresentação breve do projeto e informou os aldeãos presentes que isto era somente o processo inicial da consulta como parte da ESHIA. Foi explicado que o projeto estava somente na sua fase de desenvolvimento, e que mais consultoria a nível da aldeia seguiria após da infraestrutura básica do projeto ter sido fornecida e os planos de mineração finalizados. Os aldeãos então receberam a oportunidade de levantar quaisquer questões e/ou preocupações sobre o projeto. Todas as reuniões foram bem atendidas, com a cerca de 100-150 pessoas em cada.
Placa 3.2: Reuniões de grupos de foco, como parte da Avaliação do Impacto Social
3.2.4 Fase ESHIA
Como parte da divulgação do relatório ESHIA, várias reuniões públicas serão realizadas com os PACs e funcionários governamentais pertinentes. Procedimentos de planejamento semelhantes serão seguidos, regulamentados pelo Decreto 45/2004 dos regulamentos de EIA de Moçambique
3.3 Plano de Ação para o Reassentamento (PAR)
3.3.1 Compromissos da comunidade diretamente afetada pelo projeto
Tabela 3.3 abaixo lista todas as atividades de participação pública no âmbito do Plano de Ação para o Reassentamento elaboradas até ao final de agosto de 2014.
Tabela 3.3: Atividades de Participação Pública no Plano de Ação para o Reassentamento
Aldeia Data Nº de Participantes Objetivo/s
1ª e 2ª Visita ao Local do Plano de Ação para o Reassentamento (Julho a Agosto 2013)
Ntete 08/07/2013 23
Para apresentar a equipa social do RAP (PAR) e estabelecer uma Equipa de Trabalho (TWG) elegendo dois representantes de cada aldeia
Nquide 09/07/2013 25
Maputo 09/07/2013 41
Pirira 10/07/2013 102
Nquide
06/08/2013
44 Para explicar o processo de avaliação de terras cultiváveis e apresentar os trabalhadores recrutados pela CES para cada aldeia;
Para ler aos moradores os seus direitos no reassentamento de acordo com Constituição de Moçambique e as diretrizes do reassentamento; Para apresentar os membros da TWG e explicar o
funcionamento deste grupo; e
Estabelecer um Mecanismo de Queixa.
Maputo 30
Pirira 102
Ntete 52
3ª Visita ao Local do Plano de Ação para o Reassentamento (Novembro e Dezembro de 2013) Todos os
chefes das aldeias
28/11/2013 14
Para informá-los de propósito da 3ª visita ao local, isto é, avaliar mais machambas, e também fazer a avaliação das machambas que não foram vistas no período de inquérito anterior, em agosto de 2013.
4ª Visita ao Local do Plano de Ação para o Reassentamento: Divulgação do Relatório RAP (Maio de 2014)
Ntete 14/05/2014 14 Explicar o objetivo da visita ao local, que foi o de
divulgar o relatório RAP aos membros do TWG e agricultores afetados e saber da sua opinião; Avaliar as machambas restantes que poderão
ser afetadas pela mina; e
Discutir pacotes de compensação com os membros do TWG e agricultores afetados.
Nquide 15/05/2014 45
Cidade de
Balama 15/05/2014 26
Pirira 16/05/2014 25
Primeira Fase de Participação Pública (Julho de 2013)
Esta visita pretendia apresentar a equipe social de cada aldeia e estabelecer uma Equipe de Trabalho (TWG) elegendo dois representantes de cada aldeia. Os membros da aldeia foram convidados a eleger eles próprios esses representantes, depois que foi explicado a todos o propósito da TWG no processo de deslocamento. Foi também explicado que a equipe RAP (PAR) era independente da mina e que a finalidade principal do RAP (PAR) era salvaguardar os interesses dos moradores para que a mina não afetasse negativamente o modo de vida da população.
Segunda Fase da Participação Pública (Agosto de 2013)
Em agosto de 2013 foi realizada uma segunda visita RAP (PAR) ao local com o objetivo de fazer um inquérito de todos os agregados familiares e uma avaliação das machambas dentro área de influência de mineração (AoI). Realizou-se uma reunião da Comunidade em cada aldeia, a fim de explicar o inquérito do agregado familiar e o processo de avaliação de terras agrícolas, e também apresentar os trabalhadores do CES recrutados e os membros da TWG. Além disso, o Mecanismo de Queixa também foi estabelecido em cada aldeia. Durante essas reuniões também foi explicado o desenvolvimento progressivo da mina, ou seja foi salientado que as obras da mina não iriam ser feitas da noite para o dia. Desta forma, os aldeões poderiam ficar descansados que só um certo número de fazendas iriam desaparecer e/ou ser afetadas, e que nem todas as famílias a ser estudadas iriam portanto perder suas propriedades. Também foi estabelecida uma distinção entre a perda de terras e a perda de colheitas/estruturas nesses terrenos. Foi explicado que o governo iria ajudar os agricultores que perdessem terras a encontrar outras terras, ao mesmo tempo que o pretendente seria responsável por compensar a perda e/ou distúrbio de culturas, árvores e/ou estruturas associadas
Terceira Fase de Participação Pública (Nov./Dez de 2013)
Durante a terceira visita ao local em novembro e dezembro de 2013, foi realizada uma reunião com os quatro líderes da PAC em 28 de novembro de 2013. Durante este encontro, eles foram informados que a finalidade da visita ao local era avaliar mais machambas e também algumas das machambas que não foram avaliadas no período de inquérito anterior, em agosto de 2013. A permissão foi concedida para prosseguir
Quarta Fase de Participação Pública (Maio de 2014)
Por fim foi feita a quarta visita ao local de 8 a 16 de maio de 2014. A visita ao local foi feita por Sr. Bosman, Sra. Saranga e Sra. Buque (CES). O objetivo desta visita foi:
Avaliar algumas das restantes machambas;
Divulgar o rascunho do Relatório RAP (PAR) ao Administrador Distrital e populações afetadas e inteirar-se da sua reação;
Discutir pacotes de compensação com os membros da TWG e todos os agricultores afetados; e
Encontrar-se com a Comissão de Reassentamento do Distrito.
O Administrador do Distrito foi convidado a convocar todas as reuniões que foram realizadas durante esta visita. Artigo 23 da Legislação Moçambicana respeitante ao Processo de Reassentamento Resultante de Atividades Económicas (2012) exige pelo menos quatro reuniões de consulta pública como parte da divulgação do relatório RAP. No cumprimento deste requisito, uma reunião de divulgação foi organizada pelo administrador nas aldeias de Pirira, Ntete, Nquide, Maputo e Balama. As atas de cada reunião estão brevemente esboçadas abaixo
reuniões de divulgação do RAP. Cada reunião foi anunciada nas aldeias pelos membros TWG (as atas e registos de presença desses cinco encontros encontram-se no relatório RAP' EOH CES, 2014_Parte 6).
Cada reunião foi aberta com a Sra. Saranga (CES) divulgando o relatório RAP, especificamente sobre as estratégias de compensação, conforme proposto neste relatório. Após esta leitura a sessão era aberta ao debate. A maioria dos debates girava em torno de questões de compensação. Desta feita, uma pista de questões e respostas foi compilada depois deste período de divulgação. Esta pista está incluída na secção 4 deste relatório.
3.3.2 Atividades de Participação Pública no Futuro
Está prevista uma contínua participação pública durante a fase de implementação do RAP. Isto inclui, mas não está limitado a:
Interação com proprietários de machambas afetados e suas famílias;
Mais compromissos com o TWG (durante todo o ciclo de vida do projeto, ou quando o governo do distrito do proponente descontinuar o grupo por qualquer motivo); e
Compromisso contínuo com o governo através da Comissão de reassentamento do distrito.
O relatório RAP deverá ser consultado para tais compromissos futuros.
3.4 Um Futuro Fórum Quando a Mina for Desativada
Por fim, será criado um fórum no futuro para a fase de desativação (encerramento) do projeto. Este comité terá a incumbência de ajudar a encontrar soluções para questões que poderão surgir (tais como postos de trabalho possíveis) que diretamente afetem a força de trabalho. Este fórum irá incluir governo, populações e representantes do trabalho para discutir as questões seguintes (entre outras):
Opções para o uso futuro da terra; Reabilitação ambiental e ecológica;
Estratégias de despedimento e compensação dos trabalhadores; e Estratégias de receitas alternativas.
Será realizada uma reunião geral das populações da área antes da desativação das operações para apresentar um Plano de Encerramento da Mina (incluindo despedimentos e estratégias de compensação, criação de meios de subsistência alternativos, plano de futuros estatutos de serviços, infraestruturas e ordenamento do território). Comentários e sugestões das partes interessadas serão ouvidas e, sempre que possível, incluídas no Plano final do Encerramento da Mina.
4.
IDENTIFICAÇÃO DE QUESTÕES E RESPOSTAS
4.1 Visão geral
Na secção seguinte do relatório vemos a trilha seguida por três questões e respostas. A primeira foi abordada durante a fase de avaliação prévia, a segunda durante o processo da ESHIA, já a terceira foi elaborado após o período de divulgação do RAP. Essas trilhas ilustram como até agora as questões foram ouvidas e resolvidas durante o PPP.
4.2 Um Resumo das Principais Questões e/ou Receios
Várias questões fundamentais foram levantadas durante as fases ESHIA e RAP (PAR) do projeto. Incluem as seguintes:
Alojamento
Membros da comunidade mostraram preocupação quanto à disponibilidade de alojamento para os trabalhadores locais.
Questões sobre sexos
A possibilidade de empregar mulheres no trabalho foi uma preocupação para os membros da comunidade, pois desejavam que as mulheres também tivessem trabalho na mina.
Emprego
A maioria dos membros da população local têm grandes expectativas em matéria de emprego futuro, e quase metade dos comentários no IRT relacionam-se com esta questão. Portanto não é de estranhar que emprego e questões em matéria de recrutamento foram levantadas durante a maioria das reuniões e debates de assuntos específicos. Dentro da mesma questão também se debateu a necessidade de recrutamento local, e muitos mostraram preocupação no uso de trabalhadores externos ou expatriados. Em muitos casos, esta preocupação foi reforçada pelo fato de que muitos afirmam não ter a documentação exigida para o emprego na mina, nem conhecimentos ligados à mineração.
Muitos membros da população acham que pessoalmente não irão ganhar nada com o projeto. Eles levantaram preocupações relacionadas à corrupção no processo de recrutamento, permitindo que estrangeiros obtenham as oportunidades de emprego, disponibilidade de trabalho para pessoas deficientes; mulheres e jovens, falta de capital próprio e um desejo de formação para que possam aumentar seus conhecimentos práticos.
Benefícios para a População e Desenvolvimento de Infraestruturas Sociais
Membros da comunidade destacaram vários desafios para a população, tal como a falta de infraestrutura e serviços sociais, tipo: provisão de água, estradas e escolas na área. A maioria das escolas está num estado deplorável, segundo eles, sem nenhuma mobília. Muitos membros da população inquiriram se o proponente iria fornecer qualquer assistência no sentido de modernizar tal infraestrutura. Aspetos infraestruturas como instalação de energia elétrica, melhoria no acesso às escolas, novos poços para suprimento de água, instalações de saúde, desporto e lazer estiveram entre as preocupações e solicitações levantadas pelos membros da comunidade. Reassentamento e Compensação
Isto foi uma questão levantada na maioria das reuniões comunitárias. A questão da compensação de colheita é, claramente, uma das mais importantes questões levantadas nas reuniões, pois os donos de muitas machambas perderão suas terras na operação do projeto. Quando começaram os contatos com a população foi garantido aos aldeões que não haveria deslocamentos físicos, mas apenas deslocamentos económicos desencadeados pelo projeto. Isto contribuiu para