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PREFEITURA MUNICIPAL DE
PINTADAS PUBLICA:
DECISÃO/ RECURSO/ PARECER JURÍDICO/ PREGÃO PRESENCIAL Nº 012/2021
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DECISÃO
REF.: PROCESSO LICITATÓRIO N° 016/2021 - PREGÃO PRESENCIAL N° 012/2021.
Trata-se de Recurso interposto pela empresa M DA SILVA ARAÚJO RIOS DE PINTADAS ME, ao processo licitatório, na modalidade Pregão Presencial n° 012/2021, objetivando a seleção das melhores propostas para eventual contratação de pessoa jurídica para o fornecimento parcelado de material de expediente e didático, destinados às Secretarias Municipais de Pintadas-Bahia.
Analisadas as razões apresentadas pela Recorrente e com base nas informações prestadas pela Ilma. Pregoeira, bem como, diante dos fundamentos contidos no Parecer Jurídico, exarado pela Procuradoria Geral do Município, decido pelo não provimento do Recurso interposto pela referida empresa.
Publique-se.
Pintadas/BA, 25 de junho de 2021.
Wanderley Silva Gomes
Secretário Municipal de Governo e Administração Financeira
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PARECER JURÍDICO
PROCESSO LICITATÓRIO Nº 016/2021 PREGÃO PRESENCIAL Nº 012/2021
EMENTA: LICITAÇÃO–PREGÃO PRESENCIAL -
RECURSO INDEFERIMENTO
I – DO RELATÓRIO:
Trata-se de análise de Recurso interposto pela empresa M DA SILVA ARAÚJO RIOS DE PINTADAS ME, ao processo licitatório, na modalidade Pregão Presencial n° 012/2021, objetivando a seleção das melhores propostas para eventual contratação de pessoa jurídica para o fornecimento parcelado de material de expediente e didático, destinados às Secretarias Municipais de Pintadas-Bahia.
Ia. - DO PEDIDO DA RECORRENTE:
Requer a empresa M DA SILVA ARAÚJO RIOS DE PINTADAS ME a modificação da decisão da Pregoeira, para declarar a sua habilitação e consequentemente a adjudicação do objeto licitado. Sob o argumento de que a apresentação da Certidão Negativa de Débitos Municipal supri a apresentação do Alvará de Funcionamento não apresentado pela referida empresa.
II – DA FUNDAMENTAÇÃO
Alega a Recorrente, que ao contrário do quanto decidido pela Pregoeira deveria ser habilitada, na medida em que, mesmo não apresentando o Alvará de Funcionamento a exigência contida no Edital, fez constar em sua documentação de habilitação a Certidão
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Negativa de Débito junta a Fazenda Municipal, na qual demostra que a empresa se encontra adimplente e apta ao seu pleno funcionamento.
A Administração Pública está vinculada ao Princípio da Legalidade, razão pela qual seus atos devem ser praticados em conformidade com o quanto estabelecido na legislação aplicável ao caso concreto.
Assim, é que, os Documentos como o Alvará de Funcionamento e a Licença Sanitária, onde as empresas são obrigadas a possuir para funcionamento, por imposição legal, podem ser exigidos em certame licitatório, conforme o inciso IV do art. 30 da Lei nº 8.666/93: Licença Sanitária / Autorização de Funcionamento – habilitação técnica.
Esse também é o entendimento do TCU:
O TCU no Processo nº TC-033.876/2010-0. Acórdão nº 0392/2011 – Plenário. Capacidade Técnica – alvará de funcionamento TJDFT decidiu:
1 – Ao inscrever-se em procedimento licitatório, obriga-se o concorrente a observar as regras constantes do edital, uma vez que este faz lei entre as partes.
2 – A exigência de apresentação de alvará de funcionamento, não se mostra desarrazoada e incoerente, uma vez que se destina a todos os interessados, preservando o princípio da igualdade entre os participantes. Fonte: TJDF. 5ª Turma Cível. AGI nº 20020020005908. DJ 21 ago. 2002.
Isto posto, verifica-se que as imposições contidas no Edital em comento, estão de acordo com os termos do art. 27, I e 28, V, da Lei nº 8.666/93.
Ressalta-se que o Alvará de Funcionamento é documento indispensável para o exercício da atividade empresarial, devendo a Administração Pública Municipal, para a sua própria segurança, no momento da efetiva contratação, realizar minuciosa análise documental, evitando, desta forma, negociações com empresas que apresentem irregularidades em suas atividades. É, portanto, o documento que atesta se a empresa está regular para exercer suas atividades em um determinado lugar, de acordo com as normas estabelecidas para aquele fim. Já a regularidade fiscal, constante da CND Municipal, ao contrário do alegado pela recorrente, significa que o licitante se encontra de forma regular perante suas obrigações com a legislação tributária.
Ademais, os diversos Princípios que regem o processo licitatório devem ser usados para nortear a validade dos atos procedimentais licitatórios, quais sejam: os da
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Moralidade, da Publicidade, da Probidade Administrativa, dentre outros, entretanto, para a análise do caso concreto, nos deteremos aos princípios básicos da Legalidade, da Vinculação ao Instrumento Convocatório e do Julgamento Objetivo.
O PRINCÍPIO DA LEGALIDADE é considerado como de fundamental relevância para a administração pública, objetivando claramente ceifar a vontade individual do administrador perante a coletividade, limitando seus atos e defendendo o cidadão contra possíveis abusos e arbitrariedades, vinculando o poder público a força da lei. Vejamos como dispõe o Art. 3º da Lei 8666/93, a respeito do julgamento das propostas em processo licitatório:
Art. 3º A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos” (grifamos)
Diante da redação legal se impõe uma determinação ao administrador: processar e julgar as propostas da licitação em estrita conformidade com os princípios que a norteiam.
O PRINCÍPIO DA VINCULAÇÃO AO INTRUMENTO CONVOCATÓRIO garante a manutenção das regras instituídas pelo edital, de modo que sejam seguidas fielmente, vinculando o administrador e os administrados às suas regras, traçando como fundamento evitar, qualquer embate aos princípios da impessoalidade, moralidade e probidade administrativas.
No caso em tela, a Administração Pública, agiu em conformidade com os dispositivos legais que regem os procedimentos licitatórios, haja vista, que atentou para a manutenção das regras instituídas no edital,
Do exposto, observa-se que o certame foi conduzido traçando como fundamento evitar, qualquer embate aos Princípios básicos que regem a Administração Pública, notadamente os acima elencados.
Assim, não acolho as alegações da empresa recorrente, haja vista que não apresentou documento exigido em Edital, agindo acertadamente a Comissão de Licitação ao
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inabilitar a empresa M DA SILVA ARAÚJO RIOS DE PINTADAS ME, inexistindo qualquer espécie de ilegalidade na inabilitação da referida empresa.
III - DA CONCLUSÃO
Diante da contextualização aludida, observados os Princípios basilares da Licitação Pública e sob o amparo das Leis 10.520/2002 e 8.666/93, entendo pelo conhecimento e não provimento do presente Recurso Administrativo, para manter a decisão da Comissão Permanente de Licitação do Município de Pintadas/BA, acerca da inabilitação da empresa M DA SILVA ARAÚJO RIOS DE PINTADAS ME;
Assim, nos termos do art. 49, §3º da Lei 8.666/93, o particular deve ser informado da decisão da Administração Pública, lhe assegurando o direito ao contraditório e da ampla defesa.
Salvo melhor juízo, é o parecer. À deliberação superior.
Pintadas/BA, 25 de junho de 2021.
Elinne Coelho Moreira