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OPSS Observatório Português dos Sistemas de Saúde

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Academic year: 2021

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Avaliação do risco de lesões musculo-esqueléticas do membro superior ligadas ao trabalho (LMEMSLT): aplicação dos métodos RULA e Strain Index

Florentino Serranheira* (serranheira@ensp.unl.pt) António de Sousa Uva** (asuva@ensp.unl.pt) * Ergonomista, Docente da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa

** Médico do trabalho, Docente da Escola Nacional de Saúde Pública – UNL

Resumo

A avaliação do risco de lesões musculo-esqueléticas do membro superior ligadas ao trabalho (LMEMSLT) realiza-se, com frequência, através do recurso a métodos observacionais.

Este estudo comparou os resultados de duas metodologias observacionais de avaliação do risco de LMEMSLT, o RULA (Mcatamney; Corlett, 1993) e o Strain Index (Moore; Garg, 1995), envolvendo 33 postos de trabalho da indústria de montagem de contadores eléctricos.

A análise estatística dos resultados (comparação de medianas de Wilcoxon e correlação de Spearman) não evidenciou a existência de diferenças, com significado estatístico, entre as duas metodologias de avaliação do risco de LMEMSLT. Contudo, observaram-se, no mesmo posto de trabalho, pares de classificações com níveis de risco díspares, em que um qualquer dos dois métodos classifica um determinado posto de trabalho como “ausência de risco de LMEMSLT”, enquanto o outro o classifica como “risco elevado de LMEMSLT”.

Abstract

Evaluating the risk of musculoskeletal disorders (injuries) on the hand/arm directly connected with the work performed (WRMSD’s) is done frequently using distinct observation methods.

This study has compared the results obtained using two different methodologies, the RULA (Mcatamney; Corlett, 1993) and the Strain Index (Moore; Garg, 1995), involving 33 workplaces in the industry of electric boards assembly.

The statistical analysis, through the comparison of Wilcoxon median and Spearman correlation, does not show significant differences, in terms of statistical analysis between both methodologies of WRMSD’s risk evaluation .

However, there are pairs of classifications, obtained in the same workplaces that whilst one of the methods classifies a certain work position as "Risk free of WRMSD’s ", the other classifies it as "high risk of WRMSD’s " and/or vice versa.

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1. Introdução

As lesões musculo-esqueléticas ligadas ao trabalho (LMELT) foram, ao longo das últimas décadas, referidas como as alterações de saúde mais frequentemente relacionadas com diversos contextos de trabalho. Em Inglaterra (Health & Safety Commission, 1990), as LMELT são mesmo consideradas as mais frequentes doenças relacionadas com o trabalho (tradução literal da expressão work-related

diseases) e nos Estados Unidos, são consideradas por alguns autores (Mclaud, 1993; Muggleton et al., 1999) como uma possível epidemia do século XXI.

As actividades profissionais com postos de trabalho envolvendo diversos factores de risco de LMELT são muito numerosas, abrangendo designadamente actividades com tarefas repetitivas, aplicações de força e posturas articulares extremas (ou desconfortáveis). Tais características, associadas a outros factores de risco de natureza individual (por exemplo, doenças como a diabetes e características antropométricas como o diâmetro do punho), constituem elementos da matriz etiológica das LMELT, ainda que não sejam bem conhecidas as respectivas relações exposição/efeito (WHO, 1995).

Os aspectos essenciais para o desenvolvimento das LMELT são: (1) uma actividade realizada fundamentalmente por gestos que impliquem a necessidade de adopção de posições angulares extremas dos membros; (2) esforços excessivos e (3) elevada repetitividade. As lesões resultam consequentemente de um desequilíbrio, sem os necessários intervalos de recuperação, entre as solicitações biomecânicas e as capacidades funcionais do trabalhador, uma vez que os intervalos de recuperação necessários, são insuficientes ou inexistentes.

As lesões musculo-esqueléticas do membro superior ligadas ao trabalho (LMEMSLT) são as LMELT mais frequentes, manifestando-se inicialmente pela existência de desconforto (ou mal estar) e fadiga, relacionados com um esforço intenso, com esforços consecutivos ou ainda com esforços sem intervalo de recuperação. Em muitos casos, a sintomatologia persiste, podendo sofrer agravamento e dar origem a situações patológicas, eventualmente incapacitantes.

A elevada variabilidade de evolução das LMEMSLT, não permite estabelecer, com rigor, o tempo necessário para o desenvolvimento da patologia, que pode variar entre alguns dias a alguns anos (Anderson, 1988).

O diagnóstico das situações de risco de LMEMSLT constitui o primeiro passo de qualquer estratégia de melhoria das condições de trabalho, na perspectiva da ergonomia, da saúde e da segurança. Nesse contexto, a utilização de métodos observacionais para a determinação do nível de risco

potencial de LMEMSLT permite, de uma forma relativamente simples, a organização de informação

sobre os principais factores de risco existentes no posto de trabalho e a decorrente definição de prioridades para eventuais medidas de intervenção de natureza correctiva.

O presente estudo teve como objectivo comparar dois métodos observacionais de determinação do risco de LMEMSLT (Rapid Upper Limbs Assessment - RULA e Strain Index - SI) em situações reais de trabalho. O método RULA e o método Strain Index, são metodologias de avaliação do risco de LMEMSLT que determinam a obtenção de um nível de risco para cada posto de trabalho analisado e, dessa forma, permitem hierarquizar a análise da actividade a desenvolver e, consequentemente, as prioridades de aplicação das eventuais medidas de prevenção.

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2. População e Métodos

O estudo decorreu em situação real de trabalho e abrangeu 33 postos de trabalho pertencentes à indústria de montagem de componentes em contadores de electricidade, aos quais se aplicaram os métodos RULA e Strain Index (SI).

Nos postos de trabalho estudados, os operadores, na posição sentada, desenvolviam, principalmente com o membro activo, um intenso trabalho muscular localizado (dinâmico e estático) ao nível dos membros superiores e da região cervico-dorsal, em tarefas de montagem de pequenos elementos em contadores eléctricos.

2.1 Métodos Observacionais RULA e Strain Index

2.1.1 Rapid Upper Limbs Assessment (RULA) - McAtamney; Corlett (1993)

O RULA é um método observacional, de classificação postural, desenvolvido para a investigação ergonómica de postos de trabalho com eventual risco de LMELT. É um instrumento de análise que, não necessitando de equipamentos sofisticados, permite obter uma rápida avaliação: (1) das posturas assumidas pelo trabalhador; (2) das forças exercidas; (3) da repetitividade e (4) das cargas externas sentidas pelo organismo. O método RULA utiliza um sistema de códigos, com os quais dá origem a uma lista categorizada de acções, indicadores de um nível de intervenção susceptível de reduzir o risco de LMELT provocado pela carga física imposta ao operador.

O RULA foi inicialmente desenvolvido na indústria de vestuário, onde a respectiva avaliação foi executada em trabalhadores que realizavam essencialmente tarefas de corte (postura ortostática) em máquinas de costura (postura sentada), tarefas de clipagem e ainda em operações de inspecção e de empacotamento.

A principal finalidade da aplicação do método reside na identificação do esforço muscular que está associado à postura de trabalho assumida e às forças aplicadas na realização de actividades estáticas ou repetitivas que possam contribuir para o desenvolvimento de fadiga muscular localizada.

O método utiliza diagramas posturais e três tabelas de pontuação para aceder à exposição aos factores de risco externos: (1) número de movimentos; (2) trabalho muscular estático; (3) força;

(4) posturas de trabalho condicionadas pelos equipamentos ou mobiliário e (5) duração, sem

pausas, do período de trabalho. Através da pontuação obtida com a aplicação do método é possível criar uma tabela ordenada de níveis de risco de LMEMSLT.

A aplicação do RULA e o respectivo registo em grelhas de análise (Quadros 1 a 3), foram efectuados após uma observação cuidada do operador em diversos ciclos de trabalho. A selecção das tarefas e das posturas a analisar foi antecedida de um estudo detalhado da situação de trabalho, seleccionando a postura mantida durante mais tempo no ciclo de trabalho, a postura assumida quando ocorriam as maiores cargas/forças e a postura mais exigente assumida (presença de ângulos articulares extremos). O RULA pode ser aplicado para o lado direito e/ou esquerdo de forma independente (classificação unilateral), de acordo com a observação e a selecção postural efectuada.

A avaliação do risco decorre dos resultados parcelares das tabelas A, B e C, constantes do

Quadro 4. O resultado da tabela A é obtido através da soma das classificações calculadas para o braço, antebraço, punho e mão, enquanto o resultado da tabela B se obtém a partir das

classificações atribuídas à região cervical, ao tronco e aos membros inferiores. Os resultados

das tabelas A e B são somados com os resultados obtidos na avaliação do esforço muscular, da força exercida e da repetitividade, obtendo-se os resultados dos grupos A e B.

(4)

Os resultados dos grupos A e B são então integrados na tabela C (Quadro 5), obtendo-se, dessa foram, a avaliação do risco, cujo resultado final é interpretado de acordo com os critérios do

Quadro 6.

Quadro 1 - Grupo A - Membro Superior (direito ou esquerdo)

Quadro 1 - Grupo A - Membro Superior (direito ou esquerdo)

Zona Anatómica Pontuação Descrição Postural Observações

Braço

1 De 20º de extensão até 20º de flexão - ombro elevado : +1

2 Acima de 20º de extensão e de 20 a 45º de flexão - abdução do braço : +1

3 De 45 a 90º de flexão - apoio do braço : -1

4 Acima de 90º de flexão - Nº de repetições por ciclo:

Antebraço

1 De 60 a 100º de flexão - antebr. No plano cruzamento de

de trabalho: +1

2 De 0 a 60º ou acima de 100º de flexão - operações fora da zona óptima de

trabalho: +1 - Nº de repetições por ciclo:

Punho

1 Posição neutra - desvios cubitais ou radiais: +1

2 De 0 a 15º de flexão ou extensão - da pos. neutra até 45º de

rotação (sup. e pron.): +1

3 Acima de 15º de flexão ou extensão - acima de 45º até à rotação

máxima (sup. e pron.): +2 - Nº de repetições por ciclo:

(5)

Quadro 2 - Grupo B - Região cervical, dorso-lombar e membros inferiores

Zona Anatómica Pontuação Descrição Postural Observações

Região Cervical

1 de 0 a 10º de flexão - se existir rotação

: +1

2 de 10 a 20º de flexão - se existir flexão

lateral : +1

3 Acima de 20º de flexão - Nº de repetições

por ciclo:

4 Extensão

Tronco

1 Sentado com o tronco a 90º - se existir rotação

: +1

2 de o a 20º de flexão - se existir flexão

lateral : +1

3 20 a 60º de flexão - Nº de repetições

por ciclo:

4 Acima de 60º de flexão

Membros Inferiores

1 Sentado com pernas e pés apoiados e com o peso bem

distribuído

1 de pé com o peso corporal distribuído por ambos os M.I. e

com espaço para mudar de posição

- Nº de repetições por ciclo:

2 se as pernas e pés estão balanceantes ou se o peso se

(6)

Quadro 3 – RULA - Classificação final Braço Antebraço A Somatório + Esforço

Muscular + Força Exercida = Pontuação x

Repetitividad e Punho Mão Pontuação Total Região Cervical Tronco B Somatório + Esforço

Muscular + Força Exercida = Pontuação x

Repetitividad e Membros

(7)

Quadro 4 - RULA - Tabelas A e B

Tabela A Tabela B Tronco

Punho

1 2 3 4 Braço Ante

Braço Rot. Rot. Rot. 1 2 1 2 1 2 1 1 1 1 2 2 2 2 3 3 2 2 2 2 2 3 3 3 3 2 3 2 3 3 3 4 2 1 2 2 2 3 3 3 4 2 2 2 2 3 3 3 4 3 2 3 3 3 3 4 4 3 1 2 3 3 3 4 4 5 2 2 3 3 3 4 4 5 3 2 3 3 4 4 4 5 4 1 3 4 4 4 4 4 5 2 3 4 4 4 4 4 5 3 3 4 4 5 5 5 6 5 1 5 5 5 5 5 6 6 2 5 6 6 6 6 7 7 3 6 6 6 7 7 7 7 6 1 7 7 7 7 7 8 8 2 7 8 8 8 8 9 9 3 9 9 9 9 9 9 9

Quadro 5 - RULA - Tabela C

Tabela C 1 2 3 4 5 6 7+ 1 1 2 3 3 4 5 5 2 2 2 3 4 4 5 5 3 3 3 3 4 4 5 6 4 3 3 3 4 5 6 6 5 4 4 4 5 6 7 7 6 4 4 5 6 6 7 7 7 5 5 6 6 7 7 7 8+ 5 5 6 7 7 7 7 Reg. Cervical 1 2 3 4 5 6 Per

nas Pernas Pernas nas Per Pernas nas Per 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 1 2 1 2 2 3 3 4 4 4 4 4 2 1 2 2 2 3 4 4 5 5 5 5 5 3 2 2 2 3 3 4 4 5 5 5 6 6 4 2 3 2 3 3 4 4 5 5 6 6 6 5 3 4 4 4 4 5 5 6 6 6 6 6

(8)

Quadro 6 - RULA - Interpretação do resultado final

ƒ 1 a 2 - Posto de trabalho aceitável

ƒ 3 a 4 – Posto de trabalho a investigar

ƒ 5 a 6 - Posto de trabalho a investigar e a alterar rapidamente

ƒ 7 - Posto de trabalho a investigar e a alterar urgentemente

2.1.2 Strain Index (SI) - Moore; Garg (1995)

O Strain Index mede seis variáveis da tarefa: (1) intensidade do esforço; (2) duração do esforço

por ciclo de trabalho; (3) número de esforços por minuto; (4) postura da mão/pulso; (5)

velocidade de execução e (6) duração da tarefa por dia. Cada uma destas variáveis é classificada em cinco níveis, definindo-se um valor que multiplica cada um dos níveis atribuídos, cujo produto constituiu o indicador de esforço. O SI é desta forma um método semi-quantitativo de análise da tarefa que resulta num valor numérico qualitativo, o qual se crê estar relacionado com o risco de desenvolver uma LMEMSLT.

As variáveis da tarefa são calculadas da seguinte forma:

1. Intensidade do esforço - A intensidade do esforço é uma estimativa da força necessária para o desempenho de uma determinada tarefa, reflectindo a magnitude do esforço muscular requerido para alcançar o objectivo de uma única vez. É pois definida como a percentagem da força máxima requerida para desempenhar a tarefa de uma única vez. A intensidade do esforço está relacionada com os constrangimentos fisiológicos impostos (percentagem da força máxima aplicada) e com o constrangimento biomecânico que é necessário obter (força desenvolvida) nas células musculo-tendinosas das extremidades distais superiores. A intensidade do esforço é avaliada por estimativa, já que é patente a dificuldade em medir as forças desenvolvidas in vivo e as forças aplicadas com a mão no sistema de trabalho industrial.

A estimativa da intensidade de esforço é obtida através de descrições verbais dos trabalhadores e do esforço observado, utilizando-se a escala de Borg CR-10. Assim, para cada esforço foi seleccionado um descritor verbal do Quadro 7 que melhor corresponda à observação da intensidade do esforço desenvolvido.

Quadro 7 – SI - intensidade do esforço

Classe do factor % da força máxima Escala de Borg Esforço percebido

1 – Leve < 10 % ≤ 2 Esforço muito leve

2 - Pouco pesado 10 – 29 % 3 Esforço leve/perceptível

3 – Pesado 30 – 49 % 4 - 5 Esforço evidente, expressão facial

inalterada

4 - Muito pesado 50 – 79 % 6 - 7 Esforço substancial; expressão facial

(9)

2. Duração do esforço por ciclo de trabalho - A duração do esforço por ciclo de trabalho reflecte as respectivas tensões fisiológicas e biomecânicas. A duração é medida em percentagem do tempo em que um esforço é aplicado.

Na metodologia do Strain Index os termos “ciclo” e “tempo de ciclo” referem-se, respectivamente, ao ciclo de esforço e à duração temporal do ciclo de trabalho. Uma vez que o tempo de recuperação por ciclo é igual ao tempo de ciclo menos a duração do esforço por ciclo, o Strain Index utiliza os conhecimentos epidemiológicos na respectiva determinação (determinação da percentagem do esforço por ciclo de trabalho).

Para medir a totalidade do esforço por tempo de ciclo, observa-se a actividade durante o tempo suficiente (vários ciclos de trabalho). A duração do período de observação é medida com um cronómetro e o número de esforços é contado com o auxílio de um contador. O total do tempo de esforço por ciclo é, então, calculado dividindo a duração do período de observação pelo número de esforços registados no período de observação.

A duração do esforço é a duração total do esforço por ciclos de esforços (cálculo da divisão de todas as durações de uma série de esforços pelo número de esforços observados). Por outro lado, a percentagem da duração do esforço é calculada com base na razão do total da duração do esforço por ciclo pelo total do tempo de ciclo de esforço.

Percentagem da duração do esforço = Duração média dos esforços por ciclo (em segundos)

x 100

Média aproximada do tempo de

ciclo (seg.)

A percentagem obtida é, seguidamente, comparada com as classificações do Quadro 10, sendo atribuída posteriormente a classificação apropriada. O multiplicador correspondente é identificado utilizando o Quadro 11.

3. Número de esforços por minuto - É a frequência de esforços realizada por minuto, relacionando-se por isso com a repetitividade. O número de esforços por minuto é medido contando o número de esforços que ocorreram durante um período de observação, considerado representativo.

Esforços por minuto = número de esforços

tempo total de observação (em minutos)

4. Postura da mão e do punho - A postura da mão e do punho refere-se à respectiva posição anatómica, em relação a uma posição neutra. Reflecte os efeitos dessa postura em esforços onde a força para agarrar é reduzida e, quando combinada com a intensidade do esforço, reflecte tensões compressivas intrínsecas na zona de passagem dos tendões flexores e extensores ao nível do punho.

A avaliação é mais qualitativa do que quantitativa (Quadro 8), apesar da metodologia utilizada ser baseada em critérios de classificação postural sugeridos por outros autores (Armstrong et

al., 1982).

5. Velocidade de execução - A velocidade de execução expressa o ritmo observado na execução da tarefa. Está incluído no SI devido aos efeitos modificadores dos esforços baixarem (por exemplo a velocidade máxima voluntária), enquanto a amplitude do electromiograma aumenta em função do acréscimo da velocidade de execução.

(10)

Por outro lado julga-se que os músculos de um trabalhador, entre esforços de alta velocidade e alta frequência, não relaxam na totalidade. A estimativa da velocidade de execução é realizada, subjectivamente, por observação (Quadro 9).

Quadro 8 – SI: postura da mão/pulso

Classe do factor Ângulo da extensão Ângulo da flexão Desvio Radial ou Cubital

Muito bom 0 - 10º 0 - 5º 0 - 10º

Bom 11 - 25º 6 - 15º 11 - 15º

Médio 26 - 40º 16 - 30º 16 - 20º

Mau 41 - 55º 31 - 50º 21 - 25º

Péssimo > 60º > 50º > 25º

Quadro 9 - SI: velocidade de execução

Classe do factor Muito lento Lento Médio Rápido Muito rápido

6. Duração da tarefa por dia - A duração da tarefa, expressa em horas, é a totalidade de tempo diário em que a tarefa é desempenhada (Quadro 10). Este factor expressa os eventuais efeitos benéficos da diversidade de funções, da rotatividade, das pausas ou os efeitos prejudiciais das actividades prolongadas, como por exemplo, as horas extraordinárias.

O resultado do SI é o produto dos seguintes seis multiplicadores:

SI = MIE x MDE x MEM x MPM x MVE x MDD

em que:

MIE - multiplicador da Intensidade do Esforço MDE - multiplicador da Duração do Esforço MEM - multiplicador dos Esforços por Minuto MPM - multiplicador da Postura da Mão/punho MVE - multiplicador da Velocidade de Execução MDD - multiplicador da Duração da Tarefa por Dia

(11)

Quadro 10 – SI - aplicação de valores de classificação (descritores) Nível Intensidade

do esforço Duração Do esforço

Esforços/

Minuto Postura da mão/pulso Velocidade de trabalho Duração /dia

1 Leve < 10 < 4 Muito boa Muito lento ≤ 1

2 Pouco pesado 10 – 29 4 – 8 Boa Lento 1 - 2

3 Pesado 30 – 49 9 – 14 Razoável Razoável 2 - 4

4 Muito pesado 50 – 79 15 – 19 Má Rápido 4 - 8

5 Quase máximo ≥ 80 ≥ 20 Muito má Muito rápido ≥ 8

Quadro 11 – SI - determinação dos multiplicadores Nível Intensidade

do esforço Duração do esforço

Esforços/

Minuto mão/pulso Postura da de trabalho Velocidade Duração/ dia

1 1 0,5 0,5 1,0 1,0 0,25

2 3 1,0 1,0 1,0 1,0 0,50

3 6 1,5 1,5 1,5 1,0 0,75

4 9 2,9 2,0 2,0 1,5 1,00

5 13 3,0 3,0 3,0 2,0 1,50

A aplicação do Strain Index é realizada envolvendo, sequencialmente, a seguinte metodologia: (1) recolha de dados; (2) aplicação de valores de classificação (descritores); (3) determinação dos multiplicadores (Quadro 12); (4) cálculo do valor SI (Quadro 13) e (5) interpretação dos resultados (Quadro 14).

Quadro 12 – SI - método de obtenção dos multiplicadores Intensidade do esforço Duração do Esforços/ Minuto Postura da mão/pulso Velocidade de trabalho Duração / Valores determinados Descritores da classificação Multiplicadore s

(12)

Quadro 13 - Cálculo do SI Intensida de do Duração do esforço Esforços / Minuto Postura mão/pu lso Velocidade de trabalho Duração /dia SI X X X X X =

Quadro 14 - SI - Interpretação do resultado final

(a)

SI menores ou iguais a 3 estão provavelmente isentos de risco.

(b)

Testes preliminares identificaram que tarefas associadas às LMEMSLT apresentam

SI maiores que 5.

(c)

SI maiores ou iguais a 7 representam, em princípio, tarefas com um risco acrescido

de LMEMSLT.

2.2 Métodos estatísticos

Os métodos estatísticos utilizados para análise dos resultados foram os seguintes: (1) comparação de medianas de Wilcoxon; (2) a correlação não paramétrica de Spearman e (3) análise interna.

Utilizou-se o nível de significância de 5%, admitindo-se existir diferença estatisticamente significativa quando a probabilidade de significância foi inferior a 0,05

3. Resultados

Foram realizadas 166 observações com o método RULA e 48 observações com o método Strain

(13)

Quadro 15 – Resultados globais R U L A S tr a in In d e x P M A F P M A F P M F P M F P M G P M G R E S U L T A D O S R E S U L T A D O S O b serv a ç ã o n .º M S D M S E M S D M S E M S D M S E R U L A M S D M S E S I 1 3 3 3 3 3 3 3 2 ,2 5 0 2 ,2 5 0 2 ,2 5 0 2 3 3 4 4 3 3 4 4 ,5 0 0 4 ,5 0 0 3 5 4 4 4 4 5 3 0 ,3 7 5 3 0 ,3 7 5 4 4 3 3 3 3 3 4 2 0 ,2 5 0 2 0 ,2 5 0 5 4 4 4 4 4 4 4 ,5 0 0 4 ,5 0 0 4 ,5 0 0 6 4 4 3 3 3 4 4 3 ,3 7 5 4 ,5 0 0 4 ,5 0 0 7 6 3 3 3 3 6 6 ,7 5 0 6 ,7 5 0 8 5 5 5 5 5 5 5 6 ,7 5 0 6 ,7 5 0 9 4 3 3 3 3 3 4 6 ,7 5 0 6 ,7 5 0 1 0 4 3 2 4 2 4 2 ,5 3 0 2 ,5 3 0 1 1 4 4 4 4 4 4 4 6 ,7 5 0 6 ,7 5 0 1 2 4 4 4 4 4 4 4 0 ,1 2 5 0 ,1 2 5 0 ,1 2 5 1 3 3 3 3 3 3 3 0 ,3 7 5 0 ,3 7 5 1 4 5 5 5 5 5 5 5 4 ,5 0 0 4 ,5 0 0 4 ,5 0 0 1 5 6 5 5 5 5 6 4 ,5 0 0 4 ,5 0 0 1 6 6 5 5 5 5 6 4 ,5 0 0 4 ,5 0 0 1 7 4 5 5 5 5 5 2 ,2 5 0 2 ,2 5 0 1 8 5 5 5 5 5 5 1 3 ,5 0 0 1 3 ,5 0 0 1 9 6 6 5 5 6 6 6 4 ,5 0 0 4 ,5 0 0 4 ,5 0 0 2 0 6 6 6 5 5 6 2 ,2 5 0 2 ,2 5 0 2 1 5 6 6 5 5 6 4 ,5 0 0 4 ,5 0 0 4 ,5 0 0 2 2 7 4 4 7 7 7 2 ,2 5 0 2 ,2 5 0 2 ,2 5 0 2 3 4 5 5 4 4 5 6 ,7 5 0 6 ,7 5 0 2 4 5 5 5 5 3 ,3 7 5 3 ,3 7 5 2 5 4 4 4 4 0 ,3 7 5 0 ,3 7 5 2 6 4 4 4 4 4 4 0 ,2 5 0 0 ,2 5 0 0 ,2 5 0 2 7 3 3 3 3 3 0 ,2 5 0 0 ,2 5 0 0 ,2 5 0 2 8 3 3 3 3 4 4 4 1 ,1 2 5 1 ,1 2 5 1 ,1 2 5 2 9 3 3 3 3 3 0 ,1 8 8 0 ,1 8 8 0 ,1 8 8 3 0 5 5 5 5 1 0 ,1 2 5 1 0 ,1 2 5 3 1 4 4 4 4 4 4 1 ,6 8 8 1 ,6 8 8 1 ,6 8 8 3 2 7 6 6 7 7 5 ,0 6 3 5 ,0 6 3 5 ,0 6 3 3 3 7 7 7 7 7 5 ,0 6 3 5 ,0 6 3 5 ,0 6 3

As classificações obtidas com o método RULA (Figura 1) tiveram a seguinte distribuição:

(1) quatro observações com classificação igual a 3; (2) doze observações com classificação igual a

4; (3) oito observações com resultados iguais a 5; (4) seis observações com classificação igual a 6 e (5) três observações com classificação igual a 7.

(14)

Figura 1 – RULA - histograma de resultados R U L A - r e s u l t a d o s 7 6 5 4 3 N º d e c a s o s 1 4 1 2 1 0 8 6 4 2 0

Por outro lado, as classificações obtidas nos trinta e três postos de trabalho estudados (para ambos os membros superiores) com o método Strain Index, foram agrupadas nas seguintes classes (Figura 2): (1) vinte e um postos de trabalho com classificações iguais ou inferiores a 3; (2) catorze postos de trabalho com classificações no intervalo [4,5]; (3) nove postos de trabalho com classificações no intervalo [6,7] e (4) quatro postos de trabalho com classificações superiores ou iguais a 7.

Figura 2 – Strain Index - Histograma de resultados

S T R A I N I N D E X . R E S U L T A D O S 3 0 , 3 7 5 2 0 , 2 5 0 1 3 ,5 0 0 1 0 , 1 2 5 6 , 7 5 0 5 , 0 6 3 4 , 5 0 0 3 , 3 7 5 2 , 5 3 0 2 , 2 5 0 1 , 6 8 8 1 , 1 2 5 , 3 7 5 , 2 5 0 , 1 8 8 , 1 2 5 1 0 8 6 4 2 0

F

requ

ênc

ia

(15)

acrescido de LMEMSLT (21 classificações SI superiores ao RULA, nos respectivos pares). Tais diferenças não têm contudo significado estatístico (p= 0,189).

Quadro 16 - Teste de Wilcoxon

21a 16,86 354,00 12b 17,25 207,00 0c 33 Class. Positivas Class. Negativas Igualdades Total SIRESULT -RULARESU N Médias Somatórios Classificações SIRESULT < RULARESU a. SIRESULT > RULARESU b. RULARESU = SIRESULT c. -1,314a ,189 Z Sig. Assimp. (2-extremos) SIRESULT -RULARESU Testes Estatísticosb Baseado em classificações positivas a. Teste de Wilcoxon às classificações b.

A aplicação da correlação de Spearman aos resultados obtidos com o RULA e o SI revelou um coeficiente de 0,428 (Quadro 17).

Quadro 17 – Correlação de Spearman

1,000

,428*

,428*

1,000

,

,013

,013

,

33

33

33

33

RULARESU

SIRESULT

RULARESU

SIRESULT

RULARESU

SIRESULT

Coeficiente de

Correlação

Sig. (2-extremos)

N

Spearman

RULARESU

SIRESULT

Correlações não paramétricas

Correlação siginificativa para alfa=0,05 (2 extremos) *.

4. Discussão

Os resultados obtidos, num significativo número de postos de trabalho analisados, revelaram um importante número de situações de trabalho estudadas com risco moderado de LMEMSLT: (1) 51,5% dos postos de trabalho com resultados do RULA com um nível superior ou igual a 5 e (2) 33,3% dos postos de trabalho com resultados do SI também com um nível superior ou igual a 5. Note-se todavia que os postos de trabalho classificados, com o método RULA, em níveis iguais ou superiores a 5 não revelam o mesmo risco que os equivalentes níveis SI, ainda que em ambos os casos exista alguma probabilidade dos respectivos postos de trabalho comportarem risco de LMEMSLT. De facto, ao nível 5 do método RULA atribui-se uma classificação “a investigar e alterar

rapidamente”, enquanto ao nível 5 do SI, se atribui uma “tarefa associada à presença de LMEMSLT”.

O teste de Wilcoxon, representado através do valor Z e da sua significância p (Z = - 1,314 e p = 0,189), permitiu-nos constatar que não existem diferenças significativas entre as medianas (p > 0,05), ainda que nem sempre o emparelhamento dos resultados apresente a mesma tendência. Existem pois classificações (RULA, SI) de postos de trabalho estudados, reveladoras de uma diferente avaliação do risco de LMEMSLT, como por exemplo as seguintes: (5, 30), (4, 20), (6,6),

(16)

(4,0) e (6,2). Por outro lado, também a correlação obtida através do teste de Spearman (rs=0,428)

evidencia a existência de diferenças entre os resultados obtidos (rs < 0,5).

Tais resultados são reveladores do facto da aplicação de apenas uma das metodologias, não evidenciar postos de trabalho com algum nível de risco de LMEMSLT. Efectivamente, o RULA é um método construído com um suporte predominantemente de avaliação da classificação postural, desenvolvido, no essencial, com o objectivo de dimensionar o risco de LMEMSLT relacionado com carga física imposta ao operador, enquanto o SI é um método semi-quantitativo de avaliação do risco que dá maior relevo a aspectos biomecânicos como a intensidade do esforço e o número de movimentos realizados em cada minuto.

A força, enquanto factor de risco, é avaliada de modo distinto nos dois métodos de estudo das LMEMSLT. Com efeito, o RULA faz uma estimativa da força despendida, em função da carga manipulada, enquanto o SI determina a força em função da carga percebida, isto é, em função da escala de Borg. Fundamenta-se assim não só na percentagem da força máxima voluntária necessária para realizar a actividade, mas ainda na carga sentida pelo operador e nas modificações faciais verificadas pelo observador (Moore; Garg, 1995).

O RULA não tem em consideração qualquer tipo de informação sobre o ciclo de trabalho e possibilita apenas o registo da repetitividade muscular em dois níveis (para o membro superior e para o membro inferior). Por outro lado, o SI apresenta-se mais conciso uma vez que considera a intensidade do esforço, a percentagem da duração do esforço e o número de esforços por minuto, possibilitando, dessa forma, a determinação da probabilidade de existência de fadiga, isto é, o tempo de repouso necessário em função do tempo de actividade e da intensidade do esforço.

Outro aspecto a considerar relaciona-se com a circunstância do RULA aplicar um método de redução de dados até se atingir uma classificação parcelar, da qual decorre o decorrente resultado global (Schoaf et al., 1998). O SI utiliza multiplicadores, para atribuição de ponderações aos dados recolhidos, influenciando, deste modo, o resultado final. É desse facto bem demonstrativa a ponderação atribuída à intensidade de esforço (multiplicadores que variam entre 1 e 13), enquanto aos restantes dados são aplicados multiplicadores que variam entre 0,5 e 3. O SI apresenta resultados contínuos e por isso tendencialmente mais rigorosos.

O RULA não inclui uma análise da posição do polegar e dos dedos e não avalia o tempo de ciclo da tarefa, apesar de ter em consideração a força aplicada (ou desenvolvida) pelos dedos e a repetitividade não entra em linha de conta com a frequência.

Constituem ainda limitações do RULA, a não consideração de alguns importantes factores de risco, designadamente o trabalho ininterrupto, os factores ambientais e os factores psicossociais.

O Strain Index (SI) também tem algumas limitações, destacando-se, entre outras, as seguintes:

• não considera alguns factores de risco de LMELT, como as compressões mecânicas e as

vibrações;

• limita-se a atribuir valor preditivo do risco potencial de LMELT às lesões das extremidades

distais superiores;

• inclui três variáveis determinadas subjectivamente pelo observador;

• utiliza multiplicadores que, apesar dos suportes fisiológico, biomecânico e epidemiológico são,

no essencial, baseados na experiência dos autores.

As diferentes escalas (ordinal e contínua) utilizadas nos dois métodos (RULA e SI) constituem óbvias dificuldades de análise comparativa dos dois métodos (Kilbom et al., 1986, Keyserling et al,,

1993; Kristensen et al., 1997; Li; Buckle, 1999). Eventualmente, pela complementaridade baseada

no desenvolvimento de determinados elementos de classificação dos dois métodos, poderia ser encarada a hipótese de concepção de um outro método de avaliação do risco de LMEMSLT.

(17)

assumidas pelos trabalhadores e (4) os locais de contacto mecânico, a sua resistência biomecânica e a utilização de ferramentas manuais.

5. Conclusões e Recomendações

A determinação do risco potencial de LMEMSLT através da utilização de métodos observacionais parece ser útil, fundamentalmente porque permite, para além da obtenção de um nível de risco, o conhecimento dos respectivos factores de risco.

A análise estatística dos resultados obtidos com os métodos RULA e SI, permite afirmar que, nos postos de trabalho analisados, não foram demonstráveis diferenças significativas entre os níveis de risco obtidos, ainda que o nível de risco de LMEMSLT indicado não seja sempre coincidente. De facto, em alguns postos de trabalho a classificação obtida com o método RULA atribui um valor de risco baixo de LMEMSLT, enquanto a classificação com o método SI atribui um valor de risco moderado ou mesmo elevado e vice-versa. Tais resultados sugerem algumas questões, designadamente:

• Serão os métodos de avaliação do risco de LMELT efectivos e abrangentes na avaliação do

risco?

• Será que se pode utilizar indiferentemente qualquer dos métodos observacionais na avaliação

de LMEMSLT?

• Algum dos métodos avalia o risco real de LMEMSLT?

Ainda que não seja possível a obtenção de respostas unívocas, os resultados obtidos permitem afirmar que, no mínimo, a selecção de métodos de avaliação do risco de lesões musculo-esqueléticas dos membros superiores ligadas ao trabalho deve respeitar uma avaliação preliminar das situações de trabalho, designadamente da actividade concreta dos operadores.

(18)

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