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Ana Carolina Guitti Videira

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Academic year: 2021

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I INNTTEERREESSSSAADDOO

Juízo de Direito da 7ª Vara Cível da Comarca de Sorocaba/SP

I

IDDEENNTTIIFFIICCAAÇÇÃÃOODDOOSSAAUUTTOOSS

Processo nº. 1025325-75.201.8.26.0602 Ação: Execução de Título Extrajudicial – Despesas Condominiais Requerente: Condomínio Edifício Oceânico Requerido: Isaqueu Francisco de Almeida

R

REESSPPOONNSSÁÁVVEELLTTÉÉCCNNIICCOO

ANA CAROLINA GUITTI VIDEIRA Engenheira Civil - CREA-SP nº. 5060761462/D Membro Titular do IBAPE N. 1969

(2)

ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO ... 03

1.1. Objetivo ... 03

1.2. Critérios para o desenvolvimento do trabalho ... 03

1.3. Resumo dos fatos ... 04

1.4. Documental analisado ... 05

2. METODOLOGIA UTILIZADA ... 06

2.1. Avaliação do apartamento ... 06

2.2. Valor das benfeitorias ... 08

2.3. Especificação da avaliação ... 11 3. VISTORIA ... 14 3.1. Localização do imóvel ... 14 3.2. O Condomínio ... 16 3.3. A unidade avalianda ... 21 4. AVALIAÇÃO ... 26 4.1. Análise de mercado ... 26

4.2. Valor de mercado do imóvel ... 27

5. CONCLUSÃO... 31

6. ENCERRAMENTO ... 32

(3)

1.

INTRODUÇÃO

1.1.

OBJETIVO

Instruir a perícia determinada em fls. 171 dos autos da ação de “EXECUÇÃO DE TÍTULO

EXTRAJUDICIAL – DESPESAS CONDOMINIAIS”, que O CONDOMÍNIO EDIFÍCIO

OCEÂNICO promove neste D. Juízo e Cartório contra ISAQUEU FRANCISCO DE

ALMEIDA, processo nº. 1025325-75.2015.8.26.0602, em trâmite por este D. Juízo e Cartório da

7ª Vara Cível da Comarca de Sorocaba.

O presente Laudo Técnico consiste na aferição do valor do bem imóvel identificado pela unidade

autônoma designada por apartamento n. 23 do Edifício Atlântico, integrante do Condomínio

Oceânico localizado neste Município de Sorocaba na Rua Maestro Benedito Camargo no. 301,

Jardim Guadalajara, por sua vez, objeto de penhora.

1.2.

CRITÉRIOS PARA O DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO

Para a elaboração do trabalho, procuramos nos deter somente ao campo da engenharia técnica,

tendo por objetivo a análise das peças documentais contidas nos autos, bem como a vistoria “in loco” ao imóvel evidenciado na lide, oportunidade em que obtivemos a reportagem fotográfica que irá ilustrar as considerações abordadas neste laudo técnico.

(4)

1.3.

RESUMO DOS FATOS

O executado reconheceu ser devedor da exequente através de Termo de Acordo e Confissão de

Dívida datado de 14 de Abril de 2.014, referente ao não pagamento das taxas condominiais da

unidade objeto deste trabalho, de sua propriedade.

Ocorre que o mesmo não cumpriu com as obrigações assumidas deixando de pagar também as

taxas condominiais vincendas na vigência da transação ocorrida, não restando à exequente outra

alternativa senão o ingresso do presente feito para o recebimento da dívida.

Em contestação o executado não ofereceu qualquer resistência ao feito e alegou que além do fato

de estar desempregado, não está na posse da unidade nem esteve nos últimos anos, tendo que o

ocupante deixou de satisfazer todo e qualquer ônus que recaem sobre o imóvel, incluindo as

contas de água, energia, IPTU e CRIS, obrigando-o a enfrentar despesas as quais não estava

preparado.

Em sentença proferida nos autos do Processo N. 1008137-06.2014.8.26.0602 da 6ª. Vara Cível de

Sorocaba surgiu uma real chance de retomada do bem, ainda que quase impossível receber as

pendências dos ocupantes ou do réu confesso da ação e por isso requereu junto ao executado um

acordo para satisfazer o débito.

O condomínio, por sua vez, alegando que a presente execução tem origem em débitos

(5)

Inicialmente foi deferida a penhora de 50% do bem (parte que pertence ao executado), a qual foi

retificada para 100% do imóvel, tendo em vista que a esposa do executado é co-proprietária e

condômina do mesmo.

Tendo em vista que a avaliação do imóvel penhorado exige conhecimentos técnicos específicos,

foi nomeada a perita que este subscreve para a avaliação do bem.

1.4.

DO DOCUMENTAL ANALISADO

Para a devida compreensão do tema discutido neste feito e definição das diretrizes que irão

orientar os procedimentos técnicos a serem adotados neste trabalho, submetemos o estudo dos

autos, neles colhendo, sem desprezo às demais, as seguintes peças:

Fls. 34/35: Certidão de Matrícula no. 2.897 do 2º. Cartório de Registro de Imóveis local,

referente a Convenção do Condomínio;

Fls. 40/42: Instrumento Particular de Confissão de Dívida, Promessa de Pagamento e Outras Avenças datado de 14 de Abril de 2.014;

Fls. 119/122: Certidão de Matrícula no. 34.860 do 2º. Cartório de Registro de Imóveis

local, referente ao imóvel avaliando (atualizada);

(6)

2.

METODOLOGIA UTILIZADA

Após estudo dos autos, procedeu-se a vistoria do imóvel para cadastro de suas características e

análise visual “in loco”, com relatório fotográfico que ilustra a descrição e auxilia a classificação.

Durante a vistoria, além do levantamento de dados relativos ao imóvel avaliando, foi feita

também a verificação do mercado imobiliário na região, dados imprescindíveis ao embasamento

técnico do trabalho.

A avaliação do imóvel tem como base pesquisa imobiliária de elementos à venda, compondo

amostras passíveis de comparação, sendo os cálculos dos valores unitários obtidos através de

análise estatística com auxílio de softwares específicos de engenharia de avaliações.

Para o trabalho desenvolvido considerou-se que os imóveis estão regularizados junto aos órgãos

municipais, livres e desmembrados de quaisquer gravames e em condições ideais de

comercialização instantânea.

2.1.

AVALIAÇÃO DO APARTAMENTO

Para a avaliação do apartamento, utilizaremos os critérios recomendados pela Norma de

Avaliação de Bens, da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, registradas no

(7)

A Norma Técnica NBR 14653-2 fixa diretrizes para a avaliação de imóveis urbanos, quanto a:

- Classifica a natureza dos imóveis, dos seus frutos e dos direitos a avaliar;

- Institui a terminologia, as convenções e as notações em trabalhos avaliatórios desta espécie;

- Define a metodologia básica aplicável às mesmas avaliações;

- Fixa os níveis de precisão das avaliações em questão;

- Estabelece os critérios a serem empregados em trabalhos avaliatórios;

- Prescreve as diretrizes para apresentação de laudos.

Esta norma é regida em todas as manifestações escritas de trabalhos que caracterizam o valor de

imóveis, de seus frutos ou de direitos sobre os mesmos.

A determinação do valor de mercado do bem é de responsabilidade e da competência exclusiva

dos profissionais legalmente habilitados pelos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e

Agronomia.

Assim, de acordo com os procedimentos ditados pelas normas vigentes será aplicado o Método

Comparativo Direto de Dados de Mercado para o cálculo do valor unitário do apartamento aplicado através da coleta de elementos que compõem a amostra com características similares às

da unidade em análise, que se localizem no mesmo condomínio ou edifícios adjacentes e

similares, empregando, quando necessário, tratamento técnico nos elementos divergentes.

No tratamento dos dados podem ser utilizadas várias ferramentas analíticas, adotadas em função

(8)

É recomendável o Tratamento por Fatores em amostras homogêneas onde são observadas as

condições de semelhança definidas na coleta de dados. Devem ser utilizados os elementos

amostrais mais semelhantes possíveis ao avaliando, em todas as suas características, cujas

diferenças perante o mesmo, para mais ou para menos, são levadas em conta.

Na homogeneização, para ajustar os dados da pesquisa à situação paradigma (avaliando), o

conjunto de fatores de cada elemento amostral (Fator resultante – Fr) previstos na Norma do IBAPE deve ser aplicado na forma de somatório, após a consideração do fator oferta, conforme

abaixo:

Fr = 1+ [(F1-1)+ (F2 -1) +(F3-1) ...+ (Fn -1)]

Para a análise estatística de eliminação dos dados discrepantes e saneamento da amostra, será

empregada a Análise pela Média, com limite de ±30 % em torno da média e intervalo de

confiança de 80 % em torno do valor estimado.

2.2.

VALOR DAS BENFEITORIAS

Os principais fatores aplicáveis ao valor das benfeitorias são padrão construtivo e depreciação,

que devem incidir apenas na parcela de capital benfeitoria.

O valor do apartamento será formado através de índices da construção civil que possibilitam a

obtenção dos custos unitários das edificações, classificadas de acordo com os diversos padrões

(9)

Para o valor unitário das construções emprega-se o CUB – Custos Unitários Básicos, publicado mensalmente pelo Sinduscon/SP, com índice de parâmetro para R8N, com os coeficientes

agrupados e calculados conforme tabela a seguir:

As benfeitorias são depreciadas em função dos aspectos físicos apresentados quanto à vida útil,

idade aparente e estado de conservação, considerando estrutura, alvenaria, cobertura,

(10)

O percentual da depreciação é obtido através da aplicação do Foc – fator de adequação ao obsoletismo e ao estado de conservação definido a partir do K – coeficiente de Ross/Heideck, encontrados no caderno de Valores de Edificação de Imóveis Urbanos, do IBAPE, sendo:

Foc = R + { 1 – [ 0,5 x ( Ir + Ir2 ) ] x ( 1 – d ) } x ( 1 - R )

Onde:

R = coeficiente residual correspondente ao padrão, expresso em decimal, obtido na TABELA 1. Ir = idade referencial

d = depreciação em %, obtido no Quadro A

A vida referencial e o valor residual (R) estimado para os padrões especificados neste estudo, são:

(11)

QUADRO A

Para elementos amostrais situados em localidades diferentes do avaliando, será utilizado o Índice

Fiscal, variável considerada mediante estabelecimento de pontos sobre os melhoramentos mais importantes (determinantes de valor) existentes nas localidades, neste caso, adotando-se o índice

fiscal obtido na Planta de Valores Genéricos editada pela Prefeitura Municipal.

2.3.

ESPECIFICAÇÃO DA AVALIAÇÃO

Além dos métodos de avaliação, a norma dita ainda a especificação das avaliações que está

relacionada tanto com o empenho do engenheiro de avaliações (grau de fundamentação), como

(12)

O Grau de Fundamentação no caso de utilização do tratamento por fatores deve estar conforme

indicado na Tabela 3:

Tab. 3 - Grau de fundamentação no caso de utilização do tratamento por fatores Grau

item Descrição III II I

1 caracterização do imóvel avaliando

completa quanto a todos os fatores analisados

completa quanto aos fatores utilizados no tratamento adoção de situação paradigma 2 quantidade mínima de dados de mercado, efetivamente utilizados 12 5 3 3 identificação dos dados de mercado apresentação de informações relativas a todas as características dos dados

analisados, com foto e características observadas

pelo autor do laudo

apresentação de informações relativas a todas as características dos dados analisados

apresentação de informações relativas a todas as características dos dados correspondentes aos fatores utilizados 4 Intervalo admissível de ajuste para o conjunto de

fatores

0,80 a 1,25 0,50 a 2,00 0,40 a 2,50a

(a) No caso de utilização de menos de cinco dados de mercado, o intervalo admissível de ajuste é de 0,80 a 1,25, pois é desejável que, com um número menor de dados de mercado, a amostra seja menos heterogênea.

O enquadramento do laudo segundo seu Grau de Fundamentação tem relação com o empenho

do profissional e define-se segundo a soma dos pontos em função das informações apresentadas

no trabalho, seguindo o constante na Tabela 4 do item 9.2 da NBR 14.653/11, Parte 2.

Tabela 4 – Classificação dos laudos quanto à fundamentação

Graus III II I

Pontos mínimos 10 6 4

Itens obrigatórios no grau correspondente

2 e 4 no Grau III, com demais no mínimo no Grau II 2 e 4, no mínimo no grau II e os demais no mínimo no Grau I Todos, no mínimo no grau I

(13)

O Grau de Precisão, de acordo com a Tabela 5, depende exclusivamente das características do

mercado e da amostra coletada.

Tabela 5 – Grau de precisão da estimativa

Descrição GRAU

III II I

Amplitude do intervalo de confiança de 80% em torno do valor central da estimativa

(14)

3.

VISTORIA

Conforme petição dos autos foi agendada a vistoria ao imóvel penhorado para o dia 13 de

Março de 2.020, sendo esta perita devidamente atendida e acompanhada pela sub síndica do

condomínio autor, Sra. Vanessa, oportunidade em que se obteve o relatório fotográfico que

ilustra o relato das constatações demonstradas a seguir.

3.1.

LOCALIZAÇÃO DO IMÓVEL

O Condomínio Oceânico, onde a unidade avalianda está inserida, localiza-se na Rua Maestro

Benedito Camargo no. 301, bairro Jardim Guadalajara, município de Sorocaba/SP, como mostra a

(15)

Trata-se de região situada na Zona Oeste do município, nas adjacências do bairro Cerrado, em

área que ocupa uma das maiores porções territoriais do município, sendo muito populosa, onde

se concentra grande atividade comercial nas suas vias principais como a Av. General Carneiro e

Armando Pannunzzio, pela qual se dá o principal acesso ao imóvel.

Por se tratar de uma região totalmente urbanizada, é dotada de melhoramentos públicos como

iluminação pública, energia elétrica domiciliar, água potável, esgoto canalizado, telefone, internet,

coleta de resíduos sólidos, arborização e transporte coletivo passando pelas avenidas.

O sistema viário da região se encontra pavimentado por asfalto e apresenta também calçada,

guias e sarjetas para coleta de águas pluviais.

Através de análise visual “in loco” se constata características que atribuem ao local status econômico-social médio, com propensão de assim permanecer de médio a longo prazo.

(16)

3.2.

O CONDOMÍNIO

O Condomínio Oceânico trata-se de empreendimento de padrão simples, construído há pelo

(17)

Possui em sua área comum um bicicletário, pequena quadra de esportes e área de varal

comunitário, além de pátio com vagas para veículos de pequeno e médio portes, algumas com

coberturas do tipo desmontável. Não possui portaria.

(18)
(19)
(20)
(21)

3.3.

A UNIDADE AVALIANDA

A unidade em análise é identificada pelo apartamento 23 do Edifício Atlântico e encontra-se

devidamente registrada no 2º. Oficial de Registro de Imóveis sob a Matrícula N. 34.860, acostada

às fls. 119/122 dos autos (atualizada).

Abrange sala, cozinha, área de serviço, 2 dormitórios e um banheiro, perfazendo uma área útil ou

privativa de 40,02m2, além de uma área comum de 2,99333m2 totalizando 43,01333m2, o que

corresponde a fração ideal de 2,08333% no terreno, equivalente a 55,234375m2 do terreno onde

está erigido o edifício. Integra-se ao referido apartamento 01 (uma) vaga no estacionamento para

automóveis de pequeno ou médio porte e a área destinada a esta vaga acha-se computada na área

comum que cabe ao apartamento. A vaga que corresponde ao apartamento avaliando não possui

cobertura.

O croqui a seguir reproduz os cômodos que abrangem a unidade conforme levantamento “in loco” realizado pela perícia.

(22)

Internamente, a unidade analisada apresenta paredes pintadas a látex um pouco sujas e

desgastadas, bem como o forro em laje. O piso é todo de cerâmico e as áreas frias receberam

revestimento cerâmico (azulejos) até o teto. As portas são de madeira pintadas e apresentam-se

também sujas e desgastadas. As esquadrias são de ferro.

Em geral, a unidade como se encontra em estado de conservação “entre regular e necessitando de reparos simples” tendo em vista sua idade avançada e por estar desocupado há mais de 02 (dois) anos, podendo ser recuperado com pintura geral após reparos de eventuais fissuras superficiais,

revisão das instalações hidráulicas e elétricas com substituição eventual de peças desgastadas

naturalmente e substituição de peças de revestimentos (pisos e azulejos) se necessário.

As imagens seguintes mostram vistas gerais do interior do apartamento e suas particularidades e

(23)
(24)
(25)
(26)

4.

AVALIAÇÃO

4.1.

ANÁLISE DE MERCADO

A região onde situa-se a unidade avalianda está inserida no perímetro urbanizado da cidade de

Sorocaba, na ZR2 – Zona Residencial 2 (hachura em laranja), conforme figura encartada na sequência, obtida do Mapa de Zoneamento do Município de Sorocaba, a qual inclui em sua maior

parte, bairros já consolidados e utilizados predominantemente por uso residencial.

A Av. Dr. Armando Pannunzzio, por sua vez, é denominada CCS3 - Corredor de comércio e

Serviços 3 (hachura em verde), que são formados pelos imóveis lindeiros à vias de trânsito rápido ou caracterizadas como eixos estruturadores do transporte coletivo, a ocupação deve ser feita de

modo a minimizar interferências com o fluxo de veículos, devendo, para tanto, as normas de

parcelamento, uso e ocupação do solo: privilegiar os empreendimentos em terrenos com

dimensões suficientes para dispor de estacionamentos internos e acessos projetados de acordo

com o padrão de desempenho da via; fixar condições de ocupação diferenciadas, admitindo-se

coeficientes de aproveitamento maiores do que os das zonas por eles atravessadas, desde que seja

reduzida a taxa de ocupação; ter acesso de veículo ao lote exclusivamente pela via que constitui o

corredor, com exceção dada aos lotes de esquina que poderão ser acessados pela via transversal

(27)

Face a situação privilegiada do imóvel no perímetro urbano do município de Sorocaba, a região

onde o mesmo está inserido apresenta características que despertam razoável interesse ao

mercado imobiliário local, por se tratar de região altamente estruturada, composta de grande

diversidade de seguimentos ocupacionais - prédios residenciais e comerciais, prestadores de

serviços, supermercados, praças, escolas, etc.

4.2.

VALOR DE MERCADO DO IMÓVEL

Para o embasamento técnico do cálculo do valor de mercado do imóvel, a perícia obteve uma

amostra constituída de 06 (onze) elementos válidos, caracterizados por apartamentos à venda

situados no mesmo condomínio do avaliando (Condomínio Oceânico), tornando desnecessário,

neste caso, a aplicação do Índice Fiscal.

(28)

A amostra proporcionou aferição do valor unitário básico homogeneizado para a construção,

empregando o tratamento por fatores e posteriormente a análise estatística, seguindo as

prescrições normativas determinadas pela NBR 14.653/11.

Os valores unitários calculados para os elementos constituintes do espaço amostral pesquisado

foram homogeneizados com o emprego do tratamento por fatores, aplicando-se o “Fator Padrão” para adequar os diferentes padrões construtivos e o “Fator Foc” para adequar os estados de conservação e obsoletismo.

Para adequar as características e condições dos acabamentos (revestimentos e mobiliários),

aplicamos o “Fator Acabamento” de acordo com os seguintes percentuais: Fator 1,0 = revestimentos não originais; móveis planejados

Fator 0,95 = revestimentos não originais

Fator 0,90= revestimentos originais ou antigos

Verificou-se que a condição das vagas de garagem – coberta ou descoberta – não influi diretamente no valor de oferta das amostras.

Posteriormente, procedemos à análise estatística, resultando no “Valor Unitário” e assim, o cálculo do valor de mercado do imóvel através do produto do valor médio calculado para a

(29)

• Especificações do avaliando

Idade: 30

Padrão: sim ples s/ elevador 1,266

Valor Residual: 20%

Vida Referencial: 60

Idade Referencial: 50%

Depreciação (d): 18,10

Foc: 0,6095

Fator Acabam ento: 0,9000

AVALIANDO

• Homogeinização dos elementos amostrais

Área Útil Índice Idade Aparente (Au) Padrão (Ia)

[ m ² ] (Ip) [ anos ]

1 Elemento 01 Jardim Guadalajara R$ 149.000,00 0,90 R$ 134.100,00 40,02 1,266 1,0000 30

2 Elemento 02 Jardim Guadalajara R$ 160.000,00 0,90 R$ 144.000,00 40,02 1,266 1,0000 30

3 Elemento 03 Jardim Guadalajara R$ 140.000,00 0,90 R$ 126.000,00 40,02 1,266 1,0000 30

4 Elemento 04 Jardim Guadalajara R$ 150.000,00 0,90 R$ 135.000,00 40,02 1,266 1,0000 30

5 Elemento 05 Jardim Guadalajara R$ 160.000,00 0,90 R$ 144.000,00 40,02 1,266 1,0000 30

6 Elemento 06 Jardim Guadalajara R$ 150.000,00 0,90 R$ 135.000,00 40,02 1,266 1,0000 30

Elem entos Local Valor de Oferta ( Vo ) Fator Oferta (Fo) Valor de Venda (Vv) Padrão Ajustado (Paj)

Valor Vida Idade Depreciação Foc Foc Fator Acabam . Fa Fator Valor Unitário

Residual (R) Referencial (Vr) Referencial (Ir) (d) Am ostra (Fam) Ajustado (Faj) (Fa) Ajustado (Faaj) Resultante (Fr) (Vu)

1 Elemento 01 20% 60 50% 8,09 0,6596 0,9240 0,95 0,9474 0,8714 R$ 2.919,95 2 Elemento 02 20% 60 50% 8,09 0,6596 0,9240 1,00 0,9000 0,8240 R$ 2.965,08 3 Elemento 03 20% 60 50% 18,10 0,6095 1,0000 0,90 1,0000 1,0000 R$ 3.148,43 4 Elemento 04 20% 60 50% 18,10 0,6095 1,0000 0,90 1,0000 1,0000 R$ 3.373,31 5 Elemento 05 20% 60 50% 8,09 0,6596 0,9240 0,95 0,9474 0,8714 R$ 3.135,52 6 Elemento 06 20% 60 50% 18,10 0,6095 1,0000 0,90 1,0000 1,0000 R$ 3.373,31 Elem entos Média [R$/m²] R$ 3.152,60 Limite Inferior (-30%) R$ 2.206,82 Limite Superior (+30%) R$ 4.098,38 Média Saneada [R$/m²] R$ 3.152,60 desvio padrao R$ 193,40 Vu [R$/m²] R$ 3.152,60

(30)

Vi = R$ 126.167,08

Assim, o valor de mercado do imóvel será obtido da multiplicação do valor unitário

homogeneizado pela área útil do apartamento indicada no título, conforme abaixo:

• Valor Unitário Básico (Vut): R$ 3.152,60/m²

• Área útil do apartamento (Au): 40,02 m²

Vt = Vut x Au

Portanto, o valor de mercado para o imóvel avaliando nesta praça de Sorocaba, perfaz o total de

R$ 126.000,00

(Cento e vinte e seis mil reais), obtido sob Grau de Fundamentação I e Grau de

(31)

5.

CONCLUSÃO

Em atendimento à determinação do D. Juízo de Direito da 7ª Vara Cível da Comarca de

Sorocaba, a perícia vem determinar o valor do bem imóvel identificado pela unidade autônoma

designada por apartamento n. 23 do Edifício Atlântico, integrante do Condomínio Oceânico

localizado neste Município de Sorocaba na Rua Maestro Benedito Camargo no. 301, Jardim

Guadalajara, por sua vez, objeto de penhora.

O trabalho pericial baseou-se nos procedimentos e especificações prescritos pela Norma

Brasileira NBR 14653/11, da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, e Norma de Avaliações recomendada pelo IBAPE – Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia.

O desenvolvimento dos trabalhos avaliatórios compreendeu a vistoria “in loco” para constatação das características do imóvel avaliando, análise de mercado da região, pesquisa imobiliária

compondo as amostragens apresentadas no Anexo e elaboração das avaliações.

O valor de mercado para o imóvel avaliando nesta praça de Sorocaba, perfaz o total de

R$ 126.000,00

(Cento e vinte e seis mil reais), obtido sob Grau de Fundamentação I e Grau de

(32)

6.

ENCERRAMENTO

O presente Laudo Técnico é constituído por 32 (trinta e duas) páginas impressas e ilustradas

somente em seus anversos, estando todas rubricadas e enumeradas, encerrando-se por esta

última, que é devidamente datada e assinada e seus anexos.

Sorocaba, 27 de Março de 2.020.

Engª. Ana Carolina G. Videira Engenheira Civil e Perita Judicial

CREA 5060761462/D Membro Titular do IBAPE N. 1969

(33)

ANEXOS

Elementos de pesquisa

(34)

Elemento 1

Tipo: Apartamento

Situação: Jardim Guadalajara Condomínio: Residencial Oceânico Área útil: 40,02m2

Acabamentos: Pintura recente Garagem: 1 vaga

Valor de oferta: R$ 149.000,00

Fonte de informação:

(35)

Elemento 2

Tipo: Apartamento

Situação: Jardim Guadalajara Condomínio: Residencial Oceânico Área útil: 40,02m2

Acabamentos: Todos os cômodos com armários modulados Garagem: 1 vaga coberta

Valor de oferta: R$ 160.000,00

Fonte de informação:

(36)

Elemento 3

Tipo: Apartamento

Situação: Jardim Guadalajara Condomínio: Residencial Oceânico Área útil: 40,02m2

Acabamentos: Pitura recente Garagem: 1 vaga coberta

Valor de oferta: R$ 140.000,00

Fonte de informação:

(37)

Elemento 4

Tipo: Apartamento

Situação: Jardim Guadalajara Condomínio: Residencial Oceânico Área útil: 40,02m2

Acabamentos: Pintura recente Garagem: 1 vaga coberta

Valor de oferta: R$ 150.000,00

Fonte de informação:

(38)

Elemento 5

Tipo: Apartamento

Situação: Jardim Guadalajara Condomínio: Residencial Oceânico Área útil: 40,02m2

Acabamentos: Revestimentos não originais Garagem: 1 vaga coberta

Valor de oferta: R$ 160.000,00

Fonte de informação:

G Prestes – (15) 3211-2308 (Cod. B2EE)

(39)

Elemento 6

Tipo: Apartamento

Situação: Jardim Guadalajara Condomínio: Residencial Oceânico Área útil: 40,02m2

Acabamentos: Pintura recente Garagem: 1 vaga coberta

Valor de oferta: R$ 150.000,00

Fonte de informação:

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