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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE SP. Centro de Ciências Biológicas e da Saúde. Curso de Ciências Biológicas MARIANA MARA MORENA GOMES

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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE – SP

Centro de Ciências Biológicas e da Saúde

Curso de Ciências Biológicas

MARIANA MARA MORENA GOMES

SER VIVO: VISÕES PRESENTES NA PROPOSTA CURRICULAR DE BIOLOGIA PARA A REDE ESTADUAL PAULISTA

São Paulo

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MARIANA MARA MORENA GOMES

SER VIVO: VISÕES PRESENTES NA PROPOSTA CURRICULAR DE BIOLOGIA PARA A REDE ESTADUAL PAULISTA

Orientação: Prof.ª Dr.ª Rosana dos Santos Jordão

São Paulo

2014

Monografia apresentada ao Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, da Universidade Presbiteriana Mackenzie como parte dos requisitos exigidos para a conclusão do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas.

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Agradecimentos

Agradeço ao corpo docente do curso de Licenciatura de Biologia do Mackenzie por ter me apresentado uma nova forma de ver a educação, com novos modelos de ensino-aprendizagem, e pela motivação de que cada um fazendo sua parte pode trazer melhorias à educação brasileira.

À minha orientadora e professora Rosana dos Santos Jordão, por fazer parte dessa construção sobre a nova concepção do que é ser uma professora, e por dedicar tempo e esforço para que este trabalho fosse realizado.

A cada componente da banca, Prof. Paola e Prof. Magda que fizeram parte do meu desenvolvimento profissional como bióloga e professora, me ensinando e contribuindo muito com a construção do conhecimento que carrego hoje.

Ao grupo de pesquisa que contribuiu grandemente para a escolha do tema do trabalho, além de permitir discussões que foram essenciais para que eu pudesse desenvolver um conhecimento novo sobre o ensino de Biologia que terá grande importância na minha carreira.

Agradeço também a minha família que sempre me apoiou, desde o início do curso, e por sempre me motivar e sempre se orgulharem dos meus objetivos alcançados. E a Jesus, melhor amigo onde eu encontro todo sustento, o qual é o motivo de toda minha esperança.

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Resumo

O conceito de ser vivo apresenta grande importância para o desenvolvimento de pesquisas científicas. No que se refere à educação, o termo “ser vivo” pode ser contextualizado de várias formas. É comum propor-se uma lista de propriedades para se caracterizar o ser vivo, mesmo que não haja consenso sobre esse conceito. Isso acarreta a presença de exceções e causa confusões na compreensão do que é vida. Contudo, autores acreditam que as propriedades essenciais de um sistema vivo surgem das relações da organização de suas partes, as partes isoladas não são consideradas por si só organismos vivos. Deste modo, para Maturana e Varela (1995) os seres vivos são definidos por produzirem continuamente a si mesmos, o que oscaracteriza por ter uma organização autopoiética. Neste trabalho foi realizada a análise dos cadernos do professor, material de apoio ao currículo do Estado de São Paulo. Todos os volumes das séries do Ensino Médio foram pesquisadas. Durante a análise, foram destacados trechos e situações em que se abordavam direta ou indiretamente os conceitos de ser vivo. Selecionamos os trechos em que apareciam palavras como, por exemplo, ser vivo e organismos, com sentido generalizado para todos da classe de seres vivos. Durante a seleção dos trechos dos textos contidos nos cadernos, foram feitas anotações para classificar os assuntos abordados. Com a análise realizada foi possível perceber que a definição de ser vivo está intensamente atrelada a uma listagem de fenômeno e propriedades. Não há uma definição única que possa agrupar todos de determinada classe. Porém, algumas vezes foi possível relacionar o conteúdo com as ideias de Maturana e Varela (1995) como o acoplamento estrutural entre indivíduos de uma população no ensino de ecossistemas. Deste modo, percebemos que durante o curso de Biologia no Ensino Médio é possível ensinar uma definição de ser vivo que possa contemplar todos os indivíduos vivos, contextualizando sua organização, sem a necessidade de se fundamentar em uma listagem de características.

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Abstract

The concept of a living being is one of the most important concepts in Science for the development of scientific research. With regard to education, the term "living being" may be contextualized in many ways. It is common to propose a list of properties to characterize the living being, even if there is no consensus on this concept. This requires the presence of exceptions and cause confusion in the understanding of what is life. However, the authors believe that the essential properties of a living system arise from relationships of the organization of its parts, the separate parts are not considered living organisms alone. Thus, for Maturana and Varela (1995) living beings are defined by continuously produce themselves, which characterizes for having an autopoietic organization. In this study we analyzed the notebooks teacher, support the curriculum of the State of São Paulo material was performed. All volumes of the high school’s series were analyzed. During the analysis, sections and situations that directly or indirectly addressed the concepts of being alive were highlighted. Relating the analysis it is noted that the definition of living being is intensely linked to a list of phenomena and properties. There is no single definition that can group all of the living being class. However, sometimes it was possible to relate the content with the ideas of Maturana and Varela (1995) as the structural coupling between individuals of a population in teaching ecosystems. Thus, we see that during the course of Biology in high school you can teach a definition of living being who can contemplate all living individuals, contextualizing its organization without the need to be based on a wide range of features.

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Sumário

1 INTRODUÇÃO ... 6

2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 7

2.1 Concepções de ser vivo ... 7

2.2 Pensamento sistêmico e autopoiese ... 9

3 MATERIAIS E MÉTODOS ... 12 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 15 5 CONCLUSÃO ... 20 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 21 ANEXO A ... 23 ANEXO B ... 24 ANEXO C ... 25 ANEXO D ... 27 ANEXO E ... 29 ANEXO F ... 31

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1 INTRODUÇÃO

O conceito de “ser vivo” apresenta grande importância para o desenvolvimento da biologia e é um conceito com papel fundamental para a compreensão sobre os organismos e seu funcionamento.

No que se refere à educação, o termo “ser vivo” pode ser contextualizado de várias formas. É comum propor-se uma lista de propriedades para se caracterizar o ser vivo, mesmo que não haja uma generalização entre os seres vivos. Isso acarreta a presença de exceções e causa confusões na compreensão do que são os seres vivos.

Algumas concepções são resumidas a uma descrição de vida no contexto atual como uma análise de componentes celulares e moleculares, visando a explicação dos seus fenômenos observáveis, como o crescimento, reprodução, ser constituído por células, apresentar DNA, metabolismo, etc. (TEUBNER, 1989 apud CALGARO; PEREIRA, 2010).

Esta explicação, para o fenômeno da vida, pode ser relacionada à visão mecanicista, que visa à descrição das partes para o entendimento do todo. Assim, os seres vivos são vistos como máquinas. Estes são definidos por uma lista de propriedades, funções e reações químicas, e a soma desses fatores é considerada o todo. Desta forma, esta visão é limitada e não possibilita a integração de todos os seres vivos em uma única classe, e desta forma há sempre exceções, e gera alguns dilemas em relação alguns seres que não se encaixam em todas essas propriedades listadas.

Deste modo, como abordar o conceito de ser vivo e vida? Qual a explicação mais cabível que possa integrar de fato todos os seres vivos em uma única definição?

Neste contexto, Matura e Varela entendem que todos os organismos vivos são autopoiéticos, ou seja, se autoproduzem. Esse processo depende constantemente de recursos do meio ambiente, tratando-se uma constante interação entre eles. Os seres vivos apresentam algo em comum entre eles e isso é

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evidenciado quando conseguimos identificá-los. Para apresentar uma definição única para ser vivo, precisamos da identificação de sua organização de modo generalizado. Considerando que os seres vivos se caracterizam por se autoproduzirem, pode-se dizer que sua organização é autopoiética.

Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivo descrever a abordagem dos conceitos de ser vivo e vida na proposta curricular do Ensino Médio e analisar essa abordagem comparando com o conceito segundo Maturana e Varela, visando possibilidades de contextualizar a autopoiese utilizando o material de apoio ao currículo do Ensino Médio da rede pública do Estado de São Paulo.

2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Concepções de ser vivo

Grande parte da Ciência trata de assuntos em relação aos seres vivos e suas estratégias de sobrevivência. Neste contexto, o conceito de ser vivo apresenta grande importância para o desenvolvimento de pesquisas científicas. O que somos e qual a organização dos seres vivos são questões levantadas ao longo da história da Ciência até hoje.

A vida e os seres vivos são os objetos de estudo de um segmento da ciência, a biologia, a qual se define como “estudo da vida”, porém tais objetos apresentam definições evasivas (GÉNÉREUX, 2013). Para se explicar o fenômeno da vida ainda se utiliza uma lista de propriedades e fenômenos, os quais diferenciam os seres vivos dos não vivos, porém essa lista apresenta exceções. El-Hani (2008) enfatiza que uma lista de propriedades não pode ser considerada uma definição conceitual e que para definir a vida, é necessário oferecer uma explicação da coexistência do conjunto dessas propriedades e fenômenos que acontecem nos seres vivos.

Esta questão é refletida no ensino de tal conceito na escola básica. Segundo El-Hani (2008), não se ensina uma definição geral para ser vivo e nem para o fenômeno da vida. Desde o ensino primário ao ensino superior, é comum que os estudantes tenham a concepção sobre a vida como uma listagem de necessidades

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básicas e condições suficientes para se manter a sobrevivência de um organismo. A definição de vida é pilar de sustentação para organização e integração das teorias e modelos relacionados aos sistemas vivos. Desta forma, o conceito de vida para o entendimento de todo conteúdo de biologia é muito importante na educação e requer mais atenção do que a que é dada (EL-HANI, 2008).

Além disso, é perceptível que o conhecimento da definição de ser vivo se baseia em uma descrição e análise de seus componentes celulares e moleculares, e seus componentes e fenômenos observáveis (AZAMBUJA, 2004).

De acordo com El Hani (2008), há muitas concepções de vida de diversos autores, que utilizam uma lista de características e propriedades dos próprios seres vivos, como está descrito abaixo.

Mayr (1982) emprega uma lista de propriedades para expressar o que ele considera serem as diferenças entre processos vivos e não vivos: complexidade e organização, singularidade química, qualidade, originalidade e variabilidade, a posse de um programa genético, natureza histórica, a seleção natural, e indeterminação. Recentemente, Koshland Jr (2002) apresenta mais uma lista de "sete pilares da vida", o que ele considera o princípios termodinâmicos e cinéticos essenciais ou fundamentais pelo qual um sistema vivo opera: programa, improvisação, compartimentação, energia, regeneração, adaptabilidade, e reclusão (EL-HANI, 2008 p. 147). Ainda discorrendo sobre as possíveis definições para seres vivos existentes no meio científico, esta se resume a uma descrição dos componentes e fenômenos do ser vivo, de acordo com Teubner (1989 apud CALGARO; PEREIRA, 2010) as Ciências Biológicas identificam o fenômeno da vida em relação a princípios energéticos e metabólicos, sempre de modo limitado em definições caracterizadas por uma gama de fenômenos e propriedades como a reprodução, aprendizagem, adaptação, crescimento, genética, etc. Essas propriedades são consideradas epifenômenos, isto é, são consequências do próprio fenômeno em si e não podem ser usadas como definição para o fenômeno da vida, assim, não caracterizam um ser vivo. (TEUBNER, 1989 apud CALGARO; PEREIRA, 2010).

Nessa mesma direção, Maturana e Varela (1995) consideram que esta categorização de propriedades não tem condições de se definir um ser vivo e exemplificam em relação à reprodução dos seres vivos, a qual é um fenômeno utilizado para categorizar a classe de seres vivos:

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Por exemplo, se construirmos uma máquina capaz de reproduzir a si mesma, mas feita de ferro e plástico em vez de moléculas, estaria ela viva? (MATURANA; VARELA, 1995 p. 82).

Considerando o exemplo acima que representa uma explicação descritiva dos componentes, a qual tem uma raiz numa visão das partes, que propõe que para entender o todo, precisamos compreender as partes e assim a associação da interação dessas partes vai sendo construída. O foco dado às partes tem sido chamado de mecanicista, reducionista ou atomística, foi introduzido no início do século XIX. Nesta visão, os seres vivos são vistos como máquinas e todas as suas propriedades e funções seriam explicadas à luz de leis químicas e físicas (CAPRA, 1996).

Neste contexto, a visão científica mecanicista apresenta como verdade que em qualquer sistema a configuração do todo pode ser analisada pela compreensão das propriedades de suas partes. Segundo Capra (1996) as propriedades das partes não são propriedades intrínsecas e não podem ser entendidas separadamente, pois ao fazê-lo se desconsideraria a interação entre elas. A organização do todo é diferente da simples soma das partes.

2.2 Pensamento sistêmico e autopoiese

Para entender melhor as definições de seres vivos que são usadas, as quais se resumem em uma descrição das propriedades e fenômenos realizados pelos próprios seres vivos, é possível relacioná-las ao pensamento sistêmico, que visa o entendimento das partes para se entender o todo.

Este pensamento que visa conectividade e relações surgiu no século XX com os biólogos organísmicos. De acordo com esse pensamento, as propriedades essenciais de um organismo vivo são as propriedades do todo, por inteiro, desconsiderando-se a ideia das partes serem isoladas.

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Este pensamento sistêmico é caracterizado pela mudança das partes para o todo, ou seja, os sistemas vivos são totalidades integradas, os quais não podem ser reduzidos a pequenas partes isoladas (CAPRA, 1996).

Para Capra (1996), as propriedades essenciais de um sistema vivo surgem das relações de organização das partes, relações ordenadas que são características desse organismo. As partes isoladas não são consideradas por si só organismos vivos. Por exemplo, uma célula do epitélio bucal isolada do sistema vivo deixa de apresentar as relações de organização e perde suas características. Com isso, o pensamento sistêmico se resume a um entendimento do “contexto”, considerando assim uma explicação dos sistemas segundo seu meio ambiente. Por essa razão, esse tipo de pensamento também pode ser considerado ambientalista.

Neste contexto, a estrutura de um sistema vivo é constituída pelas relações entre seus componentes químicos e físicos, tendo em vista também um padrão de organização comum entre os componentes do sistema. Para complementar as propriedades dos componentes não determinam a organização do sistema (CAPRA, 1996).

Neste sentido, Maturana e Varela (1995) trazem explicações para a vida por meio da autopoiese, fundamentando o ser vivo pela sua organização.

Queremos propor uma resposta a essa pergunta de modo radicalmente distinto da tradicional enumeração de propriedades, e que simplifica o problema tremendamente. Para entender essa mudança de perspectiva, precisamos perceber que só o fato de perguntarmos como se reconhece um ser vivo indica que temos uma ideia, ainda que implícita, de sua organização (MATURANA; VARELA, 1995 p. 82).

No momento em que identificamos os seres vivos, já consideramos que há algo em comum entre eles, porém, para ser determinada essa classe é preciso que se identifique sua organização. Deste modo, os seres vivos são definidos por produzirem continuamente a si mesmos, o que os caracteriza por ter uma organização autopoiética (MATURANA; VARELA, 1995).

Para entender melhor esta concepção, considera-se qualquer coisa possível de ser distinta como uma unidade. Essa unidade pode ser diferenciada por um simples isolamento ou, de modo conceitual, com especificações de um procedimento que possa destacá-la e separá-la do seu meio. Esta distinção

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depende do método adotado, ou seja, é preciso utilizar as mesmas especificações para que haja um consenso em relação a essa unidade (MATURANA, 2001).

Ainda sobre as unidades, sua organização é uma característica em referência às relações entre os componentes que as configuram. As relações entre as partes são a organização e o que caracterizam esta unidade. Ao desorganizar essas relações, a unidade deixa de sê-la, isto é, é destruída (MATURANA, 2001). Outra característica de uma dada unidade é sua estrutura. Os componentes e as relações que a constituem são a estrutura. A estrutura é variável, pode ser diferente em relação a cada unidade da mesma classe, por exemplo, uma cadeira de plástico e uma cadeira de madeira, ambas são cadeiras, porém constituídas de materiais diferentes. Assim, a organização de uma unidade é invariável e generalizada dentro de uma classe de unidade compostas e a estrutura é variável e individual (MATURANA, 2001).

O conceito de autopoiese define um tipo de organização, cujos componentes estão constantemente relacionados a uma rede contínua de interações que se autoproduz. Essa organização define limites de onde ocorrem as interações e tais unidades tornam-se autônomas (MATURANA; VARELA, 1995, p. 81). A estrutura dos seres vivos se mantém aberta, passível de modificações e essas modificações são denominadas acoplamentos estruturais, que ocorrem quando há a interação do organismo com o meio. Esses acoplamentos ocorrem continuamente e não cessam enquanto houver vida (CALGARO; PEREIRA, 2010; ANDRADE, 2012). Maturana e Varela (1995 p. 87) definem estrutura como: “os componentes e as relações que concretamente constituem uma determinada unidade e realizam sua organização”.

De acordo com a autopoiese de Maturana e Varela, segundo Teubner (1989 apud CALGARO; PEREIRA, 2010), a vida se define individualmente em cada ser vivo pela sua autonomia e pela sua organização, a qual se autoproduz, gerando uma rede de interações cíclicas e constantes.

Complementando, Calgaro e Pereira (2010) definem a autopoiese como um sistema em que todos os elementos são produzidos e reproduzidos pelo próprio sistema que constitui uma rede de interações circulares, tanto fechadas como abertas, mantendo a organização do sistema, porém, podendo ocasionar a modificação da estrutura do mesmo.

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Compreendendo isto, a teoria da organização autopoiética dos organismos pode ser resumida como uma compreensão sistêmica e dinâmica do viver e operar dos seres vivos, diferenciando-se da concepção que se sustenta em uma listagem de fenômenos biológicos para explicar o fenômeno da vida. A autopoiese traz consigo um entendimento geral sobre os seres vivos (AZAMBUJA, 2004).

De modo resumido, o “ser vivo” se caracteriza por ter uma organização autopoiética. Estabelece constantemente acoplamentos estruturais (figura 1), devido à interação com o meio, interação essa que ocorre durante toda sua vida. Sua estrutura é modificada, porém sua organização é sempre mantida.

Os seres vivos se caracterizam por sua organização autopoiética. Diferenciam-se entre si por terem estruturas diferentes, mas são iguais em sua organização. (MATURANA; VARELA, 1995 p. 87).

Figura 1 Acoplamento estrutural. Círculo representando a unidade autopoiética e setas indicando sua relação com o meio - Fonte: Árvore do Conhecimento (MATURANA; VARELA, 1995).

3 MATERIAIS E MÉTODOS

A primeira fase do trabalho fundamentou-se na delimitação do tema escolhido, o qual teve como referência os estudos realizados no grupo de pesquisa sobre o ensino de biologia comporto por alunos e professores do CCBS na Universidade Presbiteriana Mackenzie, com o enfoque na metacognição, ou seja, conhecer o ato de conhecer. Neste contexto, o estudo atual do grupo é relacionado às teorias de Maturana e Varela (1995) em relação à concepção de ser vivo.

Foram realizadas as buscas de referências bibliográficas que fundamentassem o tema. Concomitantemente foi feito a busca do material de apoio

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ao currículo do Estado de São Paulo, os cadernos do professor de todos os volumes das séries do Ensino Médio. O “caderno do professor” foi escolhido por ser um material de grande abrangência na educação pública e por ser usado como padrão no Estado de São Paulo.

Para ter acesso aos Cadernos do Professor, foi solicitada à diretoria de educação da zona Sul de São Paulo a autorização do uso dos cadernos, obtendo-a. Porém, apesar de já autorizado, a diretoria não pôde oferecer os exemplares dos cadernos para a realização das análises. Deste modo, os cadernos utilizados foram outros, oferecidos por uma professora de Ciências e Biologia da rede pública estadual de São Paulo e obtidos em uma escola estadual, os quais foram separados pela professora um exemplar de cada volume e de cada série do Ensino Médio.

Devido ao difícil acesso aos cadernos, os quais foram solicitados em duas escolas e na diretoria de ensino (onde não foram disponibilizados) a seleção dos cadernos foi feita pela professora separou os seguintes exemplares: 1ª série – 1, 2, 3 e 4 volumes do ano de 2009; 2ª série – 1, 2, 3 volumes do ano de 2013 e o 4° volume do ano de 2009; e 3ª série – 1, 2, 3 e 4 volumes do ano de 2009.

A análise foi feita em ordem crescente das séries e volumes. Os cadernos são divididos em grandes temas. Cada caderno apresenta, em geral, de três a quatro grandes temas, os quais são subdivididos em “situação de aprendizagem” (anexo A a C). Ao realizar análise dos cadernos, foram destacados todos os conteúdos e temas de cada “situação de aprendizagem”. Durante a análise, foram destacados trechos e situações em que se abordavam direta ou indiretamente os conceitos de ser vivo e de vida.

Para auxiliar o leitor sobre o assunto abordado em cada volume e série foram construídos quadros que estão nos anexos A, B e C (exemplificados na figura 2) descriminando os temas, situações aprendizagem e conteúdos contidos em cada volume.

Volume Tema situação aprendizagem conteúdo e temas

1 Produção e Obtenção de matéria As plantas e os animais crescem Fotossíntese Produtores, consumidores, decompositores

Fotossíntese; cadeias e teias alimentares; níveis tróficos Fluxo de matéria e

energia na natureza

Energia e matéria passam peloas seres vivos

Fluxo de energia e matéria nos seres vivos; ciclo do carbono

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As muitas voltas do Carbono

Fluxo de energia e matéria nos seres vivos; ciclo do carbono Figura 2: exemplo dos quadros em anexo sobre os temas e conteúdos contidos nos volumes de cada série.

O método de seleção dos trechos seguiu o padrão de destacar sempre que apareciam as palavras como, por exemplo, ser vivo e organismos de modo que estivesse generalizando todos os seres vivos sem exceções e sem especificar um grupo, por exemplo, animais ou plantas. Durante a seleção dos trechos dos textos contidos nos cadernos, foram feitos anotações para classificar de que assunto cada trecho abordava, como por exemplo, se falava de reprodução, alimentação ou sobre o acoplamento estrutural. Os resultados dessa seleção e das anotações estão explicitas nos Anexos D, E e F, os quais são quadros (exemplificados pela figura 3) de cada ano do Ensino Médio contendo o volume e página onde foi encontrado cada trecho, e as anotações feitas.

1° ano do Ensino Médio VOLUME

- pag TRECHOS RETIRADOS DOS TEXTOS

CONSIDERAÇÕES - ANÁLISE volume 1

- p. 8

" […] as células como estruturas que distinguem os seres vivos dos demais seres inanimados; sua relação com a formação dos tecidos e a visão de que os seres vivos não apenas "têm" células, como são formados por essas estruturas".

Célula - unidade básica de vida; definição de ser vivo = organismos com células.

volume 1

- p. 8 " […] todos os seres vivos são formados por células […]"

Célula definindo os seres vivos - e os vírus?

volume 1 - p. 8

" […] a célula sozinha é capaz de obter energia e de se reproduzir."

Célula como uma estrutura com uma organização autopoiética: se auto-produz.

Figura 3 : modelo dos quadros de trechos retirados dos Cadernos do Professor.

Ao realizar a análise e discussão foram selecionados alguns dos trechos selecionados nos cadernos, devido há grande quantidade de trechos que se referiam aos mesmos assuntos e características dos seres vivos. Essa seleção teve como critério escolher os trechos que tivessem explicitando a utilização de características citadas nos textos para uma definição de ser vivo.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Ao longo da leitura dos cadernos do professor foram destacados alguns trechos que se relacionavam ao conceito de ser vivo. Foi possível relacionar tais trechos com as referências utilizadas sobre o tema.

O curso do Ensino Médio se inicia com o ensino de produção e obtenção de matéria. Neste contexto, em relação aos seres vivos, é possível destacar alguns trechos:

O desenvolvimento dos seres vivos pressupõe o consumo contínuo de compostos orgânicos, como proteínas, aminoácidos, açúcares, polissacarídeos, lipídeos, vitaminas, entre outros [...] (SÃO PAULO,

2009, 1° ano, vol.1 p.11).

Os produtores também são chamados de autótrofos (que produzem seu próprio alimento), enquanto os consumidores são chamados de heterótrofos (encontram o alimento no outro) (SÃO PAULO, 2009, 1°

ano, vol.1 p.30).

No primeiro trecho há um erro conceitual, pois afirma genericamente que os seres vivos consomem compostos orgânicos como proteínas, aminoácidos açúcares e lipídeos, porém, os seres fotossintetizantes não consomem tais compostos.

Nesta situação, o contexto de ser vivo está intensamente atrelado ao fenômeno de alimentação, tanto para os heterótrofos, como para os autótrofos. É possível considerar que geralmente as concepções de seres vivos se resumem a uma explicação dos seus fenômenos observáveis (TEUBNER, 1989 apud CALGARO; PEREIRA, 2010). Entre esses fenômenos pode ser considerado o fenômeno da alimentação como uma forma de caracterizar dos seres vivos e diferenciá-los de outros seres inanimados. Porém não é consenso que os seres autótrofos se alimentam, pois não há a ingestão de nenhuma substância, e sim a produção de matéria orgânica por estes seres que utilizam essa matéria como nutriente para manter-se vivo, e desta forma, a utilização deste fenômeno como definição de ser vivo pode trazer equívocos.

A alimentação pode ser considerada um tipo de interação do indivíduo com o meio. Para Maturana e Varela (1995) essa relação é chamada de acoplamento

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estrutural. O acoplamento estrutural é um “mecanismo” que permite que haja a autopoiese do indivíduo, permitindo assim a sua autoprodução.

Toda ontogenia ocorre dentro de um meio que nós, como observadores, podemos descrever como tendo uma estrutura particular. Como também descrevemos a unidade autopoiética como tendo uma estrutura particular, fica evidente que a interações (desde que sejam recorrentes) entre unidade e meio consistirão em perturbações recíprocas. Nessas interações, a estrutura do meio apenas desencadeia as mudanças estruturais das unidades autopoiéticas (não as determina nem informa), e vice-versa para o meio. O resultado será uma história de mudanças estruturais mútuas, desde que a unidade autopoiética e o meio não se desintegrem. Haverá um acoplamento estrutural (MATURANA; VARELA, 1995, p. 113).

Desta forma, relacionando o trecho acima com o fenômeno da alimentação é possível considerar que o alimento interage com o ser vivo de modo que as estruturas, tanto do alimento como do ser vivo sofre perturbações recíprocas, o que resulta em uma modificação da estrutura da unidade autopoiética. Toda essa relação é denominada acoplamento estrutural (figura 4), e é o que permite que haja a autopoiese dos seres vivos.

Figura 4 Acoplamento estrutural. Círculo representando a unidade autopoiética e setas indicando sua relação com o meio - Fonte: Árvore do Conhecimento (MATURANA; VARELA, 1995).

Ainda neste contexto, dentro do conteúdo do curso presente nos cadernos do professor, é possível considerar alguns outros trechos que facilmente poderiam ser comparados e relacionados ao acoplamento estrutural. No trecho a baixo é possível compreender o acoplamento estrutural na relação de cada indivíduo de uma população interagindo e modificando um ao outro:

O momento é de compreender o modo pelo qual uma população pode alterar a vida de outra e como organismos de uma mesma comunidade podem relacionar-se. [...] percepção das relações

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ecológicas entre seres vivos; reconhecimento das características dessas relações, tanto para os organismos envolvidos quantos para as populações e o ambiente. [...] Discutiremos alguns casos da dinâmica entre populações cujos indivíduos mantêm algum tipo de relação ecológica (SÃO PAULO, 2009, 1° ano, vol.2 p.11).

Este trecho pode ser explicado utilizando as ideias de Maturana e Varela (1995) em relação ao acoplamento estrutural entre indivíduos autopoiéticos que pode ser ilustrado pela figura 5. O indivíduo que está em interação com o meio onde há outros indivíduos exerce o acoplamento estrutural entre eles. Essa interação com o meio e os indivíduos define a ontogenia da unidade, ou seja, define o histórico de mudanças estruturais da unidade autopoiética.

Figura 5 Acoplamento estrutural entre indivíduos e meio. As unidades são representadas pelos círculos e as setas representam as interações - fonte: Árvore do Conhecimento (MATURANA; VARELA, 1995).

Ainda no contexto do ensino de produção e obtenção de matéria, o caderno apresenta o conteúdo de fotossíntese, o qual é descrito como um fator essencial para a vida.

Baseado no que você entendeu sobre fotossíntese, responda: Que organismos não existiriam se não ocorresse fotossíntese? Nenhum organismo, pois as plantas, algas e outros seres clorofilados não existiriam, e os que se alimentam deles também não (SÃO PAULO, 2009, 1° ano, vol.1 p.15).

Nesta passagem, os vários autores do caderno evidenciam a importância da fotossíntese para a manutenção dos seres autótrofos que consequentemente servirão de alimento para os seres heterótrofos. Pode ser destacado também que a fotossíntese foi muito importante para que fosse possível haver oxigênio atmosférico, possibilitando a respiração. Mais uma vez, um fenômeno realizado pelo ser vivo é utilizado para se definir as características do mesmo. O conteúdo de fotossíntese também pode ser explicado como uma interação do indivíduo autótrofo com a luz do Sol, realizando o acoplamento estrutural.

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As concepções de vida e de ser vivo que hoje são ensinadas dizem respeito à vida terrestre, e assim são considerados importantes todos os fenômenos que são realizados pelos seres vivos que vivem no nosso Planeta. Porém, concepção de acoplamento estrutural também pode ser relacionada a possíveis formas de vida que em outros planetas, em que não dependam de ambientes semelhantes ao do planeta Terra. A explicação de Maturana e Varela (1995) permite que pensemos em organizações autopoiéticas fora das condições que consideramos habitáveis, isso é possível pelos seus acoplamentos estruturais que independem de condições e sim das interações. Segundo Maturana e Varela (1995) as unidades autopoiéticas podem ter suas histórias de vida em acoplamento, quando suas interações apresentam um caráter recorrente ou muito estável.

Seguindo com o conteúdo dos cadernos, a célula é vista como a unidade básica da vida, herança biológica e variabilidade, DNA e proteína no 2° ano do Ensino Médio. Neste contexto, o conteúdo do caderno sugere que a célula é a unidade básica da vida e os seres vivos são definidos como unidades celulares:

[...] as células como estruturas que distinguem os seres vivos dos demais seres inanimados [...] sua relação com a formação dos tecidos e a visão de que os seres vivos não apenas "têm" células, como são formados por essas estruturas [...] Todos os seres vivos são formados por células. [...] Saber que todos os seres vivos são formados por células é uma das generalizações mais importantes da Biologia e fundamental para levar o aluno a perceber que, para compreender a vida, é necessário compreender a célula. (SÃO PAULO, 2009, 2° ano, vol.1 p.8).

Segundo Azambuja (2004), no meio científico o conhecimento em relação aos seres vivos se resume a uma análise dos seus componentes celulares e moleculares para se entender a vida em meio dos fenômenos observáveis.

É comum encontrar na literatura, por exemplo, que os seres vivos são aqueles que são constituídos por células. Esta afirmação carrega um grande dilema em relação aos vírus que são acelulares, pois ainda não se tem um consenso. Nas escolas ainda é ensinado que por serem acelulares não são seres vivos. Muitos compreendem que os mesmos são seres vivos por apresentarem pelo menos três de suas propriedades: reprodução, hereditariedade e mutação. Porém, de acordo com Maturana e Varela(1995), os seres vivos são organizações autopoiéticas, e não dependem de apresentarem ou não propriedades ou exercerem fenômenos, e desta forma, os vírus são considerados vivos, por terem a capacidade de se autoproduzir.

(20)

A conclusão de Maturana e Varela (1995) é de que os seres vivos de distinguem por apresentarem uma organização operacional autônoma (AZAMBUJA, 2004).

Neste contexto, em relação ao Caderno do Professor, a autopoiese pode ser relacionada ao trecho no texto do volume 1: “a célula sozinha é capaz de obter energia e de se reproduzir". No trecho é possível relacionar com o conceito de autopoiese. A célula como uma unidade com organização autopoiética. Teubner (1989 apud CALGARO; PEREIRA, 2010) define a vida de cada ser vivo como a autonomia e constância da organização que apresenta uma ordem interna, gerada a partir da interação de seus próprios elementos, os quais são produzidos a partir desta mesma rede de interações. Em outras palavras, a vida depende da interação da unidade com o meio e das interações dos elementos internos da própria unidade.

Com essas passagens dos textos do Caderno do Professor é visível que dentro do currículo de biologia é possível abordar as concepções de Maturana e Varela (1995) para explicar as relações entre seres vivos com o meio.

O Caderno do professor também se refere ao DNA, divisão celular e a reprodução como propriedades essenciais para o ser vivo, como descrito nos trechos a baixo:

O processo de divisão celular conhecido como mitose é um dos mais importantes e o que possibilita existência e a manutenção da vida, tal como a conhecemos. Para os organismos formados por uma única célula, é por meio da mitose que ocorre a reprodução, e, para aqueles formados por muitas células, como as plantas e os animais, é por meio da mitose que ocorrem o crescimento e a manutenção do organismo (SÃO PAULO, 2009, 2° ano, vol.1 p.42).

O DNA é uma importante molécula orgânica. Estas moléculas de DNA - presentes em todas as formas de vida, desde vírus até mamíferos - comandam e coordenam toda a função celular, pois armazenam na sequência dos elementos que as formam as informações necessárias para a construção de todas as características de um ser vivo (SÃO PAULO, 2009, 2° ano, vol.3 p.10).

Do mesmo modo, é presente nos cadernos do professor do 3° ano do Ensino Médio, a vida dependendo do fenômeno da reprodução e os seres vivos definidos como seres celulares: “A reprodução é um processo essencial por possibilitar a perpetuação da vida no planeta” (SÃO PAULO, 2009, 3 ano, vol.2 p.43).

Acredita-se que as descargas elétricas dos raios e as radiações favoreceram a ocorrência de combinações entre os materiais que

(21)

compunham a atmosfera primitiva e os mares, originando uma "sopa" de substâncias nutritivas que formaram o corpo dos primeiros seres vivos. O agrupamento dessas substâncias formou gotículas isoladas, células primitivas com a capacidade de se dividir (SÃO PAULO, 2009, 3° ano, vol.3 p.11).

Nestas situações, é possível verificar que a vida é limitada e definida como constituinte de uma estrutura complexa e organizada que apresentam algumas propriedades como reprodução, aprendizagem, adaptação, crescimento, hereditariedade, etc. (TEUBNER, 1989 apud CALGARO; PEREIRA, 2010).

5 CONCLUSÃO

Com a análise dos cadernos do professor foi possível verificar que a concepção de ser vivo ensinada no Ensino Médio estadual está atrelada a um conjunto de fenômenos realizados e propriedades dos próprios seres vivos. Não há uma definição única que possa agrupar todos dessa classe. Não se pode deixar de lembrar que, dentro da concepção adotada nos cadernos, afirma-se que todos os seres vivos são celulares, desconsiderando-se os vírus, excluindo-os da classe de seres vivos, o que pode trazer confusão aos alunos, já que essa afirmativa não é mais consenso na academia científica.

Em contraposição, Maturana e Varela (1995) trazem uma concepção de ser vivo que permite agrupar todos os seres vivos, independentemente de suas propriedades, focando em sua organização e sua interação com o meio. Os seres vivos apresentam organização autopoiética e, desta forma, possuem a capacidade de se autoproduzir, interagindo com o meio em que vivem. Em relação ao material analisado, não foi encontrado alguma apresentação de ser vivo que se aproxime da ideia de autopoiese. Porém há alguns conceitos que em seu contexto podem ser explicados relacionando o acoplamento estrutural realizado pelos seres vivos, inserindo assim as ideais de Maturana e Varela (1995) no conteúdo do Ensino Médio da rede pública.

(22)

A partir da análise, foi sugerido que durante o curso de Biologia no Ensino Médio é possível ensinar uma definição de ser vivo que possa contemplar todos os indivíduos vivos, contextualizando sua organização sem a necessidade de se fundamentar em uma listagem de características. Essa concepção pode ser ensinada nas escolas, de modo que permita ao aluno a entender que a vida não depende somente de fatores como água, oxigênio, etc., mas permite que se entenda que em qualquer ambiente e em qualquer situação pode o ser vivo manter-se, devido sua organização autopoiética, dependendo de seu acoplamento estrutural com o meio (interação com o meio).

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE, C. C de. A Femenologia da Percepção a Partir da Autopoiesis de

Humberto Maturana e Francisco Varela. Revista de Filosofia. Edit Griot, Bahia. v.6, n.2, p. 98 – 121. dez 2012.

AZAMBUJA, R. S. Autopoiese e Ciência. Revista Cultura Homeopática. v.3, n.8 p. 13 – 15, jul/set, 2004.

CALGARO, C; PEREIRA, A, O, K. O Sistema Autopoiético e Seus Paradoxos.

Revista Sequência: Estudos Jurídicos e Políticos. n. 60, p. 275-290, jul/2010.

CAPRA, F. A teia da vida: uma nova concepção científica dos sistemas

vivos. São Paulo: Pensamento, 1996. 256p.

EL-HANI, C, N. Theory-based approaches to the concept of life. Journal of

Biological Education. Bahia. v.42, n.4, p. 147–149, 2008.

GÉNÉREUX, A, P. What is Life? An Activity to Convey the Complexities of This Simple Question. The American Biology Teacher Journal. Canada. v. 75 n. 1, p. 53 – 57, jan 2013.

MATURANA, H, R. O Que Se Observa Depende Do Observador. In: THOMPSON, W. I. (Org.). Gaia – Uma Teoria do Conhecimento. São Paulo: Gaia, p. 61–76, 2001.

MATURANA, H, R; VARELA, F. G. A Árvore do Conhecimento – As Bases

Biológicas do Entendimento Humano. Editorial Psy II. São Paulo, 1995. 281p.

SÃO PAULO. Secretaria da Educação. Caderno do Professor: Biologia, Ensino

Médio – 1° série, Volumes 1, 2, 3 e 4. São Paulo, 2009.

SÃO PAULO. Secretaria da Educação. Caderno do Professor: Biologia, Ensino

Médio – 2° série, Volume 4. São Paulo, 2009.

SÃO PAULO. Secretaria da Educação. Caderno do Professor: Biologia, Ensino

(23)

SÃO PAULO. Secretaria da Educação. Caderno do Professor: Biologia, Ensino

(24)

ANEXO A

Volume Tema situação aprendizagem conteúdo e temas

1 Produção e Obtenção de matéria As plantas e os animais crescem Fotossíntese Produtores, consumidores, decompositores.

Fotossíntese; cadeias e teias alimentares; níveis tróficos. Fluxo de matéria e

energia na natureza

Energia e matéria passam pelos seres vivos

Fluxo de energia e matéria nos seres vivos; ciclo do carbono. As muitas voltas do

Carbono

Fluxo de energia e matéria nos seres vivos; ciclo do carbono.

2

As relações entre seres vivos

Relações ecológicas entre

espécies Relações ecológicas

Equilíbrio dinâmico das populações

Relações ecológicas; dinâmica populacional; controle biológico.

Interferência humana no ambiente

Crescimento populacional e ambiente

Dinâmica populacional; impactos humanos no ambiente. Cadeia alimentar, ciclo de

carbono e os seres humanos.

Fotossíntese; ciclo de carbono; impactos humanos no meio

ambiente.

3 Saúde e qualidade de

vida das populações

Esperança de vida

Saúde; indicadores de desenvolvimento humano e de saúde pública; esperança de vida

ao nascer; definição de fatores que a influenciam.

Histórias de vacinação Saúde; vacinação.

O envelhecimento do Brasil

Saúde; indicadores de desenvolvimento humano e de saúde pública; esperança de vida ao nascer: tendências no Brasil; a

questão do idoso no Brasil.

Saúde é tudo

Saúde; indicadores de desenvolvimento humano e de saúde pública; esperança de vida

ao nascer: tendências e fatores que a influenciam; desigualdade

na saúde das populações.

4 Adolescência e

qualidade de vida

Vulnerabilidade

Saúde: tipos de doenças e mortalidade de acordo com a faixa

etária

Menina-mãe e menino-pai Saúde - gravidez na adolescência A AIDS também é

problema seu AIDS - o que é, como prevenir.

Camisinha é prevenção Saúde - prevenção contra AIDS, DSTs e gravidez indesejada.

Quadro 1: Conteúdos e temas abordados em cada situação aprendizagem de cada volume do Caderno do Professor – 1° ano do Ensino Médio

(25)

ANEXO B

Volume Tema Situação aprendizagem Conteúdo e temas

1 A unidade básica da

vida

A organização celular da vida

Características dos diferentes tipos de célula. Biomembranas e suas

funções

A membrana plasmática e suas principais funções Metabolismo celular:

respiração e fotossíntese Fotossíntese e Respiração

Núcleo celular Cromossomos e divisão

celular 2 Herança biológica: variabilidade e hereditariedade As ideias pré-mendelianas Características hereditárias, congênitas e adquiridas; concepções pré-mendelianas sobre hereditariedade.

As ideias de Mendel Transmissão das

características hereditárias O processo meiótico Meiose e as leis de Mendel

A família Brasil Leis de Mendel; meiose.

Certo cromossomo X Cromossomos sexuais e

herança ligada ao sexo.

3

Do DNA à proteína: os fundamentos da

vida

A estrutura do DNA Estrutura do DNA; a

proposição do modelo.

A duplicação do DNA A duplicação do DNA

Do DNA à proteína RNA: a transcrição e tradução da mensagem; código genético e fabricação de proteínas. Do DNA à característica Integração entre os conceitos da Genética Clássica e da Biologia Molecular 4 Teste de identificação pelo DNA

Teste de identificação por DNA; enzimas de restrição;

eletroforese; clonagem molecular. Como produzir um transgênico? Tecnologias de manipulação do DNA - Riscos e benefícios Debate sobre transgênicos Impactos e vantagens da utilização dos organismos

transgênicos

Quadro 2: Conteúdos e temas abordados em cada situação aprendizagem de cada volume do Caderno do Professor – 2° ano do Ensino Médio

(26)

ANEXO C

Volume Tema Situação

aprendizagem Conteúdo e temas

1 O desafio da classificação biológica Colocando a vida em ordem principais critérios de classificação, regras de nomenclatura e categorias taxonômicas reconhecidas atualmente Taxonomia e conceito de espécie A definição de

espécie Conceito de espécie

Caracterização geral dos cinco

reinos

Todos os reinos da natureza

Caracterização geral dos cinco reinos; sues níveis de organização, de obtenção de

energia, suas estruturas significativas e importância

ecológica. Relações de

parentesco entre os seres vivos

Árvore da Vida Árvores filogenéticas

2 Plantas: Diversidade e desenvolvimento A diversidade das plantas Botânica: evolução e características dos grandes grupos de plantas (briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas). Observando o desenvolvimento vegetal Germinação, desenvolvimento e nutrição das angiospermas.

Reino Animal: diversidade e

funções

Diversidade no reino animal

Características principais dos animais; diversidade animal

(principais filos); sistemas especializados: função e comparação entre os diferentes

filos.

Fisiologia Humana

Nutrição humana: digestão, respiração,

e circulação.

Fisiologia humana: metabolismo energético; nutrição: integração

dos sistemas digestório, respiratório e cardiovascular;

sistema digestório: órgãos e nutrientes. Seres vivos, Reprodução e variabilidade. A reprodução em angiospermas e em humanos Reprodução sexuada e assexuada; reprodução nas

angiospermas; aparelhos reprodutores masculino e feminino - órgãos e funções

3 Origem e evolução

da vida

A origem da vida Hipóteses sobre a origem da vida e a vida primitiva

Evolução: os seres em transformação

Evidências evolutivas; ideias evolucionistas de Darwin e Wallace e de Lamarck; adaptação

e os mecanismos de evolução das espécies: mutação e seleção natural; fatores que interferem na

constituição genética das populações: migrações, mutações, seleção e deriva

(27)

Volume Tema Situação

Aprendizagem Conteúdo e temas

3 Origem e evolução

da vida

Grandes linhas de evolução dos seres

vivos

Grandes linhas de evolução dos seres vivos; árvores filogenéticas.

4 Origem e evolução do ser humano e sua evolução cultural Como os seres humanos evoluíram?

História da evolução humana, parentesco humano com outros

primatas; árvores filogenéticas dos hominídeos. A espécie humana e

seus ancestrais

Evolução da espécie humana: os ancestrais hominídeos, evolução

biológica e cultural. Intervenção humana na evolução A intervenção humana na evolução, as transformações nos ambientes e o futuro da espécie humana

Processos de seleção animal e vegetal; impactos da transformação do ambiente e da adaptação das espécies animais e das plantas aos interesses da

espécie humana; impactos da medicina, agricultura e farmacologia no aumento da expectativa de vida; futuro da

espécie humana.

Quadro 3: Conteúdos e temas abordados em cada situação aprendizagem de cada volume do Caderno do Professor – 3° ano do Ensino Médio

(28)

ANEXO D

1° ano do Ensino Médio VOLUME -

pag TRECHOS RETIRADOS DOS TEXTOS

CONSIDERAÇÕES - ANÁLISE

Volume 1 - p. 11

"O desenvolvimento dos seres vivos pressupõe o consumo contínuo de compostos orgânicos, como proteínas, aminoácidos, açúcares, polissacarídeos, lipídeos, vitaminas, entre outros".

Incoerência, pois os seres autótrofos não consomem tais compostos, plantas não consomem; pressuposto de que os seres vivos precisam consumir para viver. Volume 1 - p. 11

"[…] construção do conceito de matéria orgânica a partir do qual os estudantes poderão retomar e ampliar outros conceitos da Ecologia".

Entender a parte para entender o todo - visão mecanicista da ciência, Capra.

Volume 1 - p. 13

"[…] os materiais de que são feitos os seres vivos e a energia que utilizam fluem de um organismo para o outro".

Descrição da estrutura dos seres vivos - estrutura segundo Maturana e Varela

Volume 1 - p. 15

Pergunta: "que organismos não existiriam se não ocorresse fotossíntese? - possível resposta: nenhum organismo, pois as plantas, algas e outros seres clorofilados não existiriam, e os que se alimentam deles também não”.

Fotossíntese fator essencial para vida; apontar a ideia de que maturana e varela mostram um modelo de vida que pode ser adotada em qualquer ambiente em qualquer lugar do universo - não se limita as condições terrestres: oxigênio, água, alimento, etc.

Volume 1 - p. 21

“[…] necessidade da presença do Sol para a produção da matéria orgânica pelos seres clorofilados"

Importância de fatores que propiciam a vida, como o calor e a luz do Sol.

Volume 1 - p. 30

"Os produtores também são chamados de autótrofos (que produzem seu próprio alimento), enquanto os consumidores são chamados de heterótrofos (encontram o alimento no outro)".

Os seres vivos se alimentam.

Volume 1 - p. 35

“[…] os seres vivos obtêm compostos orgânicos, os alunos podem compreender como a energia

presente nesses compostos flui pela natureza pelas diferentes níveis tróficos".

Seres vivos

precisam de energia.

Volume 1 - p. 35

" […] esses elementos químicos, em certas situações, compõem os compostos orgânicos que integram os seres vivos e, em outras situações, compõe compostos inorgânicos na forma de gases, água ou saia minerais".

Seres vivos são compostos por elementos químicos - estrutura dos seres vivos segundo Maturana e Varela.

(29)

Quadro 4: Trechos relacionados a definição de ser vivo retirados dos textos dos Cadernos do Professor do 1° ano do Ensino Médio

1° ano do Ensino Médio VOLUME -

pag TRECHOS RETIRADOS DOS TEXTOS

CONSIDERAÇÕES - ANÁLISE

Volume 1 - p. 44

“[…] a produção de gás carbônico pelos seres vivos e pelas atividades humanas, bem como os

mecanismos que permitem o retorno do elemento químico carbono aos seres vivos".

Metabolismo dos seres vivos - descrição de um fenômeno para explicar a unidade; O carbono sempre presente. Volume 2 - p. 11

"como organismos de uma mesma comunidade podem relacionar-se […] percepção das relações ecológicas entre seres vivos; reconhecimento das características dessas relações, tanto para os organismos envolvidos quantos para as populações e o ambiente." Relação dos organismos com o meio - acoplamento estrutural Volume 2 - p. 11

" o reconhecimento das características dessas relações, tanto para o organismos envolvidos quanto para as populações e o ambiente, e a capacidade de identificar o tipo de relação ecológica" Relação dos organismos - acoplamento estrutural Volume 2 - p. 11

"dinâmica entre populações cujos indivíduos mantêm algum tipo de relação Ecológica"

Relação dos organismos com o meio - acoplamento estrutural

(30)

ANEXO E

2° ano do Ensino Médio VOLUME

- pag. TRECHOS RETIRADOS DOS TEXTOS

CONSIDERAÇÕES - ANÁLISE Volume

1 - p. 8

“[…] as células como estruturas que distinguem os seres vivos dos demais seres inanimados; sua relação com a formação dos tecidos e a visão de que

os seres vivos não apenas "têm" células, como são formados por essas estruturas".

Célula - unidade básica de vida; definição de ser vivo = organismos

com células.

Volume 1 - p. 8

“[…] todos os seres vivos são formados por células […]" Célula definindo os seres vivos - e os vírus? Volume 1 - p. 8

“[…] a célula sozinha é capaz de obter energia e de se reproduzir."

Célula como uma estrutura com uma

organização autopoiética: se

auto-produz.

Volume 1 - p. 8

" O conhecimento de que a organização celular é uma característica fundamental de todas as formas

vivas é básico para a unificação dos conceitos da Biologia; (foi em 1838 que Theodor Schwann e Mathias Jacob Schleiden formularam a hipótese de que todos os seres vivos são formados por células); saber que todos os seres vivos são formados por células é uma das generalizações mais importantes

da Biologia e fundamental para levar o aluno a perceber que, para compreender a vida, é necessário

compreender a célula".

Definindo o ser vivo como celulares - exclusão dos vírus.

Volume 1 - p. 8

"A compreensão da célula como entidade formadora de todos os seres vivos e das estruturas que a compõe pode contribuir, ainda, para a compreensão de temas mais complexos, como a origem da vida e

questões recentes, relativas às pesquisas sobre clonagem terapêutica e a decifração do genoma

humano".

Todos os seres vivos são formados por

células

Volume 1 - p. 11

“[…] célula e seu papel na formação e organização dos seres vivos".

Todos os seres vivos são formados por

células

Volume 1 - p. 13

“[…] instruir para que façam uma pesquisa sobre os diferentes tipos de células: de bactérias, de plantas, de animais e humanas (incluindo células epiteliais,

musculares, nervosas, sanguíneas, etc.)"

Células apresentam estruturas diferentes -

maturana.

Volume 1 - p. 16

Quadro com definições de célula: - "unidade microscópica estrutural e funcional dos seres vivos, constituída fundamentalmente de material genético,

citoplasma e membrana plasmática".

Célula dá a estrutura dos seres vivos

Volume 1 - p. 18

“Assim, se todos os seres vivos são formados por células, basta estudar a função as células para

compreender como a vida".

Célula pode definir o que é vida.

Volume 1 - p. 30

"[...] Ela está presente em todos os seres vivos, plantas, animais, algas, protozoários, bactérias. [...] Ela desempenha funções importantíssimas na célula.

Uma delas é controlar o que entre e o que sai, pois, ao contrário do que se pensa, a célula é extremamente seletiva. tudo que entra ou sai deve

Membrana plasmática - acoplamento estrutural; célula como unidade

(31)

2° ano do Ensino Médio - Continuação VOLUME

- pag. TRECHOS RETIRADOS DOS TEXTOS

CONSIDERAÇÕES - ANÁLISE Volume

1 – p. 30

(cont.) ser examinado criteriosamente para evitar invasores ou perdas desnecessárias."; "os cientistas

acreditam que um dos passos fundamentais para a origem da vida foi o aparecimento da membrana".

Membrana plasmática - acoplamento estrutural; célula como unidade

básica da vida.

Volume 1 - p. 33

"[...] Buscamos enfatizar a importância dos processos de respiração celular e fotossíntese para os seres

vivos". Seres vivos e metabolismo - fotossíntese e respiração. Volume 1 - p. 42

“O processo de divisão celular conhecido como mitose é um dos mais importantes e o que possibilita

existência e a manutenção da vida, tal como a conhecemos. Para os organismos formados por uma

única célula, é por meio da mitose que ocorre a reprodução, e, para aqueles formados por muitas células, como as plantas e os animais, é por meio da

mitose que ocorrem o crescimento e a manutenção do organismo."

Seres vivos se reproduzem, e crescem.

Volume 3 - p. 10

"[...] O DNA é uma importante molécula orgânica. Estas moléculas de DNA - presentes em todas as

formas de vida, desde vírus até mamíferos - comandam e coordenam toda a função celular, pois

armazenam na sequência dos elementos que as formam as informações necessárias para a construção de todas as características de um ser

vivo".

Todos os seres vivos têm DNA - incluindo vírus na classificação de ser vivo - vírus é ou não ser vivo segundo a concepção da apostila?

Volume 3 - p. 28

"[...] Nesta etapa do aprendizado do aluno, é importante que eles tenham a compreensão de que as proteínas, polímeros de aminoácidos, executam as mais diversas funções na célula e no organismo [...] a

compreensão das proteínas na organização e no funcionamento dos organismos vivo, deve possibilitar

aos alunos uma compreensão mais precisa da importância do DNA como material hereditário com capacidade de armazenar informações genéticas."

As proteínas têm funções nos seres vivos

- todos os seres tem DNA.

Quadro 5: Trechos relacionados a definição de ser vivo retirados dos textos dos Cadernos do Professor do 2° ano do Ensino Médio

(32)

ANEXO F

3° ano do Ensino Médio VOLUME e

pag. TRECHOS RETIRADOS DOS TEXTOS

CONSIDERAÇÕES - ANÁLISE Volume 2 -

p.8

"Neste caderno foram priorizados os seguintes assuntos: […] seres vivos, reprodução e variabilidade. […] No que se refere à reprodução

dos seres vivos, são destacados os principais mecanismos envolvidos na reprodução sexuada".

Seres vivos se reproduzem

Volume 2 - p. 33

"O funcionamento dos seres vivos é um fenômeno complexo e requer conhecimentos de diferentes

áreas para compreendê-lo. Com esse tema, pretendemos abordar essa complexidade com base em uma análise conjunta dos processos de

digestão, circulação e respiração, e, assim, evidenciar o funcionamento integrado do corpo

humano."

Seres vivos são complexos; os seres vivos exercem os processos de digestão, circulação e respiração (alimentam-se e respiram); Volume 2 - p. 43

"a reprodução é um processo essencial por possibilitar a perpetuação da vida no planeta."

A vida depende do fenômeno da

reprodução;

Volume 2 - p. 43

"Esta situação de aprendizagem pretende discutir os processos de reprodução dos seres vivos e os relacionar à variabilidade genética das espécies

com base na comparação da reprodução em angiospermas e seres humanos."

Variabilidade genética dos seres vivos

depende da reprodução; seres vivos se reproduzem.

Volume 3 - p. 8

"Um dos aspectos mais intrigantes da Biologia diz respeito à origem da grande diversidade de seres vivos que habitam o planeta Terra [...] de Situação de Aprendizagem que se iniciam com a discussão

dos conceitos relacionados à origem da vida e terminam com a apresentação das grandes linhas

de evolução dos seres vivos".

Diversidade dos seres vivos - eles evoluem

Volume 3 - p. 9

"[…] proponha uma discussão baseada nas seguintes questões: É possível perceber a grande

diversidade de vida no planeta. Como teriam surgido todas as formas de vida na Terra? O que

os seres vivos têm em comum? Do que são constituídas suas células?”

O que define um ser vivo é a presença de célula; célula unidade

básica da vida.

Volume 3 - p. 11

"Acredita-se que as descargas elétricas dos raios e as radiações favoreceram a ocorrência de combinações entre os materiais que compunham a

atmosfera primitiva e os mares, originando uma "sopa" de substâncias nutritivas que formaram o corpo dos primeiros seres vivos. O agrupamento dessas substâncias formou gotículas isoladas, células primitivas com a capacidade de se dividir”.

Primeiros seres vivos foram células primitivas que se

reproduziam;

Volume 3 - p. 12

" Os americanos Harold Urey e Stanley Miler tentaram algo ainda mais ambicioso: fabricar a vida, ou, ao menos, alguns de seus ingredientes básicos, no laboratório. A origem da vida na Terra

era (e ainda é) um grande mistério. E não é para menos. Em sua essência, seres vivos são conjuntos de macromoléculas orgânicas de grande

complexidade, capazes de realizar uma série de operações e transformações químicas que levam à

Define: seres vivos são conjuntos de macromoléculas orgânicas de grande complexidade que se alimentam e reproduzem (operações e transformações

(33)

3° ano do Ensino Médio (Continuação) Volume e

pag. TRECHOS RETIRADOS DOS TEXTOS

CONSIDERAÇÕES - ANÁLISE Volume 3 –

p. 12

(cont.) sua subsistência (alimentação) e à sua

reprodução. (cont.) químicas);

Volume 3 - p.12

"De alguma forma, moléculas inertes, quando combinadas a certo nível de complexidade, se

transformam em seres vivos."

Seres vivos são compostos por moléculas combinadas à uma complexidade em suas relações. Volume 3 - p. 12

"Após alguns dias, uma análise da mistura acusou a presença de aminoácidos, compostos orgânicos complexos encontrados em todos os seres vivos na Terra, os blocos que compõe as proteínas." - "...

Pois os aminoácidos compõem proteínas que são macromoléculas que, por sua vez, compõem as

estruturas básicas de todas as células”.

Seres vivos apresentam aminoácidos, proteínas. Volume 3 - p. 12

"Os reagentes utilizados por Urey e Miller contêm os mesmos átomos que compõem as substâncias

orgânicas que formam os seres vivos atuais: carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio."

Seres vivos são compostos por carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio.

Volume 3 - p. 15

"[...] mas a Terra devia ser atingida por muitos meteoros nesse período, o que tornaria a superfície um ambiente inóspito para a vida. As fossas hidrotermais, no fundo do oceano, poderiam

oferecer as condições ideias de formação e proteção, segundo alguns pesquisadores [...]”.

Ambiente inóspito depende de que tipo

de acoplamentos estruturais serão feitas; qualquer ambiente pode ser

propício a vida na definição de Maturana

e varela.

Volume 3 - p. 15

"A existência de água liquefeita é determinante para a geração e a manutenção das formas de

vida que conhecemos hoje."

Seres vivos consomem água; água essencial para a

vida.

Quadro 6: Trechos relacionados a definição de ser vivo retirados dos textos dos Cadernos do Professor do 3° ano do Ensino Médio

(34)

Estou ciente do conteúdo do Trabalho de Conclusão de Curso “SER VIVO: VISÕES PRESENTES NA PROPOSTA CURRICULAR DE BIOLOGIA PARA A REDE

ESTADUAL PAULISTA”

Prof.ª Rosana dos Santos Jordão – Universidade Presbiteriana Mackenzie

Mariana Mara Morena Gomes – 308.1655-6

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