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Lavoura de algodão. ABR Projeto de unificação dos programas de sustentabilidade é discutido na Abrapa

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CORREIOS

Especial

9912200533 AGOPA

Ano VIII/ n°144 Goiás - Abril de 2012

www.promoalgo.com.br

Fundação Goiás

Representantes da entidade visitam unidade

industrial da Ouro Fino Agrociência

ABR

Projeto de unificação dos programas de

sustentabilidade é discutido na Abrapa

Lavoura de algodão

A estimativa é que Goiás

produza cerca de 140 mil

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www.promoalgo.com.br

Jor na lis tas res pon sá veis Mi guel Bu e no

(DF – 02606 JP) Ales san dra Go i az (GO - 01772 JP)

Co or de na dor do Pro mo al go Dul ci mar Pes sat to Fi lho (Di re tor exe cu ti vo da Ago pa) Re vi são

Paulo Henrique de Castro

Pro je to Grá fi co e Di a gra ma ção OOT - Design e comunicação Ti ra gem 800 uni da des Im pres são Grá fi ca e Edi to ra Ta len to Fone: +55 (62) 3241 0404

Editorial

Ex pe di en te

Pre si den te: Mar ce lo Swart

Vi ce-pre si den te: José Fava Neto Co or de na dor do Con se lho Ges tor: Mar ce lo SwartDi re tor-exe cu ti vo: Pau lo Cé sar Pei xo to

Pre si den te: Ro nal do Lim ber te Vi ce-pre si den te: Ro land van de Groes

Risco e previsibilidade

Opinião - Leonardo Machado é engenheiro agrônomo e assessor técnico para a área de cereais, fibras e oleaginosas da Faeg

De acordo com a teoria econômi-ca, os conceitos de risco e incertezas, apesar de serem usados como sinôni-mos em várias áreas do conhecimen-to, apresentam diferenças importan-tes. Para o economista Frank Knight, a diferença entre risco e incerteza é que na primeira a distribuição do resulta-do é conhecida (quer por meio resulta-do cálculo, quer por meio de estatísticas da experiência passada), enquanto no caso da incerteza isso não ocorre.

Estas definições são importantes no momento que classificamos o mercado de commodities agrícolas como um mercado de risco. Isso por-que, apesar da difícil previsibilidade, apresenta movimentos que podem ser calculados e previstos. Esta difi-culdade na previsibilidade se deve, em grande parte, devido tais merca-dos obedecerem também às regras de oferta e demanda, e esta regra é a que tem causado atualmente as maio-res volatilidade no mercado.

A safra 2011/2012 é um grande laboratório para se observar este dois fundamentos. Para comprovar, é necessário abrangermos desde o momento em que o crescimento econômico dos países chamados de emergentes refletiu no aumento da demanda por alimentos. Com esta modificação, e com a oferta de ali-mentos não acompanhando a deman-da, um novo patamar no preço das commodities foi estabelecido.

A soja é um importante exemplo deste movimento. Na safra 1991/1992

a demanda mundial pela oleagino-sa era de 107 milhões de toneladas, enquanto que a produção foi de 156 milhões de toneladas. Neste período, o preço médio praticado na bolsa de mercadorias de Chicago (CBOT, sigla em inglês) girava em torno de US$ 6/ bushel (medida de volume americana que corresponde a 27,21 kg).

Porém, na safra atual, a produção global deverá alcançar 259 milhões de toneladas, 66% a mais do que há 20 anos. No entanto, a demanda re-gistrou um salto de 143% no mesmo período, chegando a 260 milhões de toneladas. Tal situação de aperto da demanda resultou na elevação do preço do grão no referencial de Chi-cago, que chegou a US$ 14/bushel pouco antes da colheita americana.

No entanto, considerando a ob-servação empírica do mercado agrí-cola, movimento de queda era pre-visto com o início da safra americana (sazonalidade). Foi o que ocorreu no último semestre do ano, quando o preço da soja chegou a US$ 11/bu-shel na CBOT.

A sazonalidade neste mercado nos indica que o início da colheita é sem-pre sem-precedido de reduções de sem-preço, efeito da pressão localizada da oferta. A safra de grão 2011/2012 ainda pro-mete apresentar modificações, tanto do lado da oferta como do lado da de-manda. No entanto, diante desta pre-visão, num curto prazo, a volatilidade deverá estar presente no mercado brasileiro de grãos.

Em Goiás, as lavouras de algodão estão em pleno desenvolvimento, sendo encontradas em praticamen-te todos os estágios fenológicos. A expectativa para esta safra é de 140 mil toneladas de algodão em pluma. Espera-se também que, com o cli-ma ajudando, a qualidade do algo-dão se destaque e seja superior ao do ano anterior. Antes das colheitas as expectativas são muitas, mas o produtor está ciente com relação à produção e ao mercado que irá encontrar. Leia mais sobre este as-sunto no Informe Promoalgo deste mês de abril.

Boa leitura! Alessandra Goiaz

Desenvolvimento

das lavouras

Rua da Pátria n°230 Bairro Santa Genoveva, Goiânia/GO CEP: 74670-300 CORREIOS Impresso Especial 9912200533 AGOPA

Ano VIII/ n°144 Goiás - Abril de 2012

www.promoalgo.com.br

Fundação Goiás

Representantes da entidade visitam unidade industrial da Ouro Fino Agrociência

ABR

Projeto de unificação dos programas de sustentabilidade é discutido na Abrapa

Lavoura de algodão

A estimativa é que Goiás produza cerca de 140 mil toneladas de algodão em pluma

Capa: OOT - Design e Comunicação

Sist

emafaeg

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Insumos

Conhecimento e troca de

informações durante visita

REPRESENTANTES DA FUNDAçãO GOIáS vISITAM UNIDADE

INDUSTRIAL DA OURO FINO AGROCIêNCIA, EM UBERABA

C

om os objetivos de estreitar relações com empresas pro-dutoras de insumos agrícolas e dar continuidade aos trabalhos de parceria entre a Fundação de Apoio à Pesquisa e Desenvolvimento Agro-pecuário de Goiás – Fundação Goiás e empresas privadas, representantes da entidade visitaram no dia 29 de fevereiro a Ouro Fino Agrociência. Com sede em Uberaba (MG), a em-presa atua no desenvolvimento e na fabricação de defensivos agrícolas.

Na ocasião, os visitantes co-nheceram as dependências da empresa e os trabalhos realizados por ela. Em contrapartida, os repre-sentantes da Fundação Goiás apre-sentaram à equipe técnica da Ouro Fino os trabalhos realizados pela entidade na Estação Experimental Agrícola, uma estrutura construída pela Fundação Goiás que está apta a emitir laudos de eficiência e pra-ticabilidade agronômica, de fitoto-xidade e de resíduos para registros de agrotóxicos e derivados.

Segundo o presidente da Fun-dação Goiás, Ronaldo Limberte, a infraestrutura da Ouro Fino o

dei-xou impressionado. “A fábrica, a modernidade dos equipamentos e a consciência socioambiental da em-presa é de impressionar. Acho que o produtor está ganhando uma nova opção de comercialização de quími-cos”, ressaltou.

Para o diretor da Fundação Goi-ás, Andreas Peeters, a localização da unidade da empresa, que fica no Distrito Industrial de Uberaba, é um dos destaques da Ouro Fino. “Ela fica logisticamente no Centro--Sul do Brasil, onde também se concentram outras indústrias de fertilizantes, possibilitando entregas fáceis e rápidas em todas as regiões produtoras do País”, diz. Além das presenças de Ronaldo Limberte e de Andreas Peeters, a comitiva goiana contou com a participação da en-genheira agrônoma da Fundação Goiás, vânia Lúcia do Nascimento, e de Bruna Schlatter Zapparoli. Na empresa, os visitantes foram recebi-dos pelo assistente técnico agroquí-mico, João Paulo Júnior; pelo super-visor técnico, Guilherme valadão; pelo assistente técnico de produtos, Pablo Luporini; e por Marneu Melo.

A parceria entre a Fundação Goi-ás e a Nortox no desenvolvimento de pesquisas com agroquímicos para diversas culturas foi fortalecida com a visita de representantes e consultores da Nortox, no dia 9 de março, à sede da entidade. Há quatro safras, o inte-resse da parceria por resultados positi-vos vem crescendo de acordo com as necessidades dos produtores.

Cacildo Pereira Dias, que atua na área de Pesquisa e Desenvolvimento da Nortox, ressalta que, com o objetivo de disponibilizar novas tecnologias para o agronegócio, a empresa desenvolve produtos que apresentem controle efi-ciente para o percevejo castanho. O estudo para controle da praga é condu-zido pela Fundação Goiás e monitorado pelo Departamento de Pesquisa e De-senvolvimento da Nortox.

A visita aconteceu na Estação Expe-rimental da Fundação Goiás, onde são conduzidos estudos com defensivos agrícolas para o controle do perceve-jo castanho. Trata-se de uma praga de solo, de difícil controle, que vem cres-cendo em várias regiões de cultivo. “Nosso objetivo é gerar informações positivas de utilidade pública no que diz respeito aos defensivos, de for-ma que apresentem for-maior eficácia no controle da praga”, afirma vânia Lúcia do Nascimento, engenheira agrônoma da Fundação Goiás. Ela frisa que atual-mente não há no mercado tecnologias disponíveis para o controle eficiente da praga.

Busca pelo controle do

percevejo castanho

Representantes da Nortox durante visita a campo na Fundação Goiás

Representantes da Fundação Goiás, acompanhados pela equipe técnica da Ouro Fino Agrociência, durante visita à empresa

Fot

os: F

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Safra

Lavouras em desenvolvimento

A ExPECTATIvA é qUE SEJAM COLHIDAS 140 MIL TONELADAS DE ALGODãO EM PLUMA EM GOIáS

A

s lavouras de algodão em Goi-ás estão em franco desenvol-vimento. Com o período de plantio chegando ao fim, atualmente, pode-se encontrar praticamente todos os estágios fenológios da planta. As áreas mais velhas estão com cerca de 140 DAE (dias após emergência) – que ficam principalmente na região leste do Estado, onde é permitido o plantio a partir de 30 de outubro em alguns municípios –, assim como áreas com apenas 10 DAE, que são as áreas irri-gadas na porção central de Goiás.

Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a estimativa é que até o final da safra 2011/2012, sejam colhidas 140 mil toneladas de algodão em pluma. “A expectativa é que a qualidade do algodão seja su-perior ao do tipo verificado no ano passado. Neste ano, os produtores plantaram mais perto do que deno-minamos de ‘janela ideal do plantio’. Houve redução das áreas com algodão adensado”, comenta Davi Laboissiére, engenheiro agrônomo da Fundação de Apoio à Pesquisa e Desenvolvimento

Carlos Rud

iney

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Com o início das colheitas marcado para a primeira quinze-na de maio, os produtores também já estão preocupados com o tipo de mercado consumidor que irão encontrar. Segundo Luiz Renato Zapparoli, atualmente, o mercado local tem refleti-do o mercarefleti-do internacional, com condições para firmar preços no limite mínimo da paridade da exportação. “Com isso, as crises internacionais que têm afetado diretamente os mercados consumidores têm nos afetado diretamente também”.

O cotonicultor também demonstra preocupação com o se-tor de indústria têxtil brasileira. “Para que possamos ser fortes na cotonicultura, precisamos de uma indústria têxtil muito forte no Brasil, desde a fiação até a confecção”, diz. Zapparoli acres-centa também que a cotonicultura brasileira tem condições de oferecer o melhor algodão com o menor preço disponível no mundo para as fiações locais e, a partir deste ponto, desen-volver uma cadeia geradora de emprego e de impostos. “Mas, para isso, precisamos de melhores condições de produção em termos tributários e trabalhistas, necessitamos de ferramentas para mitigar os problemas decorrentes da volatilidade dos pre-ços tanto das commodities quanto das moedas, além de segu-ridade para nossas lavouras e nossa renda”, completa.

Proteção

Assim como ocorreu no ano passado, em 2012 os preços do algodão têm sofrido oscilações, que podem prejudicar ou beneficiar na hora de fechar contrato. Tudo depende do mo-mento e de como a economia mundial reagirá. Mas para viver nestes momentos de incertezas existem técnicas e mecanismos de proteção; porém, segundo Luiz Renato Zapparoli, eles são complexos e caros. O cotonicultor conta também que a vo-latilidade excessiva às vezes gera encarecimento artificial das commodities e, em outras vezes, seu barateamento exagerado, o que tem causado prejuízos para o setor.

Mercado consumidor

Agropecuário de Goiás – Fundação Goiás. Em algumas regiões, com áreas semeadas como safra verão, o clima tem sido favorável. Porém, pontualmente, algumas propriedades estão tendo problemas com a falta de chuva, enquanto em outros locais do Estado a lavoura sofreu com o fenômeno climático conhecido como ‘chuva de granizo’, que destruiu quase totalmente alguns talhões. “De uma forma ge-ral, no Estado, a safrinha foi semeada em perí-odo mais favorável do que o que foi observado na safra anterior. A grande preocupação é com relação à safrinha semeada após o mês de janei-ro, quando aumenta muito o risco de insucesso na cultura devido ao acúmulo insuficiente de água”, explica o engenheiro agrônomo.

Davi lembra também que a incidência de pragas nas plantações pode ser um agravante. Segundo ele, durante visitas às propriedades produtoras de algodão, pode-se observar a di-ficuldade que algumas tiveram para controlar de forma eficiente a lagarta-da-maçã (Heliothis virescens) e a infestação da ramulária (Ramu-laria areola). “Temos observado maior frequ-ência de aplicações e, consequentemente, um investimento cada vez maior para tentar con-trolar a praga e a doença”, acrescenta.

Por esta razão, segundo o cotonicultor e vice-presidente da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa), Luiz Renato Zapparoli, nesta safra o produtor de algodão gastará um pouco a mais do que o previsto no combate às pragas e doenças. Segundo Zappa-roli, o incremento do custo tem sido um proble-ma difícil de ser administrado.

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Carlos Rud

iney

/Abrapa

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ABR

Algodão brasileiro sustentável

ABRAPA E ESTADUAIS

LANçARãO PROJETO DE

UNIFICAçãO DOS PROGRAMAS

DE SUSTENTABILIDADE DO

ALGODãO BRASILEIRO

O

Grupo de Trabalho (GT) de Sustentabilidade da Associa-ção Brasileira dos Produto-res de Algodão (Abrapa) reuniu-se para debater as diretrizes de divul-gação do novo projeto unificado da área, o Algodão Brasileiro Responsá-vel (ABR). A reunião foi realizada nos dias 5 e 6 de março, na sede da enti-dade, em Brasília (DF), e contou com

os representantes das associações estaduais, que integram o grupo. A Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa) é representada pelo seu diretor-executivo, Dulcimar Pessatto Filho.

O ABR integrará os dois progra-mas de sustentabilidade da Abrapa que funcionam atualmente: o Instituto

do Algodão Social (IAS), desenvolvi-do pela Associação Mato-Grossense dos Produtores de Algodão (Ampa) em seu Estado, e o Programa Socio-ambiental da Produção de Algodão (Psoal), executado pela Abrapa nos demais Estados. De acordo com o co-ordenador do GT de Sustentabilidade da Abrapa, álvaro Dilli, os mercados estão cada vez mais exigentes e o fu-turo da agricultura passará pela agri-cultura certificada em breve.

“Na minha avaliação, o ABR deve ser o foco central para a obtenção de certificação socioambiental da Abra-pa, por ser um programa amigável e de fácil compreensão para os produ-tores brasileiros. Com o programa de melhoria em andamento, logo todos os produtores de algodão alcançarão a excelência operacional e de gestão dos negócios”, diz Dilli.

Para a coordenadora dos Proje-tos de Sustentabilidade da Abrapa, Lucy Frota, a ideia é que, a partir da execução do ABR, todos os associa-dos tenham um programa unificado de certificação. “Dessa forma, todos os produtores trabalharão com um mesmo sistema, equalizando as opor-tunidades com vistas ao mercado nacional e internacional”, diz. (Com informação da Abrapa)

Integrantes do Grupo de Trabalho de Sustentabilidade da Abrapa durante reunião sobre ABR

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Economia

O PIB e o agronegócio

AGOPA E FIALGO SãO PARCEIROS EM EvENTO qUE DISCUTIU O

DESENvOLvIMENTO DA AGROPECUáRIA NOS MUNICíPIOS GOIANOS

L

ogística e marcos regulatórios (legislações trabalhista, am-biental e sanitária) foram dois dos assuntos abordados em mesa redonda cujo tema foi “O PIB e o Agronegócio”, integrante de evento realizado pelo jornal “O Popular”, em parceria com o Sistema Faeg/ Senar, o Fundepec, a Associação Goiana dos Produtores de Algodão de Goiás (Agopa) e o Fundo de In-centivo à Cultura do Algodão em Goiás (Fialgo).

Realizado na sede do Sistema Faeg/Senar, em Goiânia (GO), no dia 14 de março, o evento abordou as principais diretrizes que devem ser seguidas para impulsionar o PIB do setor agropecuário goiano e re-duzir as desigualdades entre os mu-nicípios. Entre as diretrizes tratadas, podem ser citadas as que se refe-rem aos marcos regulatórios (como as legislações trabalhista, ambiental e sanitária) e à geração de conhe-cimento (como assistência técnica, qualificação profissional e pesquisa agropecuária).

O resultado do PIB, que foi divul-gado pela Secretaria de Estado de Gestão e Planejamento (Segplan), com o ranking dos maiores municí-pios (referente a 2009), mostra que a economia goiana cresceu 4%, bem acima da nacional, responsá-vel pelo maior incremento anual da série histórica do levantamento. quem elevou os números do Esta-do de Goiás foi o agronegócio, que hoje é responsável por 70% das exportações. Dos dez maiores mu-nicípios goianos no ranking do PIB,

sete têm como principal atividade a agropecuária.

O palestrante do evento, Mau-ro Lopes, economista e doutor em agropecuária pela Fundação Getulio vargas (FGv), contou que, com a incorporação da tecnologia, o Esta-do está apresentanEsta-do resultaEsta-dos es-petaculares na área do crescimento agrícola. “Mas não é o suficiente, porque nós temos que ver o capi-tal social e a infraestrutura”, disse. O economista falou também que a competência dos produtores e a tec-nologia empregada no campo são fa-tores imprescindíveis que permitem que um município se destaque mais do que outro em relação ao PIB agro-pecuário. “Um produtor não adota uma tecnologia sem perceber uma vantagem de diferenciação em rela-ção às tecnologias mais simples”.

Discussão

Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goi-ás, José Mário Schreiner, discutir o desenvolvimento dos municípios é uma medida de grande importância, pois nestas ocasiões pode-se visua-lizar melhor situações que ocorrem em certas regiões, para que a agro-pecuária possa crescer de forma geral. “Muitos municípios se des-tacam na produção agropecuária e, algumas vezes, outros vizinhos não conseguem se desenvolver da mes-ma formes-ma”, acrescentou.

José Mário lembrou também que o modelo da agropecuária brasileira é o mais avançado do mundo. “Os produtores brasileiros adotam

tec-nologias disponíveis mediante pes-quisas e inovações tecnológicas, o que coloca o Brasil em vantagem. Isso mostra que a agropecuária é um setor que tem uma musculatura muito forte, alicerçada na compe-tência, na inovação tecnológica e em solo bastante favorável”, salien-tou. (Com informações da Gerên-cia de Comunicação do Sistema Faeg/Senar)

Larissa Melo/Faeg-Senar

As 10 Diretrizes DefiniDAs no evento 1) Infraestrutura e logística; 2) Marcos regulatórios (legislações

trabalhista, ambiental e sanitária);

3) Conhecimento: assistência técnica,

qualificação profissional, pesquisa agropecuária e educação formal;

4) Segurança jurídica; 5) Fortalecer as cadeias

produtivas locais;

6) Política agrícola estadual; 7) Desoneração tributária e

incentivos fiscais e financeiros;

8) Diagnóstico das

potencialidades municipais;

9) Representatividade e

capital social nos municípios;

10) Ampliar as políticas sociais

que atendam ao campo.

Fonte: Sistema Faeg/Senar Da esq. p/ a dir.: Claudinei Rigonatto, Wanderley Faria, José Mário Schreiner e Mauro Lopes

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O cultivo de algodão no Brasil contri-buiu positivamente para os números do Produto Interno Bruto (PIB) do se-tor agropecuário do País, divulgados no dia 6 de março pelo Instituto Brasi-leiro de Geografia e Estatística (IBGE). O PIB agropecuário, que é a soma das riquezas geradas pelo setor, cresceu 3,9% em 2011 sobre o mesmo período do ano anterior, somando R$ 192,7 bi-lhões. Entre todas as culturas, o algo-dão foi a que mais cresceu, atingindo um índice de 72,6%. O crescimento da agropecuária se deve ao aumento

da produção de várias culturas importantes da lavoura e aos ganhos de produtividade. Influenciada pelas condições climáticas favoráveis, a agricultura brasileira apresentou safra recorde de cereais, leguminosas e ole-aginosas em 2011 (159,9 milhões de toneladas), tendo como destaque as seguintes culturas: algodão (72,6%), fumo (22,0%), arroz (19,0%), soja (9,2%) e mandioca (7,3%). O per-centual ficou acima do PIB da econo-mia, que, no mesmo período, cresceu 2,7%, segundo dados do IBGE.

Bom desempenho do algodão

O presidente da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa), Marce-lo Swart, acompanhado dos diretores da entidade, Paulo Shimohira, José Fava Neto e Haroldo Rodrigues da Cunha, participou da 31ª Conferência Internacional do Algo-dão, realizada em Bremen, na Alemanha, entre os dias 21 e 24 de março. Entre os assuntos discutidos estavam em pauta a qualidade, a padronização, o HvI, a susten-tabilidade e a tecnologia na cotonicultura. O Brasil esteve presente como participan-te nos painéis “Demandas e Tendências em Testes de Instrumento de Algodão” e “Produção de Fibra Responsável”, que contaram com Hélvio Fiedler, coordena-dor do Grupo de Trabalho de qualidade da Abrapa, e Christopher Ward, do Grupo de Trabalho de Sustentabilidade.

Conferência em Bremen

A Abrapa lançou em seu site oficial – www.abrapa.com.br – a versão em in-glês da publicação “A Cadeia do Algo-dão Brasileiro: Desafios e Estratégias”. A obra possui um completo mapeamen-to da cadeia do algodão e trata da sua importância para a economia do País. O objetivo da nova versão é universa-lizar a pesquisa e torná-la mais acessí-vel aos compradores internacionais da fibra produzida no Brasil. Lançada em dezembro de 2011, a publicação revela dados da cadeia, que vão desde a com-pra de insumos para iniciar o plantio até a venda do produto final nas lojas.

versão em inglês

A Agopa, a Embrapa, o Fialgo e a Funda-ção Goiás começaram a distribuir a cartilha “épocas de Plantio para Cumprimento do vazio Sanitário”. A publicação enfatiza a importância de delimitar o prazo de se-meadura, a atenção ao cumprimento do vazio sanitário e, principalmente, a ne-cessidade de cumprir a Instrução Nor-mativa (IN) nº 005/2010, que especi-fica as datas de início e fim do vazio sanitário por região produtora. Para mais informações sobre a cartilha e o seu conteúdo, entre em contato com a Fundação Goiás pelo tele-fone (64) 3641-1885 ou pelo site: www.fundacaogo.com.br.

Plantio do algodão e vazio sanitário

Fotos: reprodução

www.promoalgo.com.br

PRODUTOS E FATOS

Apesar do aumento de políticas públicas que incentivam a ado-ção de práticas mais sustentáveis no meio rural, o desembolso das linhas de crédito disponíveis para essa finalidade é tímido perto do to-tal concedido pelo governo, segundo estudo do Instituto Socioambiental (ISA). O estudo mostra que a maioria das linhas direcionadas à adoção de boas práticas agrícolas não deslancha pelo desconhecimento dos produtores em relação ao seu funcionamento e pelo risco que elas representam.

O Banco do Brasil registrou redução de montante e contratos assinados entre as safras 2009/10 e 2010/11. Segundo o estudo, o crédito disponível ao produtor passou de R$ 250 milhões para pouco menos de R$ 232 milhões, enquanto o número de contratos caiu de 3.376 para 2.670. Na agricultura familiar, mesmo com alta no volume de crédito desem-bolsado para as linhas agroambientais do Pronaf, de R$ 8,4 milhões em 2004/05 para R$ 26,1 milhões em 2009/10, sua fatia no volume total de investimento do programa passou de 0,14% para 0,22%. (Valor Econômico)

Sobra crédito para

práticas rurais

sustentáveis

Referências

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