• Nenhum resultado encontrado

EDUCAÇÃO E CIDADANIA:

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "EDUCAÇÃO E CIDADANIA:"

Copied!
18
0
0

Texto

(1)

A importância que uma nação dá à Educação dos seus cidadãos delineia qual tipo de futu-ro ela dará às gerações vindouras.

Pouca valia tem qualquer política governa-mental assistencialista se não capacitar as pessoas para terem condição individual de ascensão social. A Educação tem o objetivo de romper as barreiras que impedem o cresci-mento material e intelectual.

A capacidade de criticar importa na refl exão e avaliação institucional e humana. A dialéti-ca interconstrutiva, que visa sempre o cresci-mento, prescinde do conhecimento. Vários problemas sociais poderão ser evita-dos, caso seja dada uma ênfase primeira à Educação. Os índices de criminalidade, mar-ginalização, desemprego, diminuem com a especialização científi ca das pessoas. Conhecido é o provérbio de Salomão: “Edu-ca a criança no “Edu-caminho que ela deve andar, e depois de velha ela não se desviará dele.” Este é um papel a ser iniciado pela família e que depois encontra sua completude no ensi-no, com a busca incessante de conhecimento. Papel do Estado.

A sociedade ocidental, com identidade cris-tã-europeia, se caracteriza por abrigar a plu-ralidade, sem perder o sentido da unidade do todo. O “Absoluto” é o Perfeito, ao longo da História, que se apresenta onde há a Justiça, como Idéia, ou seja, o próprio Direito. A interlocução dos indivíduos deve favorecer o crescimento pessoal, seja na família, na escola, no lazer, no espaço público, em qual-quer lugar. O Estado Democrático de Direito é o abrigo maior da cidadania.

Cidadania não é apenas votar e ser votado. Envolve também a capacidade prospectiva e criativa de colaborar para a melhoria da condição humana, através de um processo político inclusivo, com princípios, debates e reconhecimento das potencialidades indivi-duais, ou seja, sempre acima dos interesses. O Estado Contemporâneo, que se pretenda Democrático, e queira fazer valer os direitos e garantias fundamentais, primeiro deve se ocupar da formação de seus cidadãos, uma vez que maior à própria liberdade, é o conhe-cimento da liberdade.

EDUCAÇÃO E CIDADANIA

:

Evolução Histórica e Paradigmas

Contemporâneos

EDUCA ÇÃ O E CID AD ANIA: EVOLUÇÃ O HIST ÓRICA E P ARADIGMAS CONTEMPORÂNEOS

Rafael Tallarico

Laiz Cláudia Teixeira

RAF AEL TALLARICO // LAIZ CLÁ UDIA TEIXEIRA Rafael Tallarico é graduado em Direito pela Pon-tifícia Universi-dade Católica de Minas Gerais. É mestre em Direi-to e Justiça pela Universidade Fe-deral de Minas Gerais. Advoga-do militante na área empresarial e criminal. É professor de Direito Interna-cional Público, Direito Econômico, Filosofi a do Direito, Hermenêutica e Sociologia Jurí-dica das Faculdades Asa de Brumadinho/ MG e de Sabará/MG). Orienta monografi as e trabalhos científi cos jurídicos e possui ar-tigos publicados na Revista Asa- Palavra. É autor dos livros “Estado e Soberania: Pers-pectivas no Direito Internacional Contem-porâneo” e “A Liberdade de Expressão da Opinião Pública”, pela D`Plácido Editora.

Laiz Cláudia Teixeira é Gra-duada em Direito pela Faculdade ASA de Brumadi-nho; Especialista em formação de professores para o ensino superior jurídico pela Uni-versidade Anhan-guera e Rede de Ensino Luiz Flávio Gomes; Especialis-ta em criminologia, política e segurança pú-blica pela Universidade Anhanguera e Rede de Ensino Luiz Flávio Gomes; Advogada mi-litante nas áreas Tributária e Criminal; Pro-fessora do Curso Técnico nas disciplinas de Direito Minerário e Empreendedorismo da Faculdade ASA de Brumadinho; Professora do Curso de Administração de Empresas na disciplina de Atividades Complementares da Faculdade ASA de Brumadinho; Profes-sora de Legislação Específi ca na Especiali-zação em Saúde e Segurança do Trabalho do Curso Técnico de Enfermagem da

Facul-O primeiro desafi o do homem, na História, foi dominar a natureza para atender às suas necessidades básicas, individuais e coletivas. A escassez, ou limitação de recursos, face às quase infi nitas necessidades humanas, exigiu o aprimoramento de técnicas de produção e especialização do trabalho.

O desenvolvimento do intelecto humano se tornou imperativo para melhoria da condição humana. A mola mestra para se atingir este fi m é a Educação.

Platão, na Antiguidade Clássica- Grega, ressalta a importância da Educação para a formação dos cidadãos da polis, em especial do Guardião da Constituição, que tudo governa e a quem todos representa.

O homem justo é aquele que caminha segundo as virtudes, principalmente a Jus-tiça, e o homem injusto é o que se deixa comandar pelos vícios. Platão indica o caminho para se extirpar os vícios: a Educação.

A Educação, desde o surgimento do Ocidente, nas margens do Egeu, é a amálgama para se fazer cidadãos, conscientes da sua liberdade individual e dos outros, em si e para si.

Somente sou livre se o outro também o é. A busca de conhecimento importa no aprimoramento individual, que acaba por favorecer a coletividade. Novas “menta-lidades” devem ser oportunizadas para a evolução do conceito de liberdade. Esta é uma obra que busca resgatar fi losofi camente o papel da Educação para a formação de cidadãos, principalmente em um Estado Democrático de Direito, que busca a igualdade formal de todos, o que pressupõe, no mínimo, o conhecimento de cada um de seus Deveres e Direitos perante o Ordenamento Jurídico.

Conceitos como História, Razão, Educação, Cidadania e Liberdade se entrelaçam nesta obra para formarem a síntese atual da condição humana.

EIXOS TEMÁTICOS: Educação: Defi nição \\ Educação: Surgimento e

Evolu-ção Histórica no Brasil sob um Enfoque Jurídico-Filosófi co \\ Liberdade:

Abordagem Filosófi ca \\ O Ensino Superior no Brasil como Promovente da

(2)
(3)

Educação e Cidadania:

Evolução Histórica e

Paradigmas Contemporâneos

Rafael Tallarico

Laiz Cláudia Teixeira

(4)

Copyright © 2014, D’ Plácido Editora. Copyright © 2014, Os autores.

Editor Chefe

Plácido Arraes

Produtor Editorial

Tales Leon de Marco

Capa

Tales Leon de Marco

Diagramação

Danilo Jorge da Silva

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida, por quaisquer meios, sem a autorização prévia da D`Plácido Editora.

Editora D’Plácido

Av. Brasil, 1843 , Savassi Belo Horizonte - MG Tel.: 3261 2801 CEP 30140-002

Catalogação na Publicação (CIP) Ficha catalográfica

Educação e Cidadania: Evolução Histórica e Paradigmas Contemporâneos. Rafael Tallarico; Laiz Cláudia Teixeira -- Belo Horizonte: Editora D’Plácido, 2014. Bibliografia

ISBN: 978-85-67020-30-3

1. História da Educação 2. Direito Civil 3. Direito I. Direito II. História da Educação III. Título.

(5)

“Só merece a liberdade e a vida aquele que a cada

dia sabe ganhá-las”.

(6)
(7)

Esta obra é dedica ao Uno Deus, que Era, que É e que Há de Vir.

Dedicamos também aos queridos pais e familiares.

Faço uma homenagem ao Dr. José Nascentes Coelho (

in memorian

),

varão hábil e eloqüente, pela exemplar prudência no agir

Fazemos uma homenagem à Dra Wilba Lúcia Maia Bernardes,

professora da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais,

pelo exemplo acadêmico e didático.

Homenageamos o Dr. João Bosco Leopoldino da Fonseca,

professor da Pós-Graduação da Universidade Federal de Minas

Gerais, pelo pragmatismo científico e profissional.

Homenageamos, também, o Dr. Arthur José de Almeida Diniz,

professor da Pós-Graduação da Universidade Federal de

Minas Gerais, pela amizade incondicional.

Registramos nossas homenagens ao professor Luiz Claudio Teixeira

Souza que, por seu esmero e amor pela Educação, provou que a

verdadeira liberdade advém da plenitude do saber.

À professora Sônia Aparecida Barcelos Maciel: uma verdadeira entrega

pela Educação, constituindo-se em exemplo a ser seguido.

(8)
(9)

UNE: União Nacional dos Estudantes.

Ande: Associação Nacional de Educação.

Andes: Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior.

Anpae: Associação Nacional de Profissionais de Administração da

Educação.

Anped: Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em

Educação.

CPB: Confederação de Professores do Brasil.

Cedes: Centro de Estudos Educação e Sociedade.

CGT: Central Geral dos Trabalhadores

CUT: Central Única dos Trabalhadores

Fasubra: Federação das Associações dos Servidores das Universidades

Brasileiras.

OAB: Ordem dos Advogados do Brasil.

SBPC: Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência.

SEAF: Sociedade de Estudos e Atividades Filosóficas.

UBES: União Brasileira de Estudantes Secundaristas.

LDB: Lei de Diretrizes e Bases da Educação.

Ciep: Centros Integrados de Educação Pública.

AI: Ato Institucional.

UnB: Universidade de Brasília.

(10)

Sumário

1. Introdução

15

2. Educação: Definição

19

3. Educação: Surgimento e Evolução

Histórica no Brasil

29

3.1 Brasil colônia

29

3.1.1 A contribuição dos jesuítas

29

3.1.2 As primeiras escolas de ler e escrever

30

3.1.3 O ensino de nível secundário e superior

31

3.1.4 A saída compulsória dos jesuítas

31

3.2 Brasil imperial: os bons tempos da elite

33

3.2.1 A educação no contexto da independência

33

3.2.2 O ensino de nível primário

35

3.2.3 A educação técnico-profissional e o curso normal

35

3.2.4 A educação secundária e superior

36

3.3 A primeira República: salvação ou decepção?

37

3.4 A revolução de 30: o que foi transformado?

39

3.5 Estado Novo: o poder emana do chefe

41

3.5.1 O golpe do Estado Novo

41

3.5.2 O posto da educação no Estado Novo

42

3.6 A República do povo: fase de reconstrução

43

3.6.1 A atuação popular direta em prol da educação

44

(11)

3.7 A Educação no Período de Segurança Nacional

45

3.7.2 Reestruturando o ensino superior

46

3.7.3 A reestruturação do ensino de 1º e 2º grau

47

3.8 É chegada a hora de mudanças

48

3.8.1 A educação no contexto da nova Constituição

51

3.8.2 O novo texto da Lei de Diretrizes e

Bases da Educação

54

3.8.3 A escola de tempo integral

55

3.8.4 O que deve ser feito?

56

3.8.5 A formação/capacitação do mestre

59

3.9 Anísio Teixeira: uma entrega pela educação

63

3.10 Regulamentação constitucional da educação

66

3.11 Princípios

69

4. Liberdade: Abordagem Filosófica

75

4.1 Liberdade e seu fundamento em Hegel

75

4.2 O Estado ético clássico e sua cisão: a subjetividade

77

4.3 Hegel: liberdade objetiva (a ordem)

80

4.4 O Estado da razão

82

4.5 Estado racional e Estado constitucional

83

4.6 O Estado racional e o indivíduo

84

4.7 O Estado democrático e o Estado racional

86

4.8 Liberdade e seu fundamento em Kant

88

5. O Ensino Superior no Brasil como Promovente

da Liberdade de Expressão

93

5.1 Das instituições de ensino superior

93

5.1.1 Das universidades

93

5.1.2 Dos centros universitários

94

5.1.3 Das faculdades

94

5.2 Liberdade de expressão: conceito

95

5.2.1 Evolução histórica e jurídica do direito de

liberdade de expressão no Brasil

95

5.3 Liberdade de opinião

97

(12)

5.5 Liberdade de manifestação do pensamento

99

5.6 A conexão da liberdade de expressão, intelectual,

artística e científica com outros direitos

100

5.7 Da escusa de consciência

102

5.8 A relação da liberdade de expressão coletiva com

direitos coletivos

103

5.9 O direito à informação e sua pertinência

na liberdade de expressão

103

5.10 Democracia: efetivação da liberdade

104

6. Considerações Finais

107

(13)
(14)

1

A formação do homem como ser capaz de desenvolver e atender suas

próprias necessidades, bem como as do meio em que vive, é uma

preocu-pação desde os tempos mais remotos, haja visto o período da Antiguidade

Clássica, onde é possível vislumbrar a dedicação e atenção da literatura para

com a atuação da pedagogia.

A presente obra promove uma captação do ensino sob um prisma

filo-sófico, além de sua evolução histórica no Brasil, do mesmo modo que traça

uma abordagem da evolução do direito de liberdade de expressão, evolução

esta que nasce no Brasil ainda nos tempos do Império, sendo objeto da

Constituição do ano de 1824. Contudo, no Estado Novo, o princípio da

liberdade de expressão, outrora garantido constitucionalmente, foi

“oportu-namente” substituído pela censura. O direito da liberdade de manifestação do

pensamento somente em 1946 voltou a ser constitucionalmente assegurado.

Porém, novamente, tão logo Getúlio Vargas retomou o posto de presidente,

procedeu à imediata edição da lei da imprensa (Lei n.º 2.083 do ano de

1953), a qual dispunha, por óbvio, das possíveis condutas típicas, ilícitas e

culpáveis atinentes à imprensa.

Em 1967, o texto constitucional imposto pelo governo militar não

extirpou o princípio da liberdade de expressão, mas regulamentou seu

exer-cício, o qual era totalmente vinculado aos moldes por eles entendidos como

de ordem pública e de bons hábitos. Ademais, se atribuía à manifestação do

pensamento, como direito individual, mesmo estando sujeita a penalidades

jurídicas na hipótese de ser utilizada como mecanismo de oposição ao governo.

Promulgada a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, a

liberdade de manifestação foi remodelada, oportunidade em que passa a contar

com uma ampliação dos direitos e garantias do indivíduo. O fundamento e

a existência de uma sociedade democrática estão condicionados à liberdade

do homem, precipuamente a de expressão, constituída da maneira que for.

(15)

Não há dúvidas que esse se trata de um direito fundamental, personalíssimo

e devido a todas as pessoas, indistintamente.

No bojo do texto constitucional, encontra-se a liberdade de expressão

consagrada como um direito fundamental. Tal direito previsto no capítulo

dos Direitos e Garantias fundamentais, assume seu papel, em tese, e na prática,

como um termômetro de suma importância para a sobrevivência do Estado

Democrático de Direito. Se a liberdade de expressão é restringida em um

Estado, este estará caminhando para a seara do autoritarismo.

A liberdade de expressão ainda assume um papel decisivo no que

per-tine ao controle das atividades de governo, bem como do próprio exercício

de poder. Por sua vez, a educação consiste no instrumento para efetivação

dessa liberdade, uma vez que, antes mesmo do homem exercer um direito,

ele necessita ter conhecimento do mesmo. É a educação que capacita um

indivíduo; torna-o consciência e crítico para participar da vida pública de

seu Estado. Somente dessa forma ele saberá o que expressar e para quê o faz.

Um Estado constrói sua história à medida que busca e alcança seus

direi-tos. A evolução histórica é interpretada pelos indivíduos de maneiras distintas.

Alguns pensam que a história, no geral, é subdividida em várias fases, porém

uma não se comunica com a outra, de modo que o que se viveu em

deter-minada época não contribuirá (seja para o progresso ou não) em um dado

período superveniente. Todavia, outros defendem que tais fases se relacionam

em plena dialética, sob o argumento de que tudo deve ter um argumento e

um contra-argumento, caso contrário, estar-se-ia inerte no tempo.

Hegel constrói sua Filosofia a partir do desejo de reconstruir um ideal

outrora solidificado na Grécia Antiga, qual seja, o anseio, a busca da liberdade.

Liberdade em um contexto amplo, distintamente do que se tem conhecimento

hodiernamente (privada ou subjetiva), ou seja, uma liberdade que alçasse voos

para além dos limites impostos pela própria vida. Desse modo, contrariamente

ao que era ofertado ao filósofo àquele tempo, oportunidade em que se fazia

presente uma grande divergência entre vários setores sociais (governantes x

governados, homens x Deus e Política x Religião), Hegel, bem como seus

contemporâneos, vislumbravam na Grécia Antiga o protótipo que permitiria

a viabilidade da harmonia e da identidade entre esses pontos controvertidos.

Logo, liberdade era a significação de uma vida perfeita, ou, ainda, a instituição

de uma nova juventude que havia se perdido da civilização ocidental.

Seria impossível pensar no princípio democrático ou discorrer sobre ele

sem considerar a liberdade de expressão como um de seus elementos. Sendo

assim, o desencontro e direito de opiniões não podem ser cerceados, a fim

de que a verdadeira democracia se efetive.

A liberdade de expressão apresenta-se como uma necessidade

congê-nita do homem. Os escritos da história da humanidade demonstram que

(16)

o ser humano sempre se valeu de tal instrumento, a fim de se proteger das

deliberações do poder dominante.

Uma vez restringida a liberdade de manifestação do pensamento

(de-vendo-se, nesta hipótese, atentar não só no âmbito de vedação por parte

de força governamental, mas também quando se priva homens do devido

preparo educacional), os reflexos dessa ação alçarão voos para além do seu

singular detentor. No momento em que se tolhe uma garantia como essa,

toda a coletividade também foi cerceada de algo, uma vez que foi extinta

uma fonte de informação; tanto indivíduo como sociedade foram privados

do direito de interação.

A democracia, por si só, é uma simples utopia. Tal forma de governo

somente ganha vida a partir do momento que o homem exerce seu direito

de liberdade de expressão, principalmente se essa manifestação incide sobre

questões pertinentes à vida social. Deve ser pautado também, em que, se

tratando de democracia, isso não quer dizer que sua efetivação seja pacífica.

Antes, o contrário: pela presente participação de todos, sempre haverá

diver-gências, visto que, em regra, cada ser humano possui o seu entendimento.

A presente obra caminha no sentido de demonstrar, ou até mesmo

com-provar, a interdependência de educação e liberdade. Aquela como mecanismo

eficaz para a efetivação dessa. Neste sentido, utilizam-se diversos fundamentos

filosóficos, como, por exemplo, as propostas de Kant, o qual propõe um estudo

da razão, vez que a liberdade é abordada nesse contexto. A razão é traduzida

por Kant como o conhecimento do indivíduo acerca das regras morais em

vigor. Contudo, esse fato da razão somente será possível a partir da existência

da liberdade, a qual, exclusivamente, será reconhecida com uma percepção

intelectual, o que significa dizer: conhecimento.

(17)
(18)

A importância que uma nação dá à Educação dos seus cidadãos delineia qual tipo de futu-ro ela dará às gerações vindouras.

Pouca valia tem qualquer política governa-mental assistencialista se não capacitar as pessoas para terem condição individual de ascensão social. A Educação tem o objetivo de romper as barreiras que impedem o cresci-mento material e intelectual.

A capacidade de criticar importa na refl exão e avaliação institucional e humana. A dialéti-ca interconstrutiva, que visa sempre o cresci-mento, prescinde do conhecimento. Vários problemas sociais poderão ser evita-dos, caso seja dada uma ênfase primeira à Educação. Os índices de criminalidade, mar-ginalização, desemprego, diminuem com a especialização científi ca das pessoas. Conhecido é o provérbio de Salomão: “Edu-ca a criança no “Edu-caminho que ela deve andar, e depois de velha ela não se desviará dele.” Este é um papel a ser iniciado pela família e que depois encontra sua completude no ensi-no, com a busca incessante de conhecimento. Papel do Estado.

A sociedade ocidental, com identidade cris-tã-europeia, se caracteriza por abrigar a plu-ralidade, sem perder o sentido da unidade do todo. O “Absoluto” é o Perfeito, ao longo da História, que se apresenta onde há a Justiça, como Idéia, ou seja, o próprio Direito. A interlocução dos indivíduos deve favorecer o crescimento pessoal, seja na família, na escola, no lazer, no espaço público, em qual-quer lugar. O Estado Democrático de Direito é o abrigo maior da cidadania.

Cidadania não é apenas votar e ser votado. Envolve também a capacidade prospectiva e criativa de colaborar para a melhoria da condição humana, através de um processo político inclusivo, com princípios, debates e reconhecimento das potencialidades indivi-duais, ou seja, sempre acima dos interesses. O Estado Contemporâneo, que se pretenda Democrático, e queira fazer valer os direitos e garantias fundamentais, primeiro deve se ocupar da formação de seus cidadãos, uma vez que maior à própria liberdade, é o conhe-cimento da liberdade.

EDUCAÇÃO E CIDADANIA

:

Evolução Histórica e Paradigmas

Contemporâneos

EDUCA ÇÃ O E CID AD ANIA: EVOLUÇÃ O HIST ÓRICA E P ARADIGMAS CONTEMPORÂNEOS

Rafael Tallarico

Laiz Cláudia Teixeira

RAF AEL TALLARICO // LAIZ CLÁ UDIA TEIXEIRA Rafael Tallarico é graduado em Direito pela Pon-tifícia Universi-dade Católica de Minas Gerais. É mestre em Direi-to e Justiça pela Universidade Fe-deral de Minas Gerais. Advoga-do militante na área empresarial e criminal. É professor de Direito Interna-cional Público, Direito Econômico, Filosofi a do Direito, Hermenêutica e Sociologia Jurí-dica das Faculdades Asa de Brumadinho/ MG e de Sabará/MG). Orienta monografi as e trabalhos científi cos jurídicos e possui ar-tigos publicados na Revista Asa- Palavra. É autor dos livros “Estado e Soberania: Pers-pectivas no Direito Internacional Contem-porâneo” e “A Liberdade de Expressão da Opinião Pública”, pela D`Plácido Editora.

Laiz Cláudia Teixeira é Gra-duada em Direito pela Faculdade ASA de Brumadi-nho; Especialista em formação de professores para o ensino superior jurídico pela Uni-versidade Anhan-guera e Rede de Ensino Luiz Flávio Gomes; Especialis-ta em criminologia, política e segurança pú-blica pela Universidade Anhanguera e Rede de Ensino Luiz Flávio Gomes; Advogada mi-litante nas áreas Tributária e Criminal; Pro-fessora do Curso Técnico nas disciplinas de Direito Minerário e Empreendedorismo da Faculdade ASA de Brumadinho; Professora do Curso de Administração de Empresas na disciplina de Atividades Complementares da Faculdade ASA de Brumadinho; Profes-sora de Legislação Específi ca na Especiali-zação em Saúde e Segurança do Trabalho do Curso Técnico de Enfermagem da

Facul-O primeiro desafi o do homem, na História, foi dominar a natureza para atender às suas necessidades básicas, individuais e coletivas. A escassez, ou limitação de recursos, face às quase infi nitas necessidades humanas, exigiu o aprimoramento de técnicas de produção e especialização do trabalho.

O desenvolvimento do intelecto humano se tornou imperativo para melhoria da condição humana. A mola mestra para se atingir este fi m é a Educação.

Platão, na Antiguidade Clássica- Grega, ressalta a importância da Educação para a formação dos cidadãos da polis, em especial do Guardião da Constituição, que tudo governa e a quem todos representa.

O homem justo é aquele que caminha segundo as virtudes, principalmente a Jus-tiça, e o homem injusto é o que se deixa comandar pelos vícios. Platão indica o caminho para se extirpar os vícios: a Educação.

A Educação, desde o surgimento do Ocidente, nas margens do Egeu, é a amálgama para se fazer cidadãos, conscientes da sua liberdade individual e dos outros, em si e para si.

Somente sou livre se o outro também o é. A busca de conhecimento importa no aprimoramento individual, que acaba por favorecer a coletividade. Novas “menta-lidades” devem ser oportunizadas para a evolução do conceito de liberdade. Esta é uma obra que busca resgatar fi losofi camente o papel da Educação para a formação de cidadãos, principalmente em um Estado Democrático de Direito, que busca a igualdade formal de todos, o que pressupõe, no mínimo, o conhecimento de cada um de seus Deveres e Direitos perante o Ordenamento Jurídico.

Conceitos como História, Razão, Educação, Cidadania e Liberdade se entrelaçam nesta obra para formarem a síntese atual da condição humana.

EIXOS TEMÁTICOS: Educação: Defi nição \\ Educação: Surgimento e

Evolu-ção Histórica no Brasil sob um Enfoque Jurídico-Filosófi co \\ Liberdade:

Abordagem Filosófi ca \\ O Ensino Superior no Brasil como Promovente da

Referências

Documentos relacionados

Assim, para não ser percebido pelo outro como um ISSO o familiar prefere omitir a condi- ção sorológica da criança e, conseqüentemente, a própria história familiar, uma vez que

A construção de uma marca forte no mercado vem se tornando de grande importância, principalmente devido ao aumento da concorrência e o surgimento de produtos e serviços

São desenvolvidas para a formação de pessoas para um tempo que já passou e ignoram as transformações vigentes na realidade presente e as tendências que prenunciam

ELEIÇÃO PARA TITULARES E SUPLENTES DO CONSELHO DE CÂMPUS A Comissão Eleitoral Permanente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – IFRS-

20h50min – 21h10min: CONTRIBUIÇÕES DO GEOGEBRA NO ENSINO- APRENDIZAGEM DA GEOMETRIA ANALÍTICA - Andriele Gripa Colpo- URI/Santiago - Danusa de Lara Bonoto-

Cancelamento do estudante após o início do curso As seguintes taxas serão reembolsadas menos $500 de taxas administrativas (por. família se pedidos de reembolso forem recebidos

O Convênio, que certamente trará benefícios mútuos na condução das atividades de supervisão em ambos os países, propiciará, sem dúvida, um incremento na troca

III – Experiência no ensino superior há, no mínimo, um ano como docente efetivo (pontuar apenas naquele item que indique maior pontuação). a) em componente curricular do mesmo