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continuar a nascer Mônica de Aquino

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Academic year: 2021

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continuar a nascer

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (cip) de acordo com isbd

A657c

Aquino, Mônica de

Continuar a nascer / Mônica de Aquino. - Belo Horizonte, MG : Relicário, 2019.

76 p. : il. ; 13cm x 19cm. Inclui índice.

ISBN: 978-65-5090-005-2

1. Literatura brasileira. 2. Poesia. I. Título. 2019-1926

CDD 869.1 CDU 821.134.3(81)-1

Elaborado por Vagner Rodolfo da Silva - CRB-8/9410

RELICÁRIO EDIÇÕES

Rua Machado, 155, casa 1, Colégio Batista Belo Horizonte, MG, 31110-080

relicarioedicoes.com | contato@relicarioedicoes.com instagram.com/relicarioedicoes

facebook.com/relicario.edicoes

coordenação editorial

Maíra Nassif Passos

projeto gráfico e diagramação

Caroline Gischewski

revisão

Lucas Morais © Mônica de Aquino © Relicário Edições

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Para Manu, diminuta constelação RELICÁRIO EDIÇÕES

Rua Machado, 155, casa 1, Colégio Batista Belo Horizonte, MG, 31110-080

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Maíra Nassif Passos

projeto gráfico e diagramação

Caroline Gischewski

revisão

Lucas Morais © Mônica de Aquino © Relicário Edições

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But only a mother can walk with the weight

of a second beating heart. Ocean Vuong

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prefácio

Prisca Agustoni

coração-placenta

255 batimentos por minuto 50% a mais de sangue Nove meses você me espera

a geometria do início

O sim é a cruz

Meu desejo era metade da trama

Dentro, tão dentro, puxa-me, mergulho o labirinto

pelo olhar submarino

A máquina procura sua existência Conhecer primeiro: ossos e vazios Pelo olhar submarino do ultrassom

variações para o nascimento

Lento, o ar vibra nas vozes O movimento é estreito Volto a ser filha

No princípio, o ruído

O leite tem a constituição do sangue

tempo : : contradança

“O tempo passa tão depressa”, me dizem Parto: palavra para o nascimento Nascer é sempre prematuro

[ o que havia antes, o que fica depois ]

sobre a autora

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prefácio

Prisca Agustoni

A experiência da gestação, do corpo em mutação, vivido desde dentro, desde seus mínimos estalos e grandes mergulhos, esse tema tão intrinseca-mente feminino e universal não está, entretanto, muito presente na literatura brasileira ou, se está, raramente se apresenta com a delicada violência que nos oferta a poeta Mônica de Aquino no livro

Continuar a nascer. Uma terna violência, se assim

podemos defini-la, pelo que há de mais intenso na experiência transformadora e irreversível que é a de dar a vida. Existe algo de iluminado e violento, ao mesmo tempo, nesse brotar de um sentimento que faz com que o sujeito se desprenda de si para desdobrar-se quase que inteiramente no cuidado com o outro, um ser em formação ainda despido de linguagem e de apego – no mesmo instante em que o corpo parece partir-se, e de alguma for-ma, perder sua metade, já desabitado: tanto o da mãe quanto o do bebê são subitamente lançados, após o parto, numa estranha orfandade, num es-tado de abandono, mesmo que transitório.

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12 Os versos de Mônica revelam, junto de toda a be-leza, que há algo assombroso nesse nascer de um coração minúsculo dentro do corpo onde há outro coração que bate, todo dia bate. O espanto da espécie, a intuição mais cortante que antece-de a palavra, na hora do nascimento, talvez seja a de que cada coração precisa aprender a bater, dali em diante, numa fração de milésimo de se-gundo, frágil e rapidamente como asa de libélula, na solidão de um corpo que o acompanhará pelo resto da caminhada.

É o momento onde vida e morte mais se asse-melham, se juntam, ganham sentido, se dão as mãos. E essa intuição da morte dentro da vida é a faculdade primeira das mulheres.

Isso talvez nos ajude a entender porque nunca foi dada uma ênfase maior à maternidade em nossa tradição literária, fundamentalmente assentada sobre cânones masculinos. O controle por parte da sociedade patriarcal sobre aquilo que lhe escapa, como é por natureza o corpo da mulher, sempre foi causa de medo e de repressão. Eis porque a voz feminina que resolve escrever sobre o seu próprio processo de gestação e de “continuar a nascer” é uma voz corajosa e necessária, por abrir perspec-tivas mais profundas e subjeperspec-tivas sobre a releitura da representação do feminino na sociedade.

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