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RIMA_UTE Azulãoooo

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Academic year: 2021

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Silves/AM

Silves/AM

Relatório de Impacto Ambiental - RIMA

Relatório de Impacto Ambiental - RIMA

Agosto/2013

Agosto/2013

Empreendimento:

Empreendimento:

Consultoria:

Consultoria:

G&E

G&E

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IDENTIFICAÇÃO DO

IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIEMPREENDIMENTOMENTO

Empreendimento: Implantação da Usina Termelétric

Empreendimento: Implantação da Usina Termelétrica (UTE) Azulão, linha de surgência que leva a (UTE) Azulão, linha de surgência que leva o gás dos poços RUT 1 o gás dos poços RUT 1 e RUT 2 para a e RUT 2 para a UTE,UTE, duto de lançamento de efluentes e linha de transmissão que interligará a UTE Azulão a Subestação de Silves I.

duto de lançamento de efluentes e linha de transmissão que interligará a UTE Azulão a Subestação de Silves I. Projeto:

Projeto: Usina Termelétrica AzulãoUsina Termelétrica Azulão

Localização/Municípios: Silves - Amazonas Localização/Municípios: Silves - Amazonas

IDENTIFICAÇÃO DO

IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEEMPREENDEDORDOR

Petróleo Brasileiro SA. - PETROBRAS - CTF: 247844 Petróleo Brasileiro SA. - PETROBRAS - CTF: 247844 CNPJ:

CNPJ: 33.000.167/0001-01 33.000.167/0001-01 IE: IE: 81.281.88281.281.882 Endereço: Avenida Repúblic

Endereço: Avenida República do Chile, 65, Centro, Rio a do Chile, 65, Centro, Rio de Janeiro - RJde Janeiro - RJ Responsável: Leonardo Clemente

Responsável: Leonardo Clemente T

Telefone: (021) elefone: (021) 3229-48293229-4829

E-mail: lclemente@petrobras.com.br E-mail: lclemente@petrobras.com.br

EMPRESA RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO EMPRESA RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO

LENC - Laboratório de Engenharia e Consultoria Ltda. - CTF:

LENC - Laboratório de Engenharia e Consultoria Ltda. - CTF: 43263304326330 CNPJ: 44.239.135/0002-60

CNPJ: 44.239.135/0002-60

Endereço: Rua Catequese, 78 - São Paulo Endereço: Rua Catequese, 78 - São Paulo Responsável: Ricardo Novaes Serra Responsável: Ricardo Novaes Serra Telefone: (011) 2134-7577

Telefone: (011) 2134-7577

E-mail: ricardo.serra@lenc.com.br  E-mail: ricardo.serra@lenc.com.br 

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IDENTIFICAÇÃO DO

IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIEMPREENDIMENTOMENTO

Empreendimento: Implantação da Usina Termelétric

Empreendimento: Implantação da Usina Termelétrica (UTE) Azulão, linha de surgência que leva a (UTE) Azulão, linha de surgência que leva o gás dos poços RUT 1 o gás dos poços RUT 1 e RUT 2 para a e RUT 2 para a UTE,UTE, duto de lançamento de efluentes e linha de transmissão que interligará a UTE Azulão a Subestação de Silves I.

duto de lançamento de efluentes e linha de transmissão que interligará a UTE Azulão a Subestação de Silves I. Projeto:

Projeto: Usina Termelétrica AzulãoUsina Termelétrica Azulão

Localização/Municípios: Silves - Amazonas Localização/Municípios: Silves - Amazonas

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Petróleo Brasileiro SA. - PETROBRAS - CTF: 247844 Petróleo Brasileiro SA. - PETROBRAS - CTF: 247844 CNPJ:

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E-mail: ricardo.serra@lenc.com.br  E-mail: ricardo.serra@lenc.com.br 

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1. Apresentação

1. Apresentação

2. Descrição do Empreendimento

2. Descrição do Empreendimento

2.1. O que é uma usina termelétrica? 2.1. O que é uma usina termelétrica? 2.2. Onde será instalada a

2.2. Onde será instalada a UTE Azulão?UTE Azulão?

2.3. Quais são as outras

2.3. Quais são as outras alternativas de localização estudadas para alternativas de localização estudadas para a implantação da UTE Azulão?a implantação da UTE Azulão?

2.4. Por que

2.4. Por que implantar uma Termelétrica?implantar uma Termelétrica?

2.5. Quais as características

2.5. Quais as características da UTE Azulão?da UTE Azulão?

2.6. Quais equipamentos irão gerar a eletricidade? 2.6. Quais equipamentos irão gerar a eletricidade? 2.7. Como será a UTE Azulão?

2.7. Como será a UTE Azulão? 2.8. Como será a Implantação? 2.8. Como será a Implantação? 2.9. Como será a Operação? 2.9. Como será a Operação?

3. Dia

3. Diagnóstic

gnóstic o Ambi

o Ambi ental

ental

3.1. Como é a área

3.1. Como é a área proposta para a implantação da proposta para a implantação da UTE Azulão?UTE Azulão?

3.2. Área de influência dos Meios Físico, Biótico e Antrópico 3.2. Área de influência dos Meios Físico, Biótico e Antrópico 3.3. Aspectos do Meio Físico

3.3. Aspectos do Meio Físico 3.4. Aspectos do Meio Biótico 3.4. Aspectos do Meio Biótico 3.5. Aspectos do Meio Antrópico 3.5. Aspectos do Meio Antrópico

4. I

4. Impacto

mpacto ss

5. Programas Ambientais

5. Programas Ambientais

6. Conclusão

6. Conclusão

7. E

7. Equi

quipe Técnica

pe Técnica

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Este Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) apresenta o resumo das principais informações e conclusões do Estudo de Impacto Am-biental (EIA) da Usina Termelétrica (UTE) Azulão e foi elaborado para esclarecer sobre o projeto, sobre as alterações ambientais que ele poderá causar e, principalmente, sobre a forma como a Petrobras deverá controlar ou compensar essas alterações.

O Estudo de Impacto Ambiental foi desenvolvido considerando as características do empreendimento desde seu planejamento até a sua operação, identificando os possíveis impactos ambientais gerados nessas etapas, em áreas preliminarmente definidas como áreas de estudo (Áreas de Influência), bem como as ações necessárias para a redução, prevenção ou até mesmo a eliminação das interferências que poderão ocorrer no meio ambiente com a implantação e operação do empreendimento.

Para a instalação de empreendimentos que possam gerar impactos significativos no meio ambiente e na população, como indústrias, minerações, barragens, usinas termelétricas, entre outros, a Legislação Federal Brasileira, por meio das resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) nº 01/86 e nº 237/97, exige a elaboração de um Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e de seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA).

Esses estudos ambientais são realizados para que o Estado, por meio do órgão ambiental competente (nesse caso o IPAAM - Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas - AM), e as demais partes interessadas, como por exemplo, a população local, possam avaliar a viabilidade do projeto e conhecer as principais alterações, positivas e negativas, que ela poderá causar no meio ambiente, na sociedade e na economia da região.

1.1. O que é o EIA/RIMA?

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A Petrobras é a maior empresa do Brasil e está presente em 25 países. Atua em ati-vidades de exploração e produção, refino, comercialização, transporte e petroquími-ca, distribuição de derivados, gás natural, biocombustíveis e energia elétrica.

O interesse pela Bacia do Amazonas iniciou na primeira década do século XX (1917) com mapeamentos geológicos de superfície pelo Serviço Geológico e Mine-ralógico do Brasil (SGMB), com foco, prin-cipalmente, nas jazidas de carvão.

Em 1925, vieram os primeiros indícios de óleo e gás, nas proximidades de Itai-tuba. Com a criação da Petrobras, em 1953, a exploração de petróleo nesta ba-cia teve um grande impulso, sendo divi-dida em três fases:

- Fase 1 (1953 - 1967)

Foram perfurados 53 poços estratigráfi-cos e 58 poços pioneiros. Resultado: des-coberta subcomercial nos reservatórios Nova Olinda em três poços (1,

1-NO-1.2. Quem é o empreendedor?

1. Apresentação

3 e 1-NO-4-AM), e alguns poços com indí-cio de óleo e/ou gás.

- Fase 2 (1971 - 1990)

Neste período foram feitos levantamentos sísmicos sistemáticos e a perfuração de mais 36 poços exploratórios, que resultou em duas descobertas significativas: 1-LT-1-AM (Lago Tucunaré) e 1-ICA-1-AM (Igarapé Cuia), pro-dutores de gás e óleo, respectivamente.

- Fase 3 (a partir de 1999)

Após a criação da Agência Nacional do Petróleo (ANP), a Petrobras em 1999, des-cobriu gás no poço 1-RUT-1-AM e que resul-tou nos campos, hoje em desenvolvimento, de Azulão e Japiim, respectivamente.

O campo de Azulão possui reservatórios de arenitos da Formação Nova Olinda, de idade Pensilvaniana do período Carbonífe-ro, compostos por arenitos fluvio - destái-cos - estuarinos, arenitos praiais de fácies superior e eólicos, sendo um campo de gás não associado com condensado.

O campo possui reservas de gás que ainda não foram exploradas até o momen-to. A partir da implantação da linha de trans-missão (LT 500 kV) que conectará Manaus ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e da Subestação Silves 1, foi gerada a oportuni-dade de aproveitamento do gás de Azulão através da exploração do gás dos poços para fornecimento para uma usina terme-létrica, que busca comercializar a energia gerada nos Leilões de Energia Elétrica (Lei-lões de Energia Nova ou lei(Lei-lões de ener-gia) promovidos pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) do Governo Federal.

Com a oportunidade de aproveitamen-to do gás de Azulão e a oportunidade de geração de energia para o SIN - Sistema Interligado Nacional, a Petrobras elaborou projeto para a instalação de uma termelétri-ca aproveitando o gás natural do termelétri-campo de Azulão. Para tanto, o projeto teve em sua concepção a seleção de alternativas loca-cionais e tecnológicas objetivando menores intervenções ambientais possíveis.

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Uma usina termelétrica é uma instalação industrial utilizada para geração de energia elétrica a partir da energia liberada pela queima de qualquer produto que possa ge-rar calor, como por exemplo, o gás natural. Assim como as usinas hidrelétricas, em que um gerador, impulsionado pela água, gira transformando a energia potencial em energia elétrica, nas termelétricas, a com-bustão do gás natural com ar comprimido move um motor ou uma turbina produzindo energia elétrica.

As Usinas Termelétricas movidas a gás natural podem funcionar em dois ciclos: simples ou combinado. No ciclo simples, os gases são resfriados e liberados na atmosfera por meio de uma chaminé. No ciclo combinado, ainda em alta tempera-tura, os gases são transformados em va-por que, direcionado aos motogeradores ou turbogeradores, provoca movimento

2.1. O que é uma usina termelétrica?

2. Descrição do Empreendimento

gerando energia novamente. Assim, a ca-racterística básica de termelétricas a ciclo combinado é a operação conjunta de mo-togeradores movidos à gás natural com o turbogerador movido à vapor.

Quando operada em ciclo combinado, a UTE aumenta a eficiência do processo de geração de energia. Dessa forma, com a mesma quantidade de gás natural é possí-vel obter maior produção de energia elétrica. Para a Usina Termelétrica Azulão será utilizado o gás natural como combustível para a geração de vapor, retirado de dois poços chamados de RUT 1 e RUT 2. Ela terá capacidade para a geração de energia em torno de 110 MW.

Após a geração, a energia será levada por linha de transmissão até a subestação de Silves I, e de lá para o Sistema Interliga-do Nacional (SIN).

(10)

A Usina Termelétrica Azulão será instala-da no município de Silves, à 210 km a leste de Manaus e a 20 km ao norte do município de Itacoatiara, no estado do Amazonas.

A área proposta para a implantação da usina possui aproximadamente 12 hecta-res e está localizada em terreno que pos-sui cerca de 60 ha. Estará localizada no km 12 da rodovia AM-330 (Estrada para Silves). Para se chegar a área do empre-endimento partindo de Manaus, é neces-sário seguir pela rodovia AM-010, que liga os municípios de Manaus e Itacoatia-ra, em seguida pela rodovia AM-363, que liga o município de Itacoatiara ao de Itapi-ranga e por fim, pela rodovia AM-330, que liga Itapiranga a Silves.

(11)

2.3. Quais são as outras alternativas de localização estudadas para a

im-plantação da UTE Azulão?

2. Descrição do Empreendimento

Para avaliação do local de implantação da UTE Azulão, foram selecionadas quatro áreas, as quais foram analisadas de forma a se determinar qual seria a melhor delas em termos técnicos, ambientais e econômicos.

As quatro áreas estudadas para a im-plantação da UTE Azulão são apresenta-das na figura:

(12)

Além das alternativas para as áreas de implantação da UTE, foram es-tudadas diversas possibilidades para implantação da linha de transmissão, linha de surgência e duto-emissário para descarte dos efluentes.

Para a avaliação e escolha da melhor área para a UTE assim como para a linha de transmissão, linha de surgência e duto-emissário, foram estudados os seguintes critérios:

• Proximidade dos poços produtores de gás natural, (RUT-1 e RUT-2) • Interferência em Áreas de Preservação Permanente;

• Necessidade e quantitativo de supressão de vegetação; • Interferências em Unidades de Conservação;

• Condições do solo; • Relevo / declividade

• Interferência em Áreas com Processos Minerários;

• População Local e Tradicional no entorno e interior das áreas; • Infraestrutura - Estradas e Sedes Urbanas;

• Patrimônio Arqueológico, Histórico-Cultural e Paisagístico; • Imóvel passível de negociação, do ponto de vista fundiário;

(13)

Critérios Área1 Área2 Área3 Área4

Localização AM-330 AM-363 AM-330 AM-330

Município Silves Itapiranga Silves Itapiranga/Silves

Área Total do Terreno

(hectares) 57.92 43,03 27,71 65,69

Proporção para Reserva Legal 79,30% 72,12% 56,70% 81,74%

Supressão de Área de

Vegetação Nativa Sim (cerca de 8 ha) Sim (cerca de 11 ha) Sim (cerca de 12 ha) Sim (cerca de 02 ha) Intervenção em Área de

Preservação Permanente Sim Sim Sim Sim

UnidadesdeConservação Não Não Não Não

População Local e Tradicional Moradias no entorno Moradia no interior Moradias no entorno Moradia no interior  

Distância das Áreas às Sedes Municipais

20 km da sede de Silves pela rodovia AM-330 (parte por via terrestre e parte por via fluvial); 21,6 km da sede de Itapiranga pela rodovia

AM-363

20,2km da sede de Silves pela rodovia AM-330 (parte por via terrestre e parte por via fluvial); 18,8km da sede de Itapiranga pela rodovia

AM-363.

13,5km da sede de Silves pela rodovia AM-330 (parte por via terrestre e parte por via fluvial); 23,4km da sede de Itapiranga pela rodovia

AM-363.

12,1km da sede de Silves pela rodovia AM-330 (parte por via terrestre e parte por via fluvial) (parte por via terrestre e parte por via fluvial); 24,8km da sede de Itapiranga pela

rodovia AM-363.

Relevo Dissecado Dissecado Dissecado Dissecado

Declividade Suave a média Suave a média Suave a média Suave a média

Erosão Moderada Moderada Moderada Moderada

Processos Minerários 8880020/2003 – Autorizaçãode Pesquisa 880021/2003 – Autorização dePesquisa 880025/2004 – Autorização dePesquisa 880241/2007

O quadro a seguir, apresenta um resumo das principais características estudadas em cada área.

Fonte: Petrobrás, 2013.

(14)

Dentre as áreas para implantação da UTE Azulão, a que apresentou melhores condições ambientais e socioeconômicas foi a Área 1. Os motivos pelos quais a Área 1 foi a escolhida são:

• A Área 1 apresenta boa proporção de reserva legal (cerca de 80%);

• Não possui famílias morando em

seu interior ou utilizando a área para plantio

ou criação de animais;

• O poço RUT 1 está localizado dentro

dessa área, facilitando a entrega do gás na-tural para a UTE Azulão, além de minimizar a retirada da vegetação pela implantação

da linha de surgência;

• A alternativa 1 tem predominantemen -te baixa propensão à erosão, garantindo boas condições ambientais para implantação.

• Todas as áreas estudadas como al -ternativas possuem proximidade com as sedes municipais, no entanto, a Área 1 e um imóvel passível de negociação, sendo por sua vez a alternativa escolhida.

(15)

Quais são as outras alternativas do traçado da Linha de Transmissão?

A primeira possibilidade estudada, a linha de transmissão seguiria próximo e em para-lelo à rodovia AM-330 por cerca de 4.300m até encontrar e atravessar a rodovia AM-363 por onde seguiria entre a rodovia AM-363 e a LT 500 kV Oriximiná-Silves, na direção Oes-te, por pouco mais de 7.700m, até alcançar a Subestação de Silves I. Nesse trajeto a Linha de Transmissão teria cerca de 12,80 km.

Na segunda possibilidade, a Linha de Transmissão seguiria paralela a Rodovia AM-330 cruzando ela em dois momentos, até cruzar a Rodovia AM-363 e seguir para-lela a LT 500 kV Oriximiná-Silves, na dire-ção Oeste, por pouco mais de 7.700m até a subestação de Silves I. Nesse trajeto a Li-nha de Transmissão teria cerca de 12,9 km. A melhor possibilidade, do ponto de vista ambiental, para a Linha de Transmissão é a segunda, visto que acompanha a LT. 500 kV Oriximiná-Silves por maior extensão do que a primeira. Além disso, procurou per-correr locais mais alterados, acompanhan-do a AM-330, que minimiza a interferência da colocação das torres de sustentação.

Para as implantação da Linha de Transmissão que levará a energia produzida na UTE Azu-lão até a subestação de Silves I foram estudadas duas possibilidades, conforme figura a seguir:

(16)

Quais são as outras alternativas do t raçado da Linha de Surgência?

Na primeira alternativa, a linha de sur-gência partiria do poço existente RUT 1 na direção norte, rumo ao poço RUT 2, atra-vessando três imóveis vizinhos, com co-bertura predominantemente florestal. Ao passar pelo terceiro imóvel, a linha de sur-gência faria uma curva para nordeste até o imóvel onde está localizado o poço RUT 2.

Na segunda alternativa estudada, a li-nha de surgência seguiria praticamente em toda a sua extensão, paralela às rodovias AM-363 e AM-330, minimizando assim, a necessidade de supressão de vegetação.

Mesmo com maior extensão, a segunda alternativa estudada para a implantação da linha de surgência é melhor ambientalmen-te, pois reduziria drasticamente a necessi-dade de supressão de vegetação compara-da com a primeira alternativa.

Com relação a implantação da linha de surgência, que conecta os poços de gás natural até a UTE Azulão, foram estudadas duas alternativas para a sua localização, conforme figura a seguir:

(17)

Quais são as outras alternativas do

traçado do dut o-emissário d e efluentes?

Com a seleção da Área 1 como a melhor alterna-tiva para a implantação da UTE Azulão, foram es-tudadas as possibilidades de traçados para o duto--emissário de efluentes. Além disso, avaliaram-se também os rios da região para a seleção do mais adequado para o descarte dos efluentes.

Foram realizados estudos específicos em quatro pontos possíveis de descarte dos efluentes ( confor-me apresentado na figura a seguir), considerando diversos fatores como vazão do rio, profundidade, distância até a UTE, capacidade suporte e condi-ções ambientais, contribuindo para a escolha da melhor alternativa.

Dentre os quatro pontos estudados, o Ponto 3 localizado no Igarapé mostrou-ser a melhor alterna-tiva do ponto de vista ambiental.

Após a definição do ponto para o lançamento dos efluentes oriundos da UTE Azulão, foi delimitado o traçado do duto-emissário que procurou minimizar a supressão de vegetação.

(18)

O Brasil está em pleno crescimento econômico e com isso as demandas por eletricidade vem aumentando, havendo a necessidade de aumentar a geração de energia. Na região Norte, apenas 61,5% dos domicílios tem fornecimento de energia elétrica (IBGE, 2013), muitos deles caracterizados como “excluídos elétricos”. O sistema elétrico de Manaus/AM é o maior sistema eletricamente isolado do mundo, atendendo à capital do Estado, Manaus, e os demais 61 municípios do interior.

Atualmente, está sendo implantada a linha de transmissão “Tucuruí - Macapá - Manaus” que possibilitará incorporar o sistema isolado de Manaus ao SIN (Sistema Interligado Nacional), possibilitando sua conexão com o sistema elétrico das demais regiões do Brasil. Esse fato gerou a oportunidade de aproveitamento do gás natural do campo de Azulão, aumentando a oferta de energia elétrica para a região norte e assim, contribuindo para o seu desenvolvimento.

Dentre outras jus tifi cativas para a impl antação e operação de uma UTE na região, podemos destacar:

2.4. Por que implantar uma Termelétrica?

• A geração de energia elétrica

por hidrelétricas no Brasil com a construção de grandes reservatórios passou a sofrer restrições dos órgãos ambientais, que condenam e impedem empreendimentos com grandes áreas

alagadas e pouca geração de energia; • A topografia suave da região, com

grandes áreas planas, fazem com que a implantação de barragens para geração de energia ocasionem grandes áreas alagadas para pouca capacidade de

geração de energia;

• Em termos ambientais, a UTE deverá

contribuir para a atenuação de outras formas de produção de energia na região, consideradas com maior custo ambiental ( geração a partir da queima de combustíveis fósseis como o óleo diesel ou o óleo combustível)

• Ao se integrar ao SIN, a UTE Azulão

irá adicionar mais energia elétrica ao

sistema elétrico brasileiro;

• Geração de 400 empregos diretos e

1400 indiretos no pico das obras e 40 empregos diretos e 140 indiretos durante

a operação;

• Geração de recursos financeiros

aos Municípios, ao Estado e à união durante a implantação e operação do empreendimento, a serem aplicados em saúde e educação.

(19)

a) Motogerador a Gás

Podemos distinguir três componentes principais de um motogerador à gás: o compressor, a câmara de combustão e o motor propriamente dito. Os motogeradores serão turbo comprimidos, de quatro tempos, baixa rotação, com partida a ar comprimido e movidos a gás natural em ciclo termodinâmico Otto.

2.5. Quais as características da UTE Azulão?

2. Descrição do Empreendimento

2.6. Quais equipamentos irão gerar a eletricidade?

b) Caldeira de Recuperação de Calor 

As Caldeiras de Recuperação de Calor

(HRSG) tem a função de recuperar

o calor dos gases de exasutão dos motogeradores, gerando vapor. Essa geração de vapor usa exclusivamente o calor dos gases que são eliminados dos motogeradores, sem a necessidade de queima de combustível adicional, ou seja, aproveitando o próprio combustível queimado inicialmente. Com isto, a eficiência térmica eleva-se substancialmente, pois o vapor assim produzido aciona uma turbina à vapor que irá gerar mais energia.

c) Turbogerador à Vapor 

O terceiro elemento básico nos sistemas combinados é a turbina a vapor, cuja função é gerar energia elétrica adicional a partir do vapor produzido na caldeira de recuperação de calor. O vapor que sai da turbina é condensado e volta a ser usado como água de alimentação da caldeira de recuperação de calor.

A UTE Azulão terá a capacidade de operar em ciclo combinado para a geração de eletricidade. A configuração da usina será em 5 x 5 x 1, ou seja, serão utilizadas cinco motogeradores à gás natural, cinco caldeiras de recuperação de calor e um turbogerador a vapor, podendo chegar a gerar cerca de 110 MW de potencia. É prevista a utilização de 15 toneladas por hora de gás natural para gerar energia, que será tratado em uma Unidade de Recebimento e Tratamento de Gás Natural, chamada de URTGN e em seguida, utilizado na usina.

(20)
(21)

• Portaria/Recepção;

• Administração, Controle, Restaurante e Ambulatório; • Oficina/Almoxarifado;

• Prédio Elétrico Principal; • Prédio Elétrico Auxiliar;

• Prédio do Turbogerador a vapor; • Prédio dos Motogeradores;

• Prédio da Estação de Tratamento de Água; • Central de Resíduos e Produtos Químicos; • Casa de Compressores de Gás;

• Coberturas para Bombas de Incêndio; • Castelo d’água;

• Cobertura para Veículos.

• Linha de surgência, responsável pelo transporte do gás natural dos dois poços (RUT 1 e RUT 2) até a usina; • Duto-emissário para o lançamento de efluentes tratados até igarapé;

• Poço Artesiano para captação de água para a operação da usina; • Linha de transmissão da usina até a subestação de Silves I.

2.7. Como será a UTE Azulão?

2. Descrição do Empreendimento

 A Usi na será composta pelas seguintes instalações:

(22)

• Prédio administrativo; • Ambulatório;

• Prédio de vestiários/sanitários; • Prédio do restaurante/ refeitório; • Almoxarifado;

• Prédio para armazenamento de resíduos; • Áreas de armazenamento de produtos químicos;

• Alojamento de pessoal; • Segurança patrimonial; • Áreas de vivência.

O canteiro das obras de implantação da UTE Azulão co ntará com as

seguintes estruturas:

A primeira atividade a ser feita em uma obra é a retirada da vegetação e a limpe-za da camada superficial do solo, para que possam ser implantadas as instalações provisórias para o apoio à construção da Usina. Deverão ser removidos nessa etapa cerca de 12 hectares de vegetação nativa.

Após a etapa de supressão e limpe-za do terreno, será feita a terraplenagem, que consiste em operações de escavação, transporte, espalhamento e compactação do solo com o objetivo de deixar o terreno em condições técnicas necessárias para a construção do empreendimento.

Uma das instalações mais importantes numa obra é o canteiro de obras, que, para a UTE Azulão, será uma área destinada ao recebimento e armazenamento de mate-riais e equipamentos, além de oferecer in-fraestrutura para apoiar as frentes de obras.

Durante as atividades de obra, serão geradas emissões atmosféricas, princi-palmente devido ao trânsito de veículos leves e pesados.

Os efluentes durante a implantação se-rão gerados nos sanitários e restaurante do canteiro de obras e serão coletados e destinados para tratamento em uma Es-tação de Tratamento Compacta, a ser construída de acordo com a legislação ambiental.

Todos os resíduos sólidos gerados no canteiro serão armazenados em locais apropriados e em seguida destinados adequadamente.

Nessa fase de implantação da UTE Azu-lão é prevista a criação de 400 postos de trabalho, sendo que no pico das obras são previstos 1.400 funcionários.

(23)

Na operação da UTE Azulão o gás já tratado na Unidade de Recebimento e Tratamento de Gás Natural (URTGN) é conduzido, juntamente com ar compri-mido para o motogerador a gás onde, no ciclo simples, será queimado na câma-ra de combustão gecâma-rando energia pacâma-ra os transformadores. Quando operando em ciclo combinado, após essa etapa de queima no motogerador à gás, os exaus-tos são encaminhados para a caldeira de recuperação de calor para produção de vapor, que alimentará o turbogerador a vapor. Os gases de exaustão da caldeira, provenientes do motogerador à gás serão lançados na atmosfera.

Os gases gerados da queima do gás natural serão continuamente monitorados na Usina

Termelétrica, sendo eles NO2, CO, CH2O, CO2. A tabela a seguir apresenta uma estimativa

das quantidades de gases emitidas pela UTE Azulão:

2.9. Como será a Operação?

2. Descrição do Empreendimento

Gases Taxa de emissão p ormotor à gás (kg/h) Taxa de emissão t otal p araos 5 moto res a gás (kg/h)

Dióxido de Nitrogênio (NO2) 21,87 109,38

Monóxido de Carbono (CO) 25,07 125,35

Metanal (CH2O) 4,70 23,46

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Os gases deixam a caldeira através de uma chaminé, como serão cinco caldeiras, terão na UTE Azulão, 5 chaminés onde se-rão instalados um sistema de monitoramen-to contínuo das emissões. Serão respeita-dos os níveis máximos de emissão de gases para atmosfera estipulados pelo órgão am-biental local, durante o processo de licen-ciamento e também os níveis estabelecidos pela legislação brasileira, por meio das reso-luções CONAMA nº 382/2006 e 3/1990.

A água para produção do vapor (água industrial) será captada em poço artesiano localizado na área da UTE e passará por tratamento em uma Estação de Tratamento de Água (ETA). A ETA será responsável por atender às demandas de água potável, in-dustrial e de água desmineralizada da ope-ração da usina. Ao todo, serão necessários 48 m³/hora de água.

Após o tratamento, a água será encami-nhada ao sistema de geração de eletricida-de. A água também será utilizada no sistema de resfriamento, na torre de resfriamento.

Os efluentes líquidos gerados na opera-ção serão os industriais (compostos dos re- jeitos da ETA, drenagem química do

siste-ma de amostra, drenagem química da sala de amostra das caldeiras), sanitários (sani-tários, restaurante), oleosos (drenagem do TVG, drenagem do sistema de ar compri-mido) e drenagem contaminada (lavagem de pisos impermeabilizados). Será utiliza-da uma caixa de neutralização para trata-mento dos efluentes industriais. Os efluen-tes sanitários e os efluenefluen-tes contaminados serão tratados na estação de tratamento de efluentes. Posteriormente, os efluentes serão lançados no rio. Já os efluentes ole-osos serão recolhidos em local apropriado e encaminhados para empresas de recicla-gem. É prevista a geração de 4,65 m³/h de efluentes industriais, sanitários, oleosos e drenagem contaminada.

Tal como na implantação, os resíduos sólidos gerados durante a operação da UTE Azulão serão armazenados em locais apropriados e posteriormente destinados adequadamente.

As fontes de ruído mais importantes na operação da UTE Azulão são motogerado-res a gás. Serão motogerado-respeitados os limites de emissão sonora determinados pela legisla-ção, ou seja, um valor máximo de 85 dB a ser emitido a 1 metro da fonte.

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   D

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(26)

Para que seja possível prever quais serão as alterações que a implantação e a operação da UTE Azulão possam vir a causar no meio ambiente é necessário um estudo ambiental da área, chamado de diagnóstico ambiental.

O objetivo do diagnóstico ambiental é conhecer os componentes ambientais do meio físico, biótico e antrópico para caracterização da sua qualidade ambiental. Isso significa interpretar a situação ambiental atual da área e nas etapas seguintes do estudo, prever o que po-derá ser alterado com a implantação e operação do empreendimento.

Para a UTE Azulão foram estudados os seguintes temas dos meios físico, biót ico e socioeconômico:

• Meio físico: Clima e Condições Meteorológicas; Qualidade do Ar; Ruído, Geologia, Geomorfologia, Geotecnia, Pedologia, Qualidade  Ambiental do Solo, Qualidade da água e dos sedimentos, Recursos Hídricos Superficiais, Recursos Hídricos Subterrâneos, Recursos

Minerais e Sísmica;

• Meio Biótico: Vegetação, Fauna (mastofauna, herpetofauna e avifauna), Biota Aquática (li mnologia, macrófitas aquáticas e ictiofauna), além do levantamento das Unidades de conservação e Áreas de Interesse Conservacionista.

• Meio Antrópico: Contexto Regional, Histórico de Ocupação do Território, Dinâmica Populacional, Dinâmica Territorial - Uso e Ocupação do Solo, Aspectos Econômicos, Organização Social, Polos Regionais, Infraestrutura Urbana; Caracterização Socioeconômica e Cultural;

Aspectos gerais, Comunidades/ Localidades.

O diagnóstico das áreas de estudo da UTE Azulão foi realizado por equipe multidisciplinar através de um amplo levantamento de dados secundários (revisão bibliográfica) de diversos órgãos e entidades públicas de âmbito federal , estadual e municipal. Foram ainda levan-tados dados primários (levantamento em campo), atividade realizada nos meses de maio, junho e julho de 2013.

3.1. Como é a área proposta para a implantação da UTE Azulão?

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3.2. Área de influência dos Meios Físico, Biótico e Antrópico

Para a realização dos estudos do diag-nóstico ambiental é necessário a delimi-tação de áreas de estudo, chamadas de áreas de influência. As áreas de influência são os espaços geográficos onde podem ocorrer as alterações nos meios físico, bi-ótico e antrópico.

3. Diagnóstico Ambiental

Nos estudos realizados para a UTE Azulão foram considerados três níveis de área de estudo:

• Área de Influência Indireta (AII): aquela onde os possíveis impactos da implantação e operação da UTE Azulão se manifestarão de maneira indireta e com menor intensidade em relação à área de influência direta.

• Área de Influência Direta (AID): aquela sujeita aos possíveis impactos diretos da im-plantação e operação da UTE Azulão.

• Área Diretamente Afetada (ADA): aquela onde ocorrem as intervenções relacionadas diretamente ao empreendimento.

(28)

Quais são as Áreas de Influênci a

Indireta da UTE Azulão?

Quais são as Áreas de

Influên-cia Diret a da UTE Azulão?

Quais as Áreas Diretamente

 Af etadas da UTE Azulão?

Para a delimitação da Área de Influên-cia Indireta (AII) do meio físico e biótico foram consideradas as características do empreendimento. A UTE Azulão é um empreendimento de localização pontual e delimitado, sendo que a linha de surgên-cia que conecta os poços RUT 1 e RUT 2 e leva o gás natural para a UTE, a linha de transmissão e o duto de lançamento de efluentes ocupam uma área pequena, mas de maior extensão linear.

Assim foram consideradas as microba-cias do Iagarapé Itabani, Igarapé Sanaba-nizinho, Igarapé Murucutu e Igarapé Açu. Incorporam ainda a AII, a microbacia de um braço do rio Uatumã e do rio Urubu.

Para o estudo do meio antrópico foram considerados como AII os municípios de Silves e Itapiranga.

Para os meios físicos e biótico foram con-sideradas como áreas sujeitas aos impactos diretos da UTE as porções à jusante das microbacias, ou seja, os locais que sofrerão intervenção do empreendimento. No meio antrópico, a área de influência direta são as comunidades localizadas ao longo das rodovias AM-363 e AM-330 da comunidade Nª Srª Aparecida até a sede municipal de Itapiranga e por toda a extensão da AM-330 até a sede municipal de Silves. Fazem parte ainda da AID, as comunidades fluviais locali-zadas ao longo dos rios Sanabani e Itabani, dos igarapés Sanabanizinho, Murucutu, Açu e Ponta Grossa e também do rio Urubú até a comunidade de São José da Enseada.

Levaram-se em consideração nos estu-dos do meio antrópico os acessos à área de implantação da UTE, as sedes municipais e as comunidades ribeirinhas dos principais rios da região, visto a importância que os rios (Urubu, Itabani e Sanabani e igarapés) possuem no fluxo de pessoas, nas ativida-des econômicas (pesca, fluxo de produtos de agropecuária, e extrativismo).

A Área Diretamente Afetada (ADA) para todos os meios estudados (físico, biótico e socioeconômico) é a mesma, pois compre-ende as áreas de intervenção direta. Consi-derou-se como ADA a área de implantação da UTE Azulão, a linha de surgência que conecta os poços até a UTE, o duto emis-sário dos efluentes, assim como o igarapé onde o efluente será lançado à linha de transmissão que conectará a UTE Azulão à subestação de Silves I.

Os mapas a seguir apresentam as áreas de influência do estudo de impacto ambien-tal da UTE Azulão.

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! ( ! ( ^ ^ > > > > > > >> > > >> > > > > > > > > > > > > > > >     A    M     3     3    0  A  M  3 6 3 Itapiranga Silves 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 Rio Sanabani Rio Itapani Igarapé Ponta Grossa Igarapé  Açú Igarapé Sanabanizinho Igarapé Murucutu

1 Comunidade N. Sra. Aparecida 2 Núcleo Mutum 3 Comunidade São João 4 Comunidade Sagrado Coração de Jesus 5 Monte Jeresina (propriedade IADB) 6 Comunidade Monte Moriá 7 Comunidade N. Sra. de Fátima 8 Comunidade Monte Sinai 9 Maricota

10 Conj. Pedra Vermelha 11 Propriedade Sr. Jorge 12 Sítio Uirapuru 13 Propriedade sem nome

(Rosinaldo - vaqueiro) 14 Faz. Bulqueirão Pantanal 15 Sítio Três Netos 16 Sítio São Francisco 17 Casa fechada/ casa abandonada

Km 7+500 sentido Silves 18 Casa fechada km 08 19 Terra Nova 20 São José da Enseada

21 Nossa Senhora Aparecida (Passarinho) 22 Nossa Senhora do Bom Parto 23 São João (do Pontão) 24 Irmandade São José da Terra Preta 25 São Raimundo do Sanabanizinho 26 São Sebastião do Itapani 27 Santa Luzia

^ Sedes municipais > Comunidades

!

( Poços de produção de gás (RUT-1 e RUT-2) Rodovias

Duto-emissário para descarte de efluentes Linha de transmissão

Linha de surgência Subestação de Silves 1

Área da Usina Termelétrica Área de Implantação Limites municipais

 AID DO MEIO ANTRÓPICO

Os dados para os estudos do clima na re-gião de implantação da UTE Azulão foram obtidos em duas estações meteorológicas do INMET (Instituto Nacional de Metereo-logia, Qualidade e Tecnologia), localizadas nos municípios de Parintins e Itacoatiara, e de revisões bibliográficas.

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Os dados para os estudos do clima na re-gião de implantação da UTE Azulão foram obtidos em duas estações meteorológicas do INMET (Instituto Nacional de Metereo-logia, Qualidade e Tecnologia), localizadas nos municípios de Parintins e Itacoatiara, e de revisões bibliográficas.

Segundo a classificação de Koppen, o clima da região de Silves é Tropical de Monção (Am), com ausência de estação de inverno, temperaturas do mês mais frio maior que 18°C e o mais quente acima de 29,9°C e chuvas anuais intensas, com má-ximas de 977 mm de janeiro a março e mí-nimas de 152 mm de outubro a dezembro.

Os municípios de Parintins, Itacoatiara e Silves apresentam um dos climas mais quente e superúmido do mundo.

Dentro de um raio de 50 quilômetros do local de implantação da UTE Azulão o clima da região tem um comportamento homogêneo, favorável à dispersão dos po-luentes, principalmente devido ao elevado índice de chuvas.

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Qual a qualidade do ar da região?

A qualidade do ar é o termo que se usa, normalmente, para traduzir o grau de po-luição no ar que respiramos. A popo-luição do ar é provocada por uma mistura de subs-tâncias químicas, lançadas no ar ou resul-tantes de reações químicas, que alteram a composição química natural da atmosfera.

Para a avaliação da qualidade do ar na região de Silves, foram consideradas as ca-racterísticas peculiares da região, visto que não há estação de monitoramento de da-dos de poluentes regulada-dos na Resolução CONAMA nº 03/90.

Como na região atualmente não há ativi-dades industriais ou outras fontes de polui-ção, a qualidade do ar na região de implan-tação da UTE Azulão é BOA.

Foi realizado o Estudo de Dispersão Atmosférica com o objetivo desenvolver uma avaliação numérica do impacto das concentrações dos poluentes sobre a qualidade do ar no município de Silves a partir das emissões da UTE Azulão. A es-timativa das concentrações foi realizada com um modelo de dispersão atmosféric a o AERMOD, mais os dados de emissões, da topografia e dos dados meteorológicos da área de implantação.

Os resultados das simulações mostra-ram que as concentrações máximas dos

poluentes que a UTE irá emitir (SO2, MP10

e o CO) irão ocorrer apenas nas depen-dências da área da UTE e não irão altera a qualidade do ar dos municípios de Sil-ves e Itapiranga.

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3. Diagnóstico Ambiental

Qual é o ruído na região?

Ruído significa barulho, som ou poluição sonora não desejada. A norma ABNT NBR 10.151 estabelece os ní-veis máximos de ruído (pressão sonora) tolerání-veis por tipos de área (fazendas e sítios, áreas residenciais, áre-as comerciais e áreáre-as industriais).

Para o estudo de ruído atualmente existente na re-gião de estudo, foram selecionados 24 pontos, distri-buídos pela área de estudo. Os ruídos foram medidos com o auxílio de um microfone e demais equipamentos para registro e interpretação dos dados. A Figura a se-guir apresenta a medição de ruído de um dos pontos escolhidos.

Os dados de ruído obtidos demonstram que a área possui maior índice durante a noite, característico de ambiente com mata, pois é neste período que há maior movimentação de animais.

Nas zonas de uso residencial e misto, este cenário se inverte, pois a atividade humana é maior durante o dia. Ainda assim, os níveis medidos estão muito próxi-mos aos indicados pela NBR 10151.

Vista da via a partir do ponto de medição na AM-363, próxima à subestação

Para a fase de obra e também para a fase de operação da UTE Azulão foi feita uma estimativa de aumento de nível de ruído em função do aumento de circulação de automóveis, do maquinário de construção civil a ser utilizado na obra e também na fase de operação, com os motogeradores em funcionamen-to. As simulações mostraram que o aumento no nível de ruído não irá alterar o Nível Critério de Avaliação (NCA) – medida que indica conforto acústico.

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Como é a geologia na região?

A UTE Azulão está localizada sobre um terreno constituído por rochas sedimenta-res cretáceas pertencentes à Formação Alter do Chão e sedimentos aluviais e colu-viais quaternários de drenagens e igarapés. A Formação Alter do Chão é predomi-nantemente composta por arenitos, ou seja, areia compactada durante um proces-so de milhões de anos. Esta litologia unida ao clima da região favorece a formação de crostas lateríticas, ou seja, solos muito alte-rados, com grande concentração de hidró-xidos de ferro e alumínio.

Arenito médio de cloração rosa com lentes argilo-arenosas marrom avermelhado escuro, às margens da AM-330, próximo à localização provável da UTE

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3. Diagnóstico Ambiental

Qual a geomor folog ia da região?

Geomorfologia é um ramo da geografia que estuda as formas da superfície terres-tre, que se forma pela interação entre as rochas (geologia) e o clima locais. A área de influência da UTE Azulão possui terre-nos modelados pela ação dos ventos e da chuva em superfícies suavemente ondula-das e planas. Os levantamentos indicam que a oeste da Área Diretamente Afetada e da Área de Influência Direta predomina o padrão subparalelo com terminação den-drítica com densidade média e aprofunda-mento fraco das incisões. A leste predo-mina o padrão de drenagem subparalelos com densidade e aprofundamento muito fraco das incisões.

A dinâmica dos processos geomorfológi-cos identifica a ocorrência / susceptibilida-de natural susceptibilida-de inundação nos interflúvios, ou seja, das áreas elevadas em torno do rio.

Interflúvio com área alagada às margens da Rod AM-330 (ao fundo Igarapé Murucutu).

3.3. Aspectos do Meio Físico

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Como são os solos da região?

Os solos são formados por meio de um mecanismo chamado intemperismo, pro-cesso pelo qual as propriedades físico-quí-micas das rochas são alteradas. As áreas estudadas possuem densa área de vegeta-ção, e por isso a caracterização dos solos, foi, muitas vezes, realizada pela interpreta-ção de imagens aéreas.

De modo geral a área é constituída por variações de Latossolo Amarelo (Latosso-los Amare(Latosso-los Distróficos, a oeste, e Latos-solos Amarelo Ácricos, localizados a leste).

Perfil de solo Latossolo Amarelo acríco Crosta laterítica sob latossolo em talude exposta às

margens da AM-363

Este tipo de solo possui muitos minerais, em especial Fósforo e Alumínio, que mui-tas vezes se aglutinam formando leitos de crosta laterítica. No entanto, devido a este alto teor de minerais, possuem pequena re-serva de nutrientes para as plantas, o que significa baixa fertilidade destes solos para emprego direto na agricultura.

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3. Diagnóstico Ambiental

Como é a geotecnia da Região?

Com as informações sobre a geologia, os solos, a geomorfologia e o clima da região, foram mapeados os graus de risco à erosão e a alagamentos, das áreas de estudo da UTE Azulão. Essas áreas foram classificadas em graus de ricos baixo, médio e alto. O mapa das áreas é apresentado na página a seguir.

A dinâmica dos processos geomorfológicos combinados com a ação do clima nos solos locais, corrobora para a ocorrência de in-undação nos interflúvios. Nos trechos em que a cobertura vegetal foi retirada há maior susceptibilidade de ocorrência de processos ero-sivos. A ADA, no entanto, encontra-se em região geotécnica de baixa susceptibilidade aos processos erosivos, como pode ser visto na figura apresentada abaixo.

Material erodido e carreado para as margens de igarapé, próxima à AM-330.

3.3. Aspectos do Meio Físico

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3. Diagnóstico Ambiental

Quais são os rios da região?

A UTE Azulão e empreendimentos associados estão situados integralmente na região hidrográfica Amazônica, na sub-bacia do Rio Amazonas, Trombetas e outros, os principais rios das áreas de interesse são o Urubu e Uatumã, ambos tributários do rio Amazonas.

Os cursos d’água da região são amplamente utilizados por todos, como fonte de água de boa qualidade (para nós, seres humanos, e

para os animais da floresta), meio de transporte e fonte de alimentos, além de área de lazer em dias quentes, muito comuns na região. Na área onde efetivamente se pretende instalar a UTE Azulão apenas dois corpos hídricos sofrerão interferência, sendo eles o trecho inicial oeste do rio Uatumã e o Igarapé Murucutu, como mostra a figura ao lado.

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Inserir imagem mapa

enviada pela Lenc

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3. Diagnóstico Ambiental

Qual a qualidade ambiental do solo n a região?

Qual a qualidade ambiental dos sedimentos e da água superfici al?

Foram realizadas oito análises de solo em sondagens, que é a coleta de amostras do solo, para avaliar as características ambientais, fisico-químicas e a textura do solo na área onde se pretende instalar a UTE Azulão.

As análises demostraram a ocorrência de solo arenoso com predominância de areia mé-dia. Os resultados de laboratório das amostras apresentaram metais alumínio, arsênio, bá-rio, chumbo, cromo, ferro, manganês, níquel, vanádio e zinco em concentrações de acordo com os limites aceitáveis estabelecidos pelas listas orientadoras da CONAMA 420/09 e EPA/2013, devendo suas ocorrências estarem associadas à composição natural do solo.

O empreendimento está localizado ao norte do rio Amazonas, em uma área com grande número de rios e igarapés. A nordeste do local de implantação da UTE Azulão localiza-se um igarapé, onde se pretende lançar os efluentes da UTE após o tratamento.

Para se conhecer a qualidade da água nos rios da região foram realizadas seis amos-tras da água e dos sedimentos em diferentes rios da área de estudo.

Os resultados das análises indicaram boa qualidade da água e dos sedimentos, com exceção de uma das amostras, localizada nas proximidades de uma rodovia, em que foram identificados a presença de óleos e graxas acima dos limites estabelecidos pela resolução CONAMA nº 357/05. A presença de óleos e graxas pode ser ocasionada pelo derramento pontual dos veículos que trafegam na rodovia, sendo levados pela chuva para o rio.

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Qual a qualidade ambiental da água su bterrânea?

Para avaliar a qualidade ambiental da água subterrânea foi instalado um poço de mo-nitoramento na área vizinha do empreendimento. As análises das amostras indicaram a presença de sódio, sulfato e cloreto, além de concentrações de bário, nitrato e zinco que ficaram abaixo dos limites da Resolução CONAMA n° 396/08.

Já as concentrações de alumínio, ferro e manganês na água subterrânea se apresentaram acima dos limites estabelecidos na Resolução, devido a presença desses metais no solo.

Como é a água subterrânea na

região?

Sabe-se que as águas subterrâneas do estado do Amazonas ocorrem em grandes quantidades, porém ainda não existem estu-dos suficientes que apontem a sua extensão. Na área de estudo, os principais aquífe-ros utilizados para abastecimento público ou particular são o Aquífero Içá, o Aquífero Alter do Chão, e os aquíferos relacionados às coberturas aluvionares de depósitos re-centes e terraços fluviais.

Dentre esses, o aquífero Alter do Chão representa o principal reservatório da re-gião amazônica, fornecendo água de boa qualidade. O aquífero Alter do Chão ocor-re no Estado do Amazonas, da porção oriental até a margem direita do baixo rio Negro, com uma largura aproximada de 380 km, e nas porções central e ociden-tal recoberto pelas formações geológicas Solimões e Içá.

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3. Diagnóstico Ambiental

Quais são os minerais da região?

O estado do Amazonas possui diversos minerais como ouro, minério de ferro, bauxita, zircônio, caulim, calcário, gás, entre outros pro-dutos minerais. No entanto, esses minerais são pouco explorados, muitas vezes realizadas de forma desordenada e abusiva, com desta-que para as lavras de ouro em garimpos clandestinos e para a extração de areia.

Na área de implantação da UTE Azulão são encontrados minerais impregados em diversos s etores (industrial, energético e da constru-ção civil) com destaque para o alumínio, potássio, areia, argila, laterita e gás natural.

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3. Diagnóstico Ambiental

Como é a vegetação na região?

Foram realizados dois estudos na região de implantação da UTE Azulão, chamados de censo florestal e inventário florestal, com o objetivo de conhecer quais são as espécies da flora predominantes e qual o volume de madeira a ser retirado para se implantar o empreendimento.

Nos 13,60 hectares de terreno estuda-dos, destacam-se as espécies

Ripeiro--vermelho (Eschweilera tessmannii Knuth),

Breu-vermelho (Protium apiculatum Swart.),

Abiurana-abiu (Labatia macrocarpa Mart.),

Matamatá-amarelo (Eschweilera bracteosa

(Poepp. & Endl.) Miers), Abiurana-vermelha (Pouteria platyphylla  (A. C. Sm.) Baehni),

Acariquara-branca (Geissospermum  sp.),

Castanha-vermelha (Cariniana micrantha

Ducke), Abiurana-casca grossa (Pouteria

engleri  Eyma.), Ingá-vermelha (Inga alba

(Sw) Willd.) e Abiurana-casca fina, com 97,56% a 68,29% de presença no total da área estudada.

3.4. Aspectos do Meio Biótico

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Floresta Ombrófila Densa Aluvial

Para as áreas onde serão implantadas as de-mais estruturas da UTE Azulão (linha de surgência, linha de transmissão e duto-emissário de efluen-tes) foram encontradas as espécies Lacre

Ferru-gem, Grão de galo (Cordia nodosa Lam.), Açoita

cavalo, Matamatá amarelo (Eschweilera

bracteo-sa (Poepp. & Endl.) Miers), Caraipé, João Mole,

Tachi pitomba, Mucurão, Cupiuba, e Hortia, com

92,30% a 53,84% de presença no total da área estudada para implantação dessas estruturas.

Além das espécies citadas, foram encontradas na área de estudo indivíduos de Canstanha-do--Brasil e de Seringa-vermelha, além de

exempla-res de Buriti (Mauritia flexuosa L.f ). A

Castanha--do-Brasil pertence à Lista Oficial das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção, apontada pela UICN (União Mundial para a Con-servação da Natureza Internacional) como espé-cie com alto risco de extinção na natureza.

A vegetação na área de implantação da UTE Azulão é chamada de Floresta Ombrófila Densa Terras Baixas Dossel Emergente, ou seja, pos-sui vegetação sempre verde, abundante, com árvores de cerca de 40,0 metros e com alta di-versidade de espécies.

Nas Áreas de Influência do empreendimento também são encontradas áreas de Floresta Om-brófila Densa Aluvial, além de capoeiras.

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3. Diagnóstico Ambiental

Quais são os uso s do so lo na região?

A área de Influência Direta (AID) total pos-sui o equivalente a 18.720 hectares, onde estão presentes os seguintes usos:

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Será necessário suprimir vegetação nativa e interferir em Áreas de Preservação Permanente?

A supressão vegetal consiste no des-matamento legalizado da área de uma pro-priedade respeitando os limites da Reserva Legal e das Áreas de Preservação Perma-nente (APP).

De acordo com a Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012 que institui o Código Flores-tal, áreas de preservação permanente são áreas protegidas, cobertas ou não por ve-getação nativa, com a função ambiental de preservar os rios, a paisagem, a estabilida-de geológica e a biodiversidaestabilida-de, proteger o solo e assegurar o bem estar das popula-ções humanas.

Para a implantação da UTE Azulão será necessária a supressão de 11,43 hectares de vegetação. A área de intervenção em APP corresponde a 0,28 hectares (2,3%) da área total.

Para a instalação do duto-emissário de descartes será necessário a supressão de vegetação de 0,63 ha. A intervenção em APP para duto de descarte corresponde a 0,075 ha da área total de instalação a qual

3. Diagnóstico Ambiental

intercepta 5 (cinco) corpos d’água denominados igarapés, que encontram-se em sua for  -mação natural, havendo pouca ou nenhuma ação antrópica em seu entorno.

Para a instalação da Linha de surgência estima-se que será necessário suprimir cerca de 5,43 ha de vegetação. A intervenção em APP será em cerca de 0,9 ha.

Supressão e intervenção em APP por classe de uso do solo

EMPREENDIMENTO CLASSES INTERVENÇÃO EM APP (ha) SUPRESSÃO FORADA APP (ha) TOTAL

UTE AZULÃO

Capoeira 0,0099 1,6834 1,6934

Floresta Ombrófila

Densa 0,2712 9,4679 9,7392

 Agr icult ura - -

-Pastagem - - -Solo exposto - - 0,6400 Duto de Descarte de Efluente Capoeira 0,0318 0,1242 0,1559 Floresta Ombrófila Densa 0,0437 0,4363 0,4799

 Agr icult ura - -

-Pastagem - - 0,0420 Solo exposto - - -Linha de Surgência Capoeira 0,3234 2,8307 3,1541 Floresta Ombrófila Densa 0,5864 1,6993 2,2857

 Agr icult ura - -

-Pastagem - - 0,036

Solo exposto - -

(50)

Como será feita a compensação ambiental pelas intervenções em APP e supressão de vegetação?

• Plantio de vegetação em áreas degradadas;

• Recolhimento de valor correspondente ao débito de reposição ao Fundo Estadual de Meio Ambiente – FEMA; • Compra de crédito de reposição florestal de pessoa

física ou jurídica credenciada pelo órgão ambiental. Com relação à forma de plantio, de acordo com as informações do IPAAM – Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas, a cada árvore suprimida, deverão ser replantas oito novas árvores.

Em função da supressão vegetal necessária para a implantação da UTE Azulão, estão sendo previstas algumas medidas de compen-sação como a implementação de um Programa de Reposição Florestal, com base na quantidade total de árvores que serão removidas e nas intervenções em área de proteção ambiental.

3.4. Aspectos do Meio Biótico

 A reposição florestal poderá se dar de três formas:

(51)

Quais são o s animais encontr ados na região?

Mamíferos

Os levantamentos realizados na área de estudo da UTE Azulão resultaram em uma lista com 30 espécies nativas de mamíferos de médio e grande porte, com representan-tes de sete das nove ordens com ocorrên-cia esperada para a área.

Os resultados obtidos indicam a boa con-servação do ambiente, com grande diver-sidade com grande diverdiver-sidade. Dentre as espécies registradas, destacam-se algumas ameaçadas de extinção e indicadoras de

qualidade ambiental, como a anta (Tapirus

terrestres) e o queixada (Tayassu pecari).

Destaca-se também a grande quantidade de espécies de primatas da área (sete), como o

sagui-da-mão-dourada (Saguinus midas), o

macaco-de-cheiro (Saimiri sciureus, foto ao

lado), o macaco-aranha ( Ateles paniscus) e

o cuxiú (Chiropotes chiropotes), e a grande

quantidade de espécies da ordem Carnivora

(sete), como a onça-parda (Puma concolor ),

a jaguatirica (Leopardus pardalis), a irara

(Eira barbara) e o jupará (Potos flavus). Macaco-de-cheiro (Saimiri sciureus)

3. Diagnóstico Ambiental

(52)

3.4. Aspectos do Meio Biótico

Irara (Eira Barbara) Veado-mateiro(Mazama americana)

(53)

 Aves

Para as aves, foram registradas 190 espécies, com representantes de 20 ordens diferentes e 45 famílias. Foram encontradas espécies sensíveis e ameaçadas de extinção, que só ocorrem em áreas com vegetação preservada que só ocorrem em áreas de vegetação

pre-servada, como o mutum-poranga (Crax alector ) e o gavião-real (Harpia harpyja), mostrados nas fotos abaixo.

Mutum-poranga (Crax alector ) Gavião-real(Harpia harpyja)

(54)

 Anfíbio s e Répt eis

Já a herpetofauna, ou seja, sapos e répteis, foram encontradas 62 espécies nos levantamentos, sendo 26 espécies de sapos e 36 es-pécies de reptéis (cobras e lagartos). A área de implantação da UTE Azulão chama a atenção pela quantidade de serpentes registradas (16), indicando boa estrutura das espécies indicando boa estrutura das espécies, além de espécies dependentes de áreas de floresta e de rios e riachos preservados.

3.4. Aspectos do Meio Biótico

(55)

Calango(Kentropyx calcarata)

Jacaré-coroa(Paleosuchus palpebrosus)

(56)

3. Diagnóstico Ambiental

Como é a biota aquática da região?

Quais são as plantas aquáticas da região?

A biota aquática da área de estudo é caracterizada pela grande diversidade de espécies, tanto vegetais (macrófitas aquáticas), quanto de peixes (ictiofauna) e de microrganismos aquáticos (macroinvertebrados bentônicos, fitoplâncton e zooplâncton), indicando bom estado de conservação das espécies.

Essa característica de boa conservação está associada à preservação dos cursos d´água, com manutenção da cobertura vegetal e das macrófitas.

Foram encontradas 34 espécies de plantas aquáticas (macrófitas), indicando uma composição diversificada e comum à Bacia Amazônica.

(57)
(58)

3. Diagnóstico Ambiental

Quais são o s peixes da região?

No levantamento de peixes, foram registradas 48 espécies, sendo que várias delas possuem grande importância para a pesca como o

pacú (Mylossoma duriventre), a pirapitinga (Piaractus brachypomus), o pirarucu ( Arapaima gigas) e a matrinxã (Brycon amazonicus).

Abaixo, espécies de pescado registradas em campo:

3.4. Aspectos do Meio Biótico

(59)

Pacú (Mylossoma duriventre) eviscerado para consumo Piranha (Serasalmus rhambeus) eviscerado para consumo

(60)

3. Diagnóstico Ambiental

Quais foram os microor ganismos aquáticos encontrados?

Na região de estudo foi encontrada uma comunidade rica de microorganismos do ambiente aquático. Para os macroinverte-brados bentônicos, que são organismos que vivem no sedimento, os mais abundantes foram os insetos. Para o fitoplâncton, aque-les que possuem capacidade de realizar fo-tossíntese, as classes mais representativas foram as das desmídias e das algas verdes. Já o zooplâncton, comunidade de micro-organismos que não possuem capacidade de fotossíntese, as classes mais abundan-tes foram as dos rotíferos e cladóceros.

(61)

Quais são as Unidades de Conserv ação e Áreas de Interesse para a Conservação?

Unidade de Conservação é o espaço territorial e seus recursos ambientais, com características ambientais importantes, com objetivos de conservação e limites definidos sobre regime especial de administração, onde são aplicadas garantias adequadas de proteção, conforme definido da Lei nº 9.985/00, a lei do SNUC (Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza). Em um raio de 10 quilômetros da implan-tação da UTE Azulão foram realizados os estudos e identificadas duas áreas impor-tantes para conservação. Uma delas está situada a cerca de 8,5 km de distância da UTE, nos municípios de São Sebastião Uatumã e Itapiranga, chamada de RDS do Uatumã. Na mesma região está em fase de projeto a criação de uma unidade de conser-vação no município de Silves, chamada de RDS Saracá Piranga.

(62)

Da mesma forma foram realizados le-vantamentos das áreas de interesse para conservação, definidas pelo Ministério do Meio Ambiente no Decreto nº 5.092 de 21 maio de 2004.

Nas proximidades da UTE Azulão, estão localizadas duas dessas áreas: a de AM 199 (Manaus – Presidente Figueiredo – Itacoa-tiara) e de AM 188 (Várzea do Médio Ama-zonas). As duas possuem prioridade de con-servação extremamente alta.

Corredor ecológico ou corredor de biodi-versidade é o nome dado da uma faixa de vegetação que liga grandes fragmentos flo-restais ou unidades de conservação.

Além das áreas de interesse para con-servação, a UTE Azulão está localizada a cerca de 100 km de distância de um corre-dor ecológico chamado de Correcorre-dor Central da Amazônia, que possui diversas unidades de conversação, tanto de proteção integral quanto de uso sustentável.

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Os municípios de Silves e Itapiranga ficam localizados no estado do Amazo-nas, na região norte do Brasil, segundo a classificação do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os dois mu-nicípios também ficam inseridos dentro da Amazônia Legal, que é uma área ca-racterizada pela presença da vegetação amazônica, definida pela Lei nº 1.806, de 06 de janeiro de 1953, com o objetivo de planejar melhor o desenvolvimento eco-nômico e social da área.

3.5. Aspectos do Meio Antrópico

Qual o Contexto Regional dos

municípios de Silves e Itapiranga?

Inicialmente, a região era ocupada por povos indígenas, principalmente os guanavenas. Depois, em 1660, chegaram os colonizadores portugueses, mais precisamente pela mis-são Saracá, formada por Frei Raimundo da Ordem das Mercês.

Em 1759 a aldeia, então chamada de aldeira de Saracá, elevou-se a categoria de vila, pas-sando a se chamar Silves. Nesse período, assim como nos anteriores, o território de Itapiranga estava unificado ao de Silves.

Em 1938 a estrutura administrativa do município foi definida a partir de dois distritos: Silves e Itapiranga, mantendo-se nessa condição até 1956, ano em que foram separados pela Lei Estadual nº 23, passando a ser dois municípios diferentes.

Qual o histórico de Ocupação do Território onde será implantada a

UTE Azulão?

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(65)

Considerando o período entre 1970 e 2010 a população do município de Silves duplicou e de Itapiranga triplicou. No período de 1970 e 1980, foram registrados os maiores crescimentos nos dois municípios, sendo 46% em Silves e 112% em Itapiranga. Atualmente o município de Silves pos-sui 8.444 habitantes e Itapiranga 8.211 habitantes. Nos dois municípios a maioria das pessoas tem idade entre 0 a 19 anos, o que representa 50% da população total. A população mais jovem busca os municípios de Itacoatiara e Manaus para buscar oportunidades de trabalho e estudo. A população economicamente ativa, ou seja, que possuem en-tre 15 e 64 anos, é superior aos inativos (idosos e crianças pequenas). Em Silves o porcentual é de 56% e em Itapiranga é de 59%.

Cerca de 80% dos entrevistados para elabora-ção do EIA-RIMA residem há mais de 10 anos no lugar, e mais de 30% são de outras localidades, tanto no próprio estado (Urucará, Itacoatiara, Urucurituba, Novo Aripuanã, Borba e Parintins), outros estados da região norte (Acre, Pará) e em menor número, da região nordeste (Ceará e Ma-ranhão). A renda nos municípios origina-se prin-cipalmente no setor secundário, com destaque para a participação da administração direta, e no setor agropecuário.

Quais são as características da População?

Em Silves, a população rural é superior à urbana, sendo que em Itapiranga a situação é inversa.

3. Diagnóstico Ambiental

(66)

De modo geral, a economia nos municípios é baseada nas ati-vidades comerciais, que representam 50% da riqueza dos municí-pios, seguida pela agropecuária, atividade não menos importante. Dentre as atividades comerciais, destaca-se o turismo, im-pulsionado pelas riquezas naturais, pesca esportiva, festivida-des e pelo festivida-desenvolvimento de novos negócios na região.

A dinâmica de uso e ocupação do solo nos municípios que compõe a AII deve ser entendida, principalmente, pela preva-lência de vegetação nativa, que ocupa 96% do território de Ita-piranga e 83% de Silves.

Além disso, é necessário destacar a expressiva porção

ter-ritorial ocupada pelos corpos d’água principalmente em Silves,

com área total de 555km², que, por isso, exerce influência mui-to relevante na dinâmica socioeconômica local.

Finalmente, registra-se a certidão de uso e ocupação do solo emitida pela Prefeitura Municipal de Silves, atestando condição de conformidade legal em relação à localização do projeto no território municipal.

Dinâmica Territorial – Uso e Ocupação do Sol o

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(IBGE, 2010)

Riqueza do Município po r setores 2010 – Itapiranga

(IBGE, 2010)

Referências

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