• Nenhum resultado encontrado

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL CÂMARA DE VEREADORES INDEPENDÊNCIA/RS

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL CÂMARA DE VEREADORES INDEPENDÊNCIA/RS"

Copied!
74
0
0

Texto

(1)

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

CÂMARA DE VEREADORES

INDEPENDÊNCIA/RS

1 5-9 IN DEPENDÊNCIA 5 196

MESA DIRETORA DA CÂMARA DE VEREADORES

1989

PRESIDENTE: Ernani Luiz Pavlak Tiecher VICE-PRESIDENTE: Jorge Luiz Baú

SECRETÁRIO: Valci Prestes Zimmermann

1990

PRESIDENTE: Ottmar Froeder

VICE-PRESIDENTE: Antônio Avelino Ferreira SECRETÁRIO: Gilberto Marasca

(2)

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

CÂMARA DE VEREADORES

INDEPENDÊNCIA/RS

2 5-9 IN DEPENDÊNCIA 5 196

COMISSÃO ESPECIAL PARA ELABORAÇÃO DO

REGIMENTO INTERNO DA LEI ORGÂNICA

PRESIDENTE: Valci Prestes Zimmermann

VICE-PRESIDENTE: Antônio Avelino Ferreira SECRETÁRIO: Ottmar Froeder

RELATOR: Gilberto Marasca RELATOR ADJUNTO: Jaime Renato Redel

(3)

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

CÂMARA DE VEREADORES

INDEPENDÊNCIA/RS

3 5-9 IN DEPENDÊNCIA 5 196 COMISSÕES TEMÁTICAS

COMISSÃO DE ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO E DOS PODERES

PRESIDENTE: Gentil S. Chrischum

RELATOR: Ernani Luiz P. Tiecher RELATOR ADJUNTO: Diomar Auzani

COMISSÃO DE ORDEM ECONÔMICA

PRESIDENTE: Jaime Renato Redel

RELATOR: Gilberto Marasca

RELATOR ADJUNTO: Ottmar Froeder

COMISSÃO DE ORDEM SOCIAL

PRESIDENTE: Jorge Luiz Baú (Roque L. Tratsch) RELATOR: Antônio Avelino Ferreira

RELATOR ADJUNTO: Valci Prestes Zimmermann

RELATORIA

PRESIDENTE: Gilberto Marasca RELATOR GERAL: Ernani Luiz P. Tiecher

(4)

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

CÂMARA DE VEREADORES

INDEPENDÊNCIA/RS

4 5-9 IN DEPENDÊNCIA 5 196

MESA DIRETORA DA CONSTITUINTE MUNICIPAL

PRESIDENTE: Ernani Luiz P. Tiecher VICE-PRESIDENTE: Jorge Luiz Baú SECRETÁRIO: Valci Prestes Zimmermann

MESA DIRETORA DA CÂMARA DE VEREADORES

PRESIDENTE: Ottmar Froeder

VICE-PRESIDENTE: Antônio Avelino Ferreira

SECRETÁRIO: Gilberto Marasca

COMPOSIÇÃO DA CÂMARA E VEREADORES

UDT PFL

Ottmar Froeder Jaime Renato Redel Ernani Luiz P. Tiecher Antônio Avelino Ferreira Gilberto Marasca Diomar Auzani Jorge Luiz Baú Gentil S. Chrischum Valci Prestes Zimmermann

(5)

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

CÂMARA DE VEREADORES

INDEPENDÊNCIA/RS

5 5-9 IN DEPENDÊNCIA 5 196 P R E Â M B U L O

Nós, representantes do povo Independencense, em assembléia, no uso das prerrogativas conferidas pela Constituição Federal, afirmando a autonomia política administrativa de que é investido o Município, como integrante da Federação Brasileira, invocando a proteção de Deus, promulgamos a seguinte

(6)

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

CÂMARA DE VEREADORES

INDEPENDÊNCIA/RS

6 5-9 IN DEPENDÊNCIA 5 196

Lei Orgânica Municipal

Independência/RS

1990

Revisada pela

Emenda n° 6/2008

(7)

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

CÂMARA DE VEREADORES

INDEPENDÊNCIA/RS

7 5-9 IN DEPENDÊNCIA 5 196 TÍTULO I DA ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º O Município de Independência, parte integrante da República Federativa do Brasil e do Estado do Rio Grande do Sul, organizar-se-á, autonomamente, em tudo que respeite ao interesse local, regendo-se por esta Lei Orgânica e demais leis que adotar, respeitados os princípios estabelecidos na Constituição Federal e na do Estado Rio Grande do Sul.

Art. 2º São Poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo e o Executivo.

§ 1º É vedada a delegação de atribuições entre poderes;

§ 2º O cidadão investido na função de um deles não poderá exercer a de outro, salvo nos casos de haver compatibilidade expressa em lei. (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

Art. 3º É mantido o atual território do Município, cujas limitações só poderão ser alteradas nos termos da Legislação Estadual.

Art. 4º Os símbolos do Município são: a Bandeira, o Brasão, e outros que vierem a ser estabelecidos em lei.

Parágrafo Único: O dia 5 de setembro é a data magna do Município. (NR dada pela emenda LOM nº 2/96 e ratificada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

Art. 5º É vedada a vinculação de nomes de detentores de cargos eletivos, bem como de pessoas ligadas direta ou indiretamente à administração, em obras e programas do Poder Público Municipal.

Art. 6º A autonomia do Município se expressa:

I - pela eleição direta dos Vereadores, Prefeito e Vice-prefeito; II - pela administração própria no que respeite ao interesse local; III - pela adoção de legislação própria.

(8)

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

CÂMARA DE VEREADORES

INDEPENDÊNCIA/RS

8 5-9 IN DEPENDÊNCIA 5 196 CAPÍTULO II DA COMPETÊNCIA

Art. 7º A competência legislativa e administrativa do Município, estabelecidos nas Constituições Federal e Estadual, será exercida na forma disciplinada nas leis e regulamentos municipais.

Art. 8º A prestação de serviços públicos se dará pela administração direta, indireta, por delegações e consórcios.

Art. 9º Os tributos municipais assegurados na Constituição Federal serão instituídos por Lei Municipal.

CAPÍTULO III DO PODER LEGISLATIVO

SEÇÃO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 10. O Poder Legislativo do Município será exercido pela Câmara de Vereadores, composta por nove vereadores. (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

§ lº a função legislativa consiste em deliberar por meio de emendas à Lei Orgânica Municipal, leis, decretos legislativos e resoluções sobre todas as matérias de competência do Município. (§ incluído pela emenda à LOM n° 1/2008, de 09.07.2008).

§ 2º a função administrativa diz dos atos necessários a sua organização interna, à regulamentação de seu funcionamento, direção, expediente, servidores e serviços auxiliares. (§ incluído pela emenda à LOM n° 1/2008, de 09.07.2008).

§ 3º a função de fiscalização, compreendendo a contábil, financeira, orçamentária e patrimonial do Município e das entidades da Administração direta e indireta será exercida com o auxílio do sistema de Controle Interno e do Tribunal de Contas do Estado, compreendendo: (§ incluído pela emenda à LOM n° 1/2008, de 09.07.2008).

I - apreciação das contas do exercício financeiro apresentadas pelo Prefeito e pela Mesa Diretora da Câmara;(inciso incluído pela emenda à LOM n° 1/2008, de 09.07.2008).

II – acompanhamento das atividades financeiras do Município; (inciso incluído pela emenda à LOM n° 1/2008, de 09.07.2008).

III – julgamento da regularidade das contas dos administradores e demais responsáveis por bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e

(9)

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

CÂMARA DE VEREADORES

INDEPENDÊNCIA/RS

9 5-9 IN DEPENDÊNCIA 5 196

sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público. (inciso incluído pela emenda à LOM n° 1/2008, de 09.07.2008).

§ 4° a função julgadora é exercida por meio do julgamento do Prefeito, Vice-prefeito e dos Vereadores, obedecidos os trâmites legais, por infração político administrativa e falta de ética parlamentar, nos termos da legislação vigente e Regimento Interno. (§ incluído pela emenda à LOM n° 1/2008, de 09.07.2008).

Art. 11. A Legislatura compreenderá quatro períodos legislativos, com início em 1º de fevereiro e término em 31 de dezembro de cada ano, ressalvada a de inauguração da Legislatura que inicia em 1º de janeiro. (NR dada pela emenda LOM nº 1/2008 de 09.07.2008).

§ 1º Será considerado recesso Legislativo o mês de janeiro de cada ano. (NR dada pela emenda LOM nº 1/2008 de 09.07.2008).

§ 2º A reunião de abertura do período legislativo, no dia 1º de fevereiro, será transferida para o primeiro dia útil subseqüente quando recair em sábados, domingos e feriados; (NR dada pela emenda LOM nº 1/2008 de 09.07.2008).

§ 3º Durante o período legislativo ordinário, a Câmara realizará, no mínimo, duas sessões por mês. (Parágrafo incluído pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

§ 4º As reuniões ordinárias definidas no caput deste artigo serão transferidas para o primeiro dia útil subseqüente quando recaírem em feriados. (Parágrafo incluído pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

Art. 12. No primeiro ano de cada legislatura, cuja duração coincidirá com o mandato dos Vereadores, a Câmara de Vereadores reunir-se-á no dia 1º de janeiro para dar posse aos Vereadores, Prefeito e Vice-prefeito, bem como para eleger sua Mesa, a Comissão Representativa e as Comissões Permanentes, sem gozo de recesso legislativo.

Art. 13. A Mesa Diretora da Câmara de Vereadores será composta dos cargos de Presidente, Vice-presidente, Primeiro-secretário e Segundo-secretário, que serão eleitos dentre os vereadores titulares, em chapa completa de todos os cargos, para um mandato de um ano, admitida uma reeleição sucessiva de seus membros de forma integral ou parcial. (NR dada pela emenda LOM nº 1/2008 de 09.07.2008).

§ 1º No primeiro período legislativo, a eleição da Mesa e a da Comissão Representativa será processada no ato de instalação.

§ 2º A eleição para renovação da Mesa Diretora será realizada na última sessão ordinária do ano empossando-se os eleitos no mesmo dia. (NR dada pela emenda LOM nº 1/2008 de 09.07.2008).

§ 3º Na composição da Mesa Diretora é assegurada, tanto quanto possível, a participação proporcional dos partidos com representação na Câmara de Vereadores. (NR dada pela emenda LOM nº 1/2008 de 09.07.2008).

(10)

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

CÂMARA DE VEREADORES

INDEPENDÊNCIA/RS

10 5-9 IN DEPENDÊNCIA 5 196

Art. 14. A convocação da Câmara de Vereadores para a realização de sessões extraordinárias caberá ao Presidente, à maioria absoluta de seus membros, à Comissão Representativa e ao Prefeito.

§ 1º O Prefeito Municipal e a Comissão Representativa poderão convocar a Câmara de Vereadores para reuniões extraordinárias no período de recesso.

§ 2º No período de funcionamento da Câmara é facultado ao Prefeito solicitar ao Presidente do Legislativo a convocação dos Vereadores para sessões extraordinárias em caso de relevante interesse público.

§ 3º Nas sessões legislativas extraordinárias, a Câmara somente poderá deliberar sobre a matéria objeto das convocações.

§ 4º Para as reuniões e Sessões Extraordinárias, a convocação dos Vereadores deverá ser pessoal e expressa, com antecedência mínima de 24 horas. (NR dada pela emenda LOM nº 1/2008 de 09.07.2008).

Art. 15. Salvo disposição legal em contrário, o quorum para as deliberações da Câmara de Vereadores é o da maioria simples, presente, no mínimo, a maioria absoluta dos vereadores.

Art. 16. Dependerá do voto da maioria absoluta dos Vereadores, a deliberação sobre as seguintes matérias:

I - a criação, alteração e extinção de cargos e funções da Câmara de Vereadores, bem como a fixação dos vencimentos e vantagens dos servidores da Câmara;

II - a autorização de créditos especiais a que alude o artigo 109, inciso III, desta Lei Orgânica;

III - aprovação de pedidos de informação;

IV - reapresentação de projeto de lei rejeitado, na forma do artigo 49 desta lei Orgânica; V - rejeição de veto a projeto de lei aprovado pela maioria simples;

VI – aprovação de lei autorização para admissão de servidores a prazo determinado para atender necessidades temporárias de excepcional interesse público. (Inciso incluído pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

Art. 17. Dependerão do voto favorável de dois terços dos vereadores, as deliberações sobre as seguintes matérias:

I - apresentação de emenda à Lei Orgânica;

II - rejeição de veto a projeto de lei aprovado pela maioria absoluta dos vereadores; III - rejeição ao parecer prévio do Tribunal de Contas sobre as contas do Prefeito;

IV - julgamento do Prefeito, Vice-prefeito e Vereadores, com vistas à cassação do mandato;

(11)

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

CÂMARA DE VEREADORES

INDEPENDÊNCIA/RS

11 5-9 IN DEPENDÊNCIA 5 196

VI - desafetação e autorização de vendas de bens imóveis do Município, obedecidas as normas dos processos de licitação. (NR dada pela emenda LOM nº 1/2008 de 09.07.2008).

VII – Revogado pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003.

Art. 18. O Presidente da Câmara de Vereadores votará unicamente, quando houver empate ou quando a matéria exigir quorum qualificado de maioria absoluta ou de dois terços.

Art. 19. As sessões da Câmara serão públicas e o voto será aberto, salvo nos casos de votação secreta previstos nesta Lei Orgânica e Regimento Interno. (NR dada pela emenda LOM nº 1/2008 de 09.07.2008).

Art. 20. As contas do Município, referentes à gestão financeira de cada exercício, serão encaminhadas, simultaneamente à Câmara de Vereadores e ao Tribunal de Contas do Estado até o dia 31 de março do ano seguinte.

Parágrafo Único. As contas do Município, ficarão à disposição de qualquer contribuinte, a partir da data da remessa das mesmas ao tribunal de Contas do Estado, pelo prazo de sessenta dias, para exame e apreciação, podendo ser questionada a legitimidade de qualquer despesa. (NR dada pela emenda a LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

Art. 21. A Câmara de Vereadores ou suas Comissões a requerimento da maioria de seus membros poderá convocar secretários municipais, titulares de autarquias ou das instituições autônomas de que o Município participe, para comparecerem perante esta, a fim de prestarem informações sobre assunto previamente designado e constante de convocação. (NR dada pela emenda a LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

§ 1º Três dias úteis antes do comparecimento, a autoridade convocada deverá enviar à Câmara, exposição acerca das informações solicitadas. (NR dada pela emenda a LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

§ 2º Independente de convocação, as autoridades referidas no presente artigo, se o desejarem, poderão prestar esclarecimentos à Câmara de Vereadores ou à Comissão Representativa, solicitando que lhes seja designado dia e hora para a audiência requerida.

Art. 22. A Câmara de Vereadores poderá criar comissão parlamentar de inquérito sobre fato determinado, nos termos do Regimento Interno, a requerimento de no mínimo, um terço de seus membros.

SEÇÃO II DOS VEREADORES

Art. 23. Os direitos, deveres e incompatibilidades dos vereadores estão fixadas nas Constituições Federal e Estadual, nesta Lei Orgânica e no Regimento Interno da Câmara de Vereadores e no Código de Ética. (NR dada pela emenda LOM nº 1/2008 de 09.07.2008).

(12)

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

CÂMARA DE VEREADORES

INDEPENDÊNCIA/RS

12 5-9 IN DEPENDÊNCIA 5 196

Art. 24. Os Vereadores, no exercício de sua competência, têm livre acesso aos órgãos da administração direta e indireta do Município, mesmo sem prévio aviso.

Art. 25. Extingue-se o mandato do Vereador e assim será declarado pelo Presidente da Câmara, nos casos de:

I - renúncia escrita; II - falecimento;

§ 1º Comprovando o ato ou fato extintivo, o Presidente da Câmara imediatamente, convocará o suplente respectivo e, na primeira sessão seguinte, comunicará a extinção ao Plenário, fazendo constar na ata.

§ 2º Se o Presidente da Câmara omitir-se de tomar as providências do parágrafo anterior, o suplente de Vereador a ser convocado poderá requerer a sua posse, ficando o Presidente da Câmara responsável pessoalmente, pela remuneração do suplente, pelo tempo que mediar entre a extinção e a efetiva posse.

Art. 26. Perderá o mandato o Vereador que:

I - incidir das vedações previstas nas Constituições Federal e Estadual, nesta Lei Orgânica e no Regimento Interno;

II - utilizar-se do mandato para a prática de atos de corrupção, de improbidade administrativa ou atentatórios às instituições;

III - proceder de modo incompatível com a dignidade da Câmara ou faltar com decoro na sua conduta pública;

IV - faltar três sessões ordinárias e/ou extraordinárias consecutivas ou cinco intercaladas em cada período legislativo, salvo motivo justificado e aceito pela Câmara.

Art. 27. A Câmara poderá cassar o mandato do Vereador que fixar residência fora do município.

Art. 28. O processo de cassação do mandato do Vereador é, no que couber, o estabelecido nesta lei para a cassação do Prefeito e Vice-prefeito, assegurada ampla defesa do acusado. (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

Art. 29. Os Vereadores perceberão a título de subsídio o valor de até dez por cento do subsídio do Deputado Estadual, devendo o subsídio ser fixado em legislatura anterior. (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

I – Revogado pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003.

Parágrafo Único. Revogado pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003.

Art. 30. O Presidente da Câmara de Vereadores fará jus à verba de representação, fixada juntamente com a remuneração dos Vereadores, na proporção de trinta por cento do subsídio dos vereadores. (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

(13)

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

CÂMARA DE VEREADORES

INDEPENDÊNCIA/RS

13 5-9 IN DEPENDÊNCIA 5 196

Art. 31. Sempre que o vereador por deliberação da Mesa ou Comissão Representativa, for incumbido de representar a Câmara de Vereadores fora do território do Município, fará jus a diária fixada.

Art. 32. Ao servidor público, salvo admissível ad natum, eleito Vereador, aplica-se o disposto no artigo 38 da Constituição Federal.

SEÇÃO III

DAS ATRIBUIÇÕES DA CÂMARA DE VEREADORES

Art. 33. Compete à Câmara de Vereadores, com a sanção do Prefeito, entre outras providências:

I - legislar sobre todas as matérias atribuídas ao Município pelas Constituições Federal e Estadual e por esta Lei Orgânica, especialmente sobre:

a) tributos de competência municipal; b) aberturas de créditos adicionais;

c) criação, alteração e extinção de cargos, funções e empregos do Município; d) criação de conselhos de cooperação administrativa municipal;

e) fixação e alteração dos vencimentos e outras vantagens pecuniárias dos servidores municipais;

f) alienação e aquisição de bens imóveis;

g) concessão e permissão dos serviços municipais; h) concessão e reajustes nas tarifas de táxi e ônibus; i) concessão e permissão de uso de bens municipais;

j) divisão territorial do Município, observada a legislação estadual; k) criação, alteração e extinção dos órgãos públicos do Município;

l) contratação de empréstimos e operações de crédito, bem como a forma e os meios de pagamento;

m) transferência, temporária ou definitiva, da sede do município quando o interesse público o exigir;

n) anistia de tributos, cancelamento, suspensão de cobrança, revelação do ônus sobre a dívida ativa do Município;

o) código de obras, edificações e posturas;

p) serviço funerário e cemitérios, a administração dos públicos e a fiscalização dos particulares;

q) comércio ambulante;

r) organização dos serviços administrativos locais;

(14)

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

CÂMARA DE VEREADORES

INDEPENDÊNCIA/RS

14 5-9 IN DEPENDÊNCIA 5 196

1. caça, pesca, conservação da natureza, preservação de florestas, da fauna e da flora, defesa do solo e dos recursos naturais.

2. educação, cultura, ensino e desporto;

3. proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência; 4. proteção à infância e à juventude;

5. proteção do meio ambiente e controle da poluição;

6. proteção do patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;

7. responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.

II - apreciar e deliberar, entre outras matérias: a) o plano plurianual de investimentos; b) o projeto de diretrizes orçamentárias;

c) os projetos dos orçamentos anuais; d) o plano de auxílios e subvenções anuais; e) os pedidos de informações.

Art. 34. É da competência exclusiva da Câmara de Vereadores, além de outras atribuições previstas nesta Lei Orgânica:

I - eleger sua Mesa, suas comissões, elaborar seu Regimento Interno e dispor sobre a organização política administrativa da Câmara; (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

II - através de resolução, criar, alterar e extinguir os cargos e funções de seu quadro de servidores, dispor sobre o provimento dos mesmos, bem como fixar e alterar seus vencimentos e vantagens;

III - emendar a Lei Orgânica ou reformá-la;

IV - representar, para efeito de intervenção no Município;

V - exercer a fiscalização sobre o desempenho das secretarias municipais;

VI - exercer a fiscalização da administração financeira e orçamentária do município na forma prevista em lei;

VII - fixar o subsídio de seus membros, do Prefeito, Vice-prefeito e dos secretários municipais; (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

VIII – autorizar o Prefeito a ausentar-se do Município por mais de quinze dias, independente de lugar; (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

IX - convocar os secretários, titulares de autarquias e das instituições autônomas de que participe o Município, para prestação de informações;

X - mudar, temporariamente ou definitivamente, a sede do Município e da Câmara; XI - solicitar informações, por escrito, às repartições estaduais sediadas no Município, ao Tribunal de Contas do Estado nos limites traçados no artigo 71, inciso VII da Constituição Federal, e ao Prefeito Municipal sobre projetos de lei em tramitação na Câmara de Vereadores e sobre atos, contratos, convênios e consórcios, no que respeite à receita de despesa pública;

(15)

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

CÂMARA DE VEREADORES

INDEPENDÊNCIA/RS

15 5-9 IN DEPENDÊNCIA 5 196

XII - dar posse ao Prefeito e Vice-prefeito, cassar os seus mandatos bem como o dos Vereadores, nos casos previstos nesta Lei Orgânica;

XIII - conceder a licença ao Prefeito, Vice-prefeito para afastarem-se dos cargos; XIV - criar comissão parlamentar de inquérito sobre fato determinado;

XV - propor ao Prefeito a execução de qualquer obra ou medida que interesse à coletividade ou ao serviço público;

XVI - conhecer a renúncia do Prefeito, Vice-prefeito e dos Vereadores;

XVII - apreciar contrato de concessão administrativa ou de direito real de uso de bens municipais;

XVIII - outorgar títulos e honrarias nos termos da lei;

XIX - fixar o número de seus Vereadores nos termos da Constituição Federal. (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

§ 1º Revogado pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003.

§ 2º A solicitação de informações ao Prefeito deverá ser encaminhada pelo Presidente da Câmara após a composição do pedido pela maioria absoluta dos seus membros.

SEÇÃO IV

DA COMISSÃO REPRESENTATIVA

Art. 35. No período de recesso da Câmara de Vereadores funcionará uma Comissão Representativa, com as seguintes atribuições:

I - zelar pelas prerrogativas do Poder Legislativo;

II - zelar pela observância das Constituições, desta Lei Orgânica e demais leis;

III - autorizar o Prefeito e Vice-Prefeito nos casos exigidos a se ausentarem do Município;

IV - convocar extraordinariamente a Câmara de Vereadores;

V - tomar medidas urgentes de competência da Câmara de Vereadores.

Parágrafo Único. As normas relativas ao desempenho das atribuições da Comissão Representativa serão estabelecidas no regimento Interno da Câmara.

Art. 36. A Comissão representativa, constituída por três vereadores, será composta pelo Presidente da Mesa e mais dois membros eleitos, com os respectivos suplentes.

§ 1º A Presidência da Comissão Representativa caberá ao Presidente da Câmara, cuja substituição se fará na forma prevista no Regimento Interno.

§ 2º Na composição da Comissão Representativa será observada tanto quanto possível a proporcionalidade da representação partidária existente na Câmara.

Art. 37. A Comissão Representativa deverá apresentar relatório dos trabalhos por ela realizados, quando do reinício do período de funcionamento ordinário da Câmara.

(16)

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

CÂMARA DE VEREADORES

INDEPENDÊNCIA/RS

16 5-9 IN DEPENDÊNCIA 5 196 SEÇÃO V

DAS LEIS DO PROCESSO LEGISLATIVO Art. 38. O Processo Legislativo compreende a elaboração de: I - emendas à Lei Orgânica;

II - leis complementares III - leis ordinárias; IV - decretos legislativos; V - resoluções.

Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre elaboração, alteração, redação e consolidação das leis. (Incluído pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

Art. 39. Ainda serão objetos de deliberação da Câmara Municipal de Vereadores, na forma do Regimento Interno:

I - autorizações; II - indicações; III - requerimentos;

IV - pedidos de informação;

V - pedidos de providências e moções.

Art. 40. A Lei Orgânica poderá ser emendada mediante proposta:

I – de um terço dos vereadores; (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003). II - do Prefeito;

III – revogado pela emenda LOM nº 5 de 4.11.2003. § 1º revogado pela emenda LOM nº 5 de 4.11.2003. § 2º revogado pela emenda LOM nº 5 de 4.11.2003.

Art. 41. Em qualquer dos casos do artigo anterior, a proposta será discutida e votada em dois turnos, com interstício mínimo de vinte dias, dentro do prazo de sessenta dias a contar de sua apresentação ou recebimento, e ter-se-á como aprovada quando obtiver, em ambos os turnos, votos favoráveis de, no mínimo dois terços dos membros da Câmara de Vereadores. (NR dada pela emenda a LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

Art. 42. A emenda à Lei Orgânica será promulgada e publicada pela Mesa da Câmara de Vereadores, com o respectivo número de ordem.

Art. 43. A iniciativa das leis municipais, salvo os casos de competência exclusiva disciplinada nesta Lei Orgânica, caberá ao Vereador, ao Prefeito e aos eleitores, neste caso, em forma de moção articulada e fundamentada, no mínimo por cinco por cento do eleitorado do município. (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

(17)

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

CÂMARA DE VEREADORES

INDEPENDÊNCIA/RS

17 5-9 IN DEPENDÊNCIA 5 196

Art. 44. São de iniciativa privativa do Prefeito, os projetos de lei e emendas à Lei Orgânica que disponham sobre:

I - criação, alteração e extinção de cargo, função ou emprego do Poder Executivo, fundações e autarquias do Município;

II - criação de novas vantagens, de qualquer espécie, aos servidores públicos do Município;

III - organização administrativa dos serviços do Município;

IV – disciplina e ordenamento tributário; (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

V - Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e orçamento anual; (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

VI - servidor público municipal e seu regime jurídico;

Art. 45. Nos projetos de lei de iniciativa privativa do Prefeito, não será admitida emenda que aumente a despesa prevista, ressalvado o disposto no artigo 166, §§ 3º e 4º da Constituição Federal.

Art. 46. No início ou em qualquer fase de tramitação do projeto de lei de iniciativa exclusiva do Prefeito, este poderá solicitar à Câmara de Vereadores que o aprecie no prazo de até 45 dias a contar do pedido que deverá ser devidamente motivado. (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

§ 1º Se a Câmara de Vereadores não se manifestar sobre o projeto, no prazo estabelecido no caput deste artigo, será esse incluído na ordem do dia das sessões subseqüentes, sobrestando-se a deliberação quanto aos demais assuntos até que sobrestando-se ultime a votação.

§ 2º O prazo deste artigo não correrá no período de recesso da Câmara de Vereadores. Art. 47. A requerimento do Vereador, os projetos de lei em tramitação na Câmara, decorridos 45 dias de seu recebimento, serão incluídos na Ordem do Dia, mesmo sem parecer.

Art. 48. Os autores do projeto de lei em tramitação na Câmara de Vereadores, inclusive o Prefeito, poderão requerer a sua retirada antes de iniciada a votação.

Art. 49. A matéria constante de projeto de lei rejeitado ou não promulgado, assim como a emenda à Lei Orgânica, rejeitada ou havida por prejudicada, poderá constituir objeto de novo projeto, no mesmo período legislativo, mediante proposta da maioria absoluta da Câmara de Vereadores.

Parágrafo Único. Exceto os projetos de lei de iniciativa privativa do Prefeito Municipal. Art. 50. A Câmara de Vereadores após, concluída a votação, enviará o Projeto de lei ao Prefeito, que, aquiescendo, os sancionará. (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

(18)

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

CÂMARA DE VEREADORES

INDEPENDÊNCIA/RS

18 5-9 IN DEPENDÊNCIA 5 196

§ 1º Se o Prefeito considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, veta-lo-á, total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de 48 horas ao Presidente da Câmara Municipal, os motivos do veto. (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

§ 2º O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou alínea. (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

§ 3º Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Prefeito importará sanção. (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

§ 4º O veto será apreciado dentro de trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos vereadores, em escrutínio secreto. (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

§ 5º Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao prefeito. (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

§ 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4°, o veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final. (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

§ 7º Se a lei não for promulgada dentro de 48 horas pelo Prefeito Municipal, nos casos dos §§ 3° e 5°, o Presidente da Câmara Municipal de Vereadores a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-presidente da Câmara Municipal fazê-lo. (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

§ 8º Revogado pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003.

Art. 51. Nos casos do artigo 38, incisos IV e V desta lei Orgânica, com a votação da redação final, considerar-se-á encerrada a elaboração do decreto Legislativo e da Resolução, cabendo ao Presidente da Câmara de Vereadores a promulgação e publicação.

SUB-SEÇÃO

DA INICIATIVA POPULAR

Art. 52. A iniciativa popular no processo legislativo será exercida mediante apresentação de:

I - projeto de lei;

II – Revogado pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003;

III – emenda ao projeto de lei orçamentária, de lei de diretrizes orçamentárias e de lei do Plano Plurianual, mediante apresentação com no mínimo de cinco por cento de assinaturas de eleitores do Município. (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

§ 2º Revogado pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003; § 3º Revogado pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003.

(19)

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

CÂMARA DE VEREADORES

INDEPENDÊNCIA/RS

19 5-9 IN DEPENDÊNCIA 5 196

Art. 53. A Câmara de Vereadores, no âmbito de sua competência poderá promover consultas referendadas e plebiscitadas sobre atos, autorizações ou concessões do Poder Executivo e sobre matéria legislativa sancionada ou vetada.

Parágrafo único. As consultas referendarias ou plebiscitárias serão formuladas em termos de aprovação ou rejeição dos atos, autorizações ou concessões do Poder Executivo, bem como do teor da matéria legislativa.

CAPÍTULO IV DO PODER EXECUTIVO

SEÇÃO I

DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO

Art. 54. O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito auxiliado pelos secretários, assessores, coordenadores e diretores departamentais.

Art. 55. O Prefeito e o Vice-prefeito serão eleitos para mandato de quatro anos, no primeiro domingo de outubro do ano do término do mandato, mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o país, com possibilidade de uma única reeleição para o prefeito. (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

Art. 56. O Prefeito e o Vice-prefeito tomarão posse na Sessão Solene de instalação da Câmara, no dia primeiro de janeiro do ano subseqüente à eleição, às dez horas, no recinto da Câmara de Vereadores após a posse dos Vereadores, e prestarão o compromisso de manter, defender e cumprir as Constituições, as Leis e administrar o Município, visando o bem geral dos munícipes, com prestação do seguinte compromisso: “Prometo, com lealdade, dignidade e probidade, desempenhar a função para qual fui eleito, defendendo as instituições democráticas, respeitar a Constituição Federal, a Constituição Estadual, a Lei Orgânica Municipal e promover o bem estar da comunidade local”. (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

Parágrafo Único. Se o Prefeito e o Vice-prefeito não tomarem posse no prazo de dez dias contados da data fixada, o cargo será declarado vago pela Câmara de Vereadores, salvo motivo justo e comprovado.

Art. 57. O Vice-Prefeito substituirá o Prefeito quando o mesmo estiver licenciado ou no gozo de férias regulamentares e suceder-lhe-á no caso de vaga.

§ 1º Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-prefeito, ou vacância dos respectivos cargos, assume a Chefia do Executivo Municipal o Presidente da Câmara Municipal de Vereadores. (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

(20)

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

CÂMARA DE VEREADORES

INDEPENDÊNCIA/RS

20 5-9 IN DEPENDÊNCIA 5 196

Art. 58. Vagando os cargos de Prefeito e Vice-prefeito realizar-se-á eleição para os cargos vagos no prazo de noventa dias após a ocorrência da última vaga, sendo que os eleitos completarão o mandato dos sucedidos. (NR dada pela emenda nº 5/2003 de 4.11.2003).

Parágrafo Único. ¾ do mandato do Prefeito, o Presidente da Câmara assumirá o cargo por todo o período restante. (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

SEÇÃO II

DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO

Art. 59. Compete privativamente ao Prefeito: I - representar o Município em juízo e fora dele;

II - nomear e exonerar os titulares dos cargos e funções do executivo, bem como, na forma da lei, nomear os diretores das autarquias e dirigentes das instituições das quais o Município participe;

III - iniciar o processo legislativo na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica; IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir regulamentos para a fiel execução das mesmas;

V - vetar projetos de lei ou emendas aprovadas;

VI - dispor sobre a organização e o funcionamento da administração municipal, na forma da lei;

VII - promover as desapropriações necessárias à administração na forma da Lei; VIII - expedir todos os atos próprios da atividade administrativa;

IX - celebrar contratos de obras e serviços, observada a legislação própria, inclusive licitação, quando for o caso;

X - planejar e promover a execução dos serviços municipais;

XI - prover os cargos, funções e empregos públicos e promover a execução de serviços municipais;

XII - encaminhar a Câmara de Vereadores, nos prazos previstos nesta lei, os projetos de lei de sua iniciativa exclusiva;

XIII – enviar para a Câmara Municipal e para o Tribunal de Contas do Estado o Relatório de Gestão Fiscal na forma e nos prazos definidos pela Lei Complementar nº 101 de 4 de maio de 2000; (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

XIV - prestar, no prazo de quinze dias úteis, as informações solicitadas pela Câmara de Vereadores;

XV – colocar à disposição da Câmara Municipal de Vereadores, na forma da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, e da Emenda Constitucional n° 25, de 14 de fevereiro de 2000, os recursos correspondentes às dotações orçamentárias que lhes são próprias,

(21)

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

CÂMARA DE VEREADORES

INDEPENDÊNCIA/RS

21 5-9 IN DEPENDÊNCIA 5 196

compreendidos os créditos suplementares e especiais, até o dia vinte de cada mês; (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

XVI - resolver sobre os requerimentos, as reclamações ou representações que lhe forem dirigidas em matéria da competência do Executivo Municipal;

XVII - oficializar e sinalizar, obedecidas as normas urbanísticas, as vias e logradouros públicos;

XVIII - aprovar projetos de edificação e de loteamento desmembramento e zoneamento urbano ou para fins urbanos;

XIX - solicitar o auxílio da polícia estadual para garantia do cumprimento de seus atos; XX - administrar os bens e rendas do Município, promovendo o lançamento, a fiscalização e a arrecadação dos tributos;

XXI - promover o ensino público;

XXII - propor a divisão administrativa do Município de acordo com a lei; XXIII - decretar situação de emergência ou estado de calamidade pública.

Parágrafo Único. A doação de bens públicos, dependerá de prévia autorização legislativa e a escritura respectiva deverá conter cláusula de reversão no caso de descumprimento das condições.

Art. 60. O Vice-prefeito, além da responsabilidade de substituto e sucessor do Prefeito cumprirá as atribuições que lhe forem fixadas em lei e auxiliará o Chefe do Poder Executivo quando convocado por esse para missões especiais.

Art. 61. O Prefeito e Vice-prefeito gozarão férias anuais de trinta dias mediante comunicação à Câmara de Vereadores do período escolhido, com antecedência de trinta dias.

SEÇÃO III

DA RESPONSABILIDADE E INFRAÇÕES POLÍTICO-ADMINISTRATIVAS DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO

Art. 62. Os crimes de responsabilidade do Prefeito e do Vice-prefeito, bem como o processo de julgamento, são definidos em lei Federal.

Art. 63. São infrações político-administrativas do Prefeito e do Vice-prefeito, sujeitas ao julgamento pela Câmara de Vereadores e sancionadas com a cassação do mandato:

I - impedir o funcionamento regular da Câmara de Vereadores;

II - impedir ou dificultar exame de documentos em geral, por parte de Vereador, de Comissão Parlamentar de Inquérito ou auditoria oficial;

III - impedir a verificação de obras e serviços municipais por parte da Comissão Parlamentar de Inquérito ou Perícia Oficial;

(22)

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

CÂMARA DE VEREADORES

INDEPENDÊNCIA/RS

22 5-9 IN DEPENDÊNCIA 5 196

IV - deixar de atender, no prazo legal, os pedidos de informações da Câmara de Vereadores;

V - retardar a publicação ou deixar de publicar leis e atos sujeitos a essa formalidade; VI - deixar de apresentar à Câmara de Vereadores, no prazo legal, os projetos do Plano Plurianual de Investimentos, diretrizes orçamentárias e orçamento anual;

VII - descumprir o orçamento anual;

VIII - assumir obrigações que envolvam despesas públicas sem que haja suficiente recurso orçamentário na forma da Constituição Federal;

IX - praticar, contra expressa disposição de lei, ato de competência ou omitir-se na sua prática;

X - omitir-se ou negligenciar na defesa de bens, rendas, direitos ou interesses do Município, sujeitos à Administração Municipal;

XI - ausentar-se do Município, por tempo superior ao previsto nesta lei, ou afastar-se do Município, sem autorização legislativa nos casos exigidos em lei;

XII - iniciar investimentos sem as cautelas previstas no artigo 109 § 1º, desta lei; XIII - proceder de modo incompatível com a dignidade e decoro do cargo;

XIV - tiver cassados os direitos políticos ou for condenado por crime funcional ou eleitoral, sem a pena acessória da perda do cargo;

XV - incidir nos impedimentos estabelecidos no exercício do cargo e não se desincompatibilizar nos casos supervenientes e nos prazos fixados.

Art. 64. A cassação do mandato do Prefeito e do Vice-prefeito, pela Câmara de Vereadores, por infrações definidas no artigo anterior, obedecerá ao seguinte rito, se outro não for estabelecido pela União ou Estado:

I - a denúncia escrita da infração poderá ser feita por qualquer eleitor, com as exposições dos fatos e a indicação das provas, se o denunciante for Vereador, ficará impedido de votar sobre a denúncia e de integrar a Comissão Processante, podendo, todavia, praticar todos os atos de acusação. Se o denunciante for o Presidente da Câmara, passará a Presidência ao substituto legal, para os atos do processo, e só votará se necessário para completar o quorum de julgamento. Será convocado o suplente de Vereador impedido de votar, o qual não poderá integrar a Comissão Processante;

II - de posse da denúncia, o Presidente da Câmara, na primeira sessão, determinará sua leitura e consultará a Câmara sobre o seu recebimento, pelo voto da maioria dos presentes na mesma sessão será constituída a Comissão Processante com três vereadores sorteados entre desimpedidos, os quais elegerão, desde logo, o presidente e o relator;

III - recebendo o processo, o Presidente da Comissão iniciará os trabalhos, dentro de cinco dias, notificando o denunciado, com a remessa de cópia da denúncia e documentos que o instruírem para que, no prazo de dez dias, apresente a defesa prévia, por escrito, indique as provas, que pretender produzir e arrole testemunhas, até o máximo de dez. Se estiver ausente do

(23)

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

CÂMARA DE VEREADORES

INDEPENDÊNCIA/RS

23 5-9 IN DEPENDÊNCIA 5 196

Município a notificação far-se-á por edital, publicado duas vezes no órgão oficial com intervalo de três dias, pelo menos, contado o prazo da primeira publicação. decorrido o prazo de defesa, a Comissão Processante emitirá dentro de cinco dias, opinando pelo prosseguimento ou arquivamento da denúncia, o qual, neste caso será submetido a plenário. Se a Comissão opinar pelo prosseguimento, o Presidente designará, desde logo, o início da instrução, e determinará os atos diligências que se fizerem necessários para o depoimento e inquirição das testemunhas;

IV - o denunciado deverá ser intimado de todos os atos do processo, pessoalmente, ou na pessoa de seu procurador, com antecedência, pelo menos, de 24 horas, sendo-lhe permitido assistir às diligências, bem como formular as perguntas e respostas às testemunhas e requerer o que for de interesse da defesa;

V - concluída a instrução, será aberta vista do processo ao denunciado, para razões escritas, no prazo de cinco dias, e após, a Comissão Processante emitirá parecer final, pela procedência ou improcedência da acusação, e solicitará ao Presidente da Câmara a convocação de sessão para julgamento. Na sessão de julgamento, o processo será lido, integralmente, e a seguir, os vereadores que desejarem poderão manifestar-se verbalmente, pelo tempo máximo de quinze minutos cada um, e ao final, o denunciado ou seu procurador, terá o prazo máximo de duas horas, para produzir sua defesa oral.

VI - concluída a defesa, proceder-se-á a tantas votações nominais, quantas forem as infrações articuladas na denúncia. Considerar-se-á afastado, definitivamente, do acordo, o denunciado que for declarado, pelo voto de dois terços, pelo menos, dos membros da Câmara, incurso em qualquer das infrações especificadas da denúncia. Concluído o julgamento, o Presidente da Câmara proclamará imediatamente o resultado e fará lavrar ata que consigne a votação nominal sobre cada infração, e, se houver condenação, expedirá o competente decreto legislativo de cassação do mandato do Prefeito. Se o resultado da votação for absolutório, o Presidente determinará o arquivamento do Processo. Em qualquer dos casos, o Presidente da Câmara comunicará a Justiça eleitoral o resultado;

VII - o processo a que se refere este artigo deverá estar concluído dentro de noventa dias, contados da data em que se efetivar a notificação do acusado. Transcorrido o prazo sem o julgamento, o processo será arquivado, sem prejuízo de nova denúncia, ainda que sobre os mesmos atos.

Art. 65. Extingue-se o mandato do Prefeito e do Vice-prefeito, e assim deverá ser declarado pelo Presidente da Câmara de Vereadores:

I - por sentença judicial transitada em julgado; II - por falecimento;

III - por denúncia escrita;

IV - quando deixar de tomar posse, sem motivo comprovado perante a Câmara, no prazo fixado na Lei Orgânica.

§ 1º Comprovado o ato ou fato extintivo neste artigo, o Presidente da Câmara, imediatamente investirá o Vice-prefeito, no cargo, como sucessor.

(24)

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

CÂMARA DE VEREADORES

INDEPENDÊNCIA/RS

24 5-9 IN DEPENDÊNCIA 5 196

§ 2º Sendo inviável a posse do Vice-prefeito, o Presidente da Câmara assumirá o cargo obedecido o disposto nesta Lei Orgânica.

§ 3º A extinção do cargo e as providências tomadas pelo Presidente da Câmara deverão ser comunicadas ao Plenário, fazendo-se a constar na ata.

CAPÍTULO V

DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA MUNICIPAL

Art. 66. A Administração Municipal obedecerá às normas estabelecidas nos artigos 37 a 41 da Constituição Federal além das fixadas na Constituição do Estado e leis municipais.

SEÇÃO I

DOS REGISTROS E CERTIDÕES

Art. 67. O Município terá os livros que forem necessários aos serviços, obrigatoriamente os de:

I - termo de compromisso e posse;

II - atas das sessões da Câmara de Vereadores;

III - registros de lei, decretos, resoluções, regulamentos, instruções, portarias e contratos; IV - cópia de correspondência oficial;

V - protocolo índice de papéis e livros arquivados; VI - contabilidade e finanças;

VII - concessões e permissões de bens imóveis e de serviços; VIII - tombamento de bens móveis e imóveis;

IX - registro de loteamentos aprovados.

§ 1º Os livros serão abertos, rubricados e encerrados pelo Prefeito ou pelo Presidente da Câmara, conforme o caso, ou por funcionário designado para tal fim.

§ 2º Os livros referidos neste artigo poderão ser substituídos por fichas ou outro sistema convenientemente autenticados.

Art. 68. A Prefeitura e a Câmara são obrigadas a fornecer a qualquer interessado no prazo de quinze dias, certidões de atos, contratos e decisões, desde que requeridas e fundamentadas, o fim para que se destine, sob pena de responsabilidade da autoridade ou servidor que negar ou retardar a sua expedição. No mesmo prazo deverão atender às requisições judiciais, se outro não for fixado pelo Juiz. (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

Parágrafo Único. As certidões relativas ao Prefeito serão fornecidas pelo secretário administrativo ou diretor da divisão de administração, exceto as declaratórias de seu efetivo exercício, que serão fornecidas pelo Presidente da Câmara de Vereadores.

(25)

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

CÂMARA DE VEREADORES

INDEPENDÊNCIA/RS

25 5-9 IN DEPENDÊNCIA 5 196 CAPÍTULO VI

DOS SERVIDORES MUNICIPAIS SEÇÃO I

DOS SERVIDORES

Art. 69. São servidores do Município, todos os que ocupam cargos, funções ou empregos da administração direta, das autarquias e fundações públicas, bem como os admitidos por contrato para atender necessidades temporárias de excepcional interesse do Município, definidos em lei local.

§ 1º O Município assegurará às associações de classe dos servidores públicos municipais legalmente constituídas, licença remunerada aos servidores requisitados na forma do Regime Jurídico Único. (parágrafo incluído pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

§ 2º O Município incluirá, obrigatoriamente, em seu orçamento anual, verba destinada a treinamentos de atualização ou aperfeiçoamento dos funcionários públicos municipais. (parágrafo incluído pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

Art. 70. Os direitos e deveres dos servidores públicos do Município serão aqueles disciplinados pelo Regime Jurídico Único.

§ 1º O Município instituirá o Conselho de Política de Administração e Remuneração de Pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos poderes e classes representativas de servidores. (Parágrafo incluído pela Emenda LOM nº 3/2001 de 8.11.2001)

§ 2º Os vencimentos e os proventos dos servidores públicos municipais ativos e inativos e dos pensionistas são irredutíveis. (Parágrafo incluído pela Emenda LOM nº 3/2001de 8.11.2001)

§ 3º A revisão geral dos vencimentos dos servidores públicos municipais, será anual e far-se-á sempre na mesma data e pelo mesmo índice de reajuste, no mês de março de cada ano. (Parágrafo incluído pela Emenda LOM nº 3/2001 de 8.11.2001)

§ 4º O índice de reajuste dos vencimentos dos servidores públicos municipais não poderá ser inferior ao necessário para repor seu poder aquisitivo. (Parágrafo incluído pela Emenda LOM nº 3/2001 de 8.11.2001)

§ 5º Os proventos de aposentadoria e as pensões serão revistos, na mesma data e no mesmo índice previstos aos servidores públicos municipais em atividade, sendo também estendido aos aposentados e aos pensionistas quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores ativos, inclusive quando decorrente de transformação ou reclassificação de cargo ou função em que se deu a aposentadoria em que serviu de referência para a concessão da pensão. (Parágrafo incluído pela Emenda LOM nº 3/2001 de 8.11.2001)

Art. 71. O Plano de carreira dos servidores públicos municipais disciplinará a forma de acesso às classes superiores, com adoção de critérios objetivos de avaliação, assegurado o sistema de promoção por antiguidade e merecimento.

(26)

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

CÂMARA DE VEREADORES

INDEPENDÊNCIA/RS

26 5-9 IN DEPENDÊNCIA 5 196

Art. 72. É assegurada, para aposentadoria, a contagem recíproca do tempo de contribuição previdenciária na atividade privada, mediante certidão expedida pela Previdência Social Nacional.

Art. 73. O Município poderá instituir regime previdenciário próprio e ou vincular-se a regime previdenciário geral de âmbito federal. (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

Parágrafo Único. Se o sistema previdenciário escolhido não assegurar proventos integrais aos aposentados, caberá ao Município garantir a complementação na forma a ser prevista em lei.

SEÇÃO II

DOS SECRETÁRIOS MUNICIPAIS

Art. 74. Aos Secretários do Município, de livre nomeação e exoneração pelo Prefeito, são aplicáveis, no que couberem, as normas previstas nas leis para os demais servidores municipais.

Art. 75. Os Secretários do Município serão, solidariamente, responsáveis com o Prefeito, pelos atos lesivos ao erário municipal, praticados na área de sua jurisdição, quando decorrentes de culpa.

Parágrafo Único. Aos secretários cabe prestar as informações solicitadas pelos vereadores.

Art. 76. Enquanto estiverem exercendo o cargo, os secretários do Município ficarão sujeitos ao regime previdenciário adotado pelo Município para os demais servidores municipais.

SEÇÃO III

DOS CONSELHOS MUNICIPAIS

Art. 77. Os Conselhos Municipais são órgãos governamentais que tem por finalidade de auxiliar a administração na orientação, planejamento, interpretação, fiscalização, julgamento e deliberação da matéria de sua competência. (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003). Art. 78. A lei especificará as atribuições de cada Conselho, sua organização, composição, funcionamento, forma de nomeação de titular e suplente e prazo de duração do mandato.

Art. 79. Os conselhos municipais são compostos por número par de membros, observando, a representatividade paritária de órgãos governamentais, prestadores de serviços com demais entidades da sociedade civil organizada. (NR dada pela emenda nº 5/2003 de 4.11.2003).

(27)

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

CÂMARA DE VEREADORES

INDEPENDÊNCIA/RS

27 5-9 IN DEPENDÊNCIA 5 196 CAPÍTULO VII

DA ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA SEÇÃO I

DOS TRIBUTOS

Art. 80. São tributos municipais: I - os impostos;

II - as taxas;

III - as contribuições decorrentes de obras públicas, instituídas por lei municipal, atendidos os princípios estabelecidos na Constituição Federal e nas normas gerais de direito tributário.

Art. 81. São de competência do Município os impostos sobre: I - propriedade predial e territorial urbana;

II - transmissão intervivos, a qualquer título, por oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no artigo 155, inciso I da Constituição Federal, serão definidos em lei complementar municipal. (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

§ 1º O imposto no inciso I deverá ser progressivo nos termos da lei, de forma a assegurar o cumprimento da função social da propriedade.

§ 2º O imposto previsto no inciso II não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil; (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

§ 3º cabe a lei complementar estabelecer as alíquotas relativamente aos impostos e os valores das taxas e contribuições de melhoria, e os critérios para a sua cobrança.

Art. 82. As taxas só poderão ser instituídas por lei, em razão do poder de polícia ou pela utilização efetiva ou potencial de serviços públicos, específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à disposição pelo Município.

(28)

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

CÂMARA DE VEREADORES

INDEPENDÊNCIA/RS

28 5-9 IN DEPENDÊNCIA 5 196

Art. 83. A contribuição de melhoria poderá ser cobrada dos proprietários de imóveis valorizados por obras públicas municipais, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que a obra resultar para cada imóvel beneficiado.

Art. 84. Sempre que possível os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado a administração municipal, especialmente para conferir efetivamente a esses objetivos identificar, respeitadas os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

Parágrafo Único. As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.

Art. 85. O Município poderá instituir contribuição, cobrada de seus servidores, para custeio, em benefício destes, de sistemas de previdência e assistência social.

Art. 86. Cabem ainda ao Município, os tributos e outros recursos que lhe sejam conferidos pela União ou pelo Estado.

Art. 87. Revogado pela emenda LOM nº 5 de 4.11.2003. Art. 88. Ao Município é vedado:

I - instituir ou aumentar tributos sem que a lei o estabeleça; II - instituir impostos sobre:

a) o patrimônio, a renda ou serviços da União, Estados e autarquias; b) os templos de qualquer culto;

c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;

d) Revogado pela emenda LOM nº 5 de 4.11.2003.

Parágrafo Único. O disposto no inciso II, alínea a, em relação às autarquias, se refere ao patrimônio, à renda e a serviços vinculados às finalidades essenciais ou delas decorrentes, não se estendendo aos serviços públicos concedidos, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar impostos que incidir sobre imóveis alienados ou objeto de promessa de compra e venda. (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

SEÇÃO II

DA RECEITA E DA DESPESA

Art. 89. A receita municipal constituir-se-á da arrecadação dos tributos municipais, da participação em tributos da União e do Estado, dos recursos resultantes do Fundo de Participação dos Municípios e da utilização de seus bens, serviços, atividades e de outros ingressos.

(29)

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

CÂMARA DE VEREADORES

INDEPENDÊNCIA/RS

29 5-9 IN DEPENDÊNCIA 5 196

Art. 90. Pertencem ao Município:

I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre rendas e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título pela administração direta, autarquias e fundações municipais;

II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis situados no Município;

III - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a propriedade de veículos automotores licenciados no território municipal;

IV – 25% do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.

Art. 91. A fixação de preços, devidos pela autorização de bens, serviços e atividades municipais, será feita pelo Prefeito mediante edição de decreto.

Parágrafo Único. As tarifas dos serviços públicos deverão cobrir os seus custos, sendo reajustáveis ou modificadas quando se tornarem deficientes ou excedentes. (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

Art. 92. Nenhum contribuinte será obrigado ao pagamento de qualquer tributo lançado pela Prefeitura sem prévia notificação.

§ 1º Considera-se notificação a entrega do aviso de lançamento no domicílio fiscal do contribuinte, nos termos da legislação federal pertinente;

§ 2º Do lançamento do tributo cabe recurso ao Prefeito assegurado para sua interposição o prazo de quinze dias, contados da notificação.

§ 3º O Prefeito dentro do prazo de dez dias, deverá apreciar o recurso, deferindo-o ou indeferindo-o.

Art. 93. A despesa pública atenderá aos princípios estabelecidos na Constituição Federal, na Lei Complementar nº 101 de 4.5.2000 e às normas de direito financeiro. (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

Art. 94. Nenhuma despesa será ordenada ou satisfeita sem que exista recurso disponível e crédito votado pelo Legislativo Municipal, salvo a que ocorrer por conta de crédito extraordinário. (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

Art. 95. Nenhuma lei que crie ou aumente despesa será executada sem que dela conste a indicação do recurso para acolhimento do correspondente encargo. (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

(30)

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

CÂMARA DE VEREADORES

INDEPENDÊNCIA/RS

30 5-9 IN DEPENDÊNCIA 5 196

Art. 96. As disponibilidades de caixa do Município, de suas autarquias e fundações, e das despesas por ele controladas, serão depositadas em instituições financeiras oficiais, salvo os casos previstos em lei.

SEÇÃO III DO ORÇAMENTO

Art. 97. A elaboração e a execução da Lei Orçamentária Anual e Plurianual de investimentos obedecerá às regras estabelecidas na Constituição Federal, na Constituição do Estado, na Lei Complementar n° 101, de 4 de maio de 2000, nas normas de direito financeiro e nos preceitos desta Lei Orgânica. (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

§ 1º A lei que instituir o Plano Plurianual estabelecerá as diretrizes, os objetivos e as metas da administração para as despesas de capital e outras, como as relativas aos programas de duração continuada; (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

§ 2º A Lei de Diretrizes Orçamentárias instituirá metas e prioridades administrativas, as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente e orientará a elaboração da Lei Orçamentária Anual dispondo sobre as alterações tributárias e estabelecendo política de aplicação; (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

§ 3º O Poder Executivo publicará, até trinta dias do encerramento de cada bimestre, relatório sucinto da execução orçamentária; (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

§ 4º Os planos e programas locais serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pela Câmara Municipal de Vereadores. (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

Art. 98. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, ao orçamento anual e os créditos adicionais serão apreciados pela comissão permanente de orçamento e finanças a qual caberá:

I - examinar e emitir parecer sobre os projetos e as contas apresentadas anualmente pelo Prefeito Municipal;

II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programa de investimentos e exercer o acompanhamento e fiscalização orçamentária, sem prejuízo de atuação das demais Comissões da Câmara.

§ 1º As emendas serão apresentadas na Comissão, que sobre elas emitirá parecer, e apreciados na forma regimental.

§ 2º As emendas ao projeto de Lei do Orçamento Anual e aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovados nos casos em que:

I - sejam compatíveis com o Plano Plurianual;

II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluída as que incidem sobre:

(31)

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

CÂMARA DE VEREADORES

INDEPENDÊNCIA/RS

31 5-9 IN DEPENDÊNCIA 5 196

a) dotação para pessoal e seus encargos; b) serviços de dívida pública; ou

c) juros.

III - sejam relacionados:

a) com a correção de erros ou omissões; ou b) com dispositivos do texto do projeto de lei.

§ 3º Se os recursos, em decorrência de veto, emenda ou rejeição de projeto de Lei Orçamentária Anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa;

§ 4º O Plano Plurianual deverá ser adaptado às exigências da nova Lei Orgânica. Art. 99. A Lei Orçamentária Anual compreende:

I - o orçamento fiscal do Executivo e do Legislativo, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, incluídas as fundações mantidas pelo Poder Público.

II - o orçamento de investimentos das empresas em que o Município direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;

III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculada, da administração direta e indireta, bem como os fundos e fundações instituídas ou mantidas pelo Município.

Art. 100. A Lei Orçamentária não conterá dispositivo estranho à previsão de receita e à fixação da despesa, permitidos os créditos suplementares e a contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.

Parágrafo Único. A Câmara constituirá uma Comissão especial para opinar previamente, sobre a matéria.

Art. 101. Os projetos de lei sobre o Plano Plurianual, Diretrizes Orçamentárias e Orçamentos Anuais serão enviados pelo Prefeito ao Poder Legislativo nos seguintes prazos: (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

I - o projeto de Lei do Plano Plurianual, até o dia quinze de junho do primeiro ano do mandato; (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

II - o projeto das Diretrizes Orçamentárias, anualmente, até o dia quinze de setembro; (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

III - os projetos de lei dos Orçamentos Anuais, até o dia quinze de novembro de cada ano. (NR dada pela emenda LOM nº 5/2003 de 4.11.2003).

Art. 102. Os projetos de lei de que trata o artigo anterior, após a apreciação pelo Poder Legislativo, deverão ser encaminhados para sanção nos seguintes prazos:

Referências

Documentos relacionados

Na Figura 4.7 está representado 5 segundos dos testes realizados à amostra 4, que tem os elétrodos aplicados na parte inferior do tórax (anterior) e à amostra 2 com elétrodos

Analisando o exercício de 2009 em relação ao exercício anterior, observamos que a empresa MAKRO S.A teve uma redução no seu índice de liquidez de 2,73%, ou seja, a sua

Na população estudada, distúrbios de vias aéreas e hábito de falar muito (fatores decorrentes de alterações relacionadas à saúde), presença de ruído ao telefone (fator

Por meio destes jogos, o professor ainda pode diagnosticar melhor suas fragilidades (ou potencialidades). E, ainda, o próprio aluno pode aumentar a sua percepção quanto

O Processo Seletivo Interno (PSI) mostra-se como uma das várias ações e medidas que vêm sendo implementadas pela atual gestão da Secretaria de Estado.. Importante

O fortalecimento da escola pública requer a criação de uma cultura de participação para todos os seus segmentos, e a melhoria das condições efetivas para

Ressalta-se que mesmo que haja uma padronização (determinada por lei) e unidades com estrutura física ideal (física, material e humana), com base nos resultados da

O caso de gestão estudado discutiu as dificuldades de implementação do Projeto Ensino Médio com Mediação Tecnológica (EMMT) nas escolas jurisdicionadas à Coordenadoria