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I TRATAMENTO BIOLÓGICO E FÍSICO-QUÍMICO DOS ESGOTOS DOMÉSTICOS NO MUNICÍPIO DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ - SC: CONSIDERAÇÕES INICIAIS

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I-036 - TRATAMENTO BIOLÓGICO E FÍSICO-QUÍMICO DOS ESGOTOS

DOMÉSTICOS NO MUNICÍPIO DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ - SC:

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Roberto Fasanaro(1)

Engenheiro de Minas pela Escola de Engenharia da Universidade Federal de Pernambuco. Pós-Graduação a nível de Especialização: Engenharia Sanitária. Faculdade de Saúde Pública USP SP. Engenheiro da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento CASANSC. Mestrando do Programa de Pósgraduação em Engenharia Ambiental -UFSC.

Leda Freitas Ribeiro

Bióloga da Divisão de Tecnologias de Tratamento de Águas e Esgoto da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento - CASAN. Pós-Graduação a nível de Especialização:

Utilização de Recursos Naturais e Hidroecologia - UFSC. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental - UFSC.

Flávio Rubens Lapolli

Professor Adjunto do Departamento de Engenharia Sanitária-Ambiental - UFSC. Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Hidráulica e Saneamento - USP - São Carlos e Universidade de Montpellier II - França.

Rubens Arno Schroeder

Chefe da Divisão de Operação de Esgoto da Regional de Itajaí da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento - DIOES/RIJ - CASAN. Químico Industrial.

Jeanini Andrea Faggiani Zommer

Estagiária da Divisão de Operação de Esgoto da Regional de Itajaí da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento - DIOES/RJ - Formando em Farmácia e Bioquímica - UNIVALI - Itajaí - SC.

Endereço(1): Rua Duarte Schutel, 61 - apto. 305 - Centro - Florianópolis - SC - CEP: 88015-640 - Brasil - Tel: (48)

221-5167 - e-mail : rfasanaro@casan.com.br

RESUMO

Neste trabalho apresenta-se um caso típico da aplicação de solução de cloreto férrico no processo de coagulação - floculação - sedimentação no Sistema de Tratamento de Esgotos da sede do município de Balneário Camboriú, o que possibilitou o atendimento de uma população em torno de 250.000 habitantes nos verões de 1998/1999 e 1999/2000, respeitando a legislação ambiental vigente com relação aos parâmetros pH, BDO e NMP/100 ml de Coliformes Fecais e Totais. A redução acentuada dos índices colimétricos foi em face da dosagem de solução de dióxido de cloro nos efluentes das Lagoas Facultativas LF I e LF II antes do deságue dos efluentes tratados na margem direita do Rio Camboriú.

Desenvolveu-se pesquisa a respeito de dosagens de soluções visando com isto tratar os esgoto da referida cidade no período de verão tendo em vista que nos demais meses o sistema de tratamento constituído por sistema de lagoas australianas tem capacidade de tratar tais efluentes .

Os testes laboratoriais de coagulação, floculação e decantação foram executados variando-se as dosagens e as concentrações das soluções. Optou-se, então, pelo emprego da solução de cloreto férrico por motivos operacionais. A eficiência do sistema foi avaliada realizando-se determinações colimétricas, DBO5, DQO, Alcalinidade Total e pH.

PALAVRAS-CHAVE: Tratamento Físico-Químico, Lagoas de Estabilização, Cloreto Férrico e Dióxido de

Cloro.

INTRODUÇÃO

Nas faixas litorâneas onde desenvolvem-se atividades turísticas tem-se com um dos principais problemas solucionar a disposição dos efluentes líquidos domésticos. Neste trabalho apresenta-se uma alternativa para tratamento de esgotos sanitários que foi posta em prática em carácter temporário para atender as elevadas

FOTOGRAFIA NÃO DISPONÍVEL

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demandas que ocorrem nos meses de janeiro a março, período em que há grande afluxo de turista para a sede do município de Balneário Camboriú, Estado de Santa Catarina.

O Sistema de Esgotos Sanitário da sede do município de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, teve suas obras de 1ª etapa iniciadas em 1982 e concluídas em 1985, com a finalidade de atender uma população aproximada de 89.000 habitantes. De 1997 a 1998 foram implantadas partes das obras referentes a 2ª etapa do projeto constituídas de rede coletora (32.000 m) e da Estação Elevatória EE-6. Todo o esgoto coletado é encaminhado para a Estação de Recalque ER-1, situada na margem esquerda do Rio Camboriú, que por sua vez aduz os esgotos através de emissário com parte sub-aquática sob o Rio Camboriú até uma Caixa de Transição. Daí, os esgotos, por gravidade, fluem em direção a ETE para a Caixa de Chegada a qual alimenta a Caixa Distribuidora (Equipartidora) de Vazão. Desta saem duas tubulações que possibilitam as operações independentes das Lagoas Anaeróbias (LA I e LA II). A Lagoa Anaeróbia I alimenta a Lagoa Facultativa LF I e a Lagoa Anaeróbia II alimenta a Lagoa Facultativa Existente LFE e a Lagoa Facultativa II. No estudo em questão, no período de verão, os efluentes das Lagoas Anaeróbias LA I e LA II fluem por canalizações até um poço de reunião onde é dosada a solução de cloreto férrico. Desta caixa os esgotos pré-tratados biologicamente fluem por gravidade para a Lagoa Facultativa Existente a qual atua como floco-decantador e o efluente da mesma escoa por duas tubulações independentes que alimentam respectivamente as Lagoas Facultativas LF I e LF II. Os efluentes das Lagoas Facultativas LF I e LF II se reúnem no PV inicial do emissário que em seu trajeto recebe dosagem de dióxido de cloro antes de desaguar no Rio Camboriú.

A partir de dezembro de 1998, devido a sobrecarga de vazão e consequentemente de carga orgânica no sistema em operação, em face da população flutuante, iniciou-se a dosagem da solução de cloreto férrico nos efluentes das Lagoas Anaeróbias LA I e LA II. Em fevereiro de 1999 passou-se a dosar solução de dióxido de cloro nos efluentes da Lagoas Facultativas LF I e LF II para desinfecção do efluente final. A Lagoa Facultativa Existente LFE passou a operar como floculador e decantador. O líquido coagulado e floculado foi aduzido por gravidade para a Lagoa Facultativa Existente, onde ocorreu a decantação dos flocos, sendo o efluente clarificado conduzido para as Lagoas Facultativas LF I e LF II e posteriormente encaminhado para o emissário onde recebe o desinfetante (solução de dióxido de cloro). e, finalmente, para o corpo receptor que o Rio Camboriú, em sua margem direita.

O objetivo geral deste trabalho é apresentar os resultados obtidos a partir de ensaios efetuados no sistema de tratamento de esgotos sanitários de Balneário Camboriú. Nas pesquisas realizadas utilizou-se soluções de cal, sulfato de alumínio, cloreto férrico e outros.

FRIEDMAN et al apud ROCHA (1999) estudaram a remoção de algas através de coagulação-floculação-sedimentação, utilizando cal como coagulante nas concentrações de 300 a 500 mg/l obtendo eficiência de remoção de sólidos suspensos de 80 a 90%.

ODGAARD (1989), na Noruega, estudou o tratamento de esgotos domésticos através de coagulação-floculação-sedimentação utilizando cal, com pH na faixa de 11,0 a 12,0, com correspondente variação de dosagem típica de 200 - 400 g/m3, assim como sulfato de alumínio, cloreto férrico, sulfato ferroso mais cal e apenas sulfato ferroso. Na Estação de Tratamento de Esgotos de Nordseter, na Noruega, constituída de três lagoas aeradas com área total de 8.000 m2 a dosagem do produto químico (sulfato de alumínio) no período compreendido entre 1975 a 1986 era realizada entre a duas primeiras lagoas, enquanto que, a partir de 1986 a dosagem processou-se após a remoção de escuma, isto é, à montante da primeira lagoa.

MATERIAIS E MÉTODOS Fase inicial dos experimentos:

Nesta fase apresenta-se a seguir algumas considerações sobre os ensaios de jar teste, análises físico-químicas e exames bacteriológicos realizados durante o experimento.

Os ensaios de coagulação-floculação-sedimentação, foram realizados nos anos de 1998 e 1999. Dois tipos de ensaios “Jar Test”, foram utilizados: a) seis cubas de acrílico com capacidade útil de 2 litros contendo em

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em cuja extremidade inferior é instalada uma paleta de aço com acionamento elétrico e com transmissão através de polias com correia de couro.

A mistura rápida durou cerca de 1 (um ) minuto, enquanto que a lenta foi variável em função da solução dosada. Variou de 4 a 25 minutos, sendo que a velocidade foi de 120 rpm (máxima) a 20 rpm (mínima). Após transcorrido um tempo adequado à sedimentação, foram coletadas amostras para efetuar-se análises físico-químicas e exames bacteriológicos.

Com alguns soluções dosadas nos “Jar Test” ocorreu a flotação logo após a paralização da mistura lenta (floculação) e, depois da sedimentação, principalmente quando foi dosada solução de sulfato de alumínio. As análises físico-químicas de pH, Alcalinidade Total, Cloreto, DBO5,20 e DQO foram realizadas de acordo com o Standard Methods for Water and Wastewater Examination, 19ª Edition, e os exames bacteriológicos de Coliformes Fecais e Totais foram realizados de empregando-se o Método COLILERT.

As análises físico-químicas e os exames bacteriológicos foram realizados com amostras coletadsa nos seguintes pontos:

a) Caixa de Chegada (P1 - Efluente Bruto)

b) Caixa de Saída dos esgotos tratados nas Lagoas Anaeróbias LA-1 e LA-2. (P0 - Dosagem Cloreto Férrico)

c) Caixa de Saída da Lagoa Facultativa Existente (PC - Efluente Clarificado)

d) Efluente Final antes da dosagem do dióxido de cloro (P9A - Efluente Final sem ClO2) e) Efluente Final depois dosagem do dióxido de cloro (P9D - Efluente Final com ClO2) As principais soluções utilizadas nos experimentos foram as que seguem:

Cal (2,5%)

Cal (2,5%) mais Hipoclorito de Sódio (10%) Sulfato de Alumínio (10%)

Sulfato de Alumínio (10%) mais Hipoclorito de Sódio (10%) Sulfato de Alumínio (10%) + Polímero + Ácido Sulfúrico Sulfato de Alumínio (10%) + Polímero

Policloreto de Alumínio (10%) Cloreto Férrico (40%)

As concentrações das soluções foram as mesmas aplicadas na Estação de Tratamento de Água (Cal e Sulfato de Alumínio) e na Estação de Tratamento de Esgoto (Cloreto Férrico)

REAÇÃO QUÍMICA

A dosagem da solução de cloreto férrico (FeCl3) a 40%, com densidade 1,43 kg/L, foi realizada na Caixa de Reunião dos esgotos efluentes das Lagoas Anaeróbias LA I e LA II, isto é no (P0).

A principal reação que ocorre entre o esgoto efluente das lagoas anaeróbias LA I e LA II e a solução de cloreto férrico pode ser considerada como a abaixo apresentada, tendo em vista principalmente as formações de hidróxido férrico (provoca a coagulação e posterior coagulação com consequentemente sedimentação dos flocos) e de cloreto de cálcio que é um desinfectante. Em decorrência dos produtos originados na mencionada reação verificou-se que os flocos sedimentados na Lagoa Facultativa Existente LF E não produziram maus odores mesmo nos meses em que não foram realizadas as dosagens da aludida solução.

A reação do cloreto férrico hexahidratado e a alcalinidade natural do esgoto pode ser considerada como: 2.FeCl3.6H2O + 3.Ca(HCO3)2! 2.Fe(OH)3 + 3.Cl2Ca + 6.H2O + 6.CO2

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RESULTADOS OBTIDOS E DISCUSSÕES

As águas residuárias foram caracterizadas através de análises físico-químicos de amostras coletadas nas duas fases, sendo que na última fase foram ainda acrescentados exames bacteriológicos face a dosagem da solução de dióxido de cloro. As análises físico-químicas e os exames bacteriológicos contemplaram principalmente os seguintes parâmetros: pH, cloreto, alcalinidade total, DBO, DQO, NMP/100 ml de Coliformes Totais e Fecais.

A seguir apresenta-se resultados referentes a operação da ETE com e sem a dosagem da solução de Cloreto Férrico.

Tabela 1 - Resultados dos exames bacteriológicos Coliformes Totais (NMP/100ml) Coletadas no mês de fevereiro de 1999, nos pontos pré-estabelecidos do sistema de Tratamento físico-químico e biológico dos esgotos sanitários da Sede do Município de Balneário Camboriú.

Coliformes P1 P0 PC P9 A P 9 D

Totais Efluente Dosagem Efluente C. Efluente Efluente Bruto FeCl3 Clarificado Final s/ClO2 Final c/ClO2

12/02/99 1,20E+08 6,80E+06 1,90E+06 4,00E+04 5,20E+01

19/02/99 2,40E+08 1,90E+07 1,30E+06 1,60E+05 9,30E+02

22/02/99 2,40E+09 2,40E+07 1,60E+06 1,10E+05 3,10E+02

26/02/99 6,00E+04 2,40E+09 9,20E+06 3,20E+05 1,40E+02

Média 2,76E+08 2,45E+08 1,40E+06 7,00E+04 1,43E+02

Mínimo 6,00E+04 6,80E+06 1,30E+06 4,00E+04 5,20E+01

Máximo 2,40E+09 2,40E+09 9,20E+06 3,20E+05 9,30E+02

As variações de Coliformes Totais (NMP/100 ml) nos dias considerados neste trabalho estão apresentados na Tabela 1 acima, verificando-se portanto que ocorreu progressivo decaimento desde o afluente até o efluente final, principalmente entre os efluentes sem e com aplicação de dióxido de cloro. Deve ser considerado que há possível interferência em nos resultados dos Coliformes Totais no efluente sem dióxido de cloro pela presença de aves aquáticas nas Lagoas Facultativas LF 1 e LF 2.

Tabela 2 - Resultados dos exames bacteriológicos Coliformes Fecais (NMP/100ml) Coletadas no mês de fevereiro de 1999, nos pontos pré-estabelecidos do sistema de Tratamento físico-químico e biológico dos esgotos sanitários da Sede do Município de Balneário Camboriú.

Coliformes P1 P0 PC P9 A P 9 D

Fecais Efluente Dosagem Efluente C. Efluente Efluente Bruto FeCl3 Clarificado Final s/ClO2 Final c/ClO2

12/02/99 6,50E+07 2,30E+06 7,20E+05 1,00E+04 1,00E+01

18/02/99 9,20E+07 4,60E+06 1,40E+05 7,17E+02

22/02/99 1,20E+09 8,60E+06 8,60E+05 3,10E+03 1,00E+01

26/02/99 2,60E+05 3,10E+07 5,40E+06 3,10E+04 1,00E+01

Média 1,36E+08 4,65E+06 7,12E+05 4,90E+03 7,47E+01

Mínimo 2,60E+05 2,30E+06 1,40E+05 3,10E+03 1,00E+01

Máximo 1,20E+09 3,10E+07 5,40E+06 3,10E+04 7,17E+02

As variações de Coliformes Fecais (NMP/100 ml) nos dias considerados neste trabalho estão apresentadas na Tabela 2 acima, verificando-se portanto que ocorreu progressivo decaimento desde o afluente até o efluente final, principalmente entre os efluentes sem e com aplicação de dióxido de cloro. Deve ser considerado que há possível interferência nos resultados dos Coliformes Fecais no efluente sem dióxido de cloro pela presença de aves aquáticas nas Lagoas Facultativas LF 1 e LF 2.

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Tabela 3 - Resultados do pH das amostras Coletadas no mês de fevereiro de 1999, nos pontos pré-estabelecidos do sistema de Tratamento físico-químico e biológico dos esgotos sanitários da Sede do Município de Balneário Camboriú.

PH P1 P0 PC P9 A P 9 D

Efluente Dosagem Efluente Efluente Efluente

Bruto FeCl3 Clarificado Final s/ClO2 Final c/ClO2

08/02/99 7,41 6,65 6,67 7,05 6,67/10 09/02/99 7,44 6,81 6,02 6,78 6,87 10/02/99 7,44 6,80 6,04 6,88 6,72 11/02/99 7,56 6,64 5,90 7,02 7,08 12/02/99 7,23 6,64 6,04 7,00 6,77 18/02/99 7,58 6,79 6,15 6,74 19/02/99 7,32 6,63 6,03 6,69 6,58 22/02/99 7,07 6,69 6,20 7,02 6,82 25/02/99 7,79 6,68 6,21 7,26 6,97 26/02/99 7,47 6,30 6,15 7,28 6,92 Média 7,43 6,66 6,14 7,00 6,15 Mínimo 7,07 6,30 5,90 6,69 6,58 Máximo 7,79 6,81 6,67 7,28 7,08

As variações de pH nos dias considerados neste trabalho estão apresentadas na Tabela 3 acima, verificando-se portanto que ocorreu decaimento do mesmo entre os pontos (P1 Efluente Bruto) e os efluentes da Lagoas Anaeróbias (LA 1 e LA 2) e após a aplicação do dióxido de cloro. Ocorre o inverso entre o efluente da Lagoa Facultativa Existente LF E em relação ao efluentes das Lagoas Lagoas Facultativas LF 1 e LF 2 onde desenvolvem-se atividades predominantemente aeróbias.

Tabela 4 - Resultados da Alcalinidade Total das amostras Coletadas no mês de fevereiro de 1999, nos pontos pré-estabelecidos do sistema de Tratamento físico-químico e biológico dos esgotos sanitários da Sede do Município de Balneário Camboriú.

Alcalinidade P1 P0 PC P9 A P 9 D

Total Efluente Dosagem Efluente C. Efluente Efuente

Bruto FeCl3 Clarificado Final s/ClO2 Final c/ClO2

08/02/99 235,00 205,00 195,00 117,00 105,00 09/02/99 220,00 205,00 130,00 120,00 110,00 10/02/99 250,00 205,00 140,00 118,00 115,00 11/02/99 265,00 215,00 140,00 130,00 125,00 12/02/99 210,00 225,00 150,00 121,00 117,00 18/02/99 245,00 282,00 170,00 185,00 19/02/99 238,00 166,00 215,00 125,00 116,00 22/02/99 285,00 215,00 174,00 125,00 122,00 25/02/99 285,00 235,00 184,00 139,00 130,00 26/02/99 250,00 255,00 180,00 170,00 170,00 Média 248,30 220,80 167,80 129,44 129,50 Mínimo 210,00 166,00 130,00 117,00 105,00 Máximo 285,00 282,00 215,00 170,00 185,00

As variações da Alcalinidade Total (mg/l CaCO3) nos dias considerados neste trabalho estão apresentadas na

Tabela 4 acima, verificando portanto que ocorreu progressivo decaimento desde o afluente até o efluente final com aplicação do dióxido de cloro.

Verificou-se em amostras outras não consideradas neste trabalho que a alcalinidade total do esgoto bruto atingiu até 360 mg/l, em CaCO3. Tal variação deve ter sido decorrente de intrusão salina (para os teores mais

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Com relação a valores inferiores do pH os mesmos devem ser decorrentes de introdução de águas pluviais nos poços de visita tendo em vista que é costumeiro em algumas ruas usuários do sistema remover os tampões dos mesmos a fim de evitar inundações de suas residências quando em períodos de elevadas precipitações pluviométricas assim como pelas conexões cruzadas entre a rede coletora de esgotos sanitários e as galerias de águas pluviais.

Tabela 5 - Resultados da Demanda Bioquímica de Oxigênio das amostras Coletadas no mês de fevereiro de 1999, nos pontos pré-estabelecidos do sistema de Tratamento físico-químico e biológico dos esgotos sanitários da Sede do Município de Balneário Camboriú.

DBO P1 P0 PC P9 A P 9 D

Efluente Dosagem Efluente C. Efluente Efluente

Bruto FeCl3 Clarificado Final s/ClO2 Final c/ClO2

08/02/99 90,20 32,50 40,00 09/02/99 76,50 80,80 52,40 29,00 42,30 10/02/99 114,80 96,40 51,00 23,00 37,60 11/02/99 317,50 51,80 55,40 18/02/99 110,00 111,50 23,80 32,80 22/02/99 291,65 166,65 105,00 38,60 54,60 25/02/99 261,65 57,05 26/02/99 386,65 333,30 213,30 65,00 Média 206,12 157,73 49,50 42,42 43,78 Mínimo 76,50 80,80 23,80 23,00 32,80 Máximo 386,65 333,30 213,30 65,00 54,60

As variações de DBO5d, 20ºC (mg/l O2) nos dias considerados neste trabalho estão apresentadas na Tabela 5

acima, verificando-se portanto que ocorreu progressivo decaimento desde a afluente até o efluente final e as pequenas variações entre o efluente final sem e com dióxido de cloro pode ser decorrente do consumo de matéria orgânica, principalmente algas, pela ação do oxidante. Todos os resultados obtidos em relação aos efluentes finais com e sem a aplicação do dióxido de cloro atenderam a Legislação Ambiental vigente.

Tabela 6 - Resultados da Demanda Química de Oxigênio das amostras Coletadas no mês de fevereiro de 1999, nos pontos pré-estabelecidos do sistema de Tratamento físico-químico e biológico dos esgotos sanitários da Sede do Município de Balneário Camboriú.

DQO P1 - P0 PC P9 A P 9 D

Efluente Dosagem Efluente C. Efluente Efluente

Bruto FeCl3 Clarificado Final s/ClO2 Final c/ClO2

08/02/99 358,00 234 195 245 09/02/99 250,00 154 99 141 113 10/02/99 484,00 158 101 151 153 11/02/99 484,00 153 184 77 118 18/02/99 162,00 182 122 38 19/02/99 386,00 111 194 107 108 22/02/99 474,00 198 124 142 81 Média 371,14 170 145,57 122,29 Mínimo 162 111 99 77 38,00 Máximo 386 234 195 151 245,00

As variações de DQO (mg/l O2) nos dias considerados neste trabalho estão apresentadas na Tabela 6 acima,

verificando-se portanto que ocorreu decaimento do mesmo entre os P1 Efluente Bruto e os efluentes da Lagoas Anaeróbias P0 entrada de Cloreto Férrico. Com relação aos demais pontos de coleta ocorreram

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CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

Este trabalho iniciado em 1998 teve continuidade no transcorrer do ano de 1999 e prossegue-se no corrente ano, quando então, obteve-se e obter-se-á informações complementares, que subsidiarão a CASAN para a manutenção ou não desta alternativa de tratamento até que seja implantado o projeto de tratamento do esgoto sanitário que atenderá, após sua implantação, as sedes dos municípios de Balneário Camboriú e Camboriú. A operação do Sistema de Tratamento dos Esgotos Sanitários da sede do município de Balneário Camboriú -SC, nos meses de verão de 1998/1999 e 1999/2000 com a introdução no Sistema Biológico originalmente através de Lagoas Anaeróbias e Facultativas, de dosagem de solução de cloreto férrico nos efluentes das Lagoas Facultativas LF I e LF II possibilitou o tratamento dos esgotos para uma população estimada de 250.000 habitantes, isto é, cerca de 3 (três) vezes superior aquela estabelecida no projeto que era em torno de 80.000 habitantes, sem haver necessidade de implantar-se obras de grande vulto em curto espaço de tempo. Devem ser implantados sistemas automáticos de medição de vazão e de dosagem do coagulante.

Espera-se que o sistema de tratamento preliminar se posto em operação antes do início do verão de 2000/2001,

Isto as unidades de gradeamento, caixa de areia e medição de vazão.

Deve ser estudada a alternativa de flotação com emprego de polímeros e/ou ar.

Na CASAN tem sido tem sido realizados experimentos com soluções de cal, sulfato de alumínio, cloreto férrico e outros desde o final da década de 1970, em efluentes de lagoas de estabilização do SES de Balneário Camboriú, obtendo-se resultados semelhantes aos encontrados por ODEGAARD (1989(, na Noruega.

LUDUVICE (1994), na ETE de Sobradinho, Brasilia - DF, obteve uma dosagem média de 250 mg/l de sulfato de alumínio, idêntica ao limite superior da faixa encontrada por ODEGAARD, (1989) assim como pela CASAN.

No processo de tratamento químico dos efluentes das lagoas anaeróbias empregou-se solução de cloreto férrico sendo consequentemente produzido lodo que foi decantado na lagoa facultativa denominada existente sendo que o mesmo não deu origem a maus odores e teve adensamento superior ao estimado a partir de testes laboratoriais.

Deve ser realizada a remoção do lodo decantado na Lagoa Facultativa Existente LF E antes do início do verão de 2000/2001.

O lodo produzido pelo tratamento empregando o cloreto férrico é menos nocivo ao meio ambiente se compará-lo com o que seria produzido com compostos a base de alumínio.

No sistema de tratamento químico introduzido na ETE de Balneário Camboriú, - SC, as soluções de sulfato de alumínio e de cal não foram adotadas em face da primeira apresentar problemas decorrente do lodo formado e a segundo por causa estritamente operacional.

REFERÊNCIAS BLIBLIGRAFICAS

1. LUDUVICE M. e alli. Utilização de Coagulante Metálico no Aumento da Capacidade de ETES de Pequeno Porte. VI SILUBESA Simpósio LusoBrasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental -Volume I, Tomo I - pp. 373-379. Florianópolis, SC, 1994

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3. ROCHA, M.L. de A. F. Et alli - Polimento do efluente de lagoas facultativas através de coágulo-floculação/decantação.ABES - 20º Congresso de Engenharia Sanitária e Ambiental - pp.431-440. Rio de Janeiro, RJ. 1999.

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5. 5 - SOUZA J. F. de - Tratamento físico-químico de efluentes com auxílio de produto natural (quiabo pó). 20º Congresso de Engenharia Sanitária e Ambiental - pp.431-440. Rio de Janeiro, RJ. 1999

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