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Dados internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)

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Academic year: 2021

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© 2020 by Adriana Barbieri Feliciano, Aline Guerra Aquilante, Bernardino Geraldo Alves Souto, Sheyla Ribeiro Rocha, Sueli Fatima Sampaio, Taís Bleicher.

Direitos dessa edição reservados à Comissão Permanente de Publicações Oficiais e Institucionais - CPOI É proibida a reprodução total ou parcial desta obra sem a autorização expressa do Editor.

Normalização: Marina P. Freitas

Revisão gramatical e ortográfica: Adriana Barbieri Feliciano Dados internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)

Feliciano, Adriana Barbieri.

Gestão da Clínica: Caderno do curso / Adriana Barbieri Feliciano ... [et al.]. – São Carlos : UFSCar/CPOI, 2020. 57 p.

ISBN: 978-65-86558-23-4

1. Saúde coletiva. 2. Mestrado profissional. 3. Gestão da Clínica – Interação – Ensino - Serviço. I. Título.

Mestrado Profissional

Reitoria da Universidade Federal de São Carlos

Ana Beatriz de Oliveira

Pró-Reitoria Pró-tempore de Pós-Graduação

Audrey Borghi e Silva José Carlos Paliari

Centro de Ciências Biológicas e da Saúde

Maria da Graça Gama Melão Fábio Fernandes Neves

Coordenação PPGGC

Adriana Barbieri Feliciano Aline Guerra Aquilante

Técnica Administrativa

Vanessa Müller

Estagiária

Rafaela Fernanda Leandro

Elaboração do Caderno do Curso Docentes

Adriana Barbieri Feliciano Aline Guerra Aquilante

Bernardino Geraldo Alves Souto Sheyla Ribeiro Rocha

Sueli Fatima Sampaio Taís Bleicher

Técnica-Administrativa

Vanessa Müller

Revisão do texto

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LISTA DE FIGURAS

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LISTA DE QUADROS

Quadro 01. Perfil de competência do mestrando em Gestão da Clínica ……...……...15

Quadro 02. Atividades Curriculares ………...…....………..24

Quadro 03. Semana típica do semestre 1 ...…...………...31

Quadro 04. Semana típica do semestre 2 ..………...…………...32

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RESUMO

O Programa de Pós Graduação em Gestão da Clínica (PPGGC) é um programa stricto sensu, na modalidade mestrado profissional. Integra o Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) da Universidade Federal de São Carlos (USFCar). É aprovado pela CAPES, na Área de Saúde Coletiva, e voltado para profissionais que atuam na área da saúde ou áreas afins, especialmente no contexto do Sistema Único de Saúde, seja no cuidado, na gestão ou na educação em saúde. A gestão da clínica como área da competência profissional representa o diálogo e a articulação entre as dimensões biológica, psicológica e social no cuidado às pessoas. Implica na construção de pactos que combinam responsabilização e autonomia das equipes de saúde, visando à integralidade do cuidado. Requer a análise de necessidades e riscos apresentados pelas pessoas e das potencialidades e otimização dos serviços oferecidos. Tem o objetivo de capacitar profissionais de saúde para atuarem segundo uma prática profissional transformadora, com ênfase na produção técnico-científica e na pesquisa aplicada, voltadas ao enfrentamento de problemas de saúde, em âmbito local e regional. O currículo do programa está organizado segundo um perfil de competências e diretrizes para o desenvolvimento de currículos integrados, nos quais a articulação entre teoria e prática é um dos eixos estruturantes da proposta educacional, também se orienta pela abordagem construtivista da educação de adultos que busca estimular a capacidade de aprender a aprender, o trabalho em equipe, a postura ética, colaborativa e compromissada com as necessidades da sociedade. O sistema de avaliação do PPGGC/UFSCar está vinculado aos Sistemas de Avaliação da UFSCar, em consonância com as bases teóricas que adota para o processo ensino-aprendizagem, é critério-referenciado, tendo como base o perfil de competência. Possui uma linha de pesquisa: gestão do cuidado, trabalho e educação na saúde. As atividades são desenvolvidas semanalmente e se concentram preferencialmente no período da noite. Oferece vinte vagas anualmente.

Palavras-chave: Saúde Coletiva, Mestrado Profissional, Gestão da Clínica, Integração Ensino-Serviço

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SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO 9

2. O PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO DA CLÍNICA 10

2.1 OBJETIVOS 10

2.2 Título Concedido 11

2.3 Fundamentos do PPGGC e pressupostos teóricos 11

2.4 Gestão da Clínica 13

1.4. O Perfil de Competência 15

1.4.1 Perfil de Competência do Mestre em Gestão da Clínica 17

2. ÁREA DE CONCENTRAÇÃO DO PROGRAMA 18

3. LINHA DE PESQUISA DO PROGRAMA 19

3.1 Gestão do Cuidado em Saúde 19

3.2 Gestão do Trabalho em Saúde 19

3.3 Gestão da Educação na Saúde 20

4. CURRÍCULO 20

4.1 Comunidade de Aprendizagem 25

4.2 O docente como facilitador 25

4.3 Atividades Curriculares (AC) 26

5. AVALIAÇÃO 27

5.1 Avaliação da aprendizagem e dos processos educacionais 27

5.2 Estratégias 28

5.2.1 Avaliação dos docentes 29

5.2.2 Avaliação das Atividades Curriculares e do Programa 30 5.2.3 Avaliação do pós-graduando nas Atividades Curriculares 30

5.2.4 Critérios de Avaliação 31

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5.2.6 Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) 31

5.2.7 Instrumentos de Avaliação 33

6. SEMANA TÍPICA DO MESTRANDO 33

7. CORPO DOCENTE 34

8. PRINCIPAIS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS DO PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM

GESTÃO DA CLÍNICA 35

8.1 Matrícula e renovação de matrícula 35

8.2 Proficiência da língua 36

8.3 Exame de Qualificação e Defesa do Trabalho de Conclusão 36

8.4 Prorrogação 37

8.5 Titulação 37

9. PRINCIPAIS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS PARA O DOCENTE 37

9.1 Oferta de Atividades Curriculares (AC) 37

9.2 Solicitação de Bancas de Qualificação e de Defesa 38

9.3 Finalização do mestrando 38

10. REFERÊNCIAS E BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 38

Apêndices – Formatos de Avaliação 43

Anexos 48

Anexo 1 - Termo de referência de narrativa da prática 49

Anexo 2 - Termo de Referência: Portfólio 51

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1. APRESENTAÇÃO

PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU

Segundo a CAPES, o mestrado profissional no Brasil foi regulamentado pela Portaria MEC Nº 389, de 23 de março de 2017 e pela Portaria CAPES Nº 131, de 28 de junho de 2017.

O Mestrado Profissional (MP) é uma modalidade de Pós-Graduação stricto sensu voltada para a formação de profissionais em diversas áreas do conhecimento, mediante o estudo de processos e desenvolvimento de produtos, cuja demanda emerge do mercado de trabalho.

O objetivo do MP é contribuir com a qualificação do setor produtivo nacional, seja em organizações públicas ou privadas. A modalidade MP deve apresentar uma estrutura curricular que articule referencial teórico atualizado, domínio de metodologia pertinente e aplicação orientada para o campo de atuação profissional. Assim, a composição do quadro docente deve ser constituída de profissionais alinhados à área de concentração do curso. O trabalho de conclusão de curso deve dialogar com problemas reais enfrentados pelo profissional-aluno e estar articulado com a área de concentração do MP, podendo ser apresentado em diversos formatos.

Para garantir a qualidade dos MP, a CAPES realiza ações de acompanhamento e avaliação de acordo com as exigências previstas na legislação – Resolução CNE/CES nº 1/2001, alterada pela Resolução CNE/CES nº 24/2002.

O Programa de Pós Graduação em Gestão da Clínica da Universidade Federal de São Carlos (PPGGC-UFSCar), na modalidade Mestrado Profissional (MP), foi submetido à Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), em atendimento ao Edital 02/DAV/2009 e considerando a Portaria Normativa 7/2009 do Ministério da Educação para a seleção de propostas de MP associado a programas de residência em saúde.

A proposta foi construída em parceria com as coordenações dos Programas de Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade (PRMSFC-UFSCar) e da Residência Médica em Saúde e da Família e Comunidade da UFSCar. A autorização de criação deste mestrado foi obtida em 30 de junho de 2010, a partir da aprovação na CAPES, com o código 33001014038P0. Sua vinculação institucional é junto ao Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) da Universidade Federal de São Carlos.

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O Programa de Pós-Graduação em Gestão da Clínica (PPGGC) da UFSCar é uma modalidade de formação stricto sensu, Mestrado Profissional e vinculada à área de Saúde Coletiva da CAPES. O PPGGC oferece 20 vagas anuais desde seu início em 2011.

A proposição do PPGGC foi motivada por uma avaliação do coletivo de docentes que observava uma necessidade significativa de formação para os profissionais da Rede de Atenção à Saúde (RAS) local e regional, e porque a Universidade tinha dois Programas de Residência em Saúde (Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade – PRMSFC e Residência em Medicina de Família e Comunidade – PRMFC) que demandavam continuidade de formação destes residentes, e de formação/qualificação dos preceptores envolvidos.

Na área da saúde somos o primeiro programa de Mestrado Profissional do campus São Carlos, com origem multiprofissional/interdisciplinar e intercentro. A experiência prévia com o Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade (PRMSFC-UFSCar) contribuiu para que os docentes, tutores e preceptores construíssem uma compreensão da importância de buscar caminhos interprofissionais e interdisciplinares como formação mais potente para o Sistema Único de Saúde (SUS).

2. O PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO DA CLÍNICA

2.1 OBJETIVOS

Objetivo Geral

Capacitar profissionais de Saúde para atuarem segundo uma prática profissional transformadora, com ênfase na produção técnico-científica e na pesquisa aplicada, voltadas ao enfrentamento de problemas de saúde, em âmbito local e regional.

Objetivos Específicos

● Favorecer a articulação das atividades de seu campo de atuação e a geração de conhecimento, por meio do diálogo entre as necessidades de saúde prevalentes e a produção de saberes;

● Promover a produção de novos conhecimentos, por meio da utilização de métodos e evidências científicas;

● Apoiar o desenvolvimento de capacidades para aprender a aprender ao longo da vida, por meio da incorporação de estratégias de análise crítica das informações;

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● Desenvolver capacidades para atuar em iniciativas educacionais na área da Saúde, segundo uma abordagem construtivista da Educação.

2.2 Título Concedido

Ao final do programa, o mestrando aprovado recebe, da Universidade Federal de São Carlos o título de Mestre(a) em Gestão da Clínica.

2.3 Fundamentos do PPGGC e pressupostos teóricos

A prática em Saúde se inscreve num complexo quadro de necessidades de saúde e oferta de serviços. O perfil epidemiológico da população de países em situação semelhante a do Brasil é marcado pela superposição de danos e riscos epidemiológicos, como a concomitância de agravos de natureza aguda e condições crônicas, condicionados pela transição demográfica e transformações epidemiológicas sofridas pelas sociedades em desenvolvimento (FRENK, 1991; WHO, 2020; BANCO MUNDIAL, 2005).

O enfrentamento desse conjunto multifacetado de necessidades e demandas requer do profissional de Saúde muito mais do que o domínio específico dos conteúdos relativos a sua profissão ou especialidade. Requer o desenvolvimento das capacidades crítica e criativa voltadas à transformação e à inovação, visando a produção de soluções qualificadas e seguras.

Considerando esse cenário, os modelos hegemônicos de atenção à saúde vêm sendo tensionados por seus custos crescentes e seu baixo impacto. Os sistemas estruturados segundo uma lógica que hierarquiza a atenção primária, secundária e terciária, como numa pirâmide, estão orientados por procedimentos, pelo trabalho médico e pelos centros hospitalares. Esses modelos estão fundamentalmente organizados para o atendimento de situações de natureza aguda, voltadas para indivíduos, com ênfase nas ações curativas e na gestão da oferta. Invariavelmente, cursam com acesso limitado, erros frequentes e qualidade inconstante (PAHO, 2005; PORTER, 2007; CHRISTENSEN, 2009).

Sistemas orientados pelas necessidades de saúde são inovadores e tornam-se um importante diferencial em relação aos modelos hegemônicos de atenção. Nesse sentido, tanto as situações agudas como as condições crônicas ganham relevância, devendo ser enfrentadas segundo a natureza e características de seus elementos constituintes e articuladas de modo a

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garantir de um cuidado integral (PAHO 2005; STOTZ 1991; AYRES, 2002; BRASIL, 2004, 2006 e 2007; MATTOS, 2004; CECÍLIO, 2001).

Nos modelos voltados à integralidade da atenção à saúde, o cuidado permanece como eixo estruturante das práticas. Porém, a organização da assistência passa a ser orientada pela gestão das necessidades de saúde, visando garantir adesão, vínculo, corresponsabilização, qualidade, segurança, efetividade, eficiência e eficácia do cuidado em saúde (TODD, 1996; DOWLING, 1997; ALETRAS, 1997; CARR-HILL, 1997; COILE, 1997; BAZZOLI, 1999; COLI-THOME, 2001; CAMPOS, 2007; MENDES, 2007). A articulação das ações e serviços para o cuidado das necessidades de saúde promove o envolvimento dos pacientes, famílias, organizações, comunidade e profissionais, de modo a ampliar a autonomia para o autocuidado, para a promoção da saúde, para a prevenção de doenças e complicações, em um trabalho sinérgico e colaborativo.

A organização dos serviços de saúde em redes de atenção vem sendo apresentada como um dispositivo que possibilita a reversão dos problemas produzidos pelos sistemas hegemônicos que se caracterizam pela fragmentação e segmentação. As redes flexíveis são arranjos organizacionais poliárquicos que modificam as relações entre as unidades e os profissionais, de modo a colocar os resultados desejados como norteadores da organização das práticas em saúde. Esse modelo se responsabiliza pela continuidade da atenção, promove o trabalho colaborativo e em equipes multiprofissionais, dá ênfase à articulação de ações e serviços, sendo orientado pela gestão das necessidades de saúde e regulação da oferta (CASTELLS, 2000; HARTZ, 2004; MATTOS, 2004; SILVA, 2008).

Considerando esse contexto, a temática de Administração e Gestão em Saúde foi priorizada entre as apresentadas pelo Edital 02/DAV/2009. O diálogo entre as necessidades de reorganização do sistema de Saúde e de formação de profissionais, à luz da integralidade do cuidado, orientou a escolha da área de concentração em Gestão da Clínica para focalizar a produção de novos conhecimentos e inovações tecnológicas voltadas à qualidade da atenção à saúde, eficiência e equidade no acesso.

Sendo o Brasil um país de grande dimensão continental num contexto de desigualdades em sua estrutura social e econômica, em particular em relação à formação em Saúde e à produção de serviços nessa área, a proposta de mestrado profissional associado à residência em Saúde na UFSCar visa ampliar:

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i. o potencial de formação dos programas de residência oferecidos pela Universidade, por meio da diversificação e a otimização de processos e produtos do processo educacional, com vistas à certificação de dois tipos de pós-graduação: residência em Saúde (lato sensu) e mestrado profissional em Saúde (stricto sensu);

ii. a parceria entre a Universidade, os serviços de Saúde e a comunidade, fortalecendo os princípios de indissociabilidade do ensino-pesquisa-extensão, com vistas ao intercâmbio de saberes e ao desenvolvimento loco regional;

iii. a produção de conhecimento relevante para os problemas de saúde enfrentados pela comunidade atendida pelo SUS local, buscando eficácia, eficiência e efetividade das intervenções produzidas, segundo princípios éticos e científicos;

iv. a consolidação do SUS, por meio da oferta de qualificação de profissionais de saúde inseridos no mundo do trabalho.

A parceria entre a Universidade e o SUS local estabelece uma articulação sistematizada e reflexiva entre o mundo do trabalho, da produção de conhecimento e da sociedade. Pressupõe que o Sistema de Saúde passe a operar com a lógica da formação e da educação permanente dos profissionais de saúde, em toda a rede de cuidados progressivos. Nesse contexto, a trajetória da UFSCar valida o compromisso com a qualidade e excelência do ensino na área da saúde e com a produção de conhecimento socialmente relevante. A parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de São Carlos e com o Departamento Regional de Saúde de Araraquara (DRS III) assegura a integração com o mundo do trabalho, o compromisso com as necessidades de saúde das pessoas e com a consolidação do SUS.

2.4 Gestão da Clínica

A Gestão da Clínica constitui-se em um novo campo de produção de conhecimento, em processo de construção e com um grande potencial de impacto pela aplicabilidade imediata das novas tecnologias e saberes produzidos.

A sistematização do conhecimento sobre Gestão da Clínica ou Governança Clínica aparece em 1997, na Inglaterra, com a apresentação de uma proposta para o sistema nacional de Saúde pautada:

i. na responsabilização de todo o sistema pela oferta de cuidado;

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iii. no trabalho colaborativo entre hospitais, serviços ambulatoriais e autoridades locais, tendo o paciente como foco;

iv. no aumento da confiança do público no sistema nacional de saúde.

Todas as definições sobre Gestão Clínica, ao longo da última década, tiveram como temas chave a melhoria da efetividade, eficiência e eficácia, a responsabilização dos profissionais e serviços, o estabelecimento de padrões e sistemas de qualidade e a articulação e regulação de ações e serviços de saúde (MENDES, 2007).

O PPGGC, nível mestrado profissional objetiva uma capacitação que, potencialmente, pode ser de interesse para todo profissional de saúde ou de áreas afins (serviço social, por exemplo) ou residentes, independentemente de sua área de especialização ou campo de trabalho.

A gestão da clínica como área da competência profissional representa o diálogo e a articulação entre as dimensões biológica, psicológica e social no cuidado às pessoas atendidas. Implica na construção de pactos que combinam responsabilização e autonomia das equipes de saúde, visando à integralidade do cuidado. Requer a análise de necessidades e riscos apresentados pelos pacientes e das potencialidades e otimização dos serviços oferecidos.

Para o programa de mestrado profissional, espera-se um desenvolvimento ampliado e aprofundado das capacidades relativas às áreas de gestão do cuidado, gestão do trabalho e gestão da educação na Saúde, de tal modo que sejam geradas possibilidades de produção de conhecimento e de inovação tecnológica na(no):

i. organização dos serviços de Saúde, orientando o processo de cuidado para a atenção integral e humanizada às necessidades de saúde das pessoas;

ii. utilização de tecnologias de gestão para a construção de processos assistenciais com segurança, qualidade e equidade no acesso;

iii. construção e avaliação de protocolos, fluxogramas e diretrizes clínicas baseadas em evidências científicas e princípios éticos;

iv. produção de cuidado centrado na pessoa;

v. desenvolvimento de sistemas de informação integrados e orientados aos problemas de saúde das pessoas e das populações atendidas;

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vi. construção de uma nova cultura de comunicação com a utilização de dispositivos móveis, com capacidade de comunicação sem fio por meio de diferentes tecnologias, favorecendo a ubiquidade no acesso às informações.

vii. utilização de comunidades de aprendizagem e de metodologias ativas e ambientes colaborativos baseados na Web 2.0 e na Web semântica para processos educacionais segundo uma abordagem construtivista;

viii. educação de profissionais de Saúde em processos de Educação Permanente; ix. capacitação de preceptores para o trabalho de campo da formação em serviço;

x. construção de uma cultura voltada à avaliação permanente das práticas em saúde e à comunicação de resultados.

2.5 O Perfil de Competência

O perfil de competência utilizado resulta de um trabalho analítico que partiu dos perfis elaborados pelo Curso de Medicina da UFSCar e pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês para o Curso de Especialização em Gestão da Clínica. A nova síntese buscou adaptar às áreas de competência e desempenhos que conformam o perfil de práticas profissionais desejadas para o egresso do programa.

O perfil construído traduziu combinações de capacidades que resultaram numa prática considerada competente pelos proponentes do programa. Essas combinações, segundo contexto e critérios de excelência ética, estética e científica, determinam a qualidade da atuação profissional.

A competência não é algo diretamente observável. Em contrapartida, as tarefas/práticas profissionais e as capacidades a elas subjacentes (atributos cognitivos, psicomotores e atitudinais combinados) são verificáveis pela observação dos desempenhos.

As áreas de competência delimitam o escopo do trabalho de uma determinada atuação profissional, sendo que cada área é apresentada por um conjunto de ações-chave, detalhadas por uma combinação de desempenhos.

O PPGGC-UFSCar promove a construção de um perfil orientado à Gestão do Cuidado, da Educação e do Trabalho em Saúde e à socialização e produção de conhecimentos voltados à melhoria das práticas em Saúde, considerando a:

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i. organização de redes de atenção à Saúde que orientem o processo de cuidado às necessidades de Saúde das pessoas, com integralidade e humanização;

ii. utilização de tecnologias de gestão para a articulação de processos assistenciais, segundo evidências científicas e princípios éticos, com regulação do acesso, segurança e qualidade;

iii. construção de uma cultura de educação e de avaliação voltadas à transformação das práticas em Saúde.

Para a seleção de conteúdos e das atividades educacionais, o programa utiliza um perfil de competência que expressa a atuação desejada para o futuro mestre em Gestão da Clínica. Esse perfil foi construído de modo a explicitar as ações e as capacidades (que fundamentam as ações) para o desenvolvimento de competência.

A concepção utilizada de competência é a holística e construtivista que implica a capacidade de mobilizar diferentes recursos para solucionar, com pertinência e sucesso, problemas da prática profissional, segundo o contexto. A mobilização e a combinação das capacidades cognitivas, atitudinais e psicomotoras, para realizar as ações da prática profissional, é traduzida em desempenhos, segundo critérios de excelência. Inicialmente, foram identificadas três áreas de competência que conformam o campo de atuação do mestre em Gestão da Clínica, sendo definidas como áreas a:

i. Saúde: cuidado às necessidades de saúde individuais e coletivas; ii. Gestão: organização do trabalho em saúde;

iii. Educação: socialização e geração de conhecimentos em saúde.

Para cada área, os desempenhos foram agrupados, por afinidade, em ações chave. Essas representam os respectivos processos de trabalho, fundamentados por uma racionalidade predominante: clínico-epidemiológica; político-estratégica e crítico-reflexiva. Os desempenhos representam as combinações de capacidades, que possibilitam uma prática considerada competente pelos proponentes do programa. Essas combinações, segundo contexto e critérios de excelência ética, estética e científica, representam os critérios utilizados para a avaliação de competência dos mestrandos.

Segundo o perfil construído, a disseminação e geração de conhecimentos em gestão da clínica visa à melhoria da qualidade, eficiência, efetividade, eficácia e da segurança na atenção à saúde de pessoas e populações.

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2.5.1 Perfil de Competência do Mestre em Gestão da Clínica

Quadro 01. Perfil de competência do mestrando em Gestão da Clínica

Área de Competência Saúde: Atenção à saúde das pessoas e populações

Ação Chave Desempenhos

Identifica necessidades de saúde

(i) promove uma investigação ampliada das necessidades de saúde das pessoas, considerando as diferentes dimensões humanas (biológica, psicológica, social, cultural, espiritual). Promove uma investigação ampliada das necessidades de saúde de grupos específicos e populações, considerando relevância, magnitude, vulnerabilidade e transcendência.

(ii) articula dados e informações para a identificação de inadequações dos processos assistenciais, considerando os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS).

Constrói planos de cuidado à saúde

(i) busca o diálogo entre necessidades e recursos disponíveis para a construção de planos de cuidado voltados à melhoria da atenção à saúde oferecida aos usuários.

(ii) utiliza a saúde baseada em evidência para a construção de planos de cuidado eficazes, eficientes, efetivos e seguros. Promove a utilização de protocolos e diretrizes clínicas, de modo a assegurar qualidade na atenção à saúde. Ressignifica e adequa protocolos e diretrizes à singularidade de cada situação e ao contexto dos serviços de saúde onde atua.

(iii) constrói planos de cuidado com a equipe e pactua com usuários, familiares/responsáveis, de modo a ampliar a adesão e a agregar valor à saúde e à vida.

Avalia o cuidado em saúde

(i) acompanha e avalia produtos, resultados e impacto dos planos de cuidado, visando subsidiar a melhoria da qualidade de saúde e de vida de pessoas e populações sob cuidado, no contexto do SUS.

Área de competência GESTÃO: Organização do trabalho em saúde Identifica

problemas na organização do trabalho em saúde

(i) promove a análise dos ambientes internos e externos, identificando atores envolvidos, oportunidades e obstáculos à organização do trabalho em saúde.

(ii) identifica potencialidades e aspectos que requerem melhoria, tanto em relação ao serviço/instituição/rede como em relação aos profissionais, analisando os fatores a serem enfrentados para o atendimento das necessidades e demandas de saúde identificadas.

Promove a integração de ações e serviços de saúde

(i) utiliza as ferramentas e dispositivos de gestão da clínica para assegurar a continuidade do cuidado, contribuindo para a construção de linhas de cuidado e a consolidação de redes de atenção à saúde no SUS.

(ii) promove a socialização de informações de modo a contribuir para o comprometimento dos profissionais de saúde com os resultados que agregam valor à saúde, paralelamente à ampliação da autonomia e da criatividade dos envolvidos.

Acompanha e avalia a organização do trabalho em saúde

(i) utiliza sistemas de informação para a análise de produtos e resultados, valorizando a escuta qualificada de usuários e trabalhadores no processo de avaliação.

(ii) avalia a organização do trabalho em saúde, analisando eficácia, eficiência, efetividade, no sentido do valor agregado à qualidade de vida e à saúde dos usuários do SUS.

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Identifica necessidades para a produção de conhecimento

(i) utiliza a realidade do trabalho para disparar processos de aprendizagem e de pesquisa, respeitando o conhecimento prévio de cada um e levando em conta o contexto sociocultural individual e da instituição/serviço de saúde.

(ii) realiza busca de informações em bases de dados remotas e analisa criticamente fontes e informações obtidas, a partir de princípios e evidências científicas e éticas. ii) formula perguntas e elabora hipóteses para investigação dos problemas da realidade.

Promove pesquisa aplicada

(i) utiliza metodologia científica para promover a investigação de um problema e a formulação de propostas de intervenção

(ii) elabora ou participa de propostas de pesquisa aplicada ou de geração de tecnologia, considerando princípios éticos e as necessidades da sociedade.

Facilita processos de ensino-aprendizagem

(i) seleciona estratégias educacionais e de comunicação mais adequadas às necessidades de aprendizagem identificadas.

(ii) apoia e utiliza soluções educacionais baseadas na construção de conhecimento que possibilite a transformação das práticas em saúde. Incentiva e favorece o desenvolvimento de novas capacidades voltadas à busca por atualizações e inovações e à superação de dificuldades. (iii) estimula a construção de conhecimento a partir da reflexão sobre o processo de trabalho, facilitando atividades de preceptoria e de educação permanente em saúde.

(iv) monitora e avalia processos, produtos e resultados relacionados às atividades educacionais realizadas.

Fonte: Adaptado de SOEIRO et al. (2015)

3. ÁREA DE CONCENTRAÇÃO DO PROGRAMA

A área de concentração do Programa é em Gestão da Clínica e está vinculada junto a CAPES na área de Saúde Coletiva

“A área de Saúde Coletiva se caracteriza na sua origem como espaço onde você tem conhecimento científico para o estudo da distribuição de doenças na população e da gestão dos serviços de saúde com uma face muito aplicada. O conhecimento tem intenção de modificação social muito clara, que se dá por meio dos serviços de saúde, públicos ou privados, geralmente envolvidos no Sistema Único de Saúde (SUS). Uma das missões da área de saúde coletiva é, portanto, formar não apenas pesquisadores, cientistas e professores para universidades, mas formar pessoal qualificado para resolver os problemas concretos que surgem nos serviços de saúde”. (https://www.capes.gov.br/36-noticias/8511-coordenadores-de-area-falam-sobre-a-avaliacao-de-mestrados-profissionais)

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4. LINHA DE PESQUISA DO PROGRAMA

O PPGGC está organizado em uma linha de pesquisa: gestão do cuidado, trabalho e educação na saúde. Esta possui três ênfases:

4.1 Gestão do Cuidado em Saúde

Este foco de pesquisa assume como centralidade a problemática de construção e gestão do cuidado individual e/ou coletivo com integralidade, equidade e qualidade de ações e serviços na busca permanente de avanços no enfrentamento sobre os determinantes sociais em Saúde. São enfatizados os seguintes eixos de investigação: interação profissional-sujeito, articulação dos serviços e profissionais. Diz respeito à qualidade e natureza da escuta, acolhimento e resposta às demandas de atenção à saúde e sua relação com a integralidade do cuidado. Assim, nesse eixo, os projetos de pesquisa podem considerar as necessidades de saúde de diferentes ciclos de vida (crianças, adolescentes e jovens, adultos e idosos); de grupos populacionais específicos e suas vulnerabilidades; e as diferentes dimensões humanas (psíquica, física, espiritual, social); finalidades e valores de uso do cuidado: diz respeito a graus e modos de integração entre as ações de promoção da saúde, prevenção de agravos, tratamento de doenças e sofrimentos e recuperação da saúde/reinserção social e a capacidade de resposta na relação cuidadora. Nesse eixo, os projetos de pesquisa podem considerar tanto o cuidado em sua dimensão técnica (saber técnico científico para finalidade assistencial), quanto o cuidado em sua dimensão relacional (relação entre sujeito que cuida e sujeito alvo do cuidado). Dimensão social dos processos de adoecimento, e a construção de respostas individuais e coletivas a esses processos. Neste enfoque devem ser explicitadas as investigações e a produção de conhecimentos sobre os determinantes e significados sociais do processo saúde-doença e também as políticas, programas e tecnologias construídas para as suas superações, em sua interface com a Epidemiologia, a Clínica e as Ciências Sociais.

4.2 Gestão do Trabalho em Saúde

O hiato existente entre os avanços científicos e tecnológicos e as condições de saúde de grande parcela da população mundial e brasileira, conforma o contexto dos projetos de pesquisa do enfoque Gestão do Trabalho em Saúde, que devem abarcar a sistematização e a geração de conhecimento sobre as inovações tecnológicas na produção e organização do trabalho em Saúde, visando à construção e o fortalecimento de redes de atenção e apresentar os seguintes

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eixos estruturantes: i) organização do cuidado integral, na articulação e regulação de serviços e ações de saúde; ii) trabalho em equipe multiprofissional com abordagem interdisciplinar; iii) necessidades de aprendizagem de trabalhadores decorrentes do processo de trabalho, mantendo diálogo com os pressupostos da Educação Permanente em Saúde; iv) cotidiano do trabalho em Saúde e suas interfaces com a gestão e desenhos técnico assistenciais que norteiam os processos de gestão e organização das práticas de cuidado no interesse das necessidades das pessoas e populações.

4.3 Gestão da Educação na Saúde

O foco em gestão da educação na saúde aborda a sistematização e a produção de conhecimento sobre as tendências e mudanças educacionais na graduação, pós-graduação e educação em serviço na área da Saúde, tendo o SUS como cenário de ensino/aprendizagem e visa aprofundar a compreensão sobre as possibilidades e desafios dos Serviços de Saúde. São seus eixos estruturantes: Ênfase na análise e avaliação de tecnologias educacionais voltadas à transformação das práticas de cuidado, de gestão e de educação na saúde de modo orientado à melhoria da qualidade da atenção; ênfase na articulação entre a formação e o mundo do trabalho, considerando as necessidades trazidas pelo perfil demográfico das populações contemporâneas, e a busca por tecnologias educacionais alternativas aos modelos ainda hegemônicos, baseados na pedagogia da transmissão de conhecimentos; ênfase na dimensão pedagógica do papel dos profissionais que atuam no SUS, considerando este como cenário de aprendizagem.

5. CURRÍCULO

O currículo do programa está organizado segundo um perfil de competência e diretrizes para o desenvolvimento de currículos integrados, nos quais a articulação entre Teoria e Prática é um dos eixos estruturantes da proposta educacional. A maior parte das atividades de ensino são interdisciplinares e orientadas à identificação e resolução de problemas. Preponderantemente, são utilizadas metodologias ativas de ensino-aprendizagem (MAEA).

A proposta curricular também se orienta pela abordagem construtivista da Educação de Adultos que busca estimular a capacidade de aprender a aprender, o trabalho em equipe, a postura ética, colaborativa e compromissada com as necessidades da sociedade. Visa aprofundar, de modo crítico e reflexivo, o conhecimento cientificamente produzido, mais especificamente no campo da Gestão da Clínica, e o diálogo entre esses saberes e as

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necessidades advindas da realidade. O processo ensino aprendizagem das MAEA está ancorado nas teorias interacionistas, na aprendizagem significativa, na dialogia, reflexão da prática, na práxis, no uso de ferramentas digitais e no método científico.

As atividades educacionais ocorrem em pequenos grupos de trabalho, em salas específicas para a utilização dessa metodologia. Os grupos são compostos por oito a doze mestrandos e um ou dois docentes, no papel de facilitadores de aprendizagem. Nas atividades realizadas em pequenos grupos, mestrandos e respectivos docentes realizam todas as atividades educacionais planejadas.

As estratégias de aprendizagem são organizadas por disparadores no formato de: i. situações-problema (SP) elaboradas pelo conjunto de docentes responsável pelas

atividades curriculares (disciplinas);

ii. narrativas da prática profissional (Anexo 1 - Termo de Referência); iii. vídeos/filmes/documentários selecionados pelo corpo docente;

iv. fragmentos de material de mídia relativo ao objeto da atividade educacional; v. TBL (Team Based Learning);

vi. resultados de pesquisa que funcionam como disparadores dos processos de problematização;

vii. textos base indicados pelo corpo docente;

viii. consultorias por meio da participação de docentes convidados ou especialistas na temática a ser discutida e

ix. portfólio reflexivo (Anexo 2 - Termo de Referência).

Detalhando as estratégias, destacamos que as SP trazem uma situação prevalente e relevante da área da Saúde, focalizando uma ou mais questões relativas à atuação profissional. Nestas SP, a realidade é representada de modo complexo, de tal forma que diferentes perspectivas sobre um problema sejam retratadas. As situações problemas das disciplinas podem ser mantidas ao longo de mais de uma oferta, ou são adaptadas e atualizadas quando os docentes responsáveis avaliam tal necessidade, e quando as avaliações e devolutivas dos alunos indicam.

As narrativas da prática profissional (NP) correspondem a um texto reflexivo elaborado pelos próprios mestrandos a partir de experiências significativas no cotidiano do trabalho. Em geral, as narrativas são solicitadas pelos docentes quando objetiva-se explorar de forma mais

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intensa dimensões vivenciais, afetivas e atitudinais do processo ensino-aprendizagem e são produzidas a partir de uma consigna.

Os disparadores (iii) e (iv) tem o objetivo de articular diferentes dimensões da realidade a partir de outra linguagem e ampliar o repertório de habilidade para identificar e problematizar o objeto do estudo. O disparador (v) é uma adaptação do uso de metodologias ativas para grandes grupos de participantes, que trabalha com aprendizagem baseada em equipes, sendo constituído por 3 momentos: 1) Preparação do material (elaboração do contexto e dos testes de múltipla escolha pelo docente); 2) Compartilhamento (leitura do material por parte dos estudantes e resposta individual aos testes; realização do teste em equipe; e debate com o especialista); 3) Aplicação dos conceitos (tarefas para que a equipe aplique seus conhecimentos em desafios relacionados a um contexto simulado).

Os disparadores (vi) e (vii) são utilizados quando as atividades pedagógicas visam valorizar a conexão intrínseca entre pesquisa-intervenção, estimular o raciocínio analítico dos mestrandos, apoiar conjunto de habilidades vinculadas a ferramentas de análise de dados. Apoiar as decisões de intervenção em relação ao problema discutido em referenciais teóricos e evidências científicas.

Especialmente os disparadores (i, ii, iii, iv) são processados segundo a Espiral Construtivista (EC), uma metodologia educacional que agrega elementos da aprendizagem baseada em problemas, da problematização e do método científico (LIMA, 2017). A utilização do formato da espiral para a representação do processo ensino-aprendizagem contribui para evidenciar as diferentes etapas educacionais desse processo como movimentos que se articulam e se retroalimentam. (Figura 1).

Figura 1: Espiral Constritivista do processo de ensino-aprendizagem a partir da exploração de uma situação-problema.

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Fonte: Vernaschi (2017)

De maneira sucinta, os momentos-movimentos que compõem a Espiral consiste em: 1. Identificação de problemas a partir de um estímulo educacional, que deve promover

que todos os estudantes explicitem suas ideias, percepções, sentimentos e valores prévios, trazendo à tona os fenômenos que já conhecem.

2. As explicações iniciais e a formulação de hipóteses permitem explorar os acúmulos dos educandos e a sua visão de mundo quando propõe as explicações dos problemas. Ajuda a evidenciar as fronteiras de aprendizagem em relação a uma dada situação, possibilitando identificar as capacidades presentes e as necessidades de aprendizagem. Este exercício contribui para a elaboração das questões de aprendizagem que irão apontar as necessidades de aprendizagem a serem superadas.

Para uma boa construção desta rede de explicações é importante que o o docente facilitador tenha capacidade de ouvir, contemplar e articular os diferentes saberes. Esta fase da espiral, em geral, colocará em cena as principais diferenças de concepções presentes entre os educandos e conflitos podem emergir. É importante ao docente facilitador contribuir para a boa produção do diálogo no grupo contemplando todas as diferenças e apoia-lo a construir sínteses e sistematizações dos pensamentos.

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3. A momento de elaboração de questões de aprendizagem representa o conjunto de necessidades de aprendizagem e orienta a busca de novas informações. A seleção e pactuação, no coletivo (pequeno grupo), das questões consideradas mais relevantes para o atendimento destas necessidades e ampliação das capacidades de enfrentamento dos problemas identificados, por meio de diferentes e novas perspectivas encontradas nas evidências científicas.

4. A busca por novas informações deve ser realizada, individualmente, pelos estudantes. O acesso às bases remotas de dados, materiais disponíveis na Biblioteca Comunitária da Universidade (BCo-UFSCar) e outros materiais bibliográficos-técnicos, deve ser estimulado, por meio de capacitações para a busca e análise crítica de informações. Tal capacitação está prevista em módulo da AC de Metodologia Científica. Além de bases remotas de dados, é orientado a busca em bases físicas da BCo, bem como em outras bibliotecas, sempre primando pela confiabilidade das diferentes bases de dados. A análise da estratégia de busca utilizada pelos estudantes e o grau de confiabilidade das fontes e informações fazem parte do processo de ampliação da capacidade de aprender ao longo da vida, e visam garantir o caráter científico do processo de busca.

5. O movimento de construção de novos significados/saberes deve ser um produto do confronto entre os saberes prévios e as novas informações trazidas pelas pesquisas/buscas realizadas. A construção de novos sentidos não se restringe ao movimento de compartilhamento de novas informações. Ela ocorre durante todo o momento no qual uma interação produza uma descoberta ou revele uma perspectiva diferente das ideias que utilizamos com mais frequência. Todos os conteúdos compartilhados devem receber um tratamento de análise e crítica, devendo-se considerar as evidências apresentadas.

6. No movimento de avaliação do processo e dos produtos, a avaliação formativa deve ser realizada, verbalmente, ao final de cada atividade e assume um papel fundamental na melhoria do processo. Todos devem fazer a autoavaliação, incluindo seu processo individual de aprendizagem (metacognição). Também devem avaliar o desempenho de seus pares e dos professores-facilitadores nas interações e produções de novos significados neste processo. Para além do processo, os grupos devem analisar os produtos alcançados e decidir se há ou não necessidade de continuar o aprofundamento da produção de saberes daquele conjunto de questões abordadas.

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5.1 Comunidade de Aprendizagem

Nas metodologias ativas de aprendizagem, os papéis de docentes e discentes são distintos daqueles utilizados na educação tradicional. Os mestrandos são estimulados/apoiados a desenvolverem uma postura proativa no processamento dos disparadores e na formulação de hipóteses e de questões de aprendizagem, que representam, respectivamente, os conhecimentos prévios e a fronteira da aprendizagem de um determinado grupo. Esse processamento (síntese provisória), momento em que trabalhamos com os conhecimentos prévios dos mestrandos sobre o problema em discussão, em pequenos grupos com, no máximo, doze mestrandos e um ou dois docentes do programa.

Esse número de integrantes favorece a participação dos mestrandos e os docentes atuam como facilitadores do processo ensino-aprendizagem. Cada pequeno grupo estabelece um pacto e contrato didático de trabalho. O número de dois docentes por grupo frequentemente, atende às demandas de capacitação docente em metodologias ativas ou de socialização de conteúdos de determinadas atividades curriculares. Esta vivência educacional do mestrando contribui para desenvolver a prática do aprender a aprender, possibilitando a aprendizagem contínua em sua prática profissional de maneira individual, bem como com seus pares. Este processo permite que o mestrando, profissional de Saúde ou áreas afins, desenvolva a atitude de questionar sua realidade e contexto, interrogar, construir perguntas e a aprender a respondê-las. A cada comunidade de aprendizagem o mestrando poderá vivenciar possibilidades de trabalho colaborativo, pautado pela ética e respeito ao processo grupal e individual de cada mestrando.

5.2 O docente como facilitador

O processo educacional construído sobre estes pressupostos convida o professor a se apresentar como um facilitador da construção do ensino-aprendizagem dos mestrandos favorecendo o desenvolvimento de seu protagonismo e autonomia. Os docentes atuarão como facilitadores das atividades em pequenos grupos, contribuindo para que as lacunas de aprendizagem sejam identificadas, auxiliando os mestrandos nos melhores caminhos para a busca às questões. Isto compreende a importância da identificação de evidências científicas, método epidemiológico, além de subjetividades culturais e sociais, questões estas apoiadas pelos referenciais das Ciências Sociais, também inserindo no cenário de discussões, os

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referenciais que subsidiam as práticas de gestão, planejamento e outros, como respostas aos complexos problemas discutidos.

5.3 Atividades Curriculares (AC)

O PPGGC possui três atividades curriculares (disciplinas) obrigatórias e seis optativas que contemplam, respectivamente, 28 e 8 créditos. As disciplinas do PPGGC foram cadastradas na CAPES e no ProPGWeb com o nome de Atividade Curricular (AC), em função da interdisciplinaridade.

Quadro 02. Atividades Curriculares

Nome Tipo Créditos

Práticas em Saúde e Gestão do Cuidado (PSGC) Obrigatória/anual 12 créditos Metodologia Científica em Saúde (MCS) Obrigatória/anual 10 créditos Processos Educacionais em Saúde (PES) Obrigatória/semestral 06 créditos Cuidado Centrado na Pessoa (CCP) Optativa/semestral 04 créditos Metodologias Ativas de Ensino-aprendizagem (MAEA) Optativa/semestral 04 créditos Educação Permanente em Saúde (EPS) Optativa/semestral 04 créditos Apoio Matricial e Linhas de Cuidado (AMLC) Optativa/semestral 04 créditos Epidemiologia em Serviços de Saúde (ESS) Optativa/semestral 04 créditos A produção cotidiana do trabalho em saúde Optativa/semestral 04 créditos

Fonte: Os autores.

Como essas AC também são interdisciplinares e orientadas por um escopo articulado com a área de concentração do programa, pode haver interesse na realização de disciplinas optativas com outros recortes, conforme as singularidades dos projetos de pesquisa dos mestrandos. Neste caso, é possível cursar disciplinas em outros programas da Pós-Graduação da UFSCar e em outras instituições, até o máximo de 22% (vinte e dois por cento) do total de créditos exigidos para a integralização das Atividades Curriculares.

Para validação destas disciplinas pela Comissão do Programa de Pós-Graduação (CPG), elas devem ter sido realizadas como mestrando em outro curso de mesmo nível ou como aluno

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especial em outro curso de pós-graduação em, no máximo, dois anos antes da matrícula do PPGGC.

6. AVALIAÇÃO

6.1 Avaliação da aprendizagem e dos processos educacionais

O Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que se encontra em vigor, foi publicado em março de 2014 e traz em suas Diretrizes Gerais, a necessidade de se

“instituir um sistema de avaliação institucional amplo e permanente que contemple a consistência dos parâmetros definidos de acordo com os princípios do Plano de Desenvolvimento Institucional, desde a avaliação dos estudantes, das disciplinas, da atividade docente, técnica e administrativa, até a avaliação do impacto das diferentes atividades na Universidade e na sociedade contemporânea.” (UFSCAR, 2014, p. 05)

Especificamente sobre os Programas de Pós-Graduação, o PDI se propõe, em suas Diretrizes Específicas relacionadas aos Processos de Formação, a

“definir e implementar uma política institucional de avaliação dos programas de pós-graduação (acadêmicos e profissionais) que considere, dentre outros aspectos, parâmetros internacionais de qualidade e os impactos na sociedade.” UFSCAR, 2014, p. 08)

Ainda no sentido de garantir os processos de avaliação institucional, o PDI reafirma, em suas Diretrizes Específicas relacionadas à Organização e Gestão, o compromisso de

“fortalecer a Comissão Própria de Avaliação (CPA), reavaliando suas funções e ampliando investimentos, com o objetivo de permitir que gerencie políticas e processos de avaliação e promova a interlocução entre as diferentes instâncias envolvidas nesses processos.” (UFSCAR, 2014, p. 26)

Dialogando com as diretrizes do PDI, o Estatuto da UFSCar faz, em dois de seus artigos, menção aos processos de avaliação dos Programas de Pós-Graduação:

“Art. 19. Compete ao CoPG (Conselho de Pós-Graduação), além do que for disposto no Regimento Geral:

I - formular, aprovar, acompanhar e avaliar a política institucional de pós-graduação da Universidade, a partir da política institucional definida pelo ConsUni;” (UFSCAR, 1990, p. 11)

“Art. 70. Os projetos pedagógicos dos cursos de graduação e de pós-graduação stricto sensu deverão ser periodicamente avaliados,

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Pós-Graduação, conforme previsto nos regimentos gerais dos Cursos de Graduação e dos Programas de Pós-Graduação.” (UFSCAR, 1990, p. 23)

É importante destacar a CPA/UFSCar como a responsável pela coordenação de processos internos de autoavaliação e pela realização de levantamentos de informações que identificam potencialidades e fragilidades. Assim, seus produtos contribuem com os processos de planejamento e gestão no sentido de qualificar o ensino, a pesquisa e a extensão. A avaliação institucional realizada pela CPA possui caráter educativo e está ancorada na missão da universidade. No entanto, até o presente momento, voltou o seu foco para a avaliação do ensino de Graduação, enquanto a Pós-Graduação seguiu sendo avaliada apenas externamente pela CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior)

O processo de avaliação externa realizado pela CAPES foi aprimorado em 2019, sendo que a autoavaliação dos programas foi incorporada à ficha de avaliação, no intuito de ter caráter formativo e contextualizado, bem como possibilitar o aprofundamento de análises de natureza qualitativa. A inclusão da autoavaliação pela CAPES segue uma tendência internacional que sinaliza que a autoavaliação dos programas de pós-graduação impacta na qualificação dos próprios programas. Como a proposta da CAPES é fazer com que a avaliação externa e a autoavaliação se articulem, as perguntas norteadoras sugeridas para o processo de autoavaliação dialogam com os critérios da ficha de avaliação externa (BRASIL, 2019).

Com relação ao PPGGC, ele está organizado segundo diretrizes para o desenvolvimento de currículos integrados, nos quais a articulação entre teoria e prática é um dos eixos estruturantes da proposta educacional. A maior parte das atividades de ensino são interdisciplinares e orientadas a identificação e resolução de problemas. Preponderantemente, são utilizadas metodologias ativas de ensino-aprendizagem, que são fundamentadas nas teorias interacionistas, na aprendizagem significativa, na dialogia, na reflexão da prática, na práxis e no método científico.

6.2 Estratégias

O sistema de avaliação do PPGGC/UFSCar está vinculado aos Sistemas de Avaliação da UFSCar. Em consonância com as bases teóricas que adota para o processo ensino-aprendizagem, é critério-referenciado, tendo como base o perfil de competência. Todos os atores (pós-graduandos e docentes) avaliam e são avaliados. A avaliação formativa é realizada verbalmente ao final de cada atividade. A avaliação somativa do desempenho dos mestrandos nas atividades

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curriculares utilizam os conceitos: “satisfatório” ou “insatisfatório”. Os mestrandos autoavaliam sua aprendizagem e atuação no pequeno grupo, e também avaliam o desempenho de seus pares e dos docentes. Todos avaliam a atividade educacional e o programa. Os formatos de avaliação já existentes são quantitativos e qualitativos, permitindo uma especificação dos pontos fortes e dos aspectos a serem melhorados.

A avaliação é realizada por todos os envolvidos nas atividades do Programa. Deve ser livre de medos e possibilitar que as pessoas expressem suas percepções, objetivando e exemplificando os aspectos considerados adequados e os que precisam ser melhorados, reformulados ou mesmo substituídos. O respeito e a responsabilidade nesse processo são fundamentais para a garantia de um clima de cooperação que visa a ética e a estética na operacionalização do PPGGC.

A avaliação é uma atividade permanente e constituinte do processo de desenvolvimento do pós-graduando e seu cenário de atuação profissional, da qualificação docente e da melhoria do PPGGC. Permite o acompanhamento desses processos, tornando visíveis avanços e dificuldades para promover ações de modo a melhorá-los, assim como a produtos e resultados.

6.2.1 Avaliação dos docentes

O desempenho do facilitador e do orientador é avaliado pelos pós-graduandos, considerando-se a capacidade de favorecer o progresso pessoal, técnico e acadêmico, e apresentar atitudes coerentes com o seu papel. Uma síntese do desempenho de cada docente é formalizada em um documento escrito e entregue na secretaria do Programa ao final de cada Atividade Curricular (Apêndice 1).

Para complementar a avaliação dos professores, será elaborado um formato em que o estudante avalie periodicamente o desempenho de seu orientador, em que a entrega seja semestral, a partir do final do segundo semestre, até o envio de artigo para publicação, sendo a identificação do avaliador opcional e as avaliações sempre formativas.

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6.2.2 Avaliação das Atividades Curriculares e do Programa

As Atividades Curriculares (AC) são avaliadas pelos mestrandos e pelos docentes, em formulário próprio entregue à secretaria ao término da atividade AC (Apêndice 2). A mesma subsidia a qualificação das respectivas AC e o planejamento das ofertas seguintes.

A avaliação do Programa deverá ser realizada pelos pós-graduandos, pelos docentes e pela gestão dos serviços onde estão inseridos profissionalmente os mestrandos ou do campo onde os mesmos desenvolvem seu trabalho de conclusão do mestrado. Para isso, será criado um formulário específico, que deverá ser preenchido e entregue ao final de cada ano letivo, sendo opcional a identificação do avaliador. O consolidado delas fundamentará as revisões e reformulações do Programa.

6.2.3 Avaliação do pós-graduando nas Atividades Curriculares

A avaliação do pós-graduando é critério-referenciada. O referencial é o perfil do egresso descrito no item 6.3.1 abaixo, ao qual se compara o desempenho observado proporcionalmente ao momento em que o avaliado se encontra entre o ingresso e a conclusão da sua formação.

A avaliação critério-referenciada desestimula a competição entre os avaliados e estabelece um diálogo mais adequado entre professores e pós-graduandos. Permite, ainda, que os avaliados conheçam os desempenhos considerados satisfatórios, orientando seu desenvolvimento e o acompanhamento de seu progresso em direção ao perfil de egresso desejado (item 6.3.1).

A avaliação formativa é orientada ao desenvolvimento técnico e acadêmico e realiza-se em processo. Utiliza a autoavaliação e a avaliação dos demais membros do grupo ou equipe de trabalho sobre o desempenho e atuação de cada um. Destina-se à identificação de potencialidades e áreas que requerem atenção, no sentido da melhoria continuada do processo de progressão do mestrando.

Ao final de cada encontro educacional, cada participante da atividade, mediante diálogo entre todos, avalia a atividade, a si próprio e participação dos pares, oralmente. Esse tipo de avaliação potencializa o trabalho em equipe, a habilidade para fazer e receber crítica, e a autorreflexão pela melhoria individual e do trabalho coletivo. Será registrada no portfólio por cada mestrando.

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A sistematização da avaliação do pós-graduando nas AC é realizada em dois formatos (Apêndices 3 e 4), em que o pós-graduando se autoavalia e é avaliado pelo facilitador da AC. Na avaliação somativa, avaliam-se os saberes e a prática acadêmica relacionada ao desempenho do mestrando e aos objetivos gerais do programa em relação a este desempenho. Essa avaliação destina-se à certificação do pós-graduando em relação à AC cursada.

Ainda como instrumento de avaliação, utiliza-se o Portfólio reflexivo (Anexo 2). O mesmo destina-se a evidenciar a trajetória de ensino-aprendizagem que o mestrando vai construindo durante as atividades curriculares e como estas dialogam com o seu processo de trabalho. Nesta trajetória é importante que o mestrando também evidencie o aporte teórico vivenciado nas atividades e/ou outros que queira. O portfólio será apresentado pelo mestrando ao docente responsável, a critério e segundo pactuação, em cada atividade curricular. Caberá também ao docente orientador do mestrando, o acompanhamento do portfólio no sentido de contribuir na reflexão sobre como a trajetória de aprendizagem do mestrando oferece aportes teóricos e práticos para o desenvolvimento do seu trabalho de conclusão de curso (TCC).

6.2.4 Critérios de Avaliação

As avaliações escritas se concluem mediante a atribuição de conceitos. Nas avaliações formativas são atribuídos os conceitos, “satisfatório” ou “precisa melhorar”. Nas avaliações somativas são atribuídos os conceitos “satisfatório” ou “insatisfatório”. Os critérios de avaliação, no PPGGC-UFSCar, são referenciados ao perfil de competência apresentado.

6.2.5 Critérios de certificação

A certificação em cada AC está condicionada à obtenção do conceito satisfatório na avaliação somativa e presença e participação em, no mínimo, 75% das atividades. A certificação no Programa condiciona-se à obtenção do conceito satisfatório nas avaliações somativas de todas as atividades do mesmo em que esse tipo de avaliação está previsto, e na presença e participação em, no mínimo, 75% de todas as atividades do Programa, além de aprovação do Trabalho de Conclusão de Curso conforme as normas do programa.

6.2.6 Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)

O Trabalho de Conclusão perfaz 64 créditos, totalizando 100 créditos quando somados aos cursados em AC.

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Segundo o Art. 7, § 3º da Portaria Normativa CAPES n. 17, de 28 de dezembro de 2009, o trabalho de conclusão final do curso poderá ser apresentado em diferentes formatos, tais como dissertação, revisão sistemática e aprofundada da literatura, artigo, patente, registros de propriedade intelectual, projetos técnicos, publicações tecnológicas; desenvolvimento de aplicativos, de materiais didáticos e instrucionais e de produtos, processos e técnicas; produção de programas de mídia, editorial, composições, concertos, relatórios finais de pesquisa, softwares, estudos de caso, relatório técnico com regras de sigilo, manual de operação técnica, protocolo experimental ou de aplicação em serviços, proposta de intervenção em procedimentos clínicos ou de serviço pertinente, projeto de aplicação ou adequação tecnológica, protótipos para desenvolvimento ou produção de instrumentos, equipamentos e kits, projetos de inovação tecnológica, produção artística, sem prejuízo de outros formatos, de acordo com a natureza da área e a finalidade do curso, desde que previamente propostos e aprovados pela CAPES. § 4º Para atender situações relevantes, específicas e esporádicas, serão admitidas proposições de cursos com duração temporária determinada.

Ao longo da formação pós-graduada, o mestrando desenvolve um trabalho de pesquisa aplicada em seu próprio campo de atuação profissional apoiado por um docente no papel de orientador. Este trabalho passará por duas etapas de avaliação formativa e uma de avaliação somativa.

A primeira acontece no máximo ao final do primeiro ano, na forma de um seminário em que o mestrando apresenta seu projeto de trabalho de modo estruturado e sistematizado, o qual é qualificado formativamente por pelo menos dois docentes do PPGGC, além do orientador, e eventuais colegas ou convidados presentes ao seminário. Esta primeira etapa é avaliada oralmente, em caráter formativo por todos os presentes e é anotada pelo mestrando autor do projeto em seu portfólio.

A segunda configura a qualificação do trabalho de conclusão. Procede-se mediante a constituição formal de uma banca composta, no mínimo, pelo orientador, um docente do PPGGC e um docente da UFSCar externo ao PPGGC, no envio do texto da dissertação previamente à banca, na apresentação formal do trabalho em forma de seminário e na observância à consideração dos membros da banca sobre o material apresentado. Esta etapa acontecerá quando o trabalho estiver iniciando a análise dos dados. A avaliação aqui é somativa conforme descrito anteriormente.

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A última etapa consiste na defesa pública da dissertação, quando há avaliação somativa, por uma banca formalmente constituída previamente, pelo menos, pelo orientador, um docente do PPGGC e um docente externo à UFSCar. O texto da dissertação terá que ser enviado à banca com o mínimo de 30 dias de antecedência à data da defesa, a qual ocorrerá na forma de uma apresentação oral pública do trabalho de pesquisa.

A obtenção do diploma final de conclusão da formação pós-graduada está condicionada à obtenção do conceito satisfatório em todas as avaliações somativas previstas pelo Programa, à frequência de pelo menos 75% em todas as atividades de formação, ao depósito da dissertação final no repositório do sistema de Bibliotecas da UFSCar com a anuência do orientador, e ao envio de artigo científico para publicação com, no mínimo, o aceite de submissão do artigo pelo periódico para avaliação do material apresentado.

6.2.7 Instrumentos de Avaliação

Atualmente o Programa já conta com os seguintes instrumentos de avaliação: Avaliação do facilitador (Apêndice 1), Avaliação de Atividade Curricular (Apêndice 2), Autoavaliação do estudante (Apêndice 3) e Avaliação do estudante (Apêndice 4). Esses instrumentos poderão ser revistos e novos poderão ser criados a partir das análises dos resultados obtidos. A concepção utilizada na elaboração de novos instrumentos de avaliação será traçada a partir das dimensões e variáveis citados no quadro 1, focalizando o aluno, o egresso, o corpo docente e a inserção social do programa. Os instrumentos de avaliação serão aplicados semestralmente em formulários de papel ou online para obtenção de informações e dados sobre o programa.

7. SEMANA TÍPICA DO MESTRANDO NO PRIMEIRO ANO

Quadro 03. Semana típica do semestre 1

Período Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Sábado

Manhã

AC Obrigatória

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Tarde

Noite AC Obrigatória PSGC Obrigatória AC PES

Fonte: Os autores

Quadro 04. Semana típica do semestre 2

Período Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Sábado

Manhã Obrigatória AC

MC

Tarde

Noite AC Obrigatória PSGC AC Optativa AC Optativa AC Optativa

Fonte: Os autores

O mestrando deverá ter disponibilidade de, no mínimo, duas horas semanais para orientação de projeto de pesquisa em dia e horário a ser pactuado com o orientador.

Poderão ser usados alguns sábados durante o ano, para a realização de atividades acadêmicas e seminários.

8. CORPO DOCENTE

Quadro 05. Docentes do PPGGC

Nome Link para o C Lattes Contato

Adriana Barbieri Feliciano http://lattes.cnpq.br/9398810638733882 adrianabarbierif@gmail.com Telefone: (16) 3351-8334

Alana de Paiva Nogueira

Fornereto Gozzi http://lattes.cnpq.br/0361502737203825 alanaf@ufscar.br Telefone: (16) 3351-8342

Aline Guerra Aquilante http://lattes.cnpq.br/5699716799010108 aline@ufscar.br Telefone: (16) 3351-8340

Bernardino Geraldo Alves Souto http://lattes.cnpq.br/7264826508407685 bernardino@viareal.com.br Telefone: (16) 3351-8340

(35)

Geovani Gurgel Aciole da Silva http://lattes.cnpq.br/6146469366214279 geovani.gurgel@gmail.com Telefone: (16) 3351-8340

Heloisa Cristina Figueiredo Frizzo http://lattes.cnpq.br/7671727745372896 heloisa.frizzo@yahoo.com.br Telefone: (16) 3351-9612

Jair Borges Barbosa Neto http://lattes.cnpq.br/9551566039906499 jairbneto@gmail.com Telefone: (16) 3351-8340

Larissa Campagna Martini http://lattes.cnpq.br/8969823407559809 larissacampagna@gmail.com Telefone: (16) 3351-8340

Luciana Nogueira Fioroni http://lattes.cnpq.br/8086810053892035 luciananf@hotmail.com Telefone: (16) 3351-8361

Mônica Vilchez da Silva http://lattes.cnpq.br/5876441429138804 monicavs.sus@gmail.com Telefone: (16) 3351-9612

Renata Bellenzani http://lattes.cnpq.br/5545222663436009 renatabellenzani@hotmail.com Telefone: (16) 3351-9612

Roberto de Queiroz Padilha http://lattes.cnpq.br/2262980850254605 rqpadilha@gmail.com Telefone: (16) 3351-9612

Sheyla Ribeiro Rocha http://lattes.cnpq.br/4784568943530426 sheyla.ribeiro.rocha@gmail.com Telefone: (16) 3351-8340

Sueli Fatima Sampaio http://lattes.cnpq.br/0737750473446351 sufasampaio@gmail.com Telefone: (16) 3351-9612

Taís Bleicher http://lattes.cnpq.br/9075358493860166 profataisbleicher@gmail.com Telefone: (16) 3351-8361

Valéria Vernaschi Lima http://lattes.cnpq.br/7945420582384290 valeriavl@uol.com.br Telefone: (16) 3351-9612

Wagner dos Santos Figueiredo http://lattes.cnpq.br/5780408703746760 wagfig1@gmail.com Telefone: (16) 3351-8340

Fonte: Os autores

9. PRINCIPAIS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS DO PROGRAMA DE PÓS

GRADUAÇÃO EM GESTÃO DA CLÍNICA

9.1 Matrícula e renovação de matrícula

A matrícula e a renovação de matrícula serão realizadas exclusivamente pelo Sistema ProPGWeb (www.propgweb.ufscar.br), utilizando o número do Registro Acadêmico (RA) e senha enviados no endereço eletrônico cadastrado. O mestrando deverá selecionar as Atividades Curriculares Obrigatórias e Optativas que realizará naquele semestre, além da atividade “Desenvolvimento de Pesquisa”.

(36)

A renovação de matrícula deverá ocorrer semestralmente, de acordo com calendário acadêmico divulgado no site do PPGGC ( https://www.ppggc.ufscar.br/pt-br/informacoes-academicas/calendario-academico), sob pena de serem considerados desistentes do curso.

9.2 Proficiência da língua

O mestrando deverá apresentar cópia da certificação de proficiência em um dos exames a seguir, com pontuação mínima e data de realização de até 2 anos antes da matrícula:

● IELTS – escore mínimo 5,0 pontos;

● TEAP (Test of English for Academic Purpose) – escore mínimo 60 pontos; ● TOEFL – escore mínimo 48 pontos (internet based);

● TOEFL ITP (institucional) – escore mínimo 460 pontos;

● Exame de Proficiência realizado pelo Instituto de Línguas da UFSCar - escore mínimo 6,0.

O candidato poderá apresentar o comprovante de proficiência na inscrição ou posteriormente, se aprovado no presente processo seletivo, sendo requisito para o Exame de Qualificação do mestrando no Programa.

9.3 Exame de Qualificação e Defesa do Trabalho de Conclusão

O mestrando será submetido ao Exame de Qualificação, em que deverá realizar uma apresentação oral, de no máximo trinta minutos, perante Comissão Julgadora, do projeto e da estrutura de seu trabalho, resultados e conclusões parciais obtidos até então. Ele deverá ser aprovado neste exame em até 20 meses após o seu ingresso no curso.

A Comissão Examinadora de Qualificação deve ser composta por três membros titulares (sendo um deles o orientador) e dois suplentes. o Exame deverá ser proposto pelo orientador e a solicitação de agendamento deverá ser inserida pelo mestrando no sistema ProPGWeb

(conforme procedimentos https://youtu.be/wM9yBLGxUr8) e posteriormente aprovada pelo orientador neste mesmo sistema (conforme procedimentos https://youtu.be/KNqaygqG_dM).

Assim como no Exame de Qualificação, na Defesa do Trabalho de Conclusão o mestrando deverá realizar uma apresentação oral de, no máximo, trinta minutos. A banca de Defesa também deve ser proposta pelo orientador, no entanto, por meio de formulário específico, disponível no site do Programa (Formulários). A Comissão Examinadora de Defesa

Referências

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Especialista em Terapia Cognitivo-comportamental em Infância e Adolescência, e curso de habilidades em Terapia Comportamental Dialética pela Elo Psicologia e