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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À GESTANTE COM DOENÇA HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GESTAÇÃO: AMPARO E HUMANIZAÇÃO

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Academic year: 2021

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À GESTANTE COM DOENÇA

HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GESTAÇÃO: AMPARO E

HUMANIZAÇÃO

NURSING CARE FOR PREGNANT WOMEN WITH SPECIFIC

HYPERTENSIVE DISEASE OF PREGNANCY: PROTECTION AND

HUMAGINZATION

BRENDA SILVA DOS SANTOS, FERNANDA SILVA TÍNEL, KÁTILLA

CAROLINE SOUSA FERNANDES, MARISLEI DE SOUSA ESPÍNDULA

BRASILEIRO

1

RESUMO: O objetivo do presente estudo é identificar, por meio de evidências científicas, as intervenções de

enfermagem para mulheres com Hipertensão Gestacional. O método utilizado para identificar essas evidências foi uma revisão integrativa da literatura, por meio das seguintes bases de dados eletrônicas: Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e Scientific Eletronic Library Online (SciELO), que culminou com a seleção de sete artigos científicos sobre a temática pesquisada. A partir dos estudos analisados, constatou-se a importância do amparo e da humanização exercidos pelo enfermeiro, a necessidade constante de qualificação do enfermeiro para avaliar e aplicar as intervenções necessárias de forma adequada à gestante e o acompanhamento rigoroso do pré-natal para reduzir os riscos de complicações decorrentes da Doença Hipertensiva Específica da Gestação. Faz-se necessária, porém, a continuidade de estudos com maior nível de evidência para que se possa estabelecer intervenções de enfermagem capazes de modificar o atual contexto que a gestante com Doença Hipertensiva Específica da Gestação se encontra.

Palavras-chave: Hipertensão. Gestação. Cuidados. Enfermagem. Assistência.

ABSTRACT: The aim of the present study is to identify, through scientific evidence, nursing interventionss for

women with Gestational Hypertension. The method used to identify this evidence was an integrative literature review, using the electronic databases: Virtual Health Library (VHL) and Scientific Electronic Library Online (SciELO), which culminated in the selection of seven scientific articles on the researched theme. From the studies analyzed, it was found the importance of the support and humanization exercised by the nurse, the constant need for the nurse's qualification to evaluate and apply the necessary interventions in an appropriate way to the pregnant woman and the strict prenatal monitoring to reduce the risks of complications resulting from Specific Hypertensive Disease of Pregnancy. However, it is necessary to continue studies with a higher level of evidence in order to establish nursing prevention capable of modifying the current context that the pregnant woman with hypertensive disease specific to pregnancy is in.

Keywords: Hypertension. Pregnancy. Care. Nursing. Assistance.

1 INTRODUÇÃO

O tema abordado, “Assistência de Enfermagem à Gestante com Doença Hipertensiva Específica da Gestação”, surgiu através do contato com o assunto durante a matéria de Obstetrícia, na qual observamos a necessidade de uma assistência qualificada à gestante a fim

1 Elaboração: Acadêmicos do 10º período do curso de graduação em Enfermagem da Faculdade Unida de

Campinas. E-mails: silvabrenda285@gmail.com, ftlp.1908@gmail.com, kallita.fernandes17@gmail.com. Orientação: Prof.ª Dra. Marislei de Sousa Espíndula Brasileiro. E-mail: marislei@cultura.trd.br.

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de reduzir o índice de agravos advindos dessa doença e a necessidade de se realizar um diagnóstico precoce e eficaz, prezando pela qualidade de vida da gestante e do bebê.

A enfermagem exerce um papel fundamental para a assistência de qualquer ser humano em todos os seus aspectos, visto que o primeiro contato com a gestante no seu acolhimento é de suma importância para uma assistência humanizada e criteriosa, a fim de resguardar sua saúde.

A gravidez é um evento resultante da fecundação do óvulo (ovócito) pelo espermatozóide. Esse se constitui como um momento de grandes transformações para a mulher, para seu(sua) parceiro(a) e para toda a família. Durante o período da gestação, o corpo vai se modificar lentamente, preparando-se para o parto e para a maternidade. A gestação (gravidez) é um fenômeno fisiológico cuja evolução ocorre, na maior parte dos casos, sem intercorrências (BRASIL, 2019).

A Doença Hipertensiva Específica da Gestação (DHEG) é uma enfermidade exclusiva da mulher no período gestatório. Essa enfermidade inicia-se, manifesta-se, agrava-se e complica-se durante a gravidez, desaparecendo completamente após o parto, não deixando sequelas se a assistência à mulher for realizada adequadamente (CORREIA, 2004).

De acordo com o Ministério da Saúde (BRASIL, 2019), a Hipertensão Gestacional consiste na elevação dos níveis pressóricos igual ou acima de 140x90 mmHg, sem presença de proteinúria, e que aparecem após a 20ª semana da gestação com retorno aos níveis normais após a 12ª semana de puerpério.

Diante desse distúrbio, faz-se necessário um pré-natal de qualidade e que integre todos os níveis de atenção: promoção, prevenção, tratamento e reabilitação da saúde, buscando assegurar a evolução normal da gestação. A gestante, quando diagnosticada com a síndrome, deverá ser encaminhada para o pré-natal de alto risco, todavia, continuará sendo assistida pela equipe primária, na qual o enfermeiro assume o papel fundamental de esquematizar uma assistência adequada a fim de reduzir os riscos e as complicações dessa gestante, evitando, dessa forma, uma possível pré-eclâmpsia ou, até mesmo, uma eclâmpsia.

Para reduzir os riscos advindos da Hipertensão Gestacional, a assistência ao pré-natal precisa acontecer de forma articulada e responder a um parâmetro de excelência que favoreça a sobrevida materna e fetal. Alguns cuidados devem ser realizados, como: aferição da pressão de forma fidedigna, orientações quanto ao repouso, dieta e, principalmente, orientação sobre a importância do pré-natal adequado.

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Diante desse quadro, foi realizada uma revisão bibliográfica acerca do tema: cuidados da equipe multiprofissional para as gestantes com distúrbios hipertensivos específicos da gestação. Através dessa revisão foi possível reconhecer a importância sobre o conhecimento da pré-eclâmpsia e eclâmpsia e os cuidados que a equipe, especialmente o enfermeiro, deve oferecer (VIEIRA, 2013).

Uma segunda revisão bibliográfica foi realizada a partir das informações disponíveis no manual técnico da Secretaria de Saúde de Minas Gerais, constatando-se que a execução inadequada do pré-natal tem contribuído para o aumento do índice de doenças hipertensivas específicas da gestação, principalmente em gestantes que vivem em situação de risco, onde existem fatores predisponentes que podem desencadear a doença (RIBEIRO, 2014).

A Síndrome Hipertensiva da Gravidez (SHEG) é apresentada como uma das mais importantes complicações durante o ciclo gravídico-puerperal, e a sua etiologia ainda permanece desconhecida. A pré-eclâmpsia evolui naturalmente e quando não tratada/interrompida, na gestação, ocorre o seu desenvolvimento para as formas mais graves, especialmente a eclampsia e a síndrome HELLP.

Esse estudo se configura como bibliográfico, descritivo e exploratório, cujos dados foram buscados no banco de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), no Sistema Latino-Americano e do Caribe de Informações em Ciências da Saúde (LILACS), na Scientific

Eletrônic Library Online (SCIELO) e nos Bancos de Dados em Enfermagem (BDENF)

(ABRAHÃO, 2013). Trata-se de uma revisão integrativa, sem delimitação temporal, realizada em cinco bases de dados, nos idiomas inglês, espanhol e português, no mês de junho de 2017, obtendo 75 artigos selecionados por meio de instrumento já validado. As seguintes categorias foram identificadas: “Tratamento medicamentoso/suplementação”, destacando a possibilidade de complicações quando iniciado precocemente; “Estilo de vida”, mediante o incentivo de práticas saudáveis que implicam a melhora da saúde do binômio; e “Assistência pré-natal”, salientando a necessidade de mais ações direcionadas à atenção para com as gestantes de alto risco (THULER, 2014).

Outra revisão integrativa percorreu seis etapas para sistematizar a pesquisa. A coleta de dados foi realizada nas bases de dados eletrônicos: LILACS, Canal, Scopus e MEDLINE. Não foi determinado um tempo de publicação, justamente por se tratar de um desenho de estudo específico que procurava associação positiva entre atividade física na gestação com a redução de síndrome hipertensiva gestacional. Nesse contexto, essa associação positiva foi

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verificada em 64,7% dos estudos, enquanto 29,4% não observaram esse efeito (GASPARIN, 2018).

Uma terceira revisão integrativa, realizada a partir das bases de dados LILACS, MEDLINE, CUMED, BDENF e IBECS, com artigos publicados no período de 2000 a 2016, utilizando os descritores em Saúde: Hipertensão Gestacional e Fatores de risco; a amostra final foi constituída por 17 produções. Observou-se a prevalência da Base de Dados LILACS, totalizando 11 (64,7%) artigos, com nove (52,9%) de língua portuguesa; nível de evidência IV em oito (47,06%) dos periódicos e estudos publicados no ano de 2014 com quatro (23,5%) produções (ARAÚJO, 2017).

Esses estudos concordam sobre a importância de o pré-natal ser realizado de forma adequada, pois detecta precocemente a DHEG, evitando o agravamento do quadro e diminuindo fatores de risco. Concordam, também, sobre o enfermeiro ter conhecimento e domínio da DHEG, para avaliar a gestante e prestar os cuidados necessários a ela. Porém eles não trazem as evidências científicas a respeito da assistência de enfermagem às gestantes com Doença Hipertensiva Específica da Gestação, por isso, a presente pesquisa é importante para salientar ao enfermeiro a relevância da assistência e da orientação adequada às gestantes.

2 OBJETIVO

Analisar as evidências científicas a respeito da assistência de enfermagem às gestantes com Doença Hipertensiva Específica da Gestação e levantar um olhar crítico e humanizado à assistência a essas gestantes, visando a prevenção do número de agravos à saúde materna e perinatal.

3 MATERIAIS E MÉTODOS

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, a qual consiste na síntese de diversos estudos já realizados, permitindo a análise de dados relevantes ao tema proposto, com a finalidade de compreender um fenômeno particular na área de estudo, possibilitando a construção de novos conhecimentos sobre a temática, fundamentados em resultados pautados em portais de estudos (MENDES et al., 2008).

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Para o desenvolvimento deste trabalho, foi utilizado o delineamento metodológico proposto por Mendes, Silveira e Galvão (2008), que consiste em seis etapas, sendo: a) identificação do tema e seleção da hipótese; b) busca na literatura; c) seleção e categorização dos estudos; d) avaliação dos estudos incluídos; e) interpretação dos resultados; e f) apresentação da revisão/síntese do conhecimento. O uso dos resultados de estudos já publicados dá suporte para a Prática Baseada em Evidências (PBE).

3.1 Identificação do Tema e Seleção da Hipótese

A identificação do tema, “Assistência de Enfermagem nas Gestantes com Doença Hipertensiva Específica na Gestação”, surgiu através do contato com o assunto durante a matéria de Obstetrícia, na qual pode ser observada a necessidade de uma assistência de excelência à gestante, a fim de reduzir o índice de agravo proveniente dessa doença e realizar um diagnóstico prévio e eficiente, prezando pela qualidade de vida da gestante e do bebê. Sendo assim, os pesquisadores entraram em consenso para abordar tal temática neste presente estudo. A pesquisa foi norteada pela seguinte questão: quais estratégias sobre a assistência que os profissionais de enfermagem devem realizar ao prestar cuidados às pacientes com Doença Hipertensiva Específica na Gestação?

3.2 Busca na Literatura

A busca dos artigos foi realizada em setembro de 2020, a partir de levantamentos bibliográficos nas bases de dados eletrônicas Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e Scientific

Eletronic Library Online (SciELO). Inicialmente, utilizamos os Descritores em Ciências da

Saúde (DeCs) “Hipertensão Gestacional”, “papel do enfermeiro na Hipertensão Gestacional”, “cuidados de enfermagem” e “hipertensão induzida pela gestação” conectados com o operador booleanoAND.

Entretanto, a busca gerou poucos artigos e decidimos realizar uma pesquisa adicional. Sendo assim, optamos por refazê-la com novos DeCs e o uso de uma palavra-chave. Utilizamos os DeCs “Gestação”, “Enfermagem” e a palavra-chave “Hipertensão” conectados com o operador booleanoAND. Nessa segunda busca, adicionamos a quantidade de artigos à busca anterior. Por fim, foram identificados 21 artigos científicos nas bases de dados, sendo 14 artigos disponíveis na BVS e 07 artigos na base de dados SCIELO.

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A seleção dos artigos científicos para compor esta revisão teve como critério de inclusão o recorte temporal entre os anos de 2004 até 2020, e publicações nos idiomas espanhol, inglês e português. Assim, identificamos 21 artigos nas bases de dados.

Para o recorte dos artigos incluídos na amostra final, quatro etapas de avaliação fizeram-se necessárias, são elas: leitura dos títulos, leitura dos resumos, disponibilidade do texto e leitura analítica do texto. Foram excluídas publicações duplicadas, textos não disponíveis, revisões de literatura e produções acadêmicas em nível de pós-graduação, pois não apresentam interesse ao estudo proposto. Ao final das etapas de avaliação, selecionamos 7 artigos que viabilizaram a execução deste estudo (Figura 1).

Para a categorização dos dados, empregamos um instrumento de coleta que abrange informações referentes à identificação do artigo (autor, título, periódico, ano de publicação e local de busca), e dados referentes à amostra do estudo, como os objetivos, a metodologia empregada e os resultados, conforme proposto por Mendes et al.(2008).

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CRUZAMENTO DOS DESCRITORES

PRODUÇÕES EXCLUÍDAS APÓS A LEITURA DO TITULO E DO RESUMO

PRODUÇÕES EXCLUIDAS APÓS A LEITURA DOS ARTIGOS NA INTEGRA AMOSTRA FINAL BVS (N=128) SCIELO (N=15) (N=106) (N=5) (N=89) (N=5) (N=07) Fonte: Os autores.

3.4 Avaliação dos Estudos Incluídos

Os estudos selecionados foram analisados detalhadamente para que os dados fossem avaliados e agrupados conforme o nível de evidência, para isso, utilizou-se uma tabela elaborada no Microsoft Word (Tabela 1), proposta por Brasileiro (2017).

Tabela 1. Classificação dos níveis de evidências.

Força Nível Prática baseada em evidências

Forte 1 Metanálise de múltiplos estudos controlados. Forte/moderada 2 Estudo experimental individual.

Forte/moderada 3

Estudo quase experimental como grupo único não randomizado, controlados com pré e pós-testes, ou estado, tipo, caso, controle.

Moderada/Fraca 4 Estudo não experimental, descritivo correlacional, qualitativo ou estudo de caso.

Moderada/Fraca 5 Relatório de caso ou dados obtidos sistematicamente de qualidade verificável, ou dados de programas de avaliação. Moderada/Fraca 6 Opinião de autoridades, comitês, órgãos legais.

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3.5 Interpretação dos Resultados

Os resultados dos artigos foram obtidos através de uma leitura precisa e de uma interpretação concreta, para que seus dados fossem avaliados e agrupados.

3.6 Síntese do conhecimento evidenciado e analisado nos artigos pesquisados e apresentação da Revisão Integrativa

Os resultados dos artigos foram obtidos através da avaliação crítica dos estudos incluídos por meio da comparação dos dados que atende o interesse do estudo proposto. Os dados foram avaliados e agrupados. As informações obtidas serão demonstradas a seguir.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para a elaboração e o alcance do objetivo proposto, organizou-se dois quadros com a descrição dos resultados encontrados; observou-se que essas gestantes possuem perfis específicos (quadro 1), e que há necessidade de capacitação dos profissionais enfermeiros para prestarem uma assistência de qualidade para gestantes com Hipertensão Gestacional (quadro 2).

Após a análise dos estudos, foi possível incluir sete publicações nesta pesquisa, das quais um trata-se de estudo quantitativo (nível 4), publicado em 2010; um estudo transversal (nível 4), publicado em 2004; e cinco são pesquisa de campo (nível 4), publicadas em 2015. Quanto ao idioma, todos foram publicados em português. Publicados por enfermeiros e acadêmicos de enfermagem. O total de amostra dos estudos foi de 7.144 gestantes e 19 enfermeiros graduados.

Segundo dados pesquisados pelo DATASUS (BRASIL, 2018), nos últimos 10 anos ocorreram 3.299 óbitos de gestantes com Hipertensão Gestacional. De acordo com pesquisa realizada pela OMS (2018), 75% das gestantes que morrem por complicação de partos no Brasil tem como principal causa o desenvolvimento da Hipertensão Gestacional. Já em outra pesquisa, executada pelo portal do Fio Cruz, entre os anos de 1996 a 2018, um dos destaques obtidos foi a constatação de 8.186 óbitos causados pela Hipertensão Gestacional. Essa doença tem prevalência de 0,6% a 2,0% em mulheres com faixa etária de 18 a 29 anos, e de 4,6% a 22,3% naquelas cuja faixa etária está entre 30 a 39 anos (BRASIL, 2020).

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Quadro 1. Resultados dos artigos pesquisados.

N Referências Resultados

1 REZENDE et al.,

2020.

No presente estudo, foram incluídas um total de 385 mulheres, a maioria delas tinha idade de >35 anos, era multípara, majoritariamente branca e obesa antes da gravidez. Um terço teve pré-eclâmpsia em gestação anterior, e 17% apresentava lesão de órgão-alvo associada à Hipertensão Crônica.

2 BACELAR, et al., 2017.

6.094 puérperas da Região Nordeste do Brasil, sendo que 48,6% (2.960) pertenciam a faixa da adolescência e juventude. Desse grupo, 4,6% (135) apresentou SHEG, as quais 59,3% (80) eram adultas jovens. De acordo com a classificação, 97,8% (132) apresentaram hipertensão arterial crônica, pré-eclâmpsia e síndrome de HELLP e 8,2% (11) apresentaram eclâmpsia.

3 OLIVEIRA,

GRACILIANO, et al., 2013.

As prevalências de SHG e DHG foram, respectivamente, de 18,4% e 6,5%; o ganho ponderal excessivo mostrou-se um fator independente associado à prevalência de SHG (RP 2,91; IC95% 1,58;5,35); idade ≥35 anos (RP 4,33; IC95% 1,61;11,69).

4 COELHO, et al.,2004. 60,8% das gestantes não tiveram proteinúria detectada, ou era menor que o valor de 0,3g./24h; em 39,2% de gestantes estavam incluídas as complicações de pré-eclâmpsia ou síndromes hipertensivas da gestação.

5 SOUSA, et al., 2020. Dentre as entrevistadas, 43% tinham Hipertensão Crônica. 33,3% apresentaram o quadro da doença com até 20 semanas de gestação; 23,7% apresentaram o quadro da doença após a 20ª semana da gestação; 62,3% tinham idade entre 18 e 35 anos; 78,1% tinham antecedente familiar com hipertensão arterial; 11,4% com idade entre 36 a 45 anos estavam na primeira gestação; e 26,3% com idade entre 36 a 45 anos estavam a partir

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Os cinco estudos chamam a atenção para a Hipertensão Crônica, para as complicações durante a gestação e também para os perfis das gestantes, como, faixa etária, se são puérperas ou multíparas, adultas jovens são mais atingidas. A maioria dessas gestantes têm antecedentes familiares portadores de hipertensão arterial.

Observando o Quadro 1, verificou-se que dentre as cinco publicações selecionadas, as evidências mais citadas na assistência de enfermagem à gestante com Doença Hipertensiva Específica na Gestação foram:

- Faixa Etária;

- Adolescentes e Adultas;

- Complicações durante a gestação; - Fatores de risco.

O primeiro artigo refere-se a um estudo realizado em um hospital durante cinco anos, e detectou que a Hipertensão Crônica é uma das doenças mais importantes em todo o mundo, é o principal fator de risco para doenças vasculares e complicações neurológicas, que é a primeira causa de morte em ambientes de renda alta e média (REZENDE, 2020). Pode-se dizer que 3 a 5 % das gestantes podem ter complicações durante a gestação. A assistência de enfermagem é fundamental para realizar um atendimento especializado, para melhorar os resultados maternos por meio de um acompanhamento pré-natal mais rigoroso e com diagnóstico precoce.

No que se refere ao estudo do segundo artigo, feito com puérperas adolescentes e adultas jovens atendidas nas maternidades selecionadas da Região Nordeste, de 68 unidades de saúde em 54 municípios, mostrou que adolescentes tendem a apresentar menos adequação da assistência pré-natal, tanto pelo início tardio quanto pelo menor número de consultas, fatores esses que aumentam os riscos da gestação, especialmente naquelas mais jovens (BACELAR, 2017). Observando esse estudo com 8,5% das adolescentes e adultas jovens realizando o pré-natal corretamente, essas gestantes têm menos interesse em saberem informações concretas sobre a maternidade, a realização do parto e as complicações que podem ocorrer durante a gestação.

Um estudo realizado no ano de 2013, no hospital universitário do município, foi aplicado um formulário padronizado, com avaliações antropométricas realizadas em consultas médicas, no qual diz que a Síndrome Hipertensiva da Gravidez ou Pré-eclâmpsia são doenças

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específicas do ciclo gravídico puerperal, relacionadas com o aumento da morbimortalidade materna e perinatal (OLIVEIRA; GRACILIANO, 2015). A SHG foi apontada como umas das principais causas de morbidade e mortalidade materna e fetal, observada em cerca de 2% a 10% das gestações. Os fatores de risco estão relacionados à idade avançada, sobrepeso e ganho ponderal excessivo na gravidez, demandando uma atenção a mais para os profissionais de saúde, pois esses fatores de risco precisam ser analisados e considerados, e pretende-se melhorar o resultado da gravidez, prevenindo a Síndrome Hipertensiva da Gravidez.

Observando o estudo do quarto artigo, foi realizada uma pesquisa com 334 gestantes, no estado de São Paulo, na qual foi considerada a proteinúria presente quando do valor encontrado > 0,3g/24h, a hipertensão arterial foi definida com a aferição da pressão arterial > 140 x 90, as gestantes hipertensas merecem cuidados especiais, exigem seguimento pré-natal diferenciado, exames laboratoriais específicos, avaliação fetal minuciosa e maior possibilidade de hospitalização durante a gestação, em vista dos riscos maternos e fetais associados (COELHO, 2004). A hipertensão gestacional é um alvo de atenção diferenciada para a saúde, os agravos maternos e fetais estão relacionados ao maior risco de sobreposição da pré-eclâmpsia. Com isso, todas as unidades de saúde deveriam disponibilizar meios eficazes para possibilitar as melhores assistências possíveis às gestantes.

Nesse contexto, foi realizada uma coleta em um ambulatório do Pré-Natal de alto risco e na enfermaria da maternidade em um hospital público no estado de São Paulo. Diz-se que afecção de elevada incidência e mortalidade, a HAS, prevalece em quase metade da população brasileira e evolui mundialmente em mortalidade, sendo classificada como pandemia longitudinalmente progressiva (SOUSA, 2020). No perfil epidemiológico diz que 62,3% das gestantes tinham entre 18 e 35 anos, e 37,7% diz que as gestantes tinham entre 36 e 45 anos de idade, além disso, aponta que essas idades são consideradas como uns dos fatores de risco maternos. As assistências de enfermagem para as gestantes têm um papel fundamental para a prevenção dos riscos de morbidade e de mortalidade materna e perinatal, pois a hipertensão gestacional ainda pode ser impedida em todos os casos, pode ser prevenida. É importante ressaltar que a assistência de enfermagem tem um papel fundamental para garantir que a gestante tenha uma gravidez tranquila, e que possa estabelecer o diagnóstico com suas devidas intervenções, proporcionando uma gestação com menos risco para mãe e o bebê.

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Quadro 2 – Atuação do enfermeiro. 1 LIMA, PAIVA et al.,

2010.

A realização de ações educativas no decorrer de todas as etapas do ciclo gravídico-puerperal é muito importante, mas é no pré-natal que a mulher deverá ser orientada para que possa viver o parto de forma positiva.

2 OLIVEIRA, et al.,

2017.

O estudo possibilitou analisar que a assistência de enfermeiros a gestantes com síndrome hipertensiva gestacional é essencial na preservação e manutenção da vida da mulher e do feto, pois esse profissional possui diferencial, como, autonomia e senso crítico, além de conhecimento técnico científico, que quando somados a uma equipe multidisciplinar torna o trabalho dinâmico e resolutivo.

Observando o estudo de Lima (2010), verificou-se que a capacitação dos profissionais é indispensável, uma vez que o enfermeiro com conhecimento técnico-científico, capacitado para dar suporte às gestantes diagnosticadas com hipertensão gestacional, reduz as chances dessa gravidez ter um desfecho desfavorável. Destacou-se a importância de se criar projetos de intervenções capazes de dar suporte, orientação e acompanhamento, que sejam efetivos e contínuos durante todo o período necessário.

Em um segundo estudo, dessa vez de Oliveira (2017), pode-se perceber que profissionais da enfermagem devem obter atualizações sob a dinâmica dos cuidados no atendimento a essas gestantes, buscando sempre prestar uma assistência que, junto à equipe multidisciplinar, garantirão um cuidado de qualidade e resolutivo. Através desse conhecimento adquirido os profissionais conseguirão orientar de forma segura os cuidados adequados pelas gestantes para a prevenção e para a cautela, buscando não agravar o quadro quando possui a doença instalada.

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Para reduzir os riscos de adquirir uma hipertensão gestacional ou mesmo não agravar os casos em que a doença já se encontra instalada, faz-se necessário aprimorar a qualidade das intervenções, cuidados de enfermagem e orientações quanto a alimentação, a atividade física, o repouso adequado, a aferição rigorosa da pressão arterial, ao exame físico de qualidade e a verificação de resultados de exames. Deve-se orientar a gestante sobre todo o processo da doença e realizar atividades educativas que objetivam o físico e o emocional das gestantes para a redução dos agravos.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após a revisão da literatura sobre a assistência de enfermagem às gestantes com Doença Hipertensiva Específica da Gestação, foi possível reconhecer a necessidade do acompanhamento às gestantes diagnosticadas com Hipertensão Gestacional, para que aumente as chances de uma gravidez com menos complicações, coibindo de forma eficaz qualquer resultado negativo sobre a vida dessas mulheres.

Através dos resultados obtidos, verificamos que:

- o pré-natal realizado de forma adequada aumenta a possibilidade de detecção da doença de forma precoce e reduz os riscos de complicações, quando a gestante já possui a DHEG;

- prestar uma assistência de qualidade e acompanhar as gestantes de perto, dando as orientações cabíveis para auxiliar nessa fase tão importante é primordial.

- é necessário que os profissionais da saúde sejam capacitados, sendo indispensável enfermeiros com conhecimento técnico-científico, qualificados para dar assistência às gestantes.

Tais dados nos fazem compreender a importância do desenvolvimento das intervenções de enfermagem, deveres e instruções como a refeição, a atividade física, o descanso apropriado, a aferição meticulosa da pressão arterial, a avaliação corporal de qualidade, a avaliação de resultados de exame.

Verifica-se que é fundamental a continuação de estudos com máximo grau de indício, para que seja capaz de designar assistência de enfermagem essencial para a gestante portadora de Doença Hipertensiva Específica da Gestação, uma vez que os capacitados de enfermagem

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são os responsáveis por realizar o diagnóstico, pelo encaminhamento para uma unidade especializada e pelo acompanhamento da gestante de risco, atendendo às necessidades dela.

É fato que a assistência de enfermagem na Hipertensão Gestacional é um assunto pouco estudado e explorado, o que dá ênfase no valor desta pesquisa aos profissionais da área da saúde.

6 REFERÊNCIAS

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COELHO, Tarcísio Mota; MARTINS, Marília da Glória; VIANA, Eder; MESQUITA, Maria Rita de Sousa; CAMANO, Luiz; SASS, Nelson. Proteinúria nas síndromes hipertensivas da gestação: prognóstico materno e perinatal. Revista da Associação Médica Brasileira, v. 50,

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