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RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DAS TECNOLOGIAS GERADAS PELA EMBRAPA

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Academic year: 2021

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RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DAS TECNOLOGIAS GERADAS PELA EMBRAPA

Nome da tecnologia: Pêssego BRS Rubimel Ano base da avaliação: 2013

Equipe de Avaliação:

Lírio José Reichert (líder)

Maria do Carmo Bassols Raseira Ciro Sacaranari

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RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DAS TECNOLOGIAS GERADAS PELA EMBRAPA

1.- IDENTIFICAÇÃO DA TECNOLOGIA 1.1. Nome/Título

Cultivar de pêssego BRS Rubimel 1.2. Objetivo Estratégico PDE/PDU

Benefícios para o público alvo, atribuídos à tecnologia avaliada, dados impactos gerados e os seus beneficiários:

Benefícios para o Público Alvo

- Ampliação contínua da competitividade da agricultura, com foco na agregação de valor aosprodutos;

- Produção sustentável nos biomas, conservação, valoração e uso eficiente dos recursos e dabiodiversidade;

- Redução dos desequilíbrios regionais entre as regiões do País;

- Inserção social e econômica da agricultura familiar, das comunidades tradicionais e dospequenos e médios empreendimentos.

Objetivo Estratégico PDE/PDU 1.3. Descrição Sucinta

A tecnologia descrita está entre os destaques do programa de Melhoramento Genético de Pessegueiros da Embrapa Clima Temperado que objetiva a obtenção de cultivares produtoras de frutas para consumo in natura com baixa acidez, pois estas características satisfazem às exigências dos maiores centros consumidores do País. Como resultado desse esforço, foi lançada em 2007 a cultivar BRS

Rubimel. Esta cultivar é derivada de um cruzamento realizado em 1991entre a cultivar Chimarrita, muito plantada no Sul do Brasil, com a cultivar Flordaprince, proveniente da Flórida/EUA e bem adaptada às condições de inverno ameno do Sul do Brasil.

Foi avaliada durante estes anos com denominação de Cascata 952.A cultivar BRS Rubimel produz frutos de formato redondo a redondo cônico, com película que apresenta 50 a 80 % de vermelho sobre fundo amarelo, resultando em muito boa aparência. A polpa é amarela, fundente, firme e semi-aderente ao caroço. O sabor é doce e com acidez baixa. O tamanho é de médio a grande, ficando frequentemente entre 6 e 7 cm de diâmetro. Os frutos pesam em média de 110 a 120g, no entanto, na região produtora de São Paulo, os frutos atingem mais de 150g em face do manejo utilizado, entre eles, por exemplo, o uso da irrigação.

Amadurece desde meados de outubro (regiões quentes) para início de novembro (regiões frias). Excepcionalmente a maturação pode retardar até o final de novembro, conforme as condições climáticas do ano ou da região. Estima-se a necessidade de frio abaixo de 7,2º C entre 200 a 300 horas, para que haja uma boa quebra de dormência. Em regiões onde não se consegue este número de horas de frio, há necessidade de se realizar a quebra de dormência com produtos químicos.

Essa cultivar alia a ótima aparência, boa forma, coloração atrativa e o sabor doce com baixa acidez. As frutas possuem boa firmeza de polpa, o que auxilia na resistência ao transporte e aumenta o

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tempo de prateleira, que segundo um produtor de São Paulo, varia de 10 a 12 dias, o que permite transporte a longas distâncias, com segurança.

A cultivar BRS Rubimel já ocupa espaço significativo na região produtora de pêssegos de mesa em São Paulo, Sul de Minas Gerais e Paraná, pois apresenta boa produtividade, além de superar em qualidade as cultivares tradicionais cultivados nestas regiões como a cv. Aurora e a cv. Douradão. Além das características agronômicas favoráveis à produção, esta cultivar apresenta inúmeras vantagens competitivas em relação à cultivar Aurora, tradicionalmente cultivada. Entre as principais vantagens podem ser citadas:

- Frutos de tamanho grande, uniformes e com boa aparência; - Produtividade por planta em média 20 % superior;

- Frutos com boa firmeza o que permite aumentar em até 50 % o tempo de prateleira;

- Preço final pago ao produtor que pode chegar até quatro vezes superior à cultivar tradicional. Estas e outras características fazem desta cultivar uma das mais procuradas no mercado da CEAGESP,

agradando todo o tipo de consumidor. “É venda na certa”, como diz um dos produtores entrevistado. Apesar de ser uma cultivar que apresenta vantagens competitivas no mercado, a área de cultivo ainda é pouco expressiva, porque há falta de mudas certificadas no mercado para ampliar a área de produção. Também é mais uma opção para ampliar o período de colheita e ofertar frutas em período mais longo.

1.4. Ano de Lançamento: 2007 1.5. Ano de Início de adoção: 2008 1.6. Abrangência

Selecione os Estados onde a tecnologia selecionada está sendo adotada:

Nordeste Norte Centro Oeste Sudeste Sul

AL AC DF ES X PR X BA AM GO MG X RS X CE AP MS RJ SC X MA PA MT SP X PB RO PE RR PI TO RN SE 1.7. Beneficiários

A tecnologia está disponível para todos os tipos de agricultores: familiares, empresariais ou mesmo para os que produzem para o autoconsumo. Neste estudo foram identificados usuários que produzem o pêssego nos dois sistemas de produção, visando basicamente mercados locais, regionais e até mesmo estaduais.

A região de estudo se concentrou no Estado de São Paulo, apesar de existirem pomares no Rio Grande do Sul na região da Serra Gaúcha, no noroeste do RS, no Sul de Minas Gerais, Paraná e Espírito Santo. Em São Paulo, foram visitados agricultores de duas localidades. Uma delas na região de Campinas, nos municípios de Jarinu e Atibaia, e outra na região de Paranapanema. O sistema de produção não varia muito de uma região para a outra, o que varia é o processo de comercialização. Na Região de Campinas, os agricultores entrevistados realizam a comercialização diretamente no mercado atacadista de São Paulo

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(CEAGESP), com marca própria já conhecida no mercado. Os agricultores de Campos de Holambra, município de Paranapanema comercializam por intermédio de cooperativa local (Cooperativa Agro Industrial Holambra Ltda.), que por sua vez, realiza a classificação, embalagem, rotulagem e encaminha para o mercado de São Paulo (CEAGESP). Estes agricultores estão muito bem organizados em todos os aspectos, pois possuem assistência técnica de duas empresas que orientam a parte tecnológica; estão organizados em associações e cooperativas e, ainda, possuem sistema gerencial e contábil não somente do pomar de pêssego, mas de toda a infraestrutura do estabelecimento. São produtores que além do pêssego, cultivam outras espécies frutíferas como banana, abacaxi, maçã, ameixa, atemóia, lichia, goiaba, nectarina, caqui, laranja etc., podendo desta forma manter uma estrutura administrativa durante todo o ano. A maioria dos agricultores mantém um grupo de 10 a 30 empregados fixos, aos quais se somam outros tantos temporários, em períodos de concentração de tarefas como a poda, raleio e colheita.

Em relação ao nível tecnológico adotado, verificou-se que, de uma maneira geral, todos adotam as tecnologias recomendadas para a formação de bom pomar desde a implantação até a formação final. O uso da irrigação é indispensável, pois além do pêssego necessitar de água para o seu desenvolvimento, é uma região em que as precipitações ficam abaixo das necessidades da cultura e faz calor o ano inteiro, sendo alta a evapotranspiração. Devido à insuficiência de acúmulo de frio para superação da dormência das plantas, há necessidade do uso de produtos químicos para esse fim. Esta prática faz com que as plantas brotam e florescem uniformemente, no período desejado, ou seja, numa época em que a fruta amadurece antes de outras regiões produtoras, como o Rio Grande do Sul. Com a entrada no mercado mais cedo, a fruta tende a obter preços melhores e não compete com a fruta de outras regiões. Além desta antecipação, a fruta adquire coloração e sabor mais intensos daquela produzida no Rio Grande do Sul.

2. IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS NA CADEIA PRODUTIVA

O pessegueiro é a terceira espécie frutífera de clima temperado, maisplantado no Brasil, perdendo apenas para a maçã e a uva. Segundo dados do IBGE (2013) a área colhida em 2012, foi de 19.155 hectares, com uma produção de 232.987 toneladas. O Rio Grande do Sul é o maior produtor, conforme se observa no Quadro 1 abaixo, com a participação de 57%. A produção de pêssego de mesa, que é o foco deste relatório, está distribuída pelos estados produtores, uma vez que cerca de 90% do pêssego tipo indústria está localizado na região Sul do RS. Um aspecto que chama a atenção, no Quadro 1, se refere aos números de produtividades obtidas nos diferentes estados. São Paulo é o que obtém a maior produtividade, em parte porque, praticamente 100% dos pomares são irrigados e também devido ao manejo e nutrição das plantas. Por outro lado, o Rio Grande do Sul que detém 70,5 % da área colhida participa com 57 % da produção, isto porque a produtividade é a menor entre os estados produtores. Entre vários fatores, pode ser citado que os agricultores não utilizam irrigação, tão necessária para garantir a obtenção de frutas com qualidade e em grandes quantidades, e em muitas áreas de cultivo, os solos são rasos e não há um manejo adequado.

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Quadro 1. Área colhida, produção de pêssego no Brasil e por estados nos anos de 2011 e 2012.

Regionalização da produção no Brasil. Unidades da

Federação

Anos

Área colhida - ha Produção - t Rendimento - t/ha % da produção nacional 2011 2012 2011 2012 2011 2012 2011 2012 Brasil 20.148 19.155 222.180 232.987 11,03 12,16 100,00 100,00 Rio Grande do Sul 14.679 13.514 129.295 132.736 8,81 9,82 58,19 56,97 São Paulo 1.576 1.680 33.895 37.633 21,51 22,4 15,26 16,15 Santa Catarina 1.491 1.506 22.219 25.182 14,90 16,72 10,00 10,81 Minas Gerais 918 927 20.402 19.967 22,22 21,54 9,18 8,57 Paraná 1.460 1.509 16.260 17.241 11,14 11,43 7,32 7,39 Rio de Janeiro 24 19 109 228 4,54 12 0,05 0,1 FONTE: http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/protabl.asp?c=1613&z=t&o=1&i=P

Em relação ao pêssego de mesa, há espaços ainda para ampliar a oferta, desde que a fruta apresente as características desejáveis e valoradas pelos consumidores, ou seja, boa aparência, tamanho, sabor, coloração vermelha e com aspecto de fruta fresca. Estas e outras características estão presentes na cultivar Rubimel. A produção de São Paulo é quase toda comercializada nos centros atacadistas como o CEAGESP. Segundo informações de técnicos do CEAGESP, a fruta de São Paulo entra no mercado antes da que é produzida no Rio Grande do Sul, portanto não competindo com os produtores deste Estado. O que se pôde observar neste centro atacadista, é que o consumidor preza pela qualidade na hora da compra. As cultivares da Embrapa, entre elas a Rubimel, têm sido muito bem aceitas e obtém preços acima de outras cultivares. Quando a safra paulista termina, o Rio Grande do Sul é um dos estados que abastece o mercado.

3. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS ECONÔMICOS

3.1- Avaliação dos Impactos Econômicos (método do excedente econômico).

Para o desenvolvimento da tecnologia, as Unidades da Embrapa Clima Temperado e Embrapa Produtos e Mercado/Escritório de Campinas atuaram integradas. A primeira na geração da tecnologia e a segunda é responsável pelos arranjos contratuais de multiplicação de mudas com viveiristas credenciados pela Embrapa. É também a Unidade que lidera o processo de promoção e transferência da cultivar BRS Rubimel em São Paulo, contando com a participação da Embrapa Clima Temperado e a colaboração de empresas de assistência técnica como a Sigma Agro Pesquisa e a Holantec de Campos de Holambra-SP, com a participação de viveiristas como Irmãos Kagi, de Atibaia-SP; a Clone, viveiros do Paraná; e a Frutplan, do Rio Grande do Sul. Além destas entidades, conta também com o apoio logístico da CEAGESP como ponto de referência e informação do mercado consumidor.

A avaliação dos impactos econômicos da tecnologia da cultivar BRS Rubimel teve como parâmetro a cultivar Aurora, por ser a cultivar que apresenta características semelhantes em relação à coloração da pele, facilidade de produção, época de maturação e também ainda

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por ser uma das mais plantadas na região de avaliação. Os impactos econômicos da cultivar BRS Rubimel ainda não se refletem de forma expressiva, porque são apenas cinco anos de lançamento e se deve considerar que o pomar leva três anos para formação e entrada em produção comercial. Além disso, a formação de novos pomares depende da disponibilidade de mudas, o que ainda é pequena em relação à demanda. Portanto, por estas razões a área cultivada com Rubimel ainda é pequena. Apesar disso é possível se projetar que em futuro não muito distante, a BRS Rubimel estará ocupando uma fatia expressiva da área hoje ocupada pela cultivar Aurora, por apresentar características produtivas muito superiores, além de agradar aos consumidores pelo sabor e aparência dos frutos. O rendimento médio conseguido pela cultivar varia de região para região, porém, informações dos agricultores da região de Campos de Holambra e Campinas, a produtividade pode chegar a 50 t/ha já no terceiro ano. No Rio Grande do Sul, na região da Serra Gaúcha, local onde se concentra a produção de pêssego de mesa no RS, a produtividade tem sido ao redor de 25 a 30 t/ha. Além das qualidades de aparência, tamanho, sabor, firmeza que a cv. Rubimel apresenta, em relação à cv. Aurora, produtividade superior e em torno de 20 a 30%, o que garante aos produtores uma vantagem financeira significativa, pois os custos de produção são os mesmos para as duas cultivares.

Para a avaliação econômica foi utilizada a metodologia do excedente econômico, medido pelo incremento de renda nos vários segmentos da cadeia, decorrentes do aumento da produtividade, redução de custos, expansão de áreas cultivadas e agregação de valor no sistema (AVILA et al., 2008). A análise tem como objetivo avaliar o impacto econômico da cultivar entre produtores e atacadistas. As informações necessárias para a elaboração da planilha de custos de produção da cultivar BRS Rubimel foram levantadas junto a alguns produtores e empresa de assistência técnica. De posse dasinformações técnicas (coeficientes técnicos de insumos e serviços), estas foram quantificadas com preços atuais praticados na região, com o objetivo de obter os custos, receitas e lucros da produção por hectare.

3.2 -Tipo de Impacto: Incremento de Produtividade

De acordo com os resultados da avaliação econômica de 2013, os produtores adotantes da cultivar de pêssego BRS Rubimel alcançaram em média acréscimos de 20% a 25% na produtividade em relação a cultivar Aurora (Quadros 2.1 e 2.2). No entanto, um produtor informou que a produtividade poderá chegar até 30 %, quando não houver interferências negativas, principalmente em relação ao clima. Além do incremento de produtividade, a cv. Rubimel produz frutos de tamanho grande, o que é do agrado do consumidor.

Quadro 2.1 - Ganhos Líquidos Unitários da cultivar BRS Rubimel comparada com a tecnologia anterior. Ano Unidade de Medida UM Rendimento Anterior/UM Rendimento Atual/UM Preço Unitário R$/UM Custo Adicional R$/UM Ganho Unitário R$/UM (A) (B) (C) (D) E=[(B-A)xC]-D 2007 Ha 2008 2009 9.375 12.500 1,44 4.500,00 2010 13.875 18.500 1,48 6.845,00 2011 17.325 23.100 1,54 8.893,50 2012 16.650 22.200 1,62 8.991,00 2013 17.438 23.250 2,48 14.415,00

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Quadro 2.2 - Benefícios econômicos da cultivar BRS Rubimel de 2008 a 2013.

Em relação ao benefício econômico na região produtora de pêssego de mesa em São Paulo, os reflexos financeiros ainda são pouco expressivos devido à área cultivada da BRS Rubimel ainda ser pequena, conforme se verifica na Tabela 3.2. De qualquer forma, o benefício econômico vem aumentando a cada ano graças aos bons rendimentos obtidos nos pomares e aos preços praticados no mercado. A área cultivada só não é maior, porque a oferta de mudas certificadas não atende à demanda. Porém, com o trabalho que vem sendo realizado com a Embrapa Produtos e Mercado-de Campinas, em parceria com viveiristas e empresas de assistência técnica, a oferta tem crescido anualmente, de maneira que para os próximos cultivos, poderá aumentara área plantada com a BRS Rubimel nas regiões produtoras de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.

Em relação aos preços praticados no mercado, eles variam conforme a oferta do produto. De acordo com informações obtidas no CEAGESP, os preços no início de safra tendem a ser mais elevados e, na medida em que a oferta aumenta, tendem a diminuir um pouco. De qualquer forma, na safra de 2013, os preços recebidos pelos agricultores que praticam a venda direta, observou-se que foram em média de R$ 4,00 a 5,00/kg, enquanto que os que venderam por meio da cooperativa de Holambra, alcançaram o preço de R$ 2,48/kg. Tipo de Impacto: Redução de Custos

Segundo informações dos agricultores e dos técnicos que os assistem, não há diferenças na condução dos pomares desta cultivar para outras. O manejo desde a formação do pomar até a fase produtiva tem sido o mesmo, ou seja, realizam o preparo do solo com a correção da acidez e fertilidade, com calcário, fosfatos e outros fertilizantes, conforme recomendação de análise de solo. Os espaçamentos usados variam conforme a localidade e forma de condução do pomar, mas, de forma geral, é utilizada uma densidade em torno de 800 plantas/ha. Uma vez o pomar implantado, as entrelinhas são mantidas com vegetação permanente, realizando-se somente roçadas ecológicas que é aquela em que a roçadeira joga a vegetação na linha de plantio. Este processo auxilia no controle das ervas embaixo da copa, o qual é realizado apenas com o uso de herbicidas. De qualquer forma, as operações realizadas na cultivar Rubimel não diferem das usada para as demais cultivares, sendo, portanto os os mesmos custos de produção para todas as cultivares. Na situação avaliada, não houve redução de custo desta cultivar para outras cultivares, conforme se verificar nos Quadros 3.1 e 3.2. Nesse sentido, o benefício econômico para a região produtora da variedade BRS Rubimel,

Ano Participação da Embrapa % Ganho Líquido Embrapa R$/UM Área de adoção: unidade de Medida - UM Área de Adoção: Quant. X UM Benefício Econômico (F) G=(ExF) (H) I=(GxH) 2007 Ha 2008 5,0 2009 70% 3.150,00 19,8 62.330,63 2010 70% 4.791,50 36,8 176.357,15 2011 70% 6.225,45 43,9 273.569,62 2012 70% 6.293,70 36,9 232.001,52 2013 70% 10.090,50 42,5 428.972,38

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tem-se verificado graças à maior produtividade e pelos preços praticados que podem alcançar um diferencial de até 40%.

Quadro 3.1- Ganhos Unitários de Redução de Custos Ano Unidade de Medida - UM Custos Anterior Kg/UM Custo Atual Kg/UM Economia Obtida R$/UM (A) (B) C=(A-B) 2007 ha 2008 14.888,71 14.888,71 - 2009 15.839,05 15.839,05 - 2010 16.850,06 16.850,06 - 2011 17.925,59 17.925,59 - 2012 19.069,78 19.069,78 - 2013 20.287,00 20.287,00 -

Quadro 3.2–Redução de custos Ano Participação da Embrapa % Ganho Líquido Embrapa R$/UM Área de Adoção: Unidade de medida - UM Área de Adoção Benefício Econômico (D) E=(CxD) F=(CxD) G1=(ExF) 2007 Ha 2008 70% 0 5,0 0 2009 70% 0 19,8 0 2010 70% 0 36,8 0 2011 70% 0 43,9 0 2012 70% 0 36,9 0 2013 70% 42,5 0 3.3 - Custos de produção

Na análise do custo de produção, há que se fazer algumas considerações, pois dentre os agricultores entrevistados, encontrou-se dois sistemas de produção. Portanto, os custos variam de um sistema para outro. Neste caso, realizou-se a análise baseada nas informações do sistema de produção praticado pelos agricultores familiares da região de Campos de Holambra, Paranapanema - SP, que cultivam em média de 40 a 50 hectares de pêssego, dentre eles a Rubimel com uso de alta tecnologia.

O custo de produção de um dos produtores entrevistados desta localidade, com base nos dados da safra de 2013 foi de R$ 20.287,00/ha. A planilha de custo ficou distribuída da seguinte forma: insumos, 15,27 %; operações com máquinas, 16,28 %; mão de obra, 40,98 %, sendo que a colheita (12,80 %) e classificação (9,67 %) absorvem 22,47 %; transporte interno, 6,02 %; custos administrativos, 13,19 %; e correção do capital, 8,26 %. Cabe destacar que dentre os custos com operações, 6,94 % são devidos à irrigação, que é prática indispensável para se obter boas produções de pêssegos. Segundo informações dos técnicos que assistem aos agricultores, o custo de produção destes pomares tem sido superior a R$ 20.000,00/ha, porém mesmo assim apresenta renda líquida significativa.

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3.4.- Análise dos impactos econômicos

Baseado nas informações obtidas se pode projetar um impacto econômico significativo para os próximos anos, pois com a nova cultivar de pêssego BRS Rubimel, que gradativamente ganha novos consumidores e atraem novos produtores, a tendência é de aumento gradativo em novos plantios, principalmente nos três estados do Sul do Brasil, mais Minas Gerais. Além da qualidade da fruta já descrita, ela possibilita produzir em média 20 % a mais em relação à tecnologia anterior já em plantas de dois anos, como foi o caso de um produtor de São Paulo que obteve produtividade de 40 t/ha. Por enquanto, o impacto econômico ainda é pouco expressivo se for considerado que a área cultivada ainda é relativamente pequena (total de 185 hectares plantados, porém apenas 105,6 em idade produtiva). Na medida em que haja aumento da área cultivada, o impacto econômico e os benefícios associados a outros elos da cadeia, como a rede de distribuição e comercialização, serão aumentados.

3.5. – Fonte de dados

Os dados obtidos no estudo foram por meio de informações com pesquisadores da Embrapa Clima Temperado de Pelotas e Embrapa Produtos e Mercado de Campinas), os quais deram indicações dos locais onde a BRS Rubimel está sendo cultivada e experimentada pelos agricultores. De posse destas informações, estabeleceram-se os contatos com as organizações de apoio e assistência técnica dos agricultores (empresas de assistência técnica e viveiristas), para indicar agricultores a serem visitados e orientar a realização deste trabalho. De posse destas informações, foi organizada uma visita à região produtora de pêssego em São Paulo, onde foram entrevistados nove produtores, em duas localidades diferentes. Dentre os agricultores entrevistados, um deles é também viveirista, o qual pretende iniciar o processo de multiplicação e venda de mudas da cultivar BRS Rubimel. Além deste viveirista de São Paulo, foi entrevistado outro viveirista tradicional de Pelotas, os quais comercializam mudas de diversas espécies frutíferas, para todo o Brasil. Os agricultores entrevistados em São Paulo, apresentam estrutura administrativa e produtiva bem organizada. Todos são considerados produtores patronais, pois, além do pêssego cultivam outras espécies frutíferas, o que demanda mão-de-obra durante todo o ano. Nessas propriedades, a área cultivada com fruticultura varia de 22 a 152 hectares e com pessegueiros, de 20 a 49 hectares. Todos mantêm quadro permanente de empregados, que varia de 15 a 30 pessoas. Na Tabela 3.5, pode-se verificar a classificação dos agricultores e a localização de cada um deles.

Tabela 3.5 – Número de consultas realizadas por município

Municípios Estado Produtor familiar Produtor patronal Total Pequeno Médio Médio Grande

Paranapanema SP 01 05 06

Janiru SP 02 02

Atibaia SP 01 01

Pelotas RS 01 01

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4.- AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS SOCIAIS 4.1.- Avaliação dos Impactos

A Unidade utilizou a metodologia AMBITEC-Social ( X ) sim ( ) não. 4.1.1.Tabela - Impactos sociais – aspecto emprego

Indicadores Se aplica (Sim/Não ) Média Tipo 1 (*) Média Tipo 2 (**) Média Geral Capacitação Sim 0,00 0,00

Oportunidade de emprego local qualificado Sim 0,73 0,73 Oferta de emprego e condição do

trabalhador

Sim 1,02 1,02

Qualidade do emprego Sim X X X

* Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial ).

Na avaliação de impacto da nova tecnologia, um dos aspectos que chamou a atenção foi a geração de empregos que estas propriedades ofertam não somente para a tecnologia lançada, mas para toda a propriedade. Com o aumento de novas áreas de cultivo, a tendência é os agricultores contratam mais mão de obra, o que ainda se consegue na região produtora de pêssego em São Paulo.

Capacitação: De uma maneira geral, a tecnologia gerada cultivar de pêssego BRS Rubimel, não requereu capacitação específica para produzi-la, porque segundo os agricultores entrevistados, o manejo não difere das outras cultivares de pêssego produzido na propriedade. No entanto, a nova tecnologia impactou positivamente os adotantes, em função de algumas características diferenciais da cultivar em relação às outras cultivadas na propriedade. Tais informações foram repassadas pelos técnicos (pesquisadores e assistentes técnicos) em dias de campo, reuniões técnicas e materiais de divulgação impressa. Um dos aspectos enaltecidos pelos pesquisadores e constatado na pesquisa é de que a BRS Rubimel apresenta características desejáveis aos consumidores como tamanho, coloração intensa de vermelho, boa firmeza dos frutos e plantas com bom desenvolvimento vegetativo, o que pode ser comprovado junto aos agricultores entrevistados. Foi destacado também que a Rubimel apresenta susceptibilidade à ferrugem, o que requer maiores cuidados pelos administradores. De qualquer forma, em todas as propriedades há a presença de administrador com responsáveis por setores, os quais são cobrados pelas respectivas funções e responsabilidades. Oportunidade de emprego local qualificado: Ocorreu um pequeno aumento na oferta de emprego qualificado nas unidades patronais, em função da necessidade da realização de tarefas pontuais. Como o cultivo do pessegueiro nessas unidades é desenvolvido com uso de alta tecnologia, desde o preparo do solo até a colheita, o cultivo requer cuidados especiais em todas as fases, surgindo a oportunidade de contratação de mão de obra temporária.

Oferta de emprego e condição do trabalhador: A tecnologia gerada gerou pequena oferta de emprego nas unidades, porque as quantidades plantadas foram acrescidas na unidade e não substituíram outra cultivar. Há quem planeje erradicar a cultivar Aurora, por ser de qualidade inferior a cv. Rubimel. Em relação à condição do trabalhador, a nova tecnologia não alterou a

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rotina de trabalho dos empregados em relação à jornada de trabalho, segurança, capacitação e outras funções inerentes ao processo de produção.

Qualidade do emprego: Neste aspecto, não houve diferenciação influenciada pela nova tecnologia, pois a qualidade de emprego continuou sendo a mesma.

4.1.2. Tabela - Impactos sociais – aspecto renda Indicadores Se aplica (Sim/Não) Média Tipo 1 (*) Média Tipo 2 (**) Média Geral Geração de Renda do estabelecimento Sim 0,00 0,86 0,86

Diversidade de fonte de renda Sim 0,00 0,03 0,03

Valor da propriedade Não 0,00 0,00 0,00

* Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial)

Geração de renda do estabelecimento: Conforme se verifica na Tabela 4.1.2, a adoção da tecnologia proporcionou aos produtores maior geração de renda, influenciada pela maior produtividade e por melhores preços de venda. Com isso, gera segurança e regularidade na produção e comercialização, atribuída principalmente à qualidade dos frutos. Apesar de ter havido somente seis anos do lançamento e a área de cultivo ainda ser pequena, os produtores, de maneira geral, estão com expectativas positivas em relação ao incremente de renda e produtividade da cultivar BRS Rubimel, porque ela satisfaz as exigências dos consumidores e preenche uma demanda do mercado de frutas, principalmente nos grandes centros consumidores.

Diversidade de fonte de renda: Em relação à diversidade de renda, não houve alterações, porque todas as unidades já vêm trabalhando com diversidade de espécies frutíferas. O que houve, de fato, foi aumento da oferta de pêssegos pelo acréscimo de produção devido ao aumento da área cultivada. Há ainda necessidade de mudas desta cultivar, o que poderá gerar fonte alternativa de renda para os viveiristas credenciados para a produção de mudas de qualidade.

Valor da propriedade: A adoção da tecnologia não influenciou no valor da propriedade, pois todos adotam manejo dos pomares, onde mantém vegetação permanente nas entrelinhas, o que auxilia na preservação dos recursos naturais. De uma forma geral, as propriedades estão bem servidas de fontes de água para a irrigação, não necessitando de fazer novos reservatórios, pelo aumento de área cultivada.

4.1.3. Tabela - Impactos sociais – aspecto saúde Indicadores Se aplica (Sim/Não) Média Tipo 1 (*) Média Tipo 2 (**) Média Geral

Saúde ambiental e pessoal Sim 0,00 0,00 0,00

Segurança e saúde ocupacional Sim 0,00 0,00 0,00

Segurança alimentar Sim 0,00 0,65 0,65

* Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial)

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Saúde ambiental e pessoal: A tecnologia não influenciou na saúde ambiental e pessoal, pois de acordo com as informações dos agricultores, todos os trabalhadores usam equipamentos de segurança, conforme exige a tarefa a ser realizada. Esta rotina não foi alterada em função da nova tecnologia.

Segurança e saúde ocupacional: Neste aspecto também não houve alterações significativas em relação às atividades já realizadas pelos trabalhadores, mesmo que tenha aumentado o tempo de exposição na aplicação de defensivos pelo aumento de área cultivada.

Segurança alimentar: A tecnologia contribuiu para a garantia da produção, por apresentar vantagens técnicas em relação à cultivar Aurora. Com o aumento da área colhida nos próximos anos, poderá ocorrer aumento na quantidade de frutas ofertada aos consumidores.

4.1.4. Tabela - Impactos sociais – aspecto gestão e administração Indicadores Se aplica (Sim/Não) Média Tipo 1 (*) Média Tipo 2 (**) Média Geral

Dedicação e perfil do responsável Sim 0,10 0,10

Condição de comercialização Sim 0,00 0,00

Reciclagem de resíduos Sim 0,00 0,00

Relacionamento institucional Sim 0,03 0,03

*Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial)

Dedicação e perfil do responsável: Em relação à dedicação do administrador, apenas dois agricultores informaram que houve aumento do tempo dedicado na propriedade, pois estes realizam a comercialização diretamente na CEAGESP, o que requer tempo para o preparo, classificação, embalagens, transporte e a comercialização da fruta. Para os demais que efetuam a venda por meio da cooperativa, não houve aumento do tempo dedicado com a nova cultivar de pêssego.

Condições de comercialização: No aspecto condições de comercialização, o impacto da tecnologia não foi significante para a maioria dos agricultores. Os produtores continuaram praticando as mesmas formas de venda, ou seja, diretamente no mercado e via cooperativa, mantendo a relação próxima com o mercado comprador. De uma maneira geral, o pêssego não é armazenado na propriedade por falta de condições adequadas para mantê-lo nas melhores condições físicas e nutricionais, exceção feita pelos dois agricultores que comercializam na CEAGESP, os quais possuem estrutura de câmara fria na propriedade e no local de venda.

Reciclagem de resíduos: O efeito do indicador reciclagem de resíduos para a tecnologia não sofreu alteração, pois os agricultores já vêm praticando a coleta seletiva de embalagens tóxicas e realizam o reaproveitamento dos resíduos orgânicos (como a poda e restos da vegetação nativa) para a própria cultura.

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Relacionamento institucional: O impacto neste item se mostrou baixo em função das relações de parcerias da pesquisa com as empresas de assistência técnica se manterem inalterados, ou seja, os produtores continuam buscando apoios institucionais, principalmente na pesquisa, especialmente com a Embrapa, que estreitou o relacionamento de fruticultores de outros estados que não o RS. Apenas um agricultor disse ter aumentado seu relacionamento com a entidade de assistência técnica por conta da nova tecnologia.

4.2.- Análise dos Resultados

Faça uma análise agregada tomando por base do índice de impacto gerado pelo AMBITEC Social.

Média Tipo 1 Média Tipo 2

0,26

Média Geral 0,26

Em relação aos aspectos sociais, os maiores índices foram na oferta de emprego e na geração de renda pelo incremento da nova tecnologia. O incremento da renda foi proporcionado pelo aumento da produtividade associada ao melhor preço de venda da fruta. De qualquer forma, conforme se pode observar nas tabelas acima, na maioria dos indicadores avaliados, as alterações foram muito pequenas em relação às rotinas já realizadas. Apesar das diferenças terem sido insignificantes, o resultado final do indicador geral de 0,26, ainda que pequeno, foi positivo.

4.3.- Impactos sobre o Emprego

Em relação ao impacto sobre o emprego, os indicadores apontam resultados positivos tanto para a oportunidade de emprego quanto para a oferta. O que se observou é que os produtores procuram manter a equipe de trabalhadores permanentes durante muito tempo, pois assim se torna mais fácil a realização das tarefas, por serem conhecidas. Na maioria das propriedades, há grupo de trabalhadores que recebem moradia para a família. Além dos empregados permanentes, quase todas as unidades contratam mão-de-obra temporária para a realização de determinadas tarefas como a poda, raleio e a colheita.

5.- AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS 5.1.- Avaliação dos impactos ambientais

5.1.1.- Alcance da Tecnologia

De acordo com os informantes, estima-se que já foram plantados cerca de 185 ha e colhidos ao redor de 105 hectares com a cultivar de pêssego BRS Rubimel, distribuídos nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Minas Gerais. Segundo os produtores e técnicos que atuam no segmento, a demanda por mudas da cultivar tem sido maior do que a oferta, o que demonstra a aceitação da tecnologia pelos produtores. A área A Unidade utilizou a metodologia AMBITEC? Sim ( x ) não ( )

(14)

cultivada só não é maior, porque não há mudas certificadas no mercado. O que se pode perceber é que ainda há um espaço para o crescimento da área plantada desta cultivar nos próximos anos, na regiões produtoras.

5.1.2.- Eficiência Tecnológica

Tabela 5.1.2.1 - Eficiência Tecnológica Indicadores Se aplica (Sim/Não) Média Tipo 1 (*) Média Tipo 2 (**) Média Geral Uso de agroquímicos/insumos químicos e

ou materiais

Sim 0,10 0,10

Uso de energia Não - - -

Uso de recursos naturais Não - - -

Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial

Uso de agroquímicos/insumos químicos e ou materiais: A tecnologia BRS Rubimel teve pequeno impacto quanto ao uso de fertilizantes, pois de acordo com dois agricultores é possível reduzir os fertilizantes porque as plantas apresentam bom vigor e, aliado a prática da quebra de dormência, oportuniza às plantas segurarem carga considerável de frutas, garantindo a produção satisfatória em quantidade e qualidade. Em relação aos insumos químicos, não houve alterações, pois são realizadas de 12 ou 15 pulverizações por safra, tanto para essa como as demais cultivares.

Uso de energia: Neste item não houve impacto significativo, pois as unidades usam as mesmas estruturas administrativas e de apoio como máquina para classificar, câmara fria, energia para irrigação, serviços de escritório etc..

Uso de recursos naturais: Os sistemas de produção de pêssego desenvolvidos pelos agricultores utilizam irrigação tendo como fontes de água os açudes e rios que passam próximo às propriedades. Além da água para irrigação, os agricultores mantêm reservas nativas como forma de proteção dessas fontes de água e para se adequarem às leis ambientais.

5.1.3.- Conservação Ambiental

Tabela 5.1.3.1 – Conservação Ambiental para AMBITEC Agro Indicadores Se aplica (Sim/Não) Média Tipo 1 (*) Média Tipo 2 (**) Média Geral Atmosfera Não - - -

Capacidade produtiva do solo Sim 0,00 0,00 0,00

Água Sim 0,00 0,00 0,00

Biodiversidade Não X X X

Geração de resíduos sólidos Não X X X

*Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial)

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A tecnologia BRS Rubimel não promoveu alterações no que se refere à conservação ambiental, pois conforme já descrito anteriormente, a área cultivada ainda é pequena e o reflexo em relação ao meio ambiente não sofreu alterações significativas. Em relação ao solo, há preparo para o plantio com a correção da acidez e fertilidade e depois é mantido com vegetação nativa e semeadura de espécies forrageiras para protegê-lo e melhorá-lo. São realizadas roçadas ecológicas mantendo o resíduo da vegetação na linha de plantio, a qual é mantida limpa com o uso de herbicida.

5.1.4.- Recuperação Ambiental

Recuperação ambiental: A tecnologia BRS Rubimel, quando comparada com a tecnologia anterior, não apresentou alterações capazes de promover mudanças no meio ambiente.

Tabela 5.1.4.1. - Recuperação Ambiental

Indicadores Se aplica (Sim/Não ) Média Tipo 1 (*) Média Tipo 2 (**) Média Geral

Recuperação Ambiental Não X X X

*’Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial

5.1.5.- Qualidade do Produto

Tabela 5.1.5.1. – Qualidade do Produto

Indicadores Se aplica (Sim/Não ) Média Tipo 1 (*) Média Tipo 2 (*) Média Geral

Qualidade do produto Não - - -

*Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial

Os frutos da cultivar BRS Rubimel apresentam qualidades que se destacam em relação a outras cultivares, como a firmeza, forma, tamanho e sabor, que fazem desta cultivar ser atrativa aos consumidores.

5.1.6.- Capital Social

O indicador relativo ao direcionamento social eventualmente fomentado na Empresa, como consequência da adoção tecnológica, reflete ganhos quanto à: a) predisposição para realizar consultas e levantamentos para captação de demandas e anseios da comunidade local quanto ao papel social da Empresa (captação de demandas locais); b) capacitação dos residentes e colaboradores; c) realização de projetos de extensão comunitária; e d) divulgação da marca, via patrocínios e apoio à promoção de eventos. No caso da nova tecnologia, não ocorreu nenhuma evento específico para a promoção da nova cultivar, a não ser sua divulgação em Dias de Campo, feiras e eventos técnicos científicos.

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Tabela 5.1.6.1. – Capital Social Indicadores Se aplica (Sim/Não ) Média Tipo 1 (*) Média Tipo 2 (**) Média Geral Capital Social

*Tipo 1 - Produtor familiar ( pequeno ). **Tipo 2 - Produtor patronal ( médio e grande, comercial

8. CUSTOS DA TECNOLOGIA 8.1 - Estimativa dos Custos

Para alcançar a meta de lançamento da cultivar foram necessários 16 anos de estudos realizados pela equipe de melhoramento genético da Embrapa. A criação da cultivar de pêssego BRS Rubimel teve início em 1991 e foi lançada em 2007 e os primeiros pomares comerciais foram implantados em 2008, com apenas cinco hectares, onde se colheu as primeiras frutas em 2009.

No cálculo da estimativa dos custos da geração da tecnologia, no caso da mão-de-obra envolvida se considerou o percentual de participação dos membros de cada equipe, tomando-se por batomando-se os valores salariais do mês de dezembro de 2013. Neste cálculo, as equipes foram formadas por um grupo de sete pesquisadores, dois laboratoristas, dois técnicos de campo e seis operários de campo pertencentes às unidades de pesquisas envolvidas (Embrapa Clima Temperado e SPM de Campinas). Desta forma, obteve-se o valor gasto em pessoal para o ano de 2013. Para os anos anteriores, aplicou-se um fator de redução de 6% ao ano, que corresponde aproximadamente aos reajustes anuais dos salários. A coluna “B” custeio de pesquisa foi obtida pelo uso do índice de 15 % sobre a coluna “A”. Para o cálculo da depreciação do capital “coluna C”, atribuiu-se um valor de capital inicial na ordem de R$ 182.000,00, sendo acrescido em 10 % ao ano. Para se obter o valor da depreciação, o capital foi depreciado em 5% ao ano. Para se calcular a coluna “D”, buscaram-se os custos administrativo da Embrapa Clima Temperado (limpeza, vigilância, manutenção de máquinas, equipamentos, veículos, bens imóveis, energia elétrica, telefone, água etc.) e sobre estes valores, aplicou-se o índice de participação de 0,1 %.Desta forma, obtiveram-se os valores anuais desde o início do desenvolvimento da tecnologia. Estes valores foram divididos por dois, porque juntamente com a cultivar BRS Rubimel, foi lançada a cultivar BRS Kampai que se originou do mesmo cruzamento. Os custos de transferência da tecnologia traduzidos em dias de campo, material informativo, participação em eventos, feiras, congressos, simpósios e para a demonstração do comportamento da cultivar tiveram início a partir do lançamento da BRS Rubimel, em 2007.

(17)

Tabela 8.1.1. – Estimativa dos custos Ano Custos de Pessoal Custeio de Pesquisa Depreciação de Capital Custos de Administração Custos de Transferência

Tecnológica Custo Total

(A) (B) (C) (D) (E) F=(A+B+C+D+E)

1991 38.507,54 5.776,13 9.100,00 12.085,03 32.734,35 1992 40.965,46 6.144,82 10.010,00 13.427,81 35.274,05 1993 43.580,28 6.537,04 11.011,00 14.919,79 38.024,05 1994 46.362,00 6.954,30 12.112,10 16.577,54 41.002,97 1995 49.321,28 7.398,19 13.323,31 18.419,49 44.231,13 1996 52.469,44 7.870,42 14.655,64 20.466,10 47.730,80 1997 55.818,56 8.372,78 16.121,21 22.740,11 51.526,33 1998 59.381,44 8.907,22 17.733,33 25.266,79 55.644,39 1999 63.171,75 9.475,76 19.506,66 28.074,21 60.114,19 2000 67.203,99 10.080,60 21.457,32 31.193,57 64.967,74 2001 71.493,60 10.724,04 23.603,06 34.659,52 70.240,11 2002 76.057,03 11.408,55 25.963,36 38.510,58 75.969,76 2003 80.911,73 12.136,76 28.559,70 42.789,53 82.198,86 2004 86.076,31 12.911,45 31.415,67 47.543,92 88.973,67 2005 91.570,54 13.735,58 34.557,23 52.826,58 96.344,97 2006 97.415,47 14.612,32 38.012,96 58.696,20 104.368,47 2007 15.000,00 15.000,00 2008 16.500,00 16.500,00 2009 18.150,00 18.150,00 2010 19.965,00 19.965,00 2011 21.961,50 21.961,50 2012 24.157,65 24.157,65 2013 26.573,42 26.573,42 Total Geral 1.131.653,41

8.2 - Análise dos Custos

O investimento total no período de 22 anos para o desenvolvimento e transferência da tecnologia até o ano de 2013 foi de R$ 1.131.653,41, o que da uma média anual de R$ 51.438,79. A análise do retorno do valor investido na geração da tecnologia, o valor presente líquido (VPL), com taxa mínima de atratividade de 6 % ao ano, foi de R$ 43.679,71 e a taxa interna de retorno (TIR) foi de 2%. De qualquer forma, considerando o valor investido desde o início se constata que o retorno financeiro ainda é baixo, porém positivo.

9 – AÇÕES SOCIAIS Tabela 9.1. – Ações Sociais

Tipo de ação

(18)

Análise final

A cultivar de pêssego BRS Rubimel foi gerada para atender demanda dos produtores de pêssego de mesa que procuravam cultivares que pudessem suprir as necessidades dos consumidores nos mercados do Sul do Brasil. Foi selecionada considerando aspectos como a aparência, tamanho, sabor doce, firmeza, forma e rendimento de frutas por planta. Portanto, a BRS Rubimel incorporou aspectos positivos que ao mesmo tempo agradou aos produtores e aos consumidores. Nas áreas de cultivo ainda pouco expressivas, de uma maneira geral, a BRS Rubimel apresentou produtividade, já a partir do segundo ano de pomar, superiores à cultivar Aurora, tradicionalmente cultivada no Estado de São Paulo e que abastece o mercado atacadista da CEAGESP.

A cultivar BRS Rubimel foi criada para preencher um espaço na produção de pêssegos de mesa que estava sendo coberto com cultivares lançadas pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e introduzidas dos Estados Unidos, que, segundo os agricultores, não atendiam plenamente aos consumidores. A grande importância das pesquisas da Embrapa Clima Temperado para os produtores de São Paulo, pode-se medir pelas manifestações dos agricultores e empresas de assistência técnica.

“... graças a Embrapa que a gente está conseguindo essas variedades como o Rubimel, Fascínio e levantando novamente o pêssego aqui em São Paulo ...”.

“... graças a Embrapa, está se fazendo as melhorias que precisava e está se fazendo o produtor ganhar dinheiro. Se não fosse essas melhorias nós estávamos ralados ...”.

“... Nós estávamos a pé, antes o IAC produzia tudo e de repente parou... a cooperativa (de Campos de Holambra) foi atrás,...graças a Embrapa está surgindo materiais muito interessantes... é isso que a gente precisa...”

“... A Embrapa devia lançar muitas mais variedades de pêssego... ”.

“... A parceria com a Embrapa é de extrema importância, porque essas variedades apresentam sabor, cor, firmeza e interesse do consumidor... ”.

Estas foram algumas das manifestações espontâneas dos agricultores entrevistados sobre o trabalho da Embrapa e da importância que a presença dos pesquisadores dela representa para eles no desenvolvimento de tecnologias para a região produtora de pêssego.

Por estes e outros motivos, tudo indica que gradativamente a BRS Rubimel deverá ganhar espaço entre os produtores de outras regiões produtoras do Brasil, em função de atributos positivos da cultivar, ou seja, boa produtividade, frutos com bom tamanho, cor, firmeza e muito atrativos pela coloração de vermelho intenso o que agrada aos consumidores.

Estes fatores contribuíram sobremaneira no desempenho dos indicadores, sejam econômicos, sociais ou ambientais. A limitação para o desenvolvimento mais acelerado da cultivar, observado durante as entrevistas com produtores adotantes, foi devido à falta de mudas certificadas, o que poderá ser suprida nos próximos anos graças ao empenho dos viveiristas s serem credenciados pela Embrapa Produtos e Mercado.

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10 - BIBLIOGRAFIA

AVILA, A.F.D.; RODRIGUES, G.S.; VEDOVOTO, G.L.; Avaliação dos impactos de tecnologias geradas pela Embrapa. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2008. p. 189.

Embrapa Clima Temperado. Cultivar de Pessegueiro BRS Rubimel. Folder. Abril, 2012 http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/915990/1/foldermaria.do.carmorubimel 071010.pdf

Embrapa Clima Temperado. Rubimel: cultivar de pêssego para consumo in natura. Folder. Agosto, 2007

11.- EQUIPE RESPONSÁVEL Equipe de

Avaliação

Matrícula Nome Correio Eletrônico

Líder 167017 Lírio José Reichert lirio.jose@embrapa.br Membros da

Equipe

007714 Maria do Carmo B. Raseira maria.bassols@embrapa.br 267876 Ciro Scaranari ciro.scaranari@embrapa.br

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