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PQI 3303 Fenômenos de Transporte III Departamento de Engenharia Química da EPUSP

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Academic year: 2021

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(1)

PQI – 3303 – Fenômenos de Transporte III

Departamento de Engenharia Química da EPUSP

1. Fluxos Difusivos e Globais

Considere um fluido (meio contínuo) constituído de N componentes (multicomponente). Admite-se que o meio é a superposição de N

componentes. Caracteriza-se o escoamento pela velocidade

v

, do

centro de massa.

Expressa-se a equação da continuidade (de conservação) da espécie química i por: i i i i i

r

J

v

ρx

t

x

ρ

t

x

ρ

div

div

D

D

[1]

Da observação de Lagrange, tem-se:

i i i

J

x

r

div

t

D

D

[2]

E da observação de Euler, tem-se:

i i

i i

x

J

r

t

x

v

ρ

div

ρ

[3] i

n é o fluxo mássico global de i (kg/m2.s), que considera o

transporte total (convectivo + difusivo) de i, conforme expresso abaixo: i i i i i

x

J

J

n

ρ

v

ρ

v

[4]

Define-se a velocidade da espécie i pela relação:

i i i

n

 

ρ

v

[5]

onde: i é concentração mássica de A e vi a velocidade da espécie i.

O fluxo mássico global (todos os componentes) é calculado pela somatória:

v

ρ

v

ρ

N i i i N i i

n

n

[6]

Sabendo-se que

v

é a velocidade do centro de massa e  a

concentração mássica total. Tem-se, portanto, para a velocidade do centro de massa:

N i i i N i i i N i i i

v

x v

ρ

ρ

v

ρ

ρ

1

v

[7]

Das equações [4] e [6], tem-se:

i i i

n

x

J

n

[8]

E das equações [4] e [5], tem-se:

J

v

v

(2)

Resultando para o fluxo mássico difusivo a expressão:

v

v

J

i

i

i

[10]

Como conseqüência, tem-se:

N i N i N i i i i i N i i i N i i

v

v

v

v

v

v

J

0

[11]

No caso binário (A/B), tem-se para expressão [11]:

B A B A N i i

J

J

J

J

J

0

[12]

Aplicando-se a “lei” de Fick, dada por:

A AB A

ρ

D

gr

a

d

x

J

[13] B B

x

J

ρ

D

BA

gr

a

d

[14] Tem-se de [12]:

0

d

a

gr

D

ρ

d

a

gr

D

ρ

AB A

BA

x

x

B

1

0

d

a

gr

D

ρ

d

a

gr

D

ρ

AB A

BA

x

x

A

0

d

a

gr

D

ρ

d

a

gr

D

ρ

AB A

BA

x

x

A

Obtém-se, assim, o seguinte resultado fundamental:

BA AB

D

D

[15]

Todo o desenvolvimento e equacionamento apresentado nesta aula pode ser feito, analogamente, para os fluxos molares.

A equação de continuidade da espécie química i (equação de conservação) é expressa em termos molares por:

i i i i i

x

x

I

R

x

~

~

div

~

v

~

ρ~

div

t

~

ρ

t

D

~

D

[16] i i i i

x

I

R

x

~

)

~

~

v

~

ρ~

(

div

t

~

ρ

[17] Assim, tem-se, para o fluxo molar total do componente i:

i i i i i i i i

M

n

M

N

ρ~

v

ρ

v

~

[18] E para o fluxo molar total:

v

~

ρ~

~

v

ρ~

~

N

N

N i i i N i i [19]

onde v~ é a velocidade do centro de molar e

~

a concentração molar

(3)

A velocidade do centro molar é expressa por:

N i i i N i i i

v

x v

~

ρ~

ρ~

v

~

[20]

Os fluxos molares difusivos e totais são expressos por:

v v

Ii ii   ~ ~ ~  

[21] i i i xN I N    ~ ~ ~ ~ [22]

0

~ 

N i i

I

[23]

A tabela abaixo resume a relação entre os fluxos difusivos e totais.

Velocidade de referência Fluxo mássico (kg de A/m2s) Fluxo molar (gmol de A/m2s) Nula i i i

n

 

ρ

v

i i i N~ ρ~ v   v, centro de massa

J

v

v

i i i

J

v v

i i i     

~ ~

v

~

, centro molar

I

 

v

v

i i i

~

I

v v

i i i    ~ ~ ~

2. Experimento de Stefan – Difusão de A em B parado

A figura abaixo ilustra um sistema no qual um solvente A está contido em um longo tubo capilar, e o seu vapor difunde-se para fora do tubo. Todo sistema é mantido à temperatura e pressão constantes. No meio externo tem-se o escoamento de um gás B, que insolúvel no líquido A. y = 0 y = L A B A 0 ,

~

A

x

L A

x

,

~

(4)

Considere como volume de controle a região do tubo contendo gás. Na condição de regime permanente o nível do líquido é, de alguma forma, mantido constante, apesar da evaporação de A.

O balanço molar de A é dado pela equação [17]:

A A A A

x

I

R

x

~

)

~

~

v

~

ρ~

(

div

t

~

ρ~

[24]

Na condição de regime permanente e na ausência de reação química, resulta:

0

~

div

)

~

~

v

~

ρ~

(

div

x

A

I

A

N

A

[25] Considerando-se o problema como unidimensional, tem-se:

N

cte

dy

N

d

N

A

A,y

0

~

A,y

~

0

~

div

[26] Analogamente, para o componente B, tem-se:

0

~

div

)

~

~

v

~

ρ~

(

div

x

B

I

B

N

B

[27]

Como o fluxo total de B é nulo (B é insolúvel no líquido A), resulta:

N~B,y 0 [28]

Substituindo-se esses resultados na equação [22], tem-se:

B A A A A A A

x

N

I

x

N

N

I

N

~

~

~

~

~

~

~

~

0

x

cte

I

N

A A A

~

1

~

~

[29]

Substituindo-se a ”lei” de Fick, resulta:

d

y

cte

x

d

x

D

N

A A AB A

~

~

1

~

~

[30] Integrando-se, tem-se:

AL A AL A x x A A AB L A x x A A AB L A

x

x

d

D

dy

N

x

x

d

D

dy

N

~ ~ 0 ~ ~ 0 0 0

~

1

~

~

~

~

1

~

~

~

[31] O fluxo molar de A é dado por:

0 , ,

~

1

~

1

ln

~

~

A L A AB A

x

x

L

D

N

[32] ou, por:

0 , ,

~

~

ln

~

~

B L B AB A

x

x

L

D

N

[33]

(5)

O fluxo total de A,

N

~

A, é constante ao longo de y, assim como o termo

AB

D

~ . Observe a conveniência de trabalhar com a concentração molar,

neste caso, pois apesar das composições variarem ao longo de y a concentração molar depende apenas de P e T.

A equação [33] pode ser reescrita da seguinte forma:

0 , , 0 , , , 0 ,

~

~

ln

~

~

~

~

~

~

B L B B L B L A A AB A

x

x

x

x

x

x

L

D

N

[34]

A AL

LN B AB A

x

x

x

L

D

N

~

~

,0

~

,

~

~

[35]

onde a fração molar de B média logarítmica,

x

~

BLN, é dado por:

, ,0

0 , ,

~

~

ln

~

~

~

B L B B L B BLN

x

x

x

x

x

[36]

3. Equação de conservação da A na forma diferencial para os

diferentes sistemas de coordenadas.

Bibliografia

 Bennett & Myers - Fenômenos de Transporte, 2ª ed. 1978 – Mc Graw Hill

Referências

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