• Nenhum resultado encontrado

INCLUSÃO DIGITAL COLEÇÃO MULTIMÍDIA Língua Portuguesa Interface 1 Quem sabe conta, quem não sabe inventa Caderno do professor

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "INCLUSÃO DIGITAL COLEÇÃO MULTIMÍDIA Língua Portuguesa Interface 1 Quem sabe conta, quem não sabe inventa Caderno do professor"

Copied!
68
0
0

Texto

(1)

Língua Portuguesa

Interface 1

Quem sabe conta,

quem não sabe inventa

Caderno do professor

INCLUSÃO DIGITAL

www.amigomicro.com.br

(2)
(3)

Coleção Multimídia Amigo Micro

- Língua Portuguesa

Interface 1 - Quem sabe conta, quem não sabe inventa

Caderno do Professor

Shirley Goulart de Oliveira García Jurado

Valéria de Cast ro Zacharias

Rosa Maria Pires Bueno

Cláudia Seixas

Maria Virgínia Ferrara de Carvalho Barbosa

Pr oj e t o gr á fi co

Adriano Rangel Teixeira

Ar t e da ca pa

Marcelo Vict or Azevedo Chaves

Re visã o de lín gu a e e st ilo

Adelba Crist ina Fernandes

Flávio Gonçalves Mot a

Oldem ar Junior

Edit or a çã o

Casa de Edit oração e Art e Lt da

Adilson Araúj o Lobo

(4)

CARTA AO PROFESSOR

01

ORGANI ZAÇÃO DAS ORI ENTAÇÕES AO PROFESSOR

03

I NFORMAÇÕES I MPORTANTES

05

A Coleção Mult im ídia Am igo Micro - LÍ NGUA PORTUGUESA

O m ot ivo ... 09

Com o pensar o at o de ensinar a linguagem – a aprendizagem da leit ura e da escrit a ... 09

Ler - o porquê e o para quê ... 10

Escrever - o porquê e o para quê ... 11

As sit uações didát icas de leit ura e de produção de t ext o ... 12

O que é preciso saber sobre o cont rat o didát ico ... 13

A avaliação ... 14

Encerrando, para com eçar sem pre... ... 14

I NTERFACE 1 - QUEM SABE CONTA, QUEM NÃO SABE I NVENTA

15

ORI ENTAÇÕES PARA O DESENVOLVI MENTO DAS ATI VI DADES

17 Unidade 1 – Divert indo- se com as palavras ... 17

At ividade 01 – Dom inó ... 17

At ividade 02 – No rit m o das parlendas ... 19

At ividade 03 – Organizando t ext os ...21

At ividade 04 – A palavra é... ... 23

At ividade 05 – Junt o ou separado? ... 26

At ividade 06 – Quem sabe cont a, quem não sabe invent a...28

Unidade 2 – Hist órias e m ais hist órias ... 31

At ividade 01 – Museu Virt ual Mona Lisa ... 31

At ividade 02 – Quem quiser que cont e out ra... ... 33

At ividade 03 – M ou N? Eis a quest ão! ... 35

At ividade 04 – Cada um t em sua hist ória... ... 36

At ividade 05 – Quem sabe cont a, quem não sabe invent a... ... 38 09

(5)

Unidade 3 – Crianças e suas hist órias ... 41

At ividade 01 – Troca- bolas ... 41

At ividade 02 – Forca anim ada ... 42

At ividade 03 – Crianças e seus anim ais ... 43

At ividade 04 – Cruzadinha divert ida ... 45

At ividade 05 – Quem sabe cont a, quem não sabe invent a... ... 47

Unidade 4 – Hist órias em quadrinhos ... 51

At ividade 01 – Os gest os falam m ais do que você im agina... ...51

At ividade 02 – Conhecendo as hist órias em quadrinhos ... 52

At ividade 03 – Criando um a hist ória em quadrinhos - Planej am ent o e pesquisa ... 55

At ividade 04 – Revisão e edição da hist ória em quadrinhos ... 57

REFERÊNCI AS BI BLI OGRÁFI CAS

(6)

Caro( a) Professor( a) ,

Foi com grande satisfação que fi zem os para você o Caderno do Professor, um recurso didát ico- peda-gógico const it uint e da Coleção Mult im ídia Am igo Micro - Língua Port uguesa.

Nele, você encont rará algum as respost as sobre as concepções de linguagem , de ensino e de apren-dizagem que fundam ent am a propost a educacional. Além disso, há um a série de sit uações didát icas a serem desenvolvidas com os alunos, que podem sust ent ar suas int ervenções e est rat égias de en-sino, ao ut ilizar com eles a int erface de navegação, na Sala de I nform át ica. Para enriquecer sua for-m ação e sua at uação, indicafor-m os t afor-m béfor-m leit uras de t ext os que se encont rafor-m efor-m livros e sit es, que poderão ser usados e acessados pela I nt ernet , de acordo com seus int eresses e suas necessidades. Ressalt am os que est e Caderno não t em a pret ensão de servir com o um a receit a a ser seguida. É sim um a referência que pode com plem ent ar e subsidiar a sua t arefa de ensinar leit ura e produção de t ext os, usando as Tecnologias de I nform ação e Com unicação.

Acredit am os que, com est e Caderno e com os soft wares que com põem o m at erial digit al, cont ribuire-m os para que você e seus alunos enfrent eribuire-m , j unt os, sit uações novas e desenvolvaribuire-m ferraribuire-m ent as cognit ivas út eis ao aprendizado perm anent e. Que a vont ade de aprender sem pre e m ais se m an-t enha viva em vocês!

Nosso abraço,

(7)
(8)

Est e docum ent o int egra a Coleção Mult im ídia - Língua Port uguesa, que t raz com o propost a o desenvolvim ent o de capacidades de leit ura e de produção de t ext o, especialm ent e em am bient e vir-t ual, para alunos do Ensino Fundam envir-t al. A fi m de facilivir-t ar a leivir-t ura e o uso do m avir-t erial, explicivir-t a- se, a seguir, a form a com o o cont eúdo será apresent ado e organizado.

A leit ura e a produção de t ext os são aqui ent endidas com o prát icas de let ram ent os; com o usos soci-ais cult uralm ent e const ruídos, ou sej a, são form as de int eração verbal ( oral ou escrit a) realizadas em cont ext os específi cos. Nesse proj et o, a t ecnologia digit al perm eia prat icam ent e t odas as at ividades elaboradas e aparece com o recurso para ensinar e aprender a ler e a escrever.

Na part e inicial do Caderno, encont ra- se a apresent ação da Coleção Mult im ídia - Língua Port

u-gu e sa , onde est ão explicit ados os pressupost os t eórico- m et odológicos que fundam ent am a

pro-post a:

o m ot ivo;

com o pensar o at o de ensinar a linguagem - a aprendizagem da leit ura e da escrit a; ler – o porquê e o para quê;

escrever – o porquê e o para quê;

as sit uações didát icas de leit ura e de produção de t ext o; o que é preciso saber sobre o cont rat o didát ico;

a avaliação.

Na segunda part e, est ão descrit as, em det alhes, orient ações para se t rabalhar cada um dos recursos disponíveis na int erface de navegação. São sugest ões de at ividades e m ediações a serem desenvolvi-das com os alunos em aulas cuj o t em po est im ado é de 50 m inut os.

A esse respeit o, vale ressalt ar que a indicação do t em po é apenas um a sugest ão, um a referência m ínim a para auxiliar na organização e no desenvolvim ent o da at ividade. Cabe ao( à) professor( a) , analisar o seu grupo, os int eresses ou as necessidades, a organização e as habilidades j á const ruídas para que possa decidir sobre o seu planej am ent o.

Durant e a exposição e a explicação das at ividades, além da sequência explicit ada, aparecem seções que visam a ant ecipar, a esclarecer ou a acrescent ar inform ações quant o:

à n a ve ga çã o – in dica o qu e de -ve r á se r fe it o a o se t r a ba lh a r com o soft w a r e n a a t ivida de e m qu e st ã o;

a o obj e t ivo – in t e n çã o didá t ica e x plicit a da n o in ício de ca da a t ivi-da de ;

a os de st a qu e s – r e for ços ou for m a s de in cr e m e n t a r a a t ivida de j á pr o-post a ;

à s in for m a çõe s a dicion a is e pe squ isa s:

t e x t os ou cu r iosida de s;

r e fe r ê n cia s de pe squ isa s ( sit e s e / ou livr os) .

à s or ie n t a çõe s didá t ica s - a spe ct os r e le va n t e s/ fu n da m e n t a is pa r a a r e -a liz-a çã o s-a t isf-a t ór i-a d-a -a t ivid-a de a pr e se n t a da ;

(9)
(10)

Na execução das propost as didát icas cont idas na Coleção Mult im ídia - Língua Port uguesa, al-guns recursos est ão disponíveis e devem ser propost os aos alunos ao fi nal de um a at ividade, de um grupo de at ividades ou de um a Unidade.

En qu e t e

Por m eio da Enquet e, cada aluno, individualm ent e, dará sua opinião a respeit o dos t rabalhos realiza-dos em um grupo de aulas, de sua part icipação e da at uação do( a) professor( a) . Para isso, escolherá um a das “ carinhas”, que represent ará sua escolha.

Após os alunos em it irem suas opiniões, os dados serão consolidados, gerando- se um gráfi co da sit u-ação. O( a) professor( a) fará uso dest e gráfi co, analisando- o j unt am ent e com os alunos. Ele poderá ser visualizado por t odos, em seu m icro.

Bloco de N ot a s

O Bloco de Not as é um recurso que perm it e aos alunos regist rar inform ações im port ant es sobre de-t erm inados conde-t eúdos. Quando solicide-t ados, eles deverão acessar o link Bloco de Node-t as na inde-t erface de navegação, para fazer anot ações de acordo com a propost a apresent ada. Esse procedim ent o favorece a aprendizagem do uso da escrit a no apoio à m em ória, na elaboração de sínt eses, genera-lizações e resum os.

(11)

06

At ivida de s Com ple m e n t a r e s

Muit as vezes, grupos de alunos t erm inam suas at ividades ant es dos colegas ou da t urm a t erm inarem o t rabalho propost o e ainda há t em po disponível. Para essas sit uações, foram previst as as at ividades com plem ent ares, const it uídas de gam es ou de sequências de at ividades, que possibilit arão aos alu-nos m obilizar e const ruir conhecim ent os sobre a língua. As at ividades com plem ent ares poderão ser acessadas nas int erfaces de navegação 3 e 4, respect ivam ent e, I dent idades e Cult uras e I nform ação e Mídias.

Sit e s on - lin e

Em vários pont os do Caderno de Orient ações ao Professor, há indicações ou referências de sit es on- line, acom panhadas da dat a em que os m esm os foram acessados. Ent ret ant o, faz- se im port ant e ressalt ar que, de form a geral, os sit es exist ent es na I nt ernet sofrem m odifi cações const ant es, com o alt erações de cont eúdo, m udança de endereço, redirecionam ent o, et c. Dessa form a, eles não podem ser considerados referências perm anent es, ou sej a, o período em que est arão acessíveis é indet er-m inado. Vale esclarecer que, nas dat as eer-m que os sit es indicados nest e Caderno foraer-m acessados, eles eram confi áveis e seguros.

Os com pon e n t e s pr ivile gia dos n a s a t ivida de s pr opost a s

1 . A Le it u r a

Os t ext os vêm acom panhados de rot eiros que são sugest ões de com o iniciar as conversas sobre os m esm os. Esses rot eiros propõem quest ões que favorecem o desenvolvim ent o das capacidades de leit ura com o a ant ecipação, a elaboração e checagem de hipót eses, a localização, as com parações, as generalizações/ sínt eses e dem ais processos inferenciais. Sendo assim , a leit ura é ent endida com o um a relação dialógica ent re t ext o e leit or, que se realiza em sit uações concret as, com diferent es t ex-t os sociais e num a perspecex-t iva de consex-t rução de m úlex-t iplos senex-t idos.

Além da cont ribuição para o desenvolvim ento das capacidades de leitura, as questões tam bém sugerem que o aluno reconheça e analise alguns recursos da língua present es nos t ext os oferecidos.

É im port ant e ressalt ar que os rot eiros apresent ados não devem ser t ransform ados em exercícios es-colares inócuos de pergunt a e respost a individual no caderno ou oralm ent e, t ão velhos conhecidos dos alunos. Tais rot eiros devem ser t om ados apenas com o desencadeadores da conversa sobre o t ext o. Esses m om ent os de conversa são fundam ent ais para que os alunos com part ilhem suas leit uras e const ruam sent idos em colaboração.

Ainda vale dest acar que as quest ões sugeridas não garant em t odo o processo de m ediação ent re alunos e aut or/ t ext o, na const rução de sent idos. Port ant o, conform e a necessidade apresent ada du-rant e a interação aluno-texto, é preciso fazer novas intervenções, com plem entar o roteiro com outras quest ões ou elim inar algum as, sem pre buscando a const rução de sent idos e o desenvolvim ent o da com preensão leit ora pelos alunos.

2 . A Pr odu çã o

As propost as de escrit a sem pre apresent am orient ações m ais ou m enos específicas para a produção de t ext os. Elas deixam claro que produzir um t ext o é um processo que se realiza em et apas: é preci-so fazer um planej am ent o ( seleção de ideias) , produzir algum as versões, fazer a revisão ( a part ir de crit érios predet erm inados) e a reescrit a ( ou reelaboração) at é que se chegue a um a versão conside-rada a m elhor por quem escreve. Durant e t odo o t rabalho, os alunos fazem escolhas de várias na-t urezas, o que im plica o desenvolvim enna-t o de procedim enna-t os e de capacidades de escrina-t a variados. Assim com o acont ece na exploração da leit ura, as at ividades de produção são encam inhadas no sent ido de proporcionar um a reflexão sobre os usos da língua, especialm ent e durant e a revisão e a

(12)

reescrit a, que solicit am um exercício reflexivo sobre os recursos ut ilizados na produção de sent idos. As at ividades de revisão e de reescrit a dos t ext os serão feit as a part ir de crit érios predefinidos pela própria propost a de produção. Esses crit érios são fundam ent ais, t ant o para o aluno observar e refle-t ir sobre o seu desem penho, quanrefle-t o para o( a) professor( a) acom panhar o desem penho dos alunos no decorrer do processo de t rabalho com a produção escrit a.

3 . Os r e cu r sos da in for m á t ica

At ualm ent e, t ão im port ant e quant o ensinar a língua m at erna, é incorporar o uso da inform át ica no cont ext o escolar para at ender a necessidade de inclusão digit al previst a pela sociedade.

O apoio das Tecnologias de I nform ação e Com unicação ( TI C) t em por finalidade est im ular a fam iliari-dade do( a) professor( a) e de seus alunos com os procedim entos básicos dessa tecnologia, conferindo-lhe estatuto de recurso pedagógico e de obj eto de ensino.

Sendo assim , a Coleção Mult im ídia - Língua Port uguesa visa ao uso de recursos básicos da tec-nologia para o ensino da leit ura e da escrit a em am bient e digit al, ou sej a, o com put ador será um recurso fundam ent al para a leit ura e o regist ro das produções escrit as dos alunos, a part ir das quais serão feit as reflexões const ant es sobre o processo de ensino e aprendizagem .

Vale esclarecer, ainda, que a linguagem com o obj et o de ensino, principalm ent e em am bient e digit al, é considerada nest e proj et o sob dois aspect os:

1. aprender a ler e a produzir t ext os é aprender a usar a língua em cont ext os sociais, o que im plica o ensino de capacidades let radas t am bém no m eio digit al;

2. a t ecnologia é t rat ada com o recurso de ensino e aprendizagem , vist o que o Sist em a perm it e sal- var os registros dos alunos quando eles usam o bloco de notas, a Oficina de Produção e o Kid Studio, por exem plo; acessar gam es, aulas m ult im ídia, anim ações, soft wares de aut oria e out ros aplica- t ivos, elem ent os const it ut ivos das int erações nesse am bient e.

4 . Am bie n t e in ve st iga t ivo

Propost as didát icas desafiadoras são aquelas que colocam o aluno em sit uações nas quais ele t em bons problem as para resolver, que o convidem a t om ar decisões e a usar o que sabe para aprender o que não sabe.

Part indo do pressupost o de que se aprende no conflit o, t odas as at ividades procuram favorecer a int eração ent re alunos e professor( a) , de m odo que os cont eúdos, as ideias, as decisões e as est ra-t égias explicira-t adas sej am discura-t idos. Com parra-t ilhar ideias sem elhanra-t es sobre um m esm o assunra-t o ou fat o; ident ificar, com parar e analisar com preensões diferent es sobre um m esm o t ext o; revisar seus próprios t ext os e os dos colegas, considerando- os produt os sem pre em processo; t om ar decisões sobre que posição assum ir, que recursos usar são ações que exigem um a at it ude invest igat iva du-rant e a int eração.

(13)
(14)

O m ot ivo

At ualm ent e, ent ende- se que o processo de ensino e aprendizagem da leit ura e da escrit a é realizado a part ir de sit uações nas quais o uso da linguagem , em diferent es cont ext os de com unicação, possa fazer sent ido para quem aprende. Assim , a Coleção Mult im ídia - Língua Port uguesa t raz para a Sala de I nform át ica t ext os reais, m anifest ações vivas da linguagem , para que os alunos possam de-senvolver capacidades de leit ura e de produção t ext ual, próprias das m ídias im pressa e digit al. Leva em consideração, t am bém , um a prát ica educat iva na qual é possível exercit ar o raciocínio, aprender em um am bient e diferent e, o virt ual, para t er novas oport unidades de part icipar de sit uações que dão sent ido ao ler e ao escrever.

Os t ext os apresent ados especialm ent e em m eio digit al aparecem com diferent es linguagens: ver-bal, im agem est át ica e em m ovim ent o, infográfi cos e diagram ações, som . Foram selecionados, cui-dadosam ent e, para expressar um cont eúdo signifi cat ivo, t ant o no aspect o da sua função social, quant o na análise de sua est rut ura linguíst ica. Nesse sent ido, as at ividades didát icas propost as pres-supõem form ar leit ores e produt ores de t ext os de um a língua que precisa reconhecer as diferenças cult urais e linguíst icas de seus usuários e valorizar a realidade m ult ifacet ada de sua produção.

Com o pe n sa r o a t o de e n sin a r a lin gu a ge m - a a pr e n diza ge m da le it u r a e

da e scr it a

O m aior obj et ivo do ensino da língua m at erna é aj udar os alunos a com preender e dom inar os usos da linguagem nas variadas sit uações sociais e nas diferent es int enções com unicat ivas. Sabe- se, hoj e, que o aprendizado da linguagem se dá nas int erações, orais e escrit as, est abelecidas ent re as pes-soas, sej am elas reais ou virt uais.

No ent ant o, a variedade linguíst ica e discursiva em nossa sociedade é t ão int ensa e am pla, que é necessário selecionar, em cada fase da escolaridade, o que se pret ende ensinar. No processo de aprendizagem da escrit a e da leit ura é preciso considerar as necessidades e os int eresses dos alunos e aquilo que é fundam ent al que eles aprendam . No caso da Coleção Mult im ídia - Língua

Por t u gu e sa , foram dest acadas a esfera art íst ica, com t ext os da lit erat ura infant il e da t radição oral

brasileira, e a esfera j ornalíst ica, com t ext os que circulam em revist as e j ornais ( im pressos e digit ais) infant o j uvenis. A seguir, est ão os diagram as ilust rat ivos para apresent ar as form as de organização dos gêneros t rabalhados.

Há crianças que ingressam no m undo da linguagem escrit a at ravés da m agia da leit ura e out ras que ingressam at ravés do t reino das t ais habilidades básicas. Em geral, os prim ei-ros se convert em em leit ores, enquant o os out ei-ros cost um am t er um dest ino incert o. Em ília Ferreiro

A COLEÇÃO MULTIMÍDIA AMIGO MICRO

LÍNGUA PORTUGUESA

(15)

10

010

Sendo assim , a part ir desses t ext os e das especificidades de cada um , são propost as at ividades que visam a levar os alunos a t om ar consciência dos aspect os form ais dos m esm os - sua est rut ura, lin-guagem e cont eúdos caract eríst icos - sej a durant e a leit ura, sej a durant e a escrit a.

Além disso, em cada unidade são apresent adas at ividades que t êm por obj et ivo o desenvolvim ent o dos aspect os linguíst icos. Nesses casos, as quest ões ort ográficas, gram at icais e de pont uação são ent endidas com o aspect os que incidem diret am ent e sobre a t ext ualidade, ou sej a, devem ser anali-sadas com o elem ent os para escrever bons t ext os e para const ruir os sent idos na leit ura.

Le r – o por qu ê e o pa r a qu ê

A aprendizagem da leit ura ocorre quando os alunos part icipam de sit uações nas quais a linguagem escrit a é usada j unt o com pessoas que exercem prát icas de let ram ent o. Aprende- se a ler quando os propósit os de leit ura são claros e quando se const roem sent idos para os t ext os lidos.

As prát icas sociais de leit ura sem pre est ão relacionadas a um a necessidade pessoal: lê- se para sa-ber quais são as not ícias do dia, para obt er inform ação sobre o funcionam ent o de um aparelho, para buscar a receit a de um prat o, para se ent ret er ou se divert ir.

Na escola, não pode ser diferent e, os alunos precisam t om ar consciência da diversidade de obj et ivos, m odalidades e t ext os que caract erizam de fat o a leit ura. Assim com o exist em vários t ext os, exist em várias form as de ler, que t am bém podem variar de acordo com as sit uações propost as. Por exem plo, ler o t ít ulo de um a hist ória pode levar o aluno a se int eressar apenas pelas im agens ou querer ler o t ext o do início ao fim . Nesse caso, a sua int enção é a de divert ir- se, ent ret er- se. Por out ro lado, se ele precisa com plet ar as ideias de um t ext o com coerência e coesão, deve fazer um a leit ura m ais at ent a, pensar nos recursos linguíst icos, nas caract eríst icas do gênero, ler m ais de um a vez.

É im port ant e, t am bém , que os alunos saibam que os bons leit ores lançam m ão de est rat égias e pro-cedim ent os para const ruir significações sobre o t ext o. Por isso, as sit uações didát icas apresent adas perm it em que eles coloquem em ação as est rat égias de leit ura necessárias ao desenvolvim ent o da com preensão leit ora.

Um a habilidade relacionada à leit ura é a capacidade de reconhecer um t ext o que se t em diant e dos olhos m esm o ant es de iniciar a sua leit ura int egral. I sso pode ser observado a part ir de sua configu-ração global, das caract eríst icas percept íveis num prim eiro olhar com o a organização em parágrafos ou versos, se há um t ít ulo, se aparece o nom e do aut or, se t em t ravessão no início dos parágrafos. É necessário, pois, que as int ervenções didát icas auxiliem os alunos a perceberem esses aspect os, para que possam colocar em ação ideias sobre o que t rat ará o t ext o, dando- lhes indícios do cont eúdo que vão ler.

Cu lt u r a de t r a diçã o or a l: provérbios,

quadrinhas, t rava- lín-guas, cant igas, m odas, dit os e cont os populares, m it os, lendas... Ou t r a s lin gu a ge n s: M ú sica : canção Plá st ica s: desenho Lit e r a t u r a de t r a diçã o e scr it a :

poem as, cont os, crônicas, let ras de m úsica Jor n a líst icos: not ícia, report agem , ent revist a, cart a do leit or En t r e t e n im e n t o: t irinhas Pu blicit á r io: propaganda Ar t íst icos Jor n a líst icos e Pu blicit á r ios

(16)

Alguns elem ent os com o o gênero t ext ual, o cont ext o de produção e o suport e onde o t ext o circula po-dem favorecer o desenvolvim ent o de out ra habilidade de leit ura que é a capacidade de com preender o sent ido geral do t ext o e suas ideias cent rais.

O em prego de est rat égias para localizar inform ações explícit as, a capacidade de fazer inferências ( a part ir das inform ações im plícit as - as deduções, hipót eses geradas baseando- se nas pist as dadas pelo próprio texto ou em conhecim ent os que se t em ) , a ant ecipação ( capacidade de prever o que ainda est á por vir) e, por últ im o, est abelecer relações do que se leu com out ras leit uras e experiên-cias, são habilidades que m erecem dest aque no processo de aprendizagem da leit ura.

Enfim , desenvolver habilidades de leit ura é desenvolver procedim ent os próprios dos leit ores fluent es, é desenvolver nos alunos a possibilidade de ent ender a leit ura com o algo int eressant e e desafiador, um a conquist a que possa lhes dar aut onom ia e independência.

Escr e ve r – o por qu ê e o pa r a qu ê

O processo de produção textual envolve um a série de habilidades que os alunos precisam desenvolver para que se tornem bons escritores. Se de um lado, nas práticas sociais de escrita, escreve-se para participar de situações de com unicação reais, a partir de necessidades específi cas e dirigidas a interlocu-tores autênticos; por outro, entende-se que um texto pertence a um determ inado gênero e, por isso m esm o, apresenta algum as características relativam ente estáveis que organizam a nossa expressão e a nossa capacidade de com unicação.

Esses aspectos constituem desafi os a serem enfrentados pela escola no ensino da linguagem escrita, que são: o de criar um am biente em que os alunos possam fam iliarizar-se com diferentes gêneros textuais, analisando as particularidades de cada um , conhecendo a sua organização, reconhecendo a diferença entre a linguagem falada e a linguagem que se escreve e considerando as necessidades de inform ação de um interlocutor que está ausente; e o de propor situações didáticas em que a produção de texto seja realm ente um fator de interação social com o outro, seja ele um colega da sala, a redação de um a revista local, ou um interlocutor im aginário.

É necessário ainda perm itir que os alunos observem e apropriem -se das m arcas que caracterizam os vários tipos de texto: a fi nalidade (entreter, inform ar, sugerir, convencer), a linguagem (expressões, vocabulário, m arcas linguísticas), a tram a (narração, descrição, argum entação), os suportes (m ateriais im pressos, digitais, livro, revista), a estrutura física (disposição no papel, cores e tam anhos das letras, ilustração).

A proposta aqui apresentada é que o processo de produção de um texto seja planejado pelo aluno com a ajuda do(a) professor(a) e que antes de redigir ele possa responder às seguintes perguntas: o que quero com unicar?; com o vou escrever?; quem serão m eus possíveis leitores?; que linguagem vou usar?; quais inform ações são essenciais?; haverá im agem ou não?; qual será o suporte?; dentre outros.

Um outro aspecto, constituinte do processo de produção de textos, que precisa ser desenvolvido com os alunos é a capacidade de reconhecer que qualquer texto pode ser m elhorado e que ele não está acabado de um a única vez. Para isso, eles precisam com preender a im portância da revisão com o pro-cedim ento do ato de escrever. A revisão deve ser um a prática constante em sala de aula e pode acon-tecer de diferentes m aneiras: coletivam ente, em duplas, individualm ente, pelo professor(a).

Sendo assim , para desenvolver as habilidades de planejar e redigir um texto, a leitura desem penha um papel m uito im portante. Quando leem , os alunos entram em contato com a riqueza e a com plexidade da linguagem escrita. Por isso, todos os textos lidos passam a ser referenciais para que os alunos pos-sam elaborar as suas produções.

Por fi m, vale ressaltar que as situações de diálogo, de troca de informações, de intercâmbio de ideias sobre os textos que circulam no ambiente escolar favorecem o reconhecimento de que eles se aplicam a dife-rentes situações comunicativas, apresentam semelhanças e diferenças e por isso merecem tratamentos também diferenciados.

(17)

12

As sit u a çõe s didá t ica s de le it u r a e de pr odu çã o de t e x t o

As sit uações didát icas propost as procuram art icular a aprendizagem da leit ura, da produção de t ext o, dos conhecim ent os linguíst icos e dos recursos da t ecnologia. Se por um lado pret ende- se desen-volver nos alunos a at it ude crít ica, a curiosidade e a capacidade criat iva frent e ao conhecim ent o e às diversas form as de linguagem no m undo cont em porâneo, por out ro, busca- se, t am bém , desenvolver um a consciência sobre a língua e seus usos sociais m arcados pelas novas t ecnologias.

Em cada um a das int erfaces foram privilegiados t em as com o obj et ivo de t rabalhar det erm inados gêneros t ext uais e as suas esferas de circulação. Nas at ividades propost as nas I nt erfaces 1, 2 e 3 esses t em as abrangem a diversidade cult ural e social com t ext os lit erários da t radição oral e escrit a. Já na I nt erface 4 foram privilegiadas as m ídias e inform ações com t ext os da esfera j ornalíst ica. A seguir, a propost a apresent ada em cada int erface:

I nt erface 1 - Quem sabe cont a, quem não sabe invent a I nt erface 2 - Nossas hist órias... Aprendizagens e int erações! I nt erface 3 - I dent idades e Cult uras

I nt erface 4 - I nform ação e Mídias

Nas abordagens sobre a diversidade cult ural, ident idade, hist órias e relat os pessoais serão t rabalha-dos t ext os de diferent es cult uras:

da tradição oral: contos populares, m úsicas, crendices e superstições, quadrinhas, parlendas, m i- t os e lendas, provérbios, frases feit as, adivinhas;

da t radição escrit a: poem as, cont os e crônicas.

O que se pret ende com est a t em át ica é colocar o aluno em cont at o com várias cult uras e com os conhecim ent os const ruídos socialm ent e, ensinando- lhe a im port ância de reconhecer e valorizar as m anifest ações cult urais present es na sociedade.

Vale ressalt ar que as discussões e os diálogos sobre esse assunt o devem ser perm eados pelo respeit o às diferenças, acolhendo e reconhecendo as vivências e experiências de cada aluno, da com unidade e do ent orno onde se sit ua a escola.

Nos anos iniciais do Ensino Fundam ent al, o t rabalho com t ext os de t radição oral, com o as parlen-das, as adivinhas, os t rava- línguas, as cant igas e as quadrinhas, por exem plo, const it uem excelen-t es m aexcelen-t eriais de ensino e aprendizagem da linguagem escriexcelen-t a. As rim as, os riexcelen-t m os e as repeexcelen-t ições present es nesses t ext os cont ribuem para os alunos reflet irem sobre a grafia das palavras, sobre a correspondência let ra/ som e perm it e aj ust ar o falado ao escrit o, um a vez que são facilm ent e m em o-rizados.

Os gêneros da esfera j ornalíst ica, que aparecem principalm ent e na I nt erface 4, além de sua rele-vância social no que respeit a o seu carát er inform at ivo, t am bém são pot encialm ent e form adores de opinião. Sabe- se que as inform ações recebem t rat am ent o t ão diversificado quant o os variados pon-t os de vispon-t a que se pode assum ir em relação a um fapon-t o ou a um aconpon-t ecim enpon-t o.

A inform ação sobre o im pact o da t ecnologia é pot encializada ao m áxim o, t ant o porque os m odelos de produção são alt erados - as inform ações podem ser at ualizadas const ant em ent e - quant o às form as de dist ribuição da inform ação - m ais am pla, feit a at ravés das redes m undiais de com put adores. Es-ses aspect os im plicam procedim ent os de leit ura e de produção diferenciados dos procedim ent os na m ídia im pressa, os quais precisam ser ensinados pela escola.

(18)

A not ícia, a report agem , a cart a do leit or, a propaganda, a t irinha e a cart a ao leit or são alguns dos gêneros privilegiados na I nt erface 4, com os quais pode- se t rabalhar os cont ext os de sua produção, as caract eríst icas t ext uais e os locais de circulação.

Em t odas as int erfaces, além dos t ext os cit ados, aparecem t am bém propost as de escrit a de apoio cognit ivo, com t ext os da esfera escolar com o o resum o, as anot ações e o esquem a. Eles são im por-t anpor-t es para aj udar o aluno a aprender a aprender, pois desenvolvem as capacidades de generaliza-ção, sínt ese e de apreensão global de inform ações, e são bast ant e usados nas sit uações de pesquisa e de est udo.

Ao ler, os alunos int eragem com os t ext os, o que lhes perm it e elaborar diferent es sent idos sobre eles. Essa const rução de sent idos acont ece a part ir de sit uações que solicit am predições, localização de in-form ações, inferências, com parações e generalizações. Além disso, ao ler, eles observam e reflet em sobre alguns recursos linguíst icos, t ext uais e discursivos ut ilizados na const rução dos gêneros. Nas at ividades de produção de t ext os, há a preocupação com o ensino de procedim ent os da escrit a – o planej am ent o, a produção propriam ent e dit a, a revisão e a reescrit a ( ou reelaboração) dos t ex-t os.

A previsão de um produt o final, com as produções feit as pelos alunos ao longo do Proj et o, garant e um cont ext o significat ivo para as at ividades propost as e m obiliza os alunos em t orno do obj et ivo com um , que é o de preparar um m at erial escrit o para a circulação, sej a ele em am bient e digit al ou im presso no papel. Pode ser um livro, o cont eúdo para um blog, um a revist a im pressa ou elet rônica, um painel cult ural a ser publicado em um sit e. I sso significa que, em prol de um proj et o com um , cada um se t orna corresponsável pelo cum prim ent o das m et as est abelecidas.

Considerando a leit ura e a escrit a com o form as sociais de int eração, especialm ent e as realizadas em am bient e digit al, a t ecnologia, de um lado, é ent endida com o const it ut iva do obj et o de ensino, de out ro, const it ui um recurso para ensinar a ler e a produzir t ext os.

O qu e é pr e ciso sa be r sobr e o con t r a t o didá t ico

Ent ende- se o contrato didático com o um conjunto de regras, em geral im plícitas, que são estabelecidas nas int erações ent re professor( a) e alunos acerca de det erm inados cont eúdos. É com o se houvesse por part e do( a) professor( a) e dos alunos várias expect at ivas sobre o saber e que não são m encio-nadas por eles, m as det erm iencio-nadas ant ecipadam ent e pelo cont ext o da sala de aula e pelo que supos-t am ensupos-t e cada um pensa do ousupos-t ro em relação ao conhecim ensupos-t o.

No caso da leit ura e da escrit a, por exem plo, é com o se som ent e ao( à) professor( a) fosse concedido o direit o de selecionar os t ext os a serem lidos, de elaborar as int erpret ações sobre eles, de decidir quando e com o proceder na leit ura dos m esm os.

No ent ant o, o que est á sendo propost o na Coleção Mult im ídia - Língua Port uguesa, na Sala de I nform át ica, é a possibilidade de est abelecer um cont rat o didát ico diferent e, no qual professor( a) e alunos form em um a com unidade de leit ores e escrit ores, onde t odos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem da leit ura e da escrit a t om am decisões, com part ilham suas hipót eses, dialo-gam com os t ext os de um a m aneira part icular e própria.

Nesse sent ido, os alunos podem por em ação t udo o que sabem sobre ler e escrever e o( a) professor( a) pode usar t udo o que sabe sobre os conhecim ent os dos alunos, acolhendo e int erpret ando suas produções e intervindo sem pre que achar que suas reflexões possam contribuir para que eles construam represent ações cada vez m ais com plexas sobre a leit ura e a escrit a.

O desafio, ent ão, seria o de est abelecer na Sala de I nform át ica um am bient e no qual os propósit os de leit ura e escrit a sej am negociados, que os alunos possam ler os t ext os de diferent es m aneiras, que

(19)

14

a função de revisar os textos não seja exclusiva do(a) professor(a) e que eles possam fazer rascunhos, alt erar o que escreveram , reescrever seus textos, de acordo com as intenções e necessidades explicita-das em cada um a explicita-das sit uações apresent aexplicita-das.

A a va lia çã o

A avaliação, com o part e const it ut iva da prát ica educat iva, est á previst a de form a cont ínua, durant e t odo o desenvolvim ent o das at ividades da Coleção Mult im ídia - Língua Port uguesa. Trat a- se de um recurso im port ant e para verifi car as conquist as, as pot encialidades, as lim it ações, as difi culdades t ant o dos alunos, quant o do t rabalho didát ico. Por isso, avaliar pressupõe organizar m om ent os dist in-t os para que in-t odos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem possam in-t om ar consciência do que sabem , do que ainda não sabem , do que precisa ser alt erado, do que precisa ser ret om ado. A avaliação pode ser:

m et acognit iva, quando ao aluno é solicit ada um a refl exão sobre o seu próprio processo; do ensino, quando é solicit ada ao( à) professor( a) e ao aluno a avaliação da efi cácia do m a- t erial didát ico para os obj et ivos e cont eúdos propost os;

da aprendizagem do aluno durant e o processo, quando será realizada avaliação do desen- volvim ent o das com pet ências e das habilidades de leit ura, de produção t ext ual e conheci- m ent os linguíst icos.

En ce r r a n do, pa r a com e ça r se m pr e ...

Espera- se que o m at erial cont ribua para prom over novas int ervenções pelo( a) professor( a) na Sala de I nform át ica, de m odo que os alunos se envolvam , assum am a responsabilidade sobre o seu próprio processo de aprendizagem e adquiram com pet ências linguíst icas que lhes possibilit em con-t inuar aprendendo ao longo de sua exiscon-t ência.

(20)

INTERFACE 1 - QUEM SABE CONTA, QUEM NÃO

SABE INVENTA

(21)
(22)

Un ida de 1 – D ive r t in do- se com a s pa la vr a s

At ivida de 0 1 – D om in ó

Tem po sugerido: aproxim adam ent e 2 aulas

N e st a s a u la s, os a lu n os

1. navegam liv r em ent e pela int er- face;

2. realizam a aula multimídia Dominó e discut em as preferências e os gost os de seus pares.

Est a prim eira at ividade, a aula m ult im ídia Dom inó, visa à int egra-ção dos alunos por m eio de um a brincadeira em que eles podem perceber quais caract eríst icas t êm em co-m uco-m coco-m os seus colegas de classe.

Receba os alunos com os com put adores ligados e a int erface de navegação abert a. Diga a eles que irão t rabalhar em um Proj et o m uit o int eressant e, que t em aulas bast ant e diferent es, com j ogos, anim ações, aulas m ult im ídia a serem desenvolvidas na Sala de I nform át ica, quase sem pre em duplas. Esclareça que aprenderão t rocando ideias com os colegas, brincando, dividindo o que sabem e produzindo m uit as escrit as int eressant es. Ao fi nal do proj et o, organizarão um livro denom inado Quem sabe cont a, quem não sabe invent a..., com as produções feit as por eles durant e as aulas na Sala de I nform át ica.

Cham e a atenção dos alunos para a interface e deixe que naveguem rapidam ente por ela. Percorra a sala para acom panhar a navegação e, se preciso, ajude os alunos que apresentarem m aiores difi cul-dades.

Em seguida, diga que, para se conhecerem m elhor e com eçarem a se int egrar, irão part icipar de um a brincadeira. Para iniciar, peça que cliquem no link Dom inó, assist am ao t ut orial e int erpret em as regras. Auxilie- os nessa int erpret ação, pergunt ando:

Vocês conhecem bem com o se br inca com um dom inó? Vocês ent enderam as r egras dessa br incadeira?

A brincadeira t em o obj et ivo de prom over a int eração da t urm a por m eio de um a sit uação na qual os alunos conversam e descobrem algum as caract eríst icas com uns. Ao iniciar a at ividade, cada um preenche as suas peças do dom inó, selecionando as palavras que expressam seus gost os e suas preferências. Com o o dom inó t em dez peças, o aluno deverá escolher vint e coisas de que gost a para preenchê- lo. O próprio com put ador vai dispor as peças, de m aneira alt ernada, de acordo com as escolhas de cada um . A brincadeira só t erá início quando os dom inós dos dois int egrant es da dupla est iverem pront os.

O aluno que for escolhido para iniciar a brincadeira selecionará a prim eira peça e sua dupla procu-rará um a peça que t enha a m esm a palavra para se encaixar. Cada um , na sua vez, vai selecionando as peças para dar cont inuidade à brincadeira, seguindo o m esm o princípio do dom inó t radicional. Quando não houver m ais alt ernat iva, a at ividade est ará concluída.

Na aula m ult im ídia Dom inó, não haverá ganhadores. Quant o m ais possibilidades os alunos encont ra-rem de encaixar as peças, m ais preferências com uns eles t êm . Sendo assim , o dom inó fi cará m aior. Se, por out ro lado, o dom inó t erm inar rápido por falt a de opção de encaixe, dem onst rará que a dupla t em gost os diferent es.

(23)

18

No fi nal da brincadeira, aproveit e para t rabalhar com os alunos o j eit o de ser de cada um e seus diferent es gost os. Com a discussão, eles perceberão que as diferenças não im pedem que se t ornem am igos e possam t rabalhar em equipe.

(24)

At ivida de 0 2 - N o r it m o da s pa r le n da s

Tem po sugerido: aproxim adam ent e 2 aulas

N e st a s a u la s, os a lu n os

1. escolh em as par len das com as quais vão t rabalhar;

2. escu t am a p ar l en d a escolh id a e t ent am m em orizá- la, se ainda não a sabem de cor;

3. t rabalham com t ext os lacunados, com t ando as palavras que falt am na par len da escolhida;

4. organizam os versos da parlenda;

5. fazem a revisão da parlenda, escut ando d i - cas, caso ainda não a saibam de cor.

A proposta da aula m ultim ídia No ritm o das parlendas visa a que os alunos es-tabeleçam a adequada correspondên-cia entre partes do oral e partes do escrito, ou seja, façam o ajuste correto entre o que se sabe de cor e o que está escrito. Dessa form a, essa atividade é possível de ser realizada m esm o pelos alunos que ainda não escrevem nem leem convencionalm ente. Espera-se que eles utilizem recursos antecipatórios, os conhe-cim entos sobre o valor sonoro convencional das letras (quando já sabem ), e que avaliem a vali-dade desses recursos, acionando estratégias de leitura que perm itam descobrir onde e o que está escrito.

I nicie a aula, convidando os alunos a dizerem parlendas que eles conhe-cem de m em ória. Você tam bém pode recitar um a parlenda, professor(a), para incentivar os alunos a m ostra-rem o que sabem sobre esse gênero textual. A seguir, peça a eles que acessem a aula m ul-tim ídia No ritm o das parlendas, a partir da interface de navegação, e que escolham um a das parlendas para trabalhar. Não é preciso que todos trabalhem com a m esm a parlenda. Para que realizem a atividade, é recom endável que os alunos saibam de cor o texto da par-lenda.

Circule pela sala e observe os procedim entos que os alunos utilizam para realizar a atividade, fazendo perguntas que os ajudem a pensar, problem atizando as respostas dadas por eles, oferecendo inform ações que possam fazê-los refl etir e, sem pre que for pertinente, socializar as respostas, discutindo com o foram encontra-das.

Quando os alunos tiverem dúvidas em relação à leitura de determ inadas palavras, ajude-os a recorrer a outras cuja form a já conheçam . Para isso, será preciso ter disponíveis listas ou textos para serem consultados: listas de nom es, listas de preferências (com idas, m úsicas, esportes,

Sobr e a sit u a çã o didá t ica

É prudent e considerar, nesse m om ent o, alguns princípios didát icos que aj udam na orient ação das sit uações de ensino e aprendizagem :

aj ust ar o nível de desafio às possibili-dades cognit ivas dos alunos, para que, realm ent e, t enham bons problem as a resolver;

organizar agrupam ent os produt ivos, em função do conhecim ent o sobre o que os alunos sabem e do cont eúdo da t arefa que devem realizar;

garant ir a m áxim a circulação de infor-m ação, proinfor-m ovendo a socialização das respost as e dos procedim ent os ut iliza-dos pelas duplas, t rios ou grupos de t rabalho.

tim es, fi lm es), letras de m úsicas. Esses textos podem estar escritos em cartazes afi xados nas paredes da Sala de I nform ática. Assim , os alunos terão a oportunidade de usar a escrita convencional com o referência para ler e escrever.

(25)

20

Se você tiver na turm a alunos que ainda não escrevem alfabeticam ente, é im portante que eles fi quem agrupados num a parceria que realm ente os faça ter desafi os e problem as a resolver. A seguir, são da-das sugestões de com o fazer esses agrupam entos.

Os alunos com escrita silábica, que já conhecem o valor sonoro convencional das letras, podem tra-balhar com alunos com escrita silábica, que desconhecem o valor sonoro convencional das letras. Eles podem trabalhar tam bém com alunos com escrita silábico-alfabética, ou escrita pré-silábica. Os alunos alfabéticos podem trabalhar em parceria com alunos com escrita não alfabética, lendo os

versos ou palavras (dependendo do tipo de desafi o), para que os colegas procurem encontrar onde estão escritos(as) – nesse caso, é preciso instruí-los para que não leiam os versos ou palavras na ordem apresentada, a fi m de que a atividade não se torne m ecânica.

Professor( a) , se você quiser conhecer algum as parlendas, adivinhas e cant igas populares para enriquecer o t rabalho com os seus alunos, seguem algum as sugest ões de leit ura:

Quem cant a seus m ales espant a, um a colet ânea de cant igas popular es de Theodora Mar ia Mendes de Alm eida, publicada pela Edit ora Caram elo de São Paulo, em 2000. ( Acom panha CD com as cant igas)

Br in can do de adiv in h as, das au t or as Elisabet h Teix eir a e Len ice Gom es, da Edit or a Pau li-nas, publicado em 2007.

Parlendas da Charalina, livro de Nelson Albissú, edit ado pela Edit ora Paulinas, em 2001. Folclor e I n fan t il, de Ver íssim o de Melo, qu e t r az u m gr an de acer v o de t ex t os da t r adição oral. Foi publicado pela Edit ora I t at iaia.

(26)

At ivida de 0 3 – Or ga n iza n do t e x t os

Tem po sugerido: aproxim adam ent e 3 aulas

N e st a s a u la s, os a lu n os

1. m obilizam est rat égias de leit ura para organizar os versos de par- lendas, t rava- línguas, quadras e cant igas populares;

2. analisam a coerência da organização pro-post a no t ext o ao com pará- lo com a versão original.

Ao realizar a aula m ultim ídia Organizando t ext os, os alunos têm a oportunidade de colocar em ação estratégias de leitura com o objetivo de reconhecer e ordenar textos da cultura de tradição oral, m em orizados ou não, a partir de questões sem ânticas que envolvem essa organização textual, o que lhes perm itirá am pliar as capacidades leitoras.

I nicie a aula, solicit ando aos alunos que cant em pequenas cant igas ou recit em quadrinhas do cancioneiro popular local ou algum a parlenda conhecida. É im port ant e deixar que eles falem sobre seus saberes. Essa é um a boa oport unidade de valorizar os conhecim ent os que eles t êm , m ost rando que, quando se t rat a de cult ura popular, m esm o havendo produção que não conseguim os explicar quem fez e quando foi feit a, ela t em grande valor para um povo. Most re o que você t am bém conhece, professor( a) , recit ando um poem a

Sobr e a s in t e r ve n çõe s

Professor( a) , depois de t er possibilit ado aos alunos a realização da aula m ult im ídia e quando j á t iverem lido algum as cant igas e parlendas, você pode:

solicit ar que procurem um a det erm ina-da palavra;

colocar um CD de cant igas e parar num det erm inado m om ent o, solicit ando que encont rem a últ im a palavra cant ada. A dupla que encont rar prim eiro não pode dizer onde est á, m as sim dar pist as para os colegas ( a prim eira let ra da pa-lavra, com o ela t erm ina, em que verso est á...) , et c.

Faça a prim eira at ividade, colet ivam ent e, pedindo que, na seção das Qua dr a s popula

-r e s, cliquem no link Lá n o f u n d o... O-r ient

e-os na navegação e na realização da ordena-ção, ut ilizando os recursos de arrast ar a frase, devolvê- la quando considerar que o verso não est á na posição corret a e clicar no bot ão Ve r

i-fi ca r para fazer a cor r eção.

I ncent ive- os a buscar pist as para a ordenação dos versos, que podem ser desde as quest ões de sent ido ( aspect os sem ânt icos) at é as rim as e os sinais de pont uação.

Em seguida, deixe que os alunos escolham livrem ent e out ro link e façam o t rabalho de organização dos versos em duplas, enquant o você circula pela sala e vai fazendo as int er-venções que considerar necessárias.

ou cant ando um a cant iga para seus alunos.

Em seguida, diga a eles que irão conhecer um a série de t ext os da cult ura de t radição oral, m as que há um problem a com seus versos: est ão t odos em baralhados. Para ent endê- los, é preciso or-ganizá- los. Para isso, os alunos farão a aula m ult im ídia Or ga niza ndo t e x t os, acessando o link na int erface de navegação.

(27)

22

Para conhecer um pouco m ais sobre o processo inferencial, procure ler o capít ulo I I do livro Leit ura: inferências e cont ext o sociocult ural, de Regina Lúcia Peret Dell I sola, Edit ora Form at o, publicado em 2001.

Para com preender adequadam ent e um t ext o, vários recursos cognit ivos acont ecem . Tem os de ent ender as ideias explícit as nele, evocar conhecim ent os arm azenados na m em ória e, ao m esm o t em po, fazer inferências. É a part ir das inferências que conseguim os conect ar as ideias veiculadas em um t ext o.

Essas inferências que criam ligações ou que geram novas ideias podem ser de dois t ipos: infe-rências de conexão t ext ual e infeinfe-rências ext rat ext uais. Nas infeinfe-rências de conexão t ext ual, o leit or deduz a relação ent re as ideias do t ext o que são sucessivas ou próxim as. As inferências

e x t r a t e x t u a is são aquelas que vão além das inform ações que j á est ão explícit as no t ext o;

dessa form a, exigem , do leit or, um nível m ais elevado de elaboração. Essas inferências nos perm it em relacionar ideias dist ant es, est abelecendo relações de carát er m ais global ent re as ideias do t ext o.

(28)

N e st a s a u la s, os a lu n os

1. acessam o gam e, escut am o t u- t or ial e int er pr et am as r egras; 2. part icipam do gam e e observam as regularidades cont ext uais de palavras escritas com r/ rr; 3. leem as adivinhas e fazem inferências para

descobrir a respost a corret a;

4. escrevem palavras de acordo com o que sa- bem sobre o sist em a de escrit a.

Ao part iciparem do j ogo, os alunos analisam os diferent es sons do r e refl et em sobre as regularidades no uso do r ou r r na grafi a de algu-m as palavras. Taalgu-m béalgu-m t êalgu-m a oport unidade de conhecer algum as adivinhas e fazer inferên-cias para descobrir as suas respost as.

Professor( a) , com ece a aula conversando com os alunos sobre as adivinhas. Pergunt e se conhecem algum a e caso a respost a sej a afi rm at iva, escreva-as no quadro para que os colegas descubram suas respost as. Crie um clim a de descont ração e int egração enquant o os alunos t rocam inform ações sobre as adivinhas e lançam desafi os uns para os out ros. Diga a eles que vão conhecer novas adivinhas e para isso deverão acessar o gam e A palavra é... Junt os, vocês podem assist ir ao t ut orial e int erpret ar as regras. Nesse m om ent o, a sua aj uda, professor( a) , é m uit o im port ant e para favorecer que t odos com preendam as inst ruções apresent a-das.

Os alunos dão início ao prim eiro trabalho com a ortografi a no am biente digital, resolvendo adivinhas cuj as respost as sem pre t êm um a palavra escrit a com a let ra r. Essa dica est á present e na t ela de regras do gam e e deve ser dest acada com os alunos ant es que eles com ecem a j ogar. Espera- se que, com esse t rabalho, eles explorem as ocorrências ort ográfi cas de palavras escrit as com r ou rr e discut am sobre as regularidades no uso de t ais let ras. É im port ant e que, ao fi nal do j ogo, você, professor( a) , prom ova um a discussão colet iva sobre as descobert as dos alunos. Para isso, pode anot ar no quadro t odas as respost as das adivinhas. Após list ar as palavras, faça um a cat egorização de acordo com a posição do r ou rr na grafi a das m esm as. Você pode dest acar as seguint es con-clusões:

t odas as palavras que com eçam com r t êm som fort e; quando o som do r é fort e ent re duas vogais, usa- se rr; quando o som do r é fraco entre duas vogais, usa-se r;

quando o som do r é forte no fi nal de sílaba e a próxima sílaba começa com uma consoante, usa-se r. A seguir, o banco de adivinhas e as respostas do jogo.

At ivida de 0 4 – A pa la vr a é ...

Tem po sugerido: aproxim adam ent e 2 aulas

(29)

24

AD I VI N H A

O que é, o que é? Quant o m aior, m enos se vê,

quant o m enor, m ais se vê? É um brinquedo. Tem em sua escrit a o RR. Lugar onde essa personagem t rabalha.

É um lugar onde m uit as em oções acont ecem e m uit o riso t am bém . É a m aior palavra que est á na fala da personagem : “ Por favor, quero

t rês pirulit os, dois sorvet es e quat ro pedaços de queij o.”. Serve para levar e t razer, para ir e volt ar.

Aparece quando a chuva é m uit o fort e. Sou um a ave bonit a,

Tent e m eu nom e escrever Leia de t rás para frent e E o m esm o nom e irá ver.

Eva Furnari Tem coroa. RESPOSTA ESCURI DÃO ou ESCURO ESCORREGADOR PADARI A CI RCO PI RULI TOS CARRO ENXURRADA ARARA RAI NHA AD I VI N H A RESPOSTA BORBOLETA PORTA REMÉDI O ARQUI TETA ESPORTE TESOURA MACARRÃO É um inset o que serve de inspiração para vários poet as.

O que é, o que é? Bat e, bat e, Pode- se abrir e fechar, Vive assim no vaivém , Sem nunca sair do lugar?

É um a invenção que aj uda a curar doenças. Pessoa que t rabalha com const rução.

É um a palavra que est á em um dos t ít ulos abaixo. Faz bem à saúde. OS PREÇOS DOS REMÉDI OS VÃO CAI R.

ESPORTE PARA TODAS AS I DADES. O BRASI L ESTÁ CRESCENDO.

O que é, o que é? Essa m oça delicada Não t em boca, m as m ast iga Com e m uit o, m as não engorda

Cort a, fura e nunca briga?

É a palavra que com plet a a frase: Não resist o a um bom prat o de ________________________.

(30)

Professor( a) , o t rabalho de ort ografi a na escola deve est ar fundam ent ado na ob-servação dos “ erros” com et idos pelos alunos, pois dessa form a você poderá avaliar quais deles se referem a um a regularidade ort ográfi ca que eles ainda não dom i-nam , e quais referem - se às irregularidades, que devem ser aprendidas m ediant e consult a a font es aut orizadas, com o o dicionário, e m em orizadas. No caso do em

-Caso você se int eresse por ent ender um pouco m ais sobre consciência ort ográ-fi ca, que envolve a descobert a das quest ões de regularidades e de irregulari-dades na escrit a das palavras da Língua Port uguesa, pode consult ar o capít ulo 2 do livro Ort ografi a: ensinar e aprender, do aut or pernam bucano Art ur Gom es de Morais, publicado pela Edit ora Át ica, em 2000.

Out ra referência para um bom planej am ent o de at ividades para o t rabalho com a ort ografi a é o livro Ensino de ort ografi a: um a prát ica int erat iva na sala de aula, de Socorro Nunes, publicado pela Edit ora Form at o. Nesse livro, a aut ora analisa a int eração ent re alunos e ent re alunos/ professores no processo da aprendizagem da ort ografi a.

prego do r ou do r r , é preciso analisar com o as regularidades ort ográfi cas podem ser sist e-m at icae-m ent e t rabalhadas, observadas e generalizadas pelos alunos.

De acordo com Art hur Gom es de Morais, o em prego do r pode ser classifi cado com o um a re-gular idade cont ex t ual. Rere-gular por que podem os pr ever e escr ever a grafi a cor r et a, pois ex ist e um “ princípio gerat ivo” ; cont ext ual porque depende do som do r na pronúncia das palavras. Para o som do “ r fort e”, usam os r t ant o no início de um a palavra ( r apadura) , com o no com eço de sílabas precedidas por consoant e ( honr a) e no fi nal de sílabas ( car t a) . Quando o som do “ r fort e” aparece ent re vogais, devem os usar o r r ( car r o, fer r adura) . O “ r brando” aparece nos out ros casos: par ede, pr at o, et c. Vale reit erar que a “ disput a” ent re r e r r é um exem plo de que não é necessário m em orizar para se garant ir a escrit a corret a de um a palavra. É o cont ext o que dá orient ações sobre o que usar.

(31)

26

N e st a s a u la s, os a lu n os

1. acessam a aula m ult im ídia Junt o ou separado?;

2. t êm cont at o com parlendas, qua- drinhas, cantigas populares, cujas palavras não estão separadas corretam ente; 3. escolhem um a quadrinha, um a parlenda ou

canção popular para t rabalhar;

4. refletem sobre a segmentação das palavras nos versos;

5. buscam conclusões sobre com o grafar subs- t ant ivos e art igos, pronom es e verbos, pre- posições/ conj unções e adj et ivos.

Ao realizar a aula m ult im ídia, os alunos t êm a opor t unidade de r ealizar a segm ent ação das pala-vras n o s v e r s o s , o b s e r v a n d o e a n a l i s a n d o algum as ocorrências, com o pala-vras acom panhadas de art igos e preposições/ conj unções que especifi cam ou que ligam pa-lavras e orações, est abelecendo relações de sent ido. Além disso, podem desenvolver es-t raes-t égias de leies-t ura e avançar nas hipóes-t eses de escrit a ao observar que escrever e falar são duas m odalidades de uso da língua que t êm represent ações dist int as.

I nicie a aula, escrevendo no quadro um versinho ou quadrinha ou par-lenda com t odas as palavras em en-dadas. Peça aos alunos que leiam e digam o que observaram . Por exem -plo, você pode escrever a seguint e parlenda:

Convide um aluno para separar cada palavra da parlenda com um t raço e, post eriorm ent e, explicar porque t om ou essa decisão. Em segui-da, diga a eles que irão t rabalhar com m ais parlendas, quadras e canções populares, m as que há um problem a com os versos delas: eles est ão t odos em baralhados. Para ent endê- los, é preciso verifi car o que t em de fi car j unt o e o que deve ser separado. Para isso, os alunos farão a aula m ult im ídia Junt o ou Separado?, acessando o link na int erface de navegação. Faça um a prim eira at ividade colet ivam ent e, pedindo que cliquem no desenho ( link) da gaiola abert a. Faça- os indicar quant as palavras deve t er cada verso da quadrinha popular, an-t es de clicar no boan-t ão Verifi car. I sso possibili-t ará que refl ipossibili-t am sobre a segm enpossibili-t ação. Você pode fazer pergunt as que orient e essa análise, t ais com o:

1. Quem j á sabia essa quadrinha de cor? I sso aj udou a descobrir onde as palavras pre-cisavam ser separadas ou há out ras coisas im port ant es que nos aj udam a fazer essa separação?

Aproveit e para discut ir com os alunos a função da segm ent ação, fazendo- os perceber que o t ext o fi ca m uit o difícil de ser ent endido, por quem vai lê- lo, quando as palavras est ão t odas j unt as ou separadas incorret am ent e. Quando houver discordância na form a de seg-m ent ar, escreva as várias hipót eses no quadro, colocando um t raço no lugar onde deve ser o espaço. Peça que argu-m ent eargu-m , explicando as suas propost as de segm ent ação, o que cert am ent e per-m it irá que eles encont reper-m as soluções corret as.

Alguns aspect os podem ser analisados m ais det alhadam ent e, t ais com o:

há infl uência da linguagem oral na escrit a das palavras?

quando om it im os ou deslocam os as sílabas alt eram os o sent ido das pa-lavras?

exist em regras para se escrever pa-lavras dent ro das frases?

com o vocês decidem se o t ext o est á segm ent ado corret am ent e ou não e quando vocês det erm inam quais cor-reções devem ser feit as?

At ivida de 0 5 – Ju n t o ou se pa r a do?

Tem po sugerido: aproxim adam ent e 2 aulas

Reicapit ão soldadoladrão m oçabonit a dom eucoração

(32)

Professor( a) , segundo Ana Teberosky, em seu livro Refl exões sobre o ensino da leit ura e da escrit a, a propost a de t rabalhar a segm ent ação das palavras a part ir de pequenos t ext os e não de frases se j ust ifi ca pelo fat o de que as frases t êm um a est rut ura m uit o sim ilar e, às vezes, as crianças aprendem de um a form a m ecânica. Ao cont rário, os t ext os populares, além de serem conhecidos delas, t êm est rut uras m ais variadas e se inserem em det erm inado cont ext o que lhes perm it e refl et ir sobre regularidades ou irregularidades, sobre a necessidade de m em orizar ou com preender as regras subj acent es a eles.

2. Com o vocês separaram o prim eiro verso da quadrinha?

3. Quant as palavras vocês encont raram nesse verso? Quais são elas?

4. Agora que j á separam os corret am ent e um a palavra da out ra, vam os observar as seguint es ocor-rências da quadrinha: da parreira, a uva... O que esse “ da” e esse “ a” est ão fazendo pert o des-sas palavras? Vocês se lem bram de out ras palavras que podem est ar acom panhadas de “ da” e de “ a” ? Vam os fazer um a lista juntos? (I sso poderá ser feito com o uso da preposição – da pata, da pia..., etc.)

Em seguida, deixe que os alunos escolham livrem ent e out ro link e façam o t rabalho de segm ent ação em duplas.

Norm alm ent e, a não segm ent ação das palavras est á suj eit a à relação ent re o que se fala e o que se escreve. Muit os alunos ainda se apoiam na oralidade para escrever os seus t ext os, j ulgando que a escrit a é a t ranscrição da fala. Por essa razão, é m uit o im port ant e que você circule pela sala para observar com o e porquê os alunos t om am det erm inadas decisões ao separar as palavras nos t ext os. Você t am bém poderá perceber quais são as principais dúvidas que eles t êm e se elas são com uns à m aioria do grupo. Esse é um m om ent o privilegiado para que você possa oferecer inform ações, orien-t ar e problem aorien-t izar as ações e, consequenorien-t em enorien-t e, as aprendizagens dos alunos.

(33)

28

N e st a s a u la s, os a lu n os

1. conversam sobre quadras e can- ções populares;

2. realizam um a pesquisa sobre qua- dras e canções populares com seus fam iliares;

3. ut ilizam o soft ware de aut oria Oficina de Produção para o regist ro da colet ânea de quadras e canções populares;

4. fazem a revisão das quadras e canções populares;

5. form at am a versão final a ser publicada no livro.

Est a at ividade t em por obj et ivo fazer com que os alunos elaborem um a colet ânea de quadras e can-ções populares. Eles t êm a opor-t unidade de colocar em ação as hipóopor-t eses de escrit a a part ir de t ext os que sabem de cor. Além disso, aprendem a fazer revisão dos t ext os produzidos pelos colegas e a ut ilizar o soft w ar e de au t or ia Ofi cin a de Pr odu ção par a escrever e regist rar as várias versões dos t ext os que farão part e do livro Quem sabe con t a, qu em n ão sabe in v en t a. . .

Professor( a) , inicie a aula conver-sando com os alunos sobre a elabo-ração do livro Quem sabe cont a,

qu e m n ã o sa be in ve n t a ...,

resul-t ado fi nal das aresul-t ividades da Coleção Mulresul-t im ídia - Língua Port uguesa. Esclareça para os alunos que, a part ir de agora, com eçarão a produzir o livro que a t urm a vai escrever, colet ivam ent e, ressalt ando a im port ância de os t ext os est arem bem escrit os.

Faça- os relem brar algum as quadrinhas e cant i-gas que conheceram durant e as aulas das quais part iciparam at é agora. Você, professor( a) , pode recit ar um a quadrinha ou cant ar um a canção popular que considere bem conhecida dos alunos. Se possível, coloque a m úsica para a t urm a apreciar e cant ar j unt o.

Depois de ouvir a quadrinha ou a m úsica se-lecionada, solicit e aos alunos que falem sobre seus sent im ent os a respeit o da let ra. Ent regue a eles a let ra da quadrinha ou canção popular im pressa ou escreva-a no quadro e peça que façam um a leit ura silenciosa, seguida de

lei-Assim com o out ros gêneros de t radição oral, as cant igas e as m odinhas popula-res se caract erizam pelo anonim at o da aut oria, pela resist ência ao t em po, pela sua form a de divulgação de geração a geração, pela oralidade. As cant igas populares são especialm ent e próprias do universo infant il, em bora haj a out ras cant igas, com o as de carát er religioso, que façam part e do universo adult o. Já as m odinhas fazem part e do universo adult o e sua t em át ica é volt ada para o am or – suas dores, seus valores.

At ivida de 0 6 – Qu e m sa be con t a , qu e m n ã o sa be in ve n t a ...

Tem po sugerido: aproxim adam ent e 4 aulas

t ura oral, para que acom panhem seu rit m o. Após a leit ura, converse sobre o assunt o t rat ado nos versos e com o ele é abordado:

Sobre o que fala essa canção/ quadrinha popular? Quem fala? Com o fala?

Que pont os de vist a ela expressa?

Vocês conhecem out ras quadrinhas ou canções populares?

Proponha aos alunos que realizem um a colet ânea de quadrinhas e canções populares. I ncent ive- os a buscarem , j unt o a seus fam iliares, am igos ou vizinhos, as suas canções preferidas.

(34)

Para enriquecer sua aula e o repert ório de canções dos alunos, leve para a Sala de I nform át ica o CD Canções do Brasil – o Brasil cant ado por suas crianças, pro-duzido por Sandra Peres e Paulo Tat it . Nele, você encont rará, professor( a) , um repert ório int eressant e de 27 canções cant adas por crianças de t odos os Est ados do Brasil, abarcando um a gam a variada de rit m os, com o o m aracat u, o sam ba, o bum ba m eu boi, a congada, o rap, ent re out ros.

No sit e ht t p: / / w w w.palavracant ada.com .br/ fi nal/ cds_det alhes.aspx?idCD= 23 ( acesso em : 16 fev. 2009) , você obt ém m ais inform ações sobre as canções desse CD, e, especifi cam ent e, sobre a canção de seu est ado.

Na out ra aula, ret om e a conversa com a t urm a e organize para que possam regist rar, na Ofi cina de

Pr odu çã o, as quadrinhas e canções populares selecionadas, as quais irão fazer part e do livro Quem

sabe cont a, quem não sabe invent a... Em seguida, orient e as duplas de t rabalho a realizarem a re-visão dos t ext os dos colegas, observando se a pont uação e as palavras est ão corret as.

Finalizada a revisão dos t ext os, será preciso t ransferi- los para o edit or de t ext o, para que façam part e do livro Quem sabe cont a, quem não sabe invent a...

Para isso, cada dupla deverá abrir o edit or de t ext o disponível no com put ador e clicar no link Ofi cina

de Pr odu çã o, que est á na int erface, a fi m de acessar a quadrinha ou a canção popular que escreveu.

Est ando com esses aplicat ivos abert os ao m esm o t em po, orient e os alunos a usarem as t eclas ALT + TAB para navegar livrem ent e por eles. Será preciso seguir os passos abaixo:

1. Ut ilizando as t eclas ALT + TAB, os alunos deverão acessar a Ofi cina de Produção, selecionar t odo o t ext o da caixa direit a e copiá- lo ( pressionando as t eclas CTRL + C) .

2. Ut ilizando as t eclas ALT + TAB, os alunos deverão acessar o edit or de t ext o e colar o t ext o copia- do no docum ent o em branco ( pressionando as t eclas CTRL + V) .

Se houver im agem ( ns) no t ext o produzido na Ofi cina de Produção, os alunos poderão t ransferi- la( s) para o edit or de t ext o, da seguint e form a:

Acessar a Ofi cina de Produção, ut ilizando as t eclas ALT + TAB. Clicar no bot ão Copiar ( que est á ao lado da caixa da ilust ração) .

Ut ilizando novam ent e as t eclas ALT + TAB, acessar o edit or de t ext o e colar a im agem copiada no local desej ado, pressionando as t eclas CTRL + V.

Por últ im o, form e um a roda para ouvir e cant ar as m úsicas e depois conversar sobre elas: os rit m os, os inst rum ent os que são norm alm ent e usados para t ocá- las, o sent ido das let ras, o j eit o de cant ar. Nesse m om ent o, pode- se propor um a com paração ent re as diversas m úsicas, ret om ando sons, rit-m os, sent idos, inst rurit-m ent os, verifi cando serit-m elhanças e diferenças e concret izando a quest ão da diversidade cult ural.

(35)

Referências

Documentos relacionados

No presente trabalho, o etoxazol foi estu- dado nas doses de 1,1 a 5,5 g i.a./100 L de água, sendo que, na dose de 5,5 g i.a./100 L de água, dose próxima à de registro comercial

O Real-Time Transport Protocol (RTP) [6] ou Protocolo de Transporte em Tempo Real foi apresentado formalmente em janeiro de 1996, pelo Grupo de Trabalho de Redes (Networkig

ocorrência de situação prevista no art. mesmo comprovada a ocorrência de situação prevista no. A comprovação será feita por meio de documentos, tais como: lista de preço de

Trabalho Recuperação.. A partir da citação acima, assinale a alternativa que indica corretamente as relações mantidas, no contexto do trabalhismo, entre a

Resultados obtidos nos levantamentos efetuados apontam para a possibilidade de se complementar a metodologia para avaliação de pavimentos atualmente disponível no Brasil através do

Doze judocas de elite reproduziram o movimento de puxada de manga do judô, com a utilização do dinamômetro isocinético e simultaneamente registrou-se o sinal eletromiográfico

• São representados mais rapidamente que uma cobertura; foram desenvolvidos para ArcView, mais orientado para display que para edição e análise • São mais fáceis de

Numa primeira análise vale destacar que o Código Penal Brasileiro é de 1940, enquanto a Convenção do Cibercrime, também conhecida como Conferência de Budapeste é