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Transcrição de Teleconferência Resultados do 2T12 Cyrela Commercial Properties (CCPR3 BZ) 06 de agosto de Operadora:

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Academic year: 2021

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Operadora:

Bom dia, senhoras e senhores, e obrigada por aguardarem. Sejam bem-vindos à teleconferência dos resultados do 2T12 da Cyrela Commercial Properties S/A.

Gostaríamos de informá-los que este evento está sendo gravado e que todos os participantes só poderão ouvir a conferência durante a apresentação da Companhia. Após os comentários da administração da Companhia, haverá uma sessão de perguntas e respostas somente para analistas e investidores, quando passaremos mais instruções. Caso você precise de ajuda durante a teleconferência, por favor, pressione *0 para falar com a operadora.

Teremos também um webcast ao vivo, com áudio e slide, que pode ser acessado no site de relações com investidores da Cyrela Commercial Properties, no endereço www.ccpsa.com.br/ri, banner ‘Webcast 2T12’. A apresentação estará disponível para download na plataforma de

webcast. As informações a seguir estão disponíveis em milhões de Reais e em Legislação

Societária, exceto quando indicado.

Antes de prosseguir, gostaríamos de esclarecer que eventuais declarações que possam ser feitas durante esta teleconferência, relativas às perspectivas de negócios da Cyrela Commercial Properties, projeções e metas operacionais e financeiras, constituem-se em crenças e premissas da Diretoria da Companhia, bem como informações atualmente disponíveis. Considerações futuras não são garantia de desempenho. Elas envolvem riscos, incertezas e premissas, pois se referem a eventos futuros e, portanto, dependem de circunstâncias que podem ou não ocorrer. Investidores devem compreender que condições econômicas gerais, condições da indústria e outros fatores operacionais podem afetar o desempenho futuro da Companhia e podem conduzir a resultados que diferem materialmente daqueles expressos em tais considerações.

Agora gostaria de passar a palavra ao Sr. Roberto Perroni, que dará início à apresentação. Por favor, Sr. Roberto Perroni, pode começar a teleconferência.

Roberto Perroni:

Bom dia a todos. Obrigado por participarem da teleconferência da CCP. Eu gostaria de começar a apresentação com os destaques do período. Nós felizmente conseguimos um trimestre novamente bastante especial em relação à melhoria dos resultados, melhoria de vários indicadores, tanto operacionais quanto financeiros.

Eu começo destacando a nossa receita líquida, que foi de R$236 milhões nesse 2T12, um crescimento de 167% em relação ao 2T11. Essa receita líquida cresceu principalmente em função da venda da Torre Matarazzo, uma transação que daremos mais detalhes a seguir, durante a apresentação.

Como o aumento da receita, também houve aumento no lucro líquido, que foi 96% maior em relação ao 2T11, e no semestre atingimos a marca de R$92 milhões de lucro, um volume bastante significativo para o tamanho da nossa Empresa, que vem crescendo substancialmente ano a ano. O EBITDA também apreciou, em torno de R$97 milhões no período, com crescimento de mais de 100% em relação ao 2T11.

E destaco que o EBITDA ajustado foi de 87,5%, a margem EBITDA ajustada. Ou seja, conseguimos crescer nossos indicadores e conseguimos também manter nossas margens bastante adequadas e altas em relação aos níveis que temos.

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Destacamos a venda da Torre Matarazzo, como eu acabei de citar, um empreendimento significativo para a CCP, darei mais detalhes a seguir; destacamos também a inauguração do shopping Estação BH, em Belo Horizonte, nosso primeiro shopping fora do Estado de São Paulo a ser inaugurado, juntamente com o Norte Shopping Belém.

Os dois shoppings foram inaugurados basicamente com 96%, 97% da ABL comercializada, e ambos começam a gerar eficiência operacional no nosso portfólio, aumentando o valor da Empresa nesta nova fase que estamos, já de entrega de empreendimentos importantes para a Companhia.

Com a entrega desses dois shoppings, tivemos ainda uma taxa de vacância física bastante reduzida, 0,9%. Apesar de os shoppings estarem com a ABL comercializada de 97%, 96%, ainda assim conseguimos manter a taxa de vacância física de 0,9%, que é muito baixa em relação ao mercado, de forma que isso é função da qualidade do nosso portfólio.

Por fim, continuamos crescendo e desenvolvendo novos projetos. Fizemos a aquisição de terrenos para desenvolvimento de um centro logístico no Cajamar, percorrendo as adjacências de outro projeto que desenvolvemos, que foi adquirido nesse trimestre e agregará bastante ao nosso portfólio. Daremos mais detalhes a seguir.

Passando para a próxima página, com relação à venda da Torre Matarazzo, foi uma venda de R$199 milhões para a Previ, que é fundo de previdência dos funcionários do Banco do Brasil. Nós vendemos a nossa participação de 10.246 m², conseguimos um valor bastante interessante para o negócio e, sem dúvida, este projeto está rendendo resultados interessantes e importantes para a Companhia.

Esse projeto também conta, além dos escritórios, com um shopping center. O shopping center não foi vendido e continua fazendo parte do portfólio em desenvolvimento da CCP. É um shopping com 17.500 m² de ABL.

A inauguração do Shopping BH ocorreu nesse último trimestre, empreendimento com 33.982 m² de ABL. Ele está todo ancorado, como eu disse praticamente todo alugado, e é o primeiro shopping importante na zona norte da cidade de Belo Horizonte, muito próximo à Assembleia Administrativa do Estado. É um projeto que nos deixa bastante otimistas em função do movimento já apresentado nos primeiros meses.

O Shopping Belém, como anunciamos também quando inauguramos, foi inaugurado praticamente todo comercializado, tem 32.700 m², 133 lojas, ele também está todo alterado e é um shopping que nos deixa bastante otimistas e já começa a gerar receita para nossa Empresa. Nós temos sociedade no Shopping Belém com a Alliance e nossa participação é de 25% e 25% para o proprietário do terreno; e no Shopping Estação BH a sociedade é com a BR MALLS e nossa participação é de 40%.

Todos esses projetos foram entregues no prazo. Isso é muito importante porque ressalta a facilidade de entrega da Companhia.

O terreno para o que nós chamamos de Centro Logístico New Cajamar possui 700.000 m². Destaca-se também nesse projeto que é uma região realmente bastante demandada, considerada uma das regiões mais importantes para desenvolvimento de galpões industriais e de logística, e nesse terreno poderemos concluir 243.000 m² de área útil, sendo nossa participação de 70.700 m².

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O empreendimento está localizado junto aos projetos já desenvolvidos, que são projetos de sucesso, que são o Centro Logístico e Industrial Cajamar e o Parque Logístico Cajamar. E só para lembrar, possui acesso direto ao trevo, no km 36 da Rodovia Anhanguera, está muito próximo de São Paulo e muito próximo também do Rodoanel.

Abrindo para os destaques operacionais, na página cinco, temos aqui o detalhamento tava de vacância. Percebemos que a nossa taxa de vacância em edifícios corporativos é zero, em shopping centers estamos com 3,1%, zero industrial, 0,2% em outros, o que faz com que essa taxa de vacância financeira seja bastante baixa, de 0,6%, com destaque sempre para a qualidade do nosso portfólio.

É interessante destacar que, neste momento em que o mercado começa a falar de uma demanda menor com relação a escritórios, uma oferta chegando ao mercado...

[FALHA NA LIGAÇÃO]

Desculpem nossa falha. Foi uma falha técnica de conexão. Eu estava falando sobre a vacância. Destacando que a vacância de shopping centers é de 3,1%, vacância de edifícios corporativos zero, vacância industrial zero e nossa taxa de vacância está em 0,6%.

Eu queria destacar que nós teremos ainda renovações no ano de 2012 de 47% do valor dos nossos contratos de locação; 2013 estamos com renovação da ordem de 20% e 17%. É importante destacar que no momento já se ouve bastante que a demanda por escritórios tem diminuído, que a oferta tenha aumentado de forma significativa, e eu gostaria de citar dois fatos importantes que aconteceram nesse trimestre em relação ao nosso portfólio.

Um dos ocupantes, uma indústria, decidiu mudar de cinco andares de um dos nossos prédios na Faria Lima. O objetivo dele era realmente redução do custo de aluguel. No momento em que ele decidiu mudar, ele teria que entregar o imóvel, e ele cancelou o contrato de locação antes da entrega, e com isso teria que pagar uma multa. Ele percebeu que teria que pagar uma multa, e preferiu buscar inquilinos para ocupar o seu espaço usando diretamente e repassar esse contrato de locação, o que por nós foi permitido.

O que aconteceu? Ele não só conseguiu inquilinos para os cinco andares, apesar de não ser um

player especializado nisso, ele conseguiu alugar os cinco andares e os inquilinos pagaram luvas

para que ele mudasse e deixasse esses andares livres para eles. É algo muito raro no mercado de escritórios você conseguir receber luvas no momento em que você cede um andar para uma empresa. Chegaram a obter luvas de R$1 milhão, valores realmente significativos para uma transação desse tipo.

E se essa empresa está mudando, ela não terá custo nenhum de mudança, custo nenhum com multa, porque eles iriam comprar para todos os andares, inquilinos que não só ocuparam o espaço deles imediatamente, como até pagaram luvas para isso.

O que isso quer dizer? Que escritórios de qualidade e localização estratégica, mesmo em um momento de maior oferta e menor demanda sempre têm destaque, sempre se encontram alugados. Por isso que nosso portfólio historicamente, mesmo quando taxas de vacância em São Paulo eram de 20%, teve taxas de vacância baixíssimas, de 3% ou 4%. Para nós, a qualidade é fundamental em um momento em que o mercado não está tão forte como vinha sendo nos últimos dois, três anos.

Passando para pagina seis, falaremos dos projetos em desenvolvimento. Temos quatro projetos de escritório em desenvolvimento: Torre Matarazzo já falamos, fizemos a venda para a Previ; temos o Thera Corporate, que é uma obra que está dentro do cronograma, nos deixa bastante

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animados; temos também o CEO, que a obra será entregue no 2T13, e gostaria de informá-los que demos entrada na CVM de uma escrituração de um fundo imobiliário para a venda de uma das torres do CEO.

O CEO é um projeto no Rio de Janeiro, na Barra da Tijuca, onde temos duas torres, e em uma das torres tomamos a decisão de colocá-la no fundo imobiliário. A ideia seria seguir a mesma receita do fundo imobiliário do Thera Corporate, que foi um grande sucesso de vendas, um marco importante do mercado de fundos imobiliários para a área de desenvolvimento. Os detalhes sobre esta oferta já encontram-se protocolados na CVM.

No edifício Faria Lima, o único projeto em que ainda não iniciamos as obras de escritórios, está em fase final de aprovação.

Shopping centers. A expansão do Grand Plaza será entregue no final do ano. A obra está dentro do cronograma; Tietê Plaza andando muito bem, será entregue no 2S12. O projeto de locação também está indo bem, já está sendo operado, tem uma demanda bastante grande para ocupação desse espaço.

E o Metropolitano Plaza, a obra também está em andamento, para ser entregue no 2S13. Projeto com 43.000 m² de ABL e a locação vai muito bem.

Shopping Cerrado, estamos em fase de aprovação do projeto, em breve teremos notícias sobre o lançamento desse novo empreendimento.

O Shopping Cidade de São Paulo, na Paulista, como eu comentei, vendemos a torre, mas alugamos o shopping, de tal maneira que seguimos com ele.

Centros logísticos. Temos sete centros logísticos dentro do portfólio. É um segmento que estamos crescendo de forma bastante acelerada, a demanda esta muito grande, os valores de locação sempre em três dígitos, estamos conseguindo valores acima das nossas previsões. Realmente é um segmento bastante interessante, continuamos com a nossa aposta nele.

Iniciamos o nosso primeiro projeto no Rio de Janeiro, em Queimados, cuja primeira fase já será entregue no final deste ano. Realmente, estamos bastante entusiasmados, e a parceria com a Prologis vai realmente andando de vento em popa. Estamos muito animados com o parceiro e com bastante tranquilidade para evoluir nesse segmento.

Na próxima página, destacamos como se distribui o nosso portfólio nos três segmentos em que atuamos: shopping centers, escritórios e logística. E aí percebe-se que hoje, e passamos para escritórios, com um menor número de projetos rendendo na parte de shoppings e galpões, mas com a evolução que temos no pipeline, começamos a ter um portfólio mais bem distribuído, o que para nós é muito importante, ma vez que mitigamos risco quando diversificamos os segmento.

No pipeline de desenvolvimento, futuramente 50% da nossa receita de locação virá de escritórios, 26% de shopping centers e 22% de galpões. São coisas do portfólio em desenvolvimento. É lógico que ainda teremos novos projetos para colher o resultado futuramente.

Nesta mesma página, abaixo, destacamos um total de 234.000 m² de escritório, entre desenvolvimento, portfólio existente e land bank. No industrial, estamos aumentando o portfólio de 43.000 m² para 295.000 m², em shopping centers estamos também dobrando de tamanho nos próximos dois, três anos, indo para 134.000 m² de ABL. São 214.000 m² do portfólio atual,

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com 348.000 m² em desenvolvimento e mais 120.000 m² em land bank para desenvolvimento de escritórios na Barra da Tijuca.

Vou passar a palavra agora para o Dani, que falará sobre os nossos indicadores financeiros. Dani, por favor.

Dani Ajbeszyc:

Bom dia a todos. Obrigado pela participação. Estamos aqui na página nove, onde temos os principais indicadores financeiros. Em primeiro lugar, nossa receita bruta totalizou, como antes mencionado pelo Roberto, R$298 milhões, um crescimento de 118% em relação ao mesmo período do ano passado, e a nossa receita bruta recorrente de nossa atividade de locação e serviços atingiu R$97,4 milhões no semestre, R$49,4 milhões no trimestre, um crescimento de 14% no 1S comparado com o mesmo período do ano passado, e 16% trimestre a trimestre. É importante mencionar que esse crescimento foi muito acima inflação, resultado das revisionais e também do aumento da atividade em serviços na Companhia.

Falando de serviços, no quadro abaixo nós temos a nossa receita de prestação de serviços, que cresceu 16% comparado aos dois trimestres deste ano e do ano anterior.

Partindo para a página número dez, temos a receita líquida, que totalizou em R$289 milhões no semestre, R$236 milhões no trimestre, e a receita líquida cresceu 119% na comparação de semestres e 167% na comparação de trimestres, com a margem bruta na ordem de 46%.

A margem bruta varia. Como temos dentro do nosso balanço o reconhecimento da venda dos ativos que foram vendidos ainda na fase de obra, eles evoluem de acordo com o POC, que é o

percentage of completion, e essa margem acaba tendo uma variação de acordo com que

rendimento está sendo reconhecido ao longo do trimestre.

O EBITDA ajustado, aqui é uma conta interna, que separamos a CCP Properties, excluímos a atividade de venda e também todo o custo da atividade de desenvolvimento, incluindo pessoal, despesas financeiras etc., e chegamos a uma margem EBITDA de 87,5%, um EBITDA de R$38 milhões, contra R$32,5 milhões do mesmo período do ano passado, 18% de crescimento, e no semestre um crescimento de 16%, atingindo R$74 milhões.

O NOI, que é a receita operacional líquida, que retrata a performance dos nossos ativo diretamente, a margem manteve-se estável, crescendo 2 p.p. nesse trimestre, atingindo 95,3%, e 94,9% no semestre, com um total de R$81,7 milhões, um crescimento de 17% na comparação do mesmo período do ano anterior.

Indo para a página número 11, temos aqui no primeiro momento o lucro líquido, que cresceu 59% no semestre e 97% no trimestre, atingindo R$76 milhões nesse trimestre, e R$96,5 milhões no mesmo período do ano reportado neste relatório, uma margem na faixa dos 32%.

O FFO, que é o lucro líquido caixa excluindo as atividades contábeis de depreciação, ágio etc., atingiu R$95 milhões no semestre e R$77 milhões no trimestre, um crescimento de 152% no trimestre e 82% no semestre, com uma margem também da ordem de 32%.

Vemos também um crescimento significativo no lucro líquido por ação, no FFO por ação. O lucro líquido no trimestre cresceu 99%, atingindo R$0,92 por ação, e R$1,12 no semestre, crescimento de 70%. No FFO por ação, tivemos um crescimento de 85%, com um FFO por ação de R$1,5 no semestre.

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Vamos agora para a página número 12, onde temos o nosso endividamento. A dívida líquida atingiu R$522 milhões, o crescimento da dívida basicamente é por conta do aumento dos investimentos nos projetos; como já mencionamos, tem diversos projetos que estão em fase de investimento e ainda não geram receita. Então, a dívida atingiu R$522 milhões, com o índice de 2,32x dívida líquida/EBITDA nos últimos 12 meses, que é um índice bastante confortável e nos permite continuar com o nosso plano de expansão dos nossos projetos.

Importante mencionar, no nosso release demonstramos quanto é o índice de endividamento separado a dívida corporativa e a dívida de produção. Basicamente temos 1,2x a dívida líquida corporativa, e a dívida líquida de produção, que é uma dívida de longo prazo, dez anos, constituída de crédito imobiliário e BNDES, representa 1,1x, com uma dívida total de R$251 milhões.

Nós temos uma amortização agora em agosto, na verdade, e esse gráfico ainda a demonstra para 2012. Esse dinheiro já foi amortizado, R$200 milhões, utilizando caixa de uma debênture que emitimos no começo do ano. Então, o resumo aqui é que temos um caixa muito confortável e bastante dividido ao longo do tempo; de novo, um conforto para fazer frente aos investimentos. Indo para a página número 13, para finalizar, temos a nossa composição acionária. Ela se manteve praticamente estável em relação ao período anterior, com pequenas variações, e a nossa ação acumulou nos últimos 12 meses 103% de variação, contra o índice Bovespa de 6% e o índice imobiliário de 5%, com volume média diário de R$2,7 milhões nós últimos 90 pregões. É importante mencionar que a liquidez, que é sempre uma questão, tem melhorado significativamente face aos resultados da Companhia e também ao bom momento do mercado de propriedades comerciais.

Gostaria de agradecer a presença de todos, e passamos agora à sessão de perguntas e respostas.

Gustavo Cambaúva, BTG Pactual:

Bom dia a todos. Eu tenho duas perguntas. A primeira, queria entender um pouco essa receita de incorporação imobiliária. Se vocês pudessem quebrar o quanto de receita foi reconhecido da Torre Matarazzo contra o que foi reconhecido de outros projetos, como o CEO, o Thera, só para entender um pouco o que de receita já passou nesse trimestre.

A segunda pergunta é em relação a esses dois shoppings que foram inaugurados no trimestre, o BH e o Belém, se vocês pudessem falar um pouco mais como foi em relação à expectativa de vocês em termos de fluxo, se foi maior ou menor do que vocês estavam esperando, como foram às vendas, os lojistas, se inaugurou junto com o shopping ou não; enfim, dar uma geral em como foi a inauguração desses dois shoppings. Obrigado.

Roberto Perroni:

Gustavo, primeiro eu vou falar sobre os shoppings. A inauguração foi muito boa em relação ao movimento, mas sabemos que os primeiros meses, com relação à inauguração de shopping centers, em geral são bons mesmo e até superam um pouco as expectativas porque são novidades. Isso não quer dizer que é um parâmetro, que vai continuar o movimento muito bom pelo resto da vida dele. Mas foi realmente um movimento bastante interessante.

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Com relação à inauguração das lojas, ela ficou abaixo do que gostaríamos no momento da inauguração dos shoppings. Em torno de 60% das lojas estavam abertas, muito longe dos 96%, 97% que estavam locados. Ainda encontram-se algumas lojas realmente fechadas nos shoppings, que estão em fase de abertura.

Então, achamos que isso também será importante para melhorar esse movimento, no momento em que todas elas estiverem abertas e funcionando normalmente.

Mas o que eu diria é que, dentro das expectativas, tanto com relação a movimento e com relação às lojas inauguradas, foi um pouco abaixo do que gostaríamos. Mas também tem sido comum, ainda mais em obras que foram feitas, em shoppings, muito rápidas, como essas duas, acabar inaugurando o shopping sem todas as lojas estarem abertas.

Com relação à apropriação da receita do Matarazzo, o Dani vai responder. Dani Ajbeszyc:

A receita do Matarazzo, do total da receita bruta de R$200 milhões no semestre, o total da receita do Matarazzo foi de R$178 milhões, que é grande parte. Na verdade, primeiro que grande parte do terreno foi paga em dinheiro, e também a parte da permuta foi quase toda reconhecida agora, o que acabou gerando uma aceleração de crescimento da receita no trimestre.

Gustavo Cambaúva: Está ótimo. Obrigado.

Fanny Oreng, Merrill Lynch:

Bom dia a todos. Eu tenho uma pergunta com relação aos fundos de pensão. Nós vimos a venda da Matarazzo para a Previ, e fazia algum tempo que não víamos os fundos de pensão no mercado imobiliário. Vocês continuam vendo apetite deles para entrarem em parceria de novos projetos?

E outra pergunta que eu tenho também é com relação ao outlook que vocês estão vendo para aluguel também na cidade de São Paulo, aluguel corporativo. Obrigado.

Roberto Perroni:

Quanto aos fundos de pensão, percebemos claramente a volta deste mercado, no momento em que os juros caíram e eles têm maior dificuldade de obter as receitas esperadas para o ano por eles dentro do plano de investimento.

Então, não só a Previ, vimos outros fundos com apetite para o mercado imobiliário novamente. A Previ já se tornou um parceiro da CCP, uma vez que eles fizeram a compra do Centro Logístico Cajamar, que foi uma venda bastante interessante para nós, e fizeram agora essa compra na Paulista.

Imaginamos que é importante que eles voltem para o mercado, dão liquidez para os nossos ativos, e sem dúvida alguma é um momento interessante, uma vez que os investimentos caíram e o preço dos imóveis tem subido.

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Com relação ao mercado de escritórios, nós sentimos que é claramente um grande momento de aceleração dos valores de aluguel nos últimos anos. Tivemos uma oferta baixa e uma demanda muito alta, e com isso os preços subiram bastante.

Nós acreditamos que prédios de qualidade e localizações estratégicas não sofrerão. Eu gosto sempre de lembrar que antes de 2005, 2006 o mercado de escritórios corporativos sempre trabalhou com uma vacância média na cidade de São Paulo de 10%, e trabalhou funcionando muito bem, vem com rentabilidade para os incorporadores.

Hoje nós temos uma vacância da ordem de 4%, e achamos que demora um pouco para chegar a 10%; e se chegar a 10%, estamos muito acostumados a trabalhar com isso, sem grandes traumas para o mercado.

O que nós não vemos condições agora é continuar uma aceleração forte de valorização como vinha antes. Virá de acordo com a inflação. Há muitos aluguéis ainda que estão defasados e vão subir acima da inflação. Nós mesmos, nos últimos trimestres, conseguimos revisionar acima de 30%, 35%, porque eram aluguéis que vinham relativamente defasados em relação aos valores praticados hoje, uma vez que a revisional só ocorre a cada três anos, e com isso conseguimos subir os valores.

Ainda neste ano, temos revisionais importantes que farão com que os aluguéis subam em relação à inflação de forma bastante significativa no nosso portfólio. Ainda conseguimos captar para os nossos resultados uma parte desse crescimento passado que houve em função de revisionais que estão chegando para nós agora só no aniversário de terceiro ano, este ano. Mas o que eu vejo é um mercado realmente com uma taxa de vacância, em princípio, a 10% no máximo. Só se tiver alguma ruptura para a taxa de vacância passar rapidamente acima dos 10%. E trabalhando dentro dessa faixa, de 5% a 10%, não teremos grandes problemas no mercado.

Mas algumas regiões específicas podem ter um momento de entrega de muitos projetos simultaneamente e sofrer um pouco mais. Tem algumas regiões de São Paulo que vão receber vários produtos ao mesmo tempo e com isso pode haver um desequilíbrio naquela região.

A região em que estamos focados, e na própria Barra da Tijuca, onde estamos desenvolvendo o CEO, que é um Triple A, e será o primeiro Triple A na Barra, nós estamos bastante tranquilos e otimistas em relação ao resultado esperado.

Fanny Oreng:

OK. Qual região você acha que pode sofrer? A região da Berrini, por exemplo? Roberto Perroni:

Próximo do shopping Morumbi tem uma previsão de entrega de 1 milhão m² de escritórios. Se todos realmente saírem ao mesmo tempo e forem entregues simultaneamente, podemos ter uma oferta maior no mesmo período, e isso acaba se refletindo no valor de locação.

Fanny Oreng: OK. Muito obrigada.

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Operadora:

Agora gostaria de passar a palavra ao Sr. Roberto Perroni para suas considerações finais. Roberto Perroni:

Mais uma vez, agradeço a todos por participarem do nosso conference call. A CCP está hoje em uma fase de grande desafio, a entrega de projetos. Entregamos nesse trimestre dois projetos de shopping centers, temos outros a entregar neste ano, no ano que vem e em 2014.

Estamos bastante preparados para esse desafio. Tivemos a fase de expansão, de aquisição de novos terrenos, desenvolvimento de projetos, hoje é a fase de entrega, e sem dúvida nos dá bastante otimismo a entrega dos projetos. Eles vão começar a gerar receita e sem dúvida agregarão valor para a Companhia. Então, é um momento bastante importante. Os projetos estão no prazo, dentro dos custos projetados, temos bastante confiança no sucesso de todos eles.

Muito obrigado e bom dia. Operadora:

A teleconferência de resultados da Cyrela Commercial Properties está encerrada. Agradecemos a participação de todos e tenham uma boa tarde.

“Este documento é uma transcrição produzida pela MZ. A MZ faz o possível para garantir a qualidade (atual, precisa e completa) da transcrição. Entretanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais falhas, já que o texto depende da qualidade do áudio e da clareza discursiva dos palestrantes. Portanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais danos ou prejuízos que possam surgir com o uso, acesso, segurança, manutenção, distribuição e/ou transmissão desta transcrição. Este documento é uma transcrição simples e não reflete nenhuma opinião de investimento da MZ. Todo o conteúdo deste documento é de responsabilidade total e exclusiva da empresa que realizou o evento transcrito pela MZ. Por favor, consulte o website de Relações com Investidor (e/ou institucional) da

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