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A INVESTIGAÇÃO EM ENFERMAGEM NO BRASIL

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TREVIZAN, M.A.; MENDES, I.A.C.; ANGERAMI, E.L.S. A investigação em Enfermagem no Brasil. Rev. Paul. Enf. v.10, n.3, p.91-95, set/dez. 1991.

A INVESTIGAÇÃO EM ENFERMAGEM NO BRASIL

Ã

Maria Auxiliadora Trevizan1, Isabel Amélia Costa Mendes2, Emília Luigia Saporiti Angerami3 RESUMO

A partir de exposição sobre como se entende a condução da produção do conhecimento na enfermagem, relata-se sobre a evolução da pesquisa com base em encontros promovidos e em análises efetuadas por enfermeiros-pesquisadores que se dedicaram à questão. Demonstra-se o estado da investigação na atualidade, esboçando-se ao final as perspectivas de desenvolvimento da investigação em Enfermagem no Brasil.

ABSTRACT

NURSING INVESTIGATION IN BRAZIL

Starting from an exposition of the concept of production of knowledge in nursing, the evolution of research is reported on the basis of organized meetings and of analyses by research nurses who devote themselves to the question. The present status of investigation is presented, and the perspectives of development of nursing research in Brazil are outlined.

à Trabalho apresentado pela Profa. Dra. Maria Auxiliadora Trevizan do IX Congresso Nacional de Enfermería: “La Investigación em Enfermeria: Logros Y Perspectivas”, realizado em Lima-Peru, de 8 a 14 de novembro de 1987.

1 Enfermeira. Professora Doutora da Escola de Enfermegem de Ribeirão Preto e Presidente da Comissão Interunidades de Pós-Graduação-Programa Interunidades de Doutoramento em Enfermagem da Universidade de São Paulo.

2 Enfermeira. Livre Docente e Presidente da Comissão de Assessoria para Assuntos Internacionais da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.

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A evolução da Enfermagem de prática espontânea, pragmática, intuitiva, caritativa... para profissão, saber, arte, ciência... propicia, no dizer de ANGERAMI; CORREIA3, um pluralismo de

concepções que resulta da cultura atual onde já não existe mais um monolitismo explicador, mas várias possíveis explicações das realidades.

Entendemos, como os autores acima citados, que este pluralismo supõe variedades de correntes e de opções, teóricas e práticas e acreditamos também que o progresso do conhecimento da Enfermagem depende da aceitação deste pluralismo.

Um dos fatores responsáveis pelas distintas concepções de Enfermagem é a pesquisa que, juntamente com outros fatores (desenvolvimento das ciências, avanços tecnológicos, tendências filosóficas, educação, inclinações das políticas de saúde), propicia a inovação na Enfermagem.

Até a manifestação da Enfermagem como ciência no início da década de 50, a sua prática era fundamentada em normas e tradições e norteava-se por princípios e proposições extraídos das ciências físicas e biológicas que lhe conferiam um caráter científico, principal e preponderantemente em relação a técnicas. A partir de então, novas forças foram empreendidas na busca de um conteúdo cognitivo próprio, na formulação de alguns conceitos, bem como no aperfeiçoamento de enunciados existentes3.

É o início da Enfermagem como ciência... que procura desenvolver um corpo de conhecimento próprio.

Nas décadas seguintes (60-70) se intensifica a preocupação com o aspecto epistemológico da Enfermagem, preocupações estas traduzidas pela ordenação sistemática do seu corpo de conhecimento específico e pela elaboração de conceitos e teorias. Em conseqüência, surge uma nova feição do instrumental de trabalho da Enfermagem, já ampliado por uma orientação metodológica e não mais restrito ao aspecto técnico.

A consistência deste conhecimento já se manifesta pela sua utilização progressiva na pesquisa, que por sua vez atua como fonte geradora de inovação, de conhecimento e, portanto, de transformação nesta área.

A PROPÓSITO DA EVOLUÇÃO DA PESQUISA NA ENFERMAGEM BRASILEIRA

Considera-se que o ano de 1972 constitui um marco para a pesquisa em Enfermagem no Brasil, pois foi a partir deste ano que surgiram os cursos de mestrado. Este fator desencadeou naturalmente um aumento na produção de conhecimento em função da obrigatoriedade de apresentação de uma dissertação como conclusão de curso. Portanto, o aumento do volume de dissertações foi o resultado imediato da instalação de tais cursos.

Passados alguns anos, tratou-se de avaliar o que vinha sendo produzido. Alguns pesquisadores detiveram-se a este tipo de análise; dentre eles, MENDES; TREVIZAN12 comentaram que o desenvolvimento da pesquisa em enfermagem ocorreu de forma desordenada nos dez anos que sucederam a criação dos cursos de mestrado. Indicam quatro fatores que favoreceram tal situação: lº) o não envolvimento do pesquisador com o consumidor de pesquisa; 2°) a falta de estabelecimento de prioridades para pesquisa; 3º) a falta de conscientização por parte dos

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pesquisadores quanto a importância do estabelecimento de linhas de pesquisa; 4°) a forma de utilização do método científico no processo da pesquisa.

A questão preocupava não apenas pesquisadores tomados individualmente, mas também e principalmente a nível de associação de classe. Assim, em 1979 a Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn), através do Centro de Estudos e Pesquisas em Enfermagem (CEPEn), promoveu o 1° Seminário Nacional de Pesquisa em Enfermagem (1° SENPE) com os objetivos de: conhecer e sintetizar a opinião dos participantes sobre áreas prioritárias de pesquisa, dificuldades da pesquisa em enfermagem, sua aplicação na prática profissional, bem como examinar problemas de interesse comum e familiarizar-se com os progressos havidos no campo da pesquisa17. ANGERAMI2, então Coordenadora do CEPEn, acrescenta que embora o objetivo principal do evento não tenha sido o de extrair conclusões, ele forneceu material para reflexão e troca de idéias nos núcleos de pesquisa existentes ou a serem criados no País.

No 2° SENPE18, realizado em 1982, as áreas prioritárias de pesquisa em Enfermagem e suas respectivas linhas foram traçadas como se segue:

ÁREA l — PROFISSIONAL

Linha 1: A Enfermagem como prática social

Linha 2: Formação e utilização dos recursos humanos em Enfermagem ÁREA 2 — ASSISTENCIAL

Linha 1: Fundamentação da assistência, tecnologia e instrumentação Linha 2: Auto cuidado à saúde

Linha 3: Riscos da assistência de enfermagem Linha 4: Determinantes do processo saúde-doença

ÁREA 3 — ESTRUTURA, ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DAS INSTITUIÇÕES DE SAÚDE Linha 1: Modelos de assistência de enfermagem

Linha 2: Oferta, acessibilidade e utilização de serviços de saúde Linha 3: Sistema de informação em enfermagem

Linha 4: Incorporação de conhecimentos à prática profissional Linha 5: Dinâmica das organizações

Em continuidade ao progresso dos estudos relativos à pesquisa em Enfermagem no País, em 1984 foi promovido o 3º SENPE. Dentre os objetivos propostos, gostaríamos de salientar aquele que foi o central: estudar as alternativas de interpretação metodológica na elaboração do conhecimento científico e analisar sua utilização na produção científica da enfermagem19. A discussão das

alternativas metodológicas reafirmou ser ainda esta questão um dos grandes dilemas defrontados pela pesquisa em enfermagem no Brasil.

O 4º SENPE20, realizado em 1985, continuou com os objetivos orientados para a análise da produção científica de Enfermagem à luz de alternativas metodológicas utilizadas, além da preocupação com temas sobre tendências da pesquisa, perfil do pesquisador-enfermeiro, dentre outros.

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Como mencionamos, ao lado destes eventos várias análises foram efetuadas no sentido de visualizar o processo de desenvolvimento da produção do conhecimento na enfermagem brasileira. A soma de esforços e a análise crítica têm contribuído para a busca constante de melhor qualidade das pesquisas. A título de ilustração, passaremos a apresentar aspectos dessas análises que julgamos de interesse.

Tratando da produção científica em enfermagem no Brasil de 1960 a 1979, VIEIRA22 relata que os estudos desta época basicamente se constituem em reflexões teóricas ou relatos de experiência. O trabalho de NEVES14 sobre os vazios do conhecimento e sugestões de temáticas relevantes na área de Enfermagem evidencia que 71% são estudos do tipo exploratório-descritivo, survey descritivo e retrospectiva bibliográfica; 12% são estudos correlacionais; 12% estudos explicativos e 5% dos estudos na opinião da autora foram impossíveis de serem classificados.

Em discussão sobre a utilização do método científico nas pesquisas em enfermagem,

MENDES e TREVIZAN12 salientam que 96,5% das pesquisas não percorrem todas as fases do

método (seja indutivo ou dedutivo) e por isso não julgam lógico falar sobre produção do conhecimento científico na enfermagem. Afirmam que pode ser que estejamos na trilha da produção do conhecimento, mas para que isto se dê é necessário que ao se optar por um método procure-se percorrê-lo na sua totalidade...

Com relação às áreas de pesquisa privilegiadas, algumas análises foram feitas; mencionaremos as de PELÁ et al.16 e de ALMEIDA et al.1.

De acordo com PELÁ et al.16 três áreas têm sido mais contempladas: Pesquisa em

Enfermagem Fundamental, onde se evidencia a preocupação com a reformulação de conceitos e com a renovação de procedimentos técnicos; Enfermagem Assistencial, buscando ou comprovando conhecimentos úteis à compreensão de situações clínicas; Metodologia de Enfermagem, com vistas ao aprimoramento de pessoal que presta assistência. Ao analisarem a produção de teses ALMEIDA et al.1 encontraram 44,4% dos trabalhos voltados para assistência de enfermagem (aspectos internos e técnicos da profissão); 20,6% fundamentados na área biológica; e 19,6% de estudos direcionados para a administração em enfermagem. De acordo com estas autoras as áreas relativas a profissão, ensino e saúde pública são as que recebem menor dedicação com as porcentagens de 4,3%, 7,7% e 3,4% respectivamente.

Já na interpretação de NOGUEIRA15, as linhas de pesquisa mais trabalhadas obedecem a seguinte ordem: Metodologia de Enfermagem; Necessidade do Paciente; Ensino de Enfermagem; Avaliação da Assistência; Profissão de Enfermagem; Necessidade do Pessoal de Enfermagem; Epidemiologia e Biologia.

Do surgimento deste tipo de análise, emergiu a necessidade do estabelecimento de definições e critérios de classificação de áreas e linhas de pesquisa. Apesar de tentativas, esta questão ainda encontra-se por resolver na enfermagem brasileira.

No que tange às correntes do pensamento filosófico, segundo MELO ROCHA; SILVA11 há uma influência notável do positivismo sobre as pesquisas de enfermagem, com evidências recentes de busca de fundamentação teórica na dialética e na fenomenologia.

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Relacionando a pesquisa aos fatos históricos e políticos, GERMANO7 evidencia a educação e o ensino como temas mais freqüentes nos anos 50 e 60. Já no final dos anos 60 e nos anos 70 encontra a preponderância de estudos de natureza técnica, com ênfase na área médico-cirúrgica. A autora atribui este fato ao manuseio e consumo de equipamentos e medicamentos.

A fase de análise das pesquisas em geral no Brasil está sendo sucedida por outra fase em que se passa a analisar a produção de conhecimento segundo as especialidades da profissão. Assim, em relação a produção na área materno-infantil, MELO ROCHA et al.10 relatam que a grande maioria, ou seja, 84,64% se constitui de estudos tipo descritivo e 7,7% de tipo analítico-ideológico.

ARANTES6 estudou a produção do conhecimento em Enfermagem Psiquiátrica

considerando-a restrita e em sua maioria orientada para levantamento de problemas.

Na área médico-cirúrgica os estudos se fundamentam no conhecimento da área biológica e principalmente no conhecimento médico. Segundo KOIZUMI et al.8 constituem-se em pesquisas

descritivas.

Com relação às pesquisas em enfermagem comunitária NOGUEIRA15 em sua análise

encontrou que das 56, 40 são dirigidas à assistência de enfermagem comunitária; 8 à administração de serviços; 7 ao ensino de enfermagem comunitária; e 1 à pesquisa em enfermagem comunitária. Verificou ainda que dos 56 estudos apenas 6 eram experimentais.

No tocante à atuação dos autores das pesquisas, LOPES9 concluiu que os atuantes na

docência apresentam uma crescente produção, ao mesmo tempo em que se evidencia uma diminuição na produção por parte dos enfermeiros de serviço. .Atentas ao despreparo dos enfermeiros de serviço para a pesquisa, TREVIZAN et al.21 alertam para o fato de que os mesmos não recebem orientação suficiente para que sintam-se motivados pela pesquisa: nem do pessoal de ensino e nem do pessoal dos serviços. Deste modo não atuam nem como consumidores de pesquisa — o que seria o ponto de partida para a avaliação do que se produz e para a produção de novos conhecimentos.

Finalizando este breve relato sobre o processo de desenvolvimento da produção do conhecimento na enfermagem brasileira, concordamos com ANGERAMI & MENDES4 quando dizem

que estudos realizados sobre esta produção indicam uma fraqueza na pesquisa em enfermagem. Segundo as autoras, ainda estamos numa fase marcantemente descritiva, que antecede a construção de teorias.

INVESTIGAÇÃO NA ATUALIDADE E PERSPECTIVAS DE DESENVOLVIMENTO

Passaremos agora a discorrer sobre a investigação na atualidade, para finalmente esborçarmos as perspectivas de desenvolvimento da pesquisa em enfermagem no Brasil.

Cabe aqui mencionar recente estudo de ANGERAMI & MENDES5 que, após 5 anos da criação do 1° Curso de Doutoramento em Enfermagem (Programa Interunidades de Doutoramento em Enfermagem — Escola de Enfermagem e Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, 1982), analisaram sua produção do ponto de vista de utilização de marco teórico e sua origem, com enfoque especial no embasamento das teorias de enfermagem. Segundo

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as autoras, neste período (1982-1987) foram elaboradas dezoito teses e em sua análise verificam que todas explicitam marco teórico. As autoras classificam o marco teórico segundo a diversidade de sua origem. Encontraram 11% das teses cujo marco teórico provem da própria Enfermagem. Em relação às demais não há evidências de o marco teórico originar-se nas teorias de enfermagem; destas 4 (22,2%) fundamentaram seus estudos nas Ciências Biológicas; 8 (44,4%) nas Ciências Humanas e Sociais; 3 (16,7%) nas Ciências Econômicas e Administrativas; e 1 (5,5%) na Ciência Médica. ANGERAMI; MENDES5 salientam o predomínio das Ciências Humanas e Sociais como fonte do referencial teórico empregado pelos autores das teses.

Dois estudos que realizaram análise semelhante, isto é, que se preocuparam em analisar a fonte do referencial teórico que orientou a produção científica foram os de VIEIRA22 e de MENDES;

TREVIZAN13. VIEIRA22 estudou a produção publicada pela ABEn de 1960 a 1979 e encontrou a

preponderância de um enfoque psicobiológico sobre as outras áreas. MENDES & TREVIZAN13

avaliaram a produção dos artigos publicados na Revista Brasileira de Enfermagem de 1970 a 1981 e concluíram que a área preponderante foi a relacionada a Profissões da Saúde, onde a Enfermagem está integrada e representa a maior fonte influente, seguida pelas áreas de Ciências Humanas e Sociais e das Ciências Econômicas e Administrativas.

Confrontando estes dados com os de ANGERAMI & MENDES5 percebe-se uma propensão de desvio do marco teórico: da aderência aos aspectos biológicos e ao embasamento nas profissões de saúde na década de 70, para uma predominância por fontes provenientes das Ciências Humanas e Sociais na década de 80. Esta propensão já vinha sendo revelada por MENDES; TREVIZAN13 que

indicaram que a busca de referencial das Ciências Humanas e Sociais fornece à Enfermagem um

veio fecundo para a socialização ou mutação social. Os achados de ANGERAMI; MENDES5

confirmam esta tendência.

Em relação às teses de Doutoramento produzidas no Brasil, no período mencionado, ANGERAMI; MENDES5 ainda verificaram a natureza das pesquisas. Perceberam que houve uma transformação e um avanço em relação aos estudos anteriores, pois 5 (27,8%) foram caracterizadas como quase-experimentais; 6 (33,3%) exploratórias; 3 (16,7%) descritivas; 2 (11,1%) survey-descritivas; e 2 (11,1%) teóricas, sugerindo que os enfermeiros estão demonstrando maior domínio de metodologia de pesquisa e estão sabendo definir seu problema de estudo e adequá-lo à metodologia. No nosso entender, este estudo5 é indicativo de que a investigação na atualidade está evoluindo no sentido de utilização de um marco teórico que conduz todo o processo, além de demonstrar progressos na orientação metodológica.

Com a formação de pesquisadores com preparo avançado em termos de pesquisa, como decorrência dos cursos de doutoramento em enfermagem, percebe-se que aos poucos vai se configurando a criação de núcleos de pesquisa, tendo em vista a articulação pesquisa-ensino-prática.

Para exemplificar, podemos citar o Núcleo de Aleitamento Materno23. Docentes da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (EERP-USP) e enfermeiras do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (HCRP) com experiência na área de aleitamento materno, tanto no aspecto assistencial, como de pesquisa, se uniram pelos mesmos propósitos e criaram o NALMA — Núcleo de Aleitamento Materno da EERP-USP, que foi oficializado em 1985. Atualmente 19

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profissionais integram este Núcleo. Os recursos para o seu funcionamento provem da EERP-USP, do HCRP e do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). Os objetivos do NALMA abrangem a implementação de pesquisas, a prestação de atividades assistenciais e de ensino a nível de graduação, pós-graduação e de educação continuada para profissionais que atuam na área. materno-infantil23, visando a promoção do aleitamento materno.

Aos poucos, a fase primeira de produção desordenada de conhecimento vai sendo gradativamente superada; conseqüência natural do desenvolvimento e maturidade dos enfermeiros-pesquisadores e a sua fixação em determinadas linhas de pesquisa. Os efeitos desta postura já se fazem sentir pelo aumento do número de pesquisadores trabalhando na linha de pesquisa de seus orientadores, o que eleva sensivelmente a produção em quantidade, qualidade e profundidade do conhecimento. Desta forma, já começam a surgir os grandes projetos de pesquisa nos quais se encontram envolvidos os pesquisadores com título de doutor, seus orientandos de doutorado e mestrado, além de alunos de graduação, com bolsa de iniciação científica, e enfermeiros de serviço com bolsa de aperfeiçoamento.

Delineia-se desta forma a articulação dos pesquisadores com enfermeiros de serviço e com alunos de graduação para a produção, utilização e comunicação do conhecimento, caracterizando-se o início de uma nova fase na investigação em Enfermagem no Brasil.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. ALMEIDA, M.C.P. et al. A produção do conhecimento na pós-graduação em enfermagem no Brasil. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENFERMAGEM, 33, Manaus, 1981. Anais. Manaus, Associação Brasileira de Enfermagem, 1981. p. 119-26.

2. ANGERAMI, E.L.S. Palavras da presidente da Comissão Executiva na Sessão de Encerramento. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE PESQUISA EM ENFERMAGEM, Ribeirão Preto, 1979. Relatório. Ribeirão Preto, Associação Brasileira de Enfermagem/Centro de Estudos e Pesquisas em Enfermagem, 1979. p.144.

3. ANGERAMI, E.L.S.; CORREIA, F.A. Em que consiste a enfermagem. 1987. (mimeografado). 4. ANGERAMI, E.L.S.; MENDES, I.A.C. O saber, a saúde e a investigação em enfermagem. 1987. (mimeografado).

5. ANGERAMI, E.L.S.; MENDES, I.A.C. Marco teórico das investigações em enfermagem: Sua relação com as teorias de enfermagem. 1987. (mimeografado).

6. ARANTES, E.C. Pesquisa em enfermagem psiquiátrica. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE PESQUISA EM ENFERMAGEM, 4., São Paulo, 1985. Anais. São Paulo, Associação Brasileira de Enfermagem, 1985. p. 44.

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7. GERMANO, R.M. Educação e ideologia da enfermagem no Brasil. São Paulo, Cortez, 1983. 8. KOIZUMI, M.S.; TAKAHASHI, E.I.U.; MIYADAHIRA, A.M.K. Pesquisa em enfermagem médico-cirúrgica. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE PESQUISA EM ENFERMAGEM, 4, São Paulo, 1985. Anais. São Paulo, Associação Brasileira de Enfermagem, 1985. p. 60-77.

9. LOPES, C.M. A produção dos enfermeiros assistenciais em relação à pesquisa em enfermagem, em um município paulista. Ribeirão Preto, 1983. Dissertação (Mestrado). Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto. Universidade de São Paulo.

10. MELO ROCHA,. S.M. et al. Características do saber da enfermagem profissional na área materno-infantil: análise do seu discurso. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE PESQUISA, 3, Florianópolis, 1984. Anais. Florianópolis, Associação Brasileira de Enfermagem, 1984. p. 172-94. 11. MELO ROCHA, S.M.; SILVA, G.B. Linhas filosóficas e ideológicas na pesquisa em enfermagem. 12. MENDES, I.A.C.; TREVIZAN, M.A. Acerca da utilização do método científico nas pesquisas de enfermagem. Rev. Bras. Enf., v. 36, n. l, p. 13-19, 1983.

13. MENDES, I.A.C.; TREVIZAN, M.A. As fontes do conhecimento e as tendências subjacentes nos artIgos publicados na Revista Brasileira de Enfermagem de 1970 a 1981. Rev. Bras. Enf., v. 36 n 2 p. 154-63, 1983.

14. NEVES, E.P. Vazios do conhecimento e sugestões de temáticas relevantes na área de Enfermagem In: SEMINÁRIO NACIONAL SOBRE ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ENFERMAGEM, 2., Brasília 1982. Avaliação e perspectiva. Brasília, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico/Associação Brasileira de Enfermagem, 1982. p. 50-72. 15. NOGUEIRA, M.J.C. Pesquisa em enfermagem comunitária. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE PESQUISA EM ENFERMAGEM, 4., São Paulo, 1985. Anais. São Paulo, Associação Brasileira de Enfermagem, 1985. p. 45-59.

16. PELÁ, N.T.R.; ALMEIDA, M.C.P.; ANGERAMI, E.L.S. Situação atual dos cursos e produção científica da pós-graduação da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - USP. In: SEMINÁRIO NACIONAL SOBRE ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ENFERMAGEM, 2., Brasília, 1982. Avaliação e perspectiva: Brasília, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico/ Associação Brasileira de Enfermagem, 1982. p. 8-18.

17. SEMINÁRIO NACIONAL DE PESQUISA EM ENFERMAGEM, Ribeirão Preto, 1979. Relatório. Ribeirão Preto, Associação Brasileira de Enfermagem, 1979.

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18. SEMINÁRIO NACIONAL SOBRE ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ENFERMAGEM, 2., Brasília, 1982. Relatório. Brasília, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico/Associação Brasileira de Enfermagem, 1982.

19. SEMINÁRIO NACIONAL DE PESQUISA EM ENFERMAGEM, 3., Florianópolis, 1984. Anais. Florianópolis, Ed. da Universidade Federal de Santa Catarina, 1984.

20. SEMINÁRIO NACIONAL DE PESQUISA EM ENFERMAGEM, 4., São Paulo, 1985. Anais. São Paulo, Associação Brasileira de Enfermagem/Centro de Estudos e Pesquisas em Enfermagem, 1985. 21. TREVIZAN, M.A.; MENDES, I.A.C.; FÁVERO, N.; NACARATO, C.F. A respeito da colaboração, do enfermeiro de serviço às atividades de ensino e pesquisa. Enf. Atual, v. 4, n. 23, p. 10-6, 1982. 22. VIEIRA, T.T. Produção científica em enfermagem no Brasil: 1960-1979. In: SEMINÁRIO NACIONAL. SOBRE ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ENFERMAGEM, 2., Brasília, 1982. Avaliação e perspectiva. Brasília, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico/Associação Brasileira de Enfermagem, 1982. p. 46.

23. VINHA, V.H.P. et al. Núcleo de Aleitamento Materno-NALMA. Ribeirão Preto, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da USP, 1987. (mimeografado).

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